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sábado, 10 de agosto de 2024

“Criança pode contribuir com a organização do lar a partir dos 2 anos”

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É o que defende pedagoga, para quem o exemplo dos pais é o maior incentivador para os bons hábitos

 

Seu filho ainda não sabe arrumar a própria cama ou guardar os brinquedos após utilizá-los? Saiba que a partir dos dois anos, algumas “tarefinhas” já podem ser inseridas na rotina das crianças. 

Pais, mães e responsáveis que trabalham fora acabam se vendo diante da necessidade de deixar a arrumação da casa por conta de faxineiros diaristas, por exemplo. Já entre as famílias que não têm como arcar com este serviço, por vezes, a solução é deixar para quando algum adulto da casa tiver tempo para fazê-lo. 

Mas, criar a consciência para manter tudo limpo e organizado no ambiente em que vive não pode ser deixado para a fase adulta. “A partir dos dois anos, a criança pode começar a contribuir com a organização do lar”, defende a pedagoga, administradora, gerente da Faculdade Una Pouso Alegre, no Sul de Minas, Helianna Lourenço. 

Mãe de dois filhos em idade escolar, Helianna ensina: “criança aprende com exemplo. A partir do momento em que ela percebe a importância dessas ações no núcleo familiar, ela repete tal ação. A criança tem percepção aguçada e gosta de um ambiente organizado, limpo, confortável e tudo isso inspira segurança. Portanto, é imprescindível explicar para ela, desde cedo, que todos somos responsáveis por este ambiente”. 

No momento de ensinar, se os responsáveis ouvirem um “não quero guardar brinquedo”, batendo o pezinho no chão, a dica é não desanimar, nem se intimidar. “Birra é vontade de chamar a atenção dos pais. E, neste momento, significa a ausência de conexão com os responsáveis”, explica a pedagoga da Una Pouso Alegre. A solução mais positiva nesta hora é deixar a birra passar e, em um momento de “tranquilidade e conexão com a criança”, voltar a estabelecer combinados e traçar tarefas que já estejam de acordo com a idade.
 

Dez minutos para educar

Se o responsável ficar em casa só à noite, isso não há problema. “Em casa, a todo momento, sujamos um copo, espalhamos sapatos, as crianças tiram brinquedos de lugar... Por isso, se traçarmos combinados isso não levará nem dez minutos para ser executado pela criança. Lembre-se que o exemplo arrasta - o bom e o ruim”, alerta Helianna. 

Mas, o que significa aprender com o exemplo? Há pais e mães que são desorganizados também e não ligam para as questões da casa. Neste caso, como despertar em si mesmo a conscientização para a limpeza e organização do lar? Como fazer esta autocrítica? 

A pedagoga argumenta que “desorganização gera improdutividade, desperdício”. E tem mais: sentimentos desagradáveis entre os moradores da casa podem derivar de um ambiente com desorganização e falta de higiene. “A ação e a conscientização precisa vir de fora, do adulto, pois, às vezes a pessoa está tão enraizada com aquele ambiente ruim, que não percebe como aquele espaço poderia ser infinitamente melhor, mais confortável e acolhedor”, compara. Sendo assim, a dica é: observe a sua rotina e busque melhorar.
 

Moda Circular kids

Outra dica da pedagoga da Una Pouso Alegre é: “ensine o desapego a seus filhos. Seja de roupas que não servem mais, brinquedos que não fazem mais sentindo. Estimule a doação, mas também, a utilização circular dos objetos”, indica. Atualmente, há uma profusão de brechós para todo tipo de itens. Há também inúmeros grupos de desapegos nas redes sociais. “Hoje, pode-se também fazer negócio com o que não se usa mais”, sugere Helianna. 

A professora indica ainda que, estabelecer pequenas obrigações para a criança como secar as vasilhas utilizadas nas refeições e juntar o lixo podem se tornar uma obrigação deste ou daquele filho, em rodízios. Dependendo das situações, é possível até mesmo dar um pequeno brinde, como um bombom, para quem cumprir tudo na semana. “Prêmios não são imorais nem ilegais e servem de estímulo aos combinados e obrigações cumpridas”.

 

“Tarefinhas” para as crianças a partir dos 2 anos:

1 - Arrumar a cama.

2 - Guardar brinquedos e livros.

3 - Colocar a roupa suja no cesto.

4 - Ajudar a alimentar os animais de estimação.

5 - Limpar pequenas sujeiras.

6 - Ajudar a guardar as compras de mercado.

 

Atividades para as crianças, a partir dos 5 anos:

1 - Levantar e deixar a cama arrumada. Se sujar o banheiro, passar um pano.

2 - Comeu, lavou o prato ou o copo imediatamente.

3 - Deixar roupas e sapatos organizados. Se está sujo acondicionar em local adequado.

4 - Brinquedos após a diversão devem retornar ao local adequado.

5 - Após o banho, deixar o banheiro organizado estendendo a toalha e deixando o banheiro tão organizado como o encontrou.

6 - Organizar, limpar o local após a conclusão das tarefas escolares e deixá-lo pronto para uma próxima utilização.



Olimpíadas 2024: os melhores esportes para combater o sedentarismo


Fernando Amaral, coordenador do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera de São Bernardo do Campo, orienta os esportes mais indicados para os iniciantes

 

Com os Jogos Olímpicos de 2024 em plena atividade, milhares de atletas estão competindo em Paris, inspirando espectadores ao redor do mundo a adotar um estilo de vida mais ativo. Mas, para aqueles que estão começando a sair do sedentarismo e querem encontrar o esporte ideal para se engajar, é crucial entender quais modalidades são mais acessíveis e quais podem ser mais desafiadoras. 

