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terça-feira, 6 de agosto de 2024

Marketplace B2B: Entenda por que o varejo não pode ficar de fora dessa tecnologia

O fenômeno da digitalização está remodelando os negócios do varejo. Não há mais dúvidas sobre os benefícios de conectar uma loja física à internet, seja por meio de um e-commerce próprio ou marketplace, tendo em vista atingir o novo perfil do consumidor. No entanto, nem todos os comerciantes estão conscientes das vantagens que a tecnologia digital pode oferecer para outro lado do balcão, no contato com os fornecedores.   

Nesse novo mundo, os marketplaces B2B, shoppings virtuais que operam entre negócios, têm se destacado como solução digital eficaz e acessível para os varejistas que buscam otimizar suas operações de reposição e gestão de estoques. Ao integrar tecnologia avançada a uma vasta rede de fornecedores, essas plataformas oferecem inúmeras vantagens que transformam e garantem agilidade o dia a dia dos lojistas de pequeno e médio porte.  

Para começar, cito a conveniência de realizar cotações e compras online a qualquer hora do dia que garante ao varejista uma operação com maior flexibilidade e velocidade.  Além disso, ele tem acesso a inúmeras promoções e a um sortimento de produtos completo da indústria, diversificando o estoque e permitindo atender uma variedade de preferências e necessidades de seus clientes. Associado a isso está a possibilidade de comparar preços de diferentes fornecedores em tempo real, o que ajuda a encontrar as melhores ofertas e avaliar as melhores condições de pagamento, como prazos mais longos ou descontos por volume.  

Os marketplaces também proporcionam uma experiência de compra potencializada por ferramentas de Inteligência Artificial (IA), que oferecem recomendações personalizadas e previsões de demanda, trazendo mais praticidade e autonomia no gerenciamento de todas as aquisições. Ainda com apoio de recursos baseados em IA, o lojista toma decisões amparadas em dados e se mantém atualizado com as últimas tendências do mercado. Isso é crucial para antecipar as necessidades dos clientes e ajustar o estoque de maneira proativa, mantendo a loja sempre abastecida e alinhada com as novas demandas dos consumidores. 

Outro benefício significativo oferecido por essas plataformas são as condições flexíveis e o acesso a diversos meios de pagamento, que permitem aos varejistas gerirem melhor seu fluxo de caixa.  

Graças a essa nova tecnologia, as empresas podem comprar quando quiserem e de onde quiserem, além de consultar pedidos, status de entrega, crédito e outros serviços em um único lugar. A centralização desses serviços não só simplifica a gestão dos estoques, mas também aumenta a eficiência operacional, permitindo que os varejistas se concentrem em outras áreas estratégicas do negócio, como marketing e atendimento ao cliente. 

Dessa forma, os marketplaces B2B também melhoram os relacionamentos entre varejistas e indústrias. Ao utilizar essas plataformas, o tempo de contato entre vendedores e uma determinada companhia torna-se mais qualificado. O vendedor pode assumir um papel mais consultivo, dedicando suas visitas para discutir inovações, tendências e estratégias de execução, em vez de apenas focar na reposição de pedidos.  

Como se nota, todas as facilidades e conveniências oferecidas para o consumidor final em um marketplace convencional são reproduzidas no ambiente de compras digital B2B. Desde o acesso a uma ampla variedade de produtos, passando pelas melhores condições de pagamento e chegando ao acompanhamento dos pedidos em tempo real, os benefícios são inquestionáveis.  

Por isso, esse é o momento de os varejistas apostarem na digitalização de seus negócios em 360º, olhando para o cliente que está na ponta e para o fornecedor do outro lado. Não se movimentar rumo ao digital significa escolher não atender plenamente parte dos clientes e perder eficiência. A prosperidade dos pequenos e médios negócios do país passa inescapavelmente pelo digital. 

 

Juliana Carsoni - CEO da Juntos Somos Mais, empresa de tecnologia que mantém um marketplace B2B que conecta pequenos e médios varejistas do setor de materiais de construção a players da indústria da construção civil.


STJ divulga processos relevantes no segundo semestre de 2024, incluindo temas sobre a Lei Maria da Penha

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anunciou a pauta de processos para o segundo semestre de 2024, destacando casos significativos que abordarão questões cruciais relacionadas à Lei Maria da Penha, sua aplicação e evolução. Este momento oferece uma oportunidade para refletir sobre os 18 anos da Lei Maria da Penha e seu impacto na proteção das mulheres. 

Sancionada em 7 de agosto de 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha é considerada um marco na proteção das mulheres contra a violência doméstica no Brasil. Inspirada na história de Maria da Penha Maia Fernandes, a lei surgiu como uma resposta do governo brasileiro para combater e diminuir os casos de violência doméstica no país. 


Impacto e evolução da Lei Maria da Penha 

Desde sua criação, a Lei Maria da Penha aprimorou a eficácia da legislação anterior (Lei 9099/95), que frequentemente convertia penas em prestação de serviços à comunidade, e ampliou a rede de apoio às mulheres vítimas de agressão. Reconhecida mundialmente, a lei passou por diversas atualizações, com as mais significativas ocorrendo entre 2023 e 2024. 

Através do Projeto de Lei nº 1.604/22, de autoria da então senadora Simone Tebet, foi sancionada a Lei nº 14.550/23. Esta nova legislação assegura proteção contra todas as formas de violência em contextos domésticos, familiares e íntimos de afeto, abrangendo a integridade física, psicológica, sexual, patrimonial e moral das vítimas. 

"As violências contra todas aquelas que se identifiquem com o sexo feminino podem acarretar na aplicação de sanções imediatas, necessárias ao rompimento do ciclo da violência, consistentes nas denominadas medidas protetivas de urgência, além de estarem sujeitas a penas endurecidas pela legislação," destaca a advogada criminalista Marilia Faria. 


Pauta do STJ e proteção das mulheres 

Entre os processos pautados para o segundo semestre de 2024, o STJ irá julgar casos que podem redefinir a aplicação da Lei Maria da Penha em situações específicas, incluindo a proteção das vítimas durante a apuração dos crimes. No início deste ano, o presidente Lula determinou que o nome da vítima seja mantido em sigilo durante a investigação de crimes praticados contra a mulher, reforçando a segurança e confidencialidade das denunciantes. 

