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terça-feira, 1 de abril de 2025

Da resiliência à antifragilidade: o novo paradigma empresarial

 

Em um mundo em que a única constante é a mudança, as empresas já não se podem dar ao luxo de serem apenas resilientes. A resiliência permitiu-nos resistir às crises, mas a antifragilidade permite-nos crescer com elas. Num ambiente de “peri-risco”, onde as crises não são apenas constantes, mas simultâneas e cada vez mais imprevisíveis, a capacidade de antecipar e transformar a incerteza em vantagem tornou-se o verdadeiro diferencial competitivo.


A maioria das organizações ainda funcionam segundo um modelo reativo. Seis em cada dez empresas esperam que a crise lhes bata à porta para atuar. Implementam protocolos de comunicação, preparam porta-vozes e concebem respostas que, em muitos casos, chegam demasiado tarde. Num mundo interligado e volátil, essa estratégia já não é sustentável. A antifragilidade é a evolução natural da gestão empresarial: não se trata apenas de resistir ao impacto, mas de transformar o risco em oportunidade.

A resiliência ensinou-nos a sobreviver. A antifragilidade ensina-nos a prosperar no caos. Enquanto uma empresa resiliente recupera após um choque, uma empresa antifrágil cresce com cada desafio. A chave é a antecipação: ouvir ativamente as partes interessadas, identificar os primeiros sinais de risco e agir rapidamente. Não se trata de gerir crises, mas de as evitar ou, melhor ainda, de as transformar num trampolim para a inovação. Um exemplo claro de antifragilidade é a Mattel e a Barbie. Durante anos, a marca foi criticada pela sua falta de diversidade. Em vez de resistir à mudança ou simplesmente responder às críticas com pequenos ajustes, transformaram o desafio numa vantagem competitiva. Reconfiguraram a sua estratégia, expandiram o seu portfólio e, com o lançamento do filme da Barbie, transformaram a sua marca num ícone cultural renovado. Este é o poder da antifragilidade: transformar uma ameaça em crescimento.

Não se pode ser antifrágil em tudo. Cada organização deve identificar as ameaças que mais afetam a sua sustentabilidade e concentrar-se nelas. Já não basta prevenir as crises, é necessário conceber estratégias para as aproveitar. Para tal, é essencial dispor de sistemas de avaliação de riscos transversais a toda a organização. As empresas devem deixar de considerar as soft skills como competências secundárias. No contexto atual, o pensamento crítico, a negociação e a inteligência emocional são ferramentas essenciais para a tomada de decisões estratégicas. Em vez de esperar que as mudanças ocorram, as empresas devem conceber múltiplos cenários e preparar-se para cada um deles.

Não se trata de prever o futuro, mas de estar preparado para qualquer resultado possível. A empresa deve funcionar como um sistema de escuta ativa. As expectativas dos clientes, dos trabalhadores e dos investidores devem traduzir-se em estratégias concretas e ágeis. As empresas que construíram a sua identidade em torno de determinados valores devem assumir que existem expectativas em relação a elas. Alterar a sua posição em função do contexto político ou social pode levar a uma perda de confiança difícil de recuperar. Num mundo em que a credibilidade e a confiança são ativos fundamentais, a antifragilidade não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para a sobrevivência das empresas.

As empresas mais ágeis estão se afastando das estruturas rígidas e adotando modelos de liderança baseados na colaboração e na adaptabilidade. Para os gestores, o desafio não é pequeno: transmitir esta mentalidade a toda a organização implica uma profunda mudança cultural. A chave é alargar os sistemas de escuta, analisar as tendências e utilizar ferramentas como a inteligência artificial para tomar decisões informadas. O futuro pertence a aqueles que sabem ler a mudança antes de ela acontecer. As empresas que adotarem a antifragilidade não só resistiram ao ataque do ambiente, como encontraram na incerteza o seu melhor aliado para o crescimento. Aquelas que continuam a esperar pela chegada da crise para reagir serão simplesmente deixadas para trás.



Iván Pino - Sócio e Diretor Geral de Assuntos Corporativos Latam da LLYC


Mentiras financeiras: em quais delas você já caiu? Consultora dá dicas de como superá-las

Jogar limpo na relação com o dinheiro ajuda a construir uma ligação mais saudável com as finanças e evita que o planejamento seja impactado

 

Contar aquela mentirinha para si mesmo só para aliviar a consciência na hora de realizar um desejo é algo que quase todo mundo já fez. Mas, quando o dinheiro entra na jogada, a verdade sempre aparece - e pode pesar no bolso. Mila Gaudencio, educadora financeira e consultora do will bank, alerta que algumas “desculpas” como “mês que vem eu compenso” ou “é só um parcelamento pequeno” podem acabar se repetindo e, com isso, desencadear um comportamento distorcido da própria realidade financeira. 

 

“Mas, por que contamos mentirinhas para nós mesmos? É uma forma da gente justificar um gasto que traz satisfação temporária. E um dos gatilhos para isso pode ser a comparação com os outros”, comenta a consultora, que aponta que 71% das pessoas acreditam que os outros ganham facilmente o que elas precisam conquistar com muito esforço – dado do estudo de Dismorfia Financeira, do will bank.

 

O “Eu mereço” se destaca como uma das principais mentiras financeiras. Mesmo que o sentimento de merecimento seja real, esse reforço na autoestima acaba trazendo mais ansiedade do que prazer duradouro. “Uma boa estratégia é usar a técnica do dia seguinte: se pergunte se a vontade ainda vai estar lá amanhã caso você não compre no momento. Se a resposta for ‘não’, é um sinal para repensar a compra”, recomenda Mila.


Outra mentirinha comum surge depois de viagens ou fim de ano: “Se eu olhar minhas contas vai ser pior” ou “Melhor nem abrir o aplicativo do banco”. A verdade é que ignorar os números pode até dar um alívio temporário, mas o problema não vai sumir. É preciso encarar os gastos e ajustar os próximos passos financeiros. “Esse sentimento vem, principalmente, da relação complicada que os brasileiros têm com o dinheiro”, aponta Mila. “Diante da situação, os bancos devem assumir um papel mais acolhedor, oferecendo atendimento e soluções personalizadas para cada cliente, de acordo com seu momento financeiro. Gosto sempre de lembrar que o banco não é nosso inimigo. Pelo contrário, estamos cercados de opções e cabe a nós escolhermos a instituição que fala a nossa língua e que está preocupada com a nossa gestão financeira, de forma transparente e prática”, enfatiza.

