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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Permanece a pressão inflacionária no setor supermercadista devido à alta dos produtos semielaborados

 

Divulgação: APAS

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS em parceria com a Fipe, registrou inflação de 1,69% em novembro de 2024, após alta de 0,88% observada no mês anterior. O resultado de novembro marca a terceira alta seguida no indicador.

 

No acumulado do ano, o índice registra aumento de 5,23%, enquanto no acumulado de 12 meses, a alta alcançou a marca de 6,50%, maior patamar desde junho de 2023. Ao comparar o resultado de novembro com o mesmo período do ano anterior, constata-se aceleração no indicador, passando de 0,74% em novembro de 2023 para 1,69% em novembro deste ano, puxado, principalmente pela alta dos produtos semielaborados e bebidas alcoólicas. 

Entre as categorias que influenciaram no comportamento do índice em novembro, os produtos semielaborados lideraram a alta (4,24%), seguidos por bebidas alcoólicas (2,23%), industrializados (1,26%), produtos in natura (1,20%) e bebidas não alcoólicas (0,67%). 

Por outro lado, os artigos de higiene e beleza e artigos de limpeza apresentaram redução moderada de preços no último mês, com variação de -0,2% e -0,14%, respectivamente.

 

 

Os preços dos alimentos nos supermercados paulistas, como aponta o IPS, subiram principalmente devido às mudanças climáticas, que causaram estiagens e queimadas, especialmente no Sudeste do Brasil. As queimadas recentes têm destruído áreas agrícolas importantes, como as do Norte, Centro-Oeste e interior de São Paulo, prejudicando ainda mais as colheitas locais. Além disso, a intensificação de fenômenos climáticos extremos, como secas e chuvas fortes, também tem afetado a produção mundial de alimentos, incluindo café, vinhos e azeites. Por isso, o aumento de 1,69% no IPS em novembro exige atenção constante.

 

Semielaborados

Os produtos da categoria de semielaborados registraram inflação de 4,24% em novembro, após alta de 2,56% observada no mês imediatamente anterior. No acumulado do ano, o grupo atingiu 14,44%, enquanto no acumulado de 12 meses registrou inflação de 15,46%. 

Entre as subcategorias analisadas no mês, a carne bovina registrou inflação de 10,69%, seguido por carne suína (8,42%) e aves (5,02%). 

Por outro lado, as subcategorias de leite (-1,96%), pescados (-0,59%) e cereais (-0,12%) apresentaram deflação.


  • Carnes bovinas

O preço da carne bovina ao consumidor final apresentou inflação de 10,69% em novembro, a maior taxa da série histórica desde dezembro de 2019. No acumulado de 12 meses também houve aumento significativo nos preços das carnes bovinas (16,96%). 

Dentro dessa subcategoria, houve o aumento generalizado dos preços em novembro, sendo que a maior alta ocorreu no braço (14,84%), seguido pela alcatra (13,66%), acém (13,36%), fígado (13,25%) e fraldinha (12,40%). 

A pressão inflacionária observada pode ser atribuída, em grande parte, à desvalorização do real, que estimulou as exportações de carne e reduziu a oferta no mercado interno. 

Ao mesmo tempo, o consumo doméstico também aumentou, impulsionado pelo aquecimento da economia brasileira, melhora nos níveis de emprego e maior demanda por carnes, especialmente em função das festividades de final de ano. 

Além disso, vale mencionar que o custo do boi permanece em alta. Na última semana de novembro, o indicador do boi gordo no estado de São Paulo atingiu R$ 355,07, segundo dados do CEPEA.
 

 
  • Carnes suínas

Em novembro de 2024, as carnes suínas registraram inflação de 8,42%, maior alta desde outubro de 2020. No acumulado dos ultimos 12 meses, a inflação desses produtos registrou 22,37%. 

Ao analisar a evolução dos preços dos itens que compõem a subcategoria, pernil com osso apresentou alta de 10,94% em novembro de 2024, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses o índice chegou a 30,94%. 

O preço do lombo com osso registrou aumento de 9,27% em novembro, acumulando índice de 24,47% em 12 meses. 

No que se refere aos preços da costela suína, verificou-se aumento de 5,66% no mês de novembro e uma pressão inflacionária de 14,07% nos últimos 12 meses.
 

 

  • Aves

A subcategoria de aves registrou inflação de 5,02% no último mês, impulsionado pelo aumento sazonal do preço do peru (8,80%). O frango, por sua vez, registrou inflação de 4,88% em novembro.
 

A expectativa é que no próximo mês, a subcategoria continue registrando alta nos preços, principalmente, em decorrência das comemorações de final de ano.

  • Leite

A subcategoria de lácteos indicou deflação de 1,96% em novembro de 2024, mesmo movimento registrado pelo item leite longa vida, que possui o maior peso dentro da subcategoria.
 

O preço do leite Tipo B recuou 1,19% no mês, enquanto o leite especial registrou queda de 0,85%.
 

Por outro lado, no acumulado de 12 meses, a inflação de leite acumula alta de 21,13%, enquanto no acumulado do ano, o IPS observado é de 23,45%.
 

O aumento do preço do leite tanto no ano quanto em doze meses é reflexo, em grande medida, das alterações climáticas e do consequente efeito sobre as chuvas e os pastos. Além disso, os custos de produção, incluindo ração animal e logística, permaneceram elevados.
 

 

  • Cereais

Em novembro, a subcategoria de cereais registrou deflação de 0,12%, mantendo a tendência observada desde julho de 2024. Esse processo deflacionário está relacionado principalmente à queda no preço do feijão, que vem apresentando deflação desde abril de 2024. No caso do arroz, o preço ao consumidor final diminuiu 0,10% em novembro.
 

Por outro lado, o preço do milho registrou inflação de 1,02% em novembro, após um aumento de 0,68% no mês anterior.
 

No acumulado de 12 meses, os cereais registraram inflação de 10,85%, impulsionados principalmente pelo preço do arroz, que apresentou alta de 15,96%. O preço do feijão (+3,61%) apontou aumento bem mais moderado no mesmo período, enquanto o milho registrou deflação (-7,39%). 




Industrializados

Os produtos industrializados apresentaram inflação de 1,26% no mês de novembro. No acumulado de 12 meses, o índice apontou inflação de 5,37%, enquanto no acumulado do ano a alta foi de 4,53%.
 

Entre as subcategorias de produtos industrializados, os óleos tiveram a maior taxa de inflação (8,55%), seguidos por cafés, achocolatados em pó e chás (4,44%), adoçantes (3,31%) e panificados (1,37%).
 

Na sequência, os demais produtos a apresentarem inflação no mês de novembro na categoria de industrializados foram: derivados do leite (0,80%), enlatados e conservas (0,73%), condimentos e sopas (0,68%), biscoitos e salgadinhos (0,33%) e alimentos prontos (0,23%).
 

Por outro lado, alguns produtos apresentaram deflação, ainda que moderada: doces (-0,23%), seguidos por derivados de carne (-0,11%) e massas, farinhas e féculas doces (-0,07%).
 



  • Óleos

O preço dos óleos continua em alta, com elevação de 2,83% em outubro para 8,55% em novembro. No acumulado do ano, o índice apontou uma inflação de 19,15%.

