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quarta-feira, 18 de março de 2015

AMAMENTAÇÃO




Pesquisa inédita revela que amamentação pode aumentar inteligência
Estudo realizado durante três décadas comprova impacto positivo da amamentação. Ações do Ministério da Saúde, como a Campanha Nacional de Amamentação, incentiva o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê

Se os efeitos imediatos da amamentação sobre a saúde e o desenvolvimento dos bebês já é reconhecido – oferecendo proteção a doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade –, os impactos em longo prazo acabam de ser revelados por uma pesquisa inédita, realizada por pesquisadores da Universidade de Pelotas, que acompanhou 3,5 mil recém-nascidos durante mais de três décadas. Segundo a publicação, uma criança amamentada por pelo menos um ano obteve, aos trinta anos, quatro pontos a mais de QI e acréscimo de R$ 349 na renda média.

O estudo, realizado desde 1982, comprova que, quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. É o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (18) pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo.
Outra questão inédita do estudo é mostrar que, no Brasil, os níveis de amamentação estão distribuídos de forma homogênea entre diferentes classes sociais, não sendo mais frequente entre mulheres com maior renda e escolaridade. Para a realização da pesquisa, os responsáveis pelo estudo, Cesar Victora e Bernardo Horta, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), contaram com financiamento do Ministério da Saúde e de entidades como o CNPQ, a FAPERGS, a Wellcome Trust e o International Development Research Center, do Canadá. 
“O papel do Ministério da Saúde com a promoção de campanhas educativas e outras ações desenvolvidas a nível nacional, inclusive com o estímulo a adoção da iniciativa Hospital Amigo da Criança e da criação dos bancos de leite, é fundamental nesse processo. Isso se transforma em algo concreto que é o aumento da prevalência de amamentação no Brasil, reconhecido, inclusive, fora do país”, comenta o pesquisador Bernardo Horta.
Os efeitos benéficos da amamentação, como o impacto direto na inteligência, são explicados pela presença de ácidos-graxos saturados de cadeia longa no leite materno, essenciais para o desenvolvimento do cérebro.
METODOLOGIA – As informações sobre o desempenho nos testes de QI e o tempo de amamentação foram obtidas entre 3.493 participantes da amostra inicial de nascidos em Pelotas em 1982. Nos primeiros anos de vida das crianças os pesquisadores coletaram dados sobre o tempo de amamentação de cada criança. Quando estavam com 30 anos, em média, os participantes realizaram testes de QI (Escala de Inteligência Wechsler para Adultos, terceira versão), e as informações sobre grau de escolaridade e nível de renda também foram coletadas.
Os pesquisadores dividiram esse universo de mais de 3,4 mil pessoas em cinco grupos com base na duração do aleitamento quando bebês, fazendo o controle para dez variáveis sociais e biológicas que podem contribuir para o aumento de QI, entre elas, renda familiar ao nascimento, grau de escolaridade dos pais, ancestralidade genômica, tabagismo materno durante a gravidez, idade materna, peso ao nascer e tipo de parto.
PREVALÊNCIA DE AMAMENTAÇÃO – Levantamento do Ministério da Saúde realizado em todas as capitais e Distrito Federal, além de outros 239 municípios e que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças – mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno no país cresceu um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008. O estudo também revelou um aumento do percentual de mulheres que realizam o Aleitamento Materno Exclusivo em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 51% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias – ou seja, mais que dobrou.
Em 2008, 41% das mães brasileiras amamentavam exclusivamente nos primeiros seis meses de vida do bebê. Atualmente, o Ministério da Saúde trabalha na elaboração de novo estudo e, observando a tendência de crescimento, estima um aumento, nos últimos sete anos, de 10,2% no número de crianças sendo amamentadas exclusivamente até seis meses. Estudos mostram que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Mais do que é evitado pela vacinação ou pelo saneamento básico, segundo a OMS.
“Os programas que temos desenvolvido ao longo desses anos tem feito a diferença em relação ao aumento da prevalência de aleitamento materno. Os impactos positivos mostrados pela pesquisa da Universidade de Pelotas são mais um motivo para o investimento contínuo do Ministério da Saúde, pensando no desenvolvimento pleno das crianças durante a vida.”, afirma o coordenador de saúde da criança e aleitamento materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha.
AÇÕES – O Ministério da Saúde realiza diversas ações relacionadas à amamentação. Entre elas, estão a Campanha Nacional de Amamentação, a Campanha Nacional de Doação de Leite, vinculada aos Bancos de Leite Humano, que terá sua edição 2015 lançada em 19 de maio, o incentivo ao Método Canguru, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, voltado para a atenção básica, o Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta, além de estratégias como a Rede Cegonha (presente em mais de 5 mil municípios) e a iniciativa Hospital Amigo da Criança, com 323 unidades em todo o país.
Cada litro de leite doado nos Bancos de Leite Humano pode atender até 10 recém-nascidos, dependendo da necessidade. O Brasil conta com 215 Bancos de Leite e 145 Postos de Coleta, representando a maior Rede de Bancos de Leite do mundo.
Em 2012, o Brasil alcançou a meta 4 do Objetivos do Milênio, de redução da mortalidade na infância - menores que 5 anos -, três anos antes do prazo estabelecido pela ONU e com um dos melhores resultados do mundo, diminuição de 77%.

