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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Ceia de Natal dos brasileiros será quase 10% mais cara neste ano, calcula FecomercioSP

 Itens como batata, azeite e a arroz puxam inflação do jantar natalino — que, em São Paulo, será 12% mais salgado do que no ano passado

 

A ceia de Natal dos brasileiros será mais salgada neste ano. Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas informações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), do IBGE, mostra que as inflações de itens como batata, azeite, arroz e alho, ao longo de 2024, são as maiores responsáveis pelo encarecimento de 9,54%, em comparação com o fim do ano passado, da cesta de alimentos que integra o jantar natalino. É uma taxa acima até mesmo da inflação geral do País, que, no acumulado dos últimos 12 meses até novembro, ficou em 4,77%. 

A orientação da Federação aos consumidores é tentar fazer as compras nos dias de promoções, uma estratégia comum dos estabelecimentos nesta época do ano. Itens de hortifrúti ou de açougue, por exemplo, entram nessa possibilidade. Outra dica é aproveitar ofertas disponíveis em aplicativos, principalmente sobre não perecíveis. Além dos descontos, ainda há uma economia relativa de deslocamento. Uma terceira forma de economizar é fazer os pagamentos das compras pelo PIX, modalidade que ainda permite barganhar alguns preços ou pedir descontos.

 

BATATA SALGADA


A batata-inglesa será, de longe, o item mais caro da ceia de Natal dos brasileiros, uma vez que subiu 30,82% em um ano, segundo levantamento da FecomercioSP [tabela 1]. Na sequência, o preço do azeite de oliva — fundamental para boa parte das receitas dessa época — ficou 28,58% maior. Como a Entidade já apontou em outras pesquisas, essa elevação se explica, sobretudo, por fenômenos naturais envolvendo as plantações de azeitona. Outros “vilões” da cesta são o leite (alta de 21,78%), o arroz (19,58%) e o alho (19,48%).  

O levantamento não inclui a variação de dois itens essenciais no jantar do dia 24: o tender e o peru, pois não são mensurados individualmente pelo IBGE. No entanto, é possível se basear no preço das carnes em geral, que subiu 11,44% em um ano, para medir a inflação de ambos. Isso fica ainda mais evidente notando que os pescados tiveram uma elevação de preços bem mais sutil, de apenas 1,32%.

 

[TABELA 1]

VARIAÇÃO DOS PREÇOS DE ITENS DA CEIA DE NATAL — BRASIL (2023–2024)

Fonte: IBGE/FecomercioSP


 Os dados ainda destacam que, embora em menor quantidade, alguns produtos ficaram mais baratos nesse ínterim, como a cenoura (-26,08%), o tomate (-25,15%) e a cebola (-6,66%). Segundo a FecomercioSP, embora não revertam os custos mais altos da ceia, são produtos que podem ser aproveitados pelos consumidores. 

 

CEIA PAULISTANA MAIS SALGADA


Se a ceia brasileira de Natal será cara, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) será ainda mais salgada. Os dados compilados pela Entidade demonstram que, analisando o mesmo conjunto de itens apenas para a região, essa elevação será de 12,05% [tabela 2].

 

[TABELA 2]

VARIAÇÃO DOS PREÇOS DE ITENS DA CEIA DE NATAL — RMSP (2023–2024)

Fonte: FecomercioSP

Os produtos mais caros se repetem: batata-inglesa (34,07%), azeite de oliva (26,76%) e leite (25,77%) registraram altas substanciais durante o ano na RMSP. Ainda assim, o açúcar caiu na região (-2,24%), enquanto subiu timidamente no resto do País.  

Além das orientações já apontadas, a FecomercioSP ainda indica uma quarta possibilidade aos consumidores: antecipar as compras, porque o consumo desses itens se aquece à medida que as festas de fim de ano se aproximam — e, por isso, os produtos vão ficando mais raros (e caros) nas gôndolas. Quem tiver a oportunidade de ir ao supermercado agora, principalmente no caso de alimentos não perecíveis, pode encontrar bons negócios.

 


FecomercioSP
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Depreciação acelerada: como ela reduz o pagamento de impostos das empresas?

Todo empreendedor busca meios legais que os permitam reduzir sua carga tributária e otimizar seu planejamento. Por mais que a complexidade da legislação brasileira dificulte muitas vezes esse objetivo, uma nova lei, sancionada em maio deste ano, vem se mostrando altamente benéfica neste sentido, podendo, ainda, gerar impactos cada vez maiores, no tratamento contábil e tributário para empresas que investem em máquinas, equipamentos e ativos fixos. Estamos falando da depreciação acelerada.

Sancionada em 28 de maio de 2024, a aprovação da Lei nº 14.871 trouxe uma oportunidade estratégica tanto para empresários quanto para contadores na otimização do planejamento tributário e na gestão de ativos imobilizados. Isso porque, este mecanismo permite à empresa deduzir, mais rapidamente, o valor de determinados bens adquiridos, como ativos imobilizados.