A inflação dessa subcategoria está sendo influenciada, principalmente, pelos aumentos nos preços do óleo de soja (14,93%) e do azeite (0,48%). Vale ressaltar que no acumulado do ano esses mesmos produtos apresentaram taxas de inflação de 29,14% e 16,41%, respectivamente.

Esse aumento nos preços é decorrente da redução na oferta, causada principalmente por condições climáticas adversas nos países produtores, que comprometeram significativamente a colheita.

 

  • Cafés, achocolatados em pó e chás

A inflação da subcategoria de cafés, achocolatados em pó e chás aumentou de 1,42% em outubro para 4,44% em novembro, registrando no acumulado de 12 meses, a maior taxa de inflação entre os produtos industrializados (24,66%), além disso, o índice acumulado no ano também foi bastante expressivo (23,63%).

Ao analisar os itens que compõem essa subcategoria, a alta foi influenciada pelo "café em pó", que apresentou inflação de 5,71% em novembro de 2024, acumulando um aumento de 33,40% nos ultimos 12 meses.

O café solúvel (3,28%), os achocolatados em pó (1,43%) e o chá mate (0,26%), também mostraram aumento nos preços em novembro.

O aumento do preço do café ao consumidor final paulista não se deve, necessarimente, ao aumento da demanda doméstica, visto que a elasticidade da demanda desse produto é relativamente baixa.

Há basicamente três fatores que afetam o preço do café ao consumidor doméstico em 2024:

  1. Redução da oferta. A escassez de oferta causada, tanto no Vietnã quanto no Brasil, maior produtor mundial de robusta, é a principal razão para o aumento dos preços. Além disso, a alta nos preços dos grãos arábica (variedade de café premium) também exerce influência sobre a valorização do robusta. Conforme informações da CONAB, a expectativa é que a produção doméstica de café apresente queda de 0,5% das sacas colhidas.
     
  2. Aumento da cotação no mercado internacional. Com a redução da oferta do produção no mercado internacional, especialmente entre os produtores do sudoeste asiático, a commodity passou por um forte processo de apreciação no mercado internacional.
     
  3. Desvalorização cambial. Como o Brasil é um dos principais exportadores internacionais de café, a redução da oferta global produziu maior procura internacional do produto brasileiro. Por outro lado, a conjunção de valorização do produto no mercado internacional e desvalorização cambial gerou maior incentivo ao produtor interno direcionar sua produção ao mercado internacional, enquanto “ajustou” o preço doméstico ao preço internacional.  

 

In natura

Os produtos in natura, após a forte queda observada em julho (-9,32%) – menor nível registrado desde julho de 2018 –, vem apresentando aceleração de preços nos últimos meses. Em novembro, a categoria apresentou alta de 1,20%, contra 0,14% de outubro.

Comparando com o mesmo período de 2023, quando a categoria apurou inflação 6,84% o resultado do último mês, apesar da alta, indica comportamento mais moderado. No acumulado de 12 meses, o IPS desta categoria indica inflação de 2,91%. Já no acumulado do ano, os produtos dessa categoria registram deflação de -3,21%. 

O aumento dos preços da categoria em novembro foi impulsionado principalmente pela subcategoria verduras, que registrou inflação de 7,74%, revertendo a deflação de -2,01% observada no mês anterior. Os ovos também contribuíram, com alta de 2,06%, seguidos pelos tubérculos, que passaram de uma deflação de -6,27% para inflação de 1,76%, e pelas frutas, que aumentaram 0,68% frente a 1,44% no mês anterior. Em contrapartida, os legumes apresentaram deflação de -2,76%, em contraste com a inflação de 6,90% registrada em outubro. 

No acumulado de 12 meses, a inflação dos produtos in natura, de 2,91%, permanece abaixo do índice geral de 6,50%. Esse resultado é reflexo, por um lado, da alta do preço das frutas (13,60%), seguidas pelas verduras (3,11%) e pelos tubérculos (1,21%). Por outro lado, os legumes e ovos acumulam deflações de -9,67% e -7%, respectivamente.
 



  • Frutas

A subcategoria Frutas registrou inflação de 0,68% em novembro, acumulando alta de 10,01% no ano. Ao analisar a variação dos preços por produto no mês, o mamão se destacou com uma taxa inflacionária expressiva de 15,15%, seguidos pelos abacaxis, que registraram aumento de 7,67%. Em contrapartida, os menores índices foram observados no melão, com deflação de -7,19%, e na melancia, que apresentou queda de -4,70%. 

No acumulado de 12 meses, a inflação da subcategoria foi de 13,60%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelas laranjas, que apresentaram alta significativa de 88,04%, seguidas pelos limões (45,01%), maçãs (20,15%) e melões (14,55%). Por outro lado, as menores variações ficaram por conta das melancias, com deflação de -12,92%, e das peras, que registraram queda de -4,45%. 

A alta nos preços da laranja, em particular, está relacionada à redução aproximadamente de 7% da safra 2024/25 e à baixa produtividade nas regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais. Esses efeitos são resultado das mudanças climáticas, com períodos de estiagem prolongados ao longo do ano.

 

  • Bebidas

A subcategoria de bebidas não alcoólicas apresentou inflação de 0,67% em novembro, abaixo dos 0,96% registrados em outubro, indicando uma leve desaceleração no comparativo mensal. No acumulado de 12 meses, verificou-se uma pressão inflacionária, com o Índice de Preços do Setor (IPS) alcançando 8,02%, enquanto no acumulado do ano a taxa é de 6,40%.

Durante o mês analisado, todos os itens dessa subcategoria registraram inflação, exceto suco de frutas e água mineral, que apresentaram deflação de -0,30% e -0,26%, respectivamente. No acumulado em 12 meses, mantém-se a tendência inflacionária, destacando-se a bebida isotônica, que registrou a maior taxa, de 19,60%, entre os itens avaliados.

 

Artigos de limpeza

Em novembro, os preços dos artigos de limpeza registraram uma leve queda, com variação de -0,14%, revertendo a alta de 0,63% observada no mês anterior. No acumulado de 12 meses, o índice aponta deflação de -1,52%. Entre os itens analisados, as esponjas de aço apresentaram a maior redução mensal, com variação de -2,57%, enquanto as ceras destacaram-se com a maior alta da subcategoria, registrando 2,71% no período.

 

Produtos de higiene e beleza

Os produtos de higiene pessoal e beleza seguiram uma dinâmica semelhante à dos artigos de limpeza, com leve queda de -0,20% em novembro, após alta de 0,57% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a variação foi positiva, alcançando 0,65%, enquanto no acumulado do ano a taxa ficou em 0,86%. 

Dentro dessa subcategoria, os aparelhos de barbear apresentaram a maior redução em novembro, com uma taxa de -2,94%, enquanto o papel-alumínio registrou a maior alta, de 5,18%. No acumulado de 12 meses, o leve aumento observado foi impulsionado principalmente pelos protetores solares, que registraram aceleração nos preços, com variação de 12,89%, a maior entre os itens analisados.

