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segunda-feira, 1 de julho de 2024

Radioembolização x Quimioembolização: entenda as diferenças entre os tratamentos para câncer de fígado

 Independente da opção, o objetivo é oferecer o procedimento adequado dentro das condições e limitações de cada paciente

 

Os avanços em relação aos tratamentos para cânceres hepáticos aumentaram nos últimos anos, tornando as terapias mais personalizadas, combatendo os mecanismos da doença e assegurando mais qualidade de vida aos pacientes durante e após o tratamento. Um dos passos mais importantes da equipe médica é a escolha da intervenção; afinal, quanto mais rápida for, maiores são as chances de eficácia. 

Em 2022, a projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), era que as mortes por câncer de fígado iriam aumentar 55% até 2040, ou seja, estima-se que 1,4 milhão de pessoas sejam diagnosticadas e 1,3 milhão percam a vida devido ao câncer de fígado nos próximos anos. A análise prevê que por ano haja um aumento de 500 mil casos ou óbitos. 

Para o hepatocarcinoma, duas abordagens transarteriais (realizadas através de um cateter colocado na circulação arterial do fígado e injetada diretamente no tumor) podem ser mencionadas. A quimioembolização e a radioembolização, embora distintas, são alternativas importantes nos centros médicos, e a escolha entre as duas depende de alguns fatores como sua disponibilidade, tipo e estágio do carcinoma e a condição do paciente.

A radioembolização é indicada apenas para pacientes com tumores hepáticos nos quais o fígado é o único ou principal local da doença. O procedimento injeta, na artéria hepática, milhares de microesferas contendo um isótopo radioativo (ítrio-90 ou Y-90) diretamente aos tumores, destruindo as células cancerígenas enquanto preserva os tecidos saudáveis ao redor”, explica o Dr. Felipe Nasser, médico radiologista intervencionista.

 

O tratamento está listado no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS), o que significa que todos os usuários dos planos de saúde no Brasil têm acesso à radioembolização para tratar o hepatocarcinoma. 

“A quimioembolização, por outro lado, consiste no bloqueio da circulação que irriga o tumor combinado com a injeção de quimioterápicos diretamente nos vasos que nutrem o tumor”, continua Nasser. 

Apesar de terem o mesmo objetivo final, as diferenças fundamentais desses possíveis tratamentos incluem o mecanismo de ação e como visam atingir as células tumorais. Dr. Nasser afirma que é imprescindível haver uma discussão detalhada, por meio de uma equipe multidisciplinar, para entender as opções disponíveis e individualizar o tratamento. “O objetivo principal dos tratamentos é o controle da doença, aumento da sobrevida e, em algumas situações, o reenquadramento para tratamento cirúrgico ou o transplante”, conclui o especialista.


Férias escolares: ortopedista dá sete dicas simples para viagem de carro segura e confortável

Seguir medidas básicas evitam distrações no volante e ajudam a manter a segurança de crianças e da família


Julho chegou e, com ele, as férias escolares: época perfeita para se viajar em família e curtir descanso e novas experiências. Porém, um perigo constante cerca o período: o trânsito e estradas lotadas. Excesso de velocidade, uso de celular ao volante, mexer no som, atenção dividida em passageiros e/ou crianças no banco de trás, dentre outros fatores, contribuem para 18% dos acidentes de carro em todo o mundo, segundo estudo da revista científica canadense Journal of Bone and Joint Surgery, uma das mais renomadas da área de ortopedia. O levantamento também indicou que, a cada 25 segundos, uma pessoa morre e outras 58 ficam feridas por conta de distrações. Por isso, o Prof. Dr. José Luís Zabeu, chefe do Serviço de Ortopedia do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), traz dicas que auxiliam a reduzir o estresse na direção e a promover a segurança. 

Se a ideia é viajar com a família ou os amigos, use sem moderação:

 

  1. Descanse bem antes de pegar a estrada: o dia anterior a uma longa viagem é decisivo para a qualidade e segurança em todo o percurso. Então, a orientação é uma noite de sono longo e profundo; junto a uma boa alimentação.

 

  1. Defina seu caminho antes de partir: mesmo com a ajuda de aplicativos de GPS, saber previamente o caminho gera menos estresse e evita que se fique o tempo todo olhando para a tela. “A atenção ao trânsito somada aos olhos atentos à tela gera um grande cansaço e representa um risco. Compartilhe com alguém de sua família ou amigos seu itinerário; caso surja algum imprevisto, isso pode ser útil e a pessoa ao lado auxiliar no caminho correto”, indica o médico.