 

Maurício Angelo

Agência Saúde

Terceira idade: cinco dicas para não ser ´enrolado´ pelo plano de saúde




A terceira idade é uma fase especial, quando o idoso se prepara para curtir a vida e contar com a saúde em dia. Só que infelizmente alguns planos de saúde pisam na bola no momento em que a gente mais precisa. Preços abusivos, negação de consultas e tratamentos  e políticas distorcidas de funcionamento são os casos mais comuns.
Confira dicas da advogada Gabriela Guerra, especialista nesta área, sobre como se precaver contra esses aborrecimentos e adquirir serviços de saúde sem maiores transtornos.
O pulo do gato na faixa etária
Os planos de saúde cobram preços diferentes de acordo com a idade de seus clientes, estabelecendo faixas etárias. Segundo a Dra Gabriela Guerra, um dos abusos mais comuns é o aumento dos preços desproporcionalmente na última faixa etária, ou seja, muito superior aos ocorridos nas transições entre outras faixas do plano.
Fique atento: se o plano tiver sido adquirido a partir do ano 1999, regras da Agência Nacional de Saúde (ANS) já previne contra aumentos abusivos. Contratos de consumidores com mais de 60 anos não podem sofrer mudança por idade, o que é bastante defendido pelo Estatuto do Idoso, além de que, em geral, o preço da última faixa do convênio não pode ser superior a seis vezes o da primeira. Se o contrato do plano for anterior ao ano  1999, é preciso consultá-lo para saber as condições e precaver-se contra excessos.
Quem manda é o médico, não o plano
Alguns procedimentos comuns a idosos costumam enfrentar problemas para serem cobertos pelas operadoras. Com o enfraquecimento dos ossos, muitas pessoas nessa faixa etária estão mais propensas a se machucar, quebrando ossos como o fêmur e o quadril. Muitos convênios afirmam que devem custear só o tratamento cirúrgico, e não a prótese. É o que também ocorre em casos de problemas cardíacos em que o stent, tubo minúsculo acoplado ao coração, é necessário.
Dra Gabriela Guerra esclarece. “Se o contrato prever a doença acometida pelo paciente, o convênio deverá custear o procedimento determinado pelo médico, pois é o profissional da saúde que escolhe o melhor tratamento, e não o plano”.
Não mude de plano, procure a Justiça
Se a operadora se recusar a oferecer serviços previstos em contrato, é importante que o idoso procure a Justiça. O Estatuto do Idoso e a ANS já previnem contra certos abusos, principalmente em planos individuais ou familiares. É altamente recomendável que os idosos busquem seus direitos antes de escolher mudar de plano.
“Ao mudar de plano, algumas vezes o consumidor terá de cumprir carência [período que o paciente terá de esperar para ser atendido no novo plano]. Na terceira idade, isso é correr riscos”, explica a advogada.
Contrato e à carência
Além daqueles que já possuem planos de saúde, quem deseja adquirir um ou mudar para um novo deve prestar muita atenção às condições do contrato. “Se ele tiver previsão de aumento de preços após os 60 anos, fuja desse contrato”, aconselha a advogada Gabriela Guerra. Os idosos também devem estar atentos à natureza do contrato, já que muitas empresas deixam de oferecer planos individuais e investem em empresariais para fugir das regras da ANS.
Outra atenção deve ser o período de carência. Independente do estipulado em contrato, a lei determina que em casos de urgência e emergência o consumidor tenha direito de usar o plano após as primeiras vinte e quatro horas de assinatura do plano.
 Perto da residência
Para quem tem poucos recursos, existem planos mais baratos e de qualidade. É aconselhável que, nesses casos, e também nos casos gerais de aquisição, o idoso analise antes quais são as opções de locais de atendimento. “Planos que oferecem atendimento em um bom hospital perto da residência [do paciente] são a melhor forma de assegurar um atendimento eficaz e de qualidade”, opina a Dra Gabriela.

