A tensão gerada pelo estresse faz com que a pessoa
diminua o volume da saliva, aumentando os compostos de enxofre, que acarretam
na halitose
Trânsito,
trabalho, problemas, etc. esses são alguns dos muitos motivos que geram nas
pessoas o estresse. Mas o que pouca gente sabe é que o estresse, além de causar
um desgaste físico e mental pode influenciar na saúde bucal.Quem convive com um estresse emocional diário, vive rodeado de tensão, e isso acarreta em uma produção menor de saliva, ou seja, os compostos de enxofre crescem, provocando o mau hálito.
O vice-presidente da SOBREHALI (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose), Dr. Alênio Calil, explicou como funciona a saburra lingual, que na verdade é um depósito de bactérias da língua.
“Normalmente o estresse faz com que a pessoa tenha uma salivação baixa, chamada de xerostomia, que aumenta a formação da saburra lingual, placa branco-amarelada que fica na língua, e que acumula bactérias, células mortas, contribuindo para os gases liberados no mau hálito”.
O estresse também influencia as pessoas a mastigarem menos os alimentos e a não seguirem uma rotina alimentar correta, fatores que contribuem para a halitose.
“Pessoas que vivem sob estresse não costumam respeitar o intervalo de tempo entre uma refeição e outra, que deveria ser no máximo de 4 horas. Além disso, elas comem mais rápido e mastigam menos, diminuindo a salivação e abrindo condições para a aderência de micro-organismos que geram o mau hálito”, conclui o Dr. Alênio.
Diagnóstico
O mau hálito é um problema que atinge mais de 50 milhões de brasileiros, e em 80 a 90% dos casos a origem do mau hálito é bucal.
“As pessoas não sabem as causas, consequências e quais os problemas que podem ser gerados do não tratamento”, enfatiza o Dr. Alênio.
Atualmente já é possível detectar os fatores e as causas do mau hálito. O CETH, por exemplo, possui um aparelho, Oralchroma, capaz de emitir o diagnóstico ao paciente em apenas 8 minutos. O Oralchroma mede a quantidade de três principais gases responsáveis pelo mau hálito: O sulfidreto, o metil mercapitana e dimetil sulfeto. No exame são coletadas informações e hábitos dos pacientes, que determinam as possíveis causas do mau hálito.
“Com o Oralchroma nós podemos descobrir os fatores do mau hálito, e consequentemente orientamos o paciente ao melhor tratamento para eliminar a halitose”, destaca o Dr. Alênio.
Tratamento
A higienização da boca, que passa pela escovação adequada dos dentes, uso do fio dental e a limpeza da língua, onde é comum o acúmulo de resíduos e células mortas, é uma das formas para eliminar o problema.
Porém, o dentista é o profissional mais indicado para tratar do mau hálito e orientar o paciente a tomar os medicamentos corretos para eliminar o foco do problema.
Sobre a SOBREHALI
A SOBREHALI (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose) tem como missão desenvolver estudos, e estimular pesquisas que apontem a origem do mau hálito, e a melhor forma de combater um problema que repercute na vida social e profissional dos pacientes.
Dr.
Alênio Calil Mathias - vice-presidente da SOBREHALI (Sociedade Brasileira de
Estudos da Halitose) e diretor do CETH (Centro de Excelência
no Tratamento da Halitose). Formado pela Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo, especialista em Prótese Dental pela USP. www.cethsaude.com.br
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