 

E tem também a clássica mentira “Mês que vem eu compenso”. Esse pensamento pode criar um ciclo perigoso de adiamento das decisões financeiras importantes. A consultora destaca que, em vez de esperar sobrar dinheiro no próximo mês, o ideal é definir um valor fixo para guardar ou investir. “Fazer um checklist mensal é um caminho para realmente conseguir aplicar essa recomendação”, sugere.

 

Por fim, ainda há aquela mentirinha amiga dos cartões de crédito: “É só um parcelamento pequeno”. O problema é que várias parcelas pequenas, somadas, podem virar uma baita dívida e bagunçar a vida financeira. Mila reforça que parcelar não é um problema, desde que aquele valor seja considerado no planejamento financeiro dos próximos meses. “Parcelar no cartão possibilita adquirir produtos ou serviços que muitas vezes não conseguiríamos comprar à vista. Mas, para garantir que as parcelas não vão virar uma bola de neve, uma boa tática é o ‘1 para 1’: antes de fazer uma nova compra parcelada, quite uma parcela antiga. Assim, você limita o acúmulo de dívidas”, sugere a educadora.

 

“É bom lembrar que se deparar com mentirinhas financeiras é normal. O mais importante é reagir com consciência ao notá-las no dia a dia. Além do autoconhecimento financeiro, ter um espaço de conversa aberto – inclusive explorando a relação emocional com o dinheiro — ajuda a fortalecer a consciência e a fugir das mentiras para si”, finaliza.


 

will bank
Para saber mais, acesse o site.


Fraudes com reembolso impulsionam mudanças nas seguradoras e impactam beneficiários

freepik
Setor de saúde suplementar reforça segurança para combater práticas fraudulentas que movimentaram R$ 30 bilhões em 2022 

 

As fraudes relacionadas aos pedidos de reembolso de planos de saúde levaram as seguradoras a adotarem medidas mais rigorosas para garantir a segurança das operações e evitar prejuízos bilionários. Exigência de documentações adicionais e o desenvolvimento de canais de atendimento mais seguros são algumas das estratégias adotadas para impedir que senhas e logins de beneficiários sejam utilizados por terceiros de maneira indevida. 

Uma das práticas irregulares que motivaram essas mudanças envolvia clínicas de estética que ofereciam tratamentos fora do escopo do plano de saúde, alegando que os procedimentos estavam cobertos pelo convênio. Para efetivar o reembolso, essas clínicas exigiam que os pacientes fornecessem suas credenciais de acesso, alegando um suposto "reembolso assistido". A disseminação dessa prática fraudulenta levou à adoção de processos mais rigorosos por parte das seguradoras. 

"Infelizmente, os bons pagam pelos maus. Como houve um aumento expressivo nas perdas das operadoras devido a fraudes, é natural que as empresas busquem se proteger para garantir sua saúde financeira. Manter as seguradoras financeiramente saudáveis é essencial para a sustentabilidade do setor e para a continuidade do atendimento de qualidade aos beneficiários", afirma Igor Rodrigues, CEO da 3R4 Seguros. "Estamos falando de um setor que complementa o cuidado à saúde dos brasileiros, em conjunto com o SUS, e qualquer risco financeiro pode impactar diretamente a assistência oferecida", acrescenta. 

A regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), implementada em 2022, garante o direito ao reembolso de despesas médico-hospitalares nos casos em que o plano de saúde não disponibiliza prestadores de serviço dentro dos prazos estabelecidos no município do beneficiário. Esse direito, no entanto, tem sido alvo de exploração por parte de esquemas fraudulentos. 

De acordo com um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), apenas em 2022, as fraudes no setor de planos de saúde resultaram em perdas de aproximadamente R$30 bilhões. Esses valores impactam diretamente a capacidade das seguradoras de oferecer cobertura adequada aos seus clientes, pois drenam recursos que deveriam ser destinados à assistência real. 

Para combater essas práticas fraudulentas, Igor aponta que é fundamental investir em educação e conscientização. "Promover programas de educação sobre a importância da ética e da transparência no uso do reembolso é um passo essencial para reduzir as perdas e garantir a segurança do setor". 

A prevenção e a implementação de medidas de segurança mais rigorosas são essenciais para que o setor de saúde suplementar continue operando de maneira eficiente e garantindo um atendimento de qualidade aos beneficiários.
 

3R4 Seguros


Transparência financeira: como a tecnologia ajuda na conformidade empresarial?

A transparência e a conformidade nas demonstrações financeiras são, cada vez mais, uma necessidade urgente para empresas que desejam manter a confiança e a saúde econômica. No entanto, apesar do discurso sobre a importância da clareza e precisão nas informações, muitas empresas ainda enfrentam desafios significativos para alcançar esses objetivos – os quais podem ser minimizados com o apoio tecnológico.

Mesmo que as organizações tenham começado a adotar normas contábeis internacionais como as IFRS, e a seguir regulamentações locais, como as do CFC e da CVM no Brasil, o cenário de conformidade total ainda enfrenta barreiras, sendo a principal delas a área tecnológica. De acordo com a pesquisa EY Tax and Finance Operations de 2023, 48% dos entrevistados afirmam que a falta de um plano sustentável para dados e tecnologia é a maior barreira para alcançar uma visão moderna da função fiscal e financeira.

Isso costuma ocorrer porque muitas empresas ainda dão preferência a sistemas analógicos e deixam de utilizar sistemas automatizados para a geração das demonstrações financeiras. Ao confiar em processos manuais e suscetíveis a erros, a instituição compromete a conformidade e a transparência, dificultando a verificação e o monitoramento das informações, o que leva a imprecisões nos dados levantados.