Válido para empresas operantes do Lucro Real, a ideia da depreciação acelerada é incentivar investimentos em setores estratégicos, reduzindo a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Conforme era previsto anteriormente, o investimento em uma máquina com vida útil de 10 anos era deduzido do lucro real da empresa durante esses 10 anos. Dessa forma, na prática, a cada ano, 10% do valor pago era abatido da base de cálculo IRPJ e da CSLL. Agora, com a depreciação acelerada, Lei nº 14.871/24, esta dedução poderá ser de até 50% do valor do bem no ano em que ele é instalado ou posto em operação; permitindo, também, deduzir os outros 50% no ano subsequente.

Caso reste saldo não depreciado, ele poderá ser abatido nos anos seguintes, conforme as regras tradicionais de depreciação. E, segundo a legislação, esta dedução será aplicável aos empreendimentos que adquirirem máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, destinados ao ativo imobilizado e empregados em atividades econômicas específicas. Ou seja, que estejam diretamente vinculados à produção ou comercialização de bens e serviços da empresa.

Além de reduzir o custo financeiro destes equipamentos, esta lei contribuirá para que as empresas tenham um melhor fluxo de caixa, promovendo uma maior competitividade da indústria nacional ao priorizar bens produzidos no Brasil e incentivar práticas mais sustentáveis.

Essa é uma ferramenta poderosa para impulsionar a modernização das empresas, incentivar investimentos em setores estratégicos e fortalecer a economia nacional. Para contadores, também é uma oportunidade de demonstrar valor estratégico ao orientar empresários na correta aplicação do benefício e no cumprimento das exigências legais.

Algumas regras, contudo, precisam ser atentadas. Os bens adquiridos devem ser incorporados ao ativo imobilizado entre a data de publicação do decreto regulamentador e 31 de dezembro de 2025. Para o benefício aplicável a navios-tanque, o limite de renúncia fiscal é de R$ 1,6 bilhão entre 2027 e 2031.

O diálogo próximo entre contadores e empresários será essencial para maximizar os benefícios e garantir a conformidade com a legislação. Mas, para adquirir esses benefícios, é necessário aproveitar essa oportunidade para revisar os planos de investimento do negócio, explorando o impacto positivo dessa mudança no desempenho financeiro e na competitividade de cada empreendimento.

Pode parecer mais uma norma e burocracia a ser seguida, porém, entrar em compliance com as regras da depreciação acelerada será um tremendo diferencial competitivo através da redução significativa do lucro tributável das empresas, resultando em menor pagamento de IRPJ e CSLL. Com essa redução utilizada favoravelmente no planejamento estratégico corporativo, resultados enormes podem ser adquiridos para a saúde financeira e crescimento próspero das empresas.

 



Jessica Becalette - coordenadora contábil na ECOVIS® BSP.

Juliana Brunello - especialista em diretos na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Dezembro Verde: Elanco reforça a importância da adoção responsável

Conheça os pontos de atenção - e também os benefícios - da adoção de um pet. Empresa lidera o Movimento Adoção de Responsa desde 2021 e lançou o "tinder" dos dogs no ano passado.

 

Dezembro é o mês das festas e, infelizmente, também um dos períodos de mais alta incidência de abandono de animais de estimação. Visando coibir no Estado a atividade que é considerada crime federal desde 1998, a Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – instituiu, em 2021 a campanha "Dezembro Verde" - Não ao Abandono de Animais no Estado de São Paulo, que rapidamente se difundiu por outras regiões.

Segundo a Elanco Saúde Animal, empresa referência no desenvolvimento de soluções para a saúde e o bem-estar de animais de produção e de estimação, que lidera o Movimento Adoção de Responsa desde 2021, a adoção responsável é aquela que garante o bem-estar animal não termina em maus tratos ou abandono. “Feriados, férias e mudanças na rotina contribuem para o aumento dos casos de abandono de cães nesta época. Muitas vezes, famílias que adotaram animais de forma impulsiva percebem, mais tarde, que não têm condições de cuidar deles e, infelizmente, abandonam”, afirma Roberta Paiva, gerente de marketing de Pet Health da Elanco.

Visando diminuir a incidência de adoções mal sucedidas, a companhia lançou, em dezembro do ano passado, o aplicativo Cãobinado, uma espécie de “tinder” que aproxima potenciais tutores e tutoras de cães que estão em abrigos e ONGs. Mas para que o “match” ocorra, é preciso muito mais do que simplesmente achar o cãozinho fofo. Segundo Roberta, a ONG faz um cadastro minucioso sobre as características do animal. Do outro lado, o potencial adotante preenche um questionário sobre sua rotina e perfil: “o aplicativo cruza as informações e traça um percentual de ‘match’ entre os potenciais tutores e os cães cadastrados na plataforma, demonstrando que a adoção vai além da análise das características físicas do animal”, explica.

