Pesquisar no Blog

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Como o aumento da Selic impacta na Renda Fixa

Analise da Viviane Las Casas - Especialista em Renda Fixa da Valor Investimentos

 

Por que a renda fixa vem atraindo cada vez mais investidores em 2024? Apenas o aumento dos juros explica isso?

Em 2024, a renda fixa tem sido o foco de muitos investidores no Brasil, e isso se deve a uma combinação de fatores econômicos e financeiros, que vão além do simples aumento da taxa Selic. Vamos entender o que está impulsionando essa tendência:

 

1. Aumento das Taxas de Juros

O principal fator é a elevação da taxa Selic, que atingiu 11,25% ao ano em dezembro de 2024. Isso torna os investimentos em renda fixa significativamente mais atrativos, pois oferecem retornos elevados tanto no curto quanto no longo prazo.

As expectativas também reforçam esse movimento. O Relatório Focus aponta que a taxa Selic pode atingir 12% em 2024 e continuar em níveis elevados nos próximos anos: 13,5% em 2025 e 11% em 2026. O Banco Central ainda não sinaliza cortes de juros em um horizonte relevante, alimentando a atratividade desses investimentos.

Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua última reunião do ano, e há expectativas de um aumento de 1 ponto percentual, o que manterá a Selic em patamares elevados.

 

2. Inflação Elevada e Persistente

A inflação é outro fator determinante. O boletim Focus prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará este ano em 4,84%, ante 4,71% na projeção anterior. Em 2025, o índice deve acelerar para um avanço de 4,59%, de 4,40%.

Em 2024 e 2025, portanto, a inflação ficaria acima do teto da meta perseguida pelo BC -- com centro de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

3. Incertezas Econômicas e Fiscais

As condições fiscais do Brasil e a volatilidade nos mercados de ações também influenciam a migração para a renda fixa. A recente aprovação de um regime de urgência para o pacote fiscal do governo trouxe algum alívio, mas os analistas consideram as medidas insuficientes. Entre os problemas apontados estão:

·         Medidas tímidas: Foco em remanejamento de despesas, e não em cortes estruturais.

·         Frustração com estimativas: Superestimação de receitas e exclusão de medidas importantes, como o ajuste no seguro-desemprego.

·         Timing inadequado: Isenções de IRPF em um momento de alta inflação foram mal-recebidas pelos mercados.

Esse cenário de fragilidade fiscal aumenta o apelo da renda fixa, visto como um porto seguro.

 


Expectativas para 2025


A expectativa é que a atratividade da renda fixa continue nos próximos anos, sustentada pelos fatores já mencionados:

1.   Juros Elevados: Projeções indicam que a Selic pode atingir 14,25% ao ano após maio de 2025.

2.   Pressões Inflacionárias: A inflação só deve convergir para a meta em 2026, reforçando a necessidade de manter juros altos.

3.   Risco Fiscal: Enquanto não houver um plano robusto e crível para o equilíbrio fiscal, a renda fixa continuará sendo a escolha preferida de investidores que buscam segurança e bons retornos.

 

A combinação de juros elevados, inflação persistente e incertezas econômicas faz da renda fixa uma das classes de ativos mais atraentes em 2024. Essa tendência deve se manter, dado o contexto de estabilidade da Selic em dois dígitos e as condições macroeconômicas desafiadoras.

 

·       A expectativa é de que esse movimento continue? Por que?


Sim, a expectativa é que o movimento de atratividade da renda fixa continue. Diversos fatores sustentam essa projeção:


1. Juros Elevados em um Horizonte Relevante

A manutenção dos juros altos continua sendo um dos principais fatores que sustentam o atual cenário econômico. Analistas, como os da XP, projetam que o Banco Central seguirá aumentando a taxa Selic para controlar a inflação. Na última reunião de 2024, realizada em 11 de dezembro, o Copom decidiu elevar a Selic em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano.


De acordo com o comunicado do Banco Central, o cenário doméstico apresenta um dinamismo acima do esperado na atividade econômica e no mercado de trabalho, ampliando o hiato do produto e intensificando as pressões inflacionárias. As projeções de inflação para 2024 e 2025 subiram para 4,8% e 4,6%, respectivamente, superando o centro da meta. Para o segundo trimestre de 2026, a inflação é estimada em 4,0%.