Porém, ao integrar uma solução tecnológica, as empresas podem garantir um cenário compatível com as normas exigidas por meio de sistemas que oferecem controle detalhado e maior precisão nas informações financeiras. Isso permite não apenas uma compreensão melhor do passado, como também possibilita a projeção de um futuro mais seguro e previsível, garantindo a tomada de decisões baseadas em dados estruturados e auditáveis.

Nesse cenário, a implementação de sistemas automatizados exige uma análise especializada conduzida por profissionais experientes. Esse processo estratégico deve começar com um mapeamento detalhado dos fluxos de informação da empresa, permitindo rastrear cada etapa e identificar oportunidades de otimização.

Também é crucial investir na capacitação da equipe, preparando-a para a nova cultura organizacional e para as exigências regulatórias em constante evolução. Essa abordagem garante a adoção de tecnologias e práticas contábeis alinhadas aos objetivos da empresa, reduzindo riscos e otimizando o tempo de auditoria.

A escolha pela automatização permite o uso de soluções complementares especializadas, não apenas na consolidação e geração das demonstrações financeiras, mas também em ferramentas de Business Intelligence (BI) e planejamento financeiro. Essas tecnologias são essenciais para assegurar a integridade dos dados e a confiabilidade das análises, tornando o processo decisório mais embasado e seguro.

Quando falamos de demonstrações financeiras e relatórios legais, lidamos com informações sensíveis cruciais para a tomada de decisões. Investidores, frequentemente, baseiam suas decisões de investimento nos relatórios financeiros que refletem a execução do negócio, incluindo números de receita, margem e performance de vendas. Tomar decisões com base em informações duvidosas, sujeitas a erros manuais ou de origem incerta, é como pilotar um avião às cegas, sem confiar nos instrumentos.

Para gestores e investidores, decidir com base em dados não confiáveis é arriscado. Portanto, é essencial ter segurança ao tomar decisões com informações verificáveis e respaldadas por sistemas automatizados, garantindo integridade e eficiência no monitoramento financeiro.

 


Alexandre Kuntgen -Partner da SolvePlan.

SolvePlan


O valor da defesa da Constituição e do combate à corrupção e à desigualdade

Privilégio. Impunidade. Desigualdade. Iniquidade. Injustiça. Desesperança... É uma triste realidade as desigualdades regionais, sociais, raciais, educacionais e de gênero, além de liberdades comprometidas neste País. Basta ver que voltamos a ter exilados e também presos políticos, e já começa a se falar sobre a volta da censura na imprensa. É um lado do Brasil vergonhoso. Portanto, precisamos fortalecer a democracia, defendendo direitos constitucionais e de liberdade econômica, religiosa, política, de expressão e de imprensa, assim como a propriedade privada. Enfim, defender a Constituição. 

As desigualdades que grassam país afora são passíveis de constatação em âmbito social, regional, racial, educacional e de gênero. Essa é a ordem estabelecida no Brasil, de ponta a ponta, na conjuntura atual, que celebra 35 anos da implementação da “Constituição Cidadã”, a Constituição Federal de 1988. É um contexto de contradições profundas. 

Há números de 2023, porém, que alimentam um Brasil auspicioso, e que atestam seu expressivo desempenho em alguns segmentos, como por exemplo:

· o terceiro maior produtor mundial de alimentos (30% da produção mundial, responsável por 27 a 29% do PIB; 50% das exportações; e 150% do saldo da Balança Comercial). Essa é a representatividade do agrobusiness brasileiro;

· o oitavo maior produtor mundial de petróleo, responsável por 12 a 14% do PIB; 9% das exportações; e mais de 25% do superávit da Balança Comercial brasileira;

· o setor mineral é igualmente expressivo, responsável por quase 5% do PIB; 14% das exportações; e quase um terço do superávit da Balança Comercial brasileira;

· somados, três setores (agro, óleo e gás, e mineração) são responsáveis por 44 a 48%, quase metade, do PIB brasileiro e 73% (quase três quartos) das exportações, respondendo por mais de 205% do superávit da Balança Comercial. 

Aqui estão, portanto, aspectos nacionais que suscitam orgulho no brasileiro, o Brasil dos resultados impressionantemente positivos, que promovem expectativa e esperança de justiça e equidade. Do outro lado, há inúmeros aspectos que promovem no brasileiro a desesperança e o desalento face a uma realidade de absoluta falta de equidade. 

Hoje em dia, constata-se que a reeleição foi um dos maiores males do Poder Executivo brasileiro. Pela aprovação da Emenda à Constituição n° 16 (EC 16), de 04/06/1997, no contexto pós-Constituição 88, o instituto da reeleição para os cargos eletivos do Poder Executivo potencializou, com ineditismo, o agravamento do estado eleitoral permanente, que representa o presidente no palanque 365 dias por ano durante quatro anos. Uma fórmula que imprime na sociedade um selo de desvantagens contra tantos em favor de poucos. 

Se o propósito é o de tornar uma carta magna mais justa, uma nação pujante como o Brasil não deveria permitir que seus governantes se eternizem em seus postos, sem jamais abandonar a retórica de campanha em busca da reeleição, ainda que à custa de seguir fomentando instrumentos de divisão da sociedade, tanto política quanto economicamente. 

Churchill, no século passado, já se surpreendia com esta postura: “Alguns veem a empresa privada como um tigre feroz a ser abatido; outros, como uma vaca a ser ordenhada (tirar diariamente todo leite dela); apenas uns poucos a enxergam como ela realmente é: um poderoso cavalo puxando uma pesada carreta (governos)”. 

A mentalidade e o posicionamento retrógados seguem impedindo que se discuta o efetivo combate aos dois dos maiores males que atingem o tecido do setor público brasileiro e a própria nação brasileira: a corrupção e a desigualdade – fruto de décadas de políticas públicas equivocadas. 

É inconcebível a prevalência de “salvadores da pátria” e de “presidentes dos pobres” que nunca discutem cortes e redução de quaisquer despesas, seja de salários, de benefícios, de privilégios, de transferências, de incentivos, preferindo, assim, se venderem como distribuidores de benesses enquanto manifestam repúdio aos ricos, geradores de empregos, riquezas e lucros que alimentam os cofres do Tesouro Nacional, via recolhimento de tributos, para que continuem a manobrar 33% do PIB brasileiro, isto é, um terço de tudo o que a nação produz anualmente. 

