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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Tabagismo e doença do coração é dupla de alto risco para a covid-19


Assunto é lembrado no Dia Mundial Sem Tabaco, no domingo, 31 de maio


De acordo com o estudo do Laboratório Cold Spring Harbor, da revista científica Developmental Cell, os tabagistas fazem parte do grupo de risco para contaminação com o novo coronavírus e para o agravamento da doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), caso a pessoa abandone o tabagismo, a principal vulnerabilidade dos fumantes às complicações da covid-19 diminui imediatamente e pode até desaparecer. Esse é um dado ainda mais importante para pessoas que, além de tabagistas, sofrem de alguma doença do coração. 

Entre indivíduos infectados pelo novo coronavírus que apresentam sintomas graves da covid-19 e precisam de internamento hospitalar ou morrem, 53% têm algum problema de coração (dado divulgado pelo Ministério da Saúde, baseado em um estudo publicado na revista científica JAMA Cardiology). “Se somarmos os dois fatores de risco, tabagismo mais tendência à cardiopatia ou doença do coração, a pessoa é altamente vulnerável em uma pandemia como esta, e os riscos de contrair o novo coronavírus e desenvolver as formas mais graves da covid-19 são ainda maiores e mais rápidas”, afirma o cirurgião cardiovascular do Incor Kubrusly, Dr. Luiz Fernando Kubrusly. “Esses pacientes são tão vulneráveis que, aqui no Incor, estamos nos dedicando a atendê-los para que não tenham de ir ao pronto-socorro dos hospitais. E se tiverem de ir, vão sob nossos cuidados, de modo que entrem e saiam o mais breve possível, munidos de todas as informações necessárias”, destaca.

Dr. Fernando Kubrusly, também membro da equipe do Incor, lembra que o tabagismo, por si só, é um fator de risco para os cardiopatas. “O tabagismo se torna mais grave a medida que a pessoa é mais exposta ao hábito. Ou seja, se fuma há 20 anos uma carteira de cigarro por dia, já é um broncopata por definição”, diz. A broncopatia é qualquer doença que afete os brônquios. Se a pessoa contrair o coronavírus, as chances de complicações são maiores. “O risco é o de desenvolver formas mais graves da doença e mais precocemente necessitar de intervenção pulmonar, que é a grande questão na covid-19, ou seja, quando é preciso do apoio respiratório, como intubação”, explica.

O especialista alerta que é importante que fumantes cardiopatas redobrem o cuidado, de preferência, parem de fumar, continuem a tratar as doenças crônicas e fiquem atentos a qualquer alteração respiratória. “Todo tabagista tem, por exemplo, uma tosse crônica. Se essa tosse piorar, imediatamente deve procurar atendimento médico, se possível, primeiramente um médico fora do hospital, para uma avaliação e a indicação de atendimento hospitalar somente para casos mais graves ou necessários”, salienta. 




Incor

Pós-pandemia: o que deve mudar no convívio dos brasileiros


Casas, Escolas e Lojas. Como serão esses espaços pós-pandemia

Após pesquisa sobre como países que, estão no segundo estágio do Covid-19 e já abriram - com parcimônia - o comércio, estão reagindo ao pós-pandemia, arquitetos e designers brasileiros apontam quais serão as mudanças nas estruturas das residências, das instituições de ensino e do comércio no Brasil

Proposta para uma residência pós-pandemia.
Dávila Arquitetura
Em meio à pandemia do novo coronavírus, buscamos nos resguardar para mantermos nossa saúde. As novas regras de convívio, baseadas nas instruções da OMS (Organização Mundial de Saúde), estão sendo modificadas para que a contaminação não se alastre e tenhamos cada vez mais casos de COVID-19.


Apesar de estarmos vivendo o hoje, preocupados em não virarmos mais uma estatística desta triste contaminação, também devemos pensar no amanhã. Em como é possível retornar a nossa rotina de trabalho, estudos e, também, dentro de nossas casas pós-pandemia.

