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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Vale ou não a pena investir em self-checkout?

Divulgação
Tecnologia, que surgiu nos anos de 1990 para facilitar a vida dos clientes, se espalhou por vários setores do varejo, levando benefícios e também riscos para as lojas. Veja dicas para evitar perdas


Quando eles surgiram, no início da década de 1990 nos EUA, os self-checkouts, ou autopagamento, entraram para a lista de investimentos de redes de varejo, especialmente de supermercados.

Afinal, se a tecnologia estava à disposição para facilitar a vida do cliente, evitando filas, nada melhor do que tê-la na loja e não correr o risco de perder venda para a concorrência.

Com o tempo, os self-checkouts foram se espalhando para vários países, setores e formatos de lojas, pequenas e grandes, e para diferentes pontos de pagamento nos estabelecimentos.

No Brasil, o boom mais recente na utilização do sistema de autopagamento se deu a partir de 2017. Por volta de 2006, o grupo GPA já oferecia o serviço em algumas de suas lojas.

Que a tecnologia veio para ficar, ninguém duvida. Mas, pesquisas e estudos feitos fora do país indicam que, se mal gerido, o autopagamento, em vez de ajudar, pode prejudicar um negócio.


PERDAS

Relatório divulgado em 2022 por Adrian Beck, professor emérito da Universidade de Leicester, no Reino Unido, um dos maiores estudiosos do assunto no mundo, revela a preocupação de lojistas com perdas, após uso de self-checkouts.

Uma pesquisa on-line com 93 varejistas da Europa, EUA e Austrália mostrou que os self-checkouts chegavam a representar até 23% das perdas totais ‘desconhecidas’ nas lojas.

A maioria dos varejistas que responderam à pesquisa era do setor supermercadista, com participação também de farmácias, lojas de departamento, bricolagem e vestuário.

Dois terços dos respondentes, de acordo com o relatório do professor Beck, viam o problema de perdas relacionadas aos self-checkouts como crescentes.

“Não há dúvidas de que os varejistas que investiram pesadamente em self-checkouts (SCO) estão tendo de desenvolver uma série de maneiras de manter as perdas associadas sob controle”, diz Beck em seu relatório.

Nos Estados Unidos, redes como Walmart, Target e Costco decidiram reavaliar o uso de máquinas de autopagamento, justamente por conta de aumento de perdas, como roubos.

No caso do Walmart, há notícias de que a rede está limitando em algumas lojas o uso de caixas de autoatendimento para membros do Walmart+ e motoristas para seu serviço de entrega.

A Target também informou que havia começado a experimentar self-checkouts para um limite de até dez itens em alguns locais selecionados.

No ano passado, a Costco solicitou a funcionários que ficassem de olho em filas de autoatendimento devido a roubos ou produtos que saíam por preços menores do que os reais.


TRUQUE DA BANANA

No Reino Unido, um fenômeno conhecido como o ‘truque da banana’ ilustra os desafios que os varejistas têm de enfrentar com o uso da tecnologia.

Na hora de passar o produto, geralmente frutas, legumes e verduras, clientes selecionam na tela o código de um item mais barato, geralmente, banana, ou outro produto de baixo custo.

A prática se tornou tão popular por lá que pesquisas indicaram que o público sequer considerava este um ato criminoso, já que o produto furtado também não era de alto valor.

Especialistas em varejo, fabricantes de equipamentos e lojistas são unânimes em afirmar que o sistema de autopagamento tende a crescer no mundo e no Brasil, como o e-commerce.

O que é preciso diante deste cenário, dizem eles, é o varejista assegurar que a tecnologia atenda às suas necessidades operacionais, estratégia de atendimento e objetivos financeiros.

Eduardo de Araújo Santos, consultor de varejo e fundador da EAS Soluções, com foco em prevenção de perdas, cita alguns pontos que os varejistas precisam olhar antes de instalar ou não self-checkouts.

1 - Perfil do Cliente e Preferências: Avaliar se o perfil dos clientes é compatível com o uso de self-checkout. Isso inclui considerações sobre a faixa etária dos consumidores, suas preferências tecnológicas, ticket médio e o tipo de produtos frequentemente adquiridos.

2 - Impacto nas Perdas de Inventário: O SCO pode elevar as perdas devido a erros de entrada ou furtos. Importante avaliar a capacidade de implementar medidas de segurança, como restrições à entrada e saída com segurança, câmeras de vigilância, supervisão dedicada e sistemas de auditoria efetivos.

3 - Eficiência Operacional e Custos de Mão de Obra: Determinar se a economia potencial em mão de obra compensa o investimento inicial e os custos de manutenção dos sistemas de SCO. A tecnologia pode reduzir filas e melhorar a experiência do cliente, contribuindo para uma maior eficiência operacional.

4 - Configuração Física da Loja: Verificar se o layout da loja comporta a instalação de terminais de SCO de forma que não interfira no fluxo de clientes, nem na acessibilidade a setores da loja.

5 - Infraestrutura Tecnológica: Examinar se a infraestrutura tecnológica suporta a integração dos sistemas de SCO, considerando também as necessidades de atualizações futuras e compatibilidade com sistemas existentes, como ERP e gestão de inventário.

