Correção da prova utiliza a metodologia
TRI, que atribui pesos diferentes às questões, considerando a coerência do
desempenho geral do aluno; professor da Plataforma Professor Ferretto comenta se o famoso ‘chute’ é ou não uma boa ideia
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O Enem 2025 será aplicado nos próximos domingos, dias 9 e 16 de
novembro, e uma dúvida comum entre os candidatos volta à tona: será que vale a
pena chutar nas questões que não sabem, ou não têm tempo de responder?
A resposta envolve entender a Teoria de Resposta ao Item (TRI),
metodologia usada na correção da prova. Diferentemente de um sistema simples de
acertos e erros, a TRI atribui pesos distintos às questões, considerando o
padrão de desempenho do estudante.
“A TRI busca identificar se o aluno realmente domina o conteúdo ou
se acertou por sorte, o famoso ‘chute’. Por isso, antes de adotar essa
estratégia, é importante entender como o sistema funciona”, explica Michel
Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto, canal
100% online voltado à preparação para o Enem e vestibulares.
Por que a TRI impacta a nota final?
No Enem, a TRI analisa a coerência do desempenho.
Quando o estudante acerta questões fáceis e médias e erra as mais difíceis, sua
nota reflete um padrão consistente. Mas se ele acerta uma questão difícil e
erra várias fáceis, o sistema tende a considerar o acerto um golpe de sorte,
reduzindo o peso daquela questão.
“Por isso, chutar pode não ser uma boa estratégia, especialmente
em questões de nível elevado. Em vez disso, o ideal é eliminar alternativas
improváveis, aumentando as chances de acerto sem comprometer a coerência da
prova”, reforça Michel.
Como funciona a estratégia de eliminação?
A técnica de eliminação de alternativas consiste em identificar
pistas no enunciado e descartar opções menos prováveis. Assim, o estudante pode
fazer escolhas mais seguras, mesmo sem certeza absoluta.
“Ao aplicar a eliminação, o candidato mantém um padrão de
respostas coerente, o que é essencial para a TRI. O foco deve estar nas questões
em que o conhecimento é mais sólido, usando essa técnica apenas nas demais”,
recomenda o professor.
Compreender a TRI e adotar estratégias conscientes pode fazer a
diferença no desempenho. “Em vez de apostar no acaso, usar métodos como a
eliminação de alternativas aumenta as chances de sucesso e garante uma nota
mais fiel ao real nível de conhecimento do aluno”, finaliza MIchel.
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