 

Nota Metodológica

O Índice de Preços dos Supermercados tem como objetivo acompanhar as variações relativas de preços praticados no setor supermercadista ao longo do tempo. O Índice de Preços dos Supermercados é composto por 225 itens pesquisados mensalmente em 6 categorias: i) Semielaborados (Carnes Bovinas, Carnes Suínas, Aves, Pescados, Leite, Cereais); ii) Industrializados (Derivados do Leite, Derivados da Carne, Panificados, Café, Achocolatado em Pó e Chás, Adoçantes, Doces, Biscoitos e Salgadinhos, Óleos, Massas, Farinha e Féculas, Condimentos e Sopa, Enlatados e Conservas, Alimentos prontos,); iii) Produto In Natura (Frutas, Legumes, Tubérculos, Ovos, Verduras); iv) Bebidas (Bebidas Alcoólicas, Bebidas Não Alcoólicas); v) Artigos de Limpeza; vi) Artigos de Higiene e Beleza. Assim, o IPS se apresenta como instrumento útil aos empresários do setor na tomada de decisões com relação a preços e custos dos mais diversos produtos.

No que diz respeito à indústria, de maneira análoga, possibilita a tomada de decisão com relação a preços e custos dos produtos destinados aos supermercados. Ao mercado e aos consumidores é útil para a análise da variação de preços ao longo do tempo possibilitando o acompanhamento da evolução dos custos ao consumidor do setor supermercadista.
 

APAS –Associação Paulista de Supermercados



"Economia arrombada": especialista analisa o impacto do rombo fiscal nas contas públicas brasileiras

Divulgação
Consultório da fama
"Com um rombo desses, estão quase que literalmente arrombando a economia brasileira". A declaração contundente é de André Charone, professor universitário e mestre em negócios internacionais, que utilizou o termo "economia arrombada" para descrever o estado crítico das contas públicas do Brasil em 2024. O déficit primário acumulado de R$ 105,2 bilhões, aliado à dívida bruta de 78,6% do PIB, reflete um cenário de descontrole fiscal que, segundo Charone, coloca o país em uma rota insustentável. 

Charone explica como o aumento das despesas obrigatórias, combinado com a falta de reformas estruturais, está corroendo a capacidade do governo de investir em áreas essenciais e comprometendo o futuro econômico do Brasil. 

"Esse rombo fiscal não é apenas uma questão de números; ele impacta diretamente o bolso da população e a confiança no país. Estamos diante de uma situação onde a economia está sendo arrombada pelas portas do descuido e da falta de planejamento", disse Charone.

 

Cenário fiscal preocupante

Segundo André, o principal vilão dessa situação é o descontrole das despesas obrigatórias, que consomem a maior parte do orçamento público. "O Brasil gasta demais em previdência, folha de pagamento e juros da dívida. Com isso, o pouco que sobra para investimentos é insuficiente para impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável", explicou o tributarista. 

Ele também destacou a crescente dívida pública como um reflexo direto desse desequilíbrio. "Com a dívida em 78,6% do PIB, estamos nos aproximando de um ponto crítico, onde fica mais caro e mais difícil financiar o governo. Isso é o equivalente a viver no cheque especial com juros exorbitantes", analisou.

 

A ilusão do crescimento econômico

Embora o PIB brasileiro tenha crescido 3,3% no acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2024, Charone alerta que o crescimento atual é insustentável. "Estamos vivendo de fatores pontuais, como o agronegócio e o consumo das famílias, mas sem investimentos de longo prazo e reformas estruturais, esse crescimento é passageiro. É o famoso voo de galinha", afirmou.

 

Juros altos e impacto no crédito

Outro fator preocupante é a alta da taxa Selic, atualmente em 11,25%, com previsão de subir ainda mais em 2025. Charone destacou como isso afeta não apenas o orçamento do governo, mas também o setor produtivo. 

"Juros altos são um mal necessário para controlar a inflação, mas eles tornam o crédito mais caro, afastam investimentos produtivos e aumentam o custo da dívida pública. É um ciclo que só agrava o cenário fiscal", explicou.

 

Medidas tomadas e os desafios pela frente

Charone reconhece que o governo tem tentado conter o rombo fiscal com medidas como o pacote de contenção de gastos de R$ 71,9 bilhões, mas apontou que essas ações são insuficientes. "Essas medidas são como remendos. Precisamos de reformas profundas, como a administrativa e a tributária, para atacar o problema na raiz", disse ele.

 

Fechando as portas do descuido fiscal

Para André Charone, o termo "economia arrombada" não é apenas uma metáfora, mas uma descrição precisa da gravidade da situação. "Estamos diante de uma economia que sofre com as portas arrombadas do descuido fiscal. Sem reformas estruturais e responsabilidade na gestão, o rombo vai continuar crescendo e quem paga a conta é a população", concluiu. 

Charone alerta que o Brasil precisa agir rápido para evitar que o cenário se agrave ainda mais. Até lá, o país segue lutando para conter os danos de uma economia que sente, cada vez mais, o impacto das escolhas equivocadas em suas contas públicas. 

 



André Charone - contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional. André lançou recentemente o livro ‘A Verdade Sobre o Dinheiro: Lições de Finanças para o Seu Dia a Dia’, um guia prático e acessível para quem deseja alcançar a estabilidade financeira sem fórmulas mágicas ou promessas de enriquecimento fácil.O livro está disponível em versão física pela Amazon e versão digital pelo Google Play.Versão Física (Amazon): https://www.amazon.com.br/dp/6501162408/ref=sr_1_2?m=A2S15SF5QO6JFU

Versão Digital (Google Play): https://play.google.com/store/books/details?id=2y4mEQAAQBAJ

Instagram: @andrecharone


 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Cinco cuidados com a mastigação para aproveitar as ceias de final de ano com saúde bucal em dia

Não exagere nas carnes, castanhas e sobremesas açucaradas, vinhos e refrigerantes, que podem afetar o esmalte dos dentes

As festas de final de ano são marcadas por fartas refeições e confraternizações repletas de pratos típicos, mas, para evitar problemas bucais é essencial adotar cuidados com a mastigação e a saúde oral. De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Odontologia, realizada em 2024, 35% dos brasileiros adiam tratamentos dentários, o que aumenta os riscos de complicações.
 

Além de carnes, castanhas e sobremesas açucaradas, bebidas como vinhos e refrigerantes também podem afetar o esmalte dos dentes. Para auxiliar neste momento, a dentista Fernanda Oliani Marur, coordenadora técnica da Oral Sin, maior rede de implantes dentários do Brasil, traz cinco orientações práticas para aproveitar as comemorações sem comprometer o sorriso.
 

1. Cuidado redobrado com alimentos duros

Carnes fibrosas, castanhas e doces mais consistentes, comuns nas ceias de Natal e Ano Novo, exigem mastigação cuidadosa, especialmente para quem usa próteses ou está em tratamento odontológico. Esses alimentos podem causar fraturas dentais ou danos em próteses. Recomenda-se cortá-los em pedaços menores e mastigá-los lentamente para evitar acidentes.
 

2. Moderação com alimentos açucarados

Panetones, sobremesas e outros doces típicos podem aumentar os riscos de cáries, principalmente quando consumidos em excesso. O equilíbrio é a chave. Consumir água regularmente e realizar uma higiene bucal correta após as refeições é essencial para minimizar os danos do açúcar.
 