Fernando Amaral, coordenador do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera de São Bernardo do Campo, explica que antes de começar qualquer esporte, é crucial realizar uma avaliação médica para garantir que a atividade escolhida é segura. "Uma consulta cardiovascular pode prevenir problemas graves durante o exercício físico", recomenda. Além disso, o acompanhamento de um profissional de educação física e um plano nutricional adequado são fundamentais para um início seguro e eficaz na prática esportiva. “O aquecimento e a preparação física adequada são essenciais para prevenir lesões e melhorar a performance", destaca. 

Neste cenário, o professor do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera, explica os esportes olímpicos mais recomendados e os menos indicados para iniciantes, confira.
 

Esportes recomendados para iniciantes:
 

Natação: A natação está entre as melhores escolhas para quem está começando a se exercitar. "A natação proporciona um trabalho cardiorrespiratório excepcional com pouco impacto nas articulações. A resistência da água também ajuda no fortalecimento muscular e na flexibilidade", explica Amaral. Esse esporte pode ser praticado em diferentes ambientes, tornando-o acessível e adaptável às necessidades de iniciantes.


Tênis de Mesa: Outro esporte recomendado é o tênis de mesa. "Requer rápida movimentação e alta capacidade de reação, o que resulta em um ótimo treino cardiovascular. Além disso, o equipamento necessário é simples e acessível, facilitando a prática", ressalta Fernando. A intensidade dos rallies contribui para uma excelente preparação física sem sobrecarregar o corpo.


Corridas de Fundo (5000m e 10000m): As corridas de longa distância são uma excelente forma de exercício. "Embora o ideal seja praticar em pistas de atletismo, iniciantes podem começar correndo em ruas ou parques. As corridas proporcionam um ótimo condicionamento cardiovascular e fortalecem os músculos das pernas, entretanto é necessário iniciar com pequenas metas e ir aumentando ao longo do tempo", afirma o professor de Educação Física.


Futebol: Este esporte popular é outra opção viável. "O futebol combina exercícios aeróbicos com trabalho muscular, e sua natureza social pode aumentar a motivação para a prática regular", diz Amaral. Com uma estrutura acessível e a possibilidade de jogar em diferentes ambientes, o futebol é uma escolha prática e envolvente.


Esportes menos recomendados para iniciantes: 
Os esportes abaixo requerem maior habilidade, entretanto, com um acompanhamento adequado é possível realizá-los, cabe ressaltar que a iniciação esportiva deve preconizar todo o processo pedagógico, a fim de se obter excelentes resultados futuros.


Salto com Vara: O salto com vara é um dos esportes mais desafiadores para iniciantes. "Exige uma combinação de força, velocidade e coordenação motora. A necessidade de equipamentos especializados e a complexidade técnica fazem dessa modalidade uma escolha menos recomendada para quem está começando", alerta Fernando.


Hipismo: O hipismo é uma modalidade que envolve montar e controlar um cavalo. "Além da habilidade necessária para lidar com o animal, o hipismo requer um alto grau de técnica e preparo físico, o que pode ser desafiador para iniciantes", explica Amaral.


Escalada: A escalada é um esporte que demanda força, flexibilidade e habilidades técnicas avançadas. "A segurança e a técnica envolvidas tornam a escalada um esporte complexo, com uma curva de aprendizado acentuada para quem está começando", ressalta.


Saltos Ornamentais: Com um elevado grau de dificuldade técnica, os saltos ornamentais são menos acessíveis para iniciantes. "A precisão e o refinamento necessários para executar os saltos são elevados, tornando esta modalidade mais adequada para praticantes com mais experiência", conclui.


Em defesa do tempo presente


É muito comum ouvir-se a expressão “hoje em dia”. No mais das vezes se a
usa para desmerecer a época corrente, afirmando-se que atualmente as coisas
– todas e quaisquer coisas – são piores do que no passado.

Então, conclui-se sem a devida reflexão: hoje em dia somos mais dinheiristas,
mais interesseiros, mais insensíveis; hoje em dia não temos valores; hoje em
dia nem mesmo se pode confiar muito nas pessoas.

São afirmações equivocadas, sem perspectiva histórica. Hoje em dia o mundo
é extremamente melhor do que foi no passado. É mais solidário socialmente, é
mais cômodo individualmente; é muito mais seguro.

Gente de mau caráter houve e há. Não é escassa no presente, não foi pouca
no passado. Tolos, igualmente, existem de sobra, mas o pretérito também não
foi econômico na oferta de curtos de entendimento.

A natureza humana mudou pouco – se mudou alguma coisa –, não obstante os
discursos moralistas de direita, que veem degeneração no avanço dos tempos,
e de esquerda, que asseveram o crescimento da injustiça.

O que está inteiramente diferente são os ambientes privado e social em que a
humanidade vive. E eu diria que, felizmente, estão expressivamente diferentes.
Estão muito mais francos e generosos; mais “descontrolados”.

Não se analisa a vida contemporânea com facilidade. É difícil falar da época
atual com isenção, porque ela é elemento de compreensão, incidindo sobre a
nossa consciência, contagiando nossas conclusões.

Arrisco-me, todavia, a alçar argumentos em favor da contemporaneidade. Sem
desprezar as misérias do mundo – tantas e tão tristes –, ouso afirmar que
vamos relativamente mais confortáveis, moral e materialmente.

Longe de mim declarar o “fim da História”, mas, estudando-a, sei que temos
mais liberdade individual, mais meios de bem-estar físico e mais conhecimento
à disposição de um número crescente de pessoas.

Conhecimento acera a curiosidade; aprende-se, embora aprender doa. Saber faz questionar o mundo, desprende de ideologias, inclusive das religiosas. Sem verdades explicativas, pensa-se, mesmo que pensar angustie.

Comodidades nos proporcionam tempo, permitem divertimento. Desafeitos ao
uso do tempo e um tanto angustiados pela falta de explicações para o mundo,
às vezes nos extravasamos na diversão; nos excedemos.

Menos censura, mais excesso. O excesso é perdulário da própria vida, mas é
erro reparável para quem o errar educa. Resta menos mal, de toda forma, o
exceder-se que a submissão ao autoritarismo privado ou público.