Cortar gastos, reduzir privilégios, combater a corrupção e dar fim à impunidade são expressões inaceitáveis para os governantes do Brasil que ocuparam e ocupam a presidência e governos estaduais nas últimas três décadas. 

Por seu turno, a arrecadação de impostos tem sido uma grande injustiça no bolso e na mesa do brasileiro. O que cidadão algum suporta mais, seja qual for a que classe econômico-social a que pertença, é desconhecer o destino dos quase cinco trilhões ao ano – R$ 3,7 trilhões em tributos e mais de R$ 1,14 trilhão em déficit nominal, que elevam anualmente a dívida pública brasileira. 

O brasileiro deseja e merece, isto sim, ser tratado como um cidadão, que pensa por conta e que produz, e não como um mero contribuinte – um pagador compulsório de tributos sem a contrapartida correspondente e muito menos sem transparência alguma da parte de quem os gere. Millôr Fernandes bem dizia: “Me arrancam tudo à força e depois me chamam de contribuinte”. 

Convém lembrar que no Brasil não há espaço para o cidadão decidir se gosta ou não de pagar mais impostos. Agora, é preciso lembrar que o governo também permanece submetido à legislação constitucional e infraconstitucional. Se o poder público entende que é preciso taxar ricos e super-ricos com mais tributos, que o faça pelo caminho da legislação brasileira, isto é, via emenda constitucional (novo tributo) ou por legislação infraconstitucional. 

A visão equivocada está no comando, não na sociedade. Governo algum tem o direito de desqualificar seu cidadão, seja de que classe for. Não é producente – nem decente – o governo cujas iniciativas têm como enfoque sua perpetuação no poder em palanque eleitoral permanente.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças; é empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


Estão abertas as inscrições para o Programa de Estágio da Ambev

Os interessados podem se inscrever até o dia 09 de abril e as vagas são para várias regiões do país

 

Seu sonho de estagiar na Ambev está ainda mais próximo. As inscrições para o Programa de Estágio da companhia estão abertas, com mais de 140 vagas disponíveis. A Ambev busca talentos com sede de crescer por meio de projetos relevantes, que geram valor e impactam diretamente o negócio. Para isso, os candidatos devem se identificar com a cultura da companhia e ter interesse em aprender por meio do desenvolvimento de projeto e do contato direto com as lideranças. Os interessados poderão se candidatar até o dia 09 de abril pelo site. 

Na inscrição, o estudante poderá escolher a unidade de sua preferência e o mundo Ambev com que mais se identifica: Business ou Supply. O processo seletivo será híbrido e o programa de estágio, presencial. O processo estará aberto para candidatos de todos os cursos de graduação (ensino superior), e o pré-requisito é ter previsão de formatura entre Agosto/2026 e Agosto/2027. 

“Ao longo dos nossos 25 anos, aprendemos muito, redesenhamos os nossos processos e buscamos as melhores estratégias para atrair e apoiar os estagiários interessados em trabalhar com a gente. O nosso programa de estágio é uma das principais portas de entrada aqui na Ambev. Hoje, muitos dos nossos diretores começaram como estagiários. São talentos que a companhia descobriu e que tiveram a chance de se desenvolver aqui dentro. Por isso, incentivamos esses estudantes a construírem uma carreira sólida, entregar resultados com excelência e crescer com a gente”, afirma João Vitor Marinho, Diretor de Gente e Desenvolvimento da Ambev. 

Para realizar a inscrição, os interessados devem acessar o link, conferir os detalhes do processo seletivo e os benefícios oferecidos no programa.


Reforma Tributária: como o novo modelo do IVA Dual impactará as empresas?

 

A Reforma Tributária do consumo no Brasil, regulamentada pela Lei Complementar nº 214/2025, trará mudanças significativas no sistema tributário nacional. A partir de 2027, os tributos ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), enquanto o Imposto Seletivo (IS) incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A reformulação busca simplificar a tributação e aumentar a transparência, exigindo que as empresas se preparem para evitar impactos financeiros e operacionais.

A transição começa em 2026 com testes dos novos tributos. Em 2027, a CBS será implementada integralmente, enquanto o IBS terá uma adoção gradual até a substituição total dos tributos antigos em 2033. Durante essa fase, o planejamento estratégico e as adequações operacionais serão essenciais para evitar riscos e garantir conformidade fiscal.

Uma das primeiras medidas que as empresas devem adotar é a parametrização de seus sistemas de gestão (ERP), incluindo ajustes na classificação fiscal de produtos e serviços. A NBS exercerá um papel primordial na Reforma Tributária, pois sua correta aplicação definirá a tributação diferenciada do CBS e IBS.

Além disso, as empresas precisarão adequar seus sistemas ao Ajuste SINIEF 24/2024 e à Nota Técnica 2021.003 v.1.40, que introduzem mudanças na emissão de notas fiscais eletrônicas e na verificação do GTIN no Cadastro Centralizado de GTIN (CCG). Essas regras, que impactam mercadorias com redução de alíquotas, entram em vigor com ambiente de testes em julho de 2025 e adoção obrigatória em outubro do mesmo ano. As empresas que não se adequarem poderão enfrentar dificuldades na comercialização e na regularidade de suas operações fiscais.

Outro impacto importante da reforma é a recuperação de créditos tributários, especialmente do ICMS. Se solicitados após a reforma, os créditos acumulados até 2032 poderão ser compensados com IBS, mas a devolução ocorrerá em até 240 meses (20 anos), corrigida apenas pelo IPCA. Esse prazo prolongado pode impactar o fluxo de caixa das empresas, exigindo planejamento antecipado.

O modelo de Split Payment, previsto para 2027, também afetará diretamente as finanças das empresas. Nesse modelo, o tributo será retido automaticamente no momento do pagamento da nota fiscal e repassado diretamente ao governo, eliminando a inadimplência fiscal, mas restringindo o controle financeiro corporativo sobre o pagamento dos impostos. As empresas precisarão ajustar suas estratégias financeiras, renegociar prazos com fornecedores e adaptar suas práticas de gestão de crédito e recebimentos.