- Impacto na equipe de colaboradores: Considerar o impacto da adoção do SCO no pessoal, incluindo a necessidade de treinamento e possível revisão de processos e realocação de tarefas, para manter o moral e a eficácia da equipe.

7 - Concorrência de Mercado: Analisar o uso de SCO pelos concorrentes e como isso pode estar afetando suas operações e a percepção dos clientes, assegurando competitividade no mercado.

8 - Compliance Legal: Certificar-se de que o uso de SCO está em conformidade com todas as regulamentações aplicáveis, incluindo aquelas relacionadas à privacidade e proteção de dados.

9 - Testes e Feedback: Implementar um projeto-piloto em locais selecionados para avaliar a aceitação dos clientes, a eficácia operacional e o impacto nas perdas, coletando feedback que orientará a implementação em maior escala.

10 - Análise de Retorno sobre o Investimento (ROI): Realizar uma análise detalhada do retorno sobre o investimento, considerando os custos e benefícios diretos e indiretos, para entender a viabilidade financeira do projeto.

Todos esses pontos, de acordo com Santos, podem ajudar o varejista a fazer a sua escolha, equilibrando a melhoria da experiência do cliente com a gestão eficaz das operações e minimização de perdas.

Hoje, no Brasil, diz ele, é difícil medir exatamente as perdas desconhecidas com self-checkouts, até porque os varejistas não se aprofundaram nos riscos e nos desafios do uso da tecnologia.

Na Inglaterra, já se tem uma ideia. Estudo feito pela Ipsos com pouco mais de mil consumidores revelou que 8% dos britânicos pegam itens que valem até dez libras sem pagar.

A pesquisa também identificou que 13% deles furtam produtos de até uma libra.

Em 2023, o furto em lojas na Inglaterra resultou em perdas de quase 8 bilhões de libras para as lojas, de acordo com o estudo.


DEMANDA

Com ou sem perdas, o fato é que a demanda por self-checkouts deu um salto no Brasil.

Um dos maiores fabricantes desses equipamentos no país, a Laurenti, que já tem 12 mil equipamentos instalados, tem pedidos em carteira para os próximos três meses.

Com início da produção em 2013, a Laurenti comercializou 20 máquinas de self-checkout em 2014. Este ano, a previsão é de 5 mil unidades, quase o dobro do número do ano passado.

Pela primeira vez, a fábrica, localizada em São Paulo, passou a trabalhar em três turnos para dar conta dos pedidos, de 700 equipamentos por mês.

“Entramos no negócio em 2012 para resolver problema de equipamento importado pela rede Muffato e vimos uma oportunidade de mercado”, diz Luís Fernando Laurenti, CEO da empresa.

Além de reduzir filas nas lojas, diz ele, um outro motivo tem levado, especialmente os supermercados, a investir em máquinas para autopagamento: falta de mão de obra.

“Ninguém consegue contratar operador de caixa e tudo indica que esse problema vai piorar. O salário para essa função é baixo e ainda é preciso trabalhar nos finais de semana. A geração mais nova prefere trabalhar com internet, sem sair de casa, ganhando mais”, afirma.

Todos os setores envolvidos com self-checkout, como consumidores, supermercados e fabricantes, diz ele, estão em um momento de aprendizado e evolução das máquinas e seu uso.


ANÁLISE

Gustavo Carrer, chefe de vendas e desenvolvimento de negócios na Inwave, diz que o cenário dos EUA é diferente do Brasil.

Lá, diz ele, os self-checkouts foram introduzidos há décadas e estão presentes em grande número no varejo, principalmente nos supermercados.

Em muitas lojas, o número de self-checkouts chega a ser de quatro a cinco vezes maior do que o de caixas convencionais.

“O fato é que, nos últimos anos, tem sido observado um aumento expressivo das perdas nas operações do varejo como um todo, principalmente nos EUA. Dessa forma, é natural que os números apontem perdas também nos self-checkouts”, afirma.

Não existem indicadores no Brasil ou fora, diz, de que as perdas no autopagamento sejam maiores do que as identificadas nos caixas convencionais.

“De fato, o que é fundamental para mitigar erros operacionais, fraudes e furtos é o uso de tecnologia de monitoramento e supervisão dessas operações”, afirma.

Mais importante do que o tipo de caixa utilizado, em sua avaliação, é a forma como o varejista organiza a operação e, principalmente, a supervisão.

“Diferente do que possa parecer, o self-checkout não elimina a necessidade de fiscalização, mas promove uma importante redução do número de operadores e fiscais, além de reduzir filas, o que impacta diretamente na jornada de compras do consumidor.”

O fator humano, diz, é o elemento que promove vulnerabilidade nesse processo.

“Por essa razão, seja no caixa convencional ou no self-checkout, é fundamental utilizar tecnologias de monitoramento e supervisão remota, garantindo o registro correto dos produtos”.

Para Marcos Escudeiro, conselheiro de empresa e especialista no varejo alimentar, a implantação de self-checkouts no Brasil, embora tenha sido motivada pela intenção de reduzir atritos com os clientes, como redução de filas e de custos, não tem entregado os resultados esperados.

