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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O que é enterocolite?

Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe
Maior hospital pediátrico do país esclarece as principais dúvidas sobre a doença que é considerada a emergência gastrointestinal mais comum e perigosa em recém-nascidos

 

Considerada a emergência gastrointestinal mais comum e perigosa entre recém-nascidos, a enterocolite acomete, segundo a ONG Prematuridade, até 0,7% dos bebês nascidos vivos, 7% dos pacientes internados em UTI Neonatal e até 8% dos meninos e meninas nascidos com menos de 1,5kg. A doença ganhou destaque após o recente diagnóstico de Ravi, filho mais novo dos influenciadores digitais Viih Tube e Eliezer, que ficou 20 dias hospitalizado para tratar a condição.
 

De acordo com Silmara Possas, médica neonatologista e coordenadora das UTIs do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, a doença é causada por um processo inflamatório no intestino e pode levar a complicações, como a desnutrição severa do bebê. “A enterocolite é uma doença grave que pode ser causada por diferentes fatores, mas que ainda está em estudo. Conforme o grau de gravidade, o paciente pode precisar de procedimentos cirúrgicos”, explica.
 

Como é feito o diagnóstico da enterocolite?

O diagnóstico da doença é feito com avaliação clínica a partir dos sintomas que a criança apresenta e com a realização de exames de imagem e de sangue. Entre os sinais de alerta da enterocolite estão:

  • distensão abdominal;
  • fezes com sangue;
  • apatia e letargia;
  • vômitos amarelados ou esverdeados;
  • dificuldade na alimentação;
  • febre ou hipotermia.


Como é realizado o tratamento?

A enterocolite exige que o diagnóstico seja rápido e que o tratamento seja adequado conforme a gravidade do caso. Os cuidados e intervenções podem ser feitos com a suspensão temporária da alimentação via oral, com nutrição parenteral, com o uso de antibióticos, com monitoramento em UTI neonatal e, em casos mais graves, com a realização de procedimentos cirúrgicos. 

“Após a melhora, o acompanhamento com o pediatra é fundamental para monitorar o crescimento, pois, em alguns casos, a criança pode manifestar má absorção de nutrientes e atrasos no desenvolvimento”, explica Silmara Possas.


Existe prevenção para a enterocolite? 

O leite materno é um dos principais aliados na prevenção da doença, porque também desempenha o papel fundamental de fortalecer o sistema imunológico do bebê e auxiliar no desenvolvimento saudável da flora intestinal. Além disso, o acompanhamento neonatal e o cuidado adequado de fatores de risco como prematuridade, baixo peso ao nascer e infecções sistêmicas são essenciais para diminuir as chances de desenvolvimento da doença.


Brasil avança na luta contra a aids, mas desafios persiste

No Dezembro Vermelho, especialista alerta para a importância da prevenção e do tratamento para eliminar o HIV como problema de saúde pública


O Brasil tem comemorado avanços significativos na luta contra a aids, mas desafios, como o preconceito e a desinformação, ainda persistem. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país já alcançou 96% de diagnósticos entre as pessoas vivendo com HIV, um marco importante para o avanço da eliminação da doença como problema de saúde pública. No entanto, a necessidade de intensificar as informações sobre prevenção e tratamentos continua sendo uma prioridade.    


O Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre a aids, serve como um lembrete da importância de combater o estigma e incentivar práticas sexuais seguras. A Dra. Mirian Dal Ben, infectologista e médica credenciada da Omint, destaca a importância de desmistificar a doença: "Muitas pessoas ainda acreditam em mitos sobre o HIV, o que impede que busquem ajuda e tratamento adequados. É fundamental que a população esteja bem-informada para tomar decisões conscientes sobre sua saúde sexual".


Uma confusão comum, por exemplo, é sobre a diferença entre o HIV e a aids. “O HIV é o vírus que causa a infecção, enquanto a aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma condição avançada da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico é gravemente comprometido”, explica a Dra. Mirian. “A aids ocorre principalmente quando o HIV não é tratado, levando à redução das células de defesa, chamadas CD4, e aumentando o risco de infecções oportunistas”.


O uso do preservativo é um dos métodos que auxilia na prevenção do contágio pelo HIV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como sífilis e HPV. Mas não há necessidade de reforço, destaca a infectologista: “É mito que utilizar dois preservativos ao mesmo tempo aumenta a proteção. Essa prática pode causar atrito, aumentando o risco de rompimento. Usar apenas um preservativo corretamente já oferece alta proteção”.


Para um maior controle em relação à contaminação, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas globais a serem alcançadas até 2030: diagnosticar 95% das pessoas vivendo com HIV; garantir que 95% dessas pessoas estejam em tratamento antirretroviral; e, entre aquelas em tratamento, alcançar 95% de supressão viral, ou seja, com HIV sem possibilidade de transmissão. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, apenas a quantidade de pessoas em tratamento está abaixo do objetivo. Hoje, o Brasil possui, respectivamente, 96%, 82% e 95% de alcance nessas metas.