As denúncias podem ser feitas em Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAM) ou pelo telefone 180, que funciona 24 horas por dia. Instituições como a Casa da Mulher Brasileira oferecem suporte crucial às vítimas, incluindo tratamentos psiquiátricos, moradia e orientações legais. 


Reflexão e desafios futuros 

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que 76% das vítimas de agressão sexual são garotas menores de 14 anos, e 65% dos crimes ocorrem dentro de casa, cometidos majoritariamente por familiares (64%). Este cenário destaca a importância de fortalecer e evoluir constantemente a legislação e as políticas públicas para garantir a proteção e o bem-estar de todas as mulheres no Brasil. 

"A Lei Maria da Penha tem sido um instrumento vital na luta contra a violência doméstica. No entanto, é crucial continuarmos evoluindo e reforçando as políticas públicas para garantir a proteção e o bem-estar de todas as mulheres no Brasil," conclui Marilia Faria. 




Fontes:

Rafael Paiva - advogado criminalista, pós-graduado e mestre em Direito, especialista em violência doméstica e professor de Direito Penal, Processo Penal e Lei Maria da Penha.

Marilia Ancona de Faria – Advogada Criminalista. Pós-graduada em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas – FGV. Formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.



10 dicas de viagens da FlixBus para celebrar o Dia dos Pais

 Para pais radicais, esportistas, cosmopolitas ou amantes de cultura e natureza, viajar de ônibus pode ser a opção ideal para tornar a data ainda mais especial

 

Para celebrar o Dia dos Pais, que tal uma viagem? A FlixBus, empresa de tecnologia em transporte rodoviário com uma ampla rede de rotas em parceria com diversas companhias, selecionou 10 destinos para diferentes perfis de pais. Aproveite para passar um tempo de qualidade com a família, criando experiências únicas de forma segura, acessível e agradável. Confira as sugestões: 


Destinos para pais radicais e esportistas 

1. Fortaleza (CE): Em Fortaleza, os aventureiros encontram diversas opções de diversão, como trilhas off-road, kitesurf e passeios de barco pelo Estuário Rio Ceará. A cidade oferece aulas de kitesurf, hydrofoil e wing foil com grandes nomes do esporte, como Eudásio Filho e Nilsinho, em paisagens paradisíacas como a Praia do Cumbuco.

2. Florianópolis (SC): Famosa por suas praias, Florianópolis oferece esportes de aventura como rafting, seguro e adequado para todas as idades. Para os mais aventureiros, a Expedição Cânion Preto proporciona um percurso de 14 km ao pé da Serra do Tabuleirp. 

3. Rio de Janeiro (RJ): Com praias icônicas, o Cristo Redentor e uma vibrante cena cultural, o Rio é perfeito para pais que gostam de aventura urbana e atividades ao ar livre. No final de semana do Dia dos Pais, a cidade recebe o "Churrasquinho Menos é Mais" na Marina da Glória, no sábado, 11 de agosto, com mais de quatro horas de pagode com o grupo Menos é Mais. No domingo, prepare-se para o Circuito RJ 2024 no Aterro do Flamengo, com corridas de 5 km e 10 km. 


Para pais amantes de cultura e natureza 

4Paraty e Angra dos Reis (RJ): Esses dois destinos combinados são perfeitos para pais que apreciam cultura e natureza. Com uma mistura de beleza natural e patrimônio histórico, Paraty e Angra oferecem uma experiência rica e diversificada. Para os amantes de fotografia e artesanato, o centro histórico abriga diversas galerias e ateliês. Além disso, é possível realizar passeios de barco pelas ilhas, visitas às cachoeiras e trilhas na Mata Atlântica. Já Angra dos Reis promete uma programação especial como o Festival do Camarão na Vila Histórica de Mambucaba, com pratos típicos, música ao vivo e atividades culturais, o Torneio Interestadual de Quadrilhas Juninas e a 10ª Angra Expo, feira de negócios e entretenimento com exposições, shows e atividades para toda a família.

5. Chapada dos Veadeiros (GO): Via Brasília, explore as belezas naturais do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com trilhas, cachoeiras e paisagens deslumbrantes. Para os pais que amam a natureza, a Chapada oferece trilhas como a dos Cânions e a da Cachoeira do Segredo. Além disso, o local proporciona uma experiência única de conexão com a natureza, com observação de estrelas e visita aos famosos jardins de cristais.

6. Natal (RN): Conhecida por suas belas praias e rica cultura, Natal oferece diversas atrações para os pais que gostam de história e natureza. A cidade conta com passeios pelas Dunas de Genipabu, visitas ao Forte dos Reis Magos e ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, proporcionando uma mistura de aventura e conhecimento histórico. A foto na praia de Ponta Negra e São Miguel do Gostoso com o Morro do Careca ao fundo também é parada obrigatória. 


Pais cosmopolitas 

7. São Paulo (SP): Para os pais que apreciam cultura e entretenimento urbano, São Paulo é a capital cosmopolita brasileira e oferece inúmeras opções de lazer, gastronomia e cultura, como museus, parques, cinemas, shows e eventos de diversos perfis. Durante o final de semana do Dia dos Pais, São Paulo sediará o Festival Olímpico no Parque Villa-Lobos, com transmissões ao vivo dos Jogos de Paris, clínicas esportivas, shows e uma área gastronômica com pratos típicos das culinárias brasileira e francesa. Outra opção é conferir o FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) no Centro Cultural FIESP, que apresenta, por meio de instalações, animações, vídeos e jogos, como a tecnologia pode ser usada na criação de obras artísticas 

8. Curitiba (PR): Com seus belos parques, museus e vida noturna vibrante, Curitiba é uma ótima opção de passeio urbano na região Sul. A cidade recebe, no fim de semana do Dia dos Pais, o Festival de Inverno do Centro Histórico, com apresentações musicais de bandas locais e nacionais, teatro de rua com peças interativas e feiras de artesanato com produtos regionais. As atrações incluem shows de MPB, rock e música instrumental. Além disso, vale fazer o roteiro clássico: visita ao Jardim Botânico, à Ópera de Arame e ao Museu Oscar Niemeyer, com jantar nos restaurantes italianos do bairro Santa Felicidade.