Outro ponto fundamental é a revisão de contratos comerciais para adequação às novas regras tributárias. Cláusulas que mencionam tributos extintos que incidem sobre o faturamento precisarão ser substituídas por disposições sobre IBS e CBS, garantindo que não haja distorções na precificação e nas responsabilidades fiscais. A atualização contratual é indispensável para mitigar riscos e trazer previsibilidade às obrigações tributárias.

A reforma também prevê regimes diferenciados para minimizar impactos em setores estratégicos. A cesta básica nacional terá alíquota zerada (100%), enquanto setores como saúde, educação, insumos agrícolas e cultura contarão com uma redução de 60%. Profissionais liberais regulamentados e planos de saúde para pets terão um desconto de 30%, enquanto o setor imobiliário terá 50% e o turismo de 40%, mas sem direito ao aproveitamento de créditos de IBS e CBS. Empresas que hoje operam com esses benefícios precisam revisar suas projeções tributárias para garantir ajustes corretos nos preços. Simulações financeiras ajudarão a evitar distorções e a manter previsibilidade nos custos e margens de lucro.

A transição gradual da reforma, com ajustes anuais nas alíquotas do IBS e CBS e a redução progressiva dos tributos antigos, exige planejamento contínuo. Além disso, a conformidade dos fornecedores será essencial para que as empresas possam se beneficiar da compensação de créditos tributários. O monitoramento da regularidade fiscal dos parceiros comerciais deve fazer parte das práticas de governança corporativa para garantir que a cadeia produtiva esteja alinhada às novas exigências fiscais.

Diante desse cenário, recomenda-se que as empresas busquem especialistas tributários e formem comitês internos para acompanhar as mudanças regulatórias. A antecipação será essencial para evitar impactos financeiros indesejados e garantir um ajuste bem-sucedido ao novo sistema tributário.

 


Taís Baruchi - CEO e sócia na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Lei do Bem na indústria: qual sua importância para alavancar a inovação no setor?

Inovar não é mais um diferencial do mercado, mas algo essencial para garantir a sobrevivência e prosperidade no segmento atuado – o que torna os incentivos fiscais para a inovação no país aliados estratégicos para um maior fomento nesse sentido. No setor industrial, o qual representa um grande peso para a economia brasileira, investir nesses recursos será de extrema importância para alavancar seu desempenho, principalmente, no caso da Lei do Bem.

Diante de um mercado cada vez mais automatizado e conectado, já está mais do que comprovado a relevância da inovação para assegurar a continuidade das operações, contribuindo também para seu destaque competitivo frente dos empreendimentos internacionais. E, para impulsioná-la internamente, existe uma extensa gama de tecnologias robustas que vêm sendo fortemente investidas pelos negócios, tais como a inteligência artificial, Big Data, blockchain, BI e Internet das Coisas (IoT).

No caso específico do setor industrial, investir nessas tecnologias e acompanhar demais tendências que despontam no mercado é, certamente, algo importante para que tenham em mãos recursos robustos que permitam a otimização, automação e maior produtividade de suas operações, favorecendo a redução de custos e maior retorno sobre o investimento (ROI). Em conjunto a isso, os mecanismos de fomento à inovação também vêm ganhando maior destaque e conhecimento como ferramentas economicamente valiosas a fim de viabilizar investimentos constantes nesse sentido.

Apenas em 2024, como prova dessa relevância e maior procura, o financiamento para a inovação na indústria atingiu seu recorde histórico de R$ 34 bilhões, total equivalente aos recursos aprovados pelo BNDES, FINEP e Embrapii no contexto da Nova Indústria Brasil (NIB). Quanto maior for este apoio, maior será a aderência a outros mecanismos também benéficos para financiar as atividades deste setor, como pode ser permitido através da Lei do Bem – a qual, que, desde 2005, vem oferecendo incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (PD&I).

Com essa Lei, as empresas conseguem restituir impostos do ano anterior através da comprovação do respectivo investimento, caso atendam alguns requisitos para gerar inovações. Na prática, ao restituir parte dessas quantias direcionadas ao processo, as companhias conseguem maximizar seus investimentos neste projeto e nas ações futuras de inovação no negócio, tendo verbas para buscar estratégias cada vez melhores para seu desempenho e destaque.

Portanto, a adoção de inovações por parte das empresas, além de melhorar sua eficiência e eficácia, também ajuda na gestão financeira, uma vez que passam a ter a oportunidade de restituir valores significativos por causa da inovação, cujo budget adicional pode ser utilizado para gerar mais inovação, fazendo com que, a cada ano, melhorem seus resultados e se tornem cada vez mais competitivas no mercado nacional e internacional.

Àquelas que desejarem recorrer a este incentivo, poderão buscar por agências e entidades de fomento que ofereçam subsídios, bolsas de pesquisa e financiamentos para projetos de pesquisa e desenvolvimento que se enquadrem nos critérios da Lei do Bem. Considerar, também, investidores-anjo, venture capitalists e fundos de private equity é algo vantajoso, uma vez que são fontes importantes de capital para startups e empresas inovadoras – além desses investidores, frequentemente, oferecerem mentoria e rede de contatos.

Muitos estados e municípios também oferecem programas específicos para estimular a inovação, junto a agências de desenvolvimento regional e secretarias de ciência e tecnologia que costumam lançar editais e linhas de crédito específicas para esse sentido. Todos esses caminhos podem contribuir para que as empresas do setor consigam usufruir dos benefícios da Lei do Bem e adquirir uma melhor gestão financeira para reinvestir em ações estratégicas para seu crescimento.

E, para garantir a máxima assertividade nisso, é de extrema importância também considerar a orientação de uma consultoria de inovação, com um time capacitado que se mantenha atualizado às tendências da área e direcione a empresa no melhor caminho para transformar ideias inovadoras em geração de valor. A soma desses cuidados, certamente, transformará a indústria em uma referência inovadora, obtendo incentivos fiscais estratégicos para fomentar, constantemente, suas operações perante um desempenho e produtividade cada vez maiores e melhores.



Alexandre Pierro - mestre em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.


