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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

3 habilidades mais procuradas na hora de contratar líderes em 2025

Pesquisa da Robert Half revela características e habilidades que serão necessárias para ser contratado ou se manter no emprego no Brasil


Com a proximidade do final do ano e o mercado de trabalho passando por rápidas transformações, as empresas estão reavaliando o que realmente importa na hora de escolher seus líderes. A mais recente pesquisa da Robert Half revela que, em 2025, as companhias estarão focadas em contratar profissionais de liderança que apresentem um conjunto específico de habilidades. Essas competências serão decisivas não só para conquistar uma vaga, mas também para garantir longevidade nas posições de chefia em áreas como tecnologia, finanças, marketing e recursos humanos.

Segundo a neurocientista especialista em desenvolvimento humano, Alessandra Gasparini, 2025 será um ano ainda mais desafiador, porque as empresas buscam não apenas por habilidades técnicas, mas sim por líderes que saibam lidar com os desafios de forma humana: "Quem conseguir combinar inteligência emocional, comunicação eficaz e adaptabilidade terá mais chances de prosperar. Essas habilidades são essenciais para liderar equipes em um mercado que exige flexibilidade e visão estratégica”, afirma a especialista em desenvolvimento humano.


Confira as três habilidades que serão essenciais para os líderes do futuro segundo a última pesquisa da Robert Half:


1. Inteligência emocional

Com 78% dos líderes brasileiros afirmando que a saúde mental das equipes será uma prioridade em 2025, segundo a pesquisa da Robert Half, a inteligência emocional (IE) se destaca como a habilidade mais valorizada. Os profissionais de liderança precisam ser capazes de identificar e gerenciar suas próprias emoções, além de entender e influenciar as emoções dos outros. A capacidade de empatia e controle emocional permitirá aos líderes criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos, promovendo a colaboração e a motivação.

“As empresas estão percebendo que líderes emocionalmente inteligentes têm equipes mais engajadas e resilientes, o que leva a resultados mais consistentes no longo prazo”, afirma Alessandra Gasparini, especialista em desenvolvimento de líderes. “A capacidade de gerenciar crises emocionais e manter a calma em momentos de pressão será um dos fatores mais buscados pelas organizações.” Cuidar e manter a saúde emocional das equipes será uma premissa para uma boa liderança.


2. Comunicação clara e assertiva

A habilidade de comunicação é outro item que aparece no topo da lista. Em um ambiente cada vez mais híbrido e digital, onde reuniões online e equipes remotas são a norma, os líderes precisam se comunicar de forma precisa, sucinta, porém clara e eficaz. Isso não se trata apenas de transmitir informações, mas de conseguir gerar conexão emocional, inspirar, engajar e garantir que todos os membros da equipe estejam alinhados com os objetivos da organização.

A pesquisa da Robert Half indica que 67% das empresas estão priorizando a contratação de líderes que dominem a comunicação assertiva, especialmente necessárias em momentos de mudanças e incertezas. “A capacidade de um líder em comunicar-se bem impacta diretamente a performance da equipe. Quando há clareza e transparência, o time se sente mais seguro e consegue manter a boa capacidade de tomar decisões e inovar”, explica Alessandra.


3. Adaptabilidade e mentalidade ágil

Com o avanço das tecnologias e a constante mudança no mercado de trabalho, a adaptabilidade será uma habilidade crucial para os líderes de 2025. As empresas estão buscando profissionais que consigam ajustar suas estratégias rapidamente, sem perder de vista os objetivos de longo prazo. A mentalidade ágil, que envolve a capacidade de aprender coisas novas e implementá-las em prol das mudanças, promovendo a inovação contínua, será um diferencial. Considera-se aqui também a adaptabilidade em liderar diversas gerações, cada uma com suas motivações e desafios. 

“A adaptabilidade é o que diferencia um líder reativo de um líder proativo”, comenta Alessandra Gasparini. “Os profissionais que estiverem abertos ao aprendizado constante e que conseguirem navegar por cenários complexos com agilidade serão aqueles que se destacarão nas posições de liderança.”


Prefeitura de SP reabre parcelamento em débitos de IPTU, ISS e multas

Freepik

Será possível regularizar os débitos com descontos de até 95% de juros e multas e até 75% de honorários advocatícios. Veja os detalhes

 

A Prefeitura de São Paulo reabriu nesta semana as inscrições para o Programa de Parcelamento Incentivado de 2024 (PPI 2024). Conforme a gestão municipal, a iniciativa permite a regularização de débitos com descontos de até 95% de juros e multas e até 75% de honorários advocatícios.

As adesões poderão ser feitas até 31 de janeiro de 2025 pelo portal Fique em Dia. Clique aqui para participar. "Podem ser incluídos débitos atrasados de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e multas, dentre outros, inclusive os inscritos em Dívida Ativa", afirma a prefeitura.

Segundo o município, o PPI 2024 permite a regularização de débitos decorrentes de créditos tributários e não tributários, constituídos ou não, inclusive os inscritos em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, em razão de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2023.

"Não poderão ser incluídos no programa os débitos referentes a obrigações de natureza contratual, infrações à legislação ambiental, ISS do Simples Nacional, multas de trânsito, débitos incluídos em transação celebrada com a Procuradoria Geral do Município e débitos incluídos em PPI anteriores ainda não rompidos", reforça o município.

Os contribuintes poderão aderir ao PPI 2024 em três faixas de descontos diferentes, de acordo com o número de parcelas mensais selecionadas: - Parcela única; de 2 a 60 parcelas; e de 61 a 120 parcelas.

No caso dos contribuintes que optarem pelo pagamento parcelado, eles deverão arcar com o pagamento de parcelas mensais, iguais e sucessivas, sendo que o valor de cada parcela, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa Selic.

