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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Sindicatos e Ministério Público do Trabalho podem exigir o cumprimento da LGPD?

Não é mais novidade que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em pleno vigor e desde 1º de agosto de 2021, passaram a ser aplicáveis também as sanções administrativas previstas na legislação.  

Desde então, todas as empresas são passíveis de serem autuadas e sofrerem sanções administrativas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a qual dentre outras atribuições, incumbe fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de dados realizado em descumprimento à legislação.  

Portanto, com a possibilidade de aplicação das sanções, mais do que nunca as empresas devem se adequar à legislação de tratamento de dados para prevenir eventuais passivos pelo seu descumprimento. Entretanto, engana-se quem pensa que somente a ANPD terá competência para exigir a aplicação da norma: ela poderá ser exigida por várias outras entidades

Diversas ações já tramitam na Justiça do Trabalho para garantir os direitos dos empregados pelo tratamento de seus dados nas relações de trabalho e estas ações podem ser ajuizadas diretamente pelo empregado contra seu empregador de forma individual, bem como por instituições que detêm legitimidade para defender coletivamente os direitos individuais dos trabalhadores. 

No âmbito laboral, instituições como Ministério Público do Trabalho e Sindicatos dos Trabalhadores também possuem legitimidade para fiscalizar, instituir regras sobre o tema em suas negociações coletivas e principalmente propor ações judiciais para exigir o cumprimento da LGPD por intermédio do Poder Judiciário.

 

Caso Indústrias de Alimentação de Montenegro-RS 

Recentemente, por exemplo, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, julgou uma Ação Civil Coletiva proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Montenegro-RS, em face da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Cai Ltda, alegando possíveis descumprimentos da LGPD pela empregadora. 

O Sindicato, autor da ação, alegou que a empresa compartilhava dados dos empregados com diversos outros controladores e operadores, sem as cautelas necessárias, que não havia indicação de encarregado pelos dados pessoais e, ainda, que o tratamento de dados seria compartilhado por intermédio da internet, deixando de respeitar a intimidade, privacidade e imagem dos empregados. 

O processo foi julgado em primeira instância, tendo a juíza do caso reconhecido que a cooperativa não "demonstrou por nenhum meio a implementação de um único dispositivo da LGPD". Em consequência, os pedidos da ação foram julgados parcialmente procedentes para determinar que a empresa indique e nomine encarregado (DPO); que a reclamada implemente e comprove nos autos as práticas relacionadas à segurança e sigilo de dados, sob pena de multa diária de mil reais.

Esta decisão do TRT da 4ª Região é a primeira favorável em doze ações civis públicas ajuizadas pelo mesmo Sindicato no Estado do Rio Grande do Sul. 

Tal decisão serve como alerta aos empregadores, pois ela legitima o Sindicato a exigir o cumprimento das regras da LGPD e demonstra que o cumprimento da LGPD, pelos empregadores, possui ampla margem de discussão, para além da esfera administrativa e que estes assuntos podem ser pauta recorrente de discussão em processos judiciais. 

Além disso, a decisão deve servir como incentivo para que empregadores passem a cumprir e se adequar à LGPD, pois evidencia que a fiscalização e cobrança pelo cumprimento da norma não virá somente da ANPD, por meio de sanções administrativas, mas por entidades públicas e sindicais e dos próprios empregados, através de demandas e determinações intermediadas pelo Poder Judiciário.

 

Rafael Amaral Borba – Sócio da BPH Advogados


Cibersegurança e Governança: aliadas para inovação

Dado o desconhecimento do usuário que está focado em suas funções diretas, é preciso que a TI facilite um pouco sua vida


Em muitas empresas a Tecnologia da Informação (TI) ainda é vista como um ofensor para alavancagem de projetos de negócios inovadores. Como CIO, é importante tomar as rédeas da situação e assumir o controle da inovação tornando-se o centro do negócio. Ao trazer esta responsabilidade para o seu colo é essencial que a segurança da informação e governança caminhem juntos durante esta jornada.

Ainda existem resquícios do áspero relacionamento da TI com o restante da empresa nas trincheiras do Help Desk. Coisas como quando algum usuário liga para o suporte técnico para uma demanda simples e o responsável pelo suporte dá a eles um número de tíquete, pede para abrir um chamado e, em vez da resposta de 10 segundos que eles precisam no momento, faz do pequeno problema uma verdadeira celeuma.

No entanto, para ser eficaz, a segurança da informação tem que ser intrusiva. Nenhum nível de falta de visibilidade em seu território é aceitável. Para isto, nem sempre a  TI pode permitr aos usuários acessos ilimitados à ferramentas quando e onde eles quiserem. Uma pesquisa do PROCON de São Paulo feita em julho deste ano ilustra este risco: 65% dos brasileiros sequer sabiam o que era Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O mesmo estudo mostra que 63% dos entrevistados sequer tomaram alguma atitude ao descobrir que foram vitimas de vazamentos de dados ou tentativas de golpe. Isto posto que o debate sobre LGPD vem desde 2016 com o famoso caso da Cambridge Analytica e o Facebook.

Dado o desconhecimento do usuário que está focado em suas funções diretas, é preciso que a TI facilite um pouco sua vida. Existem soluções embarcadas que podem auxiliar como, User Behavior Analytics, por exemplo, que analisam padrões de comportamento humano para detectar anomalias. Este tipo de solução é fundamental para indicar potenciais ameaças internas, ataques direcionados e fraude financeira, rastreando peremptoriamente o modus operandi dos usuários. Além disso, é possível facilitar a vida do usuário com ferramentas simples de reset de senha dentro de uma infraestrutura de cibersegurança com políticas sólidas de governança, incluindo sanitização de dados.

