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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Com aumento de tensão no norte de Israel, hospital israelense realiza diálise de pacientes em subterrâneo fortificado

 

Pacientes em diálise no Rambam
Crédito: divulgação Rambam

Medida garante continuidade de tratamento em hospital que fica em região alvo de possível escalada do conflito

 

Com o aumento significativo da tensão no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, e o temor pela escalada da guerra ali, o Rambam Health Care Campus, maior hospital da região, tem levado os pacientes que realizam diálise para serem tratados em seu subterrâneo fortificado. 

“O hospital subterrâneo possui 94 estações de diálise, algumas em operação com pacientes sendo tratados diariamente. O espaço e equipe treinada permitem o atendimento de dezenas de pacientes simultaneamente, garantindo a continuidade da diálise, procedimento que demora horas e que não pode parar em caso de ameaças da guerra”, explica a Dra. Suheir Assady, diretora do Departamento de Nefrologia e Nefrologia e Hipertensão do Rambam. 

O hospital subterrâneo, que funciona como bunker, tem espaço para 2 mil pacientes no total, funcionando de forma independente em termos de fornecimento de eletricidade, água e oxigênio. A instalação é construída com três andares subterrâneos, onde em tempos normais funciona o estacionamento. Cada andar tem uma área de 20 mil metros quadrados. 

“Os dois andares inferiores são destinados à internação. O andar superior é destinado à recepção e triagem dos pacientes. Todo o local é protegido pelo IDF, a força de defesa israelense, e possui estoque de eletricidade, combustível e água para funcionar de forma fechada, totalmente vedada do mundo, durante 48 horas”, explica Michael Halberthal, diretor geral do Rambam. 

Desde o início do conflito, o Rambam atende vítimas da guerra, de várias idades e múltiplas gravidades, e o tempo todo chegam feridos. 

Um destaque do hospital é seu exemplo de coexistência e o compromisso da medicina pela vida. Cerca de 30% de todo seu corpo médico, clínico, enfermeiros e outros profissionais de saúde que ali atuam não são judeus.

 

Cânceres hematológicos devem estar no radar de política nacional, afirmam especialistas

Aprovada sem vetos, Lei 14.758/2023 será fundamental em toda jornada do paciente; do diagnóstico à remissão da doença

 

No próximo dia 08, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, data de extrema importância para revisitar as iniciativas dos órgãos públicos em relação aos tratamentos oferecidos à população. A mais recente, em 19 de dezembro de 2023, o Governo Federal sancionou a Lei 14.758/2023, instituindo, de maneira inédita, uma Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNPCC/SUS). 

Desde março de 2023, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) participou ativamente de audiências públicas a convite da Comissão Especial destinada a acompanhar ações de combate ao câncer no Brasil. Na ocasião, a Associação levantou temas como equidade e acesso a novas tecnologias para diagnóstico e tratamentos de cânceres hematológicos. “A Lei, como proposição aprovada pelo legislativo e instituída pelo executivo, implica o compromisso das diferentes esferas do governo e a obrigação legal de seu cumprimento”, afirma o médico hematologista, Dr. Jorge Vaz, Diretor de Ações Sociais da ABBH, que esteve presente nas audiências.

 

Mudanças

Atualmente, a discrepância entre o modelo de avaliação e de financiamento de medicamentos onco-hematológicos e a disponibilidade de novas tecnologias dificultam o enfrentamento do câncer no Brasil. Além de objetivos e diretrizes que direcionam ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação do câncer no País, a Lei 14.758/2023 altera a Lei 8.080/1990, a Lei Orgânica da Saúde, adequando o modelo de avaliação e de financiamento de medicamentos onco-hematológicos às novas tecnologias disponíveis que apresentam comprovações científicas. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas em 2023 foi necessária uma recomposição de R1 bilhão do teto financeiro em oncologia de Estados e municípios. Agora, com a nova Lei, serão prioritários medicamentos para cânceres com maior incidência, para tratamentos de alta complexidade e que representam elevado impacto financeiro ao SUS. Além disso, a Lei também estabelece o prazo máximo de 180 dias para disponibilização de medicamentos incorporados pela Conitec ao SUS.

 

Cenário e mais atuações

Para cada ano do triênio 2023-2025, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil, destes, cânceres hematológicos como as Leucemias, os Linfomas e os Mielomas demandam tratamentos de alta complexidade. 

Em março passado, a ABHH realizou o Fórum de Acesso e Equidade - Região Norte, em Belém, PA, que contou com a participação do médico sanitarista, Dr. Fernando Maia, que está à frente da Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer. Na ocasião, ele comentou que é algo raro um Projeto de Lei ser aprovado sem alterações na Câmara e no Senado, e que seja sancionado sem vetos pelo Governo Federal, como foi a PNPCC/SUS. “Isso mostra a articulação entre os diferentes atores para a discussão e para que o projeto fosse para aprovação com as devidas contribuições”, diz. 