3. Atenção aos sinais de alerta

Desconforto ou dor ao mastigar, sangramento gengival e mau hálito podem indicar problemas bucais que exigem atenção profissional. Não ignore esses sinais, procure um dentista o quanto antes.
 

4. Escolhas inteligentes de bebidas

Refrigerantes e vinhos, muito consumidos nas festas, têm alto teor de acidez, o que pode desgastar o esmalte dental. Uma boa prática é esperar pelo menos 30 minutos após o consumo para escovar os dentes, permitindo que o pH bucal se normalize.
 

5. Prevenção antes e depois das festas

Aproveite o final de ano para realizar revisões odontológicas e, quem sabe, fazer um clareamento dental para um sorriso ainda mais brilhante nas fotos de celebração. Um planejamento preventivo reduz desconfortos e garante que você aproveite as festas com saúde e confiança.

 

Oral Sin


Desidratação e insolação no verão: Especialista alerta os cuidados

Amanda Meireles, professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, orienta como evitar problemas de saúde na estação mais quente do ano 


 O verão traz consigo dias mais longos, sol intenso e temperaturas elevadas, fatores que, apesar de agradáveis, também aumentam os riscos de desidratação e insolação. Essas condições podem prejudicar gravemente a saúde, especialmente se não forem tratadas de forma adequada. 

Amanda Meireles, professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, explica que a desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que é capaz de repor, o que pode ocorrer com a sudorese excessiva durante os dias quentes. “No calor intenso, muitas pessoas acabam não ingerindo líquidos suficientes, o que pode levar a problemas como cansaço, dor de cabeça, e até falência de órgãos, em casos mais graves. Para prevenir a desidratação, é essencial beber água constantemente ao longo do dia, mesmo que a sede ainda não tenha aparecido. Além disso, a especialista recomenda bebidas isotônicas para repor os sais minerais perdidos pelo suor”. 

Os primeiros sinais de desidratação incluem boca seca, urina escura, cansaço extremo e tontura. Quando esses sintomas surgem, é importante agir rapidamente para evitar que a condição piore. "O ideal é beber água regularmente e evitar bebidas como café, refrigerantes e álcool, que intensificam a desidratação", explica a professora. O ideal é também buscar locais frescos, com boa ventilação ou sombra, para ajudar o corpo a se recuperar. 

Meireles aponta que a insolação, por sua vez, é um problema mais grave, que ocorre quando o corpo perde a capacidade de regular sua temperatura devido à exposição prolongada ao sol. “Os sintomas de insolação incluem pele quente e seca, dor de cabeça intensa, náuseas, confusão mental e até perda de consciência. Em casos graves dos sintomas, o primeiro passo é retirar a pessoa do calor, resfriá-la com compressas frias e buscar ajuda médica imediatamente”.

Para prevenir tanto a desidratação quanto a insolação, a professora recomenda algumas práticas simples, mas eficazes. “Roupas leves e claras ajudam a manter o corpo fresco, já que tecidos escuros absorvem mais calor. Protetor solar é indispensável para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV, e deve ser reaplicado a cada 2 horas. Além disso, evitar a exposição solar direta entre 10h e 16h, quando os raios solares estão mais intensos, pode fazer uma grande diferença”.

Amanda também faz um alerta especial para crianças e idosos, que são mais vulneráveis às altas temperaturas. “Para os pequenos, a ingestão regular de líquidos, como água e sucos naturais, é fundamental, e deve-se evitar que brinquem ao ar livre nas horas mais quentes. Para os idosos, é recomendada a evitação de atividades físicas intensas durante o calor e a permanência em ambientes frescos ou com ar-condicionado. Esses grupos têm maior risco de complicações associadas ao calor, por isso precisam de atenção especial", ressalta.

Em casos de desidratação leve, a professora sugere a ingestão de líquidos com eletrólitos, como isotônicos ou água de coco. Já em situações de insolação, além de retirar a pessoa da exposição solar, é importante resfriá-la rapidamente com compressas frias e manter a hidratação até a chegada de ajuda médica. 


Deficiências evitáveis: como a atenção neonatal pode evitar sequelas neurológicas graves

No Brasil, mais de 700 mil crianças possuem algum tipo de deficiência; muitos desses casos poderiam ter sido evitados por meio de estratégias de monitoramento ainda na maternidade
 

No Brasil, conviver com algum tipo de deficiência é uma realidade para 18,6 milhões de pessoas. Aproximadamente 4% deste grupo possuem entre 2 e 9 anos de idade, o que equivale a 741 mil crianças. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no módulo Pessoas com Deficiência, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua 2022). Segundo especialistas, muitos desses casos poderiam ser evitados, principalmente em situações relacionadas à gestação, parto ou cuidado logo após o nascimento. 

Entre as situações mais comuns que podem ocorrer, como o caso de bebês prematuros e cardiopatas, está a asfixia perinatal, ou encefalopatia hipóxico-isquêmica, condição que pode ocorrer um pouco antes, durante ou logo após o nascimento e pode comprometer as funções neurológicas da criança, causar sequelas graves e levar à morte. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a terceira maior causa de óbitos em recém-nascidos no mundo. No Brasil, 20 a 30 mil crianças nascem anualmente com algum problema de oxigenação no cérebro. 

Entre as principais sequelas neurológicas potencialmente evitáveis em recém-nascidos estão: paralisia cerebral, déficits cognitivos, motores e sensoriais, como cegueira e surdez. É o que afirma o neonatologista Dr. Gabriel Variane, fundador e presidente da healthtech Protecting Brains and Saving Futures (PBSF), que busca reduzir a zero o número de pessoas com deficiências evitáveis no mundo. 

“Essas condições podem resultar em desafios significativos para as famílias, pois exigem cuidados contínuos, terapias especializadas e um grande impacto na qualidade de vida do indivíduo e seus familiares. A própria pesquisa da Pnad mostra, por exemplo, a baixa entrada de jovens com deficiência na faculdade, com menos de 15% do grupo cursando o nível superior”, comenta o médico.
 

Prevenção e ação 

Uma das estratégias básicas para evitar situações como essas é o acompanhamento neonatal adequado, além do monitoramento contínuo do bebê. Há diversos problemas que podem ocorrer entre a gestação e o parto, por isso, é importante que as equipes de saúde tenham o treinamento adequado para agir quando necessário. No caso da asfixia perinatal, já existem tecnologias capazes de detectar, de forma mais rápida e eficaz, situações clínicas que possam provocar algum risco ao cérebro do recém-nascido. 

“Uma das experiências que temos é o sistema de neuromonitoramento e neuroproteção nas UTIs neonatais. Com ele, conseguimos detectar crises convulsivas de maneira mais acurada e diagnosticar antecipadamente outros eventos desfavoráveis. Em alguns casos, situações críticas podem ser alertadas com horas de antecedência. Uma informação como essa pode salvar a vida desse paciente”, destaca. 