Conhecimento, tempo e conforto propiciam liberdade; então, incertezas. Se não
me dizem aonde ir, eu tenho que decidir. Se ideologias (mais as religiosas) são
confrontadas pelo saber, estou solto das rédeas da tradição.

Eis-me, assim, num mundo sem respostas. Cabem-me as perguntas. Cabe-me
respondê-las. Tenho que lidar comigo com minha luz própria. Luz própria pede
conhecimento, que pede esforço para conhecer.

O mundo está menos complicado, mas está mais complexo. É mais difícil.
Agora, contudo, eu posso; antes não podia. Hoje há possibilidades ao meu
alcance; antigamente nem era permitido buscá-las.

Sim, as circunstâncias da sociedade de consumo são avassaladoras. Se não
nos precatamos, elas nos tragam. De fato, elas fascinam, mas, pelo andar da
História sempre houve o seduzimento dos tolos de hábito.

No passado, multidões foram manipuladas pela invenção de deuses (sempre maus), reis (em geral, déspotas), organizações religiosas e aparelhos de poder à esquerda é à direita, em nome da salvação no Céu ou na Terra. 

Na contemporaneidade, somos massas manejadas pelas mídias ou
aglomeradas em bolhas de internet, recebendo “sabedoria” robotizada, objeto
de algoritmia; não somos mais lúcidos ou mais éticos.

Sem desconsiderar as armadilhas do “sistema”, entretanto, insisto: no tempo presente é possível desvencilhar-se: quem se atina e recusa o facilitário banal reciclado tem mais e melhor com que viver a vida.



Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.


Sua sogra é ciumenta? Especialista dá dicas!

É preciso enfrentar o ciúme da sogra com sensibilidade e sabedoria
 Unsplash
O casal deve ter empatia e definir fronteiras claras que protejam a privacidade do relacionamento, diz Médium especialista em relacionamentos Henri Fesa

 

O ciúme é um sentimento complexo que pode surgir em diversas relações, incluindo a relação entre sogras e noras/genros. Muitas vezes, esse ciúme é motivado pelo medo de perder a atenção e o carinho do filho, agora dividido com a nova parceria. As mães, naturalmente, desenvolvem um forte vínculo com seus filhos ao longo dos anos. Quando esses filhos se casam, é comum que algumas mães sintam que estão perdendo seu lugar de destaque, gerando o sentimento de ciúme.  

"É claro que depende muito de cada situação, e podem existir aquelas situações em que, para as mães, o filho merece uma pessoa melhor, ou desejos parecidos. Mas esse tipo de ciúme costuma ser uma manifestação de insegurança e um reflexo do medo de serem substituídas. Não significa, necessariamente, um sinal de má intenção, mas um apego profundo e uma dificuldade de lidar com mudanças”, disse Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa.

Para lidar com essa situação delicada, principalmente porque pode afetar negativamente o casamento, é essencial que todas as partes envolvidas pratiquem a empatia e a comunicação aberta. Validar os sentimentos da sogra, sem necessariamente concordar com eles, é um caminho inicial. É importante mostrar que o casamento não diminui o amor e o respeito que o filho sente pela mãe, mas sim expande a rede de carinho e apoio dentro da família.

Se o ciúme se mostrar excessivo ou exagerado, é preciso que o casal, juntos, estabeleçam limites, definindo fronteiras claras que protejam a privacidade e a intimidade do relacionamento conjugal, ao mesmo tempo em que demonstrem respeito e consideração pela sogra. "Manter um equilíbrio entre proximidade e independência pode ajudar a reduzir os sentimentos de ciúme e promover um ambiente familiar harmonioso", afirma Fesa.

Contudo, é importante considerar que essa situação pode ser uma oportunidade de crescimento e fortalecimento dos laços familiares. A partir do momento em que a sogra percebe que seu lugar no coração do filho é seguro e que a nora não é uma ameaça, mas uma adição valiosa à família, a dinâmica pode mudar positivamente. "Com paciência, compreensão e um esforço conjunto, é possível superar os desafios do ciúme e construir uma relação de respeito e carinho mútuo", finaliza o especialista.

 

Henri Fesa – Médium, auxilia pessoas com problemas espirituais, principalmente, no campo amoroso. Especialista em relacionamentos, possui mais de 30 anos de experiência, criando soluções efetivas com um trabalho de qualidade e sem enrolação. A Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa recebe pessoas de todas as religiões e, dentro da crença de cada um, realiza os Trabalhos, atuando com segurança e seriedade, sem a utilização de magias de baixa vibração. Saiba mais aqui!


Com Açúcar e com Penélope

 Vira e mexe eu acabo implicando com uma feminista ou com alguns feminismos. Recentemente, Chico Buarque afirmou que não iria mais cantar o clássico “Com Açúcar e com Afeto”, música que ele fez para a amiga Nara Leão, que pediu uma música sobre uma mulher sofredora, segundo um depoimento do Chico.  Houve uma grita feminista de que a música celebrava um relacionamento abusivo. Para quem não tem idade para entender o debate, a música do Chico é de 1967, e conta a história de uma mulher que, com açúcar e com afeto, faz o doce predileto do marido, para ele parar em casa. Ele sai para o trabalho, e, na volta de casa, para de bar em bar, puxa assunto de futebol, estica os olhos para as outras mulheres e chega em casa bêbado, pedindo perdão, prometendo que não faz mais aquilo. Ela termina sabendo que ele não vai cumprir a promessa, vai esquentar seu prato e abre os braços para o cachaceiro. Um pesadelo feminista. Ou pior, a realidade de quase um terço de nossos lares, onde um homem de família gera situações de abuso e traumas profundos em esposa e filhos com bebedeiras e abusos alcoólicos e violências de todos os tipos. Todos os tipos. Se alguém acha que uma música belíssima de Chico Buarque, dos anos sessenta, que tem uma personagem (alô, alô, gente: uma personagem) que perdoa e abraça o homem que chega em casa maltrapilho e maltratado, vai servir de estímulo à resignação e aceitação do abuso, parece uma piada de quem nunca viu isso dentro de um consultório.