Os avanços significativos no combate à aids são resultado da prevenção combinada, que envolve diferentes modos de prevenção ao HIV, respeitando as especificidades de cada paciente. Entre as estratégias, estão o uso de preservativos masculinos e femininos, o tratamento precoce e a evolução dos tratamentos, como a profilaxia pré e pós-exposição, o incentivo à testagem e a prevenção da transmissão da mãe para o bebê por meio de um pré-natal bem-feito.


A profilaxia pré-exposição (PrEP) é um medicamento que deve ser tomado diariamente ou antes da relação sexual e funciona como um escudo protetor, impedindo que o vírus se instale no organismo. O aumento dessa oferta levou a um maior número de diagnósticos precoces, uma vez que é necessário fazer o teste periodicamente para obter a medicação. Assim, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral.


A Dra. Mirian Dal Ben enfatiza a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para controlar a epidemia: "O uso consistente de métodos de prevenção que se adaptam à realidade de cada paciente, a realização de testes regulares e o acesso ao tratamento são medidas essenciais para garantir uma vida saudável, com ou sem o HIV.


A especialista ressalta que ainda existem muitos mitos em relação à doença e esclarece:


·     HIV não é igual à aids: o HIV é o vírus, enquanto a aids é a síndrome causada pela infecção avançada;


·   Transmissão: o HIV é transmitido por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho, e não há risco em interações cotidianas, como beijos ou abraços;


·  Tratamento: com o tratamento adequado, é possível viver com o HIV sem desenvolver a aids. A terapia antirretroviral mantém o vírus controlado, impedindo danos ao sistema imunológico;


· Carga viral indetectável: pessoas com carga viral indetectável não transmitem o vírus sexualmente.

Com o avanço da ciência e o acesso cada vez maior a informações corretas, a aids deixou de ser uma sentença de morte e se tornou uma doença crônica controlável. Continuar educando a população sobre a condição é essencial para o crescimento da adoção de comportamentos seguros.

 

Omint



Câncer de pele: 5 dicas para se proteger durante a chegada do verão

Divulgação
Médica especialista alerta para os riscos de maior exposição solar na estação mais quente do ano, que tem início no próximo dia 21

 

Com a proximidade do verão, que terá início em 21 de dezembro,é essencial redobrar os cuidados com a saúde para aproveitar a estação mais quente do ano com segurança e bem-estar. Este período traz temperaturas elevadas e maior exposição ao sol e também é sinônimo de calor, praias e maior exposição ao sol, o que demanda atenção especial à hidratação, à alimentação e, principalmente, à proteção contra os raios UV, principais causadores do câncer de pele.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele representa 33% de todos os diagnósticos oncológicos no país.  A principal causa é a exposição inadequada à radiação solar, sendo especialmente preocupante para pessoas com pele clara, histórico familiar da doença ou grande quantidade de pintas. Diante desse cenário, a campanha Dezembro Laranja reforça a importância da conscientização e da prevenção destacando a necessidade do uso do protetor solar,a realização de autoexames regulares e a consulta imediata de um dermatologista ao identificar alterações na pele, como manchas ou pintas que mudam de forma, cor ou tamanho.

No Nordeste, devido a alta reincidência de radiação solar, foram registradas mais de 5 mil internações por neoplasia maligna da pele na região entre 2019 e 2023 apenas na região, segundo uma pesquisa do Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences. O estudo também mostra que Pernambuco teve a maior quantidade de hospitalizações (1.782), enquanto Sergipe registrou o menor número (107 casos). 

De acordo com Rossana Fischer, dermatologista do Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa (HELP), localizado em Campina Grande, interior da Paraíba, cuidar da pele é fundamental não apenas para prevenir o câncer, mas também para manter a saúde e a qualidade de vida durante todo o ano. “É importante estar alerta para os sinais como manchas que crescem rapidamente, lesões que coçam, ardem ou sangram e feridas que não cicatrizam”. Além disso, a dermatologista também destaca as principais dicas para um verão seguro e saudável: 

  1. Use protetor solar diariamente: A aplicação de protetor solar com fator de proteção (FPS) 30 ou superior é indispensável, mesmo em dias nublados. Reaplique a cada duas horas ou após entrar na água ou suar excessivamente.
  2. Evite a exposição ao sol nos horários de maior intensidade: Entre 9h e 15h, os raios UV são mais fortes. Prefira atividades ao ar livre pela manhã cedo ou no fim da tarde.
  3. Hidrate-se constantemente: O calor aumenta a perda de líquidos pelo corpo. Consuma pelo menos dois litros de água por dia e complemente com sucos naturais e água de coco.
  4. Alimente-se bem: Priorize alimentos leves e ricos em água, como frutas, verduras e legumes. Eles ajudam a manter o corpo hidratado e fornecem os nutrientes necessários.
  5. Proteja-se com roupas adequadas: Use chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV e roupas leves, preferencialmente com proteção UV incorporada.