Profissionais da arquitetura e do design criaram projetos que mostram como podemos seguir com as nossas tarefas, nos resguardando do contágio e minimizando o impacto do coronavirus em nossas vidas.

Para as residências, o escritório Dávila Arquitetura, ressalta que as três premissas principais para explorar as potencialidades das novas moradias, evoluídas para o século 21, pós-pandemia, são aproveitar melhor a natureza; valorizar a higiene e viabilizar o trabalho em casa. Tudo pensando na saúde, bem-estar e sucesso profissional dos moradores. Os arquitetos Alberto Dávila, Afonso Walace e Cadu Rocha apostam, indubitavelmente, na sustentabilidade.

“O melhor aproveitamento da natureza se mescla à tendência irreversível da sustentabilidade e favorece o bem-estar e a saúde dos moradores. A incidência solar e a ventilação natural, especialmente, são exemplos dos proveitos que podemos obter, gratuitamente, com mínimo impacto no meio ambiente. Uma iniciativa importante é recriar os solários, espaços onde se possa tomar sol e ar, dentro de casa. E podem ser configurados na própria varanda. No entanto, é necessário favorecer a iluminação e ventilação naturais dos ambientes, dos dormitórios às áreas sociais e às áreas de serviço”, ressaltam.

Ao falarmos das instituições de ensino, o escritório Painel Arquitetura revela que o pós-pandemia será uma integração do real com o virtual. Os espaços, e as pessoas, deverão se adaptar para esta nova modalidade educacional, onde a tecnologia terá papel fundamental. Além da importância de terem que recriar o layout das salas de aula.

“Nos encontramos em uma posição em que precisamos repensar tudo para erradicar e vencer o vírus. Obrigando-nos a reavaliar o aprendizado e sistemas educacionais inteiros que foram induzidos, num curtíssimo prazo, a digitalizar-se. E isto vai acontecer junto aos mecanismos de ensino online onde uma integração entre esse espaço físico e digital precisa acontecer de maneira hábil. A arquitetura será então um meio onde a forma (e função) deverá ser interpretada como um momento constituído por sequências temporais onde os estudantes interagem no espaço por meio de suas experiências de momento”, avalia o arquiteto Henrique Hoffman. 


Projeto de uma sala de aula para  o período pós-quarentena
Painel Arquitetura

Já quando falamos de espaços comerciais, a modificação da estrutura física é ainda mais evidente. Segundo as designers Cris Araújo e Linda Martins, do escritório Maraú Design Studio, as lojas deverão seguir alguns passos cruciais para poder atender o seu público dentro das normas da OMS oferecendo, além de seus produtos, a sensação de segurança.
“Estamos propondo aos proprietários de lojas que, quando o cliente entrar na sua loja, o posso utilizar o espaço logo ao lado da porta para higiene e proteção pessoais. Além disso, ele poderá colocar o protetor de pés, passar álcool gel e retirar uma máscara, caso necessite. A área de atendimento estará dentro de uma cabine de acrílico ou no balcão. No momento de fazer o pagamento, o cliente terá um espaço demarcado para afastamento e, ao sair da loja, poderá descarta os artigos de proteção no lixo ao lado da porta. Após a permanência do cliente dentro do estabelecimento, é a vez dos funcionários fazerem o seu papel, aplicando álcool líquido 70% com borrifador em todos os móveis que foram usados durante o atendimento”, indicam.