 

  1. A posição do banco, da direção e dos espelhos precisam ser muito bem checadas. Conforto e visibilidade são prioridades de segurança e prevenção de dores e cansaço excessivo.

 

  1. Se seu carro tem piloto automático, use e abuse. “O acelerar e frear diante do risco de radares acaba por sobrecarregar o carro e o motorista, gerando fadiga e estresse desnecessários. O recurso é uma boa opção para evitar multas e o risco da alta velocidade”, sugere.

 

  1. Paradas para descanso e abastecimento: ajudam muito a prevenir desconfortos pelo corpo e a despertar o cérebro diante de um trajeto muito monótono. “Idealmente, deve-se parar a cada 2 horas; e 10 minutinhos bastam para o corpo dar uma boa despertada. Aproveite para caminhar e fazer um pouco de alongamento nesses intervalos”.

 

  1. Itens fundamentais para uma boa atenção ao trânsito: deixe ajustados a playlist de música, o trajeto no aplicativo de GPS, a garrafinha de água, o lenço de papel e o lanche rápido. “Muitos acidentes ocorrem nessas distrações. E, obviamente, jamais fique checando o celular ao longo do trajeto. Isso é para ser feito nas paradas”.

 

  1. Minimize problemas prévios: se você tem problemas de circulação nas pernas, principalmente varizes, uma boa ideia é usar meias elásticas e procurar exercitar bastante os pés ao longo da viagem. Se seu problema é na coluna, um bom apoio lombar (algo que “empurre” levemente o abdome para frente) é fundamental. “Caso tenha problemas nos ombros, busque uma postura em que os cotovelos fiquem apoiados e os braços não muito abertos. Por fim, use o encosto da cabeça em alguns momentos para evitar a sobrecarga aos músculos do pescoço”, conclui Zabeu.

 

Vera Cruz Hospital

 

Um boa noite de sono é um dos melhores remédios para o corpo

O sono, muitas vezes negligenciado em nossas vidas agitadas, é um comportamento essencial para a promoção da saúde física, mental e social


Em uma vida cada vez mais agitada, há inúmeros casos de pacientes que relatam a grave dificuldade que enfrentam em ter noites tranquilas. Distúrbios do sono, como insônia, apneia obstrutiva do sono e síndrome das pernas inquietas, tornaram-se comuns em nossa sociedade.  

“Como médicos e defensores da saúde, é nosso dever ressaltar a relevância desse comportamento para uma vida saudável”, alerta o diretor de Comunicação da AMRIGS, Marcos André dos Santos. 

O ciclo circadiano, um tema cada vez mais discutido entre especialistas, descreve o ritmo das funções do organismo ao longo de um dia. Esse componente é fundamentalmente influenciado pela luz, sendo a claridade do amanhecer e a escuridão da noite os principais determinantes. O ciclo não apenas coordena nossas funções físicas, mas também impacta nossos estados mentais. 

Em resumo, durante o amanhecer, a liberação do cortisol nos mantém alerta, enquanto à noite, a produção de melatonina nos induz ao relaxamento e ao sono. Compreender esse ciclo é essencial para otimizar nosso pico de energia e minimizar a fadiga ao longo do dia. 

Algumas dicas práticas trazidas por especialistas incluem ter uma rotina definida: estabelecer horários regulares para dormir e acordar é essencial para regular nosso relógio biológico. A prática regular de exercícios, especialmente pela manhã, também contribui para o bem-estar mental e físico, melhorando as condições de sono. 

Um dos grandes inimigos da atualidade são as telas. A luz dos dispositivos eletrônicos pode interferir na produção de melatonina. Por essa razão, evitar o uso desses aparelhos antes de dormir é recomendado. 

Por fim, é recomendado ter hábitos alimentares saudáveis. Bebidas estimulantes e refeições pesadas devem ser evitadas à noite. Ao abraçarmos essas práticas, estamos investindo em nossa saúde a longo prazo em busca de uma vida saudável e equilibrada.

 

AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul



Esfregar os olhos com frequência contribui para o avanço do ceratocone, doença ocular que afeta a córne a

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Tratamento cirúrgico minimamente invasivo ajuda a impedir a progressão e a afastar o risco de cegueira 

 

De origem genética, o ceratocone é uma doença ocular caracterizada pela alteração estrutural da córnea, camada fina e transparente que recobre a parte frontal do globo ocular. A enfermidade afeta a transparência e a curvatura da córnea, que fica com um formato semelhante a um cone. 