Para pais baladeiros 

9. Balneário Camboriú (SC): Conhecida por suas belas praias e vida noturna agitada, a cidade oferece atrações para todos os gostos, desde passeios de barco aos bondinhos aéreos do Parque Unipraias, que proporcionam diferentes vistas panorâmicas da cidade e do mar. Outra opção é a visita ao Complexo Turístico Cristo Luz, que permite uma visão panorâmica de toda a cidade. 

10. Belo Horizonte (MG): Belo Horizonte revela sua alma boêmia em bairros como Santa Tereza e Savassi, com bares e restaurantes que oferecem uma experiência única. No final de semana do Dia dos Pais, a cidade tem uma programação especial, incluindo shows de Roupa Nova, O Grande Encontro, apresentações de Thiago Ventura e festivais como o Churrasquinho Menos é Mais. Além disso, os bares do Mercado Central são uma ótima opção para degustar a culinária mineira e aproveitar a vida noturna.  
 



FlixBus Brasil
www.flixbus.com.br


5 motivos para usar as tecnologias emergentes a favor de jovens periféricos

Mariana Kobayashi, co-fundadora da Tech do Bem, lista os benefícios que as plataformas low/no code, que minimizam ou eliminam a necessidade de codificação manual, trazem a essa comunidade, mas também dicas para que esse público-alvo possa seguir carreira na área de tecnologia;

 

 

As tecnologias low code e no code são abordagens de desenvolvimento de software que minimizam ou eliminam a necessidade de codificação manual, permitindo que usuários sem conhecimento profundo em programação possam criar soluções digitais como aplicativos para celular ou mesmo websites. Enquanto o no code é usado para criar aplicações apenas por meio de interfaces visuais, sem escrever código algum, o low code também oferece componentes pré-construídos que podem ser personalizados com alguma codificação.

 

No entanto, há um indício de desigualdade social no acesso à tecnologia como um todo. Em 2020, uma análise da Fundação Seade e do Cetic revelou que, na população periférica de São Paulo, a maior capital do Brasil, 56% das pessoas possuem acesso à internet de baixa velocidade, das quais 67% só conseguem usar por meio de celulares. Devido a isso, o Trilhas Digit@is, do UNICEF, e outras iniciativas têm sido fundamentais para levar acesso a essas tecnologias aos jovens de periferia.

 

O projeto do UNICEF, por exemplo, vem produzindo um material didático sobre competências e cultura digital destinado aos educadores; estes, por sua vez, se valem do material para criar experiências de aprendizagem digital com alunos de comunidades periféricas. Para Mariana Kobayashi, co-fundadora da Tech do Bem, é importante que esses jovens tenham acesso às tecnologias low/no code porque elas podem ser um caminho para a inclusão digital e social.

 

“Essas tecnologias, de uma certa forma, facilitam a criação de soluções antes muito dependentes de um conhecimento em programação, uma hard skill com uma curva de aprendizagem um tanto longa. Resumindo, elas oferecem uma maneira acessível de construir um portfólio valioso em tecnologia e mostrar isso ao mercado de trabalho”, complementa.

 

Por que apostar nas tecnologias emergentes?

 

Abaixo, Mariana aponta as vantagens que o investimento em programação no/low code traz, especialmente para jovens que moram em periferias.

 

1. Crescimento profissional: “A programação é uma área em constante evolução, o que permite um crescimento contínuo e a possibilidade de se especializar em diferentes tecnologias e linguagens. Extremamente maleáveis, graças à facilidade e experiência que proporcionam, as plataformas low/no code têm sido preferidas até mesmo por programadores mais experientes. Em 2021, a pesquisa The State of Internal Tools, da Retool, apontou que 89% das pessoas que trabalham com essas tecnologias se sentem satisfeitas com elas, 90% elogiam a performance e outras 89% não as trocariam por outras linguagens de programação”, exemplifica Mariana.

 

2. Diversidade de oportunidades, flexibilidade e empregabilidade: “Há uma ampla gama de setores que necessitam de programadores, de startups a grandes empresas, seja presencial ou remoto. A demanda por profissionais de tecnologia é alta, e a programação oferece uma das taxas de empregabilidade mais elevadas - em 2021, por exemplo, a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) listou que os cargos mais procurados na área da tecnologia são os de desenvolvedores, em especial full-stack (22,6%), back-end (18,4%) e front-end (12,4%)”, diz. 

 

3. Impacto social e possibilidade de empreender: “Programadores podem usar suas habilidades para desenvolver soluções que beneficiem suas comunidades, criando um impacto social positivo. Além disso, programar abre portas para o empreendedorismo, permitindo que os jovens criem suas próprias startups ou produtos digitais”, completa Mariana.

 

4. Inclusão e diversidade: “Há um esforço crescente para aumentar a inclusão e a diversidade na área de tecnologia, o que pode beneficiar jovens de periferias. Com essas tecnologias, eles podem desenvolver soluções tecnológicas que atendam às necessidades de suas comunidades, além de abrir portas para melhores oportunidades de emprego e educação”, entende. 

 

5. Renda potencial: “Programadores geralmente têm um potencial de renda acima da média, especialmente à medida que ganham experiência e habilidades especializadas. De acordo com um levantamento feito pelo site Glassdoor em abril deste ano, os salários podem chegar a R$6 mil mensais no Brasil”, conclui Mariana Kobayashi.

 

Tech do Bem 


Como a inteligência emocional virou competência essencial para líderes

 Carine Roos, mestra em Gênero e diretora da Newa, explica como líderes emocionalmente inteligentes impactam no desempenho de seus colaboradores e nos resultados de negócio

 

A Inteligência Emocional (IE) é a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções, bem como as dos outros. Em um mundo corporativo em constante transformação, onde a necessidade de rápida adaptação é crucial, ela tornou-se uma competência essencial para gestores que desejam se destacar e conduzir equipes ao sucesso. Afinal, líderes emocionalmente inteligentes são capazes de criar um ambiente de trabalho positivo, impactando diretamente no desempenho e satisfação de seus colaboradores, e como consequência, melhorando os resultados de negócio. 