Os valores mínimos estabelecidos para cada parcela são de R$ 50 para pessoas físicas e R$ 300 para pessoas jurídicas. "A formalização do pedido de ingresso no PPI 2024 implica o reconhecimento dos débitos nele incluídos", afirma a Prefeitura.

Em relação aos débitos tributários, o PPI 2024 oferece:

- Redução de 95% do valor dos juros de mora, de 95% da multa e, quando o débito não estiver ajuizado, de 75% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em parcela única;

- Redução de 65% do valor dos juros de mora, de 55% da multa e, quando o débito não estiver ajuizado, de 50% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em até 60 parcelas;

- Redução de 45% do valor dos juros de mora, de 35% da multa e, quando o débito não estiver ajuizado, de 35% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em 61 a 120 parcelas.

Em relação aos débitos não tributários, o PPI 2024 oferece: - Redução de 95% do valor dos encargos moratórios incidentes sobre o débito principal e, quando o débito não estiver ajuizado, de 75% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em parcela única;

- Redução de 65% do valor atualizado dos encargos moratórios incidentes sobre o débito principal e, quando o débito não estiver ajuizado, de 50% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em até 60 parcelas;

- Redução de 45% do valor dos encargos moratórios incidentes sobre o débito principal e, quando o débito não estiver ajuizado, de 35% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento de 61 a 120 parcelas.

 



Estadão Conteúdo

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/prefeitura-de-sp-reabre-parcelamento-em-debitos-de-iptu-iss-e-multas



Alta na Selic prolonga oportunidades de investimentos em renda fixa, diz BB Previdência

Entidades Fechadas de Previdência Complementar têm aproveitado o ciclo para aumentar a liquidez com ativos indexados ao CDI, diz Ricardo Serone, Diretor da instituição

 

O aumento da taxa Selic, para 11,25% ao ano, reflete a preocupação com a inflação corrente e as expectativas inflacionárias, afirma Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência. “Essa elevação está diretamente ligada à deterioração da situação fiscal do governo federal, influenciada por uma arrecadação abaixo do esperado e por incertezas sobre o cumprimento do arcabouço fiscal estabelecido”, explica o executivo.

 

Na avaliação de Serone, é esperado que o Banco Central do Brasil sustente uma elevação da taxa de juros suficientemente grande para reforçar o compromisso com a meta de inflação. Por isso, a BB Previdência estima que a Selic seja elevada novamente em mais 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, acompanhando, assim, o Boletim Focus, que projeta a taxa em 11,75% ao final de 2024.

 

“Para 2025, o cenário é mais incerto. Contudo, se o horizonte não mudar, é provável que a taxa atinja o intervalo de 12,25% a 12,50% até o meio do ano que vem. O ritmo de desaceleração de preços vai determinar, juntamente com as expectativas de inflação, o efetivo progresso da Selic. A BB Previdência também acompanha a visão do mercado, com um intervalo de confiança para a máxima de 2025 mais largo, de 12% a 13,25%”, observa Serone.

 

O Boletim Focus tem projetado seguidas altas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que poderá atingir 4,59% ao final de 2024, acima do teto da meta, de 4,5%, e bastante distante do centro, de 3%. A inflação tem sido bastante impactada por eventos climáticos, como a seca, e seus efeitos nos preços dos alimentos e da energia elétrica.

 

O Focus também elevou as expectativas para o PIB, de 3,08% para 3,10% em 2024, mais próximo da previsão do Banco Central e do Ministério da Fazenda, de 3,20%; e para o dólar, que avançou de R$ 5,45 para R$ 5,50, em 2024, influenciado especialmente, segundo os analistas, por questões fiscais. Essas projeções, se vingarem, pressionam os índices inflacionários, diz o executivo.

 

Como a Selic pode impactar os planos de previdência

Conforme Serone, o novo ciclo de aumento na Selic prolongou oportunidades importantes de investimentos em Renda Fixa. “As Entidades Fechadas de Previdência Complementar em geral têm aproveitado o ciclo para aumentar a liquidez com ativos indexados ao CDI. O momento também oferece ótimas oportunidades para aplicações de longo prazo em títulos do governo que oferecem proteção contra a inflação e têm taxas historicamente elevadas, porém com volatilidade de curto prazo igualmente alta.”

 

Já o momento preciso para a alocação de recursos em ativos de risco, analisa Serone, segue incerto e condicionado a quedas consistentes na taxa de juros de curto prazo (Selic) e, mais importante, de longo prazo do título do governo.

 



BB Previdência
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Dia Nacional da Alfabetização: um importante momento de reflexão sobre o progresso do país

Para a psicopedagoga e escritora Paula Furtado, o Brasil enfrenta diversos desafios que dificultam o acesso igualitário de ensino de qualidade


Anualmente, a data de 14 de novembro, Dia Nacional da Alfabetização, é comemorada no Brasil sendo um ponto de reflexão para a educação brasileira, e lembra a sociedade que a alfabetização é a mais importante etapa para a real inclusão dos cidadãos, permitindo a disponibilidade a direitos básicos e melhores oportunidades. Além disso, abre possibilidades para o desenvolvimento pessoal, social e econômico, proporcionando um sentimento de pertencimento e autonomia. “A alfabetização vai além de decodificação de símbolos, da simples habilidade de ensinar a ler e a escrever, é o ponto de partida para a construção de habilidades essenciais ao crescimento pessoal e profissional. Permite também uma melhor comunicação e compreensão do mundo ao seu redor e, consequentemente, uma participação mais ativa na comunidade, com a finalidade de assegurar que as pessoas possam alcançar maior segurança financeira e, assim, contribuir para a redução das desigualdades sociais”, assegura a psicopedagoga e escritora Paula Furtado.