Projeto de comércio, seguindo as ordens de distanciamento da OMS.
Maraú Design

De acordo com todos os profissionais, o momento de repensar a adequação dos espaços é agora, na quarentena. Isso porque, quando a pandemia acabar, a residência e os espaços comerciais e institucionais já estarão prontos para receber um usuário/consumidor muito receoso e traumatizado por uma pandemia que matou vários entes queridos e que, por causa disso, vão exigir todo o cuidado relacionado a saúde nos locais onde terão que conviver. Além disso, a vantagem de se fazer obras/adequações neste momento de pandemia no Brasil e que várias lojas, empreendimentos da construção civil e decoração estão com promoções muito atrativas que, logo após a pandemia e o aumento da demanda gerada pelos consumidores mais exigentes aos mais variados setores, fará com que aumente o valor cobrado por todos. Por isso tudo, o momento de mudança é agora.




Horta medicinal é benéfica para sua saúde e bem-estar


Professor Naturopata explica quais plantas podem tornar sua vida mais saudável


Muitas pessoas passaram a cuidar melhor das plantas e a se interessar mais em ter um pouco de natureza no lar a partir da permanência em casa em razão do distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus.

Ter uma horta em casa é algo muito prazeroso e pode até ser terapêutico, pois as plantas fazem com que o ambiente adquira uma beleza natural, tornando-o mais leve e aconchegante. Além de contribuir com a decoração, o jardim pode conter plantas que são benéficas para a saúde física e psicológica, o que promove melhorias no bem-estar da família toda.

Segundo Daniel Alan Costa, professor de fitoterapia na Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da USP, naturopata e acupunturista especializado em Bases de Medicina Integrativa pelo Hospital Albert Einstein e diretor da Escola Brasileira de Naturopatia, as plantas filtram os poluentes presentes no ar, além de removerem gases que são tóxicos para a saúde e bem-estar. “Há muitas espécies que são indicadas como um tratamento integrativo para aumentar a imunidade e tratar problemas de saúde como dores de cabeça, estresse, doenças no sistema digestivo e também nas vias respiratórias como gripes, resfriados, bronquite e até mesmo pneumonia”, destaca o naturopata.

Neste ponto, as espécies que mais se destacam e que podem ser cultivadas em casa são:


Manjericão – Além de ser rico em vitaminas, o manjericão também tem propriedades antibacterianas, antioxidantes, antiespasmódicas e digestivas e pode ser usado em saladas, massas, sopas e outras receitas. Também fica ótimo para aromatizar o azeite, por exemplo.


Tomilho – fácil de ser plantado, o tomilho tem propriedades que ajudam o sistema respiratório, combatendo tosse e bronquite, além de melhorar infecções na boca e ouvido. Pode ser usado como chá, tempero ou com seu óleo essencial.


Lavanda – a lavanda ou alfazema traz benefícios calmantes para o emocional, ajudando no combate ao estresse, ansiedade e insônia. Além disso, tem propriedades anti-inflamatórias, ajudando a melhorar peles com acne ou desidratadas, revigorando as células. Pode ser usada como óleo ou como chá dos botões.


Hortelã – muito utilizada para tratar problemas da garganta, a ingestão da hortelã pode ser feita tanto em forma de chá quanto ser adicionada em canja, sopas e outros pratos refogados.


Alecrim - A essência de alecrim ajuda a estimular o cérebro e melhorar a memória, já a sua ingestão em receitas como no pão ou em chás auxilia no tratamento de dores reumáticas e contusões, no combate a problemas respiratórios, além de equilibrar a pressão arterial e reduzir o estresse.

Diversas outras espécies também podem ser utilizadas como um tratamento alternativo, como funcho doce, camomila, melissa (erva cidreira) e erva-doce. “Os recursos das plantas são muito valiosos para saúde, pois agem de forma natural no organismo humano, e raramente causam efeitos colaterais”, finaliza o naturopata.





Daniel Alan Costa - Especialista em Bases de Medicina Integrativa pelo Albert Einstein, professor de fitoterapia na Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da USP, Naturopata, Acupunturista membro da WFCMS (World Federation Chinese Medicine Societies), coordenador do curso de pós-graduação em Naturopatia da UNIP e diretor da EBRAN - Escola Brasileira de Naturopatia.

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