Após essa etapa, o interessado ainda passará por uma triagem na ONG onde está o animal com o qual deu “match”. Para Roberta, o aplicativo é uma ferramenta que ajuda o tutor a avaliar sua própria rotina e interesses, tornando o ato de adotar uma escolha mais consciente, e, portanto, menos impulsiva. A executiva enumera alguns pontos de atenção para futuros adotantes:

  1. Compromisso a longo prazo: cães podem viver mais de 10 anos e demandam atenção, cuidados veterinários e recursos financeiros. Por isso, avalie se você dispõe desses recursos para atender às demandas do seu aumigo.
  2. Espaço e tempo: é importante avaliar se o lar é adequado ao porte e às necessidades do animal. Isso não quer dizer que quem mora em apartamento não possa adotar; é preciso apenas conciliar as características do espaço com o perfil do cão. Há animais que são mais tranquilos e se adaptam bem a espaços menores, por exemplo. Ou ainda, o tutor tem disponibilidade para ajudar seu animal a gastar energia, saindo para passear com uma frequência maior, entre outras possibilidades.  “Por isso que reforçamos a necessidade de avaliar os perfis e não somente as características físicas”, relembra Roberta.
  3. Adaptação à rotina: animais exigem atenção diária, passeios e interação. Aqui vale lembrar que, por mais tranquilo que o animal seja, ele é um ser vivo, que demanda atenção, alimentação, interação, brincadeiras etc.
  4. Planejamento familiar: todos os membros da família – ou pessoas que convivem no mesmo lar - devem estar de acordo com a decisão de adotar e dispostos a participar dos cuidados.

Mas não só de responsabilidades vive um adotante. Adotar um animal é altamente benéfico para a saúde física e mental de seus tutores. Uma revisão de uma pesquisa global sobre adoção de animais e sua relação com a saúde e a sobrevivência humanas, intitulado Dog Ownership and Survival: A Systematic Review and Meta-Analysis1, publicado na “Circulation”, uma revista da Associação Americana do Coração, a posse de um cão foi associada a uma redução de 24% no risco de mortalidade por todas as causas em comparação com a não posse. Nas análises de estudos que avaliaram a mortalidade cardiovascular, especificamente, a posse de cães conferiu uma redução de 31% no risco de morte cardiovascular.

Ou seja, ao adotar - e cuidar de forma responsável, evidentemente, do seu doguinho – você viverá mais e melhor também. E então? Quer fazer uma adoção responsável? Baixe o app do Cãobinado na Apple Store ou no Google Play Store e leia mais sobre os benefícios e responsabilidades de uma adoção em https://meupet.elanco.com/br ou nas redes sociais @elancopetsbr (Instagram) e @elancobrasil (Linkedin).

 


1https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCOUTCOMES.119.005554



Redução de custos de baterias abre novos caminhos para a energia renovável no Brasil

A demanda por baterias de íon-lítio tem crescido de forma expressiva, impulsionada pela popularização da energia solar e pela necessidade crescente de sistemas de armazenamento, favorecida pela queda nos custos. Com a redução dos preços dessas baterias, sua aquisição se torna mais acessível tanto para o mercado residencial, empresarial e rural, acelerando a transição para um sistema energético mais sustentável e eficiente. Esse movimento contribui não apenas para a independência energética como para a redução de impactos ambientais e o fortalecimento de uma infraestrutura energética mais resiliente.

Nos últimos anos, o custo das baterias, especialmente as de íon-lítio, reduziu drasticamente. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) revelam que o preço dessas baterias no mercado internacional reduziu 85% entre 2010 e 2023. No Brasil, estima que o mercado de baterias de íon-lítio cresça entre 20% e 30% até 2030. A IEA também projeta que a capacidade global instalada de armazenamento em baterias ultrapasse 1 TW até o final da década, podendo chegar a quase 5 TW até 2050.


Atualmente, as soluções para armazenamento de energia têm se tornado mais acessíveis e significativa não apenas nos grandes centros urbanos e indústrias, mas também em áreas rurais, onde o agronegócio tem adotado inovações para melhorar a eficiência e a sustentabilidade de suas operações.


O armazenamento de energia, por meio de baterias, permite que agricultores e produtores rurais não só reduzem os custos com eletricidade, mas também aumenta a resiliência das operações agrícolas, permitindo que os produtores tenham acesso a energia mesmo em momentos de baixa oferta ou interrupções no fornecimento.

 

Demanda de eletricidade no Brasil: Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME), indicam que o consumo de energia no Brasil deverá crescer, em média, 2,1% ao ano até 2034.

No setor residencial, projeta-se um aumento médio de 3% ao ano ao longo da próxima década, alcançando 226 TWh em 2034, com uma previsão de 91 milhões de consumidores, que devem utilizar, em média, 202 kWh por mês.


No segmento industrial, o setor metalúrgico deverá registrar um crescimento anual de 2,3% entre 2024 e 2034, enquanto o setor de papel e celulose deve apresentar uma expansão média de 1,6% ao ano. Já o setor químico deverá se destacar com um aumento significativo de 5% ao ano.