Então, CIO, traga a inovação de TI para dentro de casa. Fazer isso não apenas dá à disrupção um lar, mas também traz para dentro de seu guarda-chuva a integração junto ao resto da arquitetura que você mesmo gerencia. Afinal, você não quer continuar sendo o estraga-prazeres da sua empresa, não é mesmo?

 


Rogério Soares  - diretor de Pré-Vendas e Serviços Profissionais LATAM da Quest Software

 

A tecnologia BIM: um pré-requisito previsto na Nova Lei de Licitações e Contratações Públicas

Além de mais ágeis, a plataforma torna os empreendimentos mais assertivos, seguros e econômicos

 

Sancionada em abril, a Lei 14.133/21 que começa a vigorar em março de 2023, trata de licitações e vai substituir a Lei 8666 de 1993. Ela chega para trazer algumas atualizações, como por exemplo: uma nova modalidade de contratação, a do diálogo competitivo; critério de julgamento por maior retorno econômico; a previsão da adoção de novas tecnologias; a obrigatoriedade de as empresas contratadas implantarem sistemas de integridade e a possibilidade do uso de arbitragem para dirimir conflitos.

Uma das modalidades exigidas nesta nova Lei é o uso do BIM. A tecnologia reduz custos, otimiza o ROI (retorno sobre o investimento) e agiliza todo o processo aumentando a qualidade dos empreendimentos. A utilização do BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling) está cada vez mais presente no setor da construção civil. A plataforma reúne informações, especificações e todos os atributos dos projetos de uma construção de forma integrada e organizada e permite criar, por meio de softwares baseados no BIM, um modelo em 3D da obra, muito mais detalhado e próximo do resultado final. Além disso, torna os projetos mais eficientes, evitando problemas nos canteiros, como erros na execução do projeto e no pós-obra.

Sempre atenta às inovações do setor, a Seed Incorp, construtora e incorporadora paulista especializada em condomínios horizontais de alto padrão dentro da capital, criou a startup SOULTECH em parceria com a DJM+, empresa com 30 anos de experiencia no gerenciamento de projetos e obras, atuante no mercado nacional e internacional - com objetivo otimizar os processos da construção utilizando a metodologia BIM, aliada a outras tecnologias, como realidade aumentada e maquetes virtuais para entregar aos clientes construções mais rentáveis e com sustentabilidade.

Alan Duarte, fundador e CEO da SOULTECH, afirma que, “a modelagem com o conceito BIM trabalha com protótipos 3D mais fáceis de assimilar e mais fiéis ao produto final. Nossos projetos realizados por meio dessa tecnologia agregam todas as áreas envolvidas no planejamento das nossas construções, além de fornecer informações aprofundadas sobre cada detalhe da obra”, diz.

A Tecnologia da Informação aliada à construção civil é um dos maiores benefícios ao setor. Os processos que envolvem uma obra permitem o trabalho de forma integrada e ágil, otimizando tempo, trazendo uma maior assertividade em todas as etapas e também promovendo a redução de custos, já que o desperdício de material é evitado. “A adoção dessa tecnologia tem trazido mais qualidade, representando a racionalização de equipes e o abatimento de custos com a compatibilização de projetos, que no processo tradicional seria muito difícil detectar. Nos projetos de arquitetura e engenharia, por exemplo, essa redução de prazos e custos pode chegar a 30%.”, completa o CEO.


Ecad lança relatório com impacto da pandemia no mercado de shows e eventos

Por conta das restrições, quantidade de apresentações chegou a cair mais de 80% no ano passado, em todo o país


O mercado de shows e eventos começa a se movimentar no Brasil, apesar das restrições e dos protocolos ainda impostos pela pandemia do coronavírus. Já é possível ver a programação de shows e de grandes festivais, como o Rock in Rio e o Lollapalooza, anunciados para 2022. Diante da esperança pela volta desse mercado, que se dará a partir do avanço da vacinação no país, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) lança mais uma edição do relatório “O que o Brasil ouve” e, desta vez, com dados que mostram o impacto da pandemia no mercado de shows e eventos. 

O estudo revela os efeitos da Covid-19 na arrecadação e distribuição de direitos autorais de compositores e artistas, que não conseguiram mais subir aos palcos e nem fazer suas apresentações diante do público desde o ano passado. Foram coletados dados dos anos de 2021, 2020 e 2019, que apontam o que aconteceu neste mercado a partir da paralisação dos eventos em todo o país.  Nos seis primeiros meses de 2021, por exemplo, o segmento de Shows sofreu um forte impacto, apresentando uma queda significativa de mais de 75% no valor do repasse na distribuição de direitos autorais em comparação com o primeiro semestre de 2020. 

Durante todo o ano de 2020, a quantidade de shows e eventos realizados no país apresentou uma queda de mais de 80% comparado a 2019, quando foram registrados mais de 83 mil espetáculos e eventos por todo o país. No ano passado, foram apenas 15 mil apresentações, com a grande maioria realizada ainda no primeiro trimestre, antes de decretada a pandemia. 

“O segmento de Shows e Eventos é muito importante para os compositores e artistas no Brasil. Esse foi um dos segmentos que mais sofreu e é o que mais depende do avanço da vacinação e da imunização da população porque promove eventos e atividades que reúnem as pessoas e a música. A expectativa de todos na indústria da música é que haja segurança para a volta dos shows e a retomada do setor”, disse Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad. 