Com o objetivo de conter a inflação e alinhar as expectativas ao redor da meta, o Copom prevê novos ajustes de igual magnitude nas próximas reuniões, caso a evolução econômica e inflacionária justifique. Esse cenário reforça a perspectiva de que os juros permanecerão em patamares elevados por um período prolongado.


Esse cenário sugere que os juros permanecerão em patamares elevados por um período prolongado, o que torna a renda fixa uma alternativa atrativa tanto para proteção quanto para rentabilidade.

 

 

2. Pressões Inflacionárias Persistentes


A inflação acima da meta do Banco Central reforça a necessidade de manutenção de juros altos. O Relatório Focus prevê que o IPCA fechará 2025 em 4,59%, acima do teto da meta de 4,5%. Essa trajetória inflacionária só deve se alinhar à meta em 2026.


Esse contexto favorece investimentos em títulos atrelados ao IPCA, que protegem o poder de compra do investidor enquanto oferecem retornos reais positivos.

 

 

3. Riscos Fiscais


Outro fator importante é o cenário de incertezas fiscais. Apesar de medidas recentes, como o pacote de cortes de gastos aprovado pelo governo, analistas avaliam que as propostas são insuficientes para solucionar a questão estrutural das contas públicas. A falta de um plano robusto e crível aumenta a percepção de risco econômico, incentivando a busca por ativos seguros como os da renda fixa.


 

·       Qual a recomendação para os investidores que querem aproveitar esse momento de juros altos para investir na renda fixa?


Com a taxa Selic em patamares elevados, o cenário atual oferece uma excelente oportunidade para investidores fortalecerem suas estratégias em renda fixa. As opções mais indicadas são os ativos pós-fixados, títulos atrelados ao IPCA+ e aqueles com isenção fiscal para pessoas físicas.

 

 

1. Ativos Pós-Fixados: Segurança com Rentabilidade


Os ativos pós-fixados, indexados ao CDI, são ideais para capturar os benefícios dos juros elevados. Eles acompanham as taxas de mercado, oferecendo proteção contra oscilações econômicas e mantendo rentabilidades competitivas. São importantes para reduzir a volatilidade da carteira e garantir maior exposição ao CDI em um incerto ciclo de aperto monetário Boas opções incluem:


·         CDBs pós-fixados: Emitidos por bancos, oferecem taxas de até 117% do CDI ou mais, dependendo do emissor e do prazo.


2. IPCA+: Proteção Contra a Inflação

Os títulos atrelados ao IPCA+ são indicados para investidores que buscam retornos reais acima da inflação. O Brasil é historicamente inflacionário devido a fatores econômicos estruturais, desequilíbrios fiscais, choques de commodities e variações no câmbio têm impacto direto nos preços internos, dado o peso das importações e exportações na economia brasileira. Esses ativos oferecem a segurança de preservar o poder de compra ao longo do tempo. Destaques incluem:

·         Tesouro IPCA+: Olhando em um histórico longo de mais de 10 anos, poucos foram os momentos em que as taxas de algumas nas NTN-Bs de vencimentos curtos e intermediários (2028, 2030 e 2035) estiveram acima de IPCA+6,5%.

·         Na última terça feira (10/12) houve Leilão de NTN-B, Papel indexado ao IPCA. Os 3 vencimentos (2029, 2035 e 2060) tiveram com a maior taxa do ano. Os Títulos 2029 e 2035 trabalhando com taxas maiores do que 7,00%aa - isso é caro demais. Essa rentabilidade, combinada com a segurança de um título soberano, os torna uma excelente opção.

 

3. Títulos Isentos de Impostos: Eficiência Tributária

Para investidores pessoa física, títulos isentos de imposto de renda são uma forma eficiente de maximizar os ganhos líquidos. As melhores opções incluem:

·         LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio): Oferecem rentabilidade atrelada ao CDI ou IPCA, com a vantagem da isenção tributária e alta segurança.

·         Debêntures Incentivadas: Voltadas a projetos de infraestrutura, são uma alternativa vantajosa para diversificação em renda fixa, especialmente em um cenário de juros elevados


Dicas Práticas para Investir

1.   Diversifique sua carteira: Combine ativos pós-fixados e IPCA+ para equilibrar segurança, liquidez e retorno real.

2.   Escolha prazos adequados: Alinhe os prazos dos investimentos aos seus objetivos financeiros, considerando curto, médio e longo prazo.

3.   Avalie a qualidade do emissor: Priorize emissores com bom histórico e ratings elevados para reduzir riscos.

4.   Aproveite as vantagens fiscais: Títulos isentos de impostos são especialmente vantajosos para investidores de longo prazo.

·       Mesmo com a alta da Selic, ainda vale apostar na bolsa? Algumas ações ainda apresentam um DY superior a 12%. É uma boa opção? O que avaliar ao investir nessas ações?

Mesmo com a taxa Selic elevada, investir na bolsa de valores pode ser uma estratégia interessante, especialmente ao considerar ações que oferecem um Dividend Yield (DY) superior a 12%. Contudo, é fundamental avaliar alguns pontos antes de tomar essa decisão.

 

 

1. Dividend Yield Atraente


Ações com DY acima de 12% indicam que a empresa distribui uma parcela significativa de seus lucros aos acionistas, oferecendo uma fonte de renda passiva que pode superar os retornos de muitos investimentos em renda fixa. Recentemente, um levantamento da Infomoney identificou ações que continuam pagando dividendos superiores ao CDI, mesmo com a Selic em 11,25% ao ano. Isso reforça o potencial de geração de fluxo de caixa consistente para os investidores.

 

 

2. O que Avaliar ao Investir em Ações com Alto DY


Para aproveitar essas oportunidades, é essencial analisar os seguintes aspectos:

·         Sustentabilidade dos Dividendos: Verifique se a empresa possui lucros consistentes, baixo nível de endividamento e boa capacidade de geração de caixa. Essas características indicam uma maior probabilidade de manutenção ou aumento dos dividendos no longo prazo.

·         Setor de Atuação: Alguns setores são mais resilientes em períodos de juros elevados, como os de seguros, energia elétrica e bancos. Empresas como BB Seguridade (BBSE3) têm sido destacadas por analistas devido à sua solidez e capacidade de se beneficiar em cenários de juros altos.

·         Perspectivas Econômicas: Considere o impacto do ambiente macroeconômico sobre a empresa. Setores mais sensíveis ao custo do crédito, como imobiliário e consumo, podem enfrentar maiores desafios, enquanto setores defensivos tendem a performar melhor.

·         Valorização do Ativo: Além dos dividendos, avalie o potencial de valorização da ação. Empresas que pagam bons dividendos, mas que apresentam quedas significativas no preço de suas ações, podem não oferecer um retorno atrativo no longo prazo.

 

3. Contexto Atual e Perspectivas para a Bolsa


Apesar de a renda variável seguir atrativa em termos de valuation, o cenário macroeconômico atual apresenta desafios importantes.

·         Resiliência das Empresas: O menor nível de alavancagem, a maior eficiência operacional e a consolidação setorial alcançada por muitas empresas nos últimos anos indicam que elas estão melhor preparadas para enfrentar cenários econômicos adversos.

·         Riscos Fiscais e Confiança no Mercado: Um compromisso mais sólido do governo com as contas públicas é essencial para reduzir os elevados prêmios de risco implícitos nas taxas de juros de longo prazo. Contudo, medidas fiscais recentes têm frustrado expectativas, o que prejudica a restauração da confiança no mercado acionário.

·         Dinâmica de Fluxo: Mesmo com preços atrativos em algumas ações, o fluxo para a renda variável local pode continuar pressionado negativamente no curto prazo, dada a preferência atual por ativos de renda fixa.

 

Investir em ações com alto Dividend Yield pode ser uma boa opção, mas requer análise cuidadosa. É importante considerar a sustentabilidade dos dividendos, as condições econômicas, a saúde financeira da empresa e o potencial de valorização do ativo. Embora a renda variável apresente oportunidades interessantes, a falta de gatilhos claros para uma recuperação de confiança no mercado pode limitar os ganhos no curto prazo.


Para equilibrar riscos e retornos, adotar uma abordagem diversificada e uma alocação tática pode ser essencial. Além disso, aguardar sinais mais robustos de melhora no cenário fiscal e econômico será fundamental para identificar o momento ideal de aumentar a exposição ao mercado de ações.