 

Saiba como evitar o cansaço visual causado pelas telas

Nocivos à saúde dos olhos, os eletrônicos podem contribuir para acelerar algumas doenças, como miopia; especialista do CEMA lista as principais medidas para evitar prejuízos à visão 

 

Não tem jeito, elas fazem parte da vida de praticamente todo mundo. As telas chegaram de mansinho e hoje estão, literalmente, na palma da mão das pessoas. No entanto, já existem diversos estudos que mostram o quão nocivo pode ser utilizar excessivamente os eletrônicos. Entre os principais danos à saúde está justamente os prejuízos à visão. “Entre os problemas relacionados às telas estão o ressecamento ocular, especialmente para quem já tem predisposição para olho seco ou passa o dia inteiro em frente a uma tela; além de vermelhidão, cansaço e dor de cabeça”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Leonardo Marculino.

Embora em fase inicial, existem estudos que apontam que a luz azul emitida por esses aparelhos podem envelhecer a retina e o cristalino, facilitando o aparecimento de algumas doenças, como degeneração macular ou catarata. Porém, já que é inevitável o uso de tais itens, qual a melhor forma de proteger os olhos? 

O especialista do Hospital CEMA lista abaixo algumas medidas que podem ajudar a evitar os danos à visão causados pelos eletrônicos:
 

1 – Preste atenção à posição que a tela está em relação aos olhos. O ideal é que ela fique abaixo do nível do queixo, se a pessoa está sentada;

2 – A cada 1 hora o ideal é parar um pouco e descansar pelo menos uns cinco minutos. Se puder, busque olhar o horizonte para exercitar a visão à distância;

3 – Caso a pessoa tenha algum desconforto ocular, como ressecamento ou ardência nos olhos ao usar as telas, pode-se usar um colírio lubrificante, com orientação do oftalmologista;

4 – Se for possível, use lentes com filtro azul, que funcionam como uma proteção contra a luz violeta que sai das telas. O olho humano não tem capacidade de proteção contra esse tipo de iluminação artificial e de alta potência luminosa. Existem também protetores de tela com esse filtro azul;

5 – Quem utiliza lentes de contato ou óculos, precisa sempre lembrar de usar o acessório quando está diante das telas. O mais indicado é o uso de óculos, pois eles não causam o ressecamento ocular que as lentes de contato causam;

6 – Evite o uso do ar-condicionado ou ventilador diretamente no rosto;

7 – Limite o tempo de uso de telas. O ideal, de acordo com o médico, é utilizar os eletrônicos por, no máximo, 2 horas por dia.
 

Com relação ao tempo de uso, vale ressaltar que esse tempo muda um pouco quando se trata de crianças. De acordo com o oftalmologista, dos zero aos 2 anos, o ideal é que a criança não seja exposta às telas, especialmente tablets e celulares. Dos dois aos cinco anos, o recomendado é 1 hora por dia. Dos seis anos em diante, 2 horas por dia. “Especialmente nos casos de crianças com idade escolar, o que a gente nota é que pode ocorrer um aumento do grau de miopia em uma velocidade acima do normal”, diz o médico. Os especialistas sabem o quanto é desafiador cumprir esse tempo de tela, mas vale um esforço para garantir que a visão continue saudável por toda a vida.

 

Mulheres maduras são as mais atentas a uma alimentação equilibrada na América Latina

Novo estudo da Kantar mostra as preocupações das latino-americanas a respeito de saúde e bem-estar e revela que as brasileiras maduras foram as que mais diminuíram o consumo de carnes para um estilo de vida mais saudável

 

O novo levantamento Decoding Wellness – #BodyMindPlanet Latam Edition 2024, primeiro e mais abrangente relatório da divisão Worldpanel da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, a respeito de saúde e bem-estar na América Latina, revela que as mulheres mais maduras são mais preocupadas com uma dieta equilibrada do que as mais jovens na América Latina. No Brasil, por exemplo, as mulheres maduras foram as que mais renunciaram ao consumo de carnes em busca de uma alimentação mais saudável. 

O estudo, que contempla mais de 15.000 entrevistas em 10 mercados, traz uma série de descobertas sobre as maiores preocupações e hábitos das mulheres latinas de diversas faixas etárias nesses quesitos. Assim como na trama protagonizada por Demi Moore no filme A Substância, o aumento de peso e o envelhecimento são constantes preocupações do público feminino, representando, respectivamente, a maior queixa entre as mulheres de 36 e 55 anos (44%), e o maior medo das com mais de 55 anos (13%). 