Um dos principais avanços da aprendizagem a ser lembrado pela data é a de que nos últimos anos, o Brasil avançou em alguns aspectos. Como por exemplo: houve um aumento na matrícula de crianças no ensino básico impulsionado por programas como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que ajudam a manter os alunos nas escolas e iniciativas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) que visaram garantir a alfabetização de crianças até os oito anos e capacitar professores.


Sistema Educacional Brasileiro desigual

De acordo com a psicopedagoga, o País se depara com diversos desafios relacionados a fatores sociais, econômicos e estruturais que dificultam a obtenção de um ensino de qualidade. As desigualdades regionais é um exemplo. Enquanto os estados do Sul e Sudeste apresentam melhores índices de desempenho escolar, as regiões Norte e Nordeste enfrentam maiores taxas de evasão escolar. A elevada taxa de analfabetismo no Nordeste destaca a crise de alfabetização, exacerbada pelas desigualdades socioeconômicas que limitam o acesso à educação de qualidade e a valorização do corpo docente e a necessidade de as crianças contribuírem financeiramente para ajudar suas famílias agrava o abandono das aulas. “A insuficiência de financiamento limita também o uso de bons materiais pedagógicos e tecnologia, criando um abismo de oportunidades entre instituições públicas e privadas, e entre regiões mais e menos favorecidas. Sem políticas públicas eficazes e um maior apoio social, esses desafios continuam a dificultar o progresso na alfabetização e perpetuar o ciclo de pobreza e exclusão social”, explica Paula Furtado.

O processo de alfabetização de adultos e crianças tem uma grande aliada: a tecnologia. Segundo Paula, o uso de ferramentas digitais e aplicativos educacionais passou a apoiar o processo de alfabetizar, especialmente durante a pandemia da Covid-19. Softwares e aplicativos oferecem aprendizado personalizado, ajustando a dificuldade conforme o progresso do indivíduo. Jogos e atividades interativas são envolventes e motivadoras. “Essas ferramentas desenvolvem a consciência fonológica e facilitam a prática da escrita, além de incluir recursos de acessibilidade para alunos com deficiências. A tecnologia inclusive, promove atividades colaborativas e reforça a coordenação motora por meio de práticas digitais”, analisa a psicopedagoga Paula.

A parceria entre família e escola, inclusive, deve ser lembrada no Dia Nacional da Alfabetização, pois esse elo é essencial para garantir um futuro mais promissor para as crianças. “Muitos pais não possuem tempo, recursos ou condições pedagógicas adequadas para apoiar o conhecimento dos filhos. No entanto, quando possível, os responsáveis podem colaborar ativamente, atuando como modelos de leitores, acompanhando as tarefas escolares, registrando os avanços e oferecendo atividades lúdicas que promovam o desenvolvimento das habilidades de linguagem”, aconselha Paula. 



Paula Furtado - pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares.Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias. Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.
@paulafurtadopf


Avanços e desafios da agricultura regenerativa tropical


O mundo desafia a agricultura a dar segurança alimentar para uma demografia ainda em crescimento, contribuir com emissões negativas para as mudanças climáticas e ainda contribuir com produção com densidade nutricional e qualidade. A agricultura brasileira pode contribuir com essa agenda de forma relevante. Atualmente, o Brasil está entre os 5 maiores produtores de alimentos e é o primeiro colocado na exportação de vários produtos agrícolas. É considerado o mais importante produtor de grãos nos trópicos. Estima-se que a produção agropecuária no Brasil já alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e que as projeções da OCDE-FAO indicam uma ampliação considerável da importância do Brasil no comércio agroalimentar global até 2032. Vários são os motivos que levam a essas importantes conquistas. Podemos citar a contribuição da agricultura industrial através da “revolução verde”, por exemplo. No entanto, muitas vezes a produção de alimentos vegetais e animais, fibras e energia também estão ancoradas em custos ocultos ao meio ambiente: a biodiversidade do sistema, a qualidade do solo agrícola, a saúde das pessoas nas cidades, a saúde dos consumidores finais, o bem-estar animal e das pessoas que trabalham diretamente no campo. Além disso, é conhecido que esse sistema de produção convencional necessita de condições ambientais estáveis para garantir boas produtividades. Ou seja, o sistema convencional é extremamente suscetível às adversidades climáticas, as quais estão se tornando cada vez mais frequentes em diferentes regiões do Brasil. As externalidades negativas do sistema convencional de produção, somadas às suas limitações adaptativas aos extremos climáticos, requerem uma transição regenerativa e novos fundamentos de produção.

Dentro deste contexto de conscientização da sociedade por alimentos com ausência de resíduo químico, com características organolépticas superiores e com maior densidade nutricional, das necessidades de mitigar os efeitos de mudança climática, de garantir a manutenção dos recursos para as gerações futuras, de atender as demandas presentes e de preservar a biodiversidade do sistema produtivo, alguns produtores têm implementado práticas agrícolas bem conhecidas pela Ciência. A novidade é que essas soluções estão sendo adotadas em escala. Essas práticas e técnicas de manejo regenerativo (Fig. 1) são capazes de reduzir significativamente a dependência de insumos importados, a poluição do ambiente, enquanto são capazes de aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos, permitindo a manutenção de boas produtividades mesmo em períodos prolongados (superior a 60 dias, no caso de grãos) sem chuvas. A evolução das práticas regenerativas permite a melhoria no ambiente de produção com uma melhoria da qualidade do solo como principal capital do agricultor. Estes também começam a prestar serviços ambientais para toda a sociedade, principalmente para as cidades, fornecendo água e alimento de qualidade, bem como mitigando os efeitos climáticos através do abatimento do carbono utilizando insumos de baixa emissão, com os manejos que privilegiam o aumento de carbono orgânico no solo, e ainda permitem o sequestro de carbono de forma permanente através do intemperismo aprimorado de minerais silicáticos, que são utilizados como condicionadores de solo, bioativação do sistema, melhoria da qualidade do solo e fontes de nutrientes. Ao promover e valorizar a biodiversidade através da integração das áreas produtivas com as áreas naturais remanescentes, estes produtores garantem o refúgio de inimigos naturais das pragas e obtêm importantes serviços ecossistêmicos. Além de tudo, por utilizarem insumos e serviços dos seus contextos locais e regionais, compartilham a prosperidade com a sociedade, criando riqueza e oportunidades para a comunidade ao seu redor, atendendo assim aos requisitos ESG (Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança Corporativa - Environmental, Social and Governance, em inglês) em plenitude.