“Observo, como consumidor, especialmente em São Paulo, o número de equipamentos frequentemente inoperantes e a necessidade constante de assistência de funcionários. A complexidade das operações, a falta de treinamento adequado e a resistência cultural ao autoatendimento são alguns dos fatores que contribuem para o fracasso dessa iniciativa.”

Para ele, com mais de 30 anos no setor, o operador de caixa tem a função-chave no relacionamento com o cliente.

“Essa proximidade, como a que vivenciei em redes como Cândia e Extra, era uma estratégia eficaz para fidelizar o consumidor. Atualmente, tenho sugerido a colegas do ramo a experiência de fazer compras em lojas como Casa Santa Luzia e Da Santa, que valorizam essa abordagem.”

 

Fátima Fernandes
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/vale-ou-nao-a-pena-investir-em-self-checkout


Cate recebe inscrições para mutirão de emprego com vagas temporárias para o fim de ano

Com oportunidades nos setores de comércio e serviços, o mutirão acontece no dia 13 de setembro, das 8h às 16h. 

Os interessados podem se inscrever pelo Portal Cate, até a véspera do evento. 



A Prefeitura de São Paulo realizará no próximo dia 13 de setembro um mutirão de emprego com vagas temporárias para o final do ano. Os processos seletivos serão realizados na unidade central do Cate, das 08h às 16h, e serão disponibilizadas mais de 200 oportunidades em áreas como comércio e serviço. Os interessados podem se inscrever pelo Portal Cate até 12 de setembro.

“O mutirão de emprego focado em vagas temporárias vem para auxiliar quem busca terminar 2024 empregado. É uma oportunidade de conquistar a colocação ou reinserção no mercado de trabalho nesta reta final de ano, como também para as empresas que precisam de profissionais qualificados para reforçar suas equipes durante o período de festividades. Além disso, o emprego temporário oferece a possibilidade ao trabalhador que se destaca na atividade, de conquistar a vaga efetiva. Por isso, nossos técnicos se dedicam a auxiliar os participantes nesta jornada para chegarem preparados para os processos seletivos, inclusive se preparando em nossos cursos gratuitos on-line”, salienta a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Eunice Prudente.

Entre as vagas disponíveis no mutirão estão as voltadas para a área de logística, no posto de auxiliar - salário de R$ 1.910. É necessário ensino fundamental completo, sem a necessidade de experiência prévia. Outra oportunidade em destaque é para atendente de loja, na região central, para candidatos com idades entre 18 e 35 anos. O salário é de R$ 1.893, com escala de 6x1, sem a necessidade de experiência. A função tem duração de 90 dias, com possibilidade de efetivação.

Para a maioria das vagas a idade mínima é de 18 anos. No dia do evento os documentos necessários são: RG, CPF, carteira de trabalho (física ou digital) e cópias do currículo.

As empresas interessadas em oferecer vagas no mutirão podem cadastrar suas oportunidades até o dia 12 de setembro por meio do Portal Cate. Durante o evento, contarão com apoio gratuito da equipe do Cate, que estará disponível para fornecer assistência técnica e suporte completo ao longo de todo o processo.



Serviço

Contrata SP – Vagas Temporárias Fim de Ano

Inscrições: até 12 de setembro, às 17h

Portal Cate

Processo seletivo: 13 de setembro

Local: Cate Central, avenida Rio Branco, 252

Documentos necessários: RG, carteira de trabalho, CPF e cópias de currículo



Turismo de observação de pássaros atrai visitantes ao Cerrado brasileiro

Agência de Notícias do Turismo indica locais para apreciar a beleza das aves brasileiras
 

Nos últimos anos, o turismo de observação de pássaros (birdwatching, em inglês) tem ganhado força no Brasil, especialmente no Cerrado, um dos ecossistemas mais diversos do mundo. Essa modalidade de ecoturismo atrai visitantes de várias partes do planeta para avistar espécies raras e desfrutar de paisagens únicas. Segundo a Secretaria do Entorno do Distrito Federal, já existem mais de 100 milhões de praticantes de “birdwatching” ao redor do globo, sendo 42 mil deles apenas no Brasil. 

O Cerrado, conhecido como “a savana brasileira”, é o segundo maior bioma do país e abriga cerca de 850 tipos de aves. Muitos delas endêmicos, ou seja, que não são encontrados em nenhum outro lugar. Entre as mais procuradas por observadores estão a arara-azul-grande, o papa-moscas-do-campo, o tapaculo-do-planalto e o raríssimo pato-mergulhão, uma das aves aquáticas mais ameaçadas do mundo. 

Essa diversidade desperta o interesse tanto de observadores experientes quanto iniciantes. Eles buscam conhecer as características singulares dos pássaros do Cerrado, com cores vibrantes, cantos inconfundíveis e comportamentos fascinantes. A região oferece uma ampla gama de habitats, como veredas, campos de altitude, florestas de galeria e cerradões, cada um deles abrigando espécies distintas. 

