Muito se tem falado sobre as sacolinhas
plásticas nos últimos anos. A polêmica é grande e mexe com associações, donos
de supermercados, ambientalistas e, é claro, o consumidor final. A última ação
foi protagonizada por Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo.
Haddad entrou com um pedido na Justiça para barrar a
cobrança por sacolinhas plásticas nos supermercados de São Paulo. A ação é
contra a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Desde
cinco de abril, entrou em vigor a lei sancionada na gestão Gilberto Kassab
(eleito pelo DEM) e regulamentada por Fernando Haddad (PT) que proíbe o uso de
sacolas plásticas derivadas do petróleo. A lei não fala da cobrança pela
embalagem, mas permite a oferta de modelos feitos com material reciclável e que
podem ser reutilizados para lixo orgânico e coleta seletiva. Toda essa
discussão nos faz pensar se realmente o tema se justifica como centro das
atenções quando o assunto é sustentabilidade e meio ambiente.
O dilema das sacolinhas plásticas dentro do
atual contexto econômico que o país enfrenta não se justifica. E explico o
porquê! Para muitas famílias das classes D e E, a sacola do mercado ainda
representa o principal local de armazenamento dos seus resíduos ou lixo
orgânico.
Estes sacos de mercado não representam risco
maior do que aqueles sacos pretos, também muito usados, uma vez que o
risco maior para o meio ambiente está associado ao mau descarte,
armazenamento e coleta destes sacos independentemente da sua composição.
O que deve ser comentado é que o mais
importante é dar ao lixo a melhor destinação, ou
seja, aquela que provoca o menor impacto ambiental.
Evidentemente, que um saco de plástico na
condição de uma disposição inadequada (lixões ou margens de cursos d’água)
representa, a longo prazo, um risco maior do que o saco de material
biodegradável, no entanto, é sempre importante enfatizar que o fator relevante
é o educacional ou seja, armazenar e descartar de forma correta.
A
preocupação com a forma do descarte e o local onde este lixo será depositado é
primordial para que possamos realmente ter um resultado mais qualitativo quando
o assunto é meio ambiente. Educar para reciclar acaba sendo a melhor saída
para sustentabilidade.
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