A Agricultura Regenerativa Tropical é um novo modelo de produção agrícola e pecuária que busca a melhoria contínua da saúde do ecossistema produtivo e do uso eficiente de recursos finitos. Baseia-se em uma agricultura de processos, onde diferentes manejos, técnicas e práticas são integradas para obter uma gestão holística do ecossistema.

Desta forma, entende-se como Agricultura Regenerativa Tropical (ART) um conjunto de ações e boas práticas que atuam na recuperação do ecossistema produtivo de forma a deixar um saldo de impactos positivo nas características físicas e químicas do solo, na micro e na macrodiversidade do solo, na resiliência da produção, na redução de resíduos nos produtos, no sequestro de carbono e na melhoria da sociedade local e regional. Esses produtores de alimentos, fibras e energia atuam conscientemente na adoção de manejos e suas práticas que visam promover positivamente o ambiente de produção utilizando recursos e tecnologias acessíveis da forma mais eficiente possível dentro de uma agricultura de processos, em que desafios bióticos e abióticos são equacionados através de manejos realizados em caráter preventivo. Por todas essas características, a ART tem uma forte conexão com o consumidor final, o qual prioriza a regeneração e cura dos agroecossistemas, visando impactos positivos ao ambiente, à cadeia e à sociedade. Com essa missão, os produtores visam criar novas formas de relacionamento com as cadeias de fornecedores de insumos, serviços e equipamentos, bem como de fidelidade com as cadeias de valor e com os consumidores, diferenciando sua produção, seja pela forma de produzir como pela qualidade intrínseca do produto final.

Entre as práticas utilizadas na ATR podemos destacar:

  • Manejo integrado da fertilidade do solo através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais, corretivos e circularidade da matéria orgânica com o processamento adequado de insumos orgânicos, visando a eliminação de patógenos e germinação de plantas daninhas;
  • Rotação de culturas e sistema de plantio direto sobre a palha, visando aumentar a diversificação de plantas no sistema enquanto mantém, sempre que possível, o solo coberto e revolvido o mínimo possível;
  • Uso de comunidades microbianas funcionais e de microrganismos específicos que atendam às necessidades da cultura;
  • Redução e, quando possível, a eliminação de insumos que agridem a vida no solo, nas plantas e das pessoas;
  • Recuperação de pastagens degradadas;
  • Integração lavoura-pecuária-floresta;
  • Gestão integrada da paisagem.


A implementação destas práticas depende de o agricultor sair da zona de conforto e experimentar novos processos visando a redução de custos, com uso de soluções locais e regionais. Cabe ao agricultor, pecuarista, e/ou consultor identificar a lista de prioridades a serem equacionadas e determinar a melhor forma de atuar nos processos para implementar a transição. Por exemplo, muitas doenças e a presença de pragas podem ser equacionadas com uma nutrição adequada e balanceada. Como não existe uma tabela de determinação do requerimento e balanço nutricional da cultura para cada tipo de solo, o mais adequado é construir a fertilidade do solo de forma estruturante e deixar que a planta determine qual nutriente está sendo necessário em determinada fase fisiológica. Essa fertilidade do solo pode ser construída ao longo dos anos com o manejo integrado da fertilidade do solo, o qual visa aumentar a eficiência do uso de fertilizantes solúveis através do uso de remineralizadores, fertilizantes minerais naturais e compostos orgânicos. No início da implementação deste manejo, correções pontuais através da adubação foliar podem ser necessárias ao longo do ciclo da cultura. O monitoramento semanal da lavoura se faz necessário para atender as demandas nutricionais e de correção para a supressão de pragas e doenças.

Com bom senso e políticas públicas, a adoção das práticas regenerativas devem continuar crescendo rumo à sustentabilidade da nossa agricultura. Na perspectiva de país, a ampliação da regeneração agrícola tem muitas justificativas para se transformar numa iniciativa estratégica, implementada de forma permanente e legitimada na Política Nacional Agrícola. Pois, podemosreduzir de forma significativa nossa dependência internacional de insumos fundamentais; podemos aumentar a renda dos agricultores e ativar as economias locais com a circulação de recursos da aquisição de insumos e serviços; podemos promover uma redução significativa nas contaminações e no oferecimento de produtos de melhor qualidade; podemos desempenhar uma agricultura de carbono negativo e, finalmente, podemos atender às demandas e compromissos das cadeias de valor por produtos regenerativos. 



Pablo Hardoim e Eduardo de Souza Martins

Grupo Associado de Agricultura Sustentável – GAAS. E-mail: contato@gaasbrasil.com.br


BOLETIM DAS RODOVIAS

Manhã com tráfego carregado nas rodovias concedidas 

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (8). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, registra congestionamento do km 14 ao km 11+360, do km 110 ao km 104, do km 63 ao km 60 e entre o km 102 ao km 98, sentido interior o tráfego normal. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido capital, há congestionamento do km 17 ao km 13+360 e entre o km 58 ao km 50, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270), sentido capita, apresenta tráfego intenso entre o km 93 ao km 92 e lentidão do km 102 ao km 101, no sentido interior a lentidão segue do km 98 ao km 100. Já a Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, registra congestionamento do km 33 ao 24 e do km 18 ao km 13+700 nas pistas expressa e marginal. No sentido interior o congestionamento segue do km 22 ao km 24 nas pistas expressa e marginal.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão do km 24 ao km 14 no sentido capital, no sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Entenda como os hormônios influenciam no processo de emagrecimento

Especialista alerta sobre a importância do equilíbrio hormonal como aliado esquecido na batalha contra a obesidade

 

Os hormônios desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo, do apetite e da distribuição de gordura, influenciando diretamente o processo de perda de peso e a saúde geral.