A Lei nº 14.758/2023 também institui o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer, que consiste na busca ativa de casos de câncer e no acompanhamento individual do paciente desde o diagnóstico até o tratamento, e como analisam especialistas, esse Programa toma como referência um modelo similar já existente voltado ao controle do câncer de mama. 

 

Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular - ABHH


Ter mais músculos aumenta a longevidade e previne até câncer

 Especialista explica que cultivar músculos é o segredo para viver mais e melhor: além de prevenir doenças, facilita o emagrecimento 

 

Eles regulam os níveis de glicose, a temperatura corporal e o metabolismo; auxiliam no processo de emagrecimento; no combate a doenças metabólicas e cardiovasculares; reforçam a defesa do organismo; melhoram a memória; ajudam a prevenir Alzheimer, Parkinson e vários tipos de câncer e ainda contribuem para melhorar nossa saúde mental.  

Estamos falando dos músculos. Segundo o nutricionista funcional e responsável técnico pela Growth Supplements, Diogo Cirico, o ganho de músculos vai muito além da questão estética, da mobilidade e da força. “Eles são indispensáveis para quem quer viver mais e com melhor qualidade de vida”, resume Cirico.  

O nutricionista explica que não faltam evidências científicas do poder da massa muscular. Um estudo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition em 2014 relacionou uma baixa massa muscular com uma probabilidade maior de morte. Isso levou os cientistas a afirmarem, em 2018, na revista científica Annals of Medicine, que a massa muscular deveria ser considerada um sinal vital, como a pressão sanguínea. 

Ter mais músculos ajuda a prevenir uma série de doenças 
 
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Mas por que os músculos são tão importantes? A resposta está nas miocinas, substâncias produzidas durante a atividade física e que desempenham um papel fundamental na longevidade. O nutricionista explica que o nosso corpo é composto por cerca de 600 músculos, que representam de 40 a 50% do nosso peso total. Essa massa muscular é responsável por realizar movimentos, sustentar nosso esqueleto e armazenar energia na forma de glicogênio. 

Durante a contração e o relaxamento das fibras musculares, uma série de eventos ocorre, gerando subprodutos conhecidos como miocinas. “Elas agem como mensageiros, comunicando-se com diversos órgãos e sistemas do nosso corpo. Dependendo do tipo de exercício, sua duração e intensidade, diferentes miocinas são produzidas e direcionadas para atuar em áreas específicas”, detalha o especialista. 

 

Mapa dos benefícios

Cirico diz que é possível fazer um mapa traçando a ação benéfica das miocinas no nosso corpo. Nos ossos, por exemplo, há a produção de fator neurotrófico ciliar, que estimula a produção de osteoblastos, responsáveis pela força e rigidez óssea. Já nos seios, são produzidas substâncias conhecidas como SPARC, que ajudam a reduzir a formação de tumores no colón e inibem o crescimento de células cancerígenas. “No pâncreas, a Interleucina 6 ativa a via metabólica das gorduras, facilitando o processo de emagrecimento. No intestino, a GLP-1 previne, atenua, atrasa e combate a formação de tumores. O metabolismo como um todo é favorecido pela FGF21, que aumenta a captação de glicose. E não para por aí: no cérebro, a miocina BDNF melhora a capacidade cognitiva, o aprendizado e a memória”, enumera o nutricionista.


Exercite os músculos para ter uma vida mais longa 
 
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Plano de ação

Portanto, ensina o nutricionista, o segredo para quem quer viver mais é acrescentar exercícios de força, alimentação balanceada, sono adequado e controle do estresse à rotina. Cirico conta que, no processo para desenvolvimento muscular, é indispensável equalizar o consumo de proteínas na dieta. Isso acontece porque a substância é indispensável no processo de construção de massa muscular e na recuperação do tecido após a prática de exercícios. “De uma forma geral, podemos dizer que a quantidade ideal do macronutriente por dia gira em torno de 1,4 a 2 gramas por quilo de peso do indivíduo. Esse valor varia conforme a rotina de exercícios da pessoa”, observa.  

O nutricionista explica a importância de contar com o acompanhamento de um profissional para planejar a dieta e a prática de exercícios. “Antes de sair tomando suplemento para aumentar a massa muscular, converse com um especialista para entender suas necessidades e montar um plano alimentar adequado à sua rotina, assim você aumenta as chances de ter mais sucesso e alcançar seus objetivos de forma mais rápida”, completa.


Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson: entendendo e enfrentando os desafio

No dia 11 de abril, o mundo volta sua atenção para uma das doenças neurodegenerativas mais comuns e impactantes: a doença de Parkinson. Este dia busca conscientizar sobre os desafios enfrentados pelos pacientes, mas também serve como um lembrete para a importância da informação e do apoio na jornada desses indivíduos e suas famílias.

A doença de Parkinson é uma condição degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central, causada pela redução da dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos voluntários do corpo. Como resultado, os pacientes enfrentam uma série de sintomas motores, incluindo tremores, lentidão motora, rigidez e desequilíbrio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer. Estima-se que cerca de 4 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com Parkinson, com aproximadamente 450 mil casos no Brasil. Apesar de não haver estatísticas nacionais precisas, estudos sugerem que cerca de 3,3% dos indivíduos acima de 64 anos no Brasil são afetados pela doença.


Desafios no diagnóstico e tratamento

Um dos principais desafios enfrentados pelos pacientes com Parkinson é o diagnóstico precoce. Devido à natureza insidiosa da doença, muitas vezes há atrasos na busca por ajuda médica especializada. O neurologista Matheus Ferreira Gomes, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, destaca que o início oligossintomático (que apresenta poucos ou leves sintomas) pode levar os pacientes a não procurarem auxílio médico.

Quanto ao tratamento, existem opções disponíveis, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, além de atividade física. Em casos mais avançados, a cirurgia, como a estimulação cerebral profunda, pode ser indicada. “A escolha deve ser individualizada. Exemplos: levodopa, agonistas dopaminérgicos, inibidores da MAO-B, inibidores da COMT e amantadina. Para indicar a estimulação profunda cerebral, o paciente deve ter resposta à levodopa, passar por avaliação neuropsiquiátrica/psicológica e ter imagens do encéfalo, para descartar alterações anatômicas. Para aqueles pacientes em que houve adequada indicação do procedimento, a estimulação profunda pode minimizar os sintomas e trazer grande qualidade de vida. É crucial ressaltar que a estimulação profunda cerebral não cura a doença, mas ajuda no controle sintomático”, diz o médico.

A conscientização pública sobre a doença de Parkinson desempenha um papel relevante na melhoria da qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Compreender os sintomas, a progressão da doença e as opções de tratamento pode facilitar o diagnóstico precoce e a adaptação das rotinas e ambientes domésticos para atender às necessidades dos pacientes.


Sinais de alerta e progressão

É importante estar ciente dos sinais de alerta da doença de Parkinson, que incluem lentidão, rigidez, tremores de repouso, além de sintomas não motores, como alterações no sono, humor e intestinais. “Em geral, os sintomas progridem lentamente (mas esse tempo varia entre os indivíduos), sendo a lentidão/rigidez o que mais leva à perda da mobilidade, e a disfagia, um facilitador para broncoaspiração e possível pneumonia de repetição”, explica Matheus. 

Segundo o neurologista, a expectativa de vida dos pacientes está diretamente ligada à resposta ao tratamento e à qualidade dos cuidados recebidos, tanto medicamentosos quanto não medicamentosos (exercícios físicos, fisioterapia e/ou fonoterapia dirigida).

O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson é uma oportunidade para promover a sensibilização, reduzir o estigma associado à doença e criar uma comunidade de apoio e solidariedade. “Compreender os desafios enfrentados pelos pacientes e suas famílias é o primeiro passo para garantir que eles recebam o apoio e os cuidados necessários para enfrentar essa condição complexa e desafiadora”, conclui Matheus.


Gengivite, como identificar?

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Luciana Fernandes Oliveira, professora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera Santana, alerta para sinais de atenção para o desenvolvimento da inflamação gengival


A gengivite é uma inflamação nos tecidos gengivais, encontrada em boa parte da população mundial, muitas vezes subestimada e pode levar a complicações se não tratada adequadamente. Afinal, o que causa essa complicação? 

Segundo a professora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Luciana Fernandes Oliveira, a gengivite é uma inflamação da gengiva, geralmente causada pela presença de biofilme (placa bacteriana) nos dentes. Estima-se que 3 em 4 pacientes que passam pelos consultórios apresentam o problema. “As bactérias se agrupam de forma a aderirem na superfície dental quando não higienizadas adequadamente. Se não for removida por escovação e uso de fio dental regular, estas comunidades microbianas podem levar a gengivite, porém essa inflamação crônica pode ainda ser modificada por inúmeros fatores: sistêmicos, ambientais, entre outros” explica. 

Para identificar se o indivíduo está com gengivite, a professora ressalta que um dos primeiros sinais da gengivite é a alteração de cor da gengiva, passando a ficar mais avermelhada e ainda com um aumento de volume (inchaço). 