O consumo de eletricidade nas atividades comerciais e de serviços deverá crescer, em média, 4,4% ao ano até 2034, atingindo 157 TWh. Para as demais categorias (rural, administração pública, serviços públicos e consumo próprio), a expectativa é de um crescimento médio de 4,3% ao ano.

 

Geração de eletricidade própria no país – A produção de eletricidade diretamente no local de consumo, sem o uso da rede elétrica, representa cerca de 12% do consumo total de energia no Brasil. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a expectativa é que essa autoprodução, que não é injetada na rede, cresça em média 2,4% ao ano, atingindo 91,8 TWh até 2034.


O balanço elaborado pela EPE revela que a geração de energia a partir de sistemas próprios alcançou 50.633 GWh em 2023, um aumento de 68,1% em relação ao ano anterior. Como uma fonte de energia limpa, o crescimento do setor fotovoltaico contribuiu para evitar a emissão de aproximadamente 45,5 milhões de toneladas de CO2 na produção de eletricidade, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).


Esse crescimento colocou o Brasil como responsável por 4% da oferta global de energia fotovoltaica em 2023, consolidando o país entre os maiores mercados do mundo. De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil encerrou o ano como o sexto maior produtor de energia solar, atrás apenas de China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia.


A energia solar fotovoltaica no Brasil, dividida entre geração distribuída e centralizada, continua atraindo significativos investimentos, com mais de R$ 202 bilhões aportados nos últimos anos para sustentar essa expansão. Esses resultados expressivos são fundamentais para manter o país entre os líderes globais em energia solar.

 

Benefícios do uso de baterias -As baterias garantem fornecimento contínuo durante quedas de energia da concessionária, minimizam cobranças extras por picos de consumo em ambientes industriais e comerciais com tensão ≥ 2,3 kV, e otimizam o uso de energia em horários de tarifas elevadas, aproveitando tarifas binômias e brancas. Além disso, maximizam o autoconsumo ao utilizar a geração local sem depender da conexão à rede.


“Com a queda dos custos das baterias e o avanço da energia solar, o Brasil se encontra diante de uma grande oportunidade de transformação do setor energético. A adoção dessas tecnologias pode melhorar a qualidade de vida da população, especialmente em regiões onde o fornecimento de energia enfrenta maiores desafios”, ressalta o diretor geral da Fox ESS no Brasil, Robson Meira.


Regiões como o Norte e o Nordeste do Brasil sofrem com grandes déficits no fornecimento elétrico, que é irregular e sujeito a interrupções frequentes. Em áreas remotas, como na Amazônia e no semiárido nordestino, o acesso à eletricidade é limitado, e os altos custos de geração e transmissão agravam ainda mais o problema. Nessas localidades, a combinação de baterias e sistemas solares apresenta uma solução eficiente e viável para melhorar a oferta de energia.


Alguns estados brasileiros têm adotado medidas para incentivar a instalação de energia solar, como a isenção de ICMS para equipamentos de geração fotovoltaica, descontos no IPTU e até redução do imposto de renda sobre a venda de imóveis que possuem sistemas de geração solar. No entanto, desde 2023, a chamada “taxação do sol” impôs novos custos sobre a energia excedente que é injetada na rede elétrica, criando desafios adicionais para o setor e afetando a atratividade econômica desses sistemas.

 

Cenário Fox ESS no Brasil – É uma empresa unicórnio avaliada em US$ 1,38 bilhão na Bolsa de Valores de Hong Kong e líder no setor de armazenamento de energia, está investindo aproximadamente R$ 1 milhão na expansão de seu centro de distribuição e reparos em Cotia (SP).


Em 2023, a Fox ESS faturou US$ 452 milhões globalmente, com uma previsão de crescimento para US$ 642 milhões este ano. No Brasil, a empresa faturou US$ 20 milhões em 2023 e a expectativa de crescimento para 2024 é de 20%. O agronegócio representou 35% do faturamento no Brasil em 2023, equivalente a US$ 7 milhões. Atualmente, o Grupo Tsingshan, uma força global com um faturamento anual de US$ 55 bilhões, é um dos acionistas proeminentes da Fox ESS e líder no setor de armazenamento de energia. Dentro deste conglomerado, destaca-se a REPT BATTERO, classificada como a terceira maior fornecedora mundial de baterias de lítio em 2023, de acordo com o ranking da Infolink.


Juntas, a Fox ESS e a REPT BATTERO possuem uma capacidade de produção anual de 120 GWh de baterias e células. Esse feito é complementado pela robusta capacidade de produção de inversores da Fox ESS, que atualmente atinge 10 GW por ano e está projetada para dobrar até o final de 2024, alcançando 20 GW. Além disso, a capacidade total de fabricação planejada é de 60 GW anuais, solidificando ainda mais sua posição como líder do setor.