O ceratocone pode evoluir de forma silenciosa e, em quadros avançados, provocar a perda da visão. Por isso, é importante buscar ajuda médica se houver piora visual, como mudanças frequentes no grau, astigmatismo elevado ou dificuldade para enxergar à noite. A pessoa também pode perceber círculos brilhantes ou reflexos ao redor de fontes luminosas. 

“Adotar cuidados como não esfregar os olhos constantemente contribui para reduzir o risco da doença e o seu avanço”, orienta a oftalmologista Thaís Borges, do H.Olhos - Hospital de Olhos localizado em São Paulo, referência em saúde ocular no estado. Ela explica que “embora o ceratocone não tenha cura, já existe tratamento para interromper sua progressão.” 

De acordo com a médica, “o crosslinking corneano é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que combina riboflavina (vitamina B2) e aplicação de luz ultravioleta na córnea, a fim de fortalecer e estabilizar as fibras de colágeno. Depois o paciente fica por cerca de uma semana com uma lente terapêutica, que age como uma espécie de curativo sobre a córnea”. 

“A resposta ao tratamento é individual, os resultados variam de acordo com a gravidade da doença e a técnica específica utilizada”, complementa a oftalmologista. Outro recurso para melhorar a visão e regularizar a curvatura da córnea, quando os óculos e as lentes não surtem mais efeito, é a implantação do anel intracorneano, um dispositivo rígido com formato de anel, posicionado dentro da córnea. 

A médica cita o caso de uma paciente que foi diagnosticada com ceratocone avançado bilateral e precisou passar por um segundo transplante de córnea no olho direito para melhorar a visão. Na primeira tentativa, houve rejeição e falência do tecido doado. O segundo transplante, todavia, obteve sucesso. No olho esquerdo, o tratamento indicado foi o crosslinking corneano e o resultado foi ainda melhor, com estabilização da doença.

Embora hoje a paciente precise de óculos ou lentes para enxergar bem, sem o procedimento a perda de visão causada pela doença avançaria de forma progressiva, com risco de cegueira. “Ao estabilizar a córnea, o tratamento evitou a progressão do ceratocone e trouxe mais qualidade de vida para a paciente”, complementa a oftalmologista Thaís Borges.


Endometriose pode ser a causa de 40% dos casos de infertilidade

Sintomas semelhantes a outras doenças mascaram este sofrimento às pacientes

 

Segundo o Ministério da Saúde, no grupo de mulheres com infertilidade, estima-se que a prevalência de endometriose pode chegar a 40%, sendo esta patologia a principal causa feminina da dificuldade para engravidar. Além da infertilidade, a endometriose pode trazer sintomas em outros sistemas como urinários, gastrointestinais e ortopédicos, como dores lombares ou que irradiam às pernas, o que faz com que a paciente busque ajuda com outras especialidades médicas – e não com ginecologista.  

A avaliação clínica, associada ao exame de toque vaginal, detecta até 80% dos casos. A maior dificuldade, segundo Ana Luisa Alencar De Nicola, médica consultora da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), ainda é a relação que a paciente deve fazer entre os sintomas para endometriose. 

“É possível que metade das adolescentes com dismenorreia intensa possa ter endometriose, ou seja, a cólica menstrual que impede atividades cotidianas ou aquele grupo onde a escala visual analógica de dor (EVA) é maior que sete, numa escala de zero a dez, deve suscitar o diagnóstico. Entretanto, uma grande parte destas meninas nem reconhecem esta dor como algo anormal, pois existe uma banalização da cólica menstrual, mundialmente. Este talvez seja o principal fator que colabore para o atraso no diagnóstico da doença. Além disso, estima-se que até 10% das portadoras possam ser assintomáticas e nem buscarão o diagnóstico”, explica a médica. 

Uma informação importante sobre a paciente para ser levada ao profissional ginecologista é o histórico familiar. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), mulheres que tenham parentes em primeiro grau diagnosticadas com a doença tem um risco sete vezes maior de desenvolver endometriose. 

Ana Luisa acrescenta que, após a avaliação clínica e o exame físico, são solicitados exames de imagem complementares, como ultrassonografia transvaginal, que são capazes de diagnosticar a endometriose ovariana e a adenomiose (endometriose do útero) ou ainda mostrar suspeita da endometriose profunda; a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal ou a ressonância magnética da pelve, ambas com altíssima acurácia para diagnóstico de todas as formas da endometriose, inclusive o chamado mapeamento pélvico da doença. A ressonância magnética pélvica com preparo intestinal é também indicada para mulheres que ainda não tiveram relações sexuais com penetração e não podem realizar a ultrassonografia transvaginal. 