De acordo com os dados da Kantar, as mulheres maduras se mostram mais preocupadas com o equilíbrio de consumo de alimentos saudáveis, fazendo compensações quando caem em tentações indulgentes. 59% das latinas com mais de 55 anos afirmaram que se têm um capricho pouco saudável tentam compensar de alguma forma e 66% desse público avaliam se esse ‘pecado’ vale a pena antes de cometê-lo. Esses números caem para 48% e 64% para a população de 36 a 55 anos, 56% e 54% para os de até 35 anos, respectivamente. 

Entre os comportamentos adotados por elas na busca por saudabilidade está a redução do consumo de açúcar - 45% do público 55+ diz evitar ingestão de produtos com alto teor de açúcar. Apenas 28% desse público dizem comer guloseimas para se animarem, enquanto as mulheres de até 35 anos são as que mais o fazem (35%). 

O levantamento aponta ainda que as mulheres latinas são mais preocupadas em seguir dieta controlada em calorias do que a média global, 24% contra 20%, respectivamente. Além disso, 15% afirmam consultar nutricionista, enquanto a média mundial é de 9%. 

O uso de aplicativos para monitorar ingestão de calorias se mostra democrático entre as mulheres latinas de todas as faixas etárias: 5% das de até 35 anos usam e 4% das mulheres a partir de 36 anos utilizam os apps de dietas. 

Vê-se também uma forte tendência de aceitação de suplementos e vitaminas como aliados ao bem-estar físico e à saúde. Os suplementos de colágeno estão mais presentes em lares de pessoas mais velhas - 63% do público 35+ os considera benéficos, já entre a população de até 34 anos, esse índice cai para 53%. Em contrapartida, os suplementos para imunidade são mais frequentes em lares mais jovens: 59% do público até 35 anos os considera benéfico, enquanto esse número é de 55% entre as mulheres de 36 a 55 anos e de 56% para as acima de 55. 

Entre as doenças que mais afligem as latinas mais maduras estão hipertensão (50%) e diabetes (49%), com números bem acima da média global de 43% e 37%, respectivamente. Incômodos da saúde feminina também se destacaram na pesquisa, com 21% das respondentes se queixando dos sintomas de menopausa.

 

Comportamento no Brasil

O Brasil se revelou o País com menor número de Actives – termo usado no estudo para designar pessoas que buscam ativamente seu bem-estar, com apenas 30%, enquanto a média da América Latina é 39%, chegando a 52% na Colômbia, no topo do ranking. A maior concentração dos Actives brasileiros é entre o público feminino mais de 55 anos (36%), enquanto entre o público de até 35 esse número cai para 21% e entre os de 36 a 55 anos, vai para 29%.

Entre os hábitos da população na busca por um estilo de vida mais saudável, está a diminuição do consumo de carnes. As mulheres mais maduras (55+) foram as que mais diminuíram conscientemente o consumo do alimento, representando 20% desse público, enquanto entre os mais jovens (até 35 anos) esse número é 15%. O estudo mostra ainda que cerca de 3% dos mais jovens, 4% do público de 36 a 55 anos e 2% dos mais velhos, seguem dieta vegetariana. Os veganos são 3% dos de até 35 anos e 2% entre os de 36 a 55 no País.

O estudo Decoding Wellness – #BodyMindPlanet Latam Edition 2024 é o primeiro e mais abrangente relatório da Kantar a respeito de saúde e bem-estar na América Latina. Contempla mais de 15 mil entrevistas em 10 mercados. São eles: América Central (Costa Rica, Guatemala e Panamá), Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.

 

Kantar
www.kantar.com/brazil


Campanha mobiliza a população para a doação de medula óssea

 Iniciativa garante o tratamento de pacientes com doenças que afetam as células sanguíneas, como foi o caso de um jovem carioca sem irmãos, que precisou recorrer a um registro de voluntários

 

A doação de medula óssea é um ato de solidariedade e esperança que garante o tratamento de doenças que afetam as células sanguíneas, como linfomas e leucemias. Em geral, pacientes que necessitam de transplante precisam contar com um parente compatível ou recorrer a um doador não-aparentado, cadastrado em um registro de voluntários. 

Para conscientizar a sociedade e aumentar as chances de compatibilidade, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea acontece de 14 a 21 de dezembro, iniciativa criada por lei (nº 11.930/2009). 

É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante. 

Em média, 650 pessoas estão à procura de um doador no país, segundo o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). A unidade é o terceiro maior banco do tipo no mundo, com financiamento exclusivamente público.

De acordo com o site do REDOME, é possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros localizados em todos os estados do país. No Rio de Janeiro, além do Hospital Pedro Ernesto, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores de segunda a sexta-feira, de 8h às 14h30. Não é necessário agendamento. 

A Oncoclínicas Rio de Janeiro recorre ao cadastro para o atendimento de seus pacientes, quando não há doadores aparentados compatíveis. A instituição, em parceria com o Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, mantém a unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO), que recentemente alcançou uma marca significativa: três transplantes bem-sucedidos no mesmo dia, totalizando 24 procedimentos até setembro de 2024.
 