 

Natal e Ano Novo: 6 dicas de como planejar as festas de final de ano para não começar 2025 no vermelho

Especialista em finanças traz dicas para aproveitar as tradições da época sem se endividar ou comprometer ainda mais a renda mensal

 

As comemorações de fim de ano estão aí, e nada é melhor do que celebrar junto com a família e os amigos. Mas o cenário econômico pede atenção: o total de lares brasileiros endividados chegou a 78%, segundo os dados mais recentes da Fecomércio. Nesta época do ano, é comum que os brasileiros se “enforquem” ainda mais, cedendo às tradições. 

Para Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online, são muitos fatores que podem tirar o orçamento da rota. “O final deste ano foi marcado por muitos eventos, como a Black Friday e a Copa do Mundo. Na sequência, dezembro bateu na porta com amigos secretos, confraternizações, viagens em família, compra de presentes, ceias de Natal e Ano Novo. Se não houver planejamento e cuidado, uma pessoa pode, sem perceber, iniciar 2025 com dívidas que vão comprometer a renda por meses”, observa. 

Thaíne garante que ainda é possível adotar alguns cuidados para não se endividar com as festas de final de ano e ainda viajar, presentear e fazer um melhor uso da renda desse período. Confira: 

 

Defina um “teto de gastos” para as festas de final de ano 

Em vez de sair comprando decorações natalinas, presentes para a família e tendo outros gastos não planejados, faça diferente. Depois de colocar no papel todas as suas dívidas e gastos previstos, você terá uma noção maior do que sobra para o final de ano. Estabeleça um limite de quanto poderá gastar e assuma esse compromisso consigo mesmo. 

“Podemos fazer uma ceia mais cara ou mais barata. Podemos presentear 5 ou 10 pessoas. Podemos viajar dentro do próprio estado ou para outro país. Podemos aceitar todos os convites para confraternizações ou selecionar apenas os que fazem mais sentido. O que deve definir essas escolhas é a nossa capacidade econômica no momento. É importante estabelecer esse teto e respeitá-lo. Isso tornará os primeiros meses de 2025 muito mais tranquilos”, garante a especialista.

 

Use jogo de cintura para organizar a ceia 

“Todo mundo quer economizar. Então qualquer ideia que reduza os gastos das festas de final de ano será bem-vinda por todos. Dá para alcançar uma boa economia substituindo alguns itens do cardápio, já que produtos tradicionais são muito caros nessa época, e fazendo combinados com familiares e amigos”, sugere Thaíne. 

A velha prática do “cada um traz um prato e o que vai beber” continua sendo um bom caminho para diminuir o custo da ceia e evitar desperdício. A mesma filosofia serve para os presentes. Em famílias grandes, principalmente, propor um amigo secreto (e um pacto de que ninguém compra nada além do que vai dar ao seu amigo) faz com que cada pessoa gaste com apenas um item e todo mundo seja presenteado.

 

Faça lista de presentes e não compre por impulso 

O espírito festivo faz as pessoas se animarem mais na hora de comprar. Thaíne alerta que o momento exige atenção redobrada, pois o apelo comercial também é mais forte. “É importante delimitar quais pessoas você realmente precisa ou quer presentear, porque na hora de buscar os presentes, seja em lojas físicas ou na internet, a tentação de levar mais do que o necessário é grande. Em muitos casos, uma lembrança simples, como biscoitos decorados de Natal, é suficiente. Atenha-se à lista e pesquise bem antes de decidir onde comprar, pois há muita diferença de preço entre as lojas”, continua a especialista.

 

Evite novos parcelamentos 

A taxa média de juros anuais do cartão de crédito no Brasil é de 455,1%, mas ela pode alcançar um percentual de mais de 800% em alguns casos. “Se você já tem uma parte de sua renda comprometida com dívidas anteriores, a pior coisa que pode fazer é assumir novas parcelas. Além de se ater ao teto que estipulou para as festas de final de ano, prefira pagamentos à vista e evite a todo custo usar o cheque especial e o crédito rotativo do cartão. Os juros são muito altos e podem fazê-lo perder o controle sem que nem perceba”, alerta a executiva.