O documento também apresenta dados sobre as regiões do país que mais realizam shows até a suspensão dos eventos, e as maiores apresentações realizadas nos últimos dois anos, além das músicas mais tocadas em shows e eventos realizados em 2020 e em 2019. Essa foi a segunda edição do relatório “O que o Brasil ouve”, produzido pelo Ecad. O primeiro foi lançado em março deste ano, com informações sobre a participação das mulheres na música em todo o Brasil. 

O relatório completo pode ser consultado no site do Ecad: www.ecad.org.br/em-pauta


Receita notifica empresas com dívidas no Simples Nacional

Sebrae alerta: pequenos negócios que não regularizem situação poderão ser excluídos desse sistema tributário


As micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional que estão inadimplentes com a Receita Federal devem regularizar a sua situação para não correrem o risco de serem excluídas desse regime que desburocratiza e desonera o pagamento de impostos, a partir de 1º de janeiro de 2022. Cerca de 440,5 mil negócios que estão com débitos já foram notificados pela Receita Federal. O total de dívidas gira em torno de R$ 35 bilhões.

No último dia 9 de setembro, a Receita Federal disponibilizou, no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), os Termos de Exclusão do Simples Nacional e os respectivos Relatórios de Pendências dos contribuintes que possuem débitos com a Receita Federal e/ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Os referidos documentos podem ser acessados tanto pelo Portal do Simples Nacional, por meio do DTE-SN, ou pelo Portal e-CAC do site da Receita Federal do Brasil, mediante código de acesso ou certificado digital (via Gov.BR).

O gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Silas Santiago, destaca que as empresas devem ficar atentas para negociar suas dívidas com o Fisco e regularizar sua situação. “Com o Simples Nacional, as empresas deixam de pagar uma carga maior de tributos e ao serem excluídas perdem vários benefícios, por isso é tão importante que os empreendedores regularizem a totalidade dos seus débitos, por meio de pagamento ou parcelamento, no prazo de 30 dias a contar da data de ciência do Termo de Exclusão”, ressalta Santiago.

Oficialmente a ciência se dá no momento da primeira leitura, se a pessoa jurídica acessar a mensagem dentro de 45 dias contados da disponibilização do referido Termo, ou no 45º dia contado da disponibilização do Termo, caso a primeira leitura seja feita posteriormente a esse prazo. Para as empresas que têm débitos na PGFN, é possível aderir a uma das modalidades de transação tributaria até 30 de setembro de 2021.

Saiba mais neste link


5 razões para investir em uma pesquisa científica

Confira os benefícios de fazer um projeto de pesquisa no Mackenzie e já dê andamento na sua


Se você quer aprofundar seu conhecimento em determinado tema, solucionar uma questão e agregar valor à sociedade por meio do estudo, a pesquisa científica é o caminho. Neste mês, o Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação (F.M.P.I) do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), mais conhecido como MackPesquisa, divulgou o Edital 2021 para subvenção de projeto de pesquisa, com inscrições até o dia 30 de setembro.

O presidente do MackPesquisa, Nehemias Curvelo Pereira, e o gerente Administrativo do Fundo, Eduardo Luis E. Cabral, separaram uma lista com cinco razões para você investir em uma pesquisa científica. Confira:



1. A pesquisa está em todas as áreas!
O programa oferece oportunidades para diversas áreas. Pesquisadores, empreendedores e envolvidos com investigação aplicada podem submeter seus projetos de pesquisa e receber apoio para desenvolvimento de projetos de pesquisa nos seus diferentes campos de atuação.

"Este fomento é de fundamental importância para impulsionar o braço de pesquisa, que junto ao ensino, extensão e saúde configuram as principais bases de atuação da instituição", destaca Cabral.



2. Diferencial profissional
Participar de um projeto de pesquisa é um passo fundamental de desenvolvimento. Novos conhecimentos, sendo eles básicos e aplicados, são acumulados. Você sabia que os pesquisadores são tradicionalmente avaliados de acordo com a qualidade de suas publicações e a classificação dos periódicos onde as pesquisas são publicadas?

"As empresas têm se valido do mesmo processo em áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na criação de novos produtos e serviços que atendam às necessidades ou anseios da sociedade. Os melhores profissionais se destacam e são visados por essas instituições", conta Eduardo.



3. Seu estudo pode mudar a sociedade!
A pesquisa científica não faz diferença apenas no currículo do pesquisador, afinal o investimento em educação, ciência, tecnologia e inovação é imprescindível para garantir um país desenvolvido econômica e socialmente.



4. A atuação é 360º
O MackPesquisa impulsiona a inovação no ambiente mackenzista, estimulando a realização de projetos com grande potencial de valor para a Instituição e com caráter transformador para a sociedade, com isso o pesquisador tem a oportunidade de atuar em parceria junto a empresas e profissionais de destaque da área.



5. Todo mundo pode participar!
Você sabia que o público mackenzista em geral pode participar do processo de pesquisa científica? Docentes, discentes, colaboradores, parceiros e também os interessados de outras instituições, tanto nacionais como internacionais, podem participar como parte da equipe do projeto, que é formada por um líder e diversos membros, incluindo bolsistas e voluntários. Saiba mais informações sobre o edital aberto em https://www.mackenzie.br/noticias/artigo/n/a/i/mackpesquisa-expande-atuacao-para-todos-os-mackenzistas


Redução no repasse para o Casa Verde Amarela gera insegurança sobre manutenção do programa habitacional

O programa Casa Verde e Amarela foi anunciado pelo governo como uma substituição que prometeu melhorar o Programa Minha Casa Minha Vida. Porém, além de ainda engatinhar nas mudanças, também traz o velho problema de, ano após ano, sofrer com a redução de repasse de recursos justamente para a parcela da população que não consegue financiamento devido à sua renda. 