“Os exames estão disponíveis nos grandes centros, inclusive em alguns serviços públicos. Mas, com certeza, precisamos manter treinamentos contínuos de médicos radiologistas e ultrassonografistas para atendermos esta demanda. Também precisamos superar as dificuldades de diagnóstico, trabalhando com campanhas de conscientização, pois o mais comum é que as pacientes sejam orientadas a usar pílula anticoncepcional para amenizar sua cólica, como as adolescentes, e assim sigam por muitos anos convivendo com a doença sem saber do seu diagnóstico e sem tratamento para efetivo bloqueio do seu crescimento”, observa Ana Luisa.  

Na FIDI, por exemplo, nos últimos cinco anos, foram realizados cerca de 14,7 mil procedimentos de mais de 40 tipos, que ajudam na detectação da endometriose. A instituição é a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS. Apenas de janeiro a maio deste ano, já foram feitos mais de 1.200 exames de imagem somente para apoiar a avaliação dos médicos sobre a ocorrência de endometriose. A faixa etária principal é de pessoas adultas – 12.790 procedimentos -, seguida de idosas, adolescentes e crianças. Segundo Ana Luisa, tem-se reduzido o tabu em relação aos exames ginecológicos, que apoiam a conclusão de um diagnóstico, mas ele ainda existe. Ela orienta como rotina para qualquer mulher a ida ao ginecologista, todos os anos, e que, na ocasião da consulta, relate todos os seus sintomas e não banalizem a cólica menstrual.  

“Toda dor associada ao período menstrual deve ser contada ao médico, por mais estranha que pareça. Outro exemplo é mulheres com endometriose no diafragma (músculo que separa o abdômen do tórax) poderão apresentar dores no ombro direito durante a menstruação e perder anos tratando como se fosse um problema ortopédico, sem melhora. Na prática, todos os sintomas catameniais (que pioram durante a menstruação) nas mulheres em idade fértil devem ser notificados ao ginecologista”, comenta, afirmando que é o médico quem indica o melhor exame de imagem para cada paciente.  

A especialista ressalta que os diagnósticos por imagem receberam forte incremento nos últimos vinte anos e hoje já substituem o diagnóstico por meio da laparoscopia. E ressalta que pesquisas utilizando a inteligência artificial têm mostrado bons resultados para o diagnóstico da endometriose, por meio de dados estatísticos e do uso de métodos de imagem, particularmente ressonância magnética.  

Outras consequências - As complicações mais graves da endometriose são raras e envolvem a obstrução intestinal, levando a uma cirurgia de urgência ou o estreitamento e obstrução dos ureteres, com o comprometimento da função renal a longo prazo, o que é grave e irreversível.  

“Esta última condição pode ser silenciosa e não trazer sintomas específicos urinários, dificultando a sua detecção. Outra complicação muito importante da doença é a sensibilização central do cérebro à dor. Isto pode ocorrer quando a mulher passa tantos anos sentindo a dor crônica que, mesmo depois de tratada a causa, esta dor persiste como uma memória de dor a nível cerebral”, completa Ana Luisa.   



Dra Ana Luisa Alencar De Nicola - médica ultrassonografista especialista no diagnóstico da Endometriose. Graduada em Medicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, fez Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia na Maternidade São Paulo e em Ultrassonografia no CETRUS-SP. Possui título de especialista em Radiologia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia – CBR. É membro da comissão de Radiologia da Sociedade Brasileira de Endometriose.


FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.

Descobertas recentes revelam vínculo entre diabetes tipo 2 e fragilidade óssea

“A osteoporose é uma doença muito negligenciada”

Pessoas com diabetes tipo 2 são mais propensas a fraturas

 

“Durante décadas, o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) não estava incluído entre as doenças associadas à fragilidade óssea. Em grande parte, isso se devia ao fato de que a massa óssea, o principal parâmetro clínico para diagnóstico de osteoporose, estar preservada ou até mesmo aumentada nesta condição. Nas últimas décadas, diversas evidências desmistificaram essa ideia: não só existem dados constatando aumento de fratura nesta população, como avanços têm sido alcançados no conhecimento sobre alterações qualitativas em diversos níveis da estrutura óssea, algumas tendo relação direta ou indireta com o descontrole metabólico. É um grande desafio conscientizar os mais diversos agentes da saúde que a osteoporose é mais uma complicação associada a esta doença metabólica e que tem configuração pandêmica”, conta Dr. Francisco José Albuquerque de Paula, endocrinologista ex-presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo – ABRASSO.