 

Planeje a viagem da família de forma consciente 

O ideal é planejar a viagem de férias com antecedência e ir pagando aos poucos, para não pesar no orçamento. Se você não fez isso, considere a possibilidade de viajar em baixa temporada, se isso for uma opção. “Caso a família só tenha as férias escolares para viajar, ainda assim é possível encontrar destinos mais em conta, compatíveis com a verba que se tem para gastar. Outra saída é abrir mão de viajar no fim do ano e começar agora a organizar a viagem para as férias de julho, pois as chances de encontrar bons pacotes e preços mais em conta são maiores”, afirma Thaíne.

 

Avalie a conveniência de renegociar as dívidas 

Em alguns casos, pode ser interessante transformar todas as dívidas em uma só, com uma parcela que seja “saudável” para a renda da família. “Hoje, as facilidades para renegociar dívidas são maiores e os juros certamente serão muito menores do que aqueles trazidos pelo cheque especial e pelo cartão de crédito. O mercado tem interesse nisso, para diminuir a inadimplência e ter crédito rodando e estimulando a economia. Se uma família tem dívidas diversas, com credores diferentes, pode ser conveniente unificá-las junto a um credor único, com uma parcela que não comprometa uma parte tão grande do orçamento mensal. Mas isso deve ser feito como uma forma de quitar as dívidas com mais tranquilidade e não como um meio de fazer sobrar renda para novas dívidas”, enfatiza a especialista.

  

Simplic


Dinheiro: Especialistas orientam o que fazer com o 13º salári

Especialistas recomendam usar o 13º salário para quitar dúvidas;
pesquisa mostra que 78,5% das famílias brasileiras
têm algum tipo de débito
Pesquisa mostra que 78,5% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida; quitação dos débitos alivia pressão financeira 

 

O pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bilhões na economia brasileira, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O benefício irá favorecer 92,2 milhões de trabalhadores formais, com um incremento médio na renda de R$ 3.096,78. 

O dinheiro extra na conta pode representar uma ótima oportunidade para as famílias organizarem suas finanças e investirem no futuro. Essa é a sugestão do professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Tiago Carrera de Andrade. “O 13° salário pode ser uma ferramenta poderosa para proporcionar um fim de ano e início de 2025 mais tranquilo financeiramente, desde que seja usado de forma planejada e racional”, pondera. 

Para quem tem dívidas - especialmente aquelas com juros altos, como cartão de crédito e o cheque especial - a orientação de Andrade é usar o dinheiro para quitá-las. “As dívidas crescem diariamente. Portanto, a recomendação é pagar esses valores atrasados o quanto antes. Isso pode aliviar a carga financeira e contribuir para abrir o ano seguinte com o orçamento equilibrado”.

 

Negocie os pagamentos

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78,5% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida. 

O levantamento foi feito com 18 mil famílias de todo o país. São levadas em conta dívidas com cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa. 

Ainda que o índice esteja em queda nos últimos meses, o percentual é considerado alto. O coordenador de área e professor dos cursos de Gestão do Centro Universitário Integrado, Marcelo Alexandre Cordeiro, lembra também que é preciso ter cautela na hora de pagar essas pendências.  

“Com dinheiro na mão, o consumidor deve ficar atento aos juros e buscar negociar os valores. Minha dica é tentar fazer o pagamento à vista, pois nesses casos, há mais abertura para conseguir melhores descontos.” 

Cordeiro reforça que o 13° salário é um recurso pontual, findável e que deve ser utilizado com consciência e planejamento. “Mesmo que você não tenha dívidas, é importante se lembrar que na virada do ano vêm novas despesas como impostos, material escolar, gastos com férias. Recomendo calcular antecipadamente quanto irá gastar e aproveite o benefício também para quitar essas contas”.

 

6 dicas de como usar o 13º salário

Freepik

Confira as seis dicas que os docentes do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR) fizeram para ajudar os trabalhadores a utilizarem o 13º salário de forma consciente:

 

1) Quite as dívidas

Utilize parte do 13º salário para quitar as dívidas, principalmente as que têm altas taxas de juros, como cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos pessoais. Ao pagar esses débitos, você alivia o orçamento mensal e economiza nos juros.