“Em indivíduos saudáveis, as gengivas devem ter uma tonalidade mais pálida, rósea, com a intensidade que acompanha a cor de pele e firmes ao toque; servem de proteção à raiz e às estruturas que estão ao redor dos dentes. Além disso, outros sinais de alerta são sangramentos gengivais durante a escovação ou ao uso de fio dental e mau hálito persistente. Se não tratada, a gengivite pode evoluir para a periodontite, que é a inflamação não só da gengiva, mas também do osso e estruturas que sustentam o dente na arcada. Essa evolução pode causar, em casos leves, retração gengival que deixa as raízes expostas e causa sensibilidade dentinária; e em casos mais graves, pode levar a mobilidade e perda dental. Lembrando sempre que estamos falando de uma condição inflamatória crônica que pode, a partir da boca, afetar todo o organismo”, explica. 

Boas práticas de higiene dental, visitas regulares ao cirurgião dentista e manutenção de boa saúde geral, fazem parte da prevenção e tratamento da gengivite. “O intervalo entre as consultas é determinado de acordo com as condições individuais, mas recomendamos que sejam feitas no mínimo duas consultas anuais. A escovação dental detalhada e o uso regular do fio dental, juntamente com bons hábitos de saúde (evitar o fumo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e controle de algumas doenças sistêmicas, como, por exemplo, a diabete) previne o aparecimento dessas doenças gengivais e periodontais”, recomenda a dentista.



Anhanguera
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Proteínas são essenciais para ossos e para a contração muscular

Nutricionista alerta para consumo exagerado

 

“Um elemento crucial, encontrado em diferentes partes do organismo, como os ossos e os músculos, é o colágeno, uma proteína estrutural primária que mantém a integridade óssea. A ingestão adequada de proteínas é vital para sustentar a saúde óssea e garantir sua estruturação adequada, juntamente com outros nutrientes essenciais”, explica a nutricionista Dra. Iana Mizumukai de Araújo, nutricionista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

 

A proteína desempenha um papel fundamental no funcionamento adequado do corpo humano, atuando em diversas funções vitais, desde a estruturação dos tecidos até a participação em processos metabólicos essenciais. No tecido muscular, as proteínas desempenham um papel dinâmico, com a presença das proteínas contráteis actina e miosina. “Essas proteínas são essenciais para a contração muscular, permitindo movimentos fluidos e precisos em todas as atividades do corpo humano”, explica Dra. Iana.

 

É imperativo obter proteínas através da alimentação, pois são compostas por unidades menores conhecidas como aminoácidos e nosso corpo não é capaz de sintetizar todos os aminoácidos que necessitamos. Tanto alimentos de origem animal quanto vegetal contêm esses componentes essenciais. Fontes animais, como carnes, queijos, leite, iogurte e ovos, fornecem todos os aminoácidos necessários para o corpo. Enquanto isso, no reino vegetal, leguminosas como soja, feijões, lentilha, grão de bico e ervilha também oferecem aminoácidos essenciais, embora possam carecer de alguns em comparação às fontes animais.

 

Para indivíduos que seguem dietas vegetarianas ou veganas, é importante complementar as proteínas vegetais com alimentos ricos em aminoácidos, como cereais, incluindo arroz, trigo e aveia. Essa combinação garante a obtenção de proteínas completas, como exemplificado no clássico prato brasileiro de arroz com feijão. Também é importante o consumo de fontes de proteínas de alto valor biológico, segundo a nutricionista.

 

As necessidades diárias de proteína variam de acordo com a fase da vida e as condições de saúde. Para adultos saudáveis, a recomendação diária é de aproximadamente 0,8 a 1 grama de proteína por quilo de peso corporal. As gestantes e lactantes podem necessitar de quantidades ligeiramente maiores. Já indivíduos que praticam atividade física mais intensa possuem necessidades que podem variar de 1,4 a 2,0 gramas por quilo de peso por dia. E um idoso, por exemplo, pode precisar de 1,2 a 1,5 gramas por quilo de peso.

 

É crucial notar que o consumo excessivo de proteína pode ser prejudicial, uma vez que o excesso é excretado pelos rins. Quantidades superiores a 2,5 gramas por quilo de peso por dia podem sobrecarregar os rins, especialmente em indivíduos com doenças pré-existentes nos rins ou histórico familiar de problemas renais. Em alguns casos, a suplementação de proteína pode ser necessária, mas deve ser feita com supervisão médica e nutricional para evitar excessos.

 

Além disso, “é recomendado distribuir o consumo de proteínas ao longo do dia, incluindo em todas as refeições e lanches. Isso garante a absorção adequada e o aproveitamento máximo dos benefícios das proteínas em nosso organismo”, finaliza Dra. Iana.



ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
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No Brasil, SUS registrou 107 internações por dia, por atropelamento

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Imprudência e distração estão entre as principais causas da situação, que pode resultar em lesões com sequelas graves, alerta Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

 

O convívio entre pedestres e motoristas deveria ser harmônico, mas nem sempre é. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o SUS (Sistema Único de Saúde) contabilizou 39.110 internações por atropelamento, média de 107 registros por dia. Comparado à 2022, houve aumento de 7% nas hospitalizações. Naquele ano, foram registradas 36.609 internações.

 

Atropelamentos, geralmente, resultam em politraumatismo, caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza externa. “Os acidentes de trânsito são a principal causa de politraumatismos e, quando isso acontece, boa parte dos casos leva a óbito, em razão de hemorragias causadas por rupturas de grandes vasos ou lesões nos órgãos vitais ou por infecções generalizadas decorrentes dos traumas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.

 

O especialista lembra ainda que, quando a vítima sobrevive, há riscos de sequelas permanentes, em função da gravidade das lesões e que podem levar à série de limitações por toda a vida.

 

A imprudência – tanto de motoristas, como de pedestres – é um dos fatores que contribuem para o aumento de atropelamentos. “Não é incomum ver condutores trafegando em alta velocidade, passando no sinal vermelho, assim como pedestres que atravessam a rua fora da faixa de pedestre, se arriscam ao atravessar mesmo com o semáforo fechado para eles e, ainda, que não utilizam as passarelas construídas justamente para preservar a segurança”, ressalta Caiero.

 

Nas estradas, a travessia é ainda mais perigosa. A Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, fez um alerta no estado do Ceará, já que o atropelamento é o tipo de acidente com a maior incidência de mortes registrado pela PRF na localidade. Somente nos primeiros meses de 2024, já foram registrados 18 atropelamentos nas rodovias federais cearenses. Em 2023, foram 29 mortes registradas em 99 atropelamentos.

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Distração

 

O presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico lembra que a distração, com o uso de celular, é outro ponto que leva à situação. “É corriqueiro ver motoristas dirigindo e mandando mensagem ao mesmo tempo e, em um piscar de olhos, um acidente pode acontecer. O mesmo com os pedestres. Com a cabeça baixa, olhar fixo na tela e, muitas vezes, com fones de ouvido, toda a atenção é desviada. A rua requer atenção, máxima e de todos”, salienta.

 

 

Primeiros socorros 

Ao envolver-se ou presenciar um atropelamento, a primeira ação é ligar para o serviço de resgate (192) e sinalizar o local para evitar outros acidentes. “Trate toda e qualquer vítimade trânsito com a suspeita de ter sofrido uma lesão na coluna ou no pescoço e, por isso, não toque no acidentado sem conhecimento técnico e material adequado. Só uma pessoa especializada deve realizar o transporte da vítima para o hospital”, conclui.


Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico - ABTO


Entenda a importância de os pacientes com câncer cuidarem da saúde mental

 

Crédito: canva

Estado emocional da pessoa diagnosticada com câncer é essencial para o tratamento ter menos impactos negativos e maior chance de cura; médico psiquiatra da SIG Residência Terapêutica fala sobre essa relação

 

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo ao lado de problemas cardíacos, atingindo milhares de pessoas todos os anos. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer respondeu, em 2019, por 232.040 óbitos no Brasil, em todas as idades. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer pulmonar é o mais comum e o que mais mata. 

Por outro lado, a saúde mental da pessoa com câncer é uma parte crucial do tratamento, pois tanto o diagnóstico quanto o tratamento da doença podem ter um impacto significativo no lado emocional desse paciente. Afinal, a incerteza sobre o futuro pode gerar ansiedade e tornar o processo de aceitação e até o combate à doença ainda mais delicado.
  

De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica, a jornada enfrentada por essas pessoas é marcada por grandes emoções que vão desde o medo até a esperança. “Receber o diagnóstico de câncer é um momento impactante na vida de qualquer pessoa. Além dos desafios físicos associados à doença e ao tratamento, a saúde mental dos pacientes torna-se uma preocupação crucial e é preciso dar atenção”, comenta ele

 

Impacto emocional e acompanhamento psiquiátrico

Profissionais como psicólogos e psiquiatras desempenham um papel muito importante no paciente com câncer. “Muitas vezes, o diagnóstico vem como uma sentença de morte abalando a vida dessa pessoa. O tratamento com psiquiatra é uma segurança, onde ela pode discutir emoções, preocupações e medo, ajudando a desenvolver estratégias nessa jornada”, explica o Dr. Lipman. Além disso, o médico comenta sobre a importância do apoio emocional de familiares e amigos.