Talvez a parte da música que mais representa o horror do abuso seja aquela em que a personagem afirma que fez o doce para o marido ficar em casa. A fantasia do Patriarcado, de que a responsável pelo casamento é a mulher e ela que tem que “segurar o marido em casa”, isso sim, gera muito sofrimento e abusos. A música fala sobre uma fantasia masculina profunda, de ser perdoado e compreendido pela mulher. A fantasia de ter a ferida contida nesse abraço. É para atender essa fantasia? Claro que não. Cresça e apareça, e deixa de ser moleque, rapaz. Mas é uma fantasia.

Uma outra música de Chico, “Mulheres de Atenas”, também foi alvo da militância. Não sei se ele se inspirou em Penélope, mas seria legal se houvesse essa relação.

Penélope era casada com Ulisses, rei de Ítaca. Ele partiu para a guerra e a deixou com um bebê de colo para criar. Os generais gregos partem para a guerra com Tróia, e Ulisses é decisivo para a vitória, depois de dez anos. Quando ele tenta voltar para a sua ilha, acaba sofrendo uma infinidade de perdas, derrotas e percalços que o deixam perdido nos mares, sem conseguir voltar para sua amada por mais dez anos. Ninguém sabia seu paradeiro e foi dado como morto. No decorrer desse tempo, apareceram vários e vários pretendentes, exigindo que Penélope escolhesse um deles como marido. Este seria o novo rei de Ítaca. Essa é a trama de um dos maiores livros já escritos nesse planeta, que é “A Odisseia”.

A mãe de Ulisses, Anticleia, morre na angústia de achar que seu filho tinha morrido. E Penélope gastando fortunas com os caras acampados em sua casa, exigindo a sua mão. O que ela fez para manter os caras esperando sem matá-la, ou a seu filho? Prometeu que estava tecendo um manto para seu sogro, para ele usar em seu leito de morte. Tecia durante o dia e desfazia o trabalho durante a noite. Um trabalho que não acabava nunca. Eu fico particularmente impressionado com essa passagem. O trabalho sem esperança. A única motivação era esticar ao máximo a decisão, para esperar que algo viesse em seu socorro. As pessoas podem falar em Resiliência para Penélope? Ela é a própria definição da resiliência, um termo derivado da engenharia, para materiais resistentes e flexíveis, ao mesmo tempo. Penélope resistia às pressões e tinha jogo de cintura para contorná-las, mesmo em situação de mais profunda desesperança. Resistência e flexibilidade. 

Eu considero Penélope um símbolo do que há de mais profundo no Feminino, um feminino combatido, na minha forma de ver, equivocadamente, por alguma militância. O Feminino é a origem e a base de toda a vida. Tudo sai dele. Como tal, é capaz de sustentar a vida seja qual for a circunstância. E a espera.

Quando o seu amado consegue voltar para casa e trucidar os pretendentes folgados, ela se nega a recebê-lo, depois de vinte anos, em seu quarto. Ele entende o cuidado de sua esposa. Ela manda colocar a sua cama fora do quarto. Ele sabe que é um teste. Ele escavou uma árvore imensa para fazer a cama do casal. Ela não pode ser movida. Esse era um segredo que só os dois conheciam. Ele prova que ele é o cara que ela esperava.

No mundo em que todos querem resolver tudo num clique, Penélope representa tudo que temos que esperar, tolerar e tecer para realizar nosso caminho. Sobretudo, representa aqueles momentos de nossa vida em que não há nada a fazer. Só esperar. Um dia de cada vez.   

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.



Excesso de tecnologia pode aumentar a atenção dividida entre várias atividades e ainda desencadear doenças emocionais


Se as ligações já se tornaram ‘coisa do passado’ para alguns, os dispositivos móveis são itens indispensáveis e já se tornaram parte integrante da vida de qualquer pessoa com um smartphone na mão. Essa mesma tecnologia que proporciona inúmeras facilidades e conectividade instantânea também aumenta a vulnerabilidade de quem está constantemente bombardeado por notificações, mensagens e atualizações de redes sociais. Esse fluxo incessante de informações ao mesmo tempo que otimiza o tempo e agiliza a vida social e profissional, também pode levar à sobrecarga cognitiva, dificultando a capacidade de se concentrar em tarefas importantes. Quem explica é a médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental. 

“Essa mesma conectividade e facilidade está gerando preocupações significativas sobre o impacto negativo na saúde mental e na capacidade de foco e ainda está associado a um aumento nos níveis de ansiedade e depressão”, alerta a médica. 

A psiquiatra explica que a dependência das redes sociais para validação e a necessidade de estar constantemente conectado podem levar a um estado de alerta contínuo, dificultando o relaxamento e aumentando o estresse. “Em primeiro lugar, a exposição à luz azul emitida pelas telas dos celulares pode interferir no ciclo natural do sono, reduzindo a produção de melatonina - o hormônio responsável pelo sono. O hábito de usar o celular antes de dormir ainda pode resultar em insônia e qualidade de sono reduzida, afetando negativamente a saúde mental e a capacidade de foco durante o dia”, diz. 

Embora a tecnologia tenha o potencial de conectar pessoas, o uso excessivo pode, paradoxalmente, levar ao isolamento social. “A interação virtual substitui, muitas vezes, as conexões face a face, que são essenciais para o bem-estar emocional e esse isolamento pode contribuir para sentimentos de solidão e desconexão”, exemplifica a médica. 