A Agência de Notícias do Turismo lista alguns dos principais destinos para praticar o “birdwatching” no Cerrado do brasileiro. Confira!
 

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) - Conhecido por suas trilhas e paisagens deslumbrantes, o parque é um dos melhores locais para avistar espécies como a coruja-buraqueira e o caboclinho-de-chapéu-cinzento.
 

Serra da Canastra (MG) - A região abriga o pato-mergulhão e muitas outras aves ameaçadas, sendo um dos pontos mais importantes para a conservação de aves aquáticas no Cerrado.
 

Parque Nacional das Emas (Goiás/Mato Grosso do Sul) - Famoso pelas suas revoadas de aves, o parque é habitat de várias espécies migratórias e residentes, incluindo o emblemático urubu-rei.
 

Jalapão (TO) - Com paisagens exuberantes e relativamente intocadas, o Jalapão é um ótimo lugar para avistar espécies como o falcão-de-coleira e o carcará.
 

OUTROS DESTINOS - Apesar da crescente prática no Cerrado, não é apenas nele que a prática de observação de aves gera encanto. O Brasil, com sua vasta diversidade de biomas, constitui um dos melhores países do mundo para a observação de pássaros, atraindo adeptos de todos os continentes. Conheça outros locais ideais à modalidade ao redor do país:
 

Pantanal (MS/MT) - O Pantanal é a maior planície alagável do mundo e um verdadeiro paraíso para os observadores de aves. O ecossistema abriga cerca de 650 tipos de pássaros, incluindo o tuiuiú (ave-símbolo do Pantanal), araras-azuis, garças, colhereiros, além de muitas outras espécies aquáticas e terrestres. Passeios de barco, trilhas e safáris fotográficos são ideais para avistar a rica avifauna local, além de mamíferos e répteis.
 

Parque Nacional de Itatiaia (RJ/MG) - O parque, em meio à Mata Atlântica, é famoso por suas trilhas que levam a diferentes altitudes, onde é possível avistar espécies como o beija-flor-de-topete-verde, a saíra-militar e o pavó (pavão-do-mato). Trilhas como a do Mirante do Último Adeus são excelentes para observar aves e florestas baixas.
 

Lençóis Maranhenses (MA) - Conhecido por suas dunas e lagoas sazonais, o parque também é um excelente ponto de observação de aves migratórias e residentes, como o maçarico-de-papo-vermelho e o gavião-carijó. A combinação de paisagens desérticas com áreas de manguezais e restingas faz do local um ambiente único para o “birdwatching”.
 

Floresta Nacional de Carajás (PA) - Área de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado, a Floresta Nacional de Carajás é um centro de biodiversidade, com diversas espécies de papagaios, araras e outras aves de floresta. Trilhas guiadas permitem observar aves em seu habitat, cercadas por impressionantes formações rochosas.
 

Ilha do Cardoso (SP) – Situada no litoral sul de São Paulo, a ilha preserva em um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica costeira no Brasil e abriga espécies raras, a exemplo do pica-pau-de-cara-canela e do papagaio-de-cara-roxa. Barcos e trilhas pela mata proporcionam uma observação de aves tranquila e imersiva.


Explore cursos gratuitos da IBM sobre Inteligência Artificial

Parceria Eu Capacito e IBM SkillsBuild disponibiliza desde conteúdos mais introdutórios até os mais avançados; cursos podem ser realizados de forma separada ou de forma combinada dentro da trilha de aprendizado
 

A rápida evolução da inteligência artificial tem transformado setores e se tornado um conhecimento essencial para o mercado de trabalho. Consequentemente, a procura por mão de obra cresceu. De acordo com o CEO Study, pesquisa realizada pela IBM, 35% da força de trabalho no Brasil exigirá requalificação nos próximos três anos e 37% dos CEOs entrevistados no país planejam contratar colaboradores adicionais devido à IA generativa. Apesar disso, as empresas têm enfrentado desafios para encontrar profissionais qualificados. É isso que aponta a pesquisa "Antes da TI, a Estratégia", divulgada neste ano pelo IT Forum Inteligência, em que 47% das empresas indicaram que um dos seus principais obstáculos é a escassez de talentos. O dado evidencia a necessidade urgente de investimentos em educação e formação de mão de obra especializada.

Reconhecendo essa tendência e a urgência de ampliar o acesso à capacitação, a plataforma Eu Capacito, uma iniciativa do Instituto Itaqui que visa formar profissionais para a economia digital, oferece cursos gratuitos de inteligência artificial da IBM SkillsBuild.

Os cursos on-line do IBM SkillsBuild podem oferecer uma vantagem inicial em áreas como IA generativa, aprendizado de máquina, ética de IA e muito mais. Os cursos são completamente gratuitos, flexíveis e otimizados para aprendizado em movimento para impulsionar o futuro de IA de acordo com o ritmo de cada aluno.


