Coordenadora de Tecnologia Educacional do
Colégio Marista Arquidiocesano esclarece como evitar o assédio virtual
O cyberbullying é um assédio
moral que uma pessoa pode sofrer pela internet, seja nas redes sociais, sites,
blogs ou em aplicativos de mensagens.
A
prática é caracterizada por ofensas recorrentes e repetitivas a uma pessoa,
podendo fazer com que ela venha a ter problemas emocionais, preocupação e
outros sentimentos ruins. Neste tipo de bullying
não é necessário que o agressor e a vítima estejam próximos, ele
pode ser feito a partir de qualquer lugar do mundo e em qualquer momento.
As
vítimas de uma intimidação virtual podem sofrer de sintomas como: estresse,
humilhação, ansiedade, depressão, perda de confiança e raiva.
Uma
pesquisa divulgada em 2019 pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a
Infância) e pelo representante especial do secretário-geral da ONU sobre
violência contra as crianças revela que um em cada três jovens, em 30 países,
disse ter sido vítima de bullying
online, com um em cada cinco relatando ter saído da escola devido a cyberbullying e violência.
No
Brasil, 37% dos respondentes afirmaram já ter sido vítima de cyberbullying. As redes
sociais foram apontadas como o espaço online em que mais ocorrem casos de
violência entre jovens no País, identificando o Facebook como a principal.
De
acordo com a coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Marista
Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), Cleusa de Paula Diniz, é
fundamental que jovens e crianças aprendam a se portar no uso da internet, o
que não expor, quais cuidados tomar para proteger o computador e o smartphone,
e principalmente, o que fazer quando for ofendido no ambiente digital.
“Observo
crianças e adolescentes, assim como alguns adultos, postarem ou compartilharem
mentiras, para desmoralizar alguém por suas características e preferências, e
depois justificar, dizendo que foi apenas uma brincadeira. É importante
compreender que essas ofensas não são brincadeirinhas e sim crimes, que geram
responsabilização”, afirma.
Segundo a professora, algumas
medidas são importantes para evitar o assédio, tais como:
- As redes sociais costumam ter um espaço para denunciar
uma página ou um perfil abusivo. Se este problema ocorre através de
e-mails, os provedores deste serviço têm um contato para reportar a
situação;
- É papel da escola e dos pais ensinar as crianças e
jovens a usar a internet com responsabilidade. A melhor prevenção é a
informação;
- Preserve sua privacidade e respeite a das outras
pessoas;
- Aos pais: Fiquem atentos caso seus filhos apresentem
sintomas como não querer ir à escola, baixa autoestima e depressão.
Atitudes como bloquear o computador e ficar nervoso quando alguém se aproxima
podem indicar que está acontecendo alguma coisa.
“Os jovens devem ter seus
direitos respeitados e promovidos em todos os espaços de interação. Respeitar a
posição de todos deve ser uma maneira de se relacionar com o mundo, para
construirmos juntos um futuro mais ético, justo e solidário”, frisa a
coordenadora.
Colégios Maristas
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