Se é impossível fugir das conexões, algumas estratégias como definir horários específicos para o uso de dispositivos móveis, limitar o tempo gasto em redes sociais, priorizar atividades presenciais, fazer pausas regulares durante o trabalho para reduzir a fadiga mental são essenciais para minimizar os impactos emocionais e mentais e ainda ajudam a melhorar a concentração. “As queixas de concentração ou da necessidade de ser ‘multitarefas’ são líderes de reclamações no consultório e isso é natural já que sobrecarrega o cérebro e pode levar a uma diminuição na capacidade de atenção e concentração, sintomas que são frequentemente associados ao TDAH – tema que está tão em alta ultimamente”, finaliza Dra. Jéssica. 



Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque – EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP.
CRM 163249/ RQE 86127

 

Conversas escondidas já são traições?

Esconder conversas é um indicativo de que
 há algo de errado na relação
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  Especialista explica!

Manter uma postura honesta e transparente é vital para a saúde de qualquer relacionamento


Quando se fala em traição, muitos imaginam um ato físico, um beijo, um abraço, ou algo mais íntimo. No entanto, a traição emocional pode ser igualmente devastadora. Conversas escondidas, quando motivadas pela necessidade de esconder algo do parceiro, abalam a confiança e a transparência na relação. Estas interações secretas podem ser o início de um caminho perigoso, que leva à traição física e à destruição do vínculo entre o casal. 

"A traição começa no momento em que algo é deliberadamente escondido do parceiro. Esse é o primeiro passo para a quebra da confiança e, consequentemente, da relação, pois foge do que foi acordado entre as partes, até porque se não fosse algo errado não precisaria ser escondido. A falta de comunicação e honestidade pode criar um ambiente onde a suspeita e a insegurança florescem”, diz Roberson Dariel, Médium especialista em relacionamentos e fundador e presidente do Instituto Unieb, associação que une diferentes religiões para ajudar as pessoas a superarem problemas pessoais, profissionais e amorosos. 

É preciso entender que a pessoa que não está ciente dessas conversas acaba, de forma indireta, sendo exposta a uma vulnerabilidade emocional. A descoberta dessas interações secretas pode ser tão dolorosa quanto a descoberta de uma traição física, pois a sensação de ser enganado e a perda da confiança são igualmente traumáticas. “É fundamental que toda pessoa siga os acordos estabelecidos em suas relações. Seja uma regra implícita ou um acordo verbal, a lealdade e o respeito mútuo são fundamentais para manter a integridade do relacionamento”, finaliza Dariel. 

A transparência deve ser uma prioridade, e as conversas francas sobre limites e expectativas ajudam a evitar mal-entendidos e a fortalecer o vínculo afetivo. Então, quando motivadas pelo desejo de ocultar algo do parceiro, já são um passo em direção à traição. Manter uma postura honesta e transparente é vital para a saúde de qualquer relacionamento, garantindo que ambos os parceiros se sintam seguros e valorizados. Afinal, a confiança é um tesouro que, uma vez perdido, é difícil de recuperar.

 


Instituto Unieb - Instituto de Unificação Espírita do Brasil
Saiba mais aqui!


Mulheres cansaram de caras imaturos e agora buscam a Hipergamia feminina

Adeus, 'Boys Lixo': Como a Hipergamia Feminina
transformando a vida das mulheres
 
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O termo hipergamia tem ganhado destaque na mídia, principalmente porque pesquisas recentes mostram que a falta de dinheiro é uma grande fonte de estresse para muitas mulheres


Cansadas da imaturidade, muitas mulheres estão mudando o jeito de "selecionar" os crushes na vida amorosa. Em vez de perder tempo com homens que ainda estão tentando se encontrar, elas estão abraçando a hipergamia feminina. Mas, você sabe o que é isso? Basicamente, é uma forma esperta de dizer “adeus” aos caras que não pagam nem um lanche e começar a dar preferência a parceiros experientes e super bem-sucedidos. Afinal, convenhamos, quem não quer desfrutar de uma vida de luxo?

Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio, comenta que, ao se envolverem com homens 'endinheirados', essas mulheres começam a experimentar o conforto que merecem. "Estar com um parceiro que pode te proporcionar uma vida confortável e experiências exclusivas é como ter um passaporte para uma vida dos sonhos. É super comum ver casais que não conseguem planejar uma viagem, comprar ou fazer algo diferente por estarem com as finanças desalinhadas. Com o tempo, isso acaba sendo desgastante e frustrante, tanto para o homem quanto para a mulher, levando a situações aborrecedoras", afirmou.


Chega de boy lixo, agora é só boy luxo

Um exemplo de sucesso na hipergamia feminina é a assistente social Amanda Medeiros, que, aos 27 anos, decidiu deixar os “boys lixo” para buscar parceiros com mais "status de CEO", ou melhor, um boy luxo. “No meu último relacionamento de 7 anos, não recebia apoio financeiro e ainda ajudava ele. Hoje vejo que jamais aceitaria isso de novo. Não faz sentido estar com alguém que não me proporcione conforto e estabilidade. E, graças a essa mudança de visão, meu estilo de vida melhorou completamente. Tenho alguém que cuida dos meus gastos, me mima e sempre me surpreende com experiências luxuosas. O que antes era inacessível para mim agora faz parte da minha rotina”, contou.

O termo hipergamia tem ganhado destaque na mídia, principalmente porque pesquisas recentes mostram que a falta de dinheiro é uma grande fonte de estresse para muitas mulheres. Um estudo da fintech Onze em parceria com a seguradora Icatu, que entrevistou 8.573 pessoas, revelou que o ‘estresse financeiro’ no Brasil está ligado a vários problemas, como ansiedade (53%) e insônia (41%). Além disso, também há muitos relatos de depressão, problemas em relacionamentos amorosos e familiares, e até impactos na saúde física.

O maior medo de 55% das mulheres é não ter dinheiro suficiente para emergências, como problemas de saúde, acidentes ou ajudar amigos e família. Além disso, 64% das mulheres que se preocupam com dinheiro disseram que as contas já estão afetando a qualidade de vida. Por isso, estar em um relacionamento hipergâmico pode ser uma escolha inteligente para evitar esses problemas.

