Com a aproximação
do verão, cuidados simples e acompanhamento médico fazem toda a diferença no
bem-estar feminino
Com a aproximação do verão, cuidados simples e acompanhamento
médico fazem toda a diferença no bem-estar feminino
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O ressecamento vaginal é um tema que ainda gera
muitas dúvidas entre as mulheres, especialmente durante a menopausa.
Desconforto, coceira e dor nas relações sexuais são alguns dos sintomas que
podem impactar a qualidade de vida e a autoestima. Mas afinal, beber mais água
ajuda na lubrificação vaginal?
De acordo com a ginecologista Loreta Canivilo,
manter o corpo bem hidratado é essencial para a saúde de forma geral e isso
inclui a região íntima. “A água tem um papel fundamental em todo o organismo.
Ela ajuda a manter as mucosas, inclusive a vaginal, mais saudáveis e
equilibradas. Então, sim, a hidratação pode contribuir para uma lubrificação
melhor”, explica a especialista.
No entanto, a médica alerta que a lubrificação
vaginal não depende apenas da ingestão de líquidos. Diversos fatores
influenciam esse processo, como os níveis hormonais, a excitação sexual, o uso
de medicamentos e até o estado emocional da mulher.
“Quando o estrogênio diminui, especialmente na
menopausa, o tecido vaginal fica mais fino e menos elástico. É por isso que
muitas mulheres sentem mais secura nessa fase”, completa Canivilo.
O ressecamento vaginal é mais comum entre os 45 e
55 anos, período em que o corpo feminino passa por intensas mudanças hormonais.
Mas ele também pode surgir antes, por exemplo, após o parto, durante o uso de
certos anticoncepcionais ou em momentos de estresse.
Felizmente, existem formas eficazes de aliviar o
desconforto. Entre as opções estão os hidratantes e lubrificantes íntimos, além
da terapia de reposição hormonal (TRH), que ajuda a restaurar o equilíbrio do
estrogênio no organismo.
“A reposição hormonal, quando bem indicada e
acompanhada por um ginecologista, costuma trazer alívio rápido e melhora
significativa da qualidade de vida”, orienta Loreta.
Com o verão se aproximando, os cuidados devem ser
redobrados. O calor, as roupas apertadas, o uso prolongado de biquínis molhados
e o aumento da transpiração podem piorar o ressecamento e favorecer irritações.
“Nessa época, é importante escolher roupas leves,
manter a região íntima seca e procurar ajuda médica se houver ardência, dor ou
coceira. Pequenas mudanças de hábito fazem toda a diferença”, explica Loreta
Canivilo.
O principal recado da especialista é claro: o
ressecamento vaginal é comum, mas não precisa ser motivo de sofrimento. Buscar
acompanhamento com um ginecologista é o primeiro passo para entender as causas
e encontrar o tratamento ideal para cada fase da vida.
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