Gabriela Guerra - Advogada
Porto, Guerra & Bitetti Advogados
Av. Giovanni Gronchi, 1294 – Morumbi - Cep. 05651-001 São Paulo/SP
Tel: 955808791 - www.pgb.adv.br

BICHOS DE PELÚCIA E CHOCOLATES COM BRINQUEDOS SÃO OS ITENS MAIS VISADOS NO PERÍODO DA PÁSCOA




        Lojistas devem redobrar a atenção com compradores em grupos, pessoas portando sacolas grandes ou utilizando agasalhos em tempos de verão
        Segundo diretor da Gunnebo, manter esses produtos devidamente protegidos é uma das principais medidas para diminuir o furto
        Ovos de Páscoa chamam atenção das pessoas mal intencionadas porque custam até seis vezes mais do que uma barra de chocolate com o mesmo peso

Vitrines, gôndolas e parreiras de lojas de departamento, supermercados e varejistas do setor de chocolates já estão repletas de ovos de Páscoa e aos poucos aumenta o fluxo de consumidores nessas unidades. As vendas em São Paulo, em 2015, devem crescer cerca de 5%, segundo levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado em conjunto com as Câmaras de Dirigentes Lojistas. Em todo o país, aponta a Nielsen, devem ser comercializados pouco mais de 100 milhões de ovos de Páscoa.
Apesar do otimismo, é também neste período que a incidência de furtos, internos e externos, tende a aumentar no varejo. E não é só com o chocolate que se deve residir a atenção dos varejistas. Afinal, eles investem nos estoques de outros produtos relacionados, como vinho e bacalhau, para aproveitar o pico de vendas que ocorre nesta que é uma das seis datas festivas mais importantes para o comércio no ano. 
Na Páscoa, que em 2015 será comemorada em 5 abril, os ovos tornam-se grandes atrativos para as pessoas mal intencionadas porque custam até seis vezes mais do que uma barra de chocolate com o mesmo peso líquido. E, o pior, eles podem ser facilmente ocultados, por exemplo, em sacolas, bolsas e carrinhos de bebê. 
Entre os produtos mais visados, segundo Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo (www.gateway-security.com.br), uma das maiores fornecedoras mundiais de soluções antifurto para o varejo, além dos produtos à base de chocolate, estão os bichos de pelúcia e os ovos com brinquedos voltados para crianças. “Quem possui câmeras de vigilância deve verificar suas atividades, ter alertas de que a área está sendo filmada e atenção redobrada por parte dos frentistas da loja”, alerta o executivo. Ele completa com algumas dicas importantes: “É preciso dar uma atenção maior aos compradores em grupos, pessoas que portem sacolas grandes e utilizem agasalhos em tempos de verão. Ou seja, a rotina diária deve ser mais apurada nesse período”. 
O furto também pode ocorrer no recebimento das mercadorias, por isso, diz ele, é importante que os itens sejam tratados como Produtos de Alto Risco (PAR), conferidos por um fiscal de prevenção de perdas e acompanhados até o local de armazenamento. E no estoque, uma contagem diária deve ser feita para garantir o controle do saldo.
Proteção para ampliar lucro – Para que o varejista amplie suas vendas com segurança, contabilizando posteriormente mais lucros, o diretor da Gunnebo diz que é preciso ficar atento e monitorar corretamente tudo o que acontece na loja. “Tudo isso serve como uma forma de aumentar as vendas sem que as perdas tenham impacto ou alguns produtos apresentem margens negativas”, explica.
De acordo com Sambugaro, entre as medidas simples que podem proporcionar melhorias e evitar as perdas está o uso de um Circuito Fechado de TV (CFTV). “Isso serve para inibir, flagrar e coibir a ação de pessoas mal intencionadas”, diz. “Também é preciso verificar se os PARs estão devidamente protegidos com etiquetas antifurtos”, completa.
A tecnologia antifurto, afirma Sambugaro, permite aos gestores tomarem medidas necessárias para combater os prejuízos. Cada sistema gera resultados eficientes no combate aos furtos e, utilizados de forma integrada, aumentam mais o nível de prevenção de perdas. “Além disso, é fundamental orientar funcionários para redobrar a atenção nos horários de maior movimentação, pois, aliar soluções tecnológicas com treinamento profissional é o caminho ideal para o lojista evitar perdas e aumentar lucros em seus negócios”, esclarece. 