“Esses dados mostram que a falta de segurança financeira pesa muito no bem-estar das mulheres. Uma boa solução é considerar relacionamentos que tragam mais estabilidade e suporte, como no caso da hipergamia feminina. Estar com um parceiro que oferece conforto financeiro e uma vida de luxo pode ajudar a reduzir o estresse e as frustrações do dia a dia. E, claro, por se tratar de um homem maduro e experiente, você também vai ter um mentor ao seu lado, disposto a fazer o que for preciso para te ajudar a prosperar também”, finalizou Caio.


Quatro sinais de alerta de depressão em idosos

 

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A depressão é uma condição de saúde mental que pode afetar pessoas com qualquer idade, mas em idosos muitas vezes pode passar despercebida. Números do IBGE indicam que idosos compõem o grupo mais afetado pela doença — ela atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos no País. E isso tem relação também com questões socioemocional, como a aposentadoria, perdas na capacidade física e um eventual sentimento de “inutilidade” e inadequação. Para Renata Lima, psicóloga e franqueada da Padrão Enfermagem, rede de agenciamento de profissionais na área da saúde, identificar os sinais de depressão em idosos é essencial para proporcionar o cuidado necessário e qualidade de vida. “A depressão traz vários sentimentos relacionados a tristeza, irritabilidade, desânimo e baixa autoestima. É muito comum que doenças crônicas, incapacitantes e degenerativas ocasionam o seu desenvolvimento”, ressalta.

A profissional explica que é possível identificar alguns sinais que podem ser característicos da depressão, e a pessoa que passa maior parte do tempo com esse idoso deve estar atento. “Cuidar do idoso vai muito além de prover suas necessidades básicas de saúde, higiene e alimentação. O bom cuidador é aquele que tem atenção às particularidades de quem ele cuida”, explica. A psicóloga listou quatro sinais que valem de alerta para saber se o idoso está desenvolvendo a depressão. São eles:

  • Mudança no apetite e no peso: Perda ou ganho significativo de peso pode estar relacionado à depressão. Aquela pessoa que de repente perde o interesse pelo alimento ou passa a ter uma compulsão alimentar, pode estar demonstrando um sinal de alerta.
  • Distúrbios do sono: A insônia ou o sono excessivo são comuns em idosos deprimidos.
  • Perda de interesse em atividades: Não ter mais interesse em atividades que antes eram prazerosas, pode ser um sinal da doença. 
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva: Com a depressão, os idosos frequentemente se sentem inúteis e culpados por coisas que normalmente não causam esse sentimento.

A franqueada da Padrão Enfermagem, conta que existem fatores que são contribuintes para essa situação, como o isolamento social, problemas de saúde, mudanças de vida, entre outros. Mas, é importante intervir buscando as atividades que fazem sentido para e oferecendo meios de mantê-lo estimulado, entretido e participante. “Cuidar da saúde mental dos idosos é fundamental para garantir que possam desfrutar de uma vida satisfatória. Por isso, é de extrema importância buscar ajuda profissional e ter uma rede de suporte social, como a presença de cuidadores para além de cuidar, se tornar um elo entre o idoso e sua família”, finaliza.

 

Padrão Enfermagem

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

West Plaza promoverá feira para adoção de pets no dia 10 de agosto

Divulgação West Plaza

Ação acontecerá em parceria com a ONG Pegadas do Bem, evento gratuito que também terá bazar beneficente e arrecadação de ração para os AUmiguinhos
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No dia 10 de agosto, o West Plaza -tradicional shopping da zona Oeste de São Paulo-, que também é Pet Friendly, promoverá uma feira para adoção de pets em parceria com a ONG Pegadas do Bem. O evento é gratuito e acontecerá no Boulevard, próximo ao Bloco B, das 10h às 16h. O objetivo é ser uma oportunidade para quem deseja encontrar um novo amigo de quatro patas e contribuir para uma causa nobre.

Além da adoção de animais, a feira contará com um bazar beneficente, onde os visitantes poderão adquirir diversos produtos e ajudar a ONG em sua missão de cuidar dos AUmiguinhos e protegê-los. Haverá também uma campanha para arrecadação de ração, destinada a apoiar os pets resgatados e mantidos pela organização.

"A feira para adoção de pets é uma iniciativa importante que reforça com a comunidade a responsabilidade e o cuidado com os animais. Além disso, os visitantes poderão colaborar com a ONG, bem como oferecer um novo lar aos pets", afirma Antônio Saugo, superintendente do West Plaza.

Os interessados em adotar um animalzinho deverão passar por um processo de triagem realizado pela ONG, que visa garantir que os pets sejam encaminhados para lares preparados para recebê-los e proporcionar-lhes uma vida digna e feliz.

Para os visitantes com pets, o West Plaza tem uma série de ações que proporcionam maior comodidade, como Praça de Alimentação Pet, que é aberta ao público e recebe os AUmigos diariamente durante o horário de funcionamento do shopping.

O empreendimento dispõe, ainda, de Pet Stop com saquinhos para a higiene no Boulevard e algumas lojas, identificadas com adesivo Pet Friendly, permitem a entrada dos animaizinhos. O restaurante Jeronimo, por exemplo, também aceita os bichinhos na área externa.

A ONG Pegadas do Bem é composta majoritariamente por mulheres, atua na causa animal desde 2019, com foco no resgate de animais em situação de rua ou vulnerabilidade, provendo todos os cuidados necessários de forma consciente. A ONG também faz um trabalho de conscientização de adoção dos animais adultos, já que 99% dos cães abrigados por ela possuem mais de um ano de idade.

