Pesquisas
comprovam que medicamento indicado para combater colesterol provoca diabetes
Um estudo publicado pela
revista Diabetologia, vinculada à Associação Europeia para o Estudo da Diabetes
indicou que a estatina, principal medicamento usado para tratamento de doenças
cardiovasculares, pode causar diabetes.
Os médicos
podem ter que considerar um sério risco potencial antes de prescrever as
estatinas, um medicamento que faz baixar o colesterol e que
estão entre as drogas mais prescritas na América. No estudo, cientistas da
Finlândia descobriram que os homens que tomavam estatinas para baixar o
colesterol, tinham 46% mais chances de desenvolver diabetes, após seis
anos de uso, em comparação com aqueles que não estavam tomando a droga. Além do
mais, as estatinas pareciam tornar as pessoas mais resistentes aos efeitos da
insulina, hormônio que quebra o açúcar.
O impacto
sobre a insulina parece ser maior entre aqueles que começaram a tomar
ainda com níveis de glicose no sangue menos altos ou mais próximos ao
normal. E, quanto maior a dose de estatina, quanto mais tempo os pacientes
tomavam, maior o risco de diabetes. “O risco de adquirir diabetes com as
estatinas se mostrou muito grande, inclusive em relação aos problemas mais
comuns, como histórico familiar da
doença, fumo e uso de diuréticos e betabloqueadores (que combatem a
taquicardia)”, diz a nutróloga Dra. Liliane Oppermann.
As
estatinas induzem o Diabetes ao
aumentar os níveis de glicose no sangue. “Quando se come carboidratos, o excesso
de glicose vai para o fígado. Este, converte glicose em triglicerídeos e
colesterol. A estatina impede o fígado de produzir colesterol, fazendo com que
o fígado devolva mais glicose à corrente sanguínea”, explica a nutróloga.
A
estatina pode dificultar o controle glicêmico de um diabético e também ser a
própria causa do Diabetes. A hiperglicemia pode ser um efeito colateral da
estatina.
No Brasil, a Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD) estima que aproximadamente 12 milhões de
brasileiros têm a doença, dos quais um milhão são crianças.
O ESTUDO
A pesquisa acompanhou 8.749 participantes ao longo de seis anos, todos homens finlandeses de 45 a 73 anos e inicialmente não diabéticos. Desses, mais de dois mil começaram a tomar estatinas, enquanto cerca de seis mil não tomaram a medicação.
A pesquisa acompanhou 8.749 participantes ao longo de seis anos, todos homens finlandeses de 45 a 73 anos e inicialmente não diabéticos. Desses, mais de dois mil começaram a tomar estatinas, enquanto cerca de seis mil não tomaram a medicação.
Os cientistas verificaram que
11,1% daqueles que toraram a medicação, adquiriram diabetes, e outros 5,8 % do
contingente que não tomou a substância, foram diagnosticados com a doença.
A conclusão dos pesquisadores
foi a de que a chance de um paciente que faz uso de estatinas adquirir diabetes
é quase o dobro em comparação àqueles que não usam.
Doutora
Liliane Oppermann, CRM 123314 - Médica Nutróloga, com título de Especialista
pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e Ex-Diretora da Associação
Médica Brasileira de Ortomolecular (AMBO). É capacitada em Nutrologia
Esportiva, Diabetes, Obesidade Infanto Juvenil e em acompanhamento pré e pós
Cirurgia Bariátrica. Pós-Graduada em Gastronomia Funcional, Coach pela
Sociedade Brasileira de Coaching, Palestrante com diversos temas na área da
saúde física, emocional e alimentação saudável para público leigo ou
profissionais da área. Desde 2002 se dedica ao Estudo da Obesidade. Elaborou o
Método de Emagrecimento Dieta DC em 2008 e junto com a Prática Ortomolecular
vem acompanhando seus pacientes.
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