Caso isso ocorra, um dos tratamentos emergenciais para os recém-nascidos é a hipotermia terapêutica. Esse procedimento diminui a temperatura corporal do bebê para cerca de 33°C a 34°C, diminuindo o metabolismo cerebral e os processos inflamatórios. “Estudos demonstram que, quando essa ação é iniciada até 6 horas o nascimento, existe redução da mortalidade e melhora dos desfechos neurológicos”, detalha o especialista.
 

Outras causas 

Além da asfixia perinatal, também podem ocorrer casos como: hemorragia intraventricular; infecções congênitas ou neonatais (como citomegalovírus, toxoplasmose e meningite bacteriana); icterícia neonatal grave (kernicterus); acidente vascular cerebral neonatal; hipoglicemia neonatal persistente e desordens metabólicas hereditárias, que também podem provocar deficiências.
 

O papel do leite materno 

Além do monitoramento e o acompanhamento contínuo, os bebês têm também um grande aliado para a proteção do cérebro: o leite materno. Indicado como um dos alimentos mais saudáveis e importantes para o desenvolvimento dos primeiros meses de vida, da mesma forma, possui um papel relevante na prevenção de sequelas neurológicas. 

“O leite materno contém fatores neuroprotetores que promovem o desenvolvimento cerebral e reduzem as chances de sequelas em prematuros e recém-nascidos de risco. E quando estão prontos, com maturidade gastrointestinal e a capacidade de sucção, a amamentação se torna também um momento de vínculo afetivo entre mãe e filho”, diz o neonatologista.
 

Brasil no caminho certo 

O país tem avançado em caminhos positivos com estratégias de neuroproteção que beneficiam o Sistema Público de Saúde (SUS), como o método canguru e o Programa de Reanimação Neonatal, promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que capacita milhares de profissionais para intervirem de forma rápida e eficaz nos primeiros momentos de vida. Dr. Variane ressalta que essas estratégias são de fundamental importância e que a medicina irá evoluir ainda mais. 

“Complicações dentro da UTI neonatal, como dificuldades respiratórias, problemas cardíacos e afecções do sistema nervoso central, ainda são comuns e podem levar à morte ou sequelas a longo prazo. O desenvolvimento e aplicação de políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade que promova a redução dessas taxas”, finaliza.


 

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Pernas inchadas no verão? Conheça tratamentos que melhoram os sintomas do linfedema

Indícios da doença crônica, que atinge o sistema linfático, podem ser facilmente confundidos com sintomas climáticos comuns e pedem atenção

 

O verão e as altas temperaturas costumam provocar inchaço e retenção de líquidos. Por mais que esses sintomas sejam comuns nesta época do ano e, normalmente, se resolvam sozinhos com hidratação e alimentação, alguns casos podem evoluir para problemas circulatórios mais sérios. Por isso, é preciso ter atenção redobrada na temporada de calor para evitar possíveis complicações. 

Braços e pernas inchados podem ser sintomas, por exemplo, de linfedema, uma doença crônica causada por uma alteração no sistema linfático, que não consegue absorver completamente as linfas, líquido presente em todo o corpo. Quando ele não funciona corretamente, ocorre um acúmulo deste líquido, causando inchaço excessivo dos membros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

“Muitas vezes, o inchaço que aparece em uma região específica do corpo, como braços e pernas, pode ser confundido com inchaço por conta do calor, lesões ou outros problemas passageiros. Quando isso acontece, acabamos não dando a devida atenção ao sintoma”, declara Luciana Righi HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos. 

As consequências do inchaço anormal incluem fadiga na região, sensação de peso, dificuldade ao se movimentar, dor incômoda na área afetada e mudanças na pele, como descoloração, bolhas, vazamento de fluido e infecções. O linfedema não tem cura, mas existem tratamentos que auxiliam na melhora da qualidade de vida do paciente. 

Uma opção eficiente e recomendada é a pressoterapia, massagem pneumática realizada por um equipamento que envolve a região a ser tratada, estimulando o fluxo ideal do sistema linfático. O aparelho em questão é chamado de Beauty Dermo Maxx; ele possui botas e luvas compostas por vários compartimentos independentes entre si, programados para inflar e desinflar com a ajuda de um compressor pneumático, gerando os estímulos circulatórios necessários para aliviar os sintomas. 

“A pressoterapia pode proporcionar benefícios terapêuticos, como favorecer a circulação de retorno tanto linfática quanto venosa. A terapia de compressão é um método que exerce pressão no membro de fora para dentro, o que aumenta a drenagem das veias e da linfa, evitando, assim, o acúmulo de fluidos e os consequentes inchaços e incômodos”, afirma Luciana Righi. 

Exercícios específicos, fisioterapia, drenagem linfática, cuidados com a pele e o uso de bandagens elásticas também são indicações muito comuns para o linfedema, mas podem também envolver o uso de medicamentos associados a terapias localizadas.


Retinopatia diabética: acesso e adesão aos tratamentos são essenciais para evitar a perda da visão

Detecção precoce e evita a doença ocular que afeta um em cada três pacientes com diabetes 

 

O diabetes é uma doença crônica que afeta cerca de 17 milhões de pessoas no Brasil1 e somos quinto país com maior incidência desta condição. Já é sabido que a conscientização das pessoas sobre as complicações graves decorrentes do diabetes, mal ou pouco controlado, pode evitar as consequências comuns como a retinopatia diabética (RD) e o edema macular diabético (EMD). 

Uma das principais causas de cegueira evitável no mundo, a retinopatia diabética é caracterizada por lesões nos vasos sanguíneos que nutrem a retina – camada de tecido transparente, na parte posterior do olho, que transmite a luz para o cérebro por meio do nervo óptico –, que ocorrem quando os níveis de glicose no sangue estão elevados. Após 20 anos de convívio com o diabetes, estima-se que 90% dos que tem o tipo 1 e 60% do tipo 2 terão algum grau de retinopatia diabética.2 

Só no Brasil, a retinopatia diabética afeta um a cada três indivíduos diabéticos, se consolidando, hoje, como uma das principais causas de perda de visão em pessoas entre 20 e 75 anos, sendo um dos maiores desafios para a saúde ocular no país. 

O edema macular diabético, por sua vez, caracterizado pelo inchaço da mácula, área central da retina responsável pela visualização de detalhes, é uma consequência da retinopatia diabética. Estima-se que 10% das pessoas com retinopatia diabética podem desenvolver edema macular diabético 7-8. Dados sobre a doença indicam que uma em cada 14 pessoas com diabetes tem edema macular diabético e mais de 28 milhões de pessoas convivem com a condição no mundo – a estimativa é que o diabetes afete cerca de 463 milhões de pessoas globalmente.3.

 

Doença silenciosa 

O tratamento precoce tanto da retinopatia diabética como do edema macular é fundamental para prevenir danos à saúde ocular. “Muitos pacientes só procuram ajuda médica quando começam a perceber sintomas como embaçamento ou manchas escuras na visão. A retinopatia diabética pode ser silenciosa em suas fases iniciais, o que faz com a janela de oportunidade para o tratamento precoce seja perdida em muitos casos”, afirma o oftalmologista Osias Francisco de Souza, professor da Unicamp e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo. 