 

Feira de adoção Pet no West Plaza

Gratuita

Quando: 10 e agosto

Horário: das 10h às 16h

Onde: Boulevard – Bloco B

Endereço do shopping: Avenida Francisco Matarazzo - Água Branca, São Paulo – SP

Site: www.westplaza.com.br

Telefones: telefone (11) 3677- 4000 e (11) 94516-3051

Redes sociais:

Instagram @westplaza

Facebook @shopwestplaza

 

Ministério da Cultura, Emdia e Santander Brasil apresentam:


Exposição Chroma – As Cores de Liz West

Credito: Lua Morales


  • O Farol Santander São Paulo apresenta, em exposição inédita na América Latina, a artista britânica Liz West, conhecida por suas obras abrangentes que destacam arte, luz e cores;
  • Exposição contempla quatro de seus principais trabalhos, como Our Colour, Shifting Luminosity, Our Spectral Vision e Inter-play;
  • Todas as obras apresentadas foram construídas integralmente no Brasil;
  • Destaca-se ainda o projeto Inter-play, obra inédita criada especialmente para esta mostra.

 

O Farol Santander São Paulo – centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia – inaugura no dia 9 de agosto (sexta-feira), a exposição inédita Chroma – As Cores de Liz West. Sob curadoria de Antonio Curti (AYA STUDIO) e direção executiva de Felipe Sztutman (AYA STUDIO), a mostra celebra o encontro entre arte, luz e cor, explorando como esses elementos podem transformar espaços e provocar percepções profundas na vida humana. Apresentada pelo Ministério da Cultura, Emdia e Santander Brasil, a exposição ocupará toda a galeria do 20º andar do icônico edifício, ficando em exibição até o dia 10 de novembro (domingo).

“Para o Farol Santander a artista produziu uma galeria de cores vivas, propiciando uma estimulante experiência neste multicolorido universo. Convidamos a todos a interagir com as infinitas formas que essas cores e luzes desenham um novo espaço”; comenta Maitê Leite, vice-presidente Executiva Institucional do Santander Brasil.

As cores têm o poder de despertar memórias e influenciar os humores, conectando a experiências passadas e moldando as reações no presente. Ao entrar em ambientes de intensa saturação cromática, os visitantes são envolvidos em um cenário que destaca a cor como o elemento essencial no imaginário humano, e assim refletir sobre a sua importância.

A artista britânica traz uma experiência sensorial, ecoando a exploração da luz e do espaço. Suas instalações também exploram a relação entre arte e indústria, utilizando materiais comuns de formas extraordinárias para desafiar as fronteiras entre arte e funcionalidade.



“Chroma - As Cores de Liz West é uma ode à beleza intrínseca das cores, um convite para nosperdermos na infinita paleta de sensações que elas evocam. Ao emergirmos neste vibrante universo, somos lembrados de como as cores tecem as emoções, memórias e significados que enriquecem nossas vidas. Esta exposição nos chama a abraçar a cor em toda a sua plenitude, reconhecendo sua capacidade de iluminar nosso mundo interior e exterior com nuances de profundidade e conexão.” diz Antonio Curti, curador.

Construção da exposição no Brasil

Na produção das obras de Liz West no Brasil foram utilizados tanto materiais locais quanto importados, como a película iridescente da Inglaterra e os controladores DMX e fitas de LED da China, refletindo o estágio atual da indústria e o processo de globalização que integra recursos internacionais na realização de projetos artísticos.

A artista enviou arquivos vetoriais de sua obra Our Spectral Vision, por exemplo, permitindo reproduzir e adaptar o projeto de acordo com os objetos disponíveis no Brasil. O desafio de interpretar e traduzir os materiais e técnicas de Liz ao contexto brasileiro envolve uma reinterpretação cultural e técnica que preserva a essência original das obras enquanto dialoga com a indústria local. 

“A experiência do visitante é cuidadosamente moldada pela relação entre as obras e o espaço expositivo. A expografia é projetada para criar uma jornada imersiva, onde cada obra é um ponto de reflexão e interação. A distribuição garante que a experiência de cada trabalho seja única, sem interferências, permitindo uma conexão profunda e individual com cada peça.” relata Felipe Sztutman, diretor Executivo da mostra.


A exposição

Desde tempos imemoriais, a cor desempenha um papel vital na sociedade humana, não apenas como uma ferramenta estética, mas também como um meio de comunicação cultural e emocional. Em muitas culturas, as cores carregam simbolismos profundos e são usadas em rituais, vestimentas e expressões artísticas para transmitir mensagens e evocar sentimentos específicos. 


Obras

Our Colour

Our Colour transforma o espaço arquitetônico em uma experiência imersiva, incorporando a cor ao refletir a luz com LEDs coloridos cuidadosamente arranjados. Um mundo vivido será criado, explorando a percepção visual humana e como a cor afeta as emoções e corpo.


Shifting Luminosity

A obra demonstra a mistura de cores em um campo tridimensional. As tonalidades utilizadas são retiradas diretamente do Teste de Visão de Cores Munsell Farnsworth 100 Hue (um teste do sistema visual humano frequentemente usado para verificar daltonismo ou visão superior de cores).

Cada linha emite uma única tonalidade derivada do teste que, então, se mistura com suas vizinhas para criar uma diversidade de 'novas' cores na parede. Este trabalho desafia como a visão de cor individual de uma pessoa e a percepção podem resultar na visualização de uma gama completamente diferente de cores. 


Our Spectral Vision 

A obra cria um ambiente imersivo vívido e estático que mistura cor luminosa e luz radiante usando uma mistura de lâmpadas LED e vidro dicróico na forma de sete prismas. 

O objetivo desta montagem é explorar a relação individual de cada visitante com a cor e como eles a percebem. Replicando a dispersão da luz LED branca através de prismas em grande escala, o trabalho enche a sala com luz pura e saturada.

Our Spectral Vision é uma obra modular interna encomendada pelo Museu de História Natural de Londres para a exposição especial Colour and Vision: Through the Eyes of Nature (julho a novembro de 2016).


