Crédito: Wyntow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe |
Hospital pediátrico registra aumento de mais de 1000% em casos de influenza e reforça quando buscar serviços de emergência
Devido à oscilação de temperaturas, há maior incidência de doenças
respiratórias e alérgicas durante o outono. Segundo a Secretaria de Estado da
Saúde do Paraná (SESA/PR), as doenças mais comuns nessa época do ano são a
gripe (influenza), resfriado, otite, sinusite e pneumonia.
Em fevereiro o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital
pediátrico do país, registrou 30 casos de influenza, já em março o número
saltou para 348, o que representa um aumento de mais de 1000%. Nos primeiros 8
dias de abril, 3,1 mil crianças e adolescentes foram atendidos nos Serviços de
Emergência da instituição. O número representa 25% de todos os atendimentos
realizados em março deste ano.
O infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza do Pequeno
Príncipe lembra que o cenário também pode estar sendo impactado por doenças
respiratórias causadas por diferentes vírus. “Desde a pandemia, não existe mais
uma sazonalidade desses vírus como acontecia antes. Agora, os diversos vírus
podem circular o ano todo, sem um fator determinante que justifique as
incidências”, explica.
No Pequeno Príncipe, as crianças que chegam ao Serviço de Emergência
são atendidas conforme classificação de risco, baseada em protocolos de
referência internacional. Assim, para otimizar o atendimento dos pacientes com
os quadros mais graves, os especialistas reforçam quando os pais ou
responsáveis devem levar seus filhos a um pronto-atendimento.
Deve-se procurar a emergência em casos de:
- Quedas bruscas e de altura elevada;
- Cortes profundos;
- Afogamento;
- Ingestão de corpo estranho;
- Desmaios e/ou crises convulsivas;
- Febres altas e persistentes mesmo com
uso de antitérmico;
- Vômito e diarreia persistente, que podem levar a desidratação;
- Falta de ar (os pais que têm oxímetro
em casa pode medir a saturação, que não deve estar abaixo de 94).
Acompanhamento pediátrico
O acompanhamento regular da criança por um pediatra ajuda a evitar idas desnecessárias a emergências hospitalares. “Quando a criança não está bem, a primeira coisa a ser feita é entrar em contato com o pediatra que já acompanha essa família para verificar todas as orientações necessárias, pois nem todos os casos precisam ser encaminhados para emergências”, orienta Horácio. O médico ressalta que nem toda febre precisa de atendimento hospitalar. “Uma sala de emergência tem pacientes com doenças infectocontagiosas e uma série de outras situações que podem agravar ainda mais o quadro de uma criança com sintomas leves”, aponta.
O pediatra é o profissional responsável por fornecer todas as
orientações necessárias aos pais, além de indicar as ações adequadas para
recuperar a saúde e prevenir doenças. A atenção pediátrica deve iniciar no
nascimento da criança, com assistência ao parto, e continuar nas consultas de
puericultura. No primeiro ano de vida, as visitas ao médico devem ser mensais
e, com o decorrer do tempo, vão espaçando-se para a cada dois meses, até que
seja estabelecida uma consulta por ano para a avaliação de saúde.
Como se prevenir das doenças respiratórias?
Algumas práticas simples podem ser adotadas pelos pais e
responsáveis para minimizar o risco de infecções em crianças.
- Confira se a imunização da criança está em dia,
incluindo contra influenza e COVID-19.
- Mantenha os ambientes limpos e arejados.
- Incentive a higiene das mãos.
- Lave as narinas regularmente com soro fisiológico.
- Adote uma alimentação balanceada e hidratação adequada.
- Tenha boas noites de sono.
- Mantenha as consultas com um pediatra de confiança e
exames em dia.
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