Retrospectiva 2024: estatísticas e lições para usar no planejamento de marketing em 2025

Kantar Brasil reuniu dados das suas pesquisas que podem ajudar a refletir sobre o futuro das marcas brasileiras

 

O ano de 2024 trouxe diversos estudos que mostram a importância do trabalho de construção de marca para uma empresa. Um exemplo disso foi o lançamento do Blueprint for Brand Growth, da Kantar, empresa líder mundial em dados, insights e consultoria, uma análise de mais de 6,5 bilhões de pontos de dados globais de atitudes e hábitos de compras de consumidores da última década. 

O Blueprint é o resultado da colaboração entre os especialistas da Kantar, líderes do setor e do trabalho de análises avançadas, combinando os ativos únicos da base de Kantar BrandZ, que mede valor de marca, e Worldpanel, robusto painel de dados de compra e comportamento de compra de bens de consumo massivo de pessoas ao redor do mundo, ambos exclusivos da empresa. 

Entre outras coisas, essa análise comprovou que as marcas que são significativamente diferentes para mais pessoas têm hoje uma penetração de mercado 5 vezes maior e uma vantagem real no crescimento da penetração para os próximos dois anos. 

Inspirada por esse framework, a Kantar reuniu alguns dos principais dados divulgados pela empresa neste ano que podem ajudar o marketing das empresas a impulsionar o crescimento de uma marca. “O objetivo dessa retrospectiva é que os profissionais de marketing considerem os temas como parte do planejamento estratégico para sua jornada de crescimento de marca no próximo ano”, afirma Milton Souza, CEO da Kantar Insights Brasil.

 

Confira: 

1. US$ 82,80 bilhões: Esse foi o valor alcançado pelas 50 marcas brasileiras mais valiosas em 2024, com base nas percepções dos investidores e dos consumidores. Foi um crescimento de 4% nos últimos dois anos. Com 19 marcas aumentando o seu valor este ano, temos uma retomada de crescimento similar aos tempos pré-pandemia, com investimentos em novas campanhas, eventos e festivais, para garantir que se engajem com os consumidores.

 

2. Mais humor: Desde 2018, houve um aumento de 12% no uso de humor em campanhas publicitárias entre os vencedores do Kantar Creative Awards, premiação da Kantar que destaca as peças criativas mais eficientes em diferentes meios. 1,97 milhão de pessoas participaram de testes de anúncios em todo o mundo em 2023 para identificar as campanhas mais impactantes. Segundo a edição de 2024, pessoas adoram rir e é por isso que nossos anúncios vencedores, que os consumidores consideraram os mais criativos e eficazes, contêm um uso de humor acima da média.

 

3. Segundo o Brand Inclusion Index, 86% dos brasileiros pertencentes aos grupos sub-representados da comunidade LGBTQ+, mulheres, pessoas pretas e pardas e pessoas com deficiência, acreditam que as empresas das quais compram devem promover diversidade e inclusão. 88% dos entrevistados afirmam que diversidade e inclusão são importantes para eles, ainda que 54% deles tenham sofrido algum tipo de discriminação no último ano.

 

4. IA na publicidade: Segundo o Media Reactions, 68% dos consumidores brasileiros e 87% dos profissionais de marketing latino-americanos pensam positivo sobre a GenAI de forma mais ampla. Mas o mesmo sentimento ainda não se estende à publicidade gerada por IA. Embora a maioria dos profissionais de marketing (66% na América Latina) não se incomode com anúncios gerados por IA, os consumidores ainda não têm tanta certeza: 31% dos brasileiros dizem que se incomodam quando identificam um anúncio gerado por IA.

 

5. O segredo das marcas pioneiras: Para a premiação Outstanding Innovation Awards 2024, as marcas mais inovadoras geralmente são aquelas corajosas o suficiente para desafiar sua identidade e reavaliar o valor que fornecem. Quando reconsideram o que as tornam significativas e diferentes, as empresas, geralmente, descobrem oportunidades que não haviam reconhecido inicialmente. Para desbloquear essa mentalidade, as marcas precisam adotar uma abordagem “de dentro para fora” e “de fora para dentro”. A primeira envolve um exame detalhado do mercado atual, entendendo desafios e necessidades do consumidor e como eles estão sendo abordados. A segunda requer uma visão mais ampla das forças macro e tendências culturais que moldam o futuro.

 

7. Retratos positivos dos homens geram crescimento: O levantamento da Kantar “Connecting with men: How brands can decode modern masculinity” mostra que os anúncios que retratam homens em papéis positivos, dando bons exemplos para os outros, têm melhor desempenho do que aqueles que não o fazem: são 37 pontos percentuais mais altos quando se trata de construir valor de marca de longo prazo e 21 pontos percentuais mais altos para probabilidade de vendas de curto prazo. 

 

8. Sustentabilidade é uma oportunidade no Brasil:  Atualmente, 87% dos brasileiros dizem querer viver um estilo de vida mais sustentável e 56% dizem que pararam de adquirir produtos e serviços de empresas que não investem em sustentabilidade ou impactam o planeta. Até agora, a maioria dos profissionais de marketing não tiveram um desempenho satisfatório em fazer com que a sustentabilidade seja vista como algo significativamente diferente pelos consumidores. Apesar disso, nossa análise do Kantar BrandZ Global sugere que o marketing relacionado à sustentabilidade já contribui com R$ 1,1 trilhão para o valor das 100 maiores marcas do mundo.

