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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Problemas respiratórios em crianças disparam

 

Crédito: Wyntow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe

Hospital pediátrico registra aumento de mais de 1000% em casos de influenza e reforça quando buscar serviços de emergência

 

Devido à oscilação de temperaturas, há maior incidência de doenças respiratórias e alérgicas durante o outono. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR), as doenças mais comuns nessa época do ano são a gripe (influenza), resfriado, otite, sinusite e pneumonia. 

Em fevereiro o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, registrou 30 casos de influenza, já em março o número saltou para 348, o que representa um aumento de mais de 1000%. Nos primeiros 8 dias de abril, 3,1 mil crianças e adolescentes foram atendidos nos Serviços de Emergência da instituição. O número representa 25% de todos os atendimentos realizados em março deste ano. 

O infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza do Pequeno Príncipe lembra que o cenário também pode estar sendo impactado por doenças respiratórias causadas por diferentes vírus. “Desde a pandemia, não existe mais uma sazonalidade desses vírus como acontecia antes. Agora, os diversos vírus podem circular o ano todo, sem um fator determinante que justifique as incidências”, explica. 

No Pequeno Príncipe, as crianças que chegam ao Serviço de Emergência são atendidas conforme classificação de risco, baseada em protocolos de referência internacional. Assim, para otimizar o atendimento dos pacientes com os quadros mais graves, os especialistas reforçam quando os pais ou responsáveis devem levar seus filhos a um pronto-atendimento. Deve-se procurar a emergência em casos de:

  • Quedas bruscas e de altura elevada;
  • Cortes profundos;
  • Afogamento;
  • Ingestão de corpo estranho;
  • Desmaios e/ou crises convulsivas;
  • Febres altas e persistentes mesmo com uso de antitérmico;
  • Vômito e diarreia persistente, que podem levar a desidratação;
  • Falta de ar (os pais que têm oxímetro em casa pode medir a saturação, que não deve estar abaixo de 94).


Acompanhamento pediátrico

O acompanhamento regular da criança por um pediatra ajuda a evitar idas desnecessárias a emergências hospitalares. “Quando a criança não está bem, a primeira coisa a ser feita é entrar em contato com o pediatra que já acompanha essa família para verificar todas as orientações necessárias, pois nem todos os casos precisam ser encaminhados para emergências”, orienta Horácio. O médico ressalta que nem toda febre precisa de atendimento hospitalar. “Uma sala de emergência tem pacientes com doenças infectocontagiosas e uma série de outras situações que podem agravar ainda mais o quadro de uma criança com sintomas leves”, aponta. 

O pediatra é o profissional responsável por fornecer todas as orientações necessárias aos pais, além de indicar as ações adequadas para recuperar a saúde e prevenir doenças. A atenção pediátrica deve iniciar no nascimento da criança, com assistência ao parto, e continuar nas consultas de puericultura. No primeiro ano de vida, as visitas ao médico devem ser mensais e, com o decorrer do tempo, vão espaçando-se para a cada dois meses, até que seja estabelecida uma consulta por ano para a avaliação de saúde.

 

Como se prevenir das doenças respiratórias?

Algumas práticas simples podem ser adotadas pelos pais e responsáveis para minimizar o risco de infecções em crianças.

  • Confira se a imunização da criança está em dia, incluindo contra influenza e COVID-19.
  • Mantenha os ambientes limpos e arejados.
  • Incentive a higiene das mãos.
  • Lave as narinas regularmente com soro fisiológico.
  • Adote uma alimentação balanceada e hidratação adequada.
  • Tenha boas noites de sono.
  • Mantenha as consultas com um pediatra de confiança e exames em dia.

 

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