 

2) Planeje o que irá utilizar nas festas de fim de ano

O 13º salário é um ótimo recurso para ajudar com os gastos típicos dessa época, como presentes, ceia de Natal, férias, viagens. Fazer um orçamento prévio evita gastos impulsivos e ajuda a manter o controle financeiro.

 

3) Antecipe pagamentos

As contas fixas anuais – como IPTU, IPVA, material escolar - podem ser cobertas com parte do 13º salário. Essas contas, em sua maioria, têm opções de parcelamento, mas se forem pagas à vista, aumentam as chances de descontos. Quem evita o parcelamento, reduz as despesas recorrentes no início do ano e diminui a pressão financeira.

 

4) Faça uma reserva de emergência

Reserve uma quantia do salário extra para criar ou aumentar seu fundo de emergência. Esse ‘caixa’ é essencial para cobrir gastos inesperados como problemas com o carro, despesas médicas ou reparos no imóvel.

 

5) Comece um investimento

Para quem está começando e ainda não entende com profundidade o mercado financeiro, a dica é escolher investimentos simples e seguros, no início. Tesouro Selic, CDBs em bancos confiáveis, fundos de investimentos conservadores, títulos de renda fixa como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são boas opções para começar.

 

6) Invista em você 

Aproveite esse recurso para investir em você, em seus interesses e para desenvolver suas competências. Faça cursos e capacitações, adquira livros, participe de eventos que promovam troca de ideias e networking. Esse é um excelente investimento para o seu 13º salário e para sua vida, especialmente porque pode gerar novas oportunidades. 

 

Grupo Integrado

 

Última chamada: São Paulo tem 6 mil vagas abertas para curso online gratuito que conecta jovens com o mercado de trabalho

Após formação online e gratuita, alunos do Coletivo Online podem garantir emprego em uma das mais de 400 empresas parceiras do projeto

 

O Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) anuncia a abertura de 6 mil vagas para sua capacitação gratuita de jovens para o mercado de trabalho em São Paulo ainda neste ano. O programa Coletivo Online é direcionado para o público com idade entre 16 e 29 anos, que já concluiu ou está em fase de conclusão do Ensino Médio. Após a formação – totalmente online – os alunos têm a oportunidade de garantir uma vaga de emprego em uma das mais de 400 empresas parceiras do projeto. As inscrições podem ser realizadas clicando aqui. 

As videoaulas do Coletivo Online são disponibilizadas via WhatsApp. São 12 aulas que podem ser assistidas de acordo com o ritmo de cada participante. O objetivo é auxiliar os estudantes a entender o mercado de trabalho e dar dicas sobre como elaborar currículo, se comportar em entrevista e se organizar profissional e financeiramente. Ao final da capacitação, os alunos recebem um certificado e a oportunidade de se cadastrar em uma comunidade que oferece vagas exclusivas para os concluintes. O programa, liderado pelo Instituto Coca-Cola Brasil, já beneficiou milhares de pessoas. 

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), dos jovens que estão desocupados, 51% são mulheres e 65% negros. Diante desse cenário, o curso do Instituto Coca-Cola Brasil, além de ter como foco jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho, também prioriza melhores e negros, buscando o empoderamento dessa geração. 

 

Prepare-se para o verão: limpar o ar-condicionado pode ajudar na economia de energia elétrica

De acordo com previsões meteorológicas, o verão de 2025 promete altas temperaturas e poderá ser um dos mais intensos já registrados no Brasil. De olho nessa previsão, em setembro deste ano, a produção de aparelhos de ar-condicionado saltou 83%. 

Mas como cuidar do seu ar-condicionado para garantir eficiência no resfriamento, saúde e economia na conta de energia? 

 

A manutenção regular de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores é fundamental para garantir a eficiência energética. Isso porque ela assegura que os sistemas funcionem de maneira otimizada, mantendo sua capacidade de resfriamento ou ventilação e reduzindo o esforço necessário para operar. As manutenções evitam o desperdício de energia e garantem uma performance mais eficiente, resultando em economia de eletricidade. 

Além disso, um ar-condicionado sujo, além de não resfriar corretamente o ambiente, pode ocasionar uma série de problemas respiratórios e aumentar as chances de desenvolver crises alérgicas. 