Carioca que recebeu medula vinda dos EUA faz homenagem a doador

Um mal-estar em 2016 levou Carlos Martinho Pereira Christão, na época com 19 anos, a uma unidade de saúde de emergência no Rio de Janeiro. Ao procurar ajuda para sintomas como vômito e diarreia, o jovem acreditou que seria medicado e liberado rapidamente. No entanto, devido a alterações significativas em seus exames, foi necessário permanecer internado por 15 dias e, após esse período, seguir em avaliação até o diagnóstico de aplasia de medula, uma doença rara que compromete a produção de células do sangue. Submetido a tratamentos durante três anos, sem sucesso, o rapaz que é filho único precisou recorrer a um doador não-aparentado, cadastrado em um registro de voluntários, para conseguir um transplante de medula óssea.

O procedimento foi um sucesso e, dois anos após a cirurgia, Carlos pôde fazer contato com Patrick, seu doador, um americano que já ganhou até homenagem do carioca. Praticante de esportes, durante uma meia maratona o rapaz vestiu uma camisa com as frases "Thank you, Patrick! We did it (Obrigado, Patrick! Nós fizemos isso). 

"Os médicos chegaram a cogitar a possibilidade de meu pai ser o doador, mas a compatibilidade nesses casos é de 50%. E, quando localizaram o Patrick, ele era 100% compatível. Por coincidência, temos a mesma idade e praticamos esportes. Ele joga futebol americano e, para entrar no time da faculdade, tinha como condição ser doador de medula. E, na turma dele, foi o único que conseguiu de fato contribuir", conta Carlos, paciente da Oncoclínicas Rio de Janeiro, que lembra bem dos dias de espera até a chegada da medula ao Brasil.

"A medula vem de avião. Mas deu tudo certo. Quando tive acesso à identidade dele, tentei contato, mas não consegui. Aí descobri o perfil numa rede social e pude saber como era. Uma prima que mora nos Estados Unidos me ajudou a achá-lo e fizemos um primeiro contato por mensagens. Ainda não tive a oportunidade de ir até lá para um encontro, mas está nos planos”, relata.

Hoje, aos 28 anos, Carlos, que trabalha na área de TI, leva uma vida normal. Antes do transplante, no entanto, aos poucos teve que deixar de fazer coisas simples, do dia a dia: "Tive que suspender atividades físicas, academia. Comecei a ter dificuldade para correr e, depois, até para caminhar. Hoje posso fazer tudo de novo e sou muito grato ao Patrick por ter me ajudado a chegar aqui". 

 

Saiba mais sobre o transplante:
 

:: É indicado para tratar doenças relacionadas à fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imune.

:: Os principais beneficiados são pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas).

:: Outras doenças, não tão frequentes, também podem ser tratadas com transplante de medula, como as mielodisplasias, doenças do metabolismo, doenças autoimunes e vários tipos de tumores.

:: Segundo o REDOME, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não-aparentados, é, em média, de 1 em 100 mil.

:: A medula óssea do doador se recompõe em 15 dias.
 

Para doar é preciso:
 

:: Ter entre 18 e 35 anos e bom estado geral de saúde.

:: Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

:: Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imune.

:: Para outras informações, procure o hemocentro do estado e agende uma consulta de esclarecimento.



Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


Dezembro Laranja: tecnologias inovadoras elevam a precisão no diagnóstico precoce do câncer de pele

Equipamentos avançados realizam mapeamento completo do corpo, permitindo o acompanhamento milimétrico de lesões e a detecção de alterações em estágios iniciais, quando as chances de cura superam 90% 

O uso de inteligência artificial potencializa a análise das imagens, destacando áreas que exigem atenção especial dos especialistas 

 

A tecnologia tem se tornado uma peça-chave na identificação rápida e precisa do câncer de pele, transformando a maneira como médicos lidam com a prevenção e o tratamento da doença. Equipamentos modernos e sistemas automatizados oferecem um nível de detalhamento que supera os métodos tradicionais de análise visual, ajudando a detectar alterações mínimas em lesões cutâneas antes que se tornem ameaças à saúde.  

Esses equipamentos realizam um mapeamento completo do corpo, permitindo que lesões sejam acompanhadas ao longo do tempo com precisão milimétrica. Por meio de tecnologias que padronizam iluminação, ângulo e foco, cada imagem se torna uma ferramenta de comparação confiável.  

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, responsável por cerca de um terço de todos os diagnósticos oncológicos no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A cada ano, mais de 220 mil novos casos de câncer de pele são registrados, sendo aproximadamente 8.400 deles de melanoma, a forma mais agressiva da doença. Especialistas destacam que muitos casos poderiam ser prevenidos com hábitos adequados e tratados de forma mais eficaz com diagnóstico precoce.  