A visita regular ao oftalmologista, juntamente com o controle rigoroso da glicemia – além da pressão arterial e do colesterol, são fundamentais para evitar a instalação e eventuais progressões das condições.2  

 

Opções de primeira e segunda linha para o tratamento 

Entre os recursos terapêuticos estão a fotocoagulação a laser; a aplicação de antiangiogênicos, substâncias que inibem uma proteína chamada VEGF (fator de crescimento vascular endotelial, em português), responsável pela proliferação de vasos anormais; a cirurgia de vitrectomia, que consiste na retirada e substituição de parte ou da totalidade do vítreo do olho, um fluido gelatinoso e transparente que preenche quase todo o globo ocular; e o uso intra-vítreo de medicações à base de corticoide, uma opção de tratamento que pode ser aplicado em casos em que a terapia com agente anti-VEGF não atinge resultados satisfatórios, algo que acontece com cerca de 50%5 das pessoas em tratamento para o edema macular. 

O Protocolo Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) – documento que estabelece as melhores práticas para o diagnóstico e tratamento de diversas doenças, garantindo que os pacientes recebam cuidados de qualidade, baseados em evidências científicas – da retinopatia diabética está em processo de atualização e espera-se que seja publicado em breve para que a população tenha acesso a opções de tratamento atualizadas.

 

Adesão é um desafio 

A adesão aos tratamentos de condições como a retinopatia diabética pode ser um desafio, sendo que diversos fatores podem comprometê-la, como 4:

  • Falta de conhecimento sobre a doença: muitos pacientes não compreendem a gravidade da retinopatia e a importância do tratamento;
  • Acesso limitado a serviços de saúde: em regiões remotas, o acesso a oftalmologistas e tratamentos especializados é restrito;
  • Aspectos socioeconômicos: o custo dos tratamentos e a falta de suporte financeiro dificultam a adesão;
  • Barreiras geográficas: A distância até os centros de tratamento pode dificultar o acompanhamento regular;
  • Apoio social: A falta de incentivo familiar e social pode desmotivar os pacientes.

Para o futuro, as perspectivas para o tratamento da retinopatia diabética são promissoras. "Acredito que, em alguns anos, os recursos terapêuticos passem pela personalização do tratamento e por novas terapias genéticas e celulares que já estão em desenvolvimento", revela Souza. "A incorporação de ferramentas de inteligência artificial já é uma realidade, que pode ajudar desde o diagnóstico até a classificação da gravidade do problema. " 

Independentemente do cenário promissor, é de grande relevância conscientizar a população diabética sobre a importância da atenção e controle contínuos da condição para evitar as graves complicações decorrentes dela e garantir uma boa qualidade de vida aos pacientes.




AbbVie em Oftalmologia
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Referências 

1 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/setembro/saude-realiza-pesquisa-inedita-para-prevenir-diabetes-no-pais#:~:text=O%20Brasil%20é%20o%205º,Índia%2C%20Estados%20Unidos%20e%20Paquistão. Acesso em 25/9/24 

2 Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Retinopatia Diabética. Conitec, 2021

3 Retinal diseases: management and challenges. Abbvie

4 Knowledge of diabetic patients users of the Health Unic System about diabetic retinopathy. Rev Bras Oftalmol.2019;78(2):107-111

5 Somani, S., Koushan, K., Shah-Manek, B., Mercer, D., Kanagenthiran, T., Zhao, C., & Alobaidi, A. (2024). Characteristics and Treatment Patterns of Patients with Diabetic Macular Edema Non-Responsive to Anti-Vascular Endothelial Growth Factor Treatment in Ontario, Canada. Clinical Ophthalmology 2023:17 2013–2025. Link.

6  Link. Acesso em 26/9/24.

7 Klein, R., Klein, B. E., Moss, S. E., & Cruickshanks, K. J. (1995). The Wisconsin Epidemiologic Study of Diabetic Retinopathy. Ophthalmology, 102(1), 7-16. https://doi.org/10.1016/S0161-6420(95)31073-8

8 Yau, J. W. Y., Rogers, S. L., Kawasaki, R., Lamoureux, E. L., Kowalski, J. W., Bek, T., ... & Wong, T. Y. (2012). Global prevalence and major risk factors of diabetic retinopathy. Diabetes Care, 35(3), 556-564. https://doi.org/10.2337/dc11-1909


SBGG reforça os cuidados que os idosos devem durante o Verão

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca questões como hidratação e o uso de protetores como fundamentais para evitar possíveis doenças, como o câncer de pele
 

A estação mais quente do ano começará no próximo dia 21 e, com a chegada dela, é válido ressaltar os cuidados que as pessoas precisam ter com a saúde no Verão, especialmente a população 60+, para que possam usufruí-la da melhor maneira. 

É fato que o Sol faz bem para a saúde; no entanto, é preciso cuidado, especialmente para as pessoas idosas, que podem sofrer mais com os efeitos do calor. De acordo com o geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Marco Túlio Cintra, a desidratação e a hipertermia, quando o corpo atinge uma temperatura mais elevada que o normal, além do câncer de pele são os principais problemas que o idosos podem enfrentar com a exposição errada ao Sol. Ele explica que se deve atentar aos sintomas desse aumento da temperatura. Entre os mais comuns estão a tontura, a dor de cabeça e o mal-estar. “Estes sintomas podem evoluir para situações mais graves, como desmaios e crises convulsivas. Por isso, todo cuidado e atenção são necessários.”

 

Hidratar é preciso

A questão da hidratação precisa ser levada a sério. Dr. Cintra revela que pessoas idosas tendem a ter a sensação de sede reduzida, além da dificuldade de troca de calor. Segundo ele, o mecanismo da sede pode estar reduzido na pessoa idosa, o que pode levá-la a uma diminuição na ingestão de líquidos e, por essa razão, há a necessidade de estimular esse consumo. “Artifícios como água saborizada, sucos leves, chás e água de coco podem ser usados, pois garantem a hidratação adequada”, afirma o geriatra, ratificando que é importante evitar bebidas alcoólicas, cafeinadas ou muito açucaradas, pois podem contribuir para a desidratação. Alimentos ricos em água, como frutas, entre elas melancia, melão e laranja auxiliam na hidratação, assim como alguns vegetais, como pepino e abobrinha. “É fundamental estar atento a sinais como lábios e língua secos, diminuição da urina, alterações de comportamento, confusão mental, tontura e fadiga. Tudo isso pode indicar que o idoso está desidratado.” 

Manter uma alimentação balanceada fará a diferença na estação mais quente do ano. Dr. Cintra relata que o ideal é dar preferência a refeições leves e de fácil digestão, evitando alimentos gordurosos e pesados. Por essa razão, saladas, frutas frescas e proteínas magras são bem-vindas. “O armazenamento adequado dos alimentos precisa de atenção a fim de prevenir intoxicações alimentares, que são comuns no Verão”, diz. 