Entretanto, o que se viu em 2020 foi uma redução de 45,1% nos recursos destinados pelo governo ao Casa Verde Amarela em comparação ao seu antecessor. “A redução de investimentos no setor traz uma desconfiança sobre a manutenção do programa e prejuízo àqueles que não conseguem financiar a casa própria sem os subsídios governamentais”, avalia o vice-presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa.

A redução atinge, inicialmente, o mercado da construção civil, pois se não há recurso governamental, não há incentivo nem possibilidade de contratação das construções. “Como consequência, se não há construção, não há moradia, prejudicando a população mais carente”, completa o advogado.

Um dos motivos apontados por Vinícius Costa para a redução do investimento no programa é a alta no preço dos materiais de construção. Para a faixa inicial do programa, por exemplo, as casas têm um custo máximo estipulado por lei. “Havendo alta do custo da construção, automaticamente eleva-se o valor do imóvel, o que pode fazer com que não se adeque à norma legal para enquadramento no programa e, com isso, o cidadão novamente é quem acaba sofrendo a consequência, pois nem sempre tem capacidade financeira para adquirir o imóvel na faixa superior do programa.”

Independente do motivo – falta de investimento ou alta do preço dos materiais de construção –, o presidente da ABMH diz que o problema central de déficit habitacional permanece, mesmo com a substituição do programa. “Cabe aos responsáveis por sua gestão buscar meios de implementá-lo para que ele atinja sua finalidade, ou então será só mais uma lei inaplicável em meio a tantas outras em vigor no país. ”

 


Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)


Por que as franquias de café são a melhor opção do setor atualmente?

Divulgação
Investir em uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros pode ser a chance de um recomeço para os empreendedores


De acordo com a Pesquisa Trimestral de Desempenho realizada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor de franquias demonstrou uma recuperação no segundo trimestre de 2021. O estudo revelou os comparativos de 2019, no qual o faturamento foi de R$43,122 bilhões, passando para R$27,720 em 2020 e chegando a R$41,140 bilhões de abril a julho deste ano. A variação total nos últimos dois anos foi de -35,7%, subindo para +48,4% em 2021.

A luz no fim do túnel para a economia apareceu com o avanço da imunização e a diminuição das medidas de distanciamento social, que facilitam a abertura dos serviços não essenciais em horários mais flexíveis. O outro fator importante está ligado aos meios de compra online, delivery e a confiança que o consumidor passou a ter nas empresas.

E mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, um exemplo de investimento que manteve os pés no chão é o de franquias de cafeteria. Segundo a ABF, este setor faturou quase R$42 bilhões entre o terceiro trimestre de 2019 e o de 2020, mesmo sofrendo uma queda de 12,1%.

“A dinâmica das lojas é composta por inúmeras possibilidades”, explica Deiverson Migliatti, fundador da rede de cafés especiais, Sterna Café. “Algumas apostam em espaços que valorizam a estética e a proposta do negócio, enquanto outras focam em um cardápio diversificado, priorizando a harmonia de sabores”, esclarece o empresário.

Só no Brasil, o número de cafeterias fecha em 13 mil, contando bares, lanchonetes e padarias. Portanto, quem pretende investir no ramo da bebida mais amada pelos brasileiros deve abusar da criatividade. “Quem deseja abrir uma franquia de cafés especiais, por exemplo, precisa estar atento em todo o processo da bebida, desde o cultivo até a sua apresentação”, aponta.

A principal dica, no entanto, é dar apoio total aos franqueados e garantir que estejam sendo retribuídos mesmo em momentos de crise. “A assistência faz parte do negócio, e o suporte deve ir desde as indicações de arquitetos até o relacionamento com os fornecedores para que os franqueados possam se sentir tranquilos mesmo em momentos conturbados e desconhecidos”, finaliza Deiverson.

 


Rede Sterna Café
https://sternacafe.com.br/
Instagram: @sternacafe


11 habilidades de líderes exponenciais

Não pense em liderança na sua forma mais tradicional. Não pense em títulos. Não pense em cargos como supervisores, gestores, diretores e presidentes. Pense na liderança natural que emerge em um grupo e que pode ser exercida, inclusive, por outros integrantes em diferentes momentos. São estas as características que formam um líder exponencial.

O conceito, aliado a dicas práticas, são apresentados pelo empresário serial José Paulo Pereira Silva no livro Lições para você construir negócios exponenciais. Fundador de um dos maiores conglomerados do ramo de tecnologia da América Latina, o CEO do grupo Ideal Trends compartilha as habilidades fundamentais de um líder exponencial para motivar as equipes e escalonar os resultados. Confira!