O câncer de pele, especialmente o melanoma, pode evoluir rapidamente. Ferramentas tecnológicas nos ajudam a detectar alterações ainda em estágios iniciais, quando as chances de cura são superiores a 90%. Esses dispositivos também são fundamentais para monitorar alterações sutis que, de outra forma, poderiam passar despercebidas no exame clínico. O uso de softwares avançados, aliados à inteligência artificial, potencializa a análise das imagens, sinalizando áreas de atenção para o especialista.  

“O Dezembro Laranja é muito importante para conscientizar sobre a prevenção e o tratamento precoce do câncer de pele. Além dos exames de rotina, que devem ser feitos pelo menos uma vez ao ano, como a anamnese, o exame clínico e a dermatoscopia, hoje contamos com a inteligência artificial nos métodos diagnósticos por imagens”, explica a dermatologista Paula Bellotti.  

A tecnologia tem se tornado uma peça-chave na identificação rápida e precisa do câncer de pele, transformando a maneira como médicos lidam com a prevenção e o tratamento da doença. Equipamentos modernos e sistemas automatizados oferecem um nível de detalhamento que supera os métodos tradicionais de análise visual, ajudando a detectar alterações mínimas em lesões cutâneas antes que se tornem ameaças à saúde.  

Esses equipamentos realizam um mapeamento completo do corpo, permitindo que lesões sejam acompanhadas ao longo do tempo com precisão milimétrica. Por meio de tecnologias que padronizam iluminação, ângulo e foco, cada imagem se torna uma ferramenta de comparação confiável.  

Segundo a especialista, a tecnologia oferece um suporte essencial aos médicos. “Softwares ultramodernos de fotografia permitem fotografar o corpo inteiro em minutos, sem deixar nenhuma pinta de fora. Através da IA cada pinta é avaliada e gera uma estimativa da probabilidade de ser ou não um câncer de pele. Isso nos ajuda a conscientizar e mostrar ao paciente a importância desses exames.”  

Entre as tecnologias que têm se destacado está o Intellistudio, do Grupo MedSystems, que realiza um mapeamento corporal completo por meio de fotografias detalhadas. Utilizando inteligência artificial e automação, o dispositivo é uma solução que redefine a captura de imagens clínicas e estéticas. O sistema permite o acompanhamento preciso de alterações das lesões, pois consegue fotografar exatamente com os mesmos ajustes de luz e posição, ao longo do tempo.  

“A ferramenta facilita a identificação precoce de lesões dermatológicas, especialmente do melanoma, que pode ser tratado com maior sucesso quando detectado em estágios iniciais. A tecnologia otimiza o trabalho médico e melhora a experiência do paciente”, afirma Thalita Herek, Head clinica do Grupo Medsystems. Além de ser amplamente utilizado em clínicas dermatológicas, a inovação tem aplicações na medicina estética, auxiliando profissionais a documentar e avaliar procedimentos com precisão, garantindo resultados mais eficazes e seguros. 

 

A importância do diagnóstico precoce 

O diagnóstico precoce desempenha um papel importante no combate ao melanoma, uma forma de câncer de pele que, embora represente apenas 3% dos casos, é responsável pela maioria das mortes relacionadas à doença. Quando identificado nos estágios iniciais, as chances de cura ultrapassam 90%, proporcionando um prognóstico positivo. Entretanto, o melanoma é conhecido por sua evolução rápida e agressiva; se não tratado prontamente, pode se disseminar para outras partes do corpo (metástase), tornando o tratamento desafiador. 

Além disso, o tratamento dos carcinomas basocelulares e espinocelulares, tipos mais comuns de câncer de pele, também se beneficia do diagnóstico precoce. Embora menos agressivos, podem causar deformações ou comprometer estruturas importantes se não tratados adequadamente.  

Enquanto a tecnologia avança, hábitos preventivos continuam sendo essenciais para reduzir a incidência da doença. Além da proteção solar diária e do controle de exposição ao sol nos horários de pico (10 às 16 horas), algumas outras recomendações devem ser observadas:   

·         Uso de roupas e acessórios de proteção: Camisas de manga longa, chapéus de abas largas e óculos de sol com proteção UV oferecem uma camada extra de segurança contra a radiação. Prefira tecidos leves e de trama fechada, que bloqueiam a passagem dos raios solares. 

·         Realizar autoexame e observação de sinais: Realize inspeções regulares na pele, observando mudanças em pintas ou manchas. Critérios como assimetria, bordas irregulares, coloração variável e diâmetro superior a 6 mm devem ser analisados com atenção. Em caso de dúvida, consulte um dermatologista. 

·         Consultas regulares ao dermatologista: Mesmo sem sintomas aparentes, visitas anuais ao especialista são essenciais. Um profissional capacitado pode identificar alterações invisíveis a olho nu, aumentando as chances de um diagnóstico precoce. 