Outro ponto importante é a temperatura. Manter a pessoa 60+ em ambientes frescos e ventilados é outro cuidado fundamental para garantir a melhor qualidade de vida durante o Verão. Assim, o uso de ventiladores ou ar-condicionado estão liberados, principalmente para evitar que os locais fiquem abafados, especialmente nos dias mais quentes. E caso o idoso não tenha acesso a ambientes climatizados, vale um passeio a espaços públicos refrigerados, como shoppings. “Soma-se a isso o fato de não o expor ao Sol durante o horário de pico, entre 10h e 16h, além do uso de protetor solar com fator de proteção alto (FPS 30 ou superior) em todas as áreas expostas da pele, mesmo nos dias nublados, e usar as chamadas proteções físicas, como roupas leves, claras e de tecido natural, como o algodão, que facilita a transpiração, boné, chapéu e óculos de sol para proteger a cabeça e os olhos da radiação solar”, observa, o geriatra e presidente da SBGG, ao comentar que o Brasil tem um clima que é quente não apenas no Verão e, por essa razão, esses cuidados precisam ser tomados durante todo o ano, independentemente da estação. “Em um país topical e com dimensões continentais como o Brasil é difícil delimitar os cuidados apenas durante um período do ano. O fato é que a pessoa idosa é mais suscetível a temperaturas extremas, tanto as mais elevadas quanto as mais baixas, por isso devem estar atentas, inclusive familiares e cuidadores”, atesta.

 

Outros cuidados

Já as atividades físicas devem ser realizadas apenas nos horários mais frescos, como início da manhã ou final da tarde, dando preferência a exercícios leves, entre eles caminhadas, alongamentos e hidroginástica. “Mesmo com a temperatura mais amena, não se pode abrir mão da garrafa de água para manter a hidratação”, orienta o geriatra, ao explicar que momentos de socialização em ambientes seguros e frescos devem ser incentivados com o intuito de evitar o isolamento, algo comum em períodos de calor extremo. De acordo com o Dr. Cintra, atividades relaxantes que não exigem esforço físico excessivo, como leitura, jogos de tabuleiro e assistir filmes cumprem muito bem essa tarefa. “Para os idosos acamados ou como mobilidade reduzida, a família ou os cuidadores devem mudá-los de posição várias vezes ao dia para evitar desconforto e lesões na pele. Além disso, é preciso checar se o colchão e as roupas de cama são confortáveis para a estação, redobrando os cuidados com a hidratação e a ventilação do ambiente.”


Exageros e automedicação no fim de ano podem comprometer a saúde do fígado

 

Eficácia de medicamentos no organismo pode estar
diretamente ligada a mudanças nos hábitos alimentares  
 Envato

Mudanças na alimentação, consumo de álcool e horários irregulares podem reduzir a eficácia dos medicamentos


O fim de ano traz uma rotina agitada, com presentes para comprar, confraternizações e mudanças nos hábitos alimentares. Em meio a isso, exageros na alimentação, no consumo de álcool e na automedicação podem trazer sérias consequências para o organismo, especialmente para o fígado.

A farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Ianca Mendes, destaca que os alimentos consumidos e os horários das refeições influenciam diretamente na eficácia e segurança de um tratamento. “De forma geral, a interferência ocorre na absorção do medicamento ou na potencialização de seu efeito. A presença de alimentos no estômago pode atrasar o efeito de determinados medicamentos. Por isso, o ideal, na maioria dos casos, é ingerir o medicamento uma ou duas horas após a refeição. Mas isso não se aplica sempre. Quem faz uso de anti-inflamatórios ou metformina (usada por pacientes com diabetes) deve se alimentar antes, já que esses medicamentos podem agredir o estômago”, explica.


Escolha dos alimentos

Certos alimentos podem interferir na eficácia dos medicamentos. A pectina, encontrada em frutas como maçã e goiaba, pode atrasar a absorção do paracetamol. O cálcio do leite e seus derivados reduz a ação de antibióticos como tetraciclina, enquanto as fibras do feijão e da lentilha podem afetar a digoxina, usada no tratamento de insuficiência cardíaca.

Quando a mistura envolve medicamentos e bebidas alcoólicas, o maior risco é a sobrecarga do fígado, que precisa metabolizar ambos. “A sobrecarga do fígado pode comprometer o funcionamento adequado dos medicamentos. Além disso, o álcool pode reduzir a absorção do medicamento no trato gastrointestinal, diminuindo sua concentração no sangue e, consequentemente, sua eficácia”, alerta Ianca.


Cuidados com horários

Outro problema comum durante dias mais corridos é esquecer de tomar os medicamentos nos horários corretos. Nesses casos, o ideal é ingerir o medicamento assim que lembrar, mas nunca dobrar a dose. “De maneira geral, não existe um horário universalmente melhor para tomar medicamentos. O importante é manter a regularidade — especialmente no caso de antibióticos, que exigem intervalos rigorosos para garantir a eficácia do tratamento”, finaliza a farmacêutica.

Para garantir um tratamento seguro e eficaz, é essencial seguir as orientações médicas, respeitar os horários dos medicamentos e evitar misturas prejudiciais, especialmente com bebidas alcoólicas. Cuidados simples podem fazer toda a diferença para a sua saúde durante o fim de ano.

 

Prati-Donaduzzi

 

Dor de ouvido aumenta mais de 70% no verão e pressão do avião pode causar danos

 O contato frequente com a água do mar e piscina, o excesso de uso de ar condicionado e ventilador, o sobe e desce na temperatura do clima tropical, entre outros fatores podem ser os causadores de dores de ouvido no verão. Isso porque, nos casos de mar e piscina, a entrada de água nos ouvidos pode provocar otite externa, uma infecção na pele do canal do ouvido.


“A permanência prolongada de água dentro da cavidade do ouvido aumenta a umidade no conduto auditivo externo dos ouvidos – é aí que mora o problema”, afirma. Os germes e fungos presentes na água do mar e das piscinas e também o excesso de umidade local, provocam inflamação e obstrução do canal auditivo que se não tratada corretamente, essa inflamação – mais conhecida como otite - pode causar danos à audição. “Por isso a prevenção, em pacientes que apresentam quadros repetitivos, é muito importante. Pode ser feita com o uso de protetores auriculares que cumprem essa função ao promover o vedamento completo do conduto auditivo, ou com fórmulas que secam o canal após o banho", fala o especialista. 

Ainda para evitar dor de ouvido no avião que causa dores, pressão na cabeça, nos dentes e até na face, o médico explica que essa sensação ocorre em função da mudança brusca de pressão durante a decolagem e o pouso ou pela altura em que o carro se encontra. “Esse desconforto pode passar em alguns minutos após o fim da viagem, mas dependendo da duração do voo, isso pode aumentar”, mas cuidados como fazer a Manobra de Valsalva, mastigar chicletes ou alimentos mais duros, provocar bocejo, fazer compressa quente ou usar spray nasal pode ajudar.


FONTE: Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFESP Professor Medcel Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo. Link


O risco do diabetes na hospitalização de pacientes

Diabetes em pacientes hospitalizados requer atenção especial
Pixabay
Doença que afeta a morbidade e a recuperação exige abordagem médica especializada
 

Aproximadamente um terço dos pacientes hospitalizados sofre de níveis elevados de glicose no sangue, muitas vezes causado por uma condição subjacente ou diabetes mal administrado. Apesar do número crescente de pacientes que necessitam desse tipo de atenção, falta de integrantes da equipe médica especialmente treinados em cuidados a essa doença, o que prejudica a qualidade do atendimento e ampliam o risco de morbidade no ambiente hospitalar. Para mitigar esse tipo de risco, o Rambam Health Care Campus, hospital localizado em Haifa, ao norte de Israel, lançou um protocolo específico de tratamento de diabetes durante a hospitalização, iniciativa que virou modelo aprovado pelo Ministério da Saúde local e tem sido replicado por mais de 25 hospitais no país. 