Plano de aprendizagem: Fundamentos de Inteligência Artificial

Neste plano de aprendizagem, você explorará a história da IA e verá como ela pode mudar o mundo. Ao longo do caminho, você se aprofundará nas maneiras pelas quais a IA faz previsões, entende linguagem e imagens e aprende usando circuitos inspirados no cérebro humano. Após uma simulação prática na qual você cria e testa um modelo de aprendizado de máquina, você terminará com dicas sobre como encontrar sua carreira em IA. Ao concluir esses cursos, você ganhará uma credencial IBM SkillsBuild reconhecida pelo setor de tecnologia em Fundamentos de Inteligência Artificial. A credencial leva aproximadamente 10 horas para ser concluída.

  • Introdução à Inteligência Artificial: o curso traz um pouco da história da IA, que tem menos de um século de existência, e explora maneiras de como essa tecnologia pode esclarecer dados não estruturados. Duração: 1h15. Acesse aqui. 
  • Processamento de linguagem natural e visão por computador: nesse curso você vai aprender como alguns sistemas de inteligência artificial podem entender a linguagem humana, identificar imagens visuais e até criar arte original. Duração: 1h35. Acesse aqui.
  • Aprendizado de Máquina e Deep Learning: aprenda sobre a lógica por trás da capacidade de aprendizado dos computadores e as maneiras pelas quais os sistemas de IA podem resolver problemas. Duração: 2h20. Acesse aqui.
  • Ética da IA: a capacitação aborda os problemas que podem surgir quando os sistemas de inteligência artificial interpretam mal os dados ou propõem soluções em desacordo com valores humanos. Duração: 1h45. Acesse aqui.
  • Seu futuro na IA - o panorama de trabalho: neste curso, aprenda sobre o crescimento do mercado de trabalho de Inteligência Artificial e as habilidades necessárias para ter sucesso neste campo. Duração: 50 minutos. Acesse aqui.  


Cursos adicionais de IA:

  • O que é a Inteligência Artificial?: saiba como os especialistas respondem à pergunta e explore conceitos como machine learning e deep learning. Duração: 45 minutos.
  • Inteligência Artificial - primeiros passos: este curso apresenta o mundo da inteligência artificial, mostrando os elementos fundamentais da tecnologia até as implicações éticas do desenvolvimento para IA. O curso é uma ótima introdução da nova tecnologia e oferece certificado no final. Duração: 1h35. Acesse aqui. 


Inteligência Artificial na Prática: da comunicação com chatbots, à direção de carros de condução automática e à resolução de problemas complexos. Entenda como a IA está resolvendo problemas em todos os lugares. Duração: 40 minutos. Acesse aqui.

Dominando a arte de criar prompts: o curso prático ensina os modelos de linguagem de IA e que regras devemos seguir para dar instruções e criar prompts eficazes, conseguindo respostas mais eficazes da tecnologia. Duração: 1h. Acesse aqui.

Cause impacto com a IA: quer fazer a diferença com a inteligência artificial? Neste curso você vai entender como a tecnologia tem revolucionado a forma como as organizações podem implementar soluções de sustentabilidade, incluindo a previsão das necessidades energéticas, a monitorização da segurança das pontes, a proteção dos oceanos e o abastecimento alimentar mundial. Duração: 1h30. Acesse aqui.

Para acessar os novos cursos da IBM SkillsBuild e também todos os outros que estão na plataforma, clique aqui.


Sobre o Eu Capacito
O Eu Capacito é uma das iniciativas sociais do Instituto Itaqui, organização sem fins lucrativos dedicada a projetos educacionais de impacto na área de tecnologia. A plataforma online oferece mais de 150 cursos gratuitos com o objetivo de capacitar uma legião de pessoas para a economia digital. Apoiado por diversas empresas da iniciativa privada, o Eu Capacito promove qualificação na área de tecnologia, fluência digital, empreendedorismo e soft skills. A meta do Eu Capacito é beneficiar 10 milhões de pessoas em 10 anos.



IBM
www.ibm.com


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Setembro Dourado: Cada segundo conta na luta contra o câncer infantojuvenil

 

Que tal refletirmos sobre os principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil? Você sabia que, no Brasil, o câncer é a principal causa de morte entre crianças e jovens de 1 a 19 anos, segundo o INCA? Com a chegada do Setembro Dourado, o mês dedicado à conscientização sobre o diagnóstico precoce, faço um convite urgente a todos: vamos agir agora e salvar vidas!

Eu sou Bianca Provedel, CEO do Instituto Ronald McDonald, e hoje quero destacar a importância de detectar o câncer infantojuvenil nos estágios iniciais da doença. Por meio do nosso Programa de Diagnóstico Precoce , o Instituto atua incansavelmente capacitando profissionais de saúde e educadores para reconhecer os sinais dessa doença. Já impactamos mais de 36 mil profissionais e alcançamos diretamente 5.194.998 crianças e adolescentes em todo o Brasil.

Em 16 anos, expandimos nossa atuação para 56 universidades e 327 escolas. O diagnóstico precoce é fundamental para melhorar as taxas de sobrevivência e reduzir as sequelas associadas a diagnósticos tardios. Quando o câncer é identificado mais cedo, o tratamento pode ser menos agressivo, resultando em menos hospitalizações e uma recuperação mais rápida. Além disso, os custos associados aos tratamentos prolongados são reduzidos, aliviando o impacto financeiro sobre as famílias e o sistema de saúde. 