 

O aumento da fragilidade óssea em pacientes com diabetes tipo 2 pode estar ligado a vários fatores. Exames de imagem mais sensíveis como a tomografia computadorizada quantitativa periférica de alta resolução (HRpQCT) têm permitido detectar a presença de porosidade cortical em ossos longos. Já a versátil técnica de ressonância magnética foi utilizada para mostrar que a composição de lipídios em adipócitos da medula óssea está associada a maior risco de fratura. Indivíduos com DM2 com fratura apresentam menor quantidade de lipídios insaturados e maior de saturados que seus pares com glicose normal. Em nível molecular, modificações estruturais do colágeno parecem que podem ser causadas pelo acúmulo de produtos finais de glicação avançada.

 

O diabetes mellitus tipo 2 predispõe a uma série de complicações: as clássicas macroangiopáticas (infarto, AVC, obstrução da circulação periférica) e microangiopáticas (nefropatia, retinopatia e neuropatia). Tais complicações e as alterações no metabolismo de glicose, lipídios e proteínas comprometem a manutenção da massa muscular. “Sob este aspecto, vários estudos mostram comprometimento muscular na pessoa com DM2. A combinação de prejuízo muscular e ósseo é a senha para que outra combinação apareça como queda e fratura”, pontua o endocrinologista.

 

Outro aspecto que não pode ser esquecido é a influência que o tratamento do diabetes mellitus pode exercer sobre o metabolismo ósseo e a suscetibilidade à fratura. As tiazolidenedionas aumentam a adipogênese da medula óssea, levam a queda na massa óssea e a maior risco de fratura. Entre os medicamentos mais recentes, um estudo sugeriu que a canagliflozina pode se associar a maior risco de fratura. Mais estudos serão necessários para esclarecer esta associação. O uso da insulina também se mostrou associado à fratura. Todo o conhecimento sobre a influência da insulina sobre o osso indica que, a princípio, a insulina tem efeito benéfico, estimulando a formação óssea e exercendo atividade positiva sobre os osteoblastos, que são as células formadoras de osso. No entanto, como a insulina pode eventualmente levar à hipoglicemia e esta, por sua vez, provocar queda, esse pode ser o motivo pelo qual o uso de insulina traz maior risco de fratura.

 

“É fundamental destacar que a osteoporose, em geral, é uma doença muito negligenciada, mesmo para pessoas que têm muito alto risco de fraturas, incluindo aquelas que já tiveram uma fratura por fragilidade óssea. Quando se trata de uma doença altamente prevalente como o diabetes mellitus tipo 2, e o principal parâmetro de avaliação de osteoporose, que é a massa óssea, não está, em geral, prejudicado, a negligência na avaliação e tratamento da osteoporose e na prevenção de fraturas entre essas pessoas é ainda maior” alerta Dr. Francisco José. Nos últimos anos, algoritmos foram elaborados para melhorar a avaliação e auxiliar na indicação de tratamento da osteoporose no DM2

 

O ponto principal que se destaca é a importância de cuidar da saúde óssea em pacientes com DM2. Desde o início, é essencial orientar as pessoas sobre a importância de uma alimentação saudável não apenas para o controle metabólico de glicose e lipídios, mas também para preservar a saúde óssea. O tipo de exercício que mais ajuda a manter a massa óssea deve ser orientado, assim como uma alimentação correta em relação ao conteúdo de cálcio, níveis de vitamina D dentro do normal e quantidade adequada de proteína na dieta. É necessário considerar que os medicamentos disponíveis para o tratamento da osteoporose são eficazes na promoção de aumento de massa óssea nos indivíduos com DM2.

 

Todos esses aspectos devem receber uma orientação cuidadosa por parte dos profissionais de saúde para os pacientes com essa doença grave, que quando associada à osteoporose, pode resultar em um prejuízo significativo na qualidade de vida. “Portanto, é essencial não negligenciar a saúde óssea de pessoas com diabetes mellitus, em particular do tipo 2, uma doença altamente prevalente na nossa população”, finaliza o médico.

 

“Novas Recomendações do Tratamento da Doença Óssea no Diabetes Mellitus Tipos 1 e 2” é um dos temas do 11º BRADOO, o Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo, que será realizado de 21 a 24 de agosto em Brasília.