Aqui no Brasil, basta observar os números relacionados à doença para evidenciar a importância de se olhar com mais atenção para ela. Segundo o relatório mais recente do Vigitel (2023), o país soma 20 milhões de pessoas com diabetes. A prevalência da doença entre a população adulta brasileira nas capitais é de aproximadamente 9,1%, um registro de aumento de mais de 40% em comparação com os números de dez anos atrás. 

"Níveis de glicose consistentemente altos durante a hospitalização exigem atenção imediata", explica Rachel Shental, enfermeira especialista em diabetes clínico e coordenadora do Instituto de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo da Rambam. “O diabetes afeta a morbidade e a recuperação e, se não for tratado ou mal administrado, pode levar a complicações significativas. Manter níveis ótimos é essencial para a recuperação; níveis de açúcar mal equilibrados enfraquecem a capacidade do corpo de combater condições agudas e potencialmente pioram a saúde do paciente.” 

Estudos globais mostram que seguir protocolos de tratamento de diabetes durante a hospitalização melhora os resultados, encurta as estadias hospitalares, diminui infecções e reduz custos. “Esses benefícios são bem documentados em cirurgias cardíacas, onde níveis equilibrados de glicose no sangue reduzem complicações — mesmo em pacientes sem diagnóstico prévio de diabetes”, explica a Dra. Irit Hochberg, Diretora do Instituto de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do hospital israelense. 

Para as especialistas, é fundamental treinar a equipe do hospital para fornecer cuidados diabéticos eficazes e seguros. Em conjunto com o Ministério da Saúde, o Rambam desenvolveu um programa de treinamento abrangente com coordenadores de diabetes em todo o país. O objetivo é estabelecer uma linguagem terapêutica padronizada e simulações de cenários médicos comuns, incluindo um módulo de e-learning e um aplicativo móvel para garantir a aplicação contínua dos princípios de tratamento. Esta iniciativa é a primeira do gênero no mundo e atraiu o interesse da American Diabetes Association.
 

Janela de oportunidade
 

Hochberg e Shental explicam que se os níveis de glicose no sangue de um paciente excederem repetidamente 180 mg/dL, o tratamento e o acompanhamento devem começar durante a hospitalização. 

“O momento oferece uma janela crítica de oportunidade para os pacientes aprenderem sobre sua doença, suas ramificações — uma condição vitalícia — e como controlá-la. Um plano de tratamento e acompanhamento apropriado e preciso é essencial para resultados ideais. A longo prazo, o controle do diabetes é essencial para uma saúde melhor, e gerenciá-lo após a alta ajuda a prevenir complicações e readmissão”, alertam as especialistas.

Hochberg e Shental enfatizam as complexidades do tratamento do diabetes: "Requer paciência. Este é um importante passo à frente, e precisamos continuar a adaptar e refinar nossa abordagem para enfrentar os desafios em evolução. Como um sistema de saúde, temos a capacidade e a responsabilidade de melhorar.”


Pés e tornozelos inchados: será que pode ser um sinal de algo além do cansaço?

Especialista comenta sintomas e dá dicas para que as pessoas fiquem atentas aos sinais de doenças do sistema circulatório

 

Talvez você já tenha sentido aquela sensação estranha e dolorosa dos pés e tornozelos inchados depois de um longo dia de trabalho ou até mesmo após uma simples caminhada. Mas, afinal, isso é natural ou sinal de um problema? Segundo especialistas, os sinais descritos podem ser um dos indícios de condições no sistema circulatório que requerem atenção, por isso é preciso ficar atento para saber quando procurar tratamento. 

A médica Allana Tobita, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), explica que é preciso entender o que causa o inchaço nos pés e tornozelos. Segundo ela, cerca de metade dos casos está relacionada a doenças circulatórias, que provocam o acúmulo de líquidos nessas regiões devido à insuficiência de safena e/ou disfunção linfática. 

“A maioria das doenças vasculares - principalmente venosas e linfáticas - causa inchaço nos tornozelos, pés e até outras regiões da perna, como exemplo o lipedema, o linfedema, a insuficiência venosa, varizes e a erisipela. Essa sensação é provocada pelo acúmulo de líquidos ao longo dia ou por alguma deficiência nas veias”, detalha Dra. Allana, que acrescenta que outros fatores também podem colaborar, como a desidratação, falta de atividades físicas, gravidez, passar longos períodos em pé ou sentado”. 

A médica pontua ainda que existem situações em que as pessoas devem ficar mais atentas, principalmente quando os sintomas surgem de forma repentina. “Não é normal o inchaço surgir de forma abrupta, principalmente quando acomete apenas um dos lados da perna, indicando algo que pode estar relacionado a uma circulação unilateral e não a um inchaço sistêmico. Isso significa que podemos ter indícios, por exemplo, de uma trombose do membro inferior. Em qualquer situação em que esses sintomas apareçam, é importante consultar um médico vascular para ter uma avaliação adequada”, alerta.

 

Como cuidar e prevenir 

A realização de exames é fundamental para investigar se os sintomas estão relacionados a uma doença vascular. Entre os procedimentos indicados, conforme a recomendação médica, estão o ultrassom vascular, doppler venoso, doppler arterial de membros inferiores, linfocintilografia de membros inferiores, angiotomografía de membros inferiores, angiografia, angiotomografia ressonância e o exame densitometria com quantificação de gordura corporal total para o lipedema. 

“Com esses exames podemos detectar, por exemplo, varizes e safena que precisam de tratamento a fim de evitar que evoluam de forma progressiva e se prevenir o surgimento de condições mais graves, como a trombose, a síndrome pós-trombótica e o linfedema”, destaca. 

Além do diagnóstico preciso, é importante cuidar para aliviar os sintomas e prevenir que os inchaços aumentem. “A ideia é utilizar estratégias de hidratação vigorosa, a prática de atividades físicas e a diminuição do consumo de alimentos ricos em sódio. O uso de medicamentos flebotônicos pode auxiliar o tônus da parede venosa e diminuir o acúmulo de sangue nas veias. Outra estratégia eficiente é o uso da meia elástica de compressão, que melhora o retorno venoso e a drenagem linfática das pernas”, comenta a médica.

 

Meias de compressão 

Existem diversos tipos que podem ser usados diariamente e modelos que são recomendados conforme avaliação médica. As meias de compressão também colaboram para a circulação saudável em diferentes situações do cotidiano, auxiliam na prevenção de doenças venosas, diminuem a sensação de cansaço muscular e aumentam o conforto dos usuários. Dentre as mais bem avaliadas do mercado estão as meias da SIGVARIS GROUP, empresa especializada em soluções de compressão médica inovadoras e de alta qualidade. A companhia possui um amplo portfólio, com produtos que podem ser usados pelos mais variados perfis de pessoas.

 

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