Com mais de R$ 405 milhões investidos em oncologia pediátrica, o Instituto Ronald McDonald tem promovido uma diferença significativa na vida de milhões de crianças e jovens. Nossos números falam por si: 3,2 milhões de crianças e jovens impactados diretamente e cerca de 10,8 milhões indiretamente, com 1.961 projetos beneficiados e 108 instituições apoiadas em 22 estados e no Distrito Federal. A conscientização e a educação sobre o diagnóstico precoce não são apenas essenciais; elas transformam o cenário atual e salvam vidas. 

Neste mês de setembro, convido todos a se engajar nessa causa. Precisamos destacar o quanto o diagnóstico precoce pode mudar a história de uma vida. Se você é um profissional de saúde, um educador ou um membro da comunidade, esteja atento aos sinais e sintomas do câncer. Se você é pai, mãe ou responsável, conheça os sinais e procure orientação médica se necessário. Ouça sua intuição, se notou algo diferente, como uma dor de cabeça persistente ou dor nas pernas, procure um médico. Cada sinal observado e cada ação tomada pode ser a diferença entre um tratamento bem-sucedido e um diagnóstico tardio!

 

Instituto Ronald McDonald - acesse o site


Atenção ao detalhe: saiba identificar o câncer infantojuvenil

Chances de cura são de até 80% com diagnóstico precoce 


O câncer é a primeira causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O órgão estima 7.930 novos casos, a cada ano, no triênio 2023/2025.

Como forma de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, a campanha Setembro Dourado marca a importância do diagnóstico precoce para maiores chances de cura da doença. 

Dados do Inca ressaltam a necessidade da campanha. Segundo o Instituto, mesmo sendo agressivo, a identificação precoce dos sinais e sintomas do câncer possibilita até 80% de chances de cura. 

Para Wagner Fujarra, supervisor clínico do Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (CECAN), em Mogi das Cruzes (SP), a atuação da unidade vai de encontro à divulgação de informações realizadas durante a campanha anual.  

“Diferente do câncer em adultos, o câncer pediátrico apresenta uma evolução mais rápida e agressiva. Nesse contexto, o papel do Cecan é orientar e acolher os pacientes atendidos na unidade, oferecendo apoio emocional e informações que ajudem no processo de tratamento da doença”, explica Wagner. 

 

De olho nos sinais  

O diagnóstico precoce pode ser um desafio, já que os sintomas são variados, inespecíficos e se parecem com doenças comuns. Mas é importante ter atenção aos pequenos detalhes para que hematomas e outros sinais não sejam despercebidos ou confundidos com outras doenças. 

Sinais como o crescimento do olho, perda de peso considerável e sem justificativa, caroço em qualquer parte do corpo e cansaço são um alerta para o câncer infantojuvenil. Mas, há também outros sintomas, como: 

• Febre recorrente e sem origem infecciosa;

• Dor de cabeça contínua e progressiva, associada a vômitos principalmente pela manhã;

• Aumento de dor progressiva em qualquer parte do corpo, como abdômen, pescoço, pernas e braços;

• Presença de pupilas esbranquiçadas, desenvolvimento de estrabismo ou qualquer alteração repentina da visão; 

• Perda de peso progressiva e inexplicável.

 

Setembro Amarelo: como culpa materna pode levar à depressão pós-parto e afetar saúde mental das mães

Crédito:Drazen Zigic
Ansiedade e falta de suporte estão entre os principais fatores de risco para as mães. Psicóloga perinatal Rafaela Schiavo explica como prevenir e cuidar da saúde mental.


O Setembro Amarelo reforça a importância de falar sobre saúde mental, especialmente quando o assunto envolve as mães, que muitas vezes carregam o peso da culpa materna em silêncio. Essa culpa, alimentada por expectativas sociais e pressões internas, pode não só minar o bem-estar emocional das mulheres, mas também evoluir para transtornos graves, como a depressão pós-parto e o burnout materno. 

A falta de acesso à informação correta, muitas vezes, causa receio e insegurança nas mães. Por isso, durante o Setembro Amarelo, mês voltado para a campanha brasileira de prevenção ao suicídio, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, esclarece as dúvidas mais comuns sobre culpa materna e oferece dicas práticas para ajudar as mães a lidar com esses sentimentos da melhor forma.

O que é a culpa materna e por que acontece tanto?
A culpa materna é um sentimento que surge por conta das junções sociais, pessoais e a realidade da maternidade. Muitas mães se sentem culpadas por não conseguirem atender a todas as demandas e expectativas que a sociedade e elas mesmas impõem. É quase como se a culpa fosse uma sombra que acompanha a maternidade.

Como a culpa materna pode evoluir para depressão pós-parto?
Se a culpa materna não for abordada, pode evoluir para quadros de depressão pós-parto. A sobrecarga emocional, a falta de suporte e a idealização da maternidade são fatores que aumentam o risco de depressão, especialmente no período do puerpério.

