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terça-feira, 13 de junho de 2017

Medo de ficar viúvo é o segundo maior medo do brasileiro



Segundo pesquisa do Instituto do Casal, o medo de ficar viúvo (a) é o segundo maior medo dos casais brasileiros.

A morte é um assunto do qual ninguém gosta de falar, mas é um fato inevitável do ciclo vital e também dentro de um relacionamento afetivo. A viuvez é tão assustadora que na pesquisa feita ano passado pelo Instituto do Casal, ocupou o segundo lugar no ranking dos principais medos das pessoas que são casadas ou têm um relacionamento estável.
 
Perder o (a) parceiro (a) faz parte da história de quem vive um relacionamento estável ou é casado. Porém, a viuvez é uma situação não planejada que leva a vários desdobramentos e mudanças. Uma das mais importantes é a perda do suporte afetivo e quebra da unidade, que já não existe mais.
 
Segundo Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, a viuvez pode representar, para muitas pessoas, a perda de um grande amor, de um bom amigo, do suporte financeiro, de um pai ou de uma mãe, de um confidente, enfim, da pessoa que foi escolhida para compartilhar a vida.
 
“Isso leva ao sofrimento, ao luto e a emoções ligadas ao distanciamento e à sensação de separação. “Além disso, ficar viúvo (a) representa, de certa forma, perder parte de si mesmo, daí os sentimentos de solidão e vazio, que são comuns em quem passa por isso. Mas, é justamente esse processo de lidar com a perda que dá a sensação de ser capaz de recomeçar ou de continuar a viver”, comenta a psicóloga.


Viuvez precoce x tardia

 
Um ponto que chama a atenção é a diferença na vivência de uma viuvez precoce, ainda na juventude, e uma viuvez mais tardia. Ambas são experiências difíceis, mas cada uma tem suas particularidades. Para Marina Simas de Lima,psicóloga, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, a viuvez que atinge pessoas mais novas, com filhos ainda pequenos, pode ser muito desafiadora.

 
“Quem fica vai precisar lidar com várias situações ao mesmo tempo: a perda do (a) parceiro (a), a criação dos filhos, o sustento da casa, a vida profissional e a própria saúde física e mental para lidar com tudo isso. Por outro lado, quem fica viúvo mais tarde tem mais tempo para se recuperar, mas pode se sentir muito mais sozinho e fragilizado, já que em muitos casos os filhos já saíram de casa e vivem suas próprias vidas”, explica Marina.
 
Em uma idade mais avançada nem sempre é fácil investir em um novo relacionamento, por exemplo. Com isso, o isolamento social é mais comum e acarreta em uma piora do estado de saúde em pessoas que enviúvam mais tarde.

 
Viver o luto é fundamental

Independente da idade em que se ficou viúvo (a), o luto precisa ser vivenciado para ressignificar a vida. Viver o luto é importante para reconstruir a vida sem o (a) parceiro (a). Não há um período pré-definido. Cada pessoa terá seu próprio tempo para gerenciar suas emoções e aceitar a perda. É um tempo para se reorganizar e se reestruturar, para chorar, para ficar triste, para recordar e para dar um novo significado a essa nova fase da vida.


 
Seguindo em frente

“Gosto muito de pensar que perdemos coisas e não pessoas. As pessoas partem, mas as memórias ficam. A morte faz parte da vida, é inevitável. A viuvez é um convite a repensarmos nossas escolhas, para criarmos novas realidades e testarmos nossa capacidade de resiliência. As lembranças devem sim permanecer de forma saudável para honrar a pessoa que se foi, mas quem fica precisa continuar. Não é um processo fácil, por isso a psicoterapia é muito importante para ajudar a superar esse tipo de acontecimento”, diz Denise.

“A verdade é que ninguém está preparado para a morte e em geral o assunto ainda é um tabu. Cada um vai lidar de uma maneira particular com a viuvez. O importante é viver cada momento de nossas vidas como se fossem os últimos, isso ajuda a superar a perda, pois há menos chance de arrependimentos ou culpa. Sabe aquela frase: não deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje? Precisamos pensar mais em ser do que ter, precisamos dedicar mais tempo ao nosso (a) parceiro (a), cultivar os sentimentos e viver bons momentos ao lado de quem amamos, isso é o que realmente importa”, finalizam as psicólogas.