Outro ponto importante é a mudança de estilo de vida que uma pessoa em tratamento contra o câncer pode exigir, incluindo adaptações na dieta, atividade física e na rotina diária de uma maneira geral. “Essas mudanças podem vir carregadas de desafios, pois podem levar a sentimentos de isolamento. Se estamos falando de uma pessoa muito ativa, por exemplo, e que acaba ficando mais fraca durante uma quimioterapia, é necessário ficar atento e contornar o abalo emocional”, opina ele.

 

Resiliência e esperança

Você já deve ter ouvido falar que a esperança é fundamental para um bom tratamento e a busca pela cura do câncer, sendo mais um desafio na parte emocional do paciente. “Uma pessoa com a saúde mental enfraquecida, com quadro de depressão, ansiedade, entre outros transtornos, dificilmente conseguirá manter-se resiliente e com esperança. Cuidar da cabeça dessas pessoas é uma forma de também contribuir para a cura”, comenta o psiquiatra. 

“Manter uma mentalidade positiva, estabelecer metas realistas e cultivar a esperança são aspectos essenciais. A integração de práticas como meditação, exercícios de relaxamento e atividades recreativas pode ajudar a fortalecer a saúde mental durante o tratamento”, complementa ele.

Vale lembrar que a saúde mental dos pacientes com câncer deve ser abordada de maneira holística, considerando, além do tratamento médico, o suporte emocional, social e psicológico, resultando em uma abordagem abrangente e eficaz.

 

Sig - Sig Residência Terapêutica

 

Dipirona ajuda a curar dor de término de relacionamento: verdade ou mito?


Crédito: Envato
Uma tendência preocupante tem sido destaque no TikTok, onde jovens e adolescentes estão compartilhando vídeos em que relatam o uso da dipirona - medicamento utilizado para aliviar a febre e dores em geral - como uma forma de curar a dor emocional causada pelo término de um relacionamento.

A dipirona é um dos remédios mais consumidos no Brasil - em 2022, mais de 200 milhões de doses do medicamento foram vendidas no país, segundo levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por não necessitar de receita para adquirir o produto, o uso irracional torna-se preocupante, pois o fácil acesso e a falta de orientação levam a utilização do medicamento de forma inadequada e exagerada. “A dipirona tem um potencial efeito negativo sobre a medula óssea, que pode resultar em condições como a agranulocitose, o que fez com que a comercialização do remédio seja proibida em diversos países”, explica a Doutora em Ciências da Saúde e professora do curso de Farmácia da Universidade Positivo - Londrina, Andressa Keiko Matsumoto.

A dipirona é eficaz no tratamento de dores e febre. A especialista lembra que ele reduz a formação de prostaglandinas, que são mediadores importantes no processo inflamatório e na resposta do sistema imunológico, melhorando os sintomas associados à inflamação. No entanto, há riscos à saúde quando o medicamento é consumido em excesso, como a perda de efeito quando ele for realmente necessário.

Fisiologicamente falando, a dipirona não tem ação na dor emocional. Andressa aponta que, ao tomar o medicamento, a sensação de alívio dessa dor pode advir do efeito placebo, ressaltando que “isso acontece devido às expectativas positivas do paciente em relação ao tratamento, bem como a crenças na eficácia do mesmo.” A dor de um coração partido é muito mais complexa do que uma dor física, e a solução deve vir da compreensão das implicações de uma relação afetiva e conjugal. “Não basta tomar um comprimido, mas sim buscar autoconhecimento e saber colocar pontos finais, deixar a fila andar”, afirma a professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Janete Knapik.

Aliado ao processo de autoconhecimento como estratégia para clarear as expectativas de uma relação a dois, a psicóloga recomenda outros métodos para ajudar a superar o fim de um relacionamento, como não se isolar da família e amigos, evitar vasculhar as redes sociais da pessoa e manter uma vida social ativa, saindo de casa e fazendo coisas diferentes e estimulantes.

 

Universidade Positivo
up.edu.br/



Problemas respiratórios em crianças disparam

 

Crédito: Wyntow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe

Hospital pediátrico registra aumento de mais de 1000% em casos de influenza e reforça quando buscar serviços de emergência

 

Devido à oscilação de temperaturas, há maior incidência de doenças respiratórias e alérgicas durante o outono. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR), as doenças mais comuns nessa época do ano são a gripe (influenza), resfriado, otite, sinusite e pneumonia. 

Em fevereiro o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, registrou 30 casos de influenza, já em março o número saltou para 348, o que representa um aumento de mais de 1000%. Nos primeiros 8 dias de abril, 3,1 mil crianças e adolescentes foram atendidos nos Serviços de Emergência da instituição. O número representa 25% de todos os atendimentos realizados em março deste ano. 

O infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza do Pequeno Príncipe lembra que o cenário também pode estar sendo impactado por doenças respiratórias causadas por diferentes vírus. “Desde a pandemia, não existe mais uma sazonalidade desses vírus como acontecia antes. Agora, os diversos vírus podem circular o ano todo, sem um fator determinante que justifique as incidências”, explica. 

No Pequeno Príncipe, as crianças que chegam ao Serviço de Emergência são atendidas conforme classificação de risco, baseada em protocolos de referência internacional. Assim, para otimizar o atendimento dos pacientes com os quadros mais graves, os especialistas reforçam quando os pais ou responsáveis devem levar seus filhos a um pronto-atendimento. Deve-se procurar a emergência em casos de:

  • Quedas bruscas e de altura elevada;
  • Cortes profundos;
  • Afogamento;
  • Ingestão de corpo estranho;
  • Desmaios e/ou crises convulsivas;
  • Febres altas e persistentes mesmo com uso de antitérmico;
  • Vômito e diarreia persistente, que podem levar a desidratação;
  • Falta de ar (os pais que têm oxímetro em casa pode medir a saturação, que não deve estar abaixo de 94).


Acompanhamento pediátrico

O acompanhamento regular da criança por um pediatra ajuda a evitar idas desnecessárias a emergências hospitalares. “Quando a criança não está bem, a primeira coisa a ser feita é entrar em contato com o pediatra que já acompanha essa família para verificar todas as orientações necessárias, pois nem todos os casos precisam ser encaminhados para emergências”, orienta Horácio. O médico ressalta que nem toda febre precisa de atendimento hospitalar. “Uma sala de emergência tem pacientes com doenças infectocontagiosas e uma série de outras situações que podem agravar ainda mais o quadro de uma criança com sintomas leves”, aponta. 

O pediatra é o profissional responsável por fornecer todas as orientações necessárias aos pais, além de indicar as ações adequadas para recuperar a saúde e prevenir doenças. A atenção pediátrica deve iniciar no nascimento da criança, com assistência ao parto, e continuar nas consultas de puericultura. No primeiro ano de vida, as visitas ao médico devem ser mensais e, com o decorrer do tempo, vão espaçando-se para a cada dois meses, até que seja estabelecida uma consulta por ano para a avaliação de saúde.

 

Como se prevenir das doenças respiratórias?

Algumas práticas simples podem ser adotadas pelos pais e responsáveis para minimizar o risco de infecções em crianças.

  • Confira se a imunização da criança está em dia, incluindo contra influenza e COVID-19.
  • Mantenha os ambientes limpos e arejados.
  • Incentive a higiene das mãos.
  • Lave as narinas regularmente com soro fisiológico.
  • Adote uma alimentação balanceada e hidratação adequada.
  • Tenha boas noites de sono.
  • Mantenha as consultas com um pediatra de confiança e exames em dia.

 

Inteligência artificial na medicina diagnóstica é ferramenta de combate ao câncer

 Exames de genômica identificam predisposição à doença e também auxiliam no tratamento.  

 

A Inteligência Artificial (IA) faz parte da rotina das pessoas e se tornou ferramenta fundamental na medicina diagnóstica, ao processar quantidades gigantescas de dados e priorizar informações potencialmente relevantes, auxiliando profissionais da área a obter resultados precisos que orientam o rastreamento e tratamento de doenças, como o câncer. Esse tipo de exame se tornou mais acessível com o passar dos anos, até mesmo com a cobertura por planos de saúde. 

“São casos de alterações genéticas que podem indicar maior risco de desenvolver câncer do que a população em geral. O resultado pode trazer informações para auxiliar a programação terapêutica, o uso de medicamentos ou a realização de procedimentos, como a mastectomia bilateral e a retirada dos ovários, de acordo com a alteração identificada”, explica a geneticista Rosenelle Araújo, do setor de genômica do Sabin. 

Um exemplo é o teste genético que identifica variantes no gene BRCA1, que podem levar ao risco de até 70% para o desenvolvimento de câncer de mama e de até 48% de câncer de ovário ao longo da vida. A investigação deste e de vários outros genes é indicada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica para todas as mulheres que desenvolveram a doença antes dos 65 anos. A partir da identificação de uma variante na família, outros indivíduos, mesmo que assintomáticos, podem também investigar se têm a mesma predisposição, desde que o exame seja solicitado pelo médico assistente. 

O Sabin também realiza exames em amostras de neoplasias, como o painel mieloide e o sequenciamento do gene TP53, que revelam variantes responsáveis pelo desenvolvimento de câncer, de modo a mapear a origem da doença e orientar terapias personalizadas e adequadas ao caso, a serem conduzidas pelo médico que acompanha o tratamento do paciente.