Para ter uma noção do efeito que esse meio tem para os colaboradores: segundo o estudo “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, realizado anualmente pela The School of Life em parceria com a Robert Half, que contou com 774 profissionais, sendo 387 líderes e 387 liderados, para 43% dos entrevistados o principal motivador para pedidos de demissão foi ‘ambiente tóxico’, enquanto ‘apoio e acolhimento’ foram trazidos por 65% como os fatores mais importantes para continuar em uma organização. 

Para Carine Roos, especialista na criação de ambientes corporativos humanizados e diretora da Newa, consultoria de impacto social, a Inteligência Emocional é uma habilidade poderosa para a gestão eficaz. "Não trata-se apenas de um diferencial, mas uma necessidade para qualquer líder que queira, realmente, fazer a diferença. Profissionais com habilidades emocionais bem desenvolvidas conseguem estabelecer conexões profundas e significativas, o que inspira e atrai a admiração dos demais. E essa conexão fortalece as relações, promovendo um propósito compartilhado entre todos do grupo." afirma a especialista. 

Já de acordo com a pesquisa "Panorama das Carreiras 2030: o que esperar das profissões até o final da década?", elaborada pela TOTVS em parceria com a H2R Insights & Trends, a Inteligência Emocional (47%) é a principal soft skill mencionada pelos RHs para os próximos cinco anos, seguida do Pensamento Analítico e Crítico (28%). O estudo foi realizado com profissionais das áreas de tecnologia, finanças, recursos humanos, marketing e vendas, para identificar as competências técnicas observadas pelos especialistas que acompanham as tendências do mercado..

No entanto, nenhum líder adquire essa habilidade sem desenvolver outras competências que são os pilares principais desse conceito. Com o autoconhecimento, por exemplo, eles reconhecem suas forças e fraquezas, buscando continuamente o desenvolvimento pessoal e profissional. A autorregulação, para controlar impulsos e emoções negativas, permite que mantenham a calma e orientem suas equipes com clareza e firmeza, evitando pânico e promovendo soluções construtivas. Segundo Carine, “com as mudanças climáticas, guerras e avanço da inteligência artificial, não sabemos como serão os próximos anos, e será muito importante esse exercício de autoconhecimento e empatia, para que as lideranças tenham sensibilidade não só sobre as suas emoções, mas entendam as necessidades de seu time”. 

A empatia, significa a capacidade de se conectar profundamente com o outro, e cria uma cultura de inclusão e respeito, em que os funcionários se sentem vistos, valorizados e apoiados. Por fim, as habilidades sociais, como comunicação eficaz e a capacidade de gerenciar relacionamentos, promovem um meio de trabalho harmonioso e colaborativo, possibilitando a resolução eficaz de conflitos e a construção de alianças estratégicas. 

"Líderes com inteligência emocional humanizam as relações, reconhecendo seu papel essencial na solução de problemas e no crescimento das empresas. No entanto, são por meio de suas equipes que eles se destacam. Esses colaboradores têm liberdade para propor ideias, sugerir melhorias, admitir erros e pedir ajuda, sabendo que serão apoiados, não julgados, em um local seguro em que há valorização da diversidade. Isso não significa que o gestor não deve alcançar resultados ou metas, nem que não possa dar feedbacks negativos ou decidir por uma demissão, mas sim que deve fazer tudo isso respeitando o potencial e a individualidade de cada pessoa." finaliza a especialista.

 

 Newa


Brasileiros sofrem com a extinção progressiva dos planos de saúde individuais e familiares

A contratação de um plano de saúde no Brasil passou a ser um grande desafio para as famílias. A saúde é um dos pilares da vida, mas a dificuldade enfrentada para encontrar um plano de saúde individual ou familiar está deixando os brasileiros e brasileiras preocupadas. O principal problema é que essas modalidades estão progressivamente desaparecendo do mercado. As principais operadoras de planos de saúde têm concentrado suas ofertas em planos coletivos empresariais e planos coletivos por adesão, ambos com características que apresentam desafios significativos para os consumidores.  

Vale destacar que os planos de saúde individuais ou familiares, historicamente, ofereciam uma alternativa viável e acessível para a população, permitindo que indivíduos e famílias pudessem acessar serviços de saúde de qualidade mediante o pagamento de mensalidades. No entanto, por uma série de tendência mercadológicas, observou-se uma retração desse mercado, com as operadoras alegando questões de sustentabilidade financeira e aumento dos custos assistenciais como justificativas para a descontinuação desses produtos. Assim, os consumidores foram obrigados a migrarem para planos coletivos, que possuem características distintas e que, em muitos casos, não atendem às necessidades específicas de cada indivíduo ou família.  

Os planos coletivos empresariais exigem a vinculação a uma pessoa jurídica, o que implica que apenas empregados, sócios ou dependentes dessas entidades possam ser beneficiários. Essa exigência limita severamente o acesso a planos de saúde para trabalhadores informais, autônomos e outros segmentos da população que não possuem vínculo empregatício formal. Além disso, os planos coletivos empresariais frequentemente exigem a contratação de, no mínimo, duas vidas, o que pode ser inviável para pequenos empreendedores ou microempresários que desejam contratar um plano apenas para si e seus dependentes.  

Já os planos coletivos por adesão, que são ofertados por intermédio de entidades de classe ou associações profissionais, embora permitam a inclusão de indivíduos que não possuem vínculo empregatício formal, impõem condições específicas de adesão e, em muitos casos, são voltados para categorias profissionais específicas, limitando a acessibilidade para o público em geral. Além disso, os reajustes de preços desses planos não são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que gera incertezas e preocupações quanto à previsibilidade e sustentabilidade financeira para os consumidores.  

Outro ponto de destaque é a falta de regulamentação dos aumentos de preços nos planos coletivos. Diferentemente dos planos individuais, cuja regulação de reajustes é feita pela ANS, os planos coletivos estão sujeitos a negociações entre as operadoras e as empresas ou entidades contratantes. Essa ausência de controle rigoroso pode resultar em aumentos abusivos e imprevisíveis, onerando os consumidores e, em muitos casos, inviabilizando a manutenção do plano de saúde.  