  1. Cultura: um líder precisa saber qual é a cultura da empresa; precisa também acreditar e seguir essa cultura, compartilhar os propósitos e fazer que ela se torne um guia para todas as suas ações.
  1. Visão: o líder deve conseguir trazer clareza a seus liderados, com a construção de um caminho concreto; antecipar oportunidades em sua área de atuação, com base no cenário atual e em tendências; e enxergar o futuro da organização.
  1. Impacto: as ações de um líder geram transformação massiva e duradoura, impactando o time, outras áreas e líderes, com poder suficiente para levar um segmento a outros caminhos. 
  1. Influência: o líder consegue influenciar ativamente a todos para que trabalhem com espírito de colaboração, com ideias disruptivas, superando objeções e resistências, a fim de realizar as transformações que a organização precisa. 
  1. Conexão com novas tecnologias e tendências: ele tem consciência de que a tecnologia transformará todas as empresas e negócios, a conhece e acompanha futuristas, sempre em busca de tendências. Essa característica o faz antecipar possibilidades e estar sempre à frente da concorrência. 
  1. Agilidade: o mundo se modifica cada vez mais rápido, o novo surge de forma abrupta. Por isso, o líder exponencial deve ser hábil para aprender, traduzir a aprendizagem em ações práticas e fazer com o que o time incorpore o novo processo.
  1. Desafia o status quo: o líder exponencial está sempre em busca de oportunidades de melhoria; pensa grande, experimenta, arrisca, amplia sua perspectiva, vai além de sua área de atuação e percebe os desafios fora de sua indústria; coloca como cultura da empresa a inovação e o desafio contínuos.
  1. Catalisador/potencializador: cria condições para que cada integrante do time desenvolva o potencial de forma integral. Reconhece os pontos fortes de cada um, seus talentos e propósitos. O líder exponencial deve funcionar como catalisador e acelerador do potencial de todos – equipes, ele mesmo, líderes e semelhantes.
  1. Inspiração: esse é o diferencial do líder exponencial, que pode inspirar pessoas a serem curiosas, interessadas, a fazerem as perguntas que nunca haviam sido pensadas. Ele deve apresentar planos futuros que levem à reflexão. A inspiração leva não só a aprender, mas a colocar em prática.
  1. Paixão: ama tanto o que faz que não se sabe onde começa a pessoa e termina o profissional. Essa paixão traz significado imediato para o trabalho, e faz que seu time mantenha a energia elevada em todas as situações.
  1. Compartilhador de vitórias e conquistas: tem prazer enorme em verificar o crescimento e a realização das pessoas a sua volta. Deve saber reconhecer até as pequenas vitórias, e permitir a falha construtiva, que gera aprendizado para melhorar.

Serviço
Lições para você construir negócios exponenciais
(Autor: João Paulo Pereira Silva | Editora: Ideal Books | 352 páginas | Preço: R$ 49,90 | Link de compra: site do autor e Amazon)

 

O futuro do ozônio no Brasil

O ozônio é um gás conhecido há mais de um século pela humanidade. A molécula de fórmula química O3 é responsável pelo cheiro característico das chuvas com trovoadas e também o agente de proteção do nosso planeta, por meio da famosa e esburacada camada de ozônio. Muitos não sabem, mas esse gás também tem funções cada vez mais notórias no cotidiano dos seres humanos, pois contém a característica de ser um poderoso e ecológico oxidante. 

Em agosto de 2020, cientistas da Universidade de Fujit, no Japão, constataram que o ozônio tem capacidade para neutralizar o coronavírus em ambientes fechados. Esse estudo leva em consideração condições específicas de concentração, tempo de exposição e tipo de aplicação, mas foi um grande marco para o gás. 

Embora o ozônio tenha ganhado notoriedade no combate à Covid-19, ele já é utilizado há mais de um século e ainda segue desconhecido pela maior parte da população. Alguns países da Europa, como a França, começaram a utilizá-lo no início do século passado nas Estações de Tratamento de Água (ETA) municipais para abastecimento da população. Logo em seguida, Japão e Estados Unidos também embarcaram nessa aplicação. No Brasil, existem empresas que trabalham há anos com as aplicações do ozônio, mas ainda não é algo comum e amplamente conhecido pelo público em geral. 

Além do tratamento de água das cidades, podemos citar diversas outras aplicações, como o tratamento da água em caixas d'água, piscinas e lagos, tratamento de efluentes industriais para descarte e até mesmo para reuso de água, além da ozonioterapia e oxi-sanitização de carros. 

Apesar de ser um oxidante que pode eliminar praticamente todo tipo de contaminantes microbiológicos, os geradores de ozônio precisam utilizar materiais nobres e possuem uma tecnologia complexa. Por isso é importante entender que existem “geradores” e “geradores” de ozônio no mercado. Algumas marcas vão durar por muitos anos enquanto outras marcas de menor qualidade podem reduzir ou parar a geração com poucas semanas de uso. 

E por que é tão difícil produzir um gerador de ozônio confiável? Por conta da célula geradora de ozônio. Ela é responsável por “pegar” o gás oxigênio do ar ambiente e, por meio de uma descarga elétrica chamada de "descarga de corona" (que não tem nada a ver com o vírus), quebrar a molécula de oxigênio. A partir dessa quebra, os átomos se rearranjam e formam o famigerado O3. Para conseguir este efeito, é aplicada uma descarga de alta tensão em uma determinada frequência elétrica, e para isso é importante utilizar componentes de alta qualidade que não se danificam com o tempo de uso. 

A célula citada é basicamente o coração do equipamento. Ela é responsável pelas diferenças de produção de ozônio e diferenças de preços nos equipamentos. Um componente fraco, desses que são trazidos da China por exemplo, acaba se desgastando muito rapidamente e, muitas vezes, dura poucos meses ou até mesmo algumas semanas.