 

ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo

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11º BRADOO

Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo

21 a 24 de agosto

Local: CICB - Centro Internacional de Convenções do Brasil

Endereço: St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 Conjunto 63, Lote 50 - Asa Sul, Brasília



Acidentes com crianças e adolescentes crescem quase 8% em 2023, aponta levantamento da Aldeias Infantis SOS

Por hora, 13 crianças são internadas no Brasil vítimas de acidentes


Um levantamento exclusivo realizado pela Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, mostra que, em 2023, os acidentes envolvendo crianças e adolescentes no Brasil cresceram quase 8% na comparação com o ano anterior, sendo o maior número desde 2019, período pré-pandemia. No total, foram registradas 119.245 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos, contra 109.988 registros em 2022.
 

O estudo, elaborado com dados do DataSUS, é desenvolvido pelo Instituto Bem Cuidar, programa de gestão de conhecimento da Aldeias Infantis SOS, que analisou oito categorias de causas de acidentes. Destas, sete apontaram crescimento nas hospitalizações, com destaque para sufocação (+ 11,24%) e quedas (+ 10,33%). As outras causas em alta foram queimadura (+ 7,38%), afogamento (+ 5,78%), sinistros de trânsito (+ 5,13%) e armas de fogo (+ 3,16%). 

Somente acidentes causados por intoxicação apresentaram uma ligeira queda (- 0,14%) no comparativo com o ano anterior: em 2023, foram 3.673 internações contra 3.678 em 2022. 

“O quadro desenhado pelo levantamento é bastante desanimador, visto que acompanhávamos uma melhora, ainda que tímida, no cenário geral em 2022. Analisando os indicadores em separado, também constatamos que casos de acidentes causados por afogamentos e queimaduras pioraram. Só neste último, o salto foi de impressionantes 7,38%”, explica Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS. 

Segundo cálculo da Organização, a cada hora, cerca de 13 crianças são internadas por lesões não intencionais, sendo que 90% dos acidentes poderiam ser evitados por meio de ações simples de prevenção e cuidado qualificado.

 

Queda e sufocação 

As hospitalizações por conta de acidentes envolvendo queda concentraram 45% do total de ocorrências. O dado é mais que o dobro da segunda principal causa de internações por acidentes, as queimaduras, que representaram 20% dos registros totais. A terceira principal causa foi sinistros de trânsito, respondendo por 10% das ocorrências. 

Repetindo o padrão observado em 2022, as crianças e adolescentes que mais sofreram hospitalizações por causa de acidentes, em 2023, tinham de 10 a 14 anos (36%) e seguidas por 5 e 9 anos (35%). Por último, estão as crianças de 1 a 4 anos (24%) e as menores de 1 ano (5%). 

Por outro lado, o levantamento da Organização mostra que, no grupo de 5 a 9 anos, houve a maior variação no aumento de acidentes – foram 4.061 novos registros de internações, ou um aumento de 9,8% em relação ao ano de 2022. Destacam-se os casos de queda (+38%), queimadura (+32%) e intoxicação (+31%). 

“O período que vai dos 5 aos 14 anos é de maior autonomia e circulação pelos espaços comunitários e, na população que apresenta maior vulnerabilidade social, meninos e meninas dessa faixa etária são, muitas vezes, responsáveis pelo cuidado de irmãos e irmãs menores, fato este que os deixa mais propensos a acidentes. Deve-se atentar à necessidade de campanhas de conscientização da população sobre medidas de prevenção de acidentes também nessas faixas etárias”, destaca a especialista. 

Após uma queda de 6,3% nas internações de crianças e jovens na faixa etária entre 1 e 4 anos, de 2021 para 2022, houve um aumento equivalente no intervalo entre 2022 e 2023, com destaque para casos de afogamento (+76%), sufocação (+52%) e intoxicação (+36%). Sufocação também teve destaque nos casos que atingiram crianças menores de um ano, com aumento de 9%. Nessa faixa, ainda tiveram alta casos de queimadura (+7%), quedas (+5%) e intoxicação (+5%). 

“No aumento dos casos de sufocação ou engasgo, a hipótese é que, durante a fase de aleitamento e da introdução alimentar, o uso de telas nas horas das refeições ou realização da alimentação em movimento não permita a correta mastigação. É importante destacar a necessidade de conhecimentos de primeiros socorros pelos cuidadores, educadores e familiares, além das medidas de prevenção de acidentes”, finaliza Erika.

 

Mortes por acidentes 

Entre 2021 e 2022, o levantamento observou uma queda de 1% no número de mortes de crianças e adolescentes causadas por acidentes, passando de 3.275 para 3.237. O maior número de óbitos se deu entre crianças de 1 a 4 anos (31%). A principal causa foi sufocação, responsável por 986 casos - desses, 765 (77%) envolveram menores de 1 ano. 