A análise jurídica das dificuldades enfrentadas pelos consumidores brasileiros na contratação de planos de saúde individuais ou familiares requer uma compreensão detalhada das dinâmicas de mercado e das normativas regulatórias vigentes. Inicialmente, é importante destacar que a oferta de planos de saúde individuais e familiares tem diminuído significativamente, enquanto os planos coletivos empresariais e por adesão têm se tornado mais prevalentes. Essa mudança no mercado é impulsionada por diversos fatores, incluindo a maior rentabilidade e a menor regulação dos planos coletivos, conforme será discutido a seguir.  

O principal problema enfrentado pelos consumidores que buscam contratar planos de saúde individuais ou familiares é a falta de controle sobre os reajustes de preços nos planos coletivos. Nos termos do artigo 35-E da Lei nº 9.656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, os reajustes de preços dos planos individuais ou familiares são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Já nos planos coletivos, os reajustes são negociados diretamente entre as operadoras e as empresas ou entidades contratantes, sem necessidade de aprovação prévia pela ANS. Essa falta de regulação pode resultar em aumentos significativos e imprevisíveis, que muitas vezes ultrapassam a capacidade financeira dos beneficiários.  

Além disso, a exigência de contratação de, no mínimo, duas vidas nos planos coletivos empresariais representa um obstáculo adicional. Indivíduos que não possuem dependentes ou que desejam contratar um plano exclusivamente para si encontram-se limitados em suas opções. Esta restrição força muitos consumidores a optarem pelos planos coletivos por adesão, que, como mencionado, também não possuem reajustes regulados pela ANS, aumentando a vulnerabilidade dos consumidores frente a aumentos de preços desproporcionais.  

Outro ponto crítico é a transparência das informações fornecidas pelas operadoras de saúde. Muitos consumidores relatam dificuldades em obter informações claras e detalhadas sobre as condições e os custos dos planos coletivos, bem como sobre os critérios utilizados para os reajustes de preços. Esta falta de transparência pode levar a decisões mal informadas e aumentar a vulnerabilidade dos consumidores perante as operadoras.  

A problemática se agrava quando se considera o impacto dessa dinâmica sobre pequenas e médias empresas. Estas empresas, que frequentemente possuem recursos limitados, encontram dificuldades para negociar condições favoráveis com as operadoras de saúde. Em muitos casos, são obrigadas a aceitar aumentos de preços elevados ou a reduzir a cobertura oferecida aos seus funcionários, comprometendo a qualidade do atendimento médico e aumentando a insatisfação dos beneficiários.  

A ausência de regulação dos reajustes nos planos coletivos levanta também questões sobre a equidade no acesso à saúde. Consumidores com menor poder de negociação, como trabalhadores autônomos e profissionais liberais, são particularmente prejudicados pela falta de controle sobre os aumentos de preços. Isso pode resultar em uma cobertura inadequada ou na impossibilidade de manter um plano de saúde, exacerbando as desigualdades no acesso aos serviços de saúde.  

Por fim, a redução na oferta de planos de saúde individuais e familiares representa um retrocesso significativo em termos de proteção ao consumidor. Esses planos, ao serem regulados pela ANS, ofereciam maior segurança e previsibilidade aos beneficiários, garantindo reajustes mais justos e condições contratuais mais transparentes. A migração para os planos coletivos, sem a devida regulação, expõe os consumidores a riscos e dificuldades que poderiam ser evitados.  

Diante deste cenário, é crucial uma análise aprofundada das implicações jurídicas e econômicas dessa mudança no mercado. A responsabilidade das operadoras de saúde e o papel da ANS na regulação do setor devem ser considerados, bem como as possíveis medidas para assegurar a transparência, proteção dos consumidores, equidade no acesso aos serviços de saúde e a justiça nos reajustes de preços.  

Além disso, é importante que sejam estudadas e implementadas propostas que visem aumentar a oferta de planos de saúde individuais e familiares, garantindo a diversidade de opções no mercado e a proteção dos consumidores. Medidas legislativas e regulatórias podem ser necessárias para reverter a tendência de extinção desses planos e assegurar que todas as modalidades de planos de saúde sejam acessíveis e justas para a população.  

As dificuldades enfrentadas pelos consumidores na contratação de planos de saúde individuais ou familiares refletem uma série de desafios jurídicos e econômicos que exigem uma resposta coordenada e efetiva. A proteção dos consumidores e a equidade no acesso à saúde devem ser prioridades na formulação de políticas públicas e na regulação do setor de saúde suplementar, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade e a preços justos.  

Para abordar as mazelas enfrentadas pelos consumidores que desejam contratar planos de saúde individuais ou familiares, é imprescindível considerar também o papel da jurisprudência na interpretação e aplicação das normas regulatórias. O Poder Judiciário tem sido chamado a intervir em diversas situações de conflito entre consumidores e operadoras de saúde, especialmente em questões relacionadas aos reajustes de preços e à transparência das informações.  

A jurisprudência brasileira tem reconhecido a vulnerabilidade dos consumidores e a necessidade de proteção contra práticas abusivas das operadoras de saúde. Decisões judiciais têm determinado a limitação de reajustes considerados abusivos e a obrigação de as operadoras fornecerem informações claras e detalhadas sobre os critérios de reajuste. Essas decisões são fundamentadas no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que em seu artigo 6º, inciso III, assegura o direito à informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.  

Além disso, o artigo 51 do CDC considera nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou que sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. Nesse sentido, os reajustes de preços que superem índices razoáveis e previsíveis podem ser contestados judicialmente, com base na argumentação de que tais práticas são abusivas e colocam o consumidor em desvantagem exagerada.  

Outro aspecto é a questão da acessibilidade aos planos de saúde individuais ou familiares. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Embora os planos de saúde suplementar sejam operados por entidades privadas, o princípio da universalidade e da igualdade no acesso à saúde deve nortear a regulação e a oferta desses serviços.  

A Lei nº 9.656/1998, que regulamenta os planos e seguros privados de assistência à saúde, em seu artigo 1º, parágrafo único, dispõe que as operadoras de planos de saúde têm o dever de prestar informações adequadas e claras aos consumidores, bem como de adotar práticas comerciais e contratuais que respeitem os direitos dos beneficiários. No entanto, a prática de direcionar os consumidores para planos coletivos, sem a devida regulação dos reajustes, contraria esses princípios e compromete a acessibilidade e a equidade no acesso aos serviços de saúde.  