 

Inteligência artificial e diagnósticos | A IA tem papel relevante na realização de outros diversos exames diagnósticos realizados no setor utilizando o método de sequenciamento de nova geração. Com o auxílio da IA, painéis direcionados para investigação de condições raras buscam possíveis causas genéticas na investigação de condições como epilepsia, transtorno do espectro autista, cardiopatias, imunodeficiências, retinopatias, entre outras alterações clínicas desafiadoras que podem ser causadas por variantes genéticas raras. Gustavo Barra, coordenador de Genômica do Sabin, explica que o aprendizado de máquina e a IA explicável integram todas as fases do sequenciamento genético, do alinhamento de sequências e identificação de variantes até a interpretação dos resultados. 

"Após o sequenciamento, o DNA do paciente se transforma em um quebra-cabeças com milhares de peças. Os algoritmos escolhem o gabarito ideal para a montagem, garantindo um encaixe preciso e evitando erros desnecessários ao usar referências genômicas de outras populações. Se uma peça não se ajusta, o aprendizado de máquina determina se é defeituosa ou apenas mal posicionada. Finalmente, a IA explicável identifica as peças defeituosas mais críticas e apresenta os motivos pelos quais elas são importantes para a interpretação correta do quadro clínico", detalha.

 

Análise adaptada à população brasileira| É necessário comparar o DNA do paciente com um genoma de referência para identificar variantes, o que é feito por meio de bancos internacionais que refletem a diversidade genética humana, ou seja, são multigenômicos. “Escolher a referência mais adequada para cada paciente é vital, pois evita que sequências normais de genomas brasileiros, por exemplo, sejam erroneamente classificadas como alterações, se comparados aos de outras populações. Assim, otimizamos a precisão dos resultados”, explica Barra. 

A adoção da referência multigenômica e do aprendizado de máquina reduziu em 15% os erros na identificação de variantes em populações não europeias e em 25% em genes desafiadores clinicamente relevantes, de acordo com o fabricante da ferramenta. “Esses avanços são fundamentais para adaptar a análise genômica à população brasileira”, comenta o especialista. Como mutações podem ocorrer no DNA durante o sequenciamento, sobretudo em sequências repetitivas, parâmetros de qualidade, como a frequência e consistência em diferentes leituras, ajudam a determinar a veracidade da variante.

 

Profissionais humanizam tecnologia| Na última etapa, a equipe conduz a avaliação técnica final, utilizando sua experiência laboratorial e clínica. Eles consideram parâmetros de controle de qualidade dos pacientes analisados em conjunto, o histórico de dados do laboratório e a relevância clínica dos achados. "É essencial ter cuidado com cada paciente e seu caso, investigar a fundo a especificidade do pedido médico e, muitas vezes, até conversar diretamente com ele para emitir um laudo mais assertivo", afirma Barra. 

Para analisar variantes relevantes em genes associados à condição do paciente e distingui-las entre frequentes e raras, é preciso investigar sua função e compará-las com dados de indivíduos saudáveis e afetados, visando identificar possíveis conexões com doenças. Normas internacionais, como as do American College of Medical Genetics (ACMG), orientam a classificação das variantes quanto ao seu risco de causarem doenças, facilitando a interpretação clínica e as decisões de diagnóstico e tratamento. Atualmente, o modelo de IA explicável correlaciona diferentes bases de dados e categoriza as variantes com alta precisão (95%), oferecendo insights claros sobre as evidências que embasam suas conclusões. 

Por toda a atenção necessária na análise dos resultados, o prazo para a entrega de laudos costuma variar de 10 a 15 dias úteis. O Sabin Diagnóstico e Saúde acompanha a constante evolução da genômica adotando novas tecnologias, validando-as conforme as normas de certificações internacionais, como o College of American Pathology (CAP), antes de disponibilizá-las aos pacientes. O histórico de controle de qualidade monitora o impacto desses avanços na rotina laboratorial. "O melhor é que a IA vai ser cada vez mais absorvida e liberar tempo dos profissionais para tarefas em que o capital humano segue insubstituível”, finaliza o coordenador de Genômica do Sabin Diagnóstico e Saúde.

 
Dia Mundial de Combate ao Câncer| Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil casos de câncer ao ano entre 2023 e 2025. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a data de 8 de abril para que organizações ao redor do planeta promovam a prevenção dos vários tipos de câncer, além de dar força aos pacientes que lutam contra esta doença. O câncer representa um conjunto de mais de 100 tipos diferentes de doenças, sendo que cada um possui formas diferentes de prevenção.



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