De acordo com a Aldeias Infantis SOS, essa é a primeira vez que sinistros de trânsito não são a principal causa de óbito, visto que sufocação ultrapassa em números de casos e de óbito de lesões não intencionais com 31% da totalidade. No todo, os dados de 2022 indicam que nove crianças morrem todos os dias por causas de acidentes que poderiam ser evitados em 90% dos casos.

 

Sobre o Instituto Bem Cuidar 

O Instituto Bem Cuidar (IBC) é um programa das Aldeias Infantis SOS responsável pela gestão de conhecimento e que tem o compromisso realizar consultorias, assessorias, diagnósticos e pesquisas, para a própria organização ou ainda atender demandas de conselhos, governos ou empresas.  O instituto promove a proteção e o cuidado de qualidade à infância e juventude por meio da produção, promoção e distribuição de conteúdo digital educativo, além de favorecer a troca de experiências, o aprimoramento e a difusão de boas práticas de cuidado de crianças e adolescentes, por meio de ações formativas, sistematização e produção de conteúdo.  Além disso, o Instituto Bem Cuidar dissemina práticas de prevenção de acidentes por meio do Projeto Criança Segura, que apresenta anualmente, entre outros resultados, as estatísticas sobre os principais fatores que levam a internação de crianças e adolescentes. 

Para saber mais: www.institutobemcuidar.org.br

 

Sobre a Aldeias Infantis SOS
A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A Organização lidera o maior movimento de cuidado do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de desenvolver ações humanitárias.   
Fundada na Áustria, em 1949, está presente em mais de 130 países. No Brasil, atua há 57 anos e mantém mais de 80 projetos, em cerca de 30 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha.  

Para mais informações, acesse o site: www.aldeiasinfantis.org.br/


Adium lança medicamento para dor aguda com uma das menores dosagens de opioides do mercado

 

Nova fórmula multimodal tem como proposta funcionar como uma alternativa capaz de proporcionar maior controle álgico com menos efeitos colaterais

 

A Adium, farmacêutica presente em 18 países da América Latina, acaba de trazer mais uma inovação ao Brasil. Trata-se do Nusira® (cloridrato de tramadol + diclofenaco sódico). Indicada para o alívio de dores inflamatórias agudas de média e alta intensidade, a fórmula é capaz de proporcionar maior controle álgico com uma das menores dosagens de opioides do mercado. 

Tais vantagens resultam da abordagem multimodal que o medicamento possui em sua composição. Ou seja, por meio da combinação entre fármacos de diferentes tipos, ele consegue agir, simultaneamente, em diferentes vias e receptores de dor. “Isso amplia e acelera a sensação de alívio, sem demandar altas doses de opioides”, explica o Dr. André Cicone Liggieri, ortopedista com área de atuação em dor. 

O médico acrescenta que essas características fazem do Nusira® uma alternativa para o tratamento de pacientes que sofrem picos de dor aguda em decorrência de dor crônica, momento conhecido como agudização. Estima-se que dores crônicas afetam 37% da população brasileira acima de 50 anos¹. 

A terapia é indicada para dor aguda inflamatória em pacientes acima de 18 anos, exceto gestantes e lactantes, além de casos em processo de recuperação após intervenções cirúrgicas. Outra vantagem é a indicação para idosos e pacientes sensíveis a doses elevadas da medicação. “Pessoas com esse perfil costumam apresentar maior fragilidade. Por isso, possuem baixa tolerância a analgésicos mais potentes. Esse medicamento preenche uma lacuna fundamental em prol do conforto e bem-estar de uma parcela importante da população”, avalia o Dr. Liggieri. 

Disponível para comercialização em todo o território nacional, desde o início do mês, o Nusira® está em linha com os esforços da Adium para promover avanços e oferecer novas opções de tratamento ao publico brasileiro e latino-americano. “Essa terapia é eficaz e segura, com efeito rápido. É muito gratificante contribuir com o combate à dor, que ainda representa um problema de saúde relevante no Brasil”, afirma Alexandre Seraphim, Gerente Geral da Adium no país.

 


Grupo Adium
Link



Referência:

Ministério da Saúde. Pesquisa aponta que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas. Disponível aqui: Link

 

Julho Verde: 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos a cada ano

 


Durante o mês de conscientização, é fundamental ir além do câncer do colo do útero e abordar também outros tumores que atingem o aparelho reprodutor feminino; Oncologista comenta como identificar, prevenir e tratar
 

Ao longo do mês, a campanha Julho Verde vem para alertar sobre a prevenção e conscientização dos cânceres que atingem o aparelho reprodutor feminino (útero, ovário e endométrio). Indo além do câncer do colo do útero, doença que atinge 17,010 mulheres por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é fundamental também abrir os olhos para os tumores ginecológicos como um todo. 