 

Para acessar todos os estudos da Kantar, visite o site oficial.



Redes sociais definem comportamentos de consumo nos setores de personal e home care, aponta pesquisa

Levantamento indica que conteúdo online influencia valores de 55% dos consumidores, enquanto apenas 25% se deixam influenciar por anúncios

 

Uma pesquisa realizada pela Flora, indústria nacional de bens de consumo, revela que o ambiente on-line desempenha um papel fundamental na mudança de valores e comportamentos de consumo. Mais de 55% dos respondentes afirmaram que já aprenderam algo nas redes sociais que alterou suas percepções e posturas pré-estabelecidas. No entanto, o impacto na decisão de compra varia entre as gerações, uma vez que 42% dos consumidores com 43 ou mais anos acabam sendo menos influenciados diretamente por anúncios ou produtos promovidos por perfis que acompanham. 

Ainda que apenas 25% dos respondentes admitam ser diretamente influenciados por anúncios nas redes sociais, os resultados sugerem que o conteúdo orgânico tem maior relevância na jornada de compra, reforçando a preferência dos consumidores por recomendações genuínas e conteúdos que reflitam uma relação autêntica com as marcas. 

O estudo também mostrou que o impacto dos influenciadores e celebridades na decisão de compra pode variar de acordo com a geração. A Geração Z, por exemplo, é mais sensível ao comportamento dos perfis que seguem. Cerca de 66% dos jovens dessa geração declararam que já deixaram de seguir influenciadores ao discordar do posicionamento pessoal ou das marcas associadas a esses perfis. Esse comportamento reflete um maior comprometimento com os valores e princípios promovidos pelos influenciadores, demonstrando a relevância da autenticidade na construção de uma relação entre marca e consumidor. 

Essas são algumas das motivações para Kolene, marca da Flora especialista em cabelos com curvaturas há quase 50 anos, desenvolver relações com seu público por meio de iniciativas com influenciadoras. O Bonde Kolene é um projeto que traz influenciadoras e consumidoras reais para participarem ativamente do processo de teste e desenvolvimento das linhas de produtos da marca. esses perfis suas experiências, ajudando a identificar as necessidades específicas do público e contribuindo diretamente para a formulação de linhas que atendam às expectativas do consumidor.  

“Queremos criar laços que verdadeiramente reflitam as necessidades e desejos dos nossos consumidores, garantindo que nossos produtos atendam a essas expectativas e contribuam para o cuidado diário de forma acessível e eficiente. Essa interação direta entre a marca e seus consumidores reforça o compromisso da Flora em criar conexões autênticas e duradouras com seu público-alvo”, comenta Paula Machado, Gerente de Marketing de Kolene. 

Outro dado relevante é que 70% da Geração Z, e 60% dos millennials, já deixaram de comprar de uma marca por não concordarem com o posicionamento de influenciadores ou celebridades associadas a ela. Isso demonstra que, embora as gerações tenham comportamentos de compra distintos, há uma preocupação comum com o alinhamento de valores entre marcas e os perfis que as promovem. 


Washington, DC prepara um ano repleto de novidades culturais e celebrações históricas

A capital dos Estados Unidos terá uma programação intensa em 2025, com eventos inéditos, novas exposições e atrações 

 

Washington, DC está se preparando para um 2025 memorável, repleto de eventos marcantes, inaugurações e celebrações históricas que prometem atrair visitantes do mundo todo. A cidade, conhecida por seu rico cenário cultural e monumental, destacará eventos, estreias de exposições internacionais e até abertura de hotéis de luxo.  

Janeiro começa com a tradicional posse presidencial no Capitólio, que ocorrerá no dia 20, atraindo milhares de visitantes a Washington, DC. O público pode ver tudo em detalhes através dos telões espalhados pelo National Mall. A posse é seguida por uma série de eventos, incluindo o desfile inaugural pela Pennsylvania Avenue, do Capitólio dos EUA até a Casa Branca. É um momento em que Washington, DC realmente se torna o centro das atenções globais. 


O primeiro mês do ano também marca o início das visitações aos pandas gigantes, o macho, Bao Li, e a fêmea, Qing Bao, ambos de três anos, no Smithsonian National Zoo. Os adoráveis mamíferos são parte de um programa de conservação e pesquisa dedicado a garantir a preservação da espécie. 

Ainda em janeiro, o tão esperado Go-Go Museum & Cafe será inaugurado. Com dois andares, o espaço dedicado à celebração da música go-go e cultura nativa de DC, será localizado em uma área histórica de Anacostia, com exposições, interatividade, espaço para apresentações e muito mais. 