Interplay Inter-play 

A obra inédita desenvolvida especialmente para esta mostra, é um espaço de transição que transporta o espectador para um ambiente fantástico, causando uma sensação imediata de maravilha. Usando listras de acrílico colorido para criar um túnel impressionante, esta obra oferece um encontro íntimo, deslumbrante e ilusório.

Reflexões se sobrepõem neste mundo multicolorido, com o objetivo de desacelerar as pessoas e aumentar sua percepção sensorial. Brincando com ideias de interação, interatividade e interseção, esta obra se baseia em instalações anteriores bem-sucedidas onde a artista usa uma combinação de luz, cor e materiais refletivos e refrativos para criar experiências interativas e imersivas.


Sobre Liz West - @lizweststudio

Artista britânica conhecida por suas obras de amplo alcance, desde as íntimas até as monumentais. Utilizando uma variedade de materiais e explorando o uso da luz, ela desfoca as fronteiras entre escultura, arquitetura, design e pintura para criar obras que são ao mesmo tempo lúdicas e imersivas. 

West cria ambientes vívidos que misturam cores luminosas e luz radiante. Ela busca provocar uma maior consciência sensorial no espectador através de suas obras. West tem interesse em explorar como fenômenos sensoriais podem invocar respostas psicológicas e físicas que se conectam profundamente com nossas relações intrínsecas com a cor. Sua investigação sobre a relação entre cor e luz é frequentemente realizada através de um engajamento entre materialidade e um local específico. 

A artista foi comissionada por instituições e organizações em todo o mundo, incluindo o Museu de História Natural, o Festival de Design de Londres, a Semana de Moda de Paris, a Semana de Design de Milão, o National Trust, o Museu Nacional da Ciência e da Mídia, a Semana de Design de Dubai, a Natural England, a Universidade de Salford, Fortnum & Mason e a Bienal de Bristol. As obras de West foram incluídas em exposições no Museu + Galeria de St Albans, na Catedral de Chester, em Compton Verney, no Musée Nissim de Camondo em Paris, na Kraftwerk Berlin, no Tripostal Lille e no Centro Internacional de Bangalore.


Sobre Antonio Curti

Nascido em 1992, é formado em Cinema pela FAAP. Aos 21 anos criou o festival audiovisual Downtown, que ocupava locais esquecidos do centro de São Paulo com experiências. Em 2017 tornou-se sócio da THE FORCE, empresa de instalações de tecnologia na área de marketing e corporativo. Hoje está à frente da AYA junto de Felipe Sztutman, organização de arte e tecnologia com foco em projetos culturais.

Em 2018 foi curador da mostra DIMENSÃO do duo Nonotak Studio na Japan House. No Farol Santander São Paulo, Curti esteve à frente da curadoria da exposição METAVERSO em 2019 com obras de seis artistas brasileiros de arte digital. No mesmo local, o curador também foi responsável pela mostra CONSTELAÇÃO, com obra da artista croata Maja Petric. Em 2020, realizou a exposição GIGANTAS do duo Nonotak Studio em Porto Alegre. Em 2021 apresentou a exposição SOMBRAS MILENARES do duo Hybycozo. Em 2022 a exposição OCEANVS - Imersão em Azul. Em 2023 a exposição METADATA no Centro Cultural FIESP e também uma itinerância de OCEANVS na Casa Fiat de Cultura. Sua última exposição realizada no Farol Santander São Paulo foi a inovadora Arte da Alma: a história da tatuagem no Brasil, em 2023. Em 2024 apresentou a exposição LUZ ÆTERNA: Ensaio Sobre o Sol no Centro Cultural Banco do Brasil.

Antonio Curti tem como interesse o diálogo entre as artes visuais, tecnológicas e imersivas como agentes ativos de transformação da consciência humana através de experiências que mesclam o real e o virtual.


Sobre a AYA Studio - @ayastudiox

Concebida em 2019 por Felipe Sztutman e Antonio Curti, AYA é um estúdio de arte das novas mídias paulistano focado no desenvolvimento de obras artísticas imersivas e participativas. AYA propõe um diálogo entre o real e o digital a partir da realização de instalações site-specific mediadas pela tecnologia e iluminação com o objetivo de alcançar poéticas em experiências personalizadas para o público.

O ponto de partida e inspiração para as obras autorais do estúdio nasce do fascínio pela tecnologia como fator ativo transformador da arte contemporânea. Desde a sua concepção, AYA realizou obras autorais em diversos centros culturais brasileiros e desenvolveu projetos em parceria com artistas internacionais de novas mídias como Nonotak Studio, HYBYCOZO, Maja Petric, dentre outros. Em 2022, concebeu o conteúdo original em motion graphics para a exposição Van Gogh Live 8K, reconhecida como uma das maiores salas imersivas do mundo.

Sobre a Emdia

A Emdia é uma empresa do Grupo Santander que oferece serviços de recuperação de crédito, relacionamento, atendimento ao cliente, retenção, fidelização e BPO utilizando o que há de melhor em atendimento humanizado, inteligência e tecnologia. Como intermediadora da relação entre credores e consumidores, o papel da Emdia é conciliar a recuperação do crédito e facilitar a reorganização financeira das famílias que buscam quitar suas dívidas. O portal Emdia possui mais de 8 milhões de cadastros para renegociação de débitos.

 


Serviço exposição Chroma - As Cores de Liz West

Endereço: 09/08/2024 a 10/11//2024

Funcionamento: terça-feira a domingo

Horários: 09h às 20h

Ingressos: R$ 40,00 (R$ 20,00, meia-entrada) 

Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o cartão Santander (em até 8 ingressos).

Cliente Santander Select: 10% de desconto comprando com o cartão Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na fila de entrada para o Farol.

Site Farol Santander: farolsantander.com.br

Telefone Farol Santander: (11) 3553-5627

Compra online:  https://www.farolsantander.com.br/#/sp (vendas também na bilheteria local)

Classificação: livre    

 

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