 Outro ponto é a quantidade de ozônio gerada informada pelos fabricantes ou vendedores. Como atualmente não existe uma norma ou leis no Brasil sobre isso, cada fabricante diz o que quer e alguns colocam quantidades produzidas com mais de 10 vezes a real. Teoricamente isso se caracteriza como crime de concorrência desleal, porém, a fiscalização no Brasil é insipiente, permitindo que algumas empresas anunciem quantidades falsas no mercado. Portanto, sugerimos cautela na hora de pesquisar por um gerador de ozônio. Pagar barato pode parecer uma boa no curto prazo, mas a qualidade do equipamento com certeza não será a mesma.

 Uma coisa é certa: o ozônio veio para ficar. Seja em aplicações para indústrias, o agronegócio ou para a própria residência dos brasileiros, estamos vendo um aumento considerável no surgimento de novos produtos e empresas que vieram para revolucionar nossa relação com este elemento.

 


Carlos Heise - engenheiro e CEO da empresa Panozon Ambiental S/A

 

Aprovação de orçamento pode beneficiar milhões de ilegais nos EUA

Governo Biden deve anunciar pacote econômico e reforma imigratória ambiciosa


Joe Biden e o Partido Democrata americano vivem a expectativa da aprovação de uma resolução orçamentária de US$ 3,5 trilhões. O orçamento já foi parcialmente aprovado pelo Senado, após votação apertada em 11 de agosto, que terminou em 50 a 49 a favor do governo. Caso agora seja ratificado pelo congresso, a aprovação do orçamento permitirá aos atuais mandatários da Casa Branca o anúncio de um pacote econômico abrangente e ambicioso.

 

Considerado fundamental para os planos de Biden, os gastos do novo plano orçamentários prometem ser utilizados em áreas consideradas vitais no país, como educação (pré-escolas públicas, fim da cobrança de mensalidades para faculdades comunitárias por até 2 anos), saúde (ampliação da rede de cobertura do Medicare e criação de novos benefícios odontológicos, visuais e auditivos, além de redução nos custos de determinados medicamentos), meio ambiente (com a criação de um “corpo civil” do clima) e bem estar social com investimentos em novas moradias populares e redução de impostos em determinadas áreas menos favorecidas).

 

Entretanto, é no campo imigratório que a aprovação do orçamento mais deve influenciar. Considerado peça-chave para a eleição de Biden, a tão aguardada reforma imigratória”, que pode representar a anistia para cerca de 11 milhões de imigrantes atualmente indocumentados nos EUA, pode finalmente sair do papel.

 

“Serão estabelecidos critérios para determinar quem poderia se beneficiar da anistia e receber o green card, documento que garante ao seu portador o direito a residência permanente na América. Além disso, a reforma imigratória também prevê para estas pessoas a possibilidade de adquirir a cidadania americana em no mínimo 5 anos após a aprovação do green card” – comentou o advogado brasileiro/americano de imigração, Felipe Alexandre.

 

Pessoas que já se encontram nos Estados Unidos sob status de proteção de programas do governo como o DACA e o DREAMERS, além de certos trabalhadores essenciais durante a pandemia (especialmente na área da saúde) devem ser particularmente beneficiados pelas novas regras, assim como determinados imigrantes que chegaram ao país em situação de asilo ou refúgio.

 

Opositores da resolução orçamentária alegam que o custo será altíssimo para os cofres públicos americanos. Do outro lado, democratas e defensores da reforma garantem que os investimentos irão gerar retorno para o desenvolvimento da economia e da sociedade americana.

 

“Em um primeiro momento é lógico que estamos falando de uma quantia exorbitante que será aprovada e colocada à disposição do governo. No entanto, é preciso pensar a longo prazo, e entender que as medidas do pacote econômico trarão melhorias sociais, sobretudo no tão criticado sistema de saúde americano e na anistia de pessoas que, uma vez legalizadas, poderão contribuir com impostos e com a presença legal no mercado de trabalho. Acredito que

Que este seja o pacote econômico mais ambicioso do país desde a época do “New Deal”, nos anos 30” – Salientou Felipe Alexandre, que também é proprietário do escritório americano AG Immigration, responsável pelos processos de green card de centenas de brasileiros.

 

A votação final da proposta orçamentária no congresso americano deve acontecer ainda esta semana com todas as previsões de especialistas apontando para uma vitória do governo democrata.

 


 

Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo "American Institute of Legal Counsel" como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

 

 

AG Immigration

https://agimmigration.law/


Quatro maneiras de transformar lixo em dinheiro e praticar solidariedade

A ação movimentou as unidades do Paraná e Santa Catarina
Crédito: divulgação/Colégio Positivo

Iniciativas arrecadam materiais recicláveis e doam resultado a instituições sociais


Um país que utiliza recursos naturais de forma desordenada e, na outra ponta, joga no lixo a oportunidade de reciclar os resíduos que produz: todos os anos, o Brasil gera 80 milhões de toneladas de lixo. E, embora 90% desse total sejam passíveis de reciclagem, apenas 4% são reutilizados. Além de uma conta ambiental incalculável, todo esse lixo poderia estar se transformando em ativos de uma economia circular e solidária, se fosse corretamente aproveitado.

De outro lado, o Ranking Global de Solidariedade 2020, resultado de uma pesquisa feita pela Charities Aid Foundation (CAF), mostra que o Brasil ocupa o 54º lugar de uma lista de 114 países. Pode parecer pouco, mas o país subiu 14 posições no último ano, seguindo uma tendência mundial de ajudar mais ao próximo. E para praticar a solidariedade, nem sempre é preciso ter dinheiro. Há uma série de formas de contribuir para causas e instituições sem precisar colocar a mão no bolso. Isso porque alguns materiais que geralmente são jogados no lixo podem ser reciclados e transformados em doações para ajudar instituições sociais e pessoas em vulnerabilidades.