A recomendação é que os aparelhos sejam limpos e revisados pelo menos uma vez por ano, idealmente antes dos períodos de uso intenso, como o verão. Indícios de que é hora de realizar a manutenção incluem aumento nas contas de energia, ruídos incomuns e redução na eficiência do resfriamento, já que a poeira acumulada nas bobinas e filtros forçam o equipamento a trabalhar mais, sobrecarrega os componentes internos e acelera o desgaste do sistema, além de aumentarem o consumo de energia em até 15%. 

A manutenção também evita problemas como falhas no compressor, vazamento de fluidos, superaquecimento dos componentes, formação de gelo, e perda de eficiência, que podem resultar em reparos mais caros e na necessidade de substituir peças prematuramente. 

“Vale reforçar que a manutenção adequada desses itens pode reduzir os custos com eletricidade. Um sistema eficiente consome menos energia e gera economia de até 20% nessas contas”, comenta Marcelo Sebastião, Diretor da Porto Serviço.

 

Melhor prevenir do que remediar 

A manutenção preventiva também gera economia a longo prazo, pois evita reparos emergenciais e prolonga a vida útil dos aparelhos. 

Estudos indicam que a economia de energia de um aparelho em seu perfeito estado de funcionamento pode compensar os custos de manutenção em cerca de 6 a 12 meses. 

“Em resumo, essas práticas sustentam a filosofia da Porto Serviço de oferecer soluções de conveniência que promovam a eficiência, a economia e o cuidado com as pessoas e com o meio ambiente”, complementa Sebastião. 

A Porto Serviço oferece limpeza, conserto e manutenção de aparelhos de ar-condicionado que podem ser contratados pelo site, por meio de um corretor, pelo App Porto ou via WhatsApp (11 3003-9303) e os serviços estão disponíveis para todos, até para quem ainda não é cliente Porto.

 

Porto Serviço

 

Criando um ambiente de trabalho saudável

Reprodução

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais relevante e necessário. O estresse, a pressão por resultados, as longas jornadas de trabalho, as metas irreais e as lideranças negligentes ou pouco participativas têm impactado significativamente o bem-estar emocional dos colaboradores, e em muitos casos levando ao estado de burnout.
 

O resultado disso, para o trabalhador, todos já conhecem: ansiedade, depressão, descontrole emocional, déficit de concentração, perda de sono, ineficácia, desesperança, baixa autoestima, dores de cabeça, entre outros. Para a empresa, os prejuízos também são muitos, como aumento no turnover, doenças ocupacionais, afastamentos, queda na performance e na produtividade, falhas operacionais, baixa na qualidade dos produtos e serviços prestados, entre outros. 

Um ambiente de trabalho saudável vai muito além da simples ausência de riscos físicos, como ruídos, vibrações ou agentes químicos – ele engloba um conjunto de fatores que promovem o bem-estar físico, mental e social dos colaboradores, contribuindo para um aumento da produtividade, da satisfação no trabalho e da redução do absenteísmo. 

Para se ter um ambiente de trabalho saudável, é importante considerar:

Promover cuidados para a saúde mental dos colaboradores;

Possuir um clima organizacional positivo, inclusivo, com respeito mútuo, colaboração e trabalho em equipe;

Fornecer benefícios que promovam a qualidade de vida dos colaboradores, como planos de saúde, seguro de vida, programas de ginástica laboral e flexibilidade na jornada de trabalho;

Investir em estratégias de desenvolvimento profissional dos colaboradores, oportunidades de treinamento e capacitação, programas de prevenção de doenças, campanhas de vacinação e exames periódicos, entre outras ações.

Mas você deve estar se perguntando: e os testes psicológicos? Como eles podem ajudar no ambiente organizacional?

Os testes psicológicos são ferramentas utilizadas por profissionais da psicologia para avaliar diferentes aspectos da personalidade, cognição, emoções e comportamentos de um indivíduo. Eles são como "radiografias" da mente, permitindo que os psicólogos obtenham informações valiosas sobre como uma pessoa pensa, sente e age.