O que é sustentabilidade e o que é “fake”?



Participei recentemente de dois eventos falando para estudantes, a Semana de Comunicação da FECAP e o seminário sobre as Metas do Milênio da ENIAC. Coube a mim falar de sustentabilidade, e pude perceber que é um tema muito pouco entendido e de difícil assimilação pelos jovens. 

Ao perguntar a eles o que era sustentabilidade, poucos conseguiram definir e, os que se arriscaram, citaram a definição de Lester Brow, criada em meados dos anos 1980, “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. 

A mesma definição adotada em 1987 pela Comissão de Brundtland e que também é comumente adotada pela maioria das empresas no Brasil. Passados 30 anos dessa definição de sustentabilidade a “geração do futuro” era a deles. Quando a definição foi feita, a maioria dos estudantes presentes nos eventos nem tinha nascido. 

Juntos, chegamos a uma conclusão: que a qualidade de vida só piorou nos ultimos anos. Temas como saúde, educação, segurança, saneamento básico, mobilidade urbana, preservação ambiental, dentre outros, estão longe de alcançar os indices aceitaveis mundialmente, e não mostram que o Brasil está a caminho de uma política de desenvolvimento sustentavel. Ao fim dos eventos, concordamos que algo precisa ser feito rapidamente para mudar essa realidade, e que todos são responsáveis por ela.

Tenho percebido como a comunicação da sustentabilidade vem sendo produzida pelas empresas, como parte em minha responsabilidade. Sei bem que não é uma tarefa fácil para os comunicadores, mas não podemos tratar o tema com tamanha superficialidade, é importante dominar os conceitos básicos e contemporâneos da sustentabilidade, entender os desafios da pós-modernidade.
É preciso ler, estudar, pesquisar, olhar bem o negócio e o contexto da empresa, os impactos que ela provoca e os benefícios que ela gera. Há muitos conceitos nos diferentes campos do saber, uns mais clássicos, outros mais arrojados, que traduzem com mais propriedade o atual modelo de vida. 

O comunicador não pode se basear apenas no discurso da teoria do desenvolvimento econômico, pois corre o risco de não encontrar um que cole melhor na imagem e reputação da sua empresa e, com isso, não provocar a mudança de paradigma que está implícita na proposta da sustentabilidade.

A comunicação precisa ela mesma ser o fator e agente da transformação, e contribuir com a mudança que se espera na construção de um mundo melhor. Ela tem que ser inclusiva, participativa, educativa, dentre outras finalidades que não cabe citar neste momento. A comunicação não pode ficar refém da publicidade e divulgação das ações de responsabilidade social e gestão ambiental que as empresas desenvolvem. 

Não pode também só produzir os discursos fantásticos com conteúdos rasos, correndo o risco de não conseguir engajar seus públicos estratégicos: funcionários, clientes, consumidores, acionistas, comunidades, etc., para o que realmente importa.

Escrevi recentemente um artigo na revista Conexión, do Departamento de Comunicaciones da Pontificia Universidad Católica do Peru, intitulado “A comunicação empresarial na construção da sustentabilidade fantástica”, fazendo uma critica à comunicação que as empresas promovem em seus websites e suas redes sociais. Comunicar a sustentabilidade é diferente de qualquer outra ação de comunicação, e a premissa básica é, antes de tudo, ser uma empresa sustentável. 

A comunicação tem essa função de extrair ou resgatar nas empresas os conceitos e valores inerentes à sustentabilidade. Também nesse contexto, a comunicação não é somente uma estratégia para se prevenir riscos e evitar crises, ela contribui para se conquistar a licença socioambiental que as empresas necessitam para continuarem operando, gerando riqueza e benefícios para a melhoria da qualidade de vida de todos.

Comunicar a sustentabilidade é mudar comportamentos, transformar hábitos e culturas, incorporar novos valores e crenças, conscientizar e influenciar as pessoas, formar opiniões, criar novas tendências, e por aí vai. Para que as empresas possam se sustentar ao longo do tempo, elas mesmas precisam ser agentes da transformação que a sociedade pede, colaborar com as políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida, dar voz aos seus funcionários, perceber as mudanças e nortear os caminhos futuros. 