·         Evitar câmaras de bronzeamento: Estudos apontam que o uso dessas câmaras aumenta em até 75% o risco de desenvolver melanoma. Essa prática é desaconselhada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 

Grupo MedSystems (Holding JL Health)



Planos de saúde e o home care para pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): um direito à vida com dignidade

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que causa a deterioração dos neurônios motores, resultando em paralisia muscular e, eventualmente, levando à morte. Pacientes com ELA frequentemente necessitam de cuidados contínuos e especializados, incluindo fisioterapia, fonoaudiologia, cuidados de enfermagem e suporte ventilatório. O tratamento domiciliar (home care) é essencial para garantir a qualidade de vida e a dignidade desses pacientes. 

Os planos de saúde têm a obrigação de fornecer cobertura para os tratamentos e procedimentos médicos previstos no contrato de assistência à saúde, incluindo aqueles prescritos por médicos assistentes, desde que estejam de acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

 Infelizmente, muitas operadoras utilizam subterfúgios administrativos para negar o fornecimento de home care, ferindo os direitos garantidos por lei, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a Constituição Federal e a Lei dos Planos de Saúde. Essas negativas colocam em risco a vida de pacientes vulneráveis e violam o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 

Pacientes com doenças graves, ao enfrentarem a negativa de cobertura pelas operadoras, ainda precisam reunir forças para buscar acesso ao tratamento nos tribunais. Para isso, é comum acionarem advogados especialistas que ingressam com uma ação de obrigação de fazer. Esse instrumento jurídico busca compelir o plano de saúde a cumprir suas obrigações contratuais, fornecendo o tratamento domiciliar prescrito. A base legal para tal ação inclui: o Código de Defesa do Consumidor (CDC): Negar cobertura de tratamento essencial constitui prática abusiva, conforme os artigos 6º, 14 e 51 do CDC; a Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98): Artigos 10 (cobertura mínima obrigatória) e 12 (direitos e deveres dos consumidores); a Constituição Federal: Artigos 196 (direito à saúde) e 197 (competência do Estado para a prestação de serviços de saúde); e o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: Artigo 1º, inciso III, que estabelece a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. 

Negar o tratamento necessário a um paciente com ELA fere diretamente esses dispositivos legais e princípios constitucionais. 

Para ingressar com uma ação de obrigação de fazer contra o plano de saúde, é fundamental que o paciente reúna toda a documentação possível, incluindo: Laudos e prescrições médicas, registro da negativa formal, contrato do plano de saúde, comprovantes de pagamento e a Carteirinha do convênio e documentos pessoais: RG, CPF e comprovante de residência. 

Os tribunais têm reiteradamente se posicionado a favor dos pacientes em casos de negativa de fornecimento de tratamento domiciliar. Alguns exemplos de decisões judiciais ilustram esse entendimento: 

Apelação nº 1100984-44.2015.8.26.0100: O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o plano de saúde fornecesse home care para um paciente com Alzheimer, reconhecendo a ofensa ao CDC e ao direito à saúde.

 Apelação nº 1103861-88.2014.8.26.0100: Decisão similar envolvendo um paciente com paralisia cerebral. 

Agravo de Instrumento nº 2207305-17.2023.8.26.0000: Determinação de home care com atendimento multidisciplinar para um paciente em estado grave. 

Portanto, a negativa de cobertura de tratamento domiciliar por parte dos planos de saúde, especialmente para pacientes com ELA, é uma prática ilegal e abusiva que fere direitos fundamentais. A Justiça tem se mostrado uma alternativa viável para assegurar o acesso ao tratamento necessário e garantir o respeito à dignidade humana. Dessa forma, cabe aos pacientes e seus representantes legais buscarem os meios adequados para fazer valer esses direitos.

 


José Santana Júnior - advogado especialista em Direito Empresarial e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados


20% dos brasileiros sofrem com o desvio de septo

Descubra o que causa e como tratar a enfermidade que incomoda milhões de pessoas no país


O desvio de septo é uma condição na parte interna do nariz na parede que separa as narinas. Quando o desvio ocorre, torna uma das passagens menor que a outra. Pode ser causado ao nascer, por lesões como acidentes ou quedas, no desenvolvimento errôneo dos ossos no processo de crescimento e, até mesmo, por inflamações ou alergias crônicas. A Academia Brasileira de Rinologia estima que o desvio de septo atinge 20% dos brasileiros. 

Idealmente, a estrutura interna da parede do nariz deve estar centralizada, dividindo o nariz em dois orifícios simétricos. Porém, em muitos casos, o septo nasal encontra-se desviado, ou não centralizado, estreitando a passagem de ar pelas narinas, e constituindo o que chamamos de desvio do septo nasal. O desvio de septo se torna um problema quando interfere na respiração. Em casos mais graves, pode bloquear um lado do nariz e causar dificuldade para respirar, dificuldade para assoar o nariz, sinusite recorrente, apneia do sono, entre outros problemas.  