 

Para quem é apaixonado por beisebol, de março a setembro de 2025, Washington, DC celebrará os 20 anos do Washington Nationals, o time que conquistou o coração dos moradores locais. Uma série de atividades especiais, que incluem uma caça ao tesouro com QR Codes espalhados pela cidade, fará parte das celebrações. Os participantes terão a chance de ganhar prêmios únicos, como ingressos vitalícios para as temporadas, oferecendo uma experiência emocionante para fãs de todas as idades. Durante os jogos, o Nationals Park também apresentará uma programação especial, com surpresas e homenagens que celebram duas décadas de história esportiva na capital. 

 

Em maio, Washington, DC sediará o WorldPride, coincidindo com o 50º aniversário do Capital Pride, uma celebração que promete ser histórica. A cidade se prepara para receber 2 milhões de visitantes de todo o mundo com uma programação cultural diversificada que destaca a inclusão e a diversidade da capital americana. O National Mall será palco de grandes shows e desfiles, enquanto a Embassy Row abrigará eventos culturais e exibições de filmes internacionais que exploram as questões LGBTQIA+. Durante todo o mês, haverá conferências, exposições de arte, festas e encontros comunitários que reforçarão o compromisso de DC com a igualdade. Uma das grandes atrações do evento será o show da cantora Shakira, que ocorrerá no dia 31 de maio no Nationals Park como parte da programação oficial do evento. 

 

Em junho, entre 15 de junho e 13 de julho, os EUA será a casa do Mundial de Clubes da Fifa nos EUA, reunindo os 32 melhores times de clubes do mundo e Washington, DC sediará alguns dos jogos do campeonato, no Audi Field. Atlético-MG ou Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras serão os representantes brasileiros na competição. 



 

Exposições e inaugurações que prometem encantar 

 

Além dos eventos, o calendário cultural de Washington, DC contará com exposições de grande impacto. Em outubro de 2025, o National Gallery of Art receberá "The Stars We Do Not See", a maior exposição internacional de arte indígena australiana já realizada. A mostra incluirá mais de 200 obras que narram a história da arte indígena desde o final do século XIX até os dias atuais, destacando peças icônicas que nunca haviam sido expostas fora da Austrália. 

 

Novas opções de hospedagem 

 

O setor hoteleiro de Washington, DC também passará por uma renovação em 2025, com a abertura de novos hotéis que reforçam o luxo e o conforto na capital. Entre os destaques, está o CitizenM Georgetown, uma propriedade de 228 quartos localizada ao longo do Georgetown Waterfront, que promete uma experiência sofisticada em um prédio histórico renovado. Outros hotéis incluem o The James, no Dupont Circle, e o Tribute Portfolio Georgetown, que trará charme e exclusividade para os visitantes.  




Destination DC
washington.org


Novos modelos de remuneração e desafios para a classe médica

Opinião


A remuneração médica tem passado por transformações significativas, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento à saúde e controlar os custos. O modelo tradicional de remuneração, baseado em produtividade (fee-for-service), está sendo gradualmente substituído por modelos baseados em valor (Value-Based Healthcare – VBHC), que recompensam médicos pelos resultados de saúde alcançados, ao invés de remunerá-los por cada procedimento realizado. A intenção é promover maior eficiência e reduzir despesas, com foco em abordagens preventivas e no manejo de doenças crônicas.

O modelo fee-for-service foi amplamente adotado nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial e é baseado na realização de procedimentos. Porém, esse formato tem sido associado a distorções, como a realização de procedimentos desnecessários, desperdícios e aumento nos custos de saúde. No Brasil, com a implantação do SUS e a regulamentação da saúde suplementar, o modelo continuou a ser dominante, levando a distorções semelhantes às observadas em países mais desenvolvidos. Fatores como a desigualdade econômica e o baixo investimento em saúde acentuaram essas distorções.

Pesquisadores como Michael Porter, nos EUA, e Gregory Katz, na Europa, aprofundaram os estudos sobre modelos assistenciais e propuseram alternativas para melhorar a qualidade do atendimento, voltadas para resultados positivos para a saúde. O VBHC busca incentivar os médicos a focarem em eficiência e na saúde do paciente, com mecanismos como o pagamento por desempenho (Pay-for-Performance), que premia melhorias em indicadores de saúde, e as Accountable Care Organizations (ACOs), que promovem maior integração entre os prestadores.

No Brasil, algumas iniciativas já se alinham a esse modelo, como o Programa de Qualificação da Atenção Básica (PQAB) e o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que visam melhorar a qualidade dos serviços de atenção básica por meio de indicadores de desempenho. No entanto, à medida que o VBHC se expande, surgem distorções, como a seleção inadequada de indicadores e a dependência de tecnologias, que exigem investimentos de instituições já fragilizadas economicamente.

Para a classe médica, a mudança para o VBHC representa um grande desafio, mas também uma oportunidade de melhorar a qualidade do atendimento e aumentar a remuneração. Será necessário que os médicos se adaptem a uma cultura de accountability, em que a medição de resultados e a melhoria contínua façam parte do cotidiano profissional. A transição para modelos baseados em valor é uma tendência mundial e, ao liderá-la, os médicos poderão recuperar  seu protagonismo, além de melhorar os resultados de saúde e a remuneração.