Outro ponto relevante é a necessidade de uma maior articulação entre a ANS e outras entidades de defesa do consumidor, como os Procons e o Ministério Público. Essas instituições podem atuar de forma coordenada para fiscalizar as operadoras de saúde, promover ações coletivas em defesa dos consumidores e garantir a aplicação efetiva das normas de proteção ao consumidor.  

A criação de mecanismos de mediação e arbitragem específicos para o setor de saúde suplementar também pode ser uma medida eficaz para resolver conflitos entre consumidores e operadoras de saúde de forma mais ágil e menos onerosa. Esses mecanismos podem ser regulamentados pela ANS e contar com a participação de representantes dos consumidores, das operadoras de saúde e de entidades de defesa do consumidor.  

Portanto, diante desse cenário, é evidente que os consumidores brasileiros enfrentam um contexto desafiador e repleto de incertezas na contratação de planos de saúde. A extinção progressiva dos planos individuais e familiares, aliada às exigências e condições impostas pelos planos coletivos empresariais e por adesão, gera uma série de obstáculos que comprometem o acesso à saúde de qualidade. A proteção dos consumidores e a equidade no acesso aos serviços de saúde devem ser prioridades na formulação de políticas públicas e na regulação do setor de saúde suplementar, assegurando que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de saúde de qualidade e a preços justos.

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia

 

Pesquisa revela que trabalhador brasileiro prefere bem-estar à promoção

De acordo com o estudo global Talent Trends, da Michael Page, 56% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção a fim de preservar o bem-estar, superando as médias global (48%) e da América Latina (43%). Além disso, 70% dos respondentes brasileiros considerariam a possibilidade de aceitar uma oferta de emprego como freelancer, refletindo uma busca por maior flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

 “Estamos em um ponto crítico onde a exaustão, a doença e a infelicidade no trabalho são vistas como normais. No entanto, é possível mudar essa realidade. Ao adotar uma abordagem mais humana e consciente, focada no bem-estar e na felicidade sustentável, podemos criar um ambiente corporativo mais saudável e produtivo. A mudança começa com a reflexão sobre nossas escolhas e ações cotidianas, emponderando-nos para construir caminhos possíveis para uma vida mais feliz e sustentável”, ressalta Chirles de Oliveira,  palestrante e idealizadora da Virada da felicidade.

Chirles pontua esse estado de adoecimento social com a frase de Jiddu Krishnamurti que diz: “não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente”, e assim nos faz refletir sobre qual modelo de sociedade e de vida queremos perpetuar. Queremos viver uma vida potente, com significado ou apenas sobreviver pagando boleto e tendo uma felicidade fugaz?

Para a especialista, vivemos em uma sociedade que valoriza conquistas materiais, fama, poder e acúmulo de dinheiro, mas que se mostra ineficaz para o florescimento humano. A verdadeira felicidade não está em buscar, mas em encontrar, relembrar e estar presente para simplesmente SER. A potência da mente e da alma reside dentro de cada um de nós, e é preciso mergulhar nas camadas profundas do SER em suas facetas: mental, emocional, relacional e espiritual.

“Precisamos investigar as causas sistêmicas do estresse, burnout, ansiedade crônica, doenças do coração, diabetes e infelicidade no trabalho e na vida. Ao encontrar algumas respostas, devemos decidir trilhar em uma direção diferente, com planejamento, paciência, sabedoria e amor. Para construir um mundo corporativo mais saudável e produtivo, é necessário adotar novos hábitos e olhar para os ofensores da produtividade diária”, ressalta a coach de felicidade.


Dicas da Chirles para um ambiente corporativo saudável: 

  1. Flexibilidade e Autonomia: as empresas devem incorporar a flexibilidade e a preocupação com o bem-estar na cultura organizacional. Isso inclui oferecer opções de trabalho remoto, horários flexíveis e oportunidades para trabalho freelancer. 
  1. Comunicação Clara: é essencial que as companhias comuniquem claramente as expectativas sobre os modelos de trabalho e expliquem as motivações por trás das decisões. Isso ajuda a gerenciar a insatisfação e a criar um ambiente de confiança. 
  1. Foco no Bem-Estar: implementar programas de bem-estar que abordem a saúde mental, emocional e física dos colaboradores. Isso pode incluir sessões de mindfulness, atividades físicas, apoio psicológico e iniciativas de desenvolvimento pessoal. 
  1. Redução de Reuniões Desnecessárias: avaliar a necessidade e a frequência das reuniões, garantindo que sejam produtivas e relevantes. Utilizar ferramentas de comunicação assíncrona pode ser uma alternativa eficaz. 
  1. Desenvolvimento de Lideranças Empáticas: formar líderes que compreendam a importância do bem-estar dos colaboradores e que promovam um ambiente de trabalho saudável e motivador. 

Como bem coloca Chirles de Oliveira, palestrante e CEO da Virada da Felicidade: “Não há respostas fáceis nem caminhos curtos para viver uma vida equilibrada, a tal felicidade sustentável. Há caminhos possíveis, porém eles não são curtos, não há atalhos e ninguém fará isso por você. Só você pode fazer essa caminhada, mas não precisa fazê-la sozinha e sem preparo. Atravesse o deserto munido das ferramentas necessárias para essa travessia. Assim, você saberá apreciar o oásis da sua alma e vivenciar esse potencial na sua vida cotidiana. A liberdade está em conhecer as causas do sofrimento e se libertar deles. Não tenha pressa, continue caminhando”, finaliza;

 

Dados Globais

O relatório "State of the Global Workplace: 2023 Report" da Gallup revela um cenário alarmante: 44% dos colaboradores relataram ter passado por muito estresse no trabalho no dia anterior. Além disso, apenas 23% dos colaboradores estão engajados globalmente, e 71% consideram que suas reuniões não são produtivas, segundo o relatório "The Cost of Unnecessary Meeting Attendance". Esses dados evidenciam um quadro preocupante de colaboradores cansados, sobrecarregados, ansiosos, preocupados, deprimidos, solitários, improdutivos e desengajados.