“Esta condição pode ser corrigida através de uma cirurgia realizada pelo médico otorrinolaringologista, mas deve ser muito bem avaliada antes da indicação do procedimento”, conta o médico Rodrigo Miranda, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina. Segundo o especialista, nem todo paciente é candidato à cirurgia ou terá grande benefício com o procedimento. “O otorrinolaringologista deve observar o grau de obstrução nasal e suas relações com outros fatores, como alergias, roncos e rinossinusites entre outros. Se bem indicada, a septoplastia, cirurgia para correção do desvio do septo nasal, pode obter resultados fantásticos, com grande aumento de saúde e principalmente de qualidade de vida para o paciente”, afirma. 

A cirurgia é a recomendação para os casos de sintomas recorrentes, mas o tratamento também pode incluir anti-histamínicos, descongestionantes nasais, esteroides e, até mesmo, a utilização de uma fita adesiva para abrir as vias nasais. “Existem diversas maneiras para reduzirmos e tratarmos os efeitos do desvio de septo. Obviamente, cada caso precisa ser analisado de maneira bem particular, mas existem alguns tratamentos, que não passam pela cirurgia, que podem reduzir consideravelmente o incômodo”, completa o especialista.



Qual a relação do envelhecimento com a incontinência urinária?

 

Hábitos saudáveis e tratamento individualizado minimizam o desconforto da doença, que acomete cerca de 30% da população acima de 60 anos no Brasil 

 

A incontinência urinária, distúrbio urológico que acomete mais de 30% da população acima dos 60 anos no Brasil segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ainda é um tema que gera incertezas pela ausência de informações seguras. As maiores dúvidas do público idoso são sobre o aparecimento da doença, se existe possibilidade de prevenção e quais os métodos para tratamento, uma vez que a associação da incontinência urinária com o envelhecimento é bastante comum. Erlaine Rezende, fisioterapeuta e especialista no cuidado ao idoso e parceira da Bigfral, marca líder em cuidado adulto e especializada em produtos para incontinência urinária, esclarece os questionamentos sobre a doença, que muitas vezes consiste em mudança de hábitos e tratamento individualizado.
 

1) Como o envelhecimento está relacionado à perda de urina?

Erlaine: Conforme o corpo envelhece, é natural que algumas mudanças aconteçam, principalmente no controle da bexiga. O enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico é frequente, e a bexiga pode se tornar menos elástica causando dificuldade de ser completamente esvaziada. Essas mudanças podem contribuir para a perda de urina. Entretanto, não é uma condição exclusiva aos idosos, nem indica que todo idoso vai evoluir com o quadro de incontinência. 
 

2) A partir de quando a perda de urina pode se tornar frequente?

Erlaine: Não existe regra, mas as pessoas podem começar a notar a partir dos 60 anos, assim como outras mudanças no funcionamento do corpo. Fatores como saúde geral, hábitos saudáveis de vida, alimentação e exercícios físicos, além da presença de outras condições e doenças também influenciam. 
 

3) Quais são os tipos de incontinência que podem acometer os idosos?

Erlaine: A incontinência urinária pode surgir em quatro variações diferentes, e acometer não somente os idosos, como pessoas de qualquer idade:

Incontinência de esforço: Ocorre quando há perda de urina ao tossir, espirrar, rir ou fazer algum esforço físico. É mais comum em mulheres após a menopausa e em homens após cirurgias de próstata.

Incontinência de urgência: Caracterizada por uma necessidade súbita e intensa de urinar, seguida de uma perda involuntária de urina. Pode estar associada à hiperatividade da bexiga e é mais frequente à medida que envelhecemos.

Incontinência por transbordamento: Acontece quando a bexiga não esvazia completamente e há um gotejamento constante de urina. Pode ocorrer em pessoas com condições que afetam os nervos que controlam a bexiga, como diabetes.

Incontinência funcional: Relacionada à problemas de mobilidade ou de comunicação, que dificultam chegar ao banheiro a tempo. É comum em idosos com limitações físicas ou cognitivas.
 

4) Quais cuidados o adulto pode tomar para prevenir a incontinência nos próximos anos?

Erlaine: Prevenir a incontinência urinária envolve cuidados com o corpo ao longo do tempo. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, evitar o excesso de cafeína e bebidas alcoólicas, manter um peso saudável e praticar exercícios regularmente são fundamentais. Exercícios específicos para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel, também podem ajudar a manter o controle da bexiga. Além disso, procurar orientação médica regularmente para acompanhar a saúde é uma ótima forma de prevenção.


Erlaine também destaca que a presença da incontinência na vida de um idoso não atrapalha as atividades do cotidiano ou limita alguma ação ou tarefa. “Atualmente as roupas íntimas descartáveis conseguem controlar o volume da urina com rápida absorção, ajuste ao corpo e sem incômodos, para uma rotina sem desconforto e restrições. Além disso, são práticas, fáceis de usar e podem ser trocadas discretamente. Elas ajudam a manter a pele seca, reduzindo o risco de irritações, e promovem a confiança para que o idoso possa manter uma vida social ativa e independente”, finaliza Rezende.

 

Bigfral

 

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