Desde que a obesidade foi classificada como doença crônica pela Associação Médica Americana, em 2013, e, posteriormente, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o entendimento sobre suas causas e tratamentos evoluiu. Essa mudança traz um olhar mais científico e menos culpabilizante, mostrando que emagrecer vai além da simples combinação de “fechar a boca e praticar atividade física.”

No Brasil, dados são alarmantes: 56% dos adultos estão com excesso de peso, sendo 34% obesos e 22% com sobrepeso. Uma projeção recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que, mantidos os hábitos alimentares atuais, cerca de 130 milhões de brasileiros adultos poderão ter sobrepeso ou obesidade em 2044. Desses, 83 milhões estarão obesos e 47 milhões com sobrepeso.


Hormônios e emagrecimento: o papel de um equilíbrio ignorado

De acordo com a Dra. Cynthia Abdalla, médica especialista em longevidade e coloproctologia, o processo de emagrecimento envolve uma complexa interação entre mecanismos biológicos e comportamentais, nos quais os hormônios têm um papel central. “Hormônios como cortisol, insulina, tireoidianos e sexuais precisam ser sempre considerados no processo de emagrecimento. Alterações hormonais podem influenciar o ganho de peso e a dificuldade em perdê-lo, mas isso costuma ser ignorado”, alerta a médica.

Com o passar dos anos, a produção natural de hormônios sexuais, como estrogênio e testosterona, diminui gradualmente, o que pode desacelerar o metabolismo e aumentar a tendência ao ganho de peso, especialmente nas mulheres. "A partir dos 30 anos, os níveis de testosterona nas mulheres começam a cair cerca de 2% ao ano, intensificando-se após os 40. Na menopausa, a queda acentuada de hormônios como testosterona, estradiol e progesterona afeta diretamente o organismo, reduzindo a queima calórica, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal e diminuindo a massa muscular", explica Abdalla.

Para os homens, a diminuição dos níveis de testosterona também inicia por volta dos 40 anos, com uma queda média de 1,6% ao ano, intensificando-se aos 50. Essa redução pode levar ao aumento da gordura abdominal e à perda de massa muscular, dificultando a manutenção de um peso saudável.


O impacto dos hormônios no comportamento e na prática de atividade física
 

A queda hormonal não afeta apenas o metabolismo, mas também influencia o comportamento alimentar e a disposição para a prática de atividades físicas. “Sabemos hoje que mudanças hormonais podem desencadear quadros de depressão e ansiedade, que frequentemente levam a um aumento do consumo de açúcares e ao sedentarismo, ambos fatores que favorecem o ganho de peso”, comenta a especialista.

Compreender e tratar as alterações hormonais pode ser uma das chaves para o combate eficaz à obesidade, enfatiza a Dra. Cynthia. A abordagem passa por uma avaliação detalhada dos níveis hormonais e por tratamentos que restabeleçam o equilíbrio, o que potencializa os efeitos de outras intervenções no emagrecimento, como a alimentação balanceada e a atividade física.

Essa perspectiva reforça a importância de um acompanhamento multidisciplinar para que pacientes possam lidar com a obesidade de maneira mais eficiente e com um suporte menos simplista, que inclua tanto a saúde física quanto mental.


Técnicas de saúde complementar combatem melancolia do Natal

 

Especialistas explicam por que muitas pessoas sofrem mais no mês de dezembro e dão dicas para aliviar a tristeza e o estresse gerado pelas festas de fim de ano 

As festas de fim de ano geralmente são associadas a comemorações alegres, troca de presentes, e um período para estar mais em contato com a família e amigos. Mas não é assim para todos. Algumas pessoas sofrem mais entre os meses de novembro a janeiro, com aumento de estresse e melancolia. De acordo com uma pesquisa realizada pela American Psychological Association (Estados Unidos), 38% das pessoas disseram que o estresse costuma aumentar durante a temporada de festas – o que pode levar a doenças físicas, depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Os motivos apresentados incluem falta de tempo, exigências profissionais, pressão financeira, troca de presentes e contato mais próximo com familiares. 

No Reino Unido, uma em cada quatro pessoas acha a época de Natal mais desafiadora do que o resto do ano. Se sentir mais melancólico ou triste perto do Natal e do Réveillon é especialmente comum entre pessoas desempregadas (38%), divorciadas (35%) ou viúvas (31%). É menos comum, mas não incomum, para pais que moram com seus filhos (23%). Portanto, as crianças acabam sendo envolvidas em ambientes por vezes inquietantes. Na opinião da psicóloga Beatriz Leite Machado, especialista em psicologia hospitalar, “um imaginário de comunhão com a família e amigos, de um amor incondicional mágico, bastante distante da realidade, faz parte em maior ou menor medida das expectativas de cada um nessa época do ano”. 

Beatriz afirma que pessoas maduras podem sentir algumas perdas de forma mais profunda neste período. “É uma época em que muita gente põe na balança suas perdas, seja de status profissional, de padrão de vida, do grupo de amigos, e às vezes até de saúde. Quando há perdas de pessoas muito próximas e familiares, a tristeza precisa ser bem trabalhada para que ela continue encontrando motivações para ser feliz” – diz a psicóloga, indicando terapia e atividades em grupo (dança, ginástica, hobbies e viagens) para combater a tristeza e a solidão. 