Dr. Guilherme Napp - diretor Científico e Cultural da AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul


Referências:

1. Porter ME, Teisberg EO. Redefining Health Care: Creating Value-Based Competition on Results. Harvard Business School Press, 2006.

2. Centers for Medicare & Medicaid Services. (2020). Value-Based Payment Models.

3. American Medical Association. (2020). Value-Based Care: A Guide for Physicians.

4. Ministério da Saúde. (2020). Programa de Qualificação da Atenção Básica.

5. Organização Pan-Americana da Saúde. (2019). Value-Based Healthcare no Brasil.

6. Conselho Federal de Medicina. (2020). Remuneração Baseada em Valor: Desafios e Oportunidades.

 

Pesquisa aponta: profissionais brasileiros sofrem com sobrecarga

90% dos profissionais brasileiros relatam sentir-se sobrecarregados em suas atividades, de acordo com estudo 

 

Um novo levantamento divulgado pelo LinkedIn revelou um dado alarmante: 90% dos profissionais brasileiros relatam sentir-se sobrecarregados em suas atividades. A pesquisa, realizada com trabalhadores de diversas áreas, mostrou ainda que 87% dos entrevistados estão enfrentando pressão no ambiente corporativo, o que pode comprometer tanto a saúde mental quanto a produtividade. 

Para André Minucci, mentor de empresários e especialista em mentoria empresarial, esses números refletem um problema estrutural nas organizações brasileiras. “A sobrecarga é consequência de práticas que priorizam metas excessivas e ignoram a capacidade humana de absorver e processar demandas. Essa pressão contínua não só prejudica o colaborador, mas também gera impactos negativos nos resultados da empresa,” explica.

 

As causas da sobrecarga 

Entre os principais motivos apontados pelos entrevistados estão o aumento no volume de trabalho, prazos curtos e a falta de suporte adequado. A transformação digital, acelerada nos últimos anos, também desempenhou um papel significativo.  

Com a possibilidade de estar sempre conectado, muitos profissionais enfrentam a dificuldade de desconectar-se do trabalho, estendendo as jornadas para além do horário convencional. 

Além disso, o levantamento do LinkedIn revelou que gestores muitas vezes subestimam o impacto da sobrecarga no bem-estar do time. “Há uma cultura que associa estar ocupado a ser produtivo, mas isso é um equívoco. Funcionários sobrecarregados tendem a cometer mais erros, ter menos criatividade e, no longo prazo, aumentar os índices de turnover”, alerta Minucci.

 

Como lidar com a sobrecarga? 

O primeiro passo para combater esse cenário é reconhecer que a gestão do tempo e a saúde emocional dos profissionais são fundamentais para o sucesso das empresas. Minucci aponta algumas estratégias que podem ajudar:

1.   Definir prioridades claras: “muitas empresas têm dificuldade em diferenciar o que é urgente do que é importante. Ao estabelecer prioridades, é possível reduzir a ansiedade dos colaboradores e evitar que tudo pareça urgente.”

2.   Treinamento de lideranças: capacitar sua equipe com treinamento de liderança, pode ser um grande passo para identificar sinais de sobrecarga e trabalhar em estratégias de distribuição de tarefas. “O papel da liderança é criar um ambiente saudável, onde os profissionais se sintam valorizados e amparados,” comenta.

3.   Promover pausas e descanso: Incentivar momentos de desconexão, como intervalos regulares durante o expediente e férias respeitadas, pode melhorar a produtividade.

4.   Criar uma cultura de feedback: “ouvir os colaboradores é fundamental para entender suas dificuldades e implementar soluções que façam sentido,” afirma Minucci.

 

Impactos da sobrecarga 

Os efeitos da sobrecarga vão além da exaustão física e mental. Ela também aumenta os índices de doenças ocupacionais, como a síndrome de burnout, que já foi reconhecida como problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo Minucci, as empresas que não priorizarem o bem-estar dos seus funcionários terão dificuldades em reter talentos no futuro. “A nova geração de profissionais busca equilíbrio e propósito no trabalho. Negligenciar isso é caminhar para um cenário de alta rotatividade e baixa competitividade no mercado.”

 

O papel do profissional na mudança 

Por outro lado, os profissionais também podem adotar medidas individuais para lidar com a sobrecarga, como aprender a dizer “não” para tarefas excessivas, organizar melhor suas agendas e buscar o apoio de mentores ou especialistas.

 

“A saúde mental precisa ser tratada como prioridade, tanto pelo colaborador quanto pela empresa. Afinal, só é possível crescer profissionalmente quando há equilíbrio,” conclui André Minucci.

 

A pesquisa do LinkedIn escancara um desafio urgente, mas que pode ser superado com a construção de ambientes corporativos mais saudáveis e alinhados com as reais capacidades dos trabalhadores.

 


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