Quando é hora de buscar ajuda profissional?
Se a mãe sentir tristeza persistente, falta de energia, dificuldade de conexão com o bebê, ou pensamentos negativos, é importante procurar ajuda. A depressão pós-parto pode surgir até um ano após o parto, e o acompanhamento psicológico pode ser importante para o bem-estar da mãe e do bebê.

Como a psicologia perinatal pode ajudar no tratamento da culpa materna e depressão pós-parto?
A psicologia perinatal oferece suporte especializado para gestantes e puérperas. O tratamento pode ser realizado por meio de sessões individuais, em grupo ou familiares, que ajudam a mãe a lidar com os desafios emocionais da maternidade e a prevenir problemas mais graves.

É normal se sentir cansada da maternidade às vezes?
Com certeza. Todas as mães se sentem cansadas ou frustradas em algum momento. O importante é saber que isso não te faz uma mãe ruim. Aceitar e conversar sobre esses sentimentos ajuda muito.

Como a sociedade influencia a culpa materna?
A sociedade tem grandes expectativas sobre as mães. Essa pressão cultural pode fazer com que muitas mulheres se sintam culpadas por quererem trabalhar ou por outras escolhas pessoais. Reconhecer e questionar essas expectativas é um passo importante para se sentir melhor.

Dicas para lidar com a culpa materna e a depressão pós-parto:

  • Ser gentil consigo mesma: Entender que está tudo bem em não ser uma mãe perfeita. Porque mães perfeitas, além de não existirem, poderiam prejudicar o desenvolvimento do filho. Não é esperado que as pessoas tenham mães perfeitas, mas sim mães possíveis, ou suficientemente boas.
  • Cuide de si mesma: É muito importante reservar um tempo para cuidar da sua mente e do seu corpo.
  • Converse com seu obstetra: Peça indicações de psicólogos perinatais e se informe sobre a nova Lei 14.721, que garante suporte psicológico gratuito pelo SUS.
  • Participe de grupos de apoio: Compartilhar experiências com outras mães ajuda a reduzir o sentimento de culpa e fortalece o suporte emocional.
  • Busque ajuda profissional quando necessário: Se a culpa e a tristeza forem persistentes, buscar apoio de um profissional de saúde mental pode ajudar a evitar a evolução para depressão pós-parto.

Temperatura máxima: especialista do CEUB dá dicas para se proteger do calor

De 2000 a 2018, 48 mil pessoas não resistiram às ondas de calor. Riscos são maiores entre idosos, gestantes e crianças


As altas temperaturas já deram as caras no Brasil e a previsão é de tempo muito seco e calor acima da média em boa parte do país. O fim do outono geralmente é acompanhado de chuvas mais escassas e temperaturas amenas, dando as boas-vindas para as floradas da primavera. No entanto, os efeitos do El Niño e o aquecimento global levaram ao aumento das ondas de calor, com temperaturas até 6°C acima da média. 

De acordo com estudo feito por 12 cientistas brasileiros e portugueses vinculados a instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa, as ondas de calor levaram a óbito mais de 48 mil pessoas no Brasil entre 2000 e 2018. Nádia Haubert, nutróloga e professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), lista alguns cuidados com a saúde em casos de calor extremo.  

Segundo ela, as principais consequências que as ondas de calor podem trazer são: desidratação, sintomas de insolação, distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos, além de queimaduras de pele. “A insolação pode ter de sintomas leves até mais graves, como hipertermia, perda da consciência e parada cardíaca. O calor excessivo provoca um estresse térmico no organismo, que passa a ter dificuldade para manter essa temperatura estável, levando a um esgotamento do sistema nervoso central e circulatório”, esclarece.  

Um organismo saudável que passa por estresse térmico costuma se adaptar à temperatura com consequências leves, como dores de cabeça, mal-estar e lentidão. No entanto, Nádia alerta para cuidados com os grupos vulneráveis: crianças, gestantes e idosos. Os sintomas da longa exposição solar podem ser graves e potencialmente fatais. “Caso alguém esteja em estado de confusão mental, boca seca, urina escura, dor no peito e falta de ar, procure ajuda médica imediatamente”, alerta. 

 

Tem gestante, idoso ou criança em casa?

Confira dicas da docente do CEUB para enfrentar as temperaturas mais altas no outono: 

Beba líquidos com frequência

Evite exposição ao sol nesses dias mais quentes

Evite o consumo de bebidas alcoólicas

Use protetor solar

Se precisar sair ao sol, use bonés e, se possível, roupas com fator de proteção

Consuma frutas com maior teor de água, a exemplo do melão e melancia

Consuma alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes 

Evite alimentos indigestos e gordurosos

Pratique esportes ou exercícios físicos no começo da manhã ou à noite


Melatonina: especialista revela mitos e verdades sobre o hormônio do sono

O suplemento usado para estimular o sono requer responsabilidade e prescrição médica para o uso, alerta farmacologista do CEUB


O corpo humano é regulado pelo equilíbrio entre as ações do sistema nervoso e do sistema endócrino, composto por glândulas que produzem hormônios conforme as necessidades do organismo. A melatonina é um desses hormônios, também responsável por regular o ritmo biológico. Danilo Avelar, especialista em Farmacologia e professor de Biomedicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica como essa substância age no organismo humano e alerta sobre o uso indiscriminado do medicamento. 