ISO de inovação
www.isodeinovacao.com.br


Acidentes em condomínios: Prevenção e segurança podem evitar tragédias

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Incidentes recentes evidenciam a importância da fiscalização, manutenção preventiva e conscientização condôminos, ressalta AABIC


No início de março, uma garota de 12 anos morreu após sofrer um choque elétrico enquanto brincava de esconde-esconde em um condomínio na região de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. De acordo com informações da Polícia Militar, a menina brincava com outras crianças quando entrou na casa de máquinas da piscina e teve contato com fios desencapados.

Também em março, dois trabalhadores morreram depois de caírem de uma plataforma do 7º andar de um condomínio residencial, durante a manutenção do túnel de um elevador. A Polícia Civil investiga se eles utilizavam equipamentos de proteção individual (EPIs).

Episódios como esses evidenciam a importância de reforçar as medidas de segurança em unidades condominiais. A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) — entidade que reúne as principais administradoras de condomínios do país, responsáveis por 53% dos condomínios na Grande São Paulo, totalizando 1,1 milhão de unidades e cinco milhões de moradores — reforça algumas diretrizes fundamentais para a segurança nesses ambientes e alerta para a necessidade de fiscalização rigorosa, manutenções preventivas e conscientização de moradores e funcionários, a fim de evitar novas tragédias.

“Infelizmente, acidentes como esses poderiam ter sido evitados com medidas básicas de segurança. É essencial que os condomínios reforcem protocolos para evitar acessos indevidos a áreas perigosas e garantam que todas as manutenções sejam realizadas por profissionais devidamente equipados e capacitados”, afirma o diretor de marketing da AABIC, Bernardo Abdalla.

Pensando nisso, a entidade elaborou um conjunto de diretrizes para tornar os condomínios mais seguros e prevenidos contra acidentes. São elas:



Uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

• Equipar todos os funcionários: Garanta que todos os colaboradores estejam devidamente equipados com EPIs, incluindo capacetes, luvas e calçados apropriados. Realize treinamentos periódicos para ensinar o uso correto e reforçar a importância desses equipamentos para a segurança no trabalho.

• Contratar apenas empresas regularizadas: Antes de autorizar qualquer serviço no condomínio, verifique se a empresa contratada está devidamente registrada e segue as normas de segurança do trabalho.

• Manter as manutenções em dia: Elevadores e outros equipamentos do condomínio devem passar por inspeções periódicas para evitar riscos estruturais.

• Criar políticas e supervisão: Estabeleça regras claras sobre o uso de EPIs e mantenha uma supervisão contínua para garantir seu cumprimento. A segurança deve ser uma prioridade diária.

Segurança em áreas restritas, como casas de máquinas

• Acesso controlado: Áreas perigosas, como casas de máquinas, devem ser acessíveis apenas a pessoas autorizadas e devidamente treinadas. Utilize trancas seguras e implemente um sistema de monitoramento de acesso.

• Educação e sinalização: Conscientize os moradores sobre os riscos dessas áreas por meio de avisos visíveis e informativos.

• Orientação para pais e responsáveis: Realize campanhas educativas para alertar os condôminos sobre a importância da supervisão das crianças.

• Instalação de câmeras de segurança: O monitoramento eletrônico pode ajudar na fiscalização de áreas de risco e na prevenção de invasões.

• Envolvimento dos funcionários: Treine porteiros e zeladores para identificar situações de risco e agir rapidamente.

Inspeção e manutenção de estruturas recreativas

• Implementação de inspeções regulares: Desenvolva um cronograma de inspeções frequentes para garantir que playgrounds, brinquedos e outras estruturas recreativas estejam seguras para uso. Conserte imediatamente quaisquer estruturas soltas ou desgastadas.

• Uso de materiais de qualidade: Certifique-se de que todos os materiais utilizados na construção e manutenção sejam de alta qualidade e adequados para uso contínuo.

• Contratação de empresas especializadas: Priorize empresas com reputação comprovada na manutenção de estruturas recreativas. Elas devem oferecer garantias de qualidade nos serviços prestados.


Treinamento e conscientização comunitária

• Reuniões educativas regulares: Organize encontros para moradores e funcionários, abordando práticas de segurança e a importância de respeitar áreas identificadas como perigosas.

• Comunicação efetiva: Encaminhe regularmente dicas de segurança e medidas preventivas para manter todos informados.

• Manutenção de kits de primeiros socorros: Tenha kits de primeiros socorros sempre acessíveis e certifique-se de que estão regularmente abastecidos e prontos para uso em emergências.

“Ao adotar essas práticas, o condomínio estará mais preparado para prevenir acidentes e garantir um ambiente seguro e saudável para todos. A segurança em condomínios deve ser tratada como prioridade absoluta. Pequenas ações preventivas podem evitar grandes tragédias e garantir um ambiente mais seguro para todos. A responsabilidade é de todos e a conscientização é o primeiro passo para uma prevenção eficaz”, reforça.


AABIC - Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo


Networking para C-Level: o que garante a empregabilidade?

Assumir um cargo C-Level exige muita dedicação, empenho e performance, dada a relevância desse posto para a prosperidade corporativa. Diante de uma recolocação destes executivos no mercado, esse processo pode se tornar algo complexo, especialmente pela menor quantidade de vagas disponíveis se comparado a outras posições. Para garantir sua empregabilidade, o networking pode ser um dos maiores facilitadores de inserção a essas posições – algo que, se usufruído com inteligência, pode abrir muitas portas profissionais.

Há uma compreensão clara pelo mercado acerca da importância de se construir uma boa rede de relacionamentos profissionais a fim não apenas de se manterem próximos a pessoas relevantes da área, como também de se manterem antenados às exigências e demandas de seus setores, assim como as oportunidades que estão sendo exploradas e melhores caminhos que podem ser seguidos.

Nas contratações, essa cadeia de relacionamentos é um dos vetores mais fortes para executivos em uma potencial recolocação – muitas vezes, mais vantajosa do que buscando por vagas em plataformas online. Segundo uma pesquisa do The Adler Group, em parceria com o LinkedIn, como prova disso, 85% das vagas de emprego são preenchidas principalmente graças ao networking. Mas, de que forma esses executivos podem investir tempo para a construção dessas redes, de forma qualitativa?