Os testes psicológicos podem ser utilizados de forma estratégica pelas organizações em diversos contextos:

Avaliar candidatos a vagas de emprego e verificar se seu perfil psicológico possui características aderentes aos estímulos da posição que pretende ocupar;

Verificar se o colaborador se adequa à cultura da organização;

Identificar transtornos como depressão, ansiedade, instabilidade emocional e burnout;

Identificar riscos psicossociais para colaboradores que trabalham com atividades perigosas, como espaços confinados, eletricidade, altura, produtos inflamáveis, equipamentos perigosos, etc;

Avaliar habilidades socioemocionais, como inteligência emocional, resiliência, capacidade de liderança, etc;

Capacitar profissionais em programas de desenvolvimento de equipes ou de lideranças.

Os testes psicológicos são ferramentas poderosas para auxiliar na tomada de decisões em processos seletivos, de desenvolvimento e de gestão de pessoas. Ao compreender os diferentes tipos de testes e seus objetivos, é possível otimizar a utilização dessas ferramentas e obter resultados mais precisos e confiáveis.
 

Confira os principais tipos de testes psicológicos utilizados:

Testes Cognitivos

Inteligência: medem o Fator Geral de inteligência, ou seja, a capacidade de resolver problemas, relacionar ideias e lidar com as dificuldades que surgem nas atividades diárias. Exemplos: G-38, R1, TRI.

Raciocínio lógico: avaliam a velocidade e exatidão da capacidade cognitiva de analisar informações, identificar padrões e resolver problemas. Exemplos: HTM, TRL.

Atenção: avaliam a capacidade de sustentar o foco atencional em uma tarefa específica por um período prolongado, seja de forma concentrada, alternada ou dividida. Exemplos: AOL, BPA, AC.

Testes de Personalidade

Questionários: avaliam traços de personalidade como extroversão, introversão, estabilidade emocional, abertura a novas experiências, senso de dever, disciplina, organização, sociabilidade, entre outras. Exemplos: Quati, NEO PI-R, IPHEXA, Humanguide.

Projetivos: exploram aspectos inconscientes da personalidade através da interpretação de estímulos ambíguos. Exemplo: HTP.

Expressivos: avaliam qualitativamente a personalidade de uma pessoa a partir do seu modo de se comportar em uma tarefa. Exemplos: Palográfico, PMK.

Testes de Habilidades Específicas

Aptidões: avaliam habilidades específicas para determinadas funções ou compatibilidade com a área de atuação, como:

Controle Cognitivo da Impulsividade.

Resiliência, ou seja, como o indivíduo pode se comportar diante uma adversidade.

Liderança Autêntica, ou seja, como o comportamento do avaliado se aproxima do que é ser um líder.

Testes para avaliar o estado emocional

Inteligência emocional, considerando regulação emocional, capacidade de suportar pressão e empatia;

Neuroticismo, ou seja, instabilidade emocional;

Desregulação emocional e a forma como a pessoa reage em situações de tristeza;

Burnout, ou seja, estados de exaustão física e emocional, bem como despersonalização ou distanciamento.

Testes para clima organizacional e qualidade de vida

Avaliação relacionada à necessidade de humanizar o ambiente laboral, levando em consideração fatores pessoais associados aos processos produtivos para proporcionar um ambiente laboral saudável. 

Visto a correlação entre emoções e desempenho no trabalho, fica evidente a importância dos testes psicológicos para identificar e monitorar o bem-estar emocional dos colaboradores. 

Os benefícios de uma gestão humanizada e de um ambiente de trabalho saudável são inúmeros. Para os colaboradores, temos o aumento da satisfação no trabalho e a melhoria da qualidade de vida; para a empresa; redução do absenteísmo, o aumento da produtividade, a qualidade dos produtos ou serviços prestados, e a melhoria do clima organizacional. 

É hora de agir! O bem-estar emocional dos colaboradores não é mais uma opção, mas sim uma necessidade. Ao investir no bem-estar dos seus colaboradores, você investirá no futuro da sua empresa. 

Faça a diferença! Adote práticas que promovam o bem-estar emocional e construa um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Lembre-se: um colaborador feliz é um colaborador mais engajado e produtivo.



André Martin Marquez Ventura - mestrando em Psicologia Clínica e da Saúde, especialista em gestão de empresas com 15 anos de experiência em gestão de equipes, atualmente responsável pela área de Serviços na Vetor Editora.


Posts mais acessados