  1.   Tampinhas que viram dinheiro

Alguns materiais descartáveis podem ser transformados em dinheiro nas mãos das pessoas certas. Tampinhas de embalagens plásticas não têm valor algum para quem as joga no lixo, mas, em grandes quantidades, esses itens são comercializados e se tornam uma importante fonte de renda para diversas ONGs. Em uma ação recente, o Colégio Positivo arrecadou, com a ajuda dos alunos, cerca de 500kg desse material. As doações foram repassadas a instituições sociais de sete municípios dos estados do Paraná e Santa Catarina. Agora, elas serão vendidas a empresas de reciclagem que dão destinação correta e sustentável às tampinhas.

Ações como essa são muito significativas para organizações sociais. A partir de campanhas de arrecadação junto à comunidade, é possível contribuir com as mais diversas frentes, inclusive com a Educação. Segundo o Censo Escolar da Educação Básica, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), há muitas deficiências simples de infraestrutura na rede escolar brasileira. Mais de 4 mil escolas públicas no Brasil não possuem banheiros, por exemplo. Esse é um problema grave que pode ser solucionado ou, ao menos, reduzido se essas unidades de ensino tiverem acesso a uma fonte de renda como a reciclagem.


  1.   Leite que vira calor

Caixas de leite são muito mais que apenas papelão. Para manter o alimento protegido e próprio para consumo, elas têm várias camadas de plástico, alumínio e papelão em sua composição. Isso faz delas um ótimo isolante térmico, ideal para solucionar um problema comum nas grandes cidades: o vento que entra pelas frestas de casas de madeira em muitas comunidades. O projeto Brasil Sem Frestas, que nasceu em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, utiliza essas caixinhas para vedar as casas de famílias que, sem esse recurso, passariam frio. Depois de abertas, as caixinhas são costuradas umas às outras e viram placas que, instaladas do lado de dentro das paredes, impedem o vento e a chuva de entrar.


  1.   Lixo orgânico que vira adubo (e dinheiro)

Até mesmo o lixo orgânico pode ter um papel interessante na hora de arrecadar fundos para uma causa social. Com uma simples composteira, é possível transformar restos de alimentos, folhas e flores secas, papelão e até guardanapos usados em adubo líquido e húmus. Esses produtos são muito importantes para adubar o solo. Assim, no caso de uma escola ou ONG, eles podem ser aproveitados em uma horta que produza alimentos frescos. Se as quantidades de adubo resultantes do processo forem muito grandes, as sobras podem ser vendidas para a comunidade ou trocadas por materiais necessários para o funcionamento da instituição.


  1.   Lacres que viram cadeiras de rodas

Não é de hoje que os lacres de latinhas de cerveja e refrigerante chamam a atenção. Além de serem utilizados para artesanato, esses pequenos pedaços de metal são preciosos para quem precisa de cadeiras de rodas para se locomover. O Lacre do Bem, de Minas Gerais, é uma das instituições que recebem esse tipo de material. No Paraná, o Rotary Internacional também recolhe doações de lacres com o mesmo objetivo. Vendido para empresas de reciclagem, ele se transforma em fundos que são destinados à compra de cadeiras de rodas. Essas, por sua vez, são doadas para pessoas com deficiência física ou instituições de filantropia. Quem quiser contribuir com o projeto do Rotary no Paraná, pode entrar em contato com Luiza Tigrinho pelo telefone (41) 98804-6094. 

De acordo com a assessora de Tecnologia e Inovação do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) do Colégio Positivo, Micheline Castelli de Souza, práticas envolvendo esse tipo de iniciativa precisam ser incluídas no cotidiano dos estudantes. “Trabalhar essa forma de pensar com os alunos da educação básica é garantir um futuro verde, fortalecer a competitividade, proteger o meio ambiente e dar novos direitos aos consumidores”, ressalta.

Para Damila Bonato, gerente de produto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, presente em mais de 1.600 escolas municipais de todo o Brasil, utilizar o lixo em projetos sociais dentro das escolas é duplamente educativo. “Enquanto aprendem a cuidar do meio ambiente com a reciclagem, as crianças absorvem a importância da solidariedade - e como pequenos atos feitos coletivamente podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, conclui.

Caixas de leite viram isolante térmico para vedar casas de famílias
Crédito: reprodução/Facebook Brasil Sem Frestas

 

Colégio Positivo


Todas as empresas precisam permanentemente de tubarões no tanque


No mundo dos negócios, é muito comum utilizar-se de histórias e metáforas para passar mensagens importantes. Por isso, hoje vou lhes contar uma que aconteceu nos anos 80. A indústria pesqueira do Japão notou que um problema estava acontecendo. Com o passar dos anos, os peixes estavam cada vez mais distantes da costa, pois o país tem um alto consumo de peixes em seu cardápio. Para solucionar isto, tornou-se necessário construir embarcações maiores e viajar por mais dias para ter acesso aos grandes cardumes.

Essa parte foi de fácil solução. Os navios foram construídos, as viagens foram realizadas e os peixes foram encontrados, porém um novo desafio emergiu. Como os dias de viagem eram mais longos, os peixes já não chegavam tão frescos como antigamente e isso prejudicou a qualidade e fez com que o consumo caísse. Novamente foi criada uma solução. Construir navios ainda maiores e colocar tanques de água dentro dos navios para que os peixes chegassem vivos à costa. A ideia parecia boa, mas.... não deu certo. Os peixes chagavam sim frescos, mas o gosto não era o mesmo, pois, dentro dos tanques, com comida à vontade e sem predadores naturais, esses peixes ficavam parados, preguiçosos e inativos, e isso mudava o sabor da sua carne.