 

No Dia Internacional da Síndrome de Down (21/3) entenda porquê os portadores têm mais chances de nascerem com problemas cardíacos




Cansaço após as mamadas e dificuldade para ganhar peso podem ser sinais de alerta
Conhecida como trissomia 21, a Síndrome de Down (SD) ocorre quando há existência de três cromossomos X nas células do organismo, totalizando 47, em vez de 46, como em outras pessoas. Segundo o obstetra e ginecologista Maurício Sobral, a SD é detectada nos primeiros meses da gestação pela ultrassonografia morfológica que avalia a translucência nucal, sugerindo assim a presença da síndrome.  
Porém, ela só é confirmada pelos exames de Biópsia de Vilo Corial (BVC), realizado entre 11ª e 14ª semanas da gestação; e Amniocentese, colhido a partir da 15ª semana de gestação, permitindo estudar o cariótipo do bebê, ou seja, a contagem do número e a avaliação da forma dos cromossomos. “Quando diagnosticada, a síndrome causa um certo impacto. Sempre aconselho à mãe para conversar muito com seu parceiro, em alguns casos, buscar uma ajuda psicológica e obter a maior quantidade de informação possível, entrar em contato com outros pais que passaram pela mesma situação, além de fazer, como em todas as gravidezes, um bom pré-natal”, aconselha o Dr. Maurício.
Devido à alteração genética e às pré-disposições da trissomia, normalmente as crianças apresentam características semelhantes e estão sujeitas a maior ocorrência de doenças.
De acordo com o cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, entre as patologias mais comuns estão as cardiopatias congênitas, anormalidade na estrutura do coração, que afetam 50% das crianças nascidas com SD. “Muitas vezes os portadores da síndrome são indicados às cirurgias para corrigir malformações. Mas também, dependendo do problema, pode haver regressão espontânea. O importante é sempre fazer o diagnóstico correto”, comenta.
 O cirurgião destaca ainda que os pais devem ficar atentos aos pequenos sinais que podem representar problemas cardíacos. “Dificuldade na alimentação, cansaço durante e depois das mamadas, pneumonias de repetição e custoso ganho de peso podem sinalizar a necessidade de uma consulta ao cardiologista”.
 Ambos os especialistas ressaltam que a Síndrome de Down não é doença e que os portadores precisam sim de um acompanhamento correto para estimular a capacidade e habilidade delas. “Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, o Brasil tem hoje cerca de 300 mil pessoas com a síndrome, o que precisamos é que todos aceitem as necessidades especiais”, finalizam.

Doutor Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas.

Dr. Maurício Luiz PeixotoSobral - especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia (TEMA). É médico plantonista em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Bosque da Saúde em São Paulo.

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