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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

NOVEMBRO ROXO

Especialista do Hospital e Maternidade Santa Joana destaca acolhimento emocional de familiares de bebês prematuros, além da assistência neonatal especializada

 

O Hospital e Maternidade Santa Joana está reforçando as ações de conscientização sobre prematuridade e, principalmente, o acolhimento às famílias que passam por um parto antes da hora. O nascimento antecipado acontece quando o bebê nasce antes de 37 semanas de gestação e, nesses casos, ele pode apresentar desafios respiratórios, alimentares e de desenvolvimento que exigem uma equipe especializada e uma estrutura Neonatal preparada. 

“O prematuro não é só um bebê que nasceu pequeno: é um recém-nascido que ainda estava terminando de se organizar lá dentro do útero. Nosso trabalho é oferecer aqui fora o que ele ainda precisava como calor, proteção, nutrição e estímulos no tempo certo”, explica Dra. Filomena Bernardes, neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana. 

Um ponto que o Hospital tem destacado é que o cuidado não é apenas técnico, mas também emocional. O nascimento prematuro costuma ser diferente do que a família imaginou: muitas vezes o quarto está pronto, mas o bebê está em cuidados intensivos, a parturiente ainda está se recuperando do parto, e o restante da família precisa conciliar trabalho e visitas, os avós estão aflitos. Por isso, o Santa Joana procura tirar os pais do lugar de “visitantes” e trazê-los para dentro do cuidado diário. 

“Quando a família entende o que está acontecendo, a ansiedade pode ser minimizada, o vínculo com o bebê é importante, a família é terapêutica”, afirma a médica. Esse acolhimento inclui presença dos pais no hospital de forma participante, desde um simples toque até a adoção do método canguru. Explicações constantes são necessárias sobre a evolução, exames e aparelhos, além de apoio psicológico para lidar com medo, culpa e cansaço. 

O esclarecimento de que a prematuridade tem várias causas como doenças maternas, gestações múltiplas, infecções ou parto antecipado para proteger parturiente e filho, colabora para que a mãe não atribua a si a interrupção da gestação: “Aquele que acabou de ter um prematuro precisa ouvir que continua sendo a melhor pessoa para aquele bebê. Mesmo se ele estiver cheio de fios e monitorado, ele reconhece sua presença”, reforça a Dra. Filomena. Por isso, o hospital orienta sobre ordenha e manutenção da lactação mesmo com o bebê internado, ajuda a organizar a rotina entre hospital e casa e cria espaço para que essa mãe possa falar sobre o parto que não aconteceu como ela imaginava. “Família de prematuros muitas vezes dizem: ‘meu filho nasceu, mas eu não pude levá-lo para casa, não pude usar o enfeite da porta do quarto, não pude receber as visitas para conhecê-lo”. Dar espaço para o choro, explicar cada aparelho, mostrar que o bebê está recebendo todo o cuidado necessário, acalma e fortalece”, completa. 

Do ponto de vista assistencial, o Santa Joana conta com Unidade Neonatal de alta complexidade, equipe multiprofissional e protocolos específicos para prematuros de muito baixo peso e extremo baixo peso. A tecnologia permite monitorar, ventilar e nutrir o recém-nascido de forma segura, mas o resultado depende, sobretudo, do grau de maturidade do prematuro. “A tecnologia presente no que há de mais atualizado, profissionais experientes e a participação conjunta da família é o que proporciona bons resultados”, destaca a neonatologista. 

O cuidado continua depois da alta: a ideia é que a família não saia do hospital para casa sem saber o que fazer e que seja possível oferecer para aquelas crianças, terapias e tratamentos que impactem positivamente em seu desenvolvimento. 



Grupo Santa Joana
www.santajoana.com.br
www.promatre.com.br
www.maternidadesantamaria.com.br


14 de novembro

banco de imagem
Canva
 

Dia Mundial do Diabetes

Atenção à saúde feminina

Prevalência, sinais de alerta e riscos na gestação reforçam a necessidade de acompanhamento periódico com o ginecologista 


O diabetes, doença crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, afeta principalmente mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde (2023), 11,1% das brasileiras adultas convivem com diabetes, percentual superior ao dos homens (9,1%). Após os 65 anos, a prevalência entre mulheres chega a 31%, reflexo de alterações hormonais, envelhecimento e aumento do tecido adiposo, que eleva a resistência à insulina. A condição está associada a complicações graves, como infarto, AVC, insuficiência renal e perda de visão, além de afetar a fertilidade, o ciclo menstrual e a gestação. 

A médica ginecologista e membro da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), Suzana Pires do Rio, chama atenção para fatores hormonais e metabólicos que tornam o tema estratégico na saúde da mulher e defende o papel essencial do ginecologista na prevenção e diagnóstico precoce. 

“O declínio do estrogênio na menopausa rompe o equilíbrio entre formação e reabsorção óssea e também influencia o metabolismo da glicose. Na prática, a resistência insulínica tende a aumentar e o risco de diabetes cresce”, explica a médica. “Ao acompanhar a mulher de forma contínua, o ginecologista está em posição privilegiada para identificar precocemente fatores de risco, solicitar exames como glicemia de jejum quando indicado, orientar mudanças de estilo de vida e encaminhar para outras especialidades quando necessário.” 

Segundo a especialista, reconhecer sintomas e grupos de risco é decisivo. No diabetes tipo 1 (DM1), que costuma surgir em crianças, adolescentes e adultos jovens, há sinais como sede e vontade de urinar frequente, perda de peso e fadiga. Já no tipo 2 (DM2), mais comum após os 40 anos e associado a obesidade e histórico familiar, chamam atenção as repetidas infecções, visão embaçada, cicatrização lenta e formigamento nos pés. “Para gestantes, o diabetes gestacional exige vigilância redobrada: controle inadequado aumenta complicações fetais e neonatais e amplia, no futuro, o risco materno de desenvolver DM2”, acrescenta. 

Além do impacto cardiovascular (maior risco de infarto e AVC em mulheres com diabetes), Dra. Suzana destaca efeitos sobre saúde mental, renal e ocular, infecções urogenitais recorrentes e alterações do ciclo menstrual quando a glicemia está descontrolada. “A prevenção começa antes do diagnóstico: alimentação equilibrada prescrita por profissional habilitado, atividade física com musculação e exercícios aeróbicos supervisionados, manutenção do IMC saudável, cessação do tabagismo e moderação no álcool. Com informação qualificada e seguimento regular, é possível reduzir complicações e ganhar qualidade de vida.” 

A médica destaca ainda três pontos essenciais para a saúde da mulher:

  • Rastreio e oportunidade clínica: consultas de rotina em ginecologia são momentos estratégicos para mapear risco, solicitar exames e orientar condutas.
  • Gestação sob cuidado: o rastreio universal do diabetes e o controle glicêmico rigoroso durante a gravidez protegem mãe e bebê e reduzem eventos como macrossomia, hipoglicemia neonatal e parto prematuro.
  • Hábitos de vida saudáveis: plano alimentar individualizado, exercício supervisionado e controle de fatores de risco (pressão, peso, tabaco) sustentam o bom controle glicêmico.

 

SOGIMIG - Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais


Primeiros exames do bebê: o que é essencial e o que é facultativo?

Coordenadores de UTI Neonatal e de Obstetrícia da Casa de Saúde São José enumeram os principais exames pós e pré-natal necessários à identificação precoce de doenças, que podem comprometer a saúde do bebê

 

Ao longo da vida, são muitos os exames que precisamos fazer anualmente, semestralmente ou até com mais constância a depender do caso: hemograma completo, testes de colesterol e glicose, exames para a função da tireoide, testes de função renal, exames de urina e fezes, entre outros exemplos. No entanto, quais são os primeiros exames que um ser humano deve fazer em seus primeiros dias de vida? 

“Todo recém-nascido deve passar por uma avaliação cuidadosa, que inclui exame físico completo e alguns testes de triagem neonatal. Esses exames são fundamentais porque permitem identificar precocemente condições que podem comprometer a saúde, o desenvolvimento e a qualidade de vida do bebê”, explica a Dra. Maria Elisabeth Lopes Moreira, coordenadora da UTI Neonatal da Casa de Saúde São José. 

Os exames de triagem obrigatórios incluem:

  • Teste do Coraçãozinho - realizado ainda na maternidade para medir a oxigenação do sangue e identificar precocemente malformações congênitas do coração.
  • Teste do Olhinho (Reflexo Vermelho) - Feito para avaliar a presença do reflexo vermelho na pupila, sendo importante para descartar catarata e glaucoma congênito, além de outras doenças oculares.
  • Teste da Orelhinha (Triagem Auditiva Neonatal) - Avalia a resposta auditiva do bebê e detecta precocemente perdas auditivas, permitindo iniciar intervenções que favorecem o desenvolvimento da fala e da linguagem.
  • Teste da Linguinha - Examina a membrana que liga a língua ao assoalho da boca que, quando encurtado, pode prejudicar a amamentação, sucção e a fala.
  • Teste do Pezinho - Coleta de uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê, entre o 3º e o 5º dia de vida e após a alta hospitalar, para identificar doenças genéticas, metabólicas, hormonais e infecciosas.

Além desses procedimentos, o pediatra também pode recomendar exames adicionais, como: “o teste do pezinho ampliado, que investiga mais doenças, o BERA, para avaliação auditiva mais detalhada, o ecocardiograma, em casos suspeitos de cardiopatia congênita, e ultrassonografias específicas, quando há indicação clínica ou fatores de risco”, complementa a Dra. Maria Elisabeth. Esses exames podem ser solicitados de acordo com a história familiar, antecedentes obstétricos e resultados dos testes iniciais. 

No entanto, é importante que os pais tenham ciência de que a saúde do bebê começa antes ainda do nascimento. “Se bem indicado e realizado por profissionais experientes, o ultrassom é um exame inócuo, ou seja, nem um pouco nocivo tanto para mãe quanto para o bebê. Recomendamos o primeiro exame a partir de sete semanas de atraso menstrual por ser um período onde é possível confirmar a presença e vitalidade da gestação pela identificação dos batimentos cardíacos embrionários. Depois, no período entre 11 e 13 semanas de gestação, fazemos o rastreamento de malformações maiores e de algumas doenças cromossômicas”, explica o coordenador da Obstetrícia da Casa de Saúde São José, Dr. Paulo Marinho. 

Além disso, em torno de 20 a 24 semanas é feito o exame morfológico onde existe maior oportunidade de identificação de maiores e menores malformações. Após a 26ª semana é feita a ecocardiografia para rastreamento de algumas cardiopatias. Por fim, são feitos exames de ultrassom para estimar o peso fetal e vitalidade logo antes do nascimento.

O obstetra explica que é importante a aplicação dos exames depois de realizada uma minuciosa avaliação da história do casal e da família para identificar doenças genéticas e malformações recorrentes. No entanto, existem exames que o casal normalmente deseja fazer mesmo não sendo obrigatório, como o NIPT (teste pré-natal não invasivo). “Este exame rastreia cromossomos como o da Síndrome de Down, Síndrome Patau, Síndrome de Edward, além de outras mais raras. Já o exame de ultrassom tridimensional pode ser útil para visualizar alterações fetais por meio da reconstrução de imagens, auxiliando o médico tanto em tratamento intra útero como no tratamento do bebê logo ao nascer”, afirma o Dr. Paulo. 

“A realização precoce é fundamental: quanto antes for identificado um problema, maiores as chances de tratamento eficaz. Em casos de resultado alterado, não significa necessariamente que o bebê tem a doença, pode ser necessário repetir o exame ou realizar outros testes. Não adie os exames, a maioria deles é indolor para o bebê. O único que causa leve desconforto é o Teste do Pezinho, mas é rápido e fundamental para a saúde”, recomenda a Dra. Maria Elisabeth.

 

Melatonina: aliada do sono ou perigosa em excesso?

Lincoln Cardoso, coordenador do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, explica a função da suplementação e os limites

 

O sono é um estado fisiológico natural e essencial para o organismo humano, caracterizado por uma redução temporária da consciência, com diminuição da atividade sensorial e motora, mas mantendo a capacidade de despertar. Ele ocorre em ciclos regulados pelo ritmo circadiano e é fundamental para a recuperação física, consolidação da memória e equilíbrio metabólico. Alterações no sono podem impactar a saúde cardiovascular, imunológica e neurológica. 

O ciclo circadiano é o ritmo biológico que regula as funções essenciais do corpo humano, controlando o sono, a temperatura corporal e a liberação de hormônios. "Esse ciclo é regulado pelo nosso 'relógio biológico', localizado no cérebro, e responde aos estímulos de luz e escuridão", explica o farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, Lincoln Cardoso. Durante o dia, a exposição à luz estimula a liberação de cortisol, hormônio que promove energia e estado de alerta. "Já à noite, com a redução da luz, o organismo começa a produzir melatonina, que é essencial para induzir o sono", complementa o especialista. 

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal e exerce papel fundamental na regulação do ciclo sono-vigília. "Sua principal função é sincronizar o ciclo circadiano, promovendo um sono profundo e restaurador. Além disso, também apresenta ação antioxidante, imunomoduladora e neuroprotetora", explica Cardoso. A redução dos níveis desse hormônio pode estar associada a insônia, fadiga, alterações de humor e risco aumentado de doenças metabólicas e cardiovasculares. 

A suplementação de melatonina pode ser benéfica em alguns casos, como para idosos, trabalhadores noturnos ou pessoas com distúrbios do ritmo circadiano, como jet lag. "Nessas situações, a melatonina pode ajudar a regular o ciclo do sono e melhorar a qualidade do descanso", esclarece o professor. No entanto, o uso indiscriminado pode trazer prejuízos. "Doses excessivas podem levar à desregulação do ciclo circadiano, causando insônia de rebote, sonolência diurna e dependência psicológica da suplementação", alerta Cardoso. 

O especialista também destaca que altas doses de melatonina podem interferir na função da tireoide, afetar a produção de neurotransmissores e impactar o sistema imunológico. "Há ainda o risco de agravar transtornos do humor, como ansiedade e depressão, e, em alguns casos, aumentar a possibilidade de síndrome serotoninérgica em pacientes que utilizam antidepressivos", reforça. 

Para manter um sono de qualidade, Cardoso recomenda algumas medidas simples: "Manter uma rotina regular, evitar luzes artificiais antes de dormir e criar um ambiente escuro e silencioso no quarto são práticas fundamentais para a higiene do sono". Ele também enfatiza a importância de evitar a automedicação: "O uso de melatonina deve ser orientado por um profissional de saúde qualificado."


Hipoglicemia: 10 mitos e verdades sobre a “queda de açúcar”

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Especialista explica causas, sintomas e esclarece as principais dúvidas sobre o problema, que ainda é frequentemente banalizado

 

Apesar de ser um problema relativamente comum, a hipoglicemia, conhecida popularmente como “queda de açúcar”, é frequentemente banalizada ou confundida com outras condições, o que pode atrasar o diagnóstico e aumentar os riscos à saúde. 

“A hipoglicemia pode parecer algo simples, mas quando não é identificada e tratada corretamente, pode levar a quadros graves, como convulsões, arritmias e até perda de consciência”, alerta Ramon Marcelino, endocrinologista e pesquisador do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. 

A condição ocorre quando a concentração de glicose (principal fonte de energia do corpo humano) cai abaixo do normal, geralmente inferior a 70 mg/dL. Essa queda pode causar sintomas como tremores, tontura, fraqueza, palpitações e suor excessivo. 

“Embora seja mais comum entre pessoas com diabetes em uso de insulina ou outros medicamentos, a hipoglicemia também pode acontecer em quem não tem a doença, especialmente após cirurgia bariátrica, jejum prolongado ou uso de determinados fármacos, e precisa ser tratada corretamente”, explica o especialista. 

Pesquisas sobre o tema vêm sendo desenvolvidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Unicamp, e buscam compreender melhor as causas e mecanismos da hipoglicemia em adultos.

 

Entenda o que é mito e o que é verdade sobre a hipoglicemia

 

1. Sentir tremores, tontura ou fraqueza sempre significa baixa de açúcar no sangue.

MITO. Esses sintomas também podem acontecer por pressão baixa, desidratação, ansiedade ou até uso de certos remédios. Não é sempre sinal de hipoglicemia.

 

2. Qualquer doce serve para tratar a hipoglicemia.

MITO. O ideal é usar carboidratos de ação rápida, como suco de fruta ou refrigerante comum. “A regra do 15-15 ajuda: tomar 200 mL de suco ou refrigerante, esperar 15 minutos e medir novamente a glicemia. Comer doce em excesso pode causar uma rápida subida e depois nova queda do açúcar no sangue”, orienta o médico.

 

3. Medir a glicemia na ponta do dedo já confirma o diagnóstico.

MITO. O teste capilar ajuda, mas a confirmação de hipoglicemia verdadeira deve ser feita com exame de sangue venoso, especialmente quando há sintomas como palpitações, suor excessivo, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.

“Em casos graves, pode haver desmaio, convulsão ou até coma”, enfatiza Marcelino.

 

4. A principal causa de hipoglicemia é ficar sem comer.

MITO. No Brasil, a causa mais comum é a hipoglicemia pós-cirurgia bariátrica (dumping tardio). Nela, o açúcar dos doces entra muito rápido no sangue e logo depois cai de forma brusca, causando sintomas.

 

5. Medicamentos para emagrecer podem causar hipoglicemia.

VERDADE — mas é raro. As chamadas “canetas emagrecedoras” (análogos de GLP-1) raramente causam hipoglicemia sozinhas. Isso acontece em menos de 5% dos casos, geralmente quando usados junto com outros remédios.

“Curiosamente, eles até ajudam a tratar a hipoglicemia pós-bariátrica.
Os remédios que mais causam hipoglicemia são a insulina e os antidiabéticos mais antigos, como a gliclazida”, ressalta o endocrinologista.

 

6. Hipoglicemia não traz grandes riscos.

MITO. A glicemia baixa pode ser muito perigosa: aumenta o risco de acidentes, convulsões, arritmias, infarto e até comprometimento da memória e da cognição.

 

7. O teste de jejum prolongado pode durar até 3 dias sem comer.

VERDADE. Esse teste é feito em ambiente hospitalar, para investigar hipoglicemia em jejum. Hoje em dia ele costuma ser interrompido antes, mas antigamente podia durar até 72 horas.

 

8. Glicemia baixa pode ser sinal de tumor no pâncreas.

VERDADE. Alguns tumores chamados insulinomas produzem insulina em excesso, causando hipoglicemia, principalmente em jejum. O tratamento costuma ser feito com cirurgia.

 

9. Deficiências hormonais podem causar hipoglicemia.

VERDADE. A falta de hormônios como cortisol (insuficiência adrenal) ou hormônio do crescimento pode levar à hipoglicemia. A insuficiência adrenal é uma doença grave e precisa de diagnóstico e tratamento imediato.

 

10. Problemas genéticos podem causar hipoglicemia.

VERDADE. Pesquisas brasileiras mostraram que mutações no receptor de insulina podem causar hipoglicemia.

“Esse tema vem sendo estudado no Hospital das Clínicas da USP, em parceria com a Unicamp, reunindo a maior casuística nacional sobre o assunto”, destaca Ramon Marcelino.

De acordo com o especialista, reconhecer os sinais precoces e buscar orientação médica é essencial para evitar complicações “Identificar a causa da hipoglicemia é o primeiro passo para tratar e prevenir novos episódios”, finaliza. 

 

Dr. Ramon Marcelino - referência em endocrinologia e medicina do estilo de vida. Atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) e integra o corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês. Em seu perfil no Instagram @dr.ramonmarcelino, compartilha conteúdos confiáveis sobre saúde, metabolismo e os avanços no tratamento da obesidade.


SBGG alerta: saúde do homem vai muito além do câncer de próstata

Durante o Novembro Azul, entidade ressalta a importância do acompanhamento médico regular, da atividade física e do cuidado com a saúde mental e nutricional como pilares da longevidade

 

Mês de conscientização da saúde do homem, especialmente sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul é importante para ratificar a necessidade de se estar com os exames em dia. Em resumo, ir ao médico é primordial, mas, embora saibam, muitos homens sempre “deixam para depois”. O fato é que cuidar da saúde é essencial, independentemente da idade, mas, principalmente a partir dos 60 anos, quando os cuidados devem ser redobrados. 

O geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Leonardo Oliva, explica que apesar da importância do câncer de próstata na saúde masculina, são as doenças cardiovasculares as responsáveis pelo maior número de óbitos entre os homens em todo o mundo. 

Medidas simples e conhecidas são bastante eficazes para reduzir problemas no sistema cardiovascular, como manter o controle da pressão arterial, do colesterol e da glicemia, não fumar, manter o peso adequado e a prática de exercícios físicos de maneira regular, reduzindo o risco de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) e minimizando a chance de morte por essas causas. “Ter uma boa rotina de sono também é importante. Caso a pessoa tenha dificuldade para adormecer, não consiga dormir durante toda a noite ou o sono não seja reparador, é importante procurar uma avaliação clínica”, orienta o presidente, ao revelar que manter um acompanhamento médico regular, não apenas com o urologista, mas também com um geriatra é fundamental, a fim de encontrar os melhores caminhos para o envelhecimento saudável e funcional. Isso inclui o uso correto de medicações prescritas e realização de exames conforme indicação clínica.

 

Saúde física e mental

De acordo com a fisioterapeuta e presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG, Dra. Isabela Azevedo Trindade, a campanha Novembro Azul é um convite para que o homem olhe para a sua saúde de maneira integral, envolvendo a parte física, mental e emocional. No campo da atividade física, por exemplo, o movimento é um dos pilares mais poderosos de prevenção de doenças e da conquista da longevidade. “A prática regular de exercícios físicos está associada à redução do risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade e alguns tipos de câncer, incluindo o da próstata. Além disso, o exercício tem efeito direto na melhora do humor, na redução da ansiedade e no bem-estar”, observa, ao comentar que entre as atividades mais recomendadas estão a musculação e os exercícios de força, por serem fundamentais para manter a massa muscular e a testosterona em níveis adequados, prevenir a sarcopenia e melhorar o metabolismo. “Atividades aeróbicas, como caminhada, corrida leve, bicicletas e natação são excelentes para o sistema cardiovascular e para o controle de peso. Já os treinos funcionais e os esportes coletivos ajudam a melhorar a agilidade, o equilíbrio e a sociabilidade, estimulando a saúde mental.” 

Também estão na lista de atividades físicas que devem ser praticadas o alongamento e as chamadas práticas mente-corpo, como o pilates e a yôga, que ajudam na modalidade, na respiração e no controle do estresse. “O segredo está na regularidade e na diversificação das atividades, respeitando sempre as condições de cada faixa-etária e o histórico de saúde”, afirma a presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG. 

Por falar em saúde mental, problemas como ansiedade, depressão e burnout são cada vez mais frequentes. Para a psicóloga e integrante da Comissão de Formação Gerontológica da SBGG, Valmari Cristina Aranha Toscano, cuidar da saúde mental, para os homens, é algo que ainda precisa ser estimulado, já que estigmas e preconceitos existem. Ela explica que a questão exige atenção, pois muitos homens foram (e são) educados para não demonstrar emoções, especialmente as tidas como negativas. “Fragilidade, impotência e dependência emocional são alguns dos estereótipos a serem afastados, na busca por atenção e ajuda. Além disso, entender e legitimar as emoções abre espaço para o correto diagnóstico e prevenção de quadros emocionais mais complexos”, revela, ao comentar que muitos homens ainda escondem seus conflitos emocionais e seus sentimentos por conta do preconceito. 

Segundo ela, quadros mais severos de adoecimento emocional, decorrentes do sofrimento psíquico, são negligenciados ou assistidos de forma tardia, o que leva a condições psíquicas mais críticas e até mesmo fatais. “É preciso romper qualquer tipo de preconceito. Saúde mental é uma questão de todos e cuidar dela é para os fortes”, atesta. 

Para tanto é importante evitar o isolamento social e a solidão. Ocupar o tempo livre com atividades significativas e prazerosas, descobrir novos hobbies e habilidades, manter rotina de autocuidado, manter-se ativo e participativo na família e no seu ambiente social são escolhas saudáveis para a saúde mental.

 

Alimentos que fazem a diferença

Atentar-se à alimentação é fundamental para ajudar a controlar os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, e também na prevenção do câncer de próstata. 

De acordo com a nutricionista especialista em gerontologia e membro do Conselho Consultivo Pleno da SBGG, Simone Fiebrantz Pinto, substituir a carne vermelha duas vezes na semana por peixes como sardinha, atum e salmão, ricos em ômega 3 é um passo importante, assim como reduzir o consumo de embutidos, como o salame. “Para auxiliar na imunidade, alimentos crucíferos, como brócolis e couve-flor são boas pedidas e devem estar mais presentes nas refeições, assim como frutas e legumes, principalmente vermelhas e roxas, como morango, tomate e berinjela, que ajudam na saúde da próstata”, revela, ao comentar que o molho de tomate caseiro e o suco de tomate são grandes aliados por serem ricos em licopeno. 

Segundo Simone, outro ponto importante é trocar os alimentos processados por naturais. Ela explica que um bom exemplo é trocar uma refeição com macarrão instantâneo por uma vitamina de frutas com farinha de aveia ou um iogurte natural com mix de castanhas. Por falar em castanhas, incluir no dia a dia a ingestão de 30 gramas de mix de oleaginosas, como nozes, amendoim e amêndoas também é importante para a saúde. “Reduzir ao máximo o consumo de bebidas alcóolicas e ter uma boa hidratação ao longo do dia é essencial. Água, água de coco e águas saborizadas ajudam bastante nessa questão”, afirma. 

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


Com IA, o setor de saúde entra em sua década da transformação digital


A transformação da inteligência artificial (IA) nos negócios lembra o que aconteceu há dez anos quando o marketing digital chegou às empresas. Estratégias para redes sociais, parcerias com influenciadores e planos SEO revolucionaram a maneira de atrair, converter e fidelizar clientes. Entre os segmentos que mais vêm se transformando em razão do avanço da IA está o setor de saúde: especialmente em clínicas e hospitais, tudo será diferente, da triagem de pacientes à gestão de suprimentos, passando pelo acompanhamento de tratamentos. O que antes era manual será automatizado por agentes autônomos e inteligentes. 

Deve impulsionar esse movimento o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado pelo governo federal, que prevê cerca de R$ 23 bilhões em investimentos até 2028, sendo R$ 98 milhões aplicados diretamente em saúde em iniciativas como prontuários inteligentes e automação de compras do Sistema Único de Saúde (SUS). Embora o montante ainda pareça modesto diante da dimensão do setor, o investimento marca um ponto de inflexão ao inserir a IA na modernização do sistema público. 

Assim como a digitalização obrigou empresas a reverem estratégias, a automação inteligente exige que clínicas e hospitais repensem seus modelos de operação antes que se tornem obsoletos. O marketing digital mostrou como a integração entre dados e automação pode criar novas formas de operar em grande escala. Esse paralelo ajuda a compreender como a próxima etapa da IA aplicada à saúde pode cumprir tarefas e combinar diferentes sistemas em cooperação. No campo clínico, o modelo de multiagentes surge como próximo passo evolutivo: em vez de depender de um único sistema de decisão, diferentes agentes de IA colaboram entre si, validam diagnósticos e reduzem falhas, atingindo níveis de precisão superiores aos de médicos em estudos recentes. 

A pesquisa TIC Saúde 2024, conduzida pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), reforça esse avanço ao apontar que 17% dos médicos e 16% dos enfermeiros no Brasil já utilizam ferramentas de IA generativa em suas rotinas. Nos estabelecimentos públicos, o índice é de 14% entre médicos e 11% entre enfermeiros; nos privados, 20% e 26%, respectivamente. Estudo realizado pela consultoria Allied Market Research, aponta que é esperado um crescimento anual de 41,7% no mercado global de IA em saúde, impulsionado por soluções de monitoramento remoto, diagnósticos automatizados e análise preditiva (Allied Market Research). No entanto, para a adoção em escala é necessário atentar-se à qualidade dos dados, integração entre plataformas e a criação de uma regulação que assegure privacidade e ética no uso das informações dos pacientes que ficam armazenadas. 

O Brasil está acompanhando esse movimento da inovação na saúde, basta olhar para a quantidade de empresas em atuação. Segundo o relatório HealthTech Recap 2024, produzido pela Distrito — plataforma de inovação e monitoramento do mercado de startups —, o país já abriga 602 startups de saúde, o que representa 64,8% do total da América Latina. A combinação de investimentos públicos, adoção crescente no setor privado e avanço tecnológico cria as bases para um salto histórico para o futuro da saúde brasileira. A diferença em relação ao marketing digital de uma década atrás é que, desta vez, não se trata apenas de atrair mais clientes e gerar mais receita, mas de redefinir o cuidado, a experiência do paciente e a sustentabilidade do sistema.
 

Eduardo Barros - especialista em IA e CEO da WorkAI



Estudo clínico alcança avanços no bem-estar de pacientes com enxaqueca em comorbidade com depressão

O fremanezumabe reduziu, em média, cinco dias de enxaqueca por mês em pacientes com a forma crônica da doença, promovendo melhora na qualidade de vida e suporte à saúde mental

 

Um estudo realizado em doze países avaliou a eficácia do fremanezumabe em pacientes diagnosticados com enxaqueca e transtorno depressivo comórbido, ou seja, pacientes que além da enxaqueca têm depressão. O anticorpo monoclonal proporcionou uma redução média de 5,1 dias de enxaqueca por mês, resultado 70% superior ao observado no grupo placebo, cuja redução foi de 2,9 dias. Além disso, os pacientes apresentaram melhora dos sintomas depressivos, representando um avanço importante para a saúde mental desses indivíduos. No total, 353 pessoas, sendo 43 homens e 310 mulheres, participaram do ensaio clínico UNITE¹.

Entre julho de 2020 e agosto de 2022, 55 centros de saúde em países como República Tcheca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Israel, Polônia, Rússia, Espanha, Reino Unido, Ucrânia e Estados Unidos participaram do ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e de grupos paralelos, composto por um período de triagem de 4 semanas, um período duplo-cego de 12 semanas e extensão aberta do estudo (open-label extension, OLE) de 12 semanas.

“A enxaqueca vai muito além de uma simples dor de cabeça, é uma doença neurológica incapacitante que pode comprometer significativamente a rotina dos pacientes, especialmente quando há outras patologias associadas, tornando desafiadoras as atividades mais simples do dia a dia. Por isso, as abordagens terapêuticas devem ser individualizadas, sempre centradas no paciente, voltadas à melhora da qualidade de vida e saúde mental. Os dados do estudo UNITE destacam a relevância de um tratamento adequado e do apoio médico contínuo, além de ser uma nova perspectiva para o acompanhamento e controle dessas enfermidades em comorbidade”, detalha Bruna Mattos, gerente médica da Teva.

A enxaqueca é uma condição neurológica que gera impactos em atividades como trabalhar e estudar. A doença causa crises de dor de cabeça intensas, que podem variar de algumas horas a até quatro dias, com sintomas que incluem sensibilidade à luz (fotofobia), ao som (fonofobia) e, em alguns casos, aos cheiros. Além disso, também pode causar náuseas e vômitos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)¹, a doença acomete mais de 32 milhões de pessoas apenas no Brasil.

 

 

 



Teva Pharmaceutical Industries Ltd.
www.tevapharm.com


Teva Brasil
www.tevabrasil.com.br.



Referências

1 LIPTON, R. B. et al. Fremanezumab for the treatment of patients with migraine and comorbid major depressive disorder: The UNITE randomized clinical trial. JAMA Neurology, [S. l.]. Link

2 Vos T, Allen C, Arora M. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. Lancet. 2016;388(10053):1545–1602. doi: 10.1016/S0140-6736(16)31678-6


O perigo não está apenas na dose, mas na interação com outros medicamentos


A morte do cantor e compositor Lô Borges, aos 73 anos, reacendeu uma discussão urgente sobre o uso de medicamentos e os riscos invisíveis por trás das interações entre remédios. Internado desde 17 de outubro por intoxicação medicamentosa, o artista mineiro — um dos ícones do Clube da Esquina — teve falência múltipla de órgãos após uma combinação de substâncias que o corpo não suportou. O caso trouxe à tona um problema silencioso, mas cada vez mais comum: o uso simultâneo e sem acompanhamento de diversos medicamentos.

“O que muita gente chama de ‘excesso de remédio’ muitas vezes é, na verdade, uma interação medicamentosa, quando uma substância altera o efeito da outra no organismo. Essa combinação pode anular a ação de um medicamento, potencializar seus efeitos colaterais ou gerar intoxicações graves”, explica o farmacêutico homeopata Jamar Tejada.
 

O perigo está na mistura, não apenas na dose

Segundo o especialista, o corpo humano é uma verdadeira “usina bioquímica”, e qualquer desequilíbrio pode gerar reações em cadeia. “Quando tomamos vários medicamentos, especialmente de classes diferentes — antidepressivos, anti-inflamatórios, remédios para pressão ou para dormir —, eles passam a disputar as mesmas enzimas e receptores no fígado e nos rins. Isso pode levar à sobrecarga desses órgãos e, em casos extremos, à falência”, alerta.

O farmacêutico destaca que o risco aumenta em pessoas com doenças crônicas, idosos e pacientes que fazem uso contínuo de medicações. “É um público que precisa de vigilância redobrada. Às vezes, o próprio médico desconhece tudo o que o paciente está tomando. Por isso, o acompanhamento farmacêutico é essencial.”
 

Automedicação: o vilão invisível

O Brasil é um dos países com maior índice de automedicação no mundo. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, mais de 77% dos brasileiros admitem tomar remédios sem prescrição. “A cultura do ‘vou tomar só um remedinho’ é perigosa. A pessoa mistura anti-inflamatórios, relaxantes musculares, vitaminas e fitoterápicos sem imaginar que eles podem interagir. O fígado e os rins acabam sendo os primeiros a pagar a conta”, comenta Jamar.

Ele ainda reforça que suplementos e produtos naturais também podem causar intoxicação. “O fato de algo ser natural não o torna inofensivo. Até a homeopatia deve ser usada com orientação profissional. A diferença entre o remédio e o veneno está na dose e na consciência de quem o usa.”
 

A importância da farmacologia integrativa

Com mais de 25 anos de atuação na área da farmácia e homeopatia, Jamar Tejada defende uma abordagem integrativa e preventiva no uso de medicamentos. “A função do farmacêutico clínico é avaliar o histórico do paciente, as possíveis interações e, junto ao médico, ajustar o tratamento para que ele seja seguro e eficaz. É uma parceria que salva vidas.”

Ele ressalta que a tragédia envolvendo Lô Borges deve servir como alerta. “É um caso triste, mas que precisa gerar reflexão. Tomar remédio não é um ato simples. É preciso entender que cada organismo reage de forma única. O corpo fala — e muitas vezes o excesso de medicamentos o faz gritar.”
  
 

Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. www.tejardiando.com.br Link


Homens ainda cuidam menos da saúde e isso vai muito além do exame de próstata

Especialistas da Starbem, healthtec de saúde, revelam que quase 60% dos homens não procuram por cuidados de rotina


Todos os anos, o Novembro Azul surge como um lembrete de que prevenir o câncer de próstata salva vidas. Mas a verdade é que o problema da saúde masculina no Brasil vai muito além desse exame. Mesmo com campanhas massivas de conscientização, homens continuam morrendo mais cedo, adoecendo mais e procurando menos ajuda médica — tanto para o corpo quanto para a mente.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres. E a principal razão não é biológica, mas comportamental. Quase 60% dos homens brasileiros não realizam consultas médicas de rotina, e 70% só procuram um especialista quando os sintomas já estão avançados. O resultado é um cenário preocupante: as doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de morte entre homens, seguidas por cânceres evitáveis e transtornos mentais não diagnosticados.

“Existe uma crença cultural muito forte de que o homem precisa ser invulnerável, produtivo e racional o tempo todo — e isso o afasta do cuidado”, explica a Dra. Thais Moreno, cardiologista e Head de Saúde da Starbem, healthtech especializada em saúde e bem-estar corporativo. “Essa cultura do ‘não posso adoecer’ faz com que sintomas importantes sejam ignorados. Quando eles chegam ao consultório, muitas vezes já é tarde demais.”

A médica alerta que o autocuidado masculino precisa ser encarado como prioridade de saúde pública e também como uma questão de saúde corporativa. De acordo com um levantamento recente da Starbem, empresa que hoje atende mais de 5 mil empresas em todo o país, o perfil masculino ainda demonstra maior resistência em aderir a programas de bem-estar, especialmente aqueles ligados à saúde emocional.

“Homens são minoria entre os que buscam apoio psicológico nas empresas. Isso mostra como o estigma da vulnerabilidade ainda é um obstáculo real”, observa Thais.

A consequência é direta: a falta de cuidado integral tem reflexos no desempenho e na produtividade. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o estresse e a depressão já reduzem em até 4% o PIB de países emergentes, e no Brasil, o índice de afastamentos por transtornos mentais entre homens cresce mais rápido do que entre mulheres.

Para a especialista, é hora de ressignificar o que significa “ser forte”. “Prevenção é liberdade. Consultar-se regularmente é um ato de coragem, não de fraqueza. E o homem que cuida da própria saúde física e emocional vive melhor, trabalha melhor e inspira outros a fazerem o mesmo”, reforça.

Dentro das empresas, o Novembro Azul também vem ganhando um novo papel: o de promover ambientes mais acolhedores e saudáveis. A Starbem, que combina psicologia, nutrição e mais de 15 especialidades médicas em um ecossistema digital, defende que o cuidado deve ser contínuo — e não restrito às campanhas de conscientização.

“Cuidar da saúde do homem é cuidar de todo o sistema que o cerca — da família ao ambiente de trabalho. O desafio agora é fazer com que esse cuidado deixe de ser exceção e se torne hábito”, conclui Thais Moreno.


O que a falta de proteína pode causar no seu corpo?

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Cansaço crônico, queda de cabelo e baixa imunidade podem indicar que sua dieta tem pouca proteína. Saiba quanto o seu corpo realmente precisa

 

A proteína é um dos macronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo — ela participa da síntese de músculos, hormônios, enzimas, tecidos, sistema imune, transporte de substâncias, entre outros. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para os adultos em geral a ingestão de cerca de 0,8 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia (g/kg/d) — valor apontado como a “necessidade mínima” para evitar a deficiência do nutriente. Já para quem pratica atividade física regular, especialmente treinos de força ou resistência, as recomendações são mais elevadas e podem variar entre 1,2 a 2 g/kg/dia de acordo com o volume de treino, intensidade e objetivos individuais, segundo o American College of Sports Medicine. Além da quantidade suficiente para o seu estilo de vida, que pode ser calculada com ajuda de uma calculadora de proteínas, é importante que o consumo de proteína seja distribuído ao longo do dia”, acrescenta a nutricionista e Mestre em Nutrição Ana Cristina Gutiérrez, membro do Conselho Consultivo de Nutrição da Herbalife. 

Portanto, o consumo proteico insuficiente por um longo período pode comprometer diversas funções e levar a consequências negativas para a saúde e o desempenho físico e até mental. “Como muitos desses sinais não são exclusivos da deficiência de proteína, é imprescindível procurar avaliação profissional de um nutricionista ou médico. O especialista analisará o seu caso e, se necessário, ajustar a dieta ou mesmo orientar o uso de suplementos proteicos, como o whey protein, para equilibrar a ingestão do nutriente”, explica Gutiérrez.

 

Conheça os sinais que podem indicar a ingestão insuficiente de proteína:

1. Perda de massa muscular e fraqueza progressiva

Quando a ingestão de proteína é baixa, o corpo tende a “retirar” aminoácidos dos músculos para manter funções prioritárias (órgãos, metabolismo basal), impactando na perda de força e na dificuldade para reparo das fibras musculares após exercícios.

 

2. Sensação de cansaço crônico

Aminoácidos participam do metabolismo energético e de vias metabólicas importantes, portanto, a deficiência de proteínas na dieta pode levar à redução de eficiência energética, causando a sensação de fraqueza ou fadiga que não melhora com repouso.

 

3. Baixa imunidade ou infecções frequentes

Proteínas são fundamentais para o bom funcionamento do sistema de defesa do corpo, que envolve a produção de células de defesa. Por esse motivo, uma dieta pobre em proteínas pode prejudicar a cicatrização de feridas e a capacidade do corpo de reagir a infecções, facilitando os quadros de gripes e resfriados.

 

4. Alterações em pele, cabelo e unhas

Esses tecidos estão em constante renovação e, para isso, dependem de proteína (queratina, colágeno, etc.). Diante da ingestão insuficiente do nutriente, é comum apresentar cabelo quebradiço ou queda dos fios (alopecia tipo eflúvio telógeno), unhas fracas, pele seca e descamação.
 

5. Retenção de líquidos ou inchaço

A deficiência proteica também leva à queda da albumina plasmática, reduzindo a pressão oncótica, o que favorece o acúmulo de líquido nos tecidos (inchaços nos pés, pernas, abdômen).

 

6. Maior risco de fraturas ósseas

A proteína auxilia na formação da matriz orgânica dos ossos (colágeno) e ajuda na absorção de cálcio. “Por esse motivo, a deficiência desse nutriente pode comprometer a saúde óssea ao longo do tempo”, alerta a nuricionista.

 

7. Alterações de humor e dificuldade de concentração

Alguns neurotransmissores (como serotonina e dopamina) dependem de aminoácidos como substrato. Portanto, o consumo inadequado pode interferir no equilíbrio neuroquímico, levando a irritabilidade, instabilidade de humor e dificuldades cognitivas leves.
 

8. Fome excessiva

A proteína tende a promover maior sensação de saciedade e controle do apetite. Em dietas pobres nesse macronutriente, pode haver desejos frequentes por carboidratos pela falta de equilíbrio glicêmico.

 

9. Anemia ou alterações hematológicas

A deficiência crônica de proteína também pode afetar a produção de hemoglobina ou outros componentes sanguíneos, resultando em anemia ou na redução na quantidade de linfócitos, que são células fundamentais do sistema imunológico, responsáveis por combater vírus, bactérias e outros agentes invasores.

 

10. Comprometimento de órgãos e disfunções metabólicas

Quando a falta de proteína é severa, o corpo passa a quebrar seus próprios tecidos para obter aminoácidos, o que pode causar alterações no fígado e nos níveis hormonais.

“O fígado tende a acumular gordura, já que a carência proteica compromete o transporte de lipídios, levando à esteatose hepática”, explica Gutiérrez.

Além disso, a deficiência afeta a produção de hormônios, provocando fadiga, perda de massa muscular e outros desequilíbrios hormonais. Em casos prolongados, pode evoluir para disfunção de múltiplos órgãos. 



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