Nem todas as áreas trarão uma grande quantidade de eventos e encontros que sejam ‘fáceis’ de participar. Se analisarmos o segmento financeiro, como exemplo, o que mais vemos são fóruns e atividades voltados aos profissionais do ramo, realizando uma série de iniciativas altamente favoráveis para estreitar esses relacionamentos. Já em outros setores, a mesma amplitude não é tão vista, o que torna mais complexo identificar essas oportunidades e participar delas, fazendo com que o mercado reconheça, enxergue e valorize um executivo – enquanto este mantém suas entregas na empresa atual.

Conciliar essa dinâmica e investir tempo, de forma correta e com qualidade, aos encontros mais assertivos, é um verdadeiro desafio para os C-Levels, ao mesmo tempo em que se mostra crucial para que se mantenham visíveis ao mercado, mesmo que sem uma intenção imediata de mudarem de emprego. Por isso, além de precisarem dedicar tempo buscando os fóruns e eventos mais relevantes de seu setor, se aproximar de headhunters é uma estratégia importante de ser investida.

Estejam abertos a conversarem sobre seu momento de carreira com esses recrutadores, conhecendo as oportunidades abertas do mercado e se há alguma vaga que possa se encaixar melhor em suas ambições profissionais. Mesmo que não queira prospectar algo novo, investir algumas horas nesse relacionamento pode ser extremamente vantajoso em um cenário mais favorável para suas metas de carreira. Afinal, como um headhunter irá considerar um executivo com o qual não chegou a conversar nem conhece seu perfil e desejos profissionais?

Um networking ativo pode ser a chave mestra para a abertura de portas melhores na carreira, capaz de contribuir para uma análise aprofundada do cenário mercadológico, o que estão oferecendo e de que forma cada executivo pode percorrer sua trajetória. Mas, também é importante relembrar que essa não é a única ferramenta única para empregabilidade.

O que garante uma contratação assertiva é um combo entre experiência, conhecimento, reputação e, claro, a rede de contato. Este conjunto de ações, quando construído desde cedo em sua trajetória profissional, é o que reforçará a recolocação dos executivos diante da pouca abundância de vagas no mercado, se mantendo em destaque perante recrutadores para o match ideal entre a empresa e seu futuro C-Level. 



Fernando Poziomczyk - sócio da Wide Executive Search, boutique de recrutamento executivo focado em posições de alta e média gestão.


Wide
https://wide.works/


INSS nega benefícios injustamente e prejudica milhares de segurados

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou recentemente que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adote medidas para aprimorar a análise dos pedidos de benefícios previdenciários. A decisão ocorre após auditoria do programa de Supervisão Técnica de Benefícios (Supertec), que identificou uma elevada taxa de indeferimentos indevidos nos anos de 2023 e 2024. 

Em 2023, o INSS concedeu cerca de 5,964 milhões de benefícios. Considerando que mensalmente são recebidos entre 1,2 milhão e 1,4 milhão de pedidos, estima-se que, ao longo do ano, tenham sido feitas entre 14,4 milhões e 16,8 milhões de solicitações. Com uma taxa de 13,2% de indeferimentos manuais incorretos, isso representa entre 1,9 milhão e 2,2 milhões de benefícios negados manualmente, sendo que cerca de 250 mil a 290 mil foram recusados sem justificativa válida. 

Já em 2024, a projeção indica que aproximadamente 16,8 milhões de solicitações foram feitas até março de 2025. Destes, 10,94% dos pedidos negados automaticamente também apresentaram erros. 

Considerando que metade dos processos são automatizados, isso significa que cerca de 920 mil benefícios foram indeferidos automaticamente, com aproximadamente 100 mil recusas indevidas. 

Vale destacar que o relatório do TCU destaca que uma das principais causas do problema está na forma como a produtividade dos servidores do INSS é avaliada. Atualmente, o desempenho é medido com base no volume de processos analisados, sem considerar a qualidade e correção das decisões. O ministro relator do caso, Aroldo Cedraz, afirmou que esse modelo pode incentivar os servidores a indeferirem pedidos rapidamente, sem uma análise detalhada. 

Outro problema identificado é a falta de comunicação eficiente com os segurados. Muitos indeferimentos são feitos sem explicação clara, dificultando a compreensão dos beneficiários e tornando os recursos administrativos mais complexos. Além disso, o relatório aponta deficiências no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que podem resultar em indeferimentos indevidos devido a dados desatualizados ou inconsistentes. 

Para corrigir essas falhas e melhorar a análise dos benefícios, o TCU determinou que o INSS implemente mudanças estruturais como, por exemplo: Mecanismos proativos para identificar e corrigir falhas antes do indeferimento dos pedidos; Verificações automáticas mais rigorosas para reduzir erros no processamento dos benefícios; Uso de inteligência artificial para corrigir pequenos erros nos requerimentos, evitando negativas desnecessárias; Avaliação da qualidade das análises para garantir maior precisão nas decisões e; Treinamento dos servidores para aprimorar a análise dos documentos e a comunicação com os segurados. 

Além disso, o presidente do TCU, Vital do Rêgo Filho, anunciou a realização de uma nova auditoria de conformidade no INSS, não apenas para identificar indeferimentos indevidos, mas também para investigar benefícios concedidos erroneamente. O ministro questionou quantos segurados podem ter sido prejudicados por falhas no sistema, reforçando a necessidade de melhorias urgentes. 

Importante destacar que para minimizar o risco de ter um benefício negado injustamente, os segurados devem ficar atentos a alguns pontos: Erros no CNIS, como períodos de contribuição não registrados corretamente; Indeferimentos sem explicação clara, dificultando a contestação da decisão e; Problemas na análise documental, resultando em negativas por falta de documentos. 

Caso o benefício seja negado, é recomendável entrar com um recurso administrativo no INSS dentro do prazo estabelecido. Se necessário, o segurado pode ingressar com um pedido jurídico, com o apoio de um advogado especializado, para contestar a decisão. 

As medidas determinadas pelo TCU visam tornar o processo de concessão de benefícios mais eficiente e transparente, garantindo que os segurados tenham seus direitos reconhecidos de forma justa e sem prejuízos indevidos.