Na opinião da farmacêutica e aromaterapeuta Vanessa Ramalho, o uso seguro de óleos essenciais dentro da prática da aromaterapia holística pode ajudar a melhorar a perspectiva emocional geral e complementar outras modalidades tradicionais e alternativas que visam combater a melancolia e a depressão. “A aromaterapia é uma modalidade de saúde complementar muito eficiente. Os óleos essenciais têm potencial para aliviar alguns problemas emocionais, mas seu uso não deve substituir cuidados médicos adequados” – adverte a especialista. “Os benefícios se estendem muito além de seus aromas agradáveis, atuando em um nível holístico e influenciando a mente e o corpo para promover o bem-estar emocional”. 

Segundo Vanessa, muitos óleos essenciais têm propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e de reforço imunológico, que podem ajudar na manutenção da saúde durante a temporada de festas. “Com essa compreensão de como os óleos essenciais influenciam as emoções e promovem o bem-estar, é possível destacar os benefícios de sete óleos essenciais que podem ajudar a dissipar a melancolia do Natal: bergamota (Citrus bergamia), laranja doce (Citrus sinensis), camomila romana (Anthemis nobilis), lavanda francesa (Lavandula angustifolia), olíbano (Boswellia carterii), ylang-ylang (Cananga odorata) e mandarina vermelha (Citrus nobilis)”. Durante a jornada emocional das comemorações de fim de ano, segundo a farmacêutica, esses óleos podem ser utilizados em difusores, sprays de ambientes, aromatizadores de automóveis, almofadas, travesseiros etc. – lembrando que, somente quando misturados a cremes e óleos carreadores, podem ser aplicados diretamente na pele. 

Na opinião de Inês Telma Citelli, criadora do projeto Via Dandhara, uma das mais importantes escolas brasileiras de Reiki (cura pela imposição das mãos), apesar da expectativa coletiva de alegria, esta época do ano pode intensificar o estresse, a solidão e o sofrimento pelos mais variados motivos. “Seja pela pressão de atender às expectativas da sociedade, o temor de perder o emprego ou de ter de refazer o ano letivo, pela ausência de entes queridos ou pela tensão de navegar em dinâmicas familiares complexas, enfrentar desafios emocionais durante o Natal é mais comum do que se imagina. Por isso é tão importante oferecer estratégias para lidar e superar esses desafios”. 

Para quem sabe que não poderá evitar o encontro com pessoas de difícil convivência, daquelas que fazem disparar o gatilho da ansiedade, da contrariedade ou de emoções descontroladas, a mestre Reiki propõe um exercício mental. A pessoa deve se imaginar cercada por uma bolha de energia Reiki dourada e, ao mesmo tempo, imaginar a outra pessoa numa outra bolha de energia Reiki. Ao se sentir segura dentro da sua bolha, a pessoa deve dizer tudo o que a faz se sentir melhor para a outra pessoa. Pode desabafar, se queixar, se justificar e até mesmo fazer perguntas. Quando já tiver dito tudo o que precisa dizer, a pessoa deve imaginar as duas bolhas se afastando uma da outra, deixando de ter qualquer ligação energética. “Nesse processo, é fundamental sentir que está perdoando a pessoa por qualquer mal que ela tenha feito e observar a bolha dela flutuando para longe, ambos em paz”, diz Inês. 

Outra dica da terapeuta é cultivar momentos para acalmar a mente, seja nadando ou caminhando de manhã, ou ainda meditando antes de dormir. “Ouvir música, desenhar, fazer ioga ou qualquer outra atividade que ocupe a mente são decisões válidas quando o assunto é cuidar do emocional. Sem esquecer que sempre há tempo para o autocuidado e, principalmente, para pedir ajuda de um profissional especializado”. 

Hoje, as práticas integrativas e complementares (PICs) utilizam recursos naturais para tratar diferentes tipos de desconforto, com o intuito de melhorar a saúde, estabelecer um reequilíbrio físico e emocional, diminuir tensões e estresses do cotidiano. Algumas das técnicas mais utilizadas são Aromaterapia, Cromoterapia, Musicoterapia, Reiki e Yoga. Mas, desde 2018, existem 29 PICs no Sistema Único de Saúde – o que torna o Brasil uma referência mundial nesse segmento da atenção básica. Segundo o Ministério da Saúde, essas práticas são investimento em prevenção de doenças.


Do berço à terceira idade: Especialista revela quantas vacinas tomamos ao longo da vida

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Manter a saúde ao longo da vida requer escolhas constantes e um acompanhamento médico cuidadoso, que inclui a atualização regular do calendário de imunização, conforme destaca o Dr. Fábio Argenta, diretor médico da Saúde Livre Vacinas, há um conjunto essencial de imunizantes que desempenham um papel preventivo desde a infância até a terceira idade. “Assim como cuidamos da alimentação e praticamos atividades físicas, as vacinas são parte fundamental do bem-estar e da prevenção. Ela nos protege contra doenças graves e é recomendada em momentos específicos de cada fase da vida”, explica.

O médico conta que o número total de vacinas que tomamos ao longo da vida pode variar conforme o calendário de cada país, condições de saúde individuais e recomendações médicas específicas. Em média, uma pessoa pode receber entre 15 e 20 diferentes no decorrer dos anos, considerando as doses e reforços indicados. 

A recomendação de vacinação começa logo após o nascimento, com doses iniciais contra hepatite B, BCG (para tuberculose), além da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e poliomielite. “Essas vacinas atuam como uma proteção inicial contra doenças que podem comprometer seriamente a saúde das crianças e têm impacto direto no controle de epidemias”, comenta.

Na adolescência, há os reforços de algumas vacinas da infância e novos imunizantes, como contra o HPV (papilomavírus humano),  fundamental para prevenir doenças infecciosas e até alguns tipos de câncer. “O HPV é um exemplo de como a vacinação vai muito além das doenças comuns, atingindo áreas como a prevenção do câncer de colo do útero, garganta e ânus,” enfatiza.

