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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Gengivite, como identificar?

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Luciana Fernandes Oliveira, professora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera Santana, alerta para sinais de atenção para o desenvolvimento da inflamação gengival


A gengivite é uma inflamação nos tecidos gengivais, encontrada em boa parte da população mundial, muitas vezes subestimada e pode levar a complicações se não tratada adequadamente. Afinal, o que causa essa complicação? 

Segundo a professora do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Luciana Fernandes Oliveira, a gