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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O que a falta de proteína pode causar no seu corpo?

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Cansaço crônico, queda de cabelo e baixa imunidade podem indicar que sua dieta tem pouca proteína. Saiba quanto o seu corpo realmente precisa

 

A proteína é um dos macronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo — ela participa da síntese de músculos, hormônios, enzimas, tecidos, sistema imune, transporte de substâncias, entre outros. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda para os adultos em geral a ingestão de cerca de 0,8 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia (g/kg/d) — valor apontado como a “necessidade mínima” para evitar a deficiência do nutriente. Já para quem pratica atividade física regular, especialmente treinos de força ou resistência, as recomendações são mais elevadas e podem variar entre 1,2 a 2 g/kg/dia de acordo com o volume de treino, intensidade e objetivos individuais, segundo o American College of Sports Medicine. Além da quantidade suficiente para o seu estilo de vida, que pode ser calculada com ajuda de uma calculadora de proteínas, é importante que o consumo de proteína seja distribuído ao longo do dia”, acrescenta a nutricionista e Mestre em Nutrição Ana Cristina Gutiérrez, membro do Conselho Consultivo de Nutrição da Herbalife. 

Portanto, o consumo proteico insuficiente por um longo período pode comprometer diversas funções e levar a consequências negativas para a saúde e o desempenho físico e até mental. “Como muitos desses sinais não são exclusivos da deficiência de proteína, é imprescindível procurar avaliação profissional de um nutricionista ou médico. O especialista analisará o seu caso e, se necessário, ajustar a dieta ou mesmo orientar o uso de suplementos proteicos, como o whey protein, para equilibrar a ingestão do nutriente”, explica Gutiérrez.

 

Conheça os sinais que podem indicar a ingestão insuficiente de proteína:

1. Perda de massa muscular e fraqueza progressiva

Quando a ingestão de proteína é baixa, o corpo tende a “retirar” aminoácidos dos músculos para manter funções prioritárias (órgãos, metabolismo basal), impactando na perda de força e na dificuldade para reparo das fibras musculares após exercícios.

 

2. Sensação de cansaço crônico

Aminoácidos participam do metabolismo energético e de vias metabólicas importantes, portanto, a deficiência de proteínas na dieta pode levar à redução de eficiência energética, causando a sensação de fraqueza ou fadiga que não melhora com repouso.

 

3. Baixa imunidade ou infecções frequentes

Proteínas são fundamentais para o bom funcionamento do sistema de defesa do corpo, que envolve a produção de células de defesa. Por esse motivo, uma dieta pobre em proteínas pode prejudicar a cicatrização de feridas e a capacidade do corpo de reagir a infecções, facilitando os quadros de gripes e resfriados.

 

4. Alterações em pele, cabelo e unhas

Esses tecidos estão em constante renovação e, para isso, dependem de proteína (queratina, colágeno, etc.). Diante da ingestão insuficiente do nutriente, é comum apresentar cabelo quebradiço ou queda dos fios (alopecia tipo eflúvio telógeno), unhas fracas, pele seca e descamação.
 

5. Retenção de líquidos ou inchaço

A deficiência proteica também leva à queda da albumina plasmática, reduzindo a pressão oncótica, o que favorece o acúmulo de líquido nos tecidos (inchaços nos pés, pernas, abdômen).

 

6. Maior risco de fraturas ósseas

A proteína auxilia na formação da matriz orgânica dos ossos (colágeno) e ajuda na absorção de cálcio. “Por esse motivo, a deficiência desse nutriente pode comprometer a saúde óssea ao longo do tempo”, alerta a nuricionista.

 

7. Alterações de humor e dificuldade de concentração

Alguns neurotransmissores (como serotonina e dopamina) dependem de aminoácidos como substrato. Portanto, o consumo inadequado pode interferir no equilíbrio neuroquímico, levando a irritabilidade, instabilidade de humor e dificuldades cognitivas leves.
 

8. Fome excessiva

A proteína tende a promover maior sensação de saciedade e controle do apetite. Em dietas pobres nesse macronutriente, pode haver desejos frequentes por carboidratos pela falta de equilíbrio glicêmico.

 

9. Anemia ou alterações hematológicas

A deficiência crônica de proteína também pode afetar a produção de hemoglobina ou outros componentes sanguíneos, resultando em anemia ou na redução na quantidade de linfócitos, que são células fundamentais do sistema imunológico, responsáveis por combater vírus, bactérias e outros agentes invasores.

 

10. Comprometimento de órgãos e disfunções metabólicas

Quando a falta de proteína é severa, o corpo passa a quebrar seus próprios tecidos para obter aminoácidos, o que pode causar alterações no fígado e nos níveis hormonais.

“O fígado tende a acumular gordura, já que a carência proteica compromete o transporte de lipídios, levando à esteatose hepática”, explica Gutiérrez.

Além disso, a deficiência afeta a produção de hormônios, provocando fadiga, perda de massa muscular e outros desequilíbrios hormonais. Em casos prolongados, pode evoluir para disfunção de múltiplos órgãos. 



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Estudo liga dois alimentos ultraprocessados a danos cerebrais: médica alerta para riscos e cuidados necessários

Dra. Bárbara Mariano analisa os impactos da carne ultraprocessada e do refrigerante na saúde cognitiva e alerta para a inflamação silenciosa causada por dietas industrializadas 

 

Um estudo recente publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition acendeu um novo alerta sobre a influência da alimentação na saúde cerebral. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, acompanhou mais de 10 mil pessoas com 55 anos ou mais ao longo de sete anos e identificou os dois alimentos ultraprocessados mais prejudiciais à função cognitiva: carne ultraprocessada e refrigerantes.

De acordo com os dados do estudo, o consumo diário de uma porção de carne ultraprocessada está associado a um aumento de 17% no risco de declínio cognitivo. Já o consumo diário de refrigerantes elevou esse risco em 6%. “É um dado alarmante, especialmente porque esses alimentos são amplamente consumidos e vistos como inofensivos por boa parte da população”, afirma a Dra. Bárbara Mariano, gastroenterologista com atuação em Medicina Funcional Integrativa e diretora da Clínica Integrative Campinas. Para ela, o maior perigo está no fato de que esses produtos, além de pobres em nutrientes, são carregados de aditivos, conservantes, açúcares refinados e gorduras pró-inflamatórias, que afetam diretamente não apenas o metabolismo, mas também o cérebro.


Eixo intestino-cérebro e inflamação silenciosa: o que está por trás dos sintomas

“Não é só sobre calorias ou ganho de peso: estamos falando de um ataque direto ao cérebro. A inflamação gerada por esses alimentos compromete a comunicação entre intestino e cérebro, e isso se reflete em perda de memória, dificuldade de concentração e até maior risco de demência”, explica. Ela reforça que a saúde cerebral está profundamente ligada à saúde intestinal, e que desequilíbrios na microbiota — causados por uma alimentação baseada em ultraprocessados — promovem uma inflamação silenciosa que afeta o sistema nervoso como um todo.

Segundo a médica, é comum que sintomas como lapsos de memória, cansaço mental, irritabilidade e ansiedade sejam associados ao estresse ou à idade, quando, na verdade, podem estar sendo desencadeados por escolhas alimentares ruins. O eixo intestino-cérebro, afirma a Dra. Bárbara, é um dos principais alvos da abordagem funcional integrativa, que busca não apenas controlar sintomas, mas entender suas origens por meio de exames detalhados que investigam a flora intestinal, a presença de marcadores inflamatórios, níveis de vitaminas, minerais e toxinas ambientais.

Ela destaca que é possível reverter os danos com estratégias que estimulem a neuroplasticidade cerebral. Com uma dieta anti-inflamatória, composta por alimentos ricos em antioxidantes, ômega-3, probióticos naturais e vitaminas do complexo B, além de sono de qualidade, prática regular de atividade física e manejo do estresse, é possível recuperar funções cognitivas e preservar a saúde do cérebro a longo prazo.

Para a médica, o principal desafio está em mudar a percepção do paciente, promovendo um entendimento mais profundo sobre o impacto das escolhas cotidianas. “Não se trata apenas de restringir, mas de ensinar. O paciente precisa compreender como o que ele coloca no prato hoje pode influenciar a memória, o humor e a disposição no futuro. O conhecimento é a base para uma mudança real e sustentável.”

A Dra. Bárbara defende que o plano terapêutico precisa incluir o paciente como agente ativo no cuidado com a própria saúde. Essa responsabilização consciente é o que permite não apenas evitar doenças, mas conquistar bem-estar duradouro, com vitalidade e clareza mental mesmo com o avançar da idade.


Inovações em imagem e cirurgia robótica tornam o tratamento do câncer de próstata mais preciso e menos invasivo

 

Prevenção e acompanhamento médico seguem essenciais, mas novas tecnologias ampliam a precisão dos exames e melhoram a recuperação dos pacientes

 

O câncer de próstata continua sendo o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens em todo o mundo, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71.730 novos casos da doença em 2024, com 17.093 óbitos registrados em 2023, o equivalente a 47 mortes por dia. A boa notícia é que os avanços tecnológicos no diagnóstico e no tratamento têm ampliado as possibilidades de detecção precoce e de cura, especialmente quando o acompanhamento médico é feito de forma regular. 

Segundo especialistas, o diagnóstico precoce ainda é a principal arma contra o câncer de próstata. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a chance de cura pode chegar a 98% quando o diagnóstico e o tratamento são realizados ainda na fase inicial da doença. Os exames preventivos são recomendados para homens entre os 45 e os 50 anos de idade. Indivíduos da raça negra e aqueles com antecedentes familiares de câncer de próstata e mama devem ser acompanhados com maior atenção, visto a maior predisposição nestes grupos.


Exames de rastreamento e novas tecnologias de imagem

Os exames de PSA (antígeno prostático específico) e toque retal continuam sendo os métodos de rastreamento padrão recomendados pelas sociedades médicas para detectar alterações iniciais na próstata. No entanto, nos últimos anos, novas ferramentas diagnósticas vêm se destacando pela precisão.

Uma delas é a ressonância multiparamétrica de próstata, exame de imagem altamente detalhado que combina diferentes parâmetros de ressonância magnética para avaliar o volume, a anatomia e eventuais áreas suspeitas de câncer. “Trata-se de um exame extremamente acurado, capaz de indicar áreas suspeitas de câncer e a extensão local da doença. Além disso, auxilia e orienta o local exato onde a biópsia deve ser realizada”, explica o Dr. Antonio Corrêa Lopes Neto, urologista do Hcor. Apesar dos benefícios, o especialista ressalta que o custo elevado e a necessidade de equipamentos específicos ainda limitam o acesso a essa tecnologia em larga escala na saúde pública.

Outro avanço importante é o PET/CT com PSMA (Antígeno de Membrana Específico da Próstata), que utiliza um marcador radioativo para mapear com alta precisão as células cancerígenas em todo o corpo. O exame auxilia muito no estadiamento da doença — ou seja, para verificar se o câncer se espalhou — e para detectar recidivas após o tratamento. “O PET com PSMA permite uma visão muito mais detalhada da extensão da doença, o que ajuda a definir a melhor estratégia terapêutica para cada paciente”, explica o especialista.


Tratamentos mais precisos e recuperação mais rápida

O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença. Quando o tumor está ainda localizado, a remoção cirúrgica da próstata (prostatectomia) é, na maioria das vezes, a conduta mais indicada. A cirurgia robótica tem revolucionado esse processo, oferecendo maior precisão e detalhamento das estruturas ao cirurgião, proporcionando uma maior possibilidade de redução nos índices de incontinência urinária e disfunção erétil, além de oferecer recuperação mais rápida e menor tempo de internação.

“Com o auxílio do robô, o médico tem visão ampliada e movimentos mais delicados, o que reduz o trauma cirúrgico e melhora o conforto e os resultados para o paciente”, afirma o Dr. Corrêa. A radioterapia é uma forma de tratamento que pode ser utilizada em estágio inicial ou avançado localmente e nos casos de recidiva pós-cirurgia. Equipamentos avançados de radioterapia têm permitido procedimentos com boa evolução e poucos efeitos colaterais.


Prevenção e estilo de vida

Além dos avanços tecnológicos, o acompanhamento médico regular e a adoção de hábitos saudáveis continuam sendo pilares fundamentais para a prevenção da doença. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool ajudam a reduzir os fatores de risco.

“O câncer de próstata é uma doença tratável, especialmente quando diagnosticada precocemente. O desafio é vencer o medo e o preconceito que ainda fazem muitos homens evitarem o consultório médico”, conclui o especialista do Hcor.



Ressecamento vaginal: entenda como a hidratação pode ajudar e o que fazer para manter a saúde íntima em dia

Com a aproximação do verão, cuidados simples e  acompanhamento
médico fazem toda a diferença  no bem-estar feminino
 
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Com a aproximação do verão, cuidados simples e acompanhamento médico fazem toda a diferença no bem-estar feminino

 

O ressecamento vaginal é um tema que ainda gera muitas dúvidas entre as mulheres, especialmente durante a menopausa. Desconforto, coceira e dor nas relações sexuais são alguns dos sintomas que podem impactar a qualidade de vida e a autoestima. Mas afinal, beber mais água ajuda na lubrificação vaginal?

De acordo com a ginecologista Loreta Canivilo, manter o corpo bem hidratado é essencial para a saúde de forma geral e isso inclui a região íntima. “A água tem um papel fundamental em todo o organismo. Ela ajuda a manter as mucosas, inclusive a vaginal, mais saudáveis e equilibradas. Então, sim, a hidratação pode contribuir para uma lubrificação melhor”, explica a especialista.

No entanto, a médica alerta que a lubrificação vaginal não depende apenas da ingestão de líquidos. Diversos fatores influenciam esse processo, como os níveis hormonais, a excitação sexual, o uso de medicamentos e até o estado emocional da mulher.

“Quando o estrogênio diminui, especialmente na menopausa, o tecido vaginal fica mais fino e menos elástico. É por isso que muitas mulheres sentem mais secura nessa fase”, completa Canivilo.

O ressecamento vaginal é mais comum entre os 45 e 55 anos, período em que o corpo feminino passa por intensas mudanças hormonais. Mas ele também pode surgir antes, por exemplo, após o parto, durante o uso de certos anticoncepcionais ou em momentos de estresse.

Felizmente, existem formas eficazes de aliviar o desconforto. Entre as opções estão os hidratantes e lubrificantes íntimos, além da terapia de reposição hormonal (TRH), que ajuda a restaurar o equilíbrio do estrogênio no organismo.

“A reposição hormonal, quando bem indicada e acompanhada por um ginecologista, costuma trazer alívio rápido e melhora significativa da qualidade de vida”, orienta Loreta.

Com o verão se aproximando, os cuidados devem ser redobrados. O calor, as roupas apertadas, o uso prolongado de biquínis molhados e o aumento da transpiração podem piorar o ressecamento e favorecer irritações.

“Nessa época, é importante escolher roupas leves, manter a região íntima seca e procurar ajuda médica se houver ardência, dor ou coceira. Pequenas mudanças de hábito fazem toda a diferença”, explica Loreta Canivilo.

O principal recado da especialista é claro: o ressecamento vaginal é comum, mas não precisa ser motivo de sofrimento. Buscar acompanhamento com um ginecologista é o primeiro passo para entender as causas e encontrar o tratamento ideal para cada fase da vida.

  

Dra. Loreta Canivilo - médica ginecologista, obstetra e gineco-endocrinologista Loreta Canivilo é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e no tratamento de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência, como o Hospital Sírio-Libanês, onde se especializou em Reprodução e Ginecologia Endócrina, e o Hospital Albert Einstein, onde estudou Medicina em Estado da Arte. Também é especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação médica. Nas redes sociais, Loreta já acumula mais de 90 mil seguidores (@draloreta), oferecendo conteúdos explicativos sobre saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Além disso, é idealizadora de um projeto social, em parceria com o Instituto Primum — onde também ministra aulas —, que promove atendimento gratuito de saúde feminina para mulheres em situação de vulnerabilidade.


Mitos e verdades sobre o contraste em exames de imagem

Especialista fala sobre riscos, segurança e cuidados

 

Recentemente, o caso da jovem Letícia Paul, de 22 anos, que morreu após sofrer um choque anafilático durante uma tomografia com contraste em Rio do Sul (SC) trouxe à tona dúvidas e medos sobre o uso dessas substâncias. Enquanto eventos como esse são tragicamente raros, é importante separar o que é mito e o que é fato no uso de contraste em exames diagnósticos.

 

Verdades

  • Reações adversas são raras
    A maioria dos pacientes tolera bem os contrastes — iodados (utilizados em tomografia) ou gadolíneos (em ressonância). Reações graves, como choque anafilático, são extremamente incomuns.
  • Histórico alérgico importa
    O acompanhamento prévio deve incluir uma anamnese detalhada — questionamento sobre alergias, uso de medicamentos, doenças renais ou outras condições de saúde que possam aumentar o risco de reação.
  • Uso controlado sob indicação médica
    O contraste somente é empregado quando necessário para realçar tecidos ou vasos e melhorar a visualização, auxiliando no diagnóstico de doenças que não seriam visíveis em imagens simples.
  • Protocolo de segurança
    Em hospitais bem estruturados, existe monitoramento antes, durante e após o exame. Profissionais treinados estão prontos para lidar com emergências, e há protocolos claros em caso de reação.

 

Mitos

  • “Contraste sempre causa alergia”
    Falso. A grande maioria dos pacientes não apresenta reações, e muitas vezes essas substâncias são bem toleradas.
  • “Quem tem alergia leve não pode fazer contraste”
    Não necessariamente. Dependendo do tipo de alergia, pode-se usar protocolos de pré-medicação ou considerar alternativas. A decisão é individual e depende da avaliação médica.
  • “Contraste causa dano renal irreversível”
    Em pessoas saudáveis, o risco de nefropatia induzida por contraste é muito baixo. Porém, é importante alertar pacientes com insuficiência renal ou predisposição — nestes casos, a avaliação prévia é essencial.

 

O ponto de vista técnico

Segundo Marcela Padilha, enfermeira PhD e Coordenadora de Desenvolvimento de Produtos e Suporte Clínico da ALKO do Brasil, “o contraste é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico por imagem, mas como qualquer agente farmacológico, exige respeito técnico e preparo. A anamnese rigorosa, o consentimento informado e a prontidão para manejo de reações são pilares da segurança”. 

Ela reforça que o exame com contraste não deve ser temido, mas sim compreendido dentro de um contexto de risco calculado. “Quando bem indicado e executado em ambiente qualificado, os benefícios superam amplamente os riscos”, afirma Marcela.


Último dia da BIJOIAS 107 movimenta o setor de acessórios em São Paulo

 Feira encerra hoje no Centro de Convenções Frei Caneca, com coleções que antecipam o Verão 2025-2026

 

A 107ª edição da BIJOIAS termina nesta quarta-feira (5), após dois dias intensos de negócios, lançamentos e reencontros entre marcas e profissionais do setor de acessórios e semijoias. Realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a feira consolidou mais uma vez seu papel como a principal vitrine da América Latina para tendências, design e inovação no segmento. 

Com o tema GLOW, a edição destacou o brilho como expressão de autenticidade e energia. As coleções apresentadas para o Alto Verão 2025-2026 trouxeram propostas que equilibram sofisticação e leveza, com peças em dourado, prateado e rosé, além de combinações que exploram transparências, pérolas e tons pastel. O romantismo aparece revisitado em composições delicadas, enquanto o poder feminino inspira criações marcantes, de presença forte e estética contemporânea. 

Para Vera Masi, diretora comercial e fundadora da BIJOIAS, o brilho simboliza mais do que uma tendência estética: “Nessa edição viemos com o Glow, destacando brilho e glamour, para as festas de final de ano.

Trouxemos também as tendências do alto verão, com peças inspiradas no oceano, em materiais como couro, resina, pedrarias, madre pérola e o azul turquesa brilhante, para você arrasar nas praias. Outra novidade para a próxima temporada são os acessórios feitos à mão. Delicadas e com design surpreendente, as peças em crochê de metal, couro e materiais naturais conquistam consumidores do mundo todo”, conclui Vera. 

Com mais de 30 anos de trajetória, a BIJOIAS mantém sua relevância como espaço de negócios e conexão criativa, reunindo empreendedores, designers e compradores de todo o país e impulsionando o varejo de acessórios no Brasil.


Serviço

Evento: 107ª BIJOIAS
Local: Centro de Convenções Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569 / Consolação – São Paulo (SP)
Horário: Hoje até 18h


Vale a pena chutar no Enem? Entenda como sistema pode detectar e reduzir sua nota

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Correção da prova utiliza a metodologia TRI, que atribui pesos diferentes às questões, considerando a coerência do desempenho geral do aluno; professor da Plataforma Professor Ferretto comenta se o famoso ‘chute’ é ou não uma boa ideia


O Enem 2025 será aplicado nos próximos domingos, dias 9 e 16 de novembro, e uma dúvida comum entre os candidatos volta à tona: será que vale a pena chutar nas questões que não sabem, ou não têm tempo de responder? 

A resposta envolve entender a Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia usada na correção da prova. Diferentemente de um sistema simples de acertos e erros, a TRI atribui pesos distintos às questões, considerando o padrão de desempenho do estudante. 

“A TRI busca identificar se o aluno realmente domina o conteúdo ou se acertou por sorte, o famoso ‘chute’. Por isso, antes de adotar essa estratégia, é importante entender como o sistema funciona”, explica Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto, canal 100% online voltado à preparação para o Enem e vestibulares.
 

Por que a TRI impacta a nota final?

No Enem, a TRI analisa a coerência do desempenho. Quando o estudante acerta questões fáceis e médias e erra as mais difíceis, sua nota reflete um padrão consistente. Mas se ele acerta uma questão difícil e erra várias fáceis, o sistema tende a considerar o acerto um golpe de sorte, reduzindo o peso daquela questão. 

“Por isso, chutar pode não ser uma boa estratégia, especialmente em questões de nível elevado. Em vez disso, o ideal é eliminar alternativas improváveis, aumentando as chances de acerto sem comprometer a coerência da prova”, reforça Michel.
 

Como funciona a estratégia de eliminação?

A técnica de eliminação de alternativas consiste em identificar pistas no enunciado e descartar opções menos prováveis. Assim, o estudante pode fazer escolhas mais seguras, mesmo sem certeza absoluta. 

“Ao aplicar a eliminação, o candidato mantém um padrão de respostas coerente, o que é essencial para a TRI. O foco deve estar nas questões em que o conhecimento é mais sólido, usando essa técnica apenas nas demais”, recomenda o professor. 

Compreender a TRI e adotar estratégias conscientes pode fazer a diferença no desempenho. “Em vez de apostar no acaso, usar métodos como a eliminação de alternativas aumenta as chances de sucesso e garante uma nota mais fiel ao real nível de conhecimento do aluno”, finaliza MIchel. 


  
Plataforma Professor Ferretto


Nova funcionalidade permite pagamentos internacionais direto do celular, com mais segurança e praticidade para turistas

 

Viajar sem cartão, sem dinheiro vivo e sem dor de cabeça. Neste ano, brasileiros já conseguem usar o Pix por aproximação em diversos destinos internacionais, como Argentina, Uruguai, Chile, Portugal, França, Espanha, Panamá e, mais recentemente, os Estados Unidos. A funcionalidade permite que pagamentos sejam feitos diretamente pelo celular, em reais, com conversão automática para a moeda local, sem necessidade de cartão físico ou saque em espécie. 

A novidade foi viabilizada por meio de parcerias entre instituições financeiras e empresas de tecnologia de pagamento, com base nas diretrizes do Banco Central para a expansão do Pix. Segundo o BC, o objetivo é ampliar a interoperabilidade entre sistemas e consolidar o Pix como um dos meios de pagamento mais modernos e seguros do mundo. 

Nos Estados Unidos, o avanço do Pix internacional já permite que turistas brasileiros façam compras em estabelecimentos físicos usando apenas o celular. A transação é feita em reais, com o valor convertido automaticamente para o comerciante local. A tecnologia tem sido adotada especialmente em cidades com grande fluxo de turistas, como Miami, Orlando e Nova York. 

Além da praticidade, o Pix por aproximação traz mais segurança para quem está na estrada, especialmente em grandes eventos, festivais e destinos turísticos. Sem a necessidade de carregar cartões físicos ou dinheiro em espécie, o risco de perda ou roubo diminui significativamente. Para os comerciantes locais, a tecnologia também representa agilidade no recebimento e aumento nas vendas, é só escanear, pagar e curtir o momento. 

Segundo dados do Banco Central, o Pix já ultrapassou os cartões de débito e crédito em número de transações. Apenas no primeiro semestre de 2025, foram mais de 37 bilhões de operações via Pix, contra cerca de 23 bilhões com cartões. O crescimento exponencial mostra que o brasileiro adotou o Pix como parte da rotina, e que a segurança precisa acompanhar esse ritmo. 

Para José Barletta, diretor técnico da Ingenico, líder global em soluções de aceitação de pagamentos, o avanço é estratégico: “O Pix por aproximação fora do Brasil é um marco na mobilidade financeira. Ele elimina barreiras, reduz custos e coloca o consumidor no centro da experiência de pagamento. É uma evolução natural para um sistema que já é referência mundial em agilidade e inclusão.”
  


O que faz um visto ser negado? 5 dicas para ajudar na sua aprovação

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Falta de vínculo no Brasil, comprovação financeira e erro no preenchimento podem ser fatais nesse processo 

 

Com o aumento no número de brasileiros que desejam estudar, trabalhar ou morar fora, a busca por serviços de assessoria para vistos tem ficado cada vez maior, já que de acordo com o relatório do U.S. Department of State, a taxa ajustada de recusa para vistos da categoria B para brasileiros foi de 15,48% em 2024,  já no ano anterior essa taxa para o Brasil era de 11,94%. O processo de solicitação ainda gera muitas dúvidas, e uma negação pode representar perda de tempo e dinheiro. 

Segundo Marco Lisboa, CEO e fundador da Legale, rede de franquias especializada em assessoria para vistos, a maioria das recusas acontece por falhas simples, que poderiam ser evitadas com orientação profissional. Para quem está no processo de tirar a documentação, o especialista deu cinco passos para te ajudar nesse trâmite:

  • Erros no preenchimento 

Grande parte das negativas ocorre por informações inconsistentes ou mal preenchidas no formulário. “Muitas pessoas colocam dados incorretos ou omitem informações achando que isso vai ajudar, quando na verdade o consulado entende como falta de transparência”, explica. Revise toda a documentação antes do envio e, se possível, busque por suporte de uma assessoria especializada, para economizar tempo e dinheiro.

  • Falta de comprovação financeira

Um dos pontos mais analisados pelos consulados é a capacidade financeira do solicitante para se manter no país de destino. Apresente documentos atualizados e condizentes com o valor da viagem e o custo de vida durante o período programado para ficar no país.

“Comprovantes de renda, extratos bancários e vínculos empregatícios são fundamentais para mostrar que você não pretende imigrar ilegalmente”, afirma Lisboa.

  • Histórico de viagens ajuda (e muito) 

Ter um passaporte com vistos anteriores ou carimbos de entrada e saída de outros países demonstra bom comportamento migratório. “Isso mostra que o viajante respeitou prazos e regras em viagens anteriores. A dica é começar por destinos que não exigem visto, isso ajuda a fortalecer seu histórico”, diz o CEO da Legale.

  • Falta de vínculos com o Brasil 

Esse é um dos principais motivos de recusa e os consulados querem garantir que o solicitante voltará ao país de origem. Por isso, vínculos familiares, profissionais ou patrimoniais são essenciais. “Quem não consegue comprovar laços sólidos no Brasil tem mais chance de ser visto como um potencial imigrante ilegal”, explica Lisboa. Para evitar essa situação, reúna documentos que comprovem emprego fixo, propriedade, matrícula em curso ou dependentes.

  • Não deixe para a última hora

Conte com uma assessoria especializada, que vai iniciar o processo com tempo hábil antes da viagem e busque informações para entender as exigências do país de destino.“Cada lugar tem prazos diferentes e a documentação pode levar semanas para ser validada. Muita gente perde prazos por falta de planejamento e consultoria adequada”, alerta Lisboa.

  

Legale

 

Clean Core: mais do que tendência, uma estratégia para os negócios

 

No atual ambiente de negócios, a simplicidade e a agilidade se tornaram requisitos de sobrevivência. É diante desse contexto que o conceito de Clean Core ganha força, uma vez que, mais do que uma tendência tecnológica, a metodologia representa uma estratégia fundamental para as organizações.

A abordagem trata-se de uma alternativa para reverter o excesso de personalizações nos ERPs que já ocorre historicamente e que, na prática, leva à construção de estruturas rígidas e de alto custo, dificultando que as empresas acompanhem os movimentos de inovação e transformação digital.

E considerando o dinamismo do mercado, marcado por constantes mudanças, desde fiscal e econômica, o Clean Core se posiciona como um aliado estratégico, fazendo com que as organizações não sofram impactos nas operações e, consequentemente, atendam às demandas internas e externas.

No entanto, mesmo trazendo ganhos práticos, como eficiência, minimização de esforços durante uma implementação e/ou migração de sistemas, padronização e manutenções constantes sem perda de performance, ainda assim um desafio continua sendo enfrentado: a resistência à mudança.

Ou seja, tudo o que é inovador tem um processo disruptivo. Contudo, o fator humano costuma ser uma barreira a ser superada, visto que, diante de algo novo, dúvidas e receios acerca do modelo operacional naturalmente provocam resistência. Nesse sentido, para garantir total transparência, é fundamental estabelecer uma comunicação top-down, desde os líderes até os colaboradores, deixando claro todos os passos que serão dados.

Cabe enfatizar que, quando falamos sobre o conceito de núcleo limpo, não estamos afirmando que as customizações dos sistemas de gestão deixarão de existir. Afinal, cada empresa, a depender de seu porte e segmento, precisa adaptar o software de modo que atenda às obrigatoriedades previstas. Todavia, ao realizar esse movimento de forma estratégica e eficiente, atribui-se ganho de valor ao negócio, uma vez que é possibilitada a concentração, de fato, em ações importantes que garantam o crescimento e o desempenho da organização como um todo.

Aplicar o Clean Core, na prática, significa adotar as melhores práticas e atender às demandas do mercado atual, bem como compreender todo o processo end to end, com capacidade e infraestrutura para promover melhorias significativas que gerem melhores experiências, tanto operacionais quanto nos atendimentos.

Além disso, a abordagem também ganha relevância para garantir o futuro da companhia, por meio de melhorias nas tomadas de decisão, baseadas em dados limpos e transparentes; alinhamento à agenda ESG, garantindo conformidade, compliance e governança; escalabilidade para suprir inovações que possam surgir; e aplicação da gestão da mudança, executada de forma ágil e em conformidade com as demandas do mercado.

Considerando que hoje existem dois conceitos de infraestrutura dentro das organizações, sendo a atual (já existente) e a nova (criada), todo o processo de simplificação precisa ocorrer de forma eficiente e alinhada às particularidades do negócio. Do contrário, de nada adiantará a abordagem. Nesse sentido, contar com o apoio de uma consultoria especializada é de extrema importância.

Isso porque, o time de especialistas, ao compreender o dinamismo e a complexidade de cada negócio, centraliza o foco em promover uma gestão da mudança de forma clara e objetiva. Atribuindo toda a expertise técnica, por meio da análise de indicadores, a equipe saberá guiar uma estratégia que minimize impactos e traga resultados promissores para a gestão.

À medida que o mercado se torna mais dinâmico, eliminar obstáculos nas operações é primordial. As organizações precisam, cada vez mais, de simplicidade para acessar e analisar dados do negócio, de modo que possam tomar decisões assertivas. O Clean Core surge como um importante aliado nessa jornada, guiando as empresas rumo às melhores práticas e, sobretudo, a um futuro promissor.

 

João Pires - Executivo de vendas da SPS Group
SPS Group


5 dicas para manter o equilíbrio emocional e o foco nos dias que antecedem o Enem

Divulgação Heavenly International School
Por Victor Brasil

Educador destaca que o segredo não está em estudar mais, e sim em estudar melhor com rotina, autoconfiança e apoio emocional

 

Na reta final para o Enem 2025, com provas já neste domingo, 09, e 16 de novembro, a ansiedade e a pressão costumam ser tão desafiadoras quanto o próprio exame. Para o coordenador do Ensino Médio da Heavenly International School, em Brasília, Marcos Morris, o ponto central neste momento é encontrar o equilíbrio entre desempenho e bem-estar. “Não adianta tentar compensar o ano inteiro em poucos dias. Evite mudanças bruscas na rotina. O cérebro entende essas alterações como um sinal de alerta e pode aumentar a ansiedade”, explica. 

Segundo o educador, o segredo não está em estudar mais, e sim em estudar melhor. “Não se trata de passar 12 ou 14 horas por dia estudando, mas de ter foco e qualidade. Trabalhamos com cada aluno de forma individual, ajudando na organização e no uso de técnicas específicas, como o Pomodoro, que alterna períodos de concentração e pausas curtas”, conta. 

A escola brasiliense busca, nesta fase, um acompanhamento personalizado que leva em conta as emoções e o ritmo de cada estudante. “Aqui o aluno não é visto como uma máquina de fazer prova. Sabemos que essa reta final é puxada e cheia de cobranças. Por isso, conversamos, escutamos, passamos confiança e ajustamos cronogramas de estudo respeitando o limite de cada um”, explica Morris. O programa de tutoria e apoio psicológico é uma das bases desse trabalho, com acompanhamento próximo de professores, coordenadores e psicóloga. “Os tutores chamam os alunos individualmente, abrem espaço em aula e mantêm uma escuta ativa. Tudo isso, junto às famílias, faz diferença.” 

Entre os alunos que mais se destacam, o coordenador observa um traço comum: o autoconhecimento. “Temos perfis diferentes, alguns mais tranquilos, outros mais ansiosos, mas o importante é conhecer cada um e ajustar o apoio conforme as necessidades. O equilíbrio é o que garante o desempenho. O corpo e a mente precisam estar em harmonia no dia da prova”, afirma. 

A escola também se apoia em exemplos inspiradores. Marcos lembra de uma aluna que viveu um ano difícil, com desafios pessoais e emocionais, mas encontrou suporte no ambiente escolar. “Com o envolvimento da família, professores e coordenação, ela conseguiu se reerguer. O resultado veio: foi aprovada em duas universidades nos Estados Unidos e em três no Brasil”, relata. 

Para lidar com a ansiedade nos últimos dias antes da prova, o coordenador recomenda atitudes simples e eficazes:
 

Faça pausas para respirar profundamente

Momentos curtos de respiração consciente ajudam a reduzir o ritmo acelerado do corpo e acalmar os pensamentos. Basta parar por alguns segundos, inspirar pelo nariz, segurar o ar e soltar lentamente, repetir esse ciclo algumas vezes já faz diferença.
 

Priorize boas noites de sono

O descanso é parte do aprendizado. Dormir bem melhora a concentração, a memória e o raciocínio lógico, fundamentais para o Enem. “Não adianta virar a noite estudando se o cérebro não está descansado para assimilar as informações”, reforça Marcos.
 

Mantenha uma alimentação equilibrada sem mudar a rotina

Na véspera do ENEM busque se alimentar bem mas de forma equilibrada e evitar comer algo que não está acostumado ou de origem desconhecida! É importante também buscar o equilíbrio de carboidratos e proteínas!
 

Não estude até tarde no dia anterior

Não é indicado estudo às vésperas da prova! Mas se isso te deixar mais tranquilo, faça com equilíbrio e de forma que você também tenha tempo para descanso e relaxamento como ir ao cinema, ver uma série etc!
 

No dia da prova, comece pelas questões mais fáceis

Essa estratégia ajuda a ganhar ritmo e confiança logo no início. “O Enem é uma maratona, não uma corrida de velocidade. Resolver primeiro o que você domina dá segurança para enfrentar as questões mais complexas depois”, orienta o coordenador. 

Morris reforça que a ansiedade não é um sinal de fraqueza e sim algo humano. “A ansiedade não desqualifica ninguém. O que importa é reconhecer seus limites e confiar no processo. O Enem é uma maratona, não uma corrida de velocidade. Busque acreditar em si mesmo, veja o quanto já conquistou e vá com calma, mas com confiança”, conclui.


Você é considerado um super-rico pelo governo?

A nova proposta de revisão do Imposto de Renda da Pessoa Física reacendeu um velho debate: afinal, quem é considerado “rico” no Brasil? Pelos critérios do governo, quem ganha até R$5 mil por mês passaria a ser isento do IR, enquanto a faixa intermediária, entre R$5 mil e R$50 mil, teria redução de carga tributária, uma tentativa de aliviar o peso sobre a classe média. Já os contribuintes com rendimentos acima de R$50 mil mensais seriam enquadrados entre os chamados “super-ricos”, podendo ser tributados com até 10% adicionais. 

A proposta se apoia na ideia de “tributar mais quem ganha mais”, alinhada à progressividade prevista na Constituição Federal, um dos pilares da justiça fiscal. Mas é preciso olhar além do discurso. O verdadeiro problema do sistema tributário brasileiro não está na falta de progressividade do IR, e sim no peso excessivo dos tributos sobre consumo e folha de pagamento, que atingem desproporcionalmente as classes média e baixa. Enquanto a renda é tributada de forma relativamente progressiva, o consumo continua sendo fortemente regressivo, ou seja, quem ganha menos paga proporcionalmente mais. 

Reduzir o IR das faixas mais baixas é socialmente desejável, mas sem medidas compensatórias, o impacto recai diretamente sobre as contas públicas. O Imposto de Renda é uma das principais fontes de arrecadação federal e financia políticas essenciais como saúde, educação e previdência. 

Sem uma reforma mais ampla, que reorganize tributos sobre consumo, patrimônio e renda, qualquer alívio pontual pode gerar rombos fiscais e abrir espaço para novas contribuições, como o recente “imposto verde”. 

Classificar como “super-rico” quem recebe R$50 mil mensais também ignora o contexto tributário brasileiro. Quando somamos a carga indireta — ICMS, PIS, Cofins embutidos em bens e serviços — a tributação efetiva sobre a renda de um profissional bem-sucedido pode ultrapassar 40%. O debate, portanto, não deveria se concentrar apenas em quanto cobrar de quem ganha mais, mas em como equilibrar o sistema para tributar consumo, renda e patrimônio de forma coerente e sustentável. 

O Brasil precisa evoluir para um modelo em que o contribuinte saiba exatamente o que está financiando e perceba o retorno social do que paga. A Reforma Tributária em andamento já avança ao unificar impostos sobre consumo, mas a tributação da renda e do patrimônio ainda exigirá um novo ciclo de ajustes, com foco em simplificação, transparência e responsabilidade fiscal. 

Ser considerado “super-rico” pelo governo pode depender mais de uma régua fiscal desatualizada do que da realidade econômica do contribuinte. 

Qualquer revisão do Imposto de Renda precisa vir acompanhada de equilíbrio e clareza, para que não se trate apenas de transferir o ônus entre grupos, mas de resolver o verdadeiro desequilíbrio estrutural do sistema. 

 

Dra. Nayhara Cardoso - Sócia-Diretora e Head Tributário na RGL Advogados

 

Como a IA generativa apoia no novo papel dos CFOs?


Tomar decisões estratégicas e garantir a saúde financeira da organização são as principais responsabilidades dos CFOs (Chief Financial Officer). No entanto, considerando que o mundo se transforma a cada milésimo de segundo, agilidade e eficiência se tornam requisitos fundamentais, e podem ser obtidos através do uso da IA Generativa.

Compreendendo essa importância, segundo uma pesquisa do Gartner, os líderes financeiros estão focados em soluções de tecnologia habilitadas para IA e automação inteligente dos processos. Mais de 70% dos CFOs já expandiram suas responsabilidades além das finanças para incluir dados e análises corporativas.

Ainda de acordo com o estudo, a IA Generativa (GenAI) está entre as tecnologias que deverão receber investimentos futuros na função financeira. 50% desses líderes já almejam aumentos significativos no investimento neste recurso. Por sua vez, mesmo com os dados apontando para uma ampla compreensão e utilização desta ferramenta no dia a dia organizacional, os CFOs continuam enfrentando o mesmo desafio: administrar informações fragmentadas.

Durante décadas, as planilhas no Excel foram o centro das operações financeiras e orçamentárias das empresas. Entretanto, a atual complexidade dos negócios, que reforça a necessidade de simulações rápidas, tornou esse método de controle obsoleto, visto que não tem a capacidade de centralizar e fornecer análises que apoiem a tomada de decisões.

Quanto a isso, a Inteligência Artificial vem despontando, cada vez mais, como uma forte aliada para suprir essas demandas. Contudo, assim como toda e qualquer tecnologia, de nada adianta adquirir a ferramenta sem saber utilizá-la de forma correta. Ou seja, para que seus ganhos – como redução de tempo, consolidação das informações, previsibilidade, rapidez nas análises etc. – sejam obtidos, é crucial fazer o seu uso de forma correta.

Mediante à rapidez que faz parte do universo corporativo, é comum as organizações buscarem realizar as análises preditivas o quanto antes. Todavia, para que esse processo ocorra de forma satisfatória, é crucial ter uma base estruturada. E esse controle, atualmente, vai ao encontro do novo papel do CFO, que precisa, sobretudo, dialogar com os dados a fim de obter o controle de vendas, remanejar orçamentos e liderar a empresa rumo à estratégia que beneficie o negócio.

Nesse sentido, a IA Generativa contribui para a realização deste “diálogo”, o que auxilia os líderes financeiros a realizarem uma análise preditiva. Isso permite alterar a rota de forma rápida, executar alterações no planejamento orçamentário com base no cenário econômico sem precisar fazer do zero, além de tomar decisões em tempo real.

Como citado anteriormente, para obter esses resultados, é imprescindível eliminar os silos de informação. Isso é, mesmo a IA sendo um elemento indispensável, para que haja veracidade e confiança no que é proposto pela ferramenta, é de extrema importância que a base de dados seja organizada.

Quanto a isso, investir em ferramentas que já tenham incorporado recursos preditivos e IA Generativa e que, por sua vez, apoiem na automatização de simulações orçamentárias, análises de variação e previsões de resultado, é o primeiro passo que deve ser dado pelas organizações. Além disso, contar com o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é uma excelente estratégia para a empresa receber o direcionamento para escalar.

A tendência aponta para uma nova geração de CFOs que terão menos dependência técnica da área de TI e deixarão de ser apenas o “guardião dos números” para se tornar estrategista de dados e orientar a organização para o caminho que deve ser seguido. Neste sentido, a IA Generativa, sem dúvidas, desponta não apenas como uma auxiliadora, mas como um meio de conquistar resultados que promovam o sucesso do negócio. Afinal, para moldar o futuro que nos aguarda, é preciso começar ainda hoje.

 

Andrey Menegassi - Partner da SolvePlan
SolvePlan


Especialista alerta a respeito de riscos escondidos ao abrir empresa nos EUA que brasileiros ainda ignoram

Abrir empresa nos Estados Unidos exige preparo técnico, planejamento financeiro e atenção a riscos ocultos como variação de impostos estaduais, custos com seguros obrigatórios e barreiras culturais que ainda surpreendem empresários brasileiros 

 

Enquanto um número crescente de empreendedores brasileiros planeja seus próximos passos de expansão até 2026, a internacionalização surge como alternativa estratégica para reduzir riscos operacionais e acessar novos mercados. No entanto, especialistas alertam que abrir uma empresa nos Estados Unidos exige planejamento técnico e conhecimento detalhado das regras locais, e os riscos ocultos podem custar caro.

De acordo com o Department of Commerce, mais de 1.200 novas empresas com participação brasileira foram registradas nos Estados Unidos em 2024, um aumento de 18% em relação a 2023. O movimento reflete uma tendência de empresários que buscam previsibilidade jurídica, estabilidade tributária e acesso a crédito em moeda forte.

Fernanda Spanner, CEO da Spanner Consulting Group e especialista em contabilidade internacional, afirma que a decisão de operar fora do país deve ser sustentada por dados concretos e análise de longo prazo. “Não se trata apenas de custo inicial. É preciso olhar para o modelo de negócio, a maturidade da operação, o mercado-alvo e o quanto o empresário está preparado para lidar com dois sistemas completamente diferentes”, afirma.

O custo médio para abrir uma empresa nos EUA varia de US$550 a US$1.500, conforme o estado e o tipo societário. A manutenção anual fica entre US$300 e US$1.000, sem incluir honorários contábeis ou impostos. No Brasil, por outro lado, o custo inicial é inferior,  cerca de R$1.500, segundo levantamento do Sebrae, mas as despesas fixas mensais são significativamente mais altas devido à carga tributária e às obrigações acessórias.

“O sistema americano confia mais na responsabilidade do empresário. Ele pode abrir o negócio de forma online e começar a operar em poucos dias. No Brasil, a burocracia ainda é o principal entrave, com prazos longos e mudanças constantes de legislação”, explica a especialista.

Os Estados Unidos oferecem também incentivos fiscais que vão desde deduções de despesas operacionais até créditos para contratação de funcionários e investimentos em tecnologia. “Esses incentivos estão disponíveis até para pequenas empresas, desde que o empresário esteja bem assessorado. No Brasil, eles existem, mas são burocráticos e inacessíveis para a maioria”, acrescenta.

Apesar das vantagens competitivas, muitos brasileiros ainda subestimam riscos importantes ao expandir para o mercado americano. Entre eles, estão a variação de impostos estaduais, que pode alterar significativamente a rentabilidade; o custo de seguros obrigatórios, como saúde, responsabilidade civil e cobertura comercial; além de multas pesadas por descumprimento de normas locais.

“É um ambiente mais previsível, mas que exige preparo. Muita gente erra por achar que basta abrir a empresa para que o lucro venha rápido. A verdade é que há barreiras culturais e de idioma, e o negócio precisa de fôlego financeiro até se sustentar”, alerta Spanner.

Dados do Small Business Administration (SBA) mostram que 20% das pequenas empresas nos EUA encerram suas atividades no primeiro ano, e quase metade não ultrapassa cinco anos, taxa similar à brasileira, porém motivada por fatores diferentes. Nos EUA, falhas de planejamento e subcapitalização são os principais motivos.

Segundo a especialista, o respeito a contratos e a estabilidade jurídica são grandes atrativos do sistema americano, mas o modelo exige comprometimento e controle financeiro rigoroso. “O empresário americano sabe o que esperar. Já no Brasil, você pode montar um plano de negócio e ser surpreendido por uma nova regra tributária três meses depois”, compara.

Spanner recomenda que os empresários avaliem métricas objetivas antes da decisão: custo mensal com contabilidade e tributos, tributação sobre lucros e dividendos, tempo para começar a operar, potencial de acesso a crédito e o público-alvo, local ou internacional.

“Cada mercado tem suas vantagens. Muitos empreendedores optam por manter estruturas híbridas, no Brasil e nos Estados Unidos, para aproveitar o melhor de cada sistema. Mas isso só funciona com planejamento e orientação profissional”, conclui. 

 


Fernanda Spanner - CEO da Spanner Consulting Group, referência em contabilidade, planejamento tributário e estratégias fiscais. International Business Advisor com mais de 18 anos de experiência, possui cinco escritórios nos Estados Unidos, em Nova York, New Jersey, Flórida, South Carolina e Massachusetts. É Enrolled Agent licenciada pelo IRS, credencial mais alta concedida pela Receita Federal americana, o que lhe permite atuar em âmbito federal nos 50 estados.
Para saber mais, acesse o instagram, linkedin ou pelo site https://www.fspanner.com/


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