Na fase adulta, as vacinas para hepatite B, difteria, tétano e coqueluche são reforçadas, além de novas indicações como a proteção contra o herpes zóster e a gripe. E, para os idosos, a prevenção vai se intensificando, com prevenção para pneumonia e reforços anuais contra a gripe, além da atualização das doses de tétano. 

Vale ressaltar, que algumas vacinas apesar de não fazerem parte do calendário básico de vacinação, são recomendadas para oferecer proteção contra doenças específicas, especialmente em regiões e épocas de maior risco. Como a imunização contra a dengue, é indicada em áreas endêmicas e pode reduzir significativamente o risco de complicações graves. Outro exemplo, é a vacina contra a COVID-19, embora tenha começado em caráter emergencial, hoje é recomendada para manter a imunidade, devido à sua eficácia na prevenção de formas graves da doença. 

Para o Dr. Fábio Argenta, o acesso à informação sobre vacinação e a conscientização das pessoas sobre a importância de um calendário atualizado são essenciais. “O conhecimento sobre a vacinação ao longo da vida pode reduzir internações e aumentar a qualidade de vida de forma significativa. Cada fase da vida tem uma lista recomendada, e nosso compromisso na Saúde Livre Vacinas é ajudar cada paciente e proteger a comunidade ao seu redor”, finaliza.

 

Saúde Livre Vacinas



Dia Mundial da Diabetes: tratamentos com laser e LED podem ser aliados na cicatrização

Especialista explica como a tecnologia pode minimizar cicatrizes, ajudando também a combater infecções
 

O Dia Mundial da Diabetes é celebrado no dia 14 de novembro, para conscientizar e informar a população sobre o diagnóstico e tratamento da doença. Quando não é controlada, a diabetes traz diversas complicações. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, por exemplo, complicações do pé diabético e das extremidades inferiores afetam de 40 a 60 milhões de pessoas em todo o mundo. A tecnologia estética vem contribuindo para minimizar algumas dessas sequelas. 

“Diversas alterações podem ocorrer nos pés dos diabéticos não controlados, como infecções, problemas na circulação e surgimento de lesões e feridas que não cicatrizam. A cicatrização irregular é capaz de gerar alterações que resultam em um aspecto disforme, além de prejudicar a função do tecido e em alguns casos resultar na perda total ou parcial do membro. Hoje, procedimentos terapêuticos são excelentes recursos para minimizar as sequelas da diabetes, tratando a área lesionada e contribuindo com a minimização destas cicatrizes”, comenta Endrick da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos. 

Entre as técnicas aplicadas, está a fotobiomodulação - aplicação de laser e LED – que tem sido utilizada com sucesso no tratamento de feridas cutâneas. “Um tratamento não-invasivo, indolor e seguro que aumenta o metabolismo celular e melhora a oxigenação e saúde dos tecidos da pele, acelerando o processo de cicatrização e prevenindo futuras complicações. O procedimento é capaz de promover diversos benefícios, como é o caso do Fluence, equipamento da HTM Eletrônica que trata esse tipo de lesão, por exemplo”, explica Endrick. 

O especialista ressalta que algumas terapias combinadas, além de atuarem no processo de cicatrização, ajudam a combater infecções na região tratada. “Alguns equipamentos possibilitam terapias combinadas com correntes terapêuticas, que contribuem com o alinhamento das fibras de colágeno, restabelecem a bioeletricidade tecidual e atuam na destruição de microrganismos que podem causar infecções no local, atuando diretamente no reparo tecidual”. 

Contudo, Endrick ainda alerta que a utilização de recursos terapêuticos em pacientes com diabetes exige um cuidado maior, pois há métodos contra indicados,principalmente relacionado a descompensação da doença ou ao ressecamento da pele e falta de sensibilidade local associada à condição - cerca de 1/3 dos pacientes tende a ter algum problema de pele, segundo a Sociedade Norte-Americana de Diabetes. “É muito importante consultar o profissional para saber a que tipos de tratamento a pessoa pode se submeter”.
 

 HTM Eletrônica


O açúcar é o grande vilão da saúde bucal infantil?

Esse e outros mitos especialista responde abaixo

 

A saúde bucal é um aspecto fundamental do desenvolvimento infantil, impactando não apenas a dentição, mas também a nutrição e a autoestima das crianças. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 43% dos pequenos apresentam cáries no início da infância. Esse dado mostra o quão importante é abordar o tema com os pais para que eles estejam atentos aos cuidados bucais desde os primeiros meses de vida.

A ortodontista Dra. Luiza Rebelo Roth Ayub, explica sobre a importância de cuidar da boca desde os primeiros meses de vida e desmistifica algumas crenças populares sobre o assunto.“A saúde bucal é essencial não apenas para garantir dentes saudáveis, mas também para a nutrição e o desenvolvimento geral da criança. O cuidado com a saúde bucal começa antes mesmo da erupção dos dentes. Uma boa higiene previne cáries, gengivite e outras doenças bucais, além de estabelecer hábitos saudáveis para a vida toda”, explica.


4 mitos e verdades sobre a saúde bucal infantil

  1. Cáries em dentes de leite não são importantes!  “Isso é uma falácia. As cáries podem afetar os dentes permanentes que estão se formando e também impactar a autoestima da criança”, alerta Dra. Luiza. A dentista recomenda que a primeira visita ao dentista ocorra entre 6 meses e 1 ano de idade. “Levar a criança ao dentista desde cedo ajuda a criar familiaridade e evita medos futuros.”
  2. Meu filho sempre escovou os dentes sozinho! Os pais desempenham um papel importante na manutenção da saúde bucal dos filhos. Dra. Luiza enfatiza a importância da supervisão durante a escovação e do uso do fio dental. 
  3. A alimentação interfere para uma saúde bucal saudável?  “O açúcar não é o vilão, mas uma dieta equilibrada é fundamental para prevenir cáries, além de garantir que a criança receba todos os nutrientes necessários para um crescimento saudável”. 
  4. A saúde bucal interfere na saúde geral? A dentista também destaca as consequências de uma má higiene bucal, que podem incluir cáries, gengivite e até impactos na fala e na mastigação. “A saúde bucal tem um papel significativo na saúde geral da criança. Infecções bucais podem afetar a nutrição e o desenvolvimento físico, além de impactar a saúde emocional”, explica Dra. Luiza.