 

Impactado pelas enchentes, Rio Grande do Sul sofre com distribuição desigual de médicos e pode ter 13 pedidos de novos cursos negados pelo MEC

Dados da AMIES (Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior) indicam que apenas 6,67% das Regiões de Saúde do estado atendem à recomendação da OCDE de 3,73 médicos por mil habitantes


O estado do Rio Grande do Sul, que foi duramente afetado por enchentes entre o fim de abril e início de maio – as quais foram consideradas como uma das maiores catástrofes climáticas da sua história – carece de médicos e está muito abaixo do nível recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com dados da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES). E o cenário ainda pode piorar, já que o Ministério da Educação (MEC) pode negar 13 pedidos de abertura de novos cursos e nove pedidos de aumento de vagas nos já existentes no estado, com base em uma mudança nos critérios de avaliação.

De acordo com a OCDE, o ideal é que estejam disponíveis 3,73 médicos para cada mil habitantes, número que possibilitaria uma distribuição mais igualitária nas mais diversas regiões do país. Entretanto, no Rio Grande do Sul, apenas 6,67% das regiões de saúde (conjunto de municípios que compartilham identidades culturais, econômicas, sociais e infraestrutura de transporte e comunicações) conseguiram superar essa marca, ou seja, 93,33% estão abaixo.


Mesmo com essa disparidade entre os números, o MEC está avaliando os pedidos de aberturas de novos cursos e de aumento no número de vagas no estado, como da Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento e da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), respectivamente. Hoje, há 22 processos tramitando no MEC, mas a tendência é que todos sejam rejeitados considerando a mudança de critérios imposta a partir do art. 2º da Portaria nº 531/2023.

“A lei definiu que a apuração da relevância e necessidade social para implantação de novos cursos de medicina deve levar em consideração a região de saúde.  Contudo, o MEC e a SGTES vêm, sistematicamente, ignorando o critério legal e restringindo a possibilidade de criação de novos cursos de medicina”, ressalta Esmeraldo Malheiros, advogado e consultor jurídico da AMIES.

Por meio dessa portaria, o MEC tem indeferido os pedidos ao considerar apenas o número de médicos por municípios e não por região de saúde, em discordância à Lei dos Mais Médicos. Os artigos 3º e 7º da Lei do Mais Médicos, a qual serve como balizadora para a criação de cursos de medicina no Brasil, estabelecem a região de saúde como referência geográfica para a análise da autorização de novos cursos de medicina.

“Os municípios brasileiros são muito diversos entre si. Há municípios com dois mil habitantes e há municípios com 11 milhões, como São Paulo. Fora essa questão populacional, também há uma diferença muito grande em termos de investimento público e envelhecimento da população. Temos uma concentração de emprego e renda em grandes municípios, o que faz com que jovens adultos de municípios menores (com até 30 mil habitantes) se desloquem em busca de melhores condições, enquanto nos municípios menores há uma predominância de idosos e crianças”, pontuou Alcindo Ferla, pesquisador e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em São Paulo, por exemplo, o curso oferecido pelo Centro Universitário FACENS (UNIFACENS), de Sorocaba, foi indeferido sob a alegação de que não há relevância ou necessidade social, uma vez que o município possui um índice de 5,13 médicos por mil habitantes, portanto, superior ao recomendado pela OCDE. Porém a região de saúde na qual Sorocaba está inserida conta com apenas 2,87 médicos por mil habitantes.

Essas discrepâncias entre municípios foram um dos motivadores para a criação das regiões da saúde, a fim de oferecer um tratamento resolutivo e de qualidade em locais onde a população consegue se deslocar mais facilmente. “Em 2011, foi estabelecido que cada estado e o Distrito Federal tivessem a prerrogativa de pensar em estratégias para oferecer uma atenção qualificada para seus municípios, ou seja, regionalizar a saúde e construir regiões para entender as áreas de especialidade mais necessárias em determinada localidade”, completou Alcindo.

Sobre os casos indeferidos pelo MEC, o reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul e Presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), Rafael Henn, afirmou ter recebido com preocupação as decisões recentes. “Nos causa espanto as negativas do MEC para abertura de novos cursos e novas vagas em medicina. Considerar a relação de 3,73 médicos por mil habitantes nos municípios não faz sentido, o correto sempre foi olhar pela ótica das regiões da saúde, que abrangem uma gama maior de municípios e trazem um cenário mais preciso e realista da região”, afirmou.

Com mais de 10 milhões de habitantes e mais de 54 mil médicos especialistas, o Rio Grande do Sul tem 20% de regiões com até 1,7 médico por mil habitantes, número que confirma a distribuição desproporcional de médicos no estado.

Cidades que foram fortemente afetadas pelas enchentes, como Uruguaiana e Estrela, por exemplo, fazem parte de regiões com número de médicos abaixo do recomendado.

“A medicina tem um papel social muito importante. Logo nos primeiros dias das enchentes, os alunos e professores de diversas especialidades (pediatras, fisioterapeutas, psicólogos) se reuniram proativamente e foram aos abrigos para prestar atendimento às vítimas de forma imediata. Além da questão humana, as universidades comunitárias também disponibilizaram a sua estrutura física abrigar a população. A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) recebeu mais de 1.800 pessoas e sem nenhum custo. Precisamos sim de mais médicos para seguir auxiliando a população e para ajudarmos na reconstrução do estado”, concluiu Rafael.

Para Claudio Klein, Secretário de Saúde do munícipio de Lajeado, mais do que aumentar o número de médicos, a prioridade deveria ser a capacitação dos profissionais e oferecer a eles um plano de carreira sólido. “Existe há muitos anos um debate sobre uma proposta de interiorização do médico, ou seja, oferecer recursos para mantê-lo no interior e evitar que ele precise migrar para um centro maior para ter melhores condições de atuação”, afirmou. “É fundamental, ter médicos em todos os aglomerados de populações (cidades e vilas), mas para isso, precisamos criar oportunidades nestes locais também. Nesse sentido, uma carreira estatal, similar ao judiciário, poderia resolver essa questão”, destacou.

Entre as especialidades médicas que contam com menor número de profissionais atuando no Rio Grande do Sul destacam-se: alergista e imunologista (42 médicos), cancerologista pediátrico (38 médicos), geneticista (33 médicos), sanitarista (18 médicos).