Ainda de acordo com o INCA, cerca de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos por ano, sendo mais comum o câncer do colo do útero em mulheres mais jovens e os tumores ovarianos e de corpo uterino naquelas acima de 50 anos. 

A oncologista Angélica Nogueira, da Oncoclínicas, alerta a importância da vacina contra HPV, um fator importante e que não pode ser deixado de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. Infelizmente, apenas um terço das meninas são vacinadas no Brasil e isso pode impactar diretamente no problema. Isso poderia reduzir em até 95% as chances de desenvolvimento da neoplasia”. 

Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde no Brasil e está disponível atualmente para todas as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. "A imunização pode ajudar não só a prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens". Além disso, vale lembrar que a vacina também é indicada para pacientes com câncer, HIV e transplantados (até os 45 anos nas mulheres e 26 anos nos homens). 

"O câncer do colo do útero ainda é, infelizmente, considerado um problema mundial de saúde. Nos países em que há uma alta taxa de infecção pelo HPV, a neoplasia possui uma maior repercussão. Apesar de na grande maioria dos casos as mulheres terem a infecção resolvida por volta de seus 30 anos, ainda existe a probabilidade de o vírus evoluir para o câncer do colo do útero", comenta a oncologista.
 

Como identificar tumores ginecológicos 

Considerado grave e silencioso, em 75% dos casos o câncer ginecológico é descoberto em estágio avançado. Contudo, alguns sintomas podem indicar que algo está errado com o corpo, por isso, fique de olho se houver:

  • Sangramento vaginal anormal
  • Febre que persiste por mais de 7 dias
  • Inchaço abdominal
  • Gases
  • Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo
  • Dor de estômago
  • Alterações intestinais
  • Mamas sensíveis, com secreção, nódulos, inchaço ou vermelhidão
  • Fadiga
  • Vulva e vagina com feridas, alteração da cor ou bolhas
  • Perda de peso sem motivo (10kg ou mais)

Quanto ao rastreamento dos cânceres ginecológicos, Angélica Nogueira comenta que o Papanicolau é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. “Ele pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero e evitar que o tumor seja encontrado em estágios mais avançados, prejudicando o tratamento e deixando-o mais complexo”. 

Já nos casos de câncer de ovário e endométrio, ainda não existem bons exames de rastreamento precoce. Em casos como esse, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem que ajudam a identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Contudo, se houver suspeita de câncer de ovário, por exemplo, é necessária uma avaliação cirúrgica. 

Além disso, o raio-x ou tomografia computadorizada do tórax pode auxiliar na análise de derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações.
 

Fatores de risco

  • Câncer do colo do útero: HPV, ter tido cinco ou mais partos, HIV, tabagismo e constante troca de parceiros
  • Câncer de ovário: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuam histórico da doença na família.
  • Câncer de endométrio: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos, idade acima dos 50 anos, obesidade, diabetes, ou que realizaram terapia de reposição hormonal de maneira inadequada após a menopausa.


Prevenção 

De acordo com a oncologista da Oncoclínicas, no caso do câncer do colo do útero, a prevenção deve ser realizada através do Papanicolau (a partir dos 25 anos), sendo repetido uma vez por ano por três vezes e, se não houverem alterações, uma vez a cada três anos após esse período, vacinação contra o HPV e uso de preservativos durante a relação sexual. 

"No caso dos cânceres de útero e endométrio, por não existirem exames específicos de rastreamento, é fundamental praticar regularmente exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e, caso seja indicado pelo especialista, o uso da pílula anticoncepcional", comenta a especialista.
 

Tratamento 

O tratamento adequado irá depender do estadiamento das neoplasias e também se existem metástases. "Podem ser recomendadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos". 

“Não podemos esquecer que quando falamos de prevenção e tratamento, é muito importante buscar por fontes de informação seguras. Na internet, por exemplo, existem diversos boatos que podem impactar de maneira negativa na saúde da população. Por isso, sempre tire as principais dúvidas com um especialista e confirme quaisquer informações recebidas pelas redes sociais antes de compartilhar ou iniciar tratamentos milagrosos. Isso pode trazer consequências graves para os pacientes oncológicos e até mesmo dificultar e agravar o quadro de saúde", finaliza Angélica Nogueira. 



Oncoclínicas&Co.
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