Sinais de problemas dentários, como dor de dente, gengiva inflamada e mau hálito persistente, não devem ser ignorados. “Esses podem ser indícios de problemas que precisam ser tratados. Cuidar da saúde bucal é garantir que nossos pequenos cresçam com sorrisos saudáveis e autoestima elevada. Iniciar essa jornada desde cedo pode fazer toda a diferença no futuro”, conclui a especialista. 


Novos dados do Instituto Cactus indicam que 45% dos brasileiros percebem efeitos negativos das redes sociais na saúde mental

A 3ª Coleta do ‘Panorama da Saúde Mental’ apresenta, pela primeira vez, uma análise sobre hábitos de consumo nas redes sociais e revela que 15% dos jovens de 16 a 24 anos sentem um impacto muito negativo em sua saúde mental devido às plataformas digitais 


Novos dados do ‘Panorama da Saúde Mental’, monitoramento dinâmico sobre a saúde mental dos brasileiros, foram disponibilizados nesta quarta-feira (06/11) pelo Instituto Cactus - entidade independente referência em prevenção e promoção de saúde mental no Brasil, em parceria com a AtlasIntel - empresa de tecnologia especializada em inteligência de dados.

Os dados coletados no 1º Semestre de 2024, com base em um questionário online respondido por 4.381 pessoas de diferentes regiões do país e com idade acima de 16 anos, são traduzidos pelo Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), análise subdividida em três dimensões: confiança, foco e vitalidade, que

reflete em uma escala de zero a 1.000 pontos o estado geral da saúde mental da população brasileira.

A 3ª coleta do Panorama apresentou, pela primeira vez, dados que analisam como os hábitos de consumo de conteúdo nas redes sociais podem influenciar a saúde mental dos usuários. Ao serem questionados sobre o impacto das redes sociais em sua saúde mental nos últimos 15 dias, 45% relataram uma percepção de impacto negativo, sendo que 10% desses indicaram um impacto muito negativo. Essa percepção é ainda mais acentuada entre os jovens de 16 a 24 anos, com 15% deles expressando essa sensação. Além disso, os usuários que utilizam o Twitter/X apresentaram o menor ICASM (458) em comparação com outras redes sociais usadas com a mesma frequência. Outros ICASM baixos foram observados no LinkedIn (495) e no Instagram (542). Quem utiliza o Facebook com a mesma frequência, apresenta o maior ICASM de 758.

Na análise do tipo de conteúdo consumido, 46% dos entrevistados afirmam preferir vídeos curtos, como reels e TikToks, enquanto apenas 14% optam por textos. Os consumidores de vídeos curtos apresentam um ICASM médio de 602, inferior à média de 636 registrada por aqueles que consomem textos. Além disso, 87% dos participantes assistem a notícias e 64% buscam entretenimento e humor. Aqueles que consomem notícias sobre celebridades e fofocas têm o menor ICASM médio (565), seguidos pelos consumidores de conteúdo adulto (577). Em contrapartida, os fãs de esportes apresentam o maior ICASM, alcançando 645.

O estudo também examinou os períodos de maior atividade nas redes sociais, revelando que aproximadamente 58% dos participantes usam essas plataformas principalmente à noite. Entre os 4% que se destacam como mais ativos durante a madrugada, 53% relataram ter dormido menos de seis horas em três ou mais dias nas últimas duas semanas.

“As redes sociais desempenham um papel importante em nosso cotidiano, especialmente na rotina dos jovens, influenciando as preferências de conteúdo e impactando a saúde mental. Os dados enfatizam a necessidade de promover uma reflexão sobre o uso consciente e equilibrado dessas plataformas, com o objetivo de reduzir impactos negativos e criar um ambiente digital mais saudável", comenta Maria Fernanda Resende Quartiero, fundadora e diretora-presidente do Instituto Cactus.

Em relação ao recorte de gênero, o novo relatório indica, mais uma vez, que os jovens de 16 a 24 anos apresentam ICASM menor entre todas as faixas etárias analisadas, 575 pontos, ressaltando a necessidade urgente de atenção à saúde mental desse grupo. As mulheres têm um ICASM médio de 669 pontos, inferior ao dos homens, que alcançaram 695 pontos, indicando níveis de bem-estar e saúde mental geral mais baixos entre as respondentes do sexo feminino. Enquanto isso, a faixa etária de 60 a 100 anos obteve o ICASM mais alto, com 772 pontos, refletindo um bem-estar elevado entre a população mais madura. 

"Os dados reforçam a necessidade urgente de direcionar esforços para a prevenção e promoção da saúde mental dos jovens. Metade das condições de saúde mental se manifesta pela primeira vez em indivíduos com até 14 anos, e esse percentual sobe para 75% entre aqueles com até 24 anos. Atualmente, crianças e jovens de até 24 anos representam 35% da população brasileira, o que destaca ainda mais a importância de investir em ações voltadas para essa faixa etária”, explica Maria Fernanda. 

Quanto aos aspectos sociais e questões econômicas, alinhando-se a coletas anteriores, a situação financeira permanece como a principal preocupação dos brasileiros, com 81% dos entrevistados expressando inquietação em relação às suas finanças nas duas últimas semanas.


Acesso ao relatório na íntegra:
Panorama da Saúde Mental

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