Foi neste momento que surgiu uma ideia que inicialmente parecia um absurdo. Colocar pequenos tubarões nesses tanques para que os peixes se sentissem ameaçados e se movimentassem constantemente em busca de sobrevivência durante a viagem. Logo vieram as objeções de que muitos peixes morreriam no trajeto e isso poderia não valer a pena. Mesmo assim, algumas empresas decidiram testar a ideia. O resultado foi que, sim, alguns poucos morriam no caminho, mas o sabor e frescor estavam de volta e o consumo voltou a crescer.

Eu escutei esse caso no início da minha vida como gestor e nunca mais esqueci. Mesmo tendo acontecido do outro lado do mundo, e com um segmento de mercado totalmente diferente do que eu atuo, essa se transformou em uma excelente metáfora para o mundo corporativo. Todas as empresas precisam permanentemente de tubarões no tanque.

O que isso quer dizer? Todas as empresas, principalmente as já estabelecidas no mercado acreditam que tem seu futuro garantido e terão uma vida longa e próspera. Mas isso não existe mais. É preciso se reinventar o tempo todo e estar aberto ao novo, ao diálogo, a novas soluções antes não pensadas. Basta ver alguns exemplos atuais com como Uber, Spotify e Netflix. Cada uma destas empresas transformou a forma como as pessoas dialogam com transportes, músicas e filmes.

A metáfora do tubarão também serve para as pessoas dentro das empresas. A grande maioria de nós, busca trabalhar em ambientes seguros, cercado de pessoas que pensam semelhante, assegurando o mínimo possível de contradições e desconforto. É a busca, consciente ou não, pela zona do conforto. Da mesma forma que os peixes dentro dos tanques, esse comportamento nos transforma em "peixes preguiçosos", quando o que realmente precisamos é dos "tubarões" que pensam diferente e que nos desafiam.

Tubarões geram inquietude, receio e preocupação. Eu sei que parece ruim, mas são os tubarões que criam um ambiente de desafio constante que faz com que nós como indivíduos, como times e como organização, busquemos evoluir e nos desenvolvermos.

Para finalizar, minha dica é: Tenha um tubarão em sua vida!




Filipe Colombo - atua desde 2013 como CEO da Anjo Tintas. Formado em Administração com ênfase em Marketing, Filipe ocupou, aos 27 anos, o cargo máximo da empresa. É conselheiro profissional formado pelo IBGC e possui MBA em administração de empresas nos EUA, na China e nos Emirados Árabes. Durante quatro anos, passou por todos os setores da empresa em que hoje é CEO. Desde carga e descarga, estoque, recursos humanos, departamentos financeiro e comercial, Filipe sempre esteve presente na organização fundada por seu pai, Beto Colombo, em 1986, e atualmente uma das principais indústrias do setor no país. O autor possui experiência em desenvolvimento de estratégias de sucesso para B2B (Business to business) e B2C (Business to consumer), que fizeram a empresa crescer 685% nos últimos cinco anos, transformando a Anjo Tintas em uma das principais indústrias brasileiras de tintas via estratégias comerciais, melhoria de eficiência produtiva e redução de custos. Além disso, planejamento estratégico, reestruturação, marketing, inovação, governança corporativa, liderança de equipes de alta performance e conselho administrativo também compõem a trajetória do CEO. Apaixonado por esportes, Filipe é triatleta amador nas horas vagas.

 

Energia solar de grandes usinas ultrapassa carvão na matriz elétrica brasileira, informa ABSOLAR

De acordo com a entidade, já são 3,8 gigawatts (GW) em usinas fotovoltaicas de grande porte ante a 3,6 GW em termelétricas fósseis à carvão mineral

 

Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) aponta que a potência instalada operacional da fonte solar fotovoltaica em grandes usinas solares (geração centralizada) conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) acaba de ultrapassar a soma da potência de usinas termelétricas fósseis à carvão mineral.
 
De acordo com mapeamento da entidade, são 3,8 gigawatts (GW) em grandes usinas solares, ante a 3,6 GW em termelétricas fósseis movidas a carvão mineral. De acordo com a associação, desde 2012, a geração centralizada solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 20,5 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 114 mil empregos acumulados, além de proporcionar uma arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
 
Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos leilões A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil.
 
Ao ultrapassar o carvão mineral, as usinas solares de grande porte assumem a posição de sexta maior fonte de geração de energia elétrica do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros: nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).
 
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a situação crítica de escassez hídrica, com fortes aumentos tarifários na conta de luz da população, reforça ainda mais o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade do País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.
 
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta. “Diante da crise hídrica e da nova bandeira de escassez hídrica é fundamental que o Governo Federal aumente a participação da energia solar no Brasil, para diversificar a matriz elétrica e baratear a energia para a sociedade e os setores produtivos”, acrescenta Sauaia.
 
Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. A solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, aponta Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de Administração da ABSOLAR.
 
Ao incluir a geração própria de energia solar feita pelos consumidores brasileiros, o Brasil já ultrapassa a marca de 10,4 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Segundo a ABSOLAR, isso representa mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e maior da América Latina.
 
No total, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 54,1 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 312 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, evitou a emissão de 11,3 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, bem como proporcionou uma arrecadação de tributos públicos da ordem de R$ 14,6 bilhões.

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