De acordo com o professor, a melatonina é produzida pela glândula pineal, localizada no diencéfalo, perto do sistema límbico, responsável por funções como memória e emoções. Segundo ele, a principal função da melatonina é regular o ciclo circadiano, que coordena hábitos como sono, fome e percepção do dia e da noite. “As funções da melatonina incluem regular a fome e o sono em horários fixos, a percepção do dia e da noite, induzindo o sono à noite com ajuda dos fotorreceptores, que captam a luminosidade”, explica Avelar. 

Avelar acrescenta que a melatonina é liberada quando o corpo detecta a ausência de luz, normalmente no início da noite. Os fotorreceptores na retina enviam sinais à glândula pineal, que libera o hormônio, preparando o corpo para dormir. Pela manhã, com a luz, a produção é interrompida. O pico de produção de melatonina ocorre entre 2h e 3h da madrugada, variando de acordo com a individualidade biológica.

 

De acordo com o docente do CEUB, a melatonina natural pode ser encontrada em alimentos ricos em triptofano, como carnes e laticínios, e em alimentos que contêm melatonina, como vinho e frutas, porém não há evidências científicas sólidas de que consumir esses alimentos aumente os níveis sanguíneos de melatonina ou ajude no tratamento da insônia. Já a melatonina sintética, produzida em laboratório, pode ter concentrações manipuladas e é absorvida mais rapidamente pelo corpo em comparação com a melatonina natural. 

A melatonina pode ser recomendada em circunstâncias diversas que podem “atrapalhar” o processo do sono, como estresse moderado, barulho, uso de medicamentos, estímulos luminosos no ambiente e até a idade, pois com o envelhecimento, a produção desse hormônio tende a cair. “O uso suplementar de melatonina pjet-lagmir só deve ser indicado por um médico e como auxílio para estímulo do sono – não como tratamento para insônia, por exemplo. Ela pode ser indicada em casos de jet-lag, para idosos com baixa produção do hormônio, ou em crianças com TDAH ou TEA”.  

Além de auxiliar no sono, Danilo destaca que a melatonina possui funções antioxidantes que ajudam a proteger o sistema nervoso e a prevenir a neurodegeneração. “O uso da substância pode fortalecer o sistema imunológico e pode ajudar a combater doenças como Alzheimer, influenciando positivamente o humor e reduzir o risco de estresse, depressão e ansiedade.” 

Sobre a dosagem adequada, o professor menciona a regulamentação da Anvisa, que melatonina pode ser usada como suplemento alimentar em adultos com dose máxima de 0,21 mg por dia. Em crianças, o uso deve ser supervisionado por um médico, com dosagens individualizadas. O tempo de uso, geralmente limitado a três meses, também deve ser determinado por um médico após avaliação clínica e, se necessário, laboratorial. O suplemento não é recomendado para lactantes e gestantes. 

O farmacologista do CEUB alerta que, como todo medicamento, o uso excessivo de melatonina pode trazer efeitos adversos, especialmente em doses altas. Entre os possíveis efeitos, estão dor de cabeça, náuseas, sonolência diurna, tonturas, cólicas abdominais e tremores. “Em alguns casos, também pode causar ansiedade leve, piorar quadros de depressão, aumentar a pressão arterial, além de provocar sonhos excessivos, sudorese noturna e prurido.”

 

Interações medicamentosas

Segundo Danilo Avelar, a melatonina pode afetar a eficácia de alguns grupos de medicamentos, entre eles: 

- Anticoagulantes e Antiagregantes Plaquetários: o uso conjunto de melatonina com anticoagulantes e antiagregantes pode aumentar o risco de sangramento; 

- Anticonvulsivantes: a melatonina pode inibir os efeitos dos anticonvulsivantes e aumentar a frequência de convulsões, particularmente em crianças com deficiências neurológicas; 

- Anti-hipertensivos: a melatonina pode piorar a pressão arterial em pessoas que tomam medicamentos para hipertensão; 

- Depressores do Sistema Nervoso Central (SNC): a combinação de melatonina com medicamentos que agem no SNC pode causar um efeito sedativo aditivo; 

- Hipoglicemiantes (medicamentos para tratar o diabetes): a melatonina pode afetar os níveis de glicose no sangue, portanto, pacientes diabéticos devem consultar um médico antes de usar melatonina; 

- Contraceptivos Orais: o uso de contraceptivos orais com melatonina pode causar um efeito sedativo aditivo e aumentar os possíveis efeitos colaterais da melatonina; 

- Substratos do Citocromo P450 1A2 (CYP1A2) e Citocromo P450 2C19 (CPY2C19): pacientes que tomam medicamentos afetados por estas enzimas, como o diazepam, por exemplo, devem usar melatonina com cautela; 


- Fluvoxamina (Luvox): usado para tratar transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), pode aumentar os níveis de melatonina, causando sonolência excessiva; 

- Medicamentos que diminuem o limiar de convulsão: tomar melatonina com esses medicamentos pode aumentar o risco de convulsões.


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