Comunicar a sustentabilidade é um grande desafio para os profissionais da comunicação que precisam olhar as empresas como parte integrante da sociedade e não como algo isolado. As empresas também precisam de um meio ambiente sadio, é preciso ter mais responsabilidade com o lugar onde vivemos, com nosso planeta.







Backer Ribeiro Fernandes - Doutor em Ciências da Comunicação e sócio fundador da Communità Comunicação Socioambiental.

Communità Comunicação Socioambiental - www.communita.com.br / Facebook / Linkedin / institucional@communita.com.br / (11) 4262 0607



Consciência de direitos protege grupos LGBTI



· A Parada do Orgulho LGBTI será realizada dia 18 de junho 

· Advogada especializada em Direito LGBTI traduz dúvidas em linguagem simples


Casamento, união estável, união civil, adoção, inseminação artificial, guarda de filhos. Esses são apenas parte dos temas que envolvem os direitos de qualquer cidadão, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. 

E a informação clara sobre o amparo jurídico e a consciência de direitos são de extrema importância para garantir que todos sejam iguais perante a lei.

“Os grupos LGBTI – lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e transgêneros e intersexos – reivindicam a plena cidadania e leis que lhes garantam os mesmos direitos dos heterossexuais, com necessidades de normas específicas que ainda demandam regulamentação”, comenta Dra. Ivone Zeger, advogada especializada em Direito de Família e Sucessão (herança) e autora do livro “Direito LGBTI - Perguntas e respostas”, única obra do gênero para leigos.

Ainda existem muitas dúvidas sobre questões simples porque há dificuldade na interpretação da linguagem jurídica. Por isso, Dra. Ivone ressalta a importância da clareza da informação. Abaixo, é possível consultar algumas perguntas e respostas ainda comuns entre os grupos LGBTI:


O que é união civil homoafetiva? 

Equiparada à união estável dos heterossexuais e, por isso, também denominada união estável, a união civil homoafetiva se caracteriza pela convivência pública, contínua e duradoura estabelecida entre duas pessoas com o objetivo de constituir família.


Qual a diferença desse tipo de união com o casamento gay? 

A união civil homoafetiva é equivalente à união estável heterossexual. O casamento gay ou homoafetivo é justamente o casamento civil, que garante aos parceiros os mesmos direitos e deveres existentes para os casais heterossexuais (pensão alimentícia, meação, herança, imposto de renda conjunto, benefícios previdenciários e filhos por meio de fertilização in vitro ou adoção).


Como deve proceder o juiz de paz na hora de chamar os dois noivos ou noivas para assinar o livro do casamento?

A solução é simples, bastar o juiz substituir as palavras ‘noivo’ e ‘noiva’ por ‘contraente’.


Como acrescentar o sobrenome da companheira ou companheiro? 

O Código Civil, em seu artigo 1.565, parágrafo 1º, prevê a alteração de sobrenomes apenas aos que realizam casamento civil. Eventualmente, companheiros e casais em união estável podem conseguir a alteração com autorização judicial, nas varas de registro público.


O fato de os pais serem homossexuais é entrave para adoção? 

A Lei estabelece que a adoção pode proceder se os adotantes, ou o adotante, constituírem família oriunda de um casamento, união estável ou família monoparental (aquela em que há apenas um responsável pela criança ou adolescente).

Licença para ser pai, pensão alimentícia, herança, testamentos, inventário e partilha fazem parte de um vasto universo de dúvidas. “Há uma enorme demanda de conhecimento das leis por quem se vê tolhido em situações cotidianas, por constrangimentos que podem ocorrer em uma entrevista de emprego, numa simples ida ao banheiro – caso dos transgêneros – ou ao passear pela rua e encontrar um grupo de homofóbicos. São inúmeros os casos nos quais a consciência de seus direitos se faz urgente e necessária”, conclui Dra. Ivone.





Dra. Ivone Zeger - Advogada, formada na Universidade Mackenzie/SP, pós-graduada em Direito Constitucional na Universidade São Francisco/SP e em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas/SP. É membro efetivo da Comissão de Direito de Família da OAB/SP, do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) e membro do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Especialista em Direito de Família e Sucessão (herança), há mais de 20 anos lida com questões relacionadas a essas áreas tendo publicado três importantes livros: “Família - Perguntas e Respostas”, “Herança - Perguntas e Respostas” e “Direito LGBTI - Perguntas e Respostas”, todos da Mescla Editorial.



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