 


Simone Lopes - advogada especialista em Direito Previdenciário e sócia do escritório Lopes Maldonado Advogados



Dia da Mentira: conheça os mitos sobre a Super Bonder

Divulgação
No 1º de abril, descubra o que é fato ou ficção da cola instantânea


O 1º de abril é conhecido mundialmente como o Dia da Mentira, uma excelente oportunidade para desmistificar algumas crenças populares sobre a Super Bonder, a cola instantânea da Henkel, líder de categoria. 

Com 50 anos de tradição e presença nos lares brasileiros, Super Bonder é uma marca que se mantém alinhada às tendências de consumo, com um portfólio que oferece soluções inovadoras para reparos do dia a dia, além de atender profissionais, artesãos e adeptos do Faça Você Mesmo. 

Confira abaixo o que é mito quando o assunto é colagem eficiente e segura:
 

É necessário armazenar a cola instantânea na geladeira para melhor conservação? 

Mito: Embora temperaturas baixas possam ajudar na conservação de produtos, no caso de colas instantâneas, a durabilidade depende principalmente das condições de uso e armazenamento correto. O ideal é manter a embalagem em local seco, fresco e longe de calor e umidade, de preferência na posição vertical. Caso seja armazenada na geladeira, é essencial mantê-la longe de alimentos e devidamente identificada.

 

As colas instantâneas podem ser usadas para tratamento odontológico, uso estético ou em outras partes do corpo? 

Mito: As colas instantâneas não foram desenvolvidas para uso odontológico, estético ou para aplicação em qualquer parte do corpo como dentes, cílios ou unhas. O produto não foi desenvolvido para essa finalidade e o uso incorreto pode causar danos à saúde.

 

Aplicar mais gotas da cola aumenta a fixação? 

Mito: A fixação da cola instantânea aos materiais é obtida com poucas gotas, variando a quantidade de acordo com o material e a extensão de cada superfície. A aplicação do produto em excesso pode prolongar o tempo de secagem e dificultar o posicionamento e a colagem correta das peças.

 

A Super Bonder cola tudo? 

Mito: Apesar da versatilidade, Super Bonder tem melhor aderência em superfícies porosas ou levemente ásperas, como madeira, cerâmica e alguns tipos de plástico. Materiais como silicone, polietileno e polipropileno podem exigir um primer específico para uma colagem eficiente.

 

Se colar os dedos, é necessário ir ao médico? 

Mito: O contato acidental da cola com a pele pode ser resolvido com água morna e sabão, acetona ou, naturalmente, com o tempo, devido à oleosidade natural da pele. No entanto, para quem busca praticidade e eficiência, Super Bonder também possui o produto Descola Tudo, uma solução ideal que age rapidamente na remoção de excessos de colas instantâneas, resíduos de fitas adesivas e etiquetas, e pode ser uma alternativa útil também em casos de acidentes domésticos.

 

Super Bonder pode vedar vazamentos em encanamentos? 

Mito: Apesar do alto poder de fixação, a Super Bonder não é recomendada para vedação de vazamentos, pois não possui a flexibilidade e resistência à pressão da água. Para esses casos, recomenda-se o uso de selantes específicos.

 

Super Bonder é um produto prático e eficiente para uma variedade de reparos. É fundamental utilizá-la com atenção e segurança. Ao manusear a cola, sempre siga as instruções de uso na embalagem.

 


Henkel
Mais informações no site.


70% das mulheres na maturidade estão em transição de carreira, diz pesquisa

O número de mulheres maduras em busca de novas oportunidades profissionais tem crescido consideravelmente, e a grande maioria está voltada para abrir o próprio negócio.


A transição de carreira tem se consolidado como um tema central na vida das mulheres maduras, que buscam mais realização profissional e um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e trabalho. De acordo com uma pesquisa da Maturi, plataforma focada no mercado de trabalho 50+, 70% das mulheres acima de 50 anos estão em processo de transição de carreira. Esse movimento é impulsionado por fatores como o desejo de mudança, o interesse em empreender ou a necessidade de se adaptar a um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e exigente.

Embora seja um processo longo e desafiador, a transição de carreira exige planejamento estratégico e perseverança. As mulheres maduras enfrentam obstáculos como a insegurança em relação ao novo, a necessidade de requalificação profissional e o desafio de equilibrar múltiplas responsabilidades pessoais e profissionais.

Para Carla Romualdo, analista comportamental e proprietária da Browbar, o sucesso dessa transição está diretamente ligado ao autoconhecimento e a um planejamento bem estruturado. "Entender o que realmente motiva essa mudança e ter um plano claro são essenciais para evitar decisões impulsivas, que podem resultar em frustração. A reinvenção profissional é um processo demorado e exige uma revisão profunda de valores, objetivos e até da própria visão sobre o trabalho", afirma Carla.

Ela também destaca a importância de estar atualizada com as tendências do mercado. "O aprendizado contínuo é fundamental para se adaptar às exigências do mercado. Participar de cursos, workshops e mentorias pode expandir as possibilidades profissionais e enriquecer o repertório de conhecimento", explica.

Com o suporte adequado e um bom planejamento, a transição de carreira se transforma em uma oportunidade única para muitas mulheres. Não só para melhorar suas condições profissionais, mas também para alcançar um maior equilíbrio e satisfação pessoal. Embora desafiador, esse processo abre portas para novas possibilidades e promove um crescimento significativo em várias áreas da vida.


BOLETIM DAS RODOVIAS

Anhanguera apresenta pontos de lentidão na chegada à capital nesta manhã

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta terça-feira (01).

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - A Rodovia Anchieta (SP-150) tráfego lento do km 13 ao km 10 e do km 22 ao km 16. No sentido litoral, o tráfego é normal. Já a Rodovia dos Imigrantes (SP-160) tem tráfego normal, sentido litoral e lento, sentido capital, do km 18 ao km 16.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) registra pontos de lentidão no sentido capital do km 14 ao km 11+360, do km 24 ao km 21, do km 62 ao km 60 e do km 109 ao km 104, sentido interior, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), o tráfego é normal, em ambos os sentidos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Há lentidão do km 24 ao km 17 no sentido capital, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


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