 

Faculdade da Santa Casa SP oferece bolsas de estudo para estudantes de baixa renda

Com experiência prática desde os primeiros anos, os alunos de seis cursos na área da saúde terão acesso à um ensino de excelência durante sua formação 

 

Reconhecida por sua excelência no ensino na área da saúde desde 1963, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) oferece bolsas de estudos de 50% ou 100% de desconto do valor da mensalidade para estudantes de baixa renda. 

 

Ao todo, são 295 bolsas de estudos de 50% e 100% para o Vestibular 2025 para os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia Sistemas Biomédicos. 


 

Oportunidades de estudo  


A Faculdade está inserida dentro do complexo hospitalar da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o que proporciona aos alunos acesso a pacientes reais e um aprendizado prático desde o início dos cursos. 

 

Ao estudar na FCMSCSP, os alunos também se preparam para uma formação de excelência, alinhada às necessidades do mercado de trabalho. De acordo com Miqueias Silva, aluno bolsista do curso de Tecnologia em Radiologia da Faculdade, a maioria dos egressos de seu curso já atuam na área da Radiologia ou na área hospitalar. "Ao longo do curso a Faculdade nos ajuda com indicações de vagas, mas a experiência do estágio conta muito. Nós temos contato com equipamentos e pacientes, é uma sensação maravilhosa, parece que já trabalhamos na Santa Casa há anos", diz. 

 

Outro diferencial da Instituição é o corpo docente altamente qualificado. Ainda segundo o aluno de Radiologia, os professores, além de capacitados, também incentivam a permanência do aluno na graduação. 

 

"Como eu trabalho e estudo, minha rotina era muito difícil no começo, mas depois de diversas conversas com os professores, que me apoiaram, consegui me adaptar e agora estou prestes a me formar", explica Miquéias, que também elogia as oportunidades de bolsa e a liberdade para adquirir conhecimento e elaborar projetos sem se preocupar com o financeiro. 


 

Como concorrer a uma bolsa de estudos?  


Para concorrer a uma das bolsas de estudo, o candidato deve optar, no momento da inscrição, pela modalidade Cota Social. Além disso, o candidato deverá ser aprovado no Vestibular, — que acontecerá entre os dias 28 e 29 de setembro —, e comprovar critérios socioeconômicos estabelecidos em edital. 

 

Um dos critérios, por exemplo, comprovar renda familiar per capita bruta de até um salário-mínimo e meio para os candidatos à bolsa integral de 100%, e de renda familiar per capita bruta de até três salários-mínimos para a bolsa parcial de 50%. 

 

As inscrições para o Vestibular 2025 vão até 2 de setembro e devem ser feitas diretamente na página da Vunesp. 

 

Saiba mais na matéria da FCMSCSP.   



Dia dos Pais: os desafios da figura paterna diante do divórcio

Advogada Amanda Gimenes explica dificuldade dos pais divorciados de exercerem seu papel na criação dos filhos.


A presença de ambos os pais é fundamental para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo dos filhos, o que não pode ser ignorado por nenhum dos genitores. Pais e mães participativos ajudam a construir autoestima, melhorar o desempenho escolar e desenvolver habilidades sociais importantes. Cada genitor representa um traço na formação da personalidade e comportamento de seus filhos, por isso, a figura masculina desempenha, na vida dos filhos, um modelo de comportamento que, em regra, oferece segurança emocional, devendo criar um ambiente saudável para o crescimento dos filhos. 

De acordo com Amanda a alienação parental - que é quando um dos genitores fala mal ou tenta destruir a figura do outro, pode ter um impacto devastador na saúde emocional das crianças. “O comportamento alienante gera traumas irreparáveis e quando praticado contra a figura paterna, acarreta confusão, lealdade dividida e baixa autoestima, prejudicando o vínculo com o pai” - explica.  É essencial que ambos os genitores promovam um relacionamento saudável e respeitoso, protegendo o bem-estar emocional dos filhos.

Para além da alienação parental que é um comportamento muitas vezes velado nas relações jurídicas processuais de família, é comum observar que alguns direitos dos pais acabam sendo negligenciados pelas mães, mesmo quando o pai está disposto a compartilhar os cuidados com a criança. Salvo as exceções, muitos pais enfrentam dificuldades para assegurar um regime de convivência, as chamadas visitas, que garanta o convívio significativo e regular com os filhos. Chegando ao extremo desse pai ser privado em ter acesso à informações importantes e participação nas decisões, como a escolha da escola, tratamentos médicos e atividades extracurriculares do filho.

Em contra partida é comum encontrar casos em que a obrigação de prover alimentos é, por vezes, tratada de maneira desigual, ficando ao encargo do pai a maior responsabilidade no sustento dos filhos, mesmo quando ambos os genitores dispõem de condição financeira equiparadas. “Nestes casos é importante destacar que, em algumas situações, as mães utilizam os filhos como verdadeiras moedas de troca, inviabilizando a convivência do pai com o filho em razão do não pagamento da pensão” - relata a advogada. Essa prática prejudica não apenas os direitos dos pais, mas também o desenvolvimento emocional e psicológico dos filhos. O dever de pagar alimentos é inegociável, assim como o direito do pai conviver com o filho também o é, por isso, ambas as condutas são inadmissíveis e não se confundem

Outra questão preocupante é o aumento no número de denúncias inverídicas de violência doméstica, com o objetivo de afastar os pais do convívio com os filhos já que, a legislação recente (Lei 14.713/2023), impede a fixação de guarda compartilhada dos filhos no caso de indícios de violência doméstica, o que tem sido explorado de forma inadequada por algumas mães para obter vantagens na disputa pela guarda e convivência.

É crucial reconhecer que, apesar da cultura de que os pais são negligentes ou buscam alternativas para economizar nos alimentos com os filhos, essa mentalidade está em transformação. Atualmente, observa-se um aumento significativo no número de homens que procuram a justiça para oferecer alimentos e obter a guarda e a convivência com seus filhos. Este é um claro indicativo de que os pais estão cada vez mais engajados e comprometidos com o bem-estar e o desenvolvimento integral de suas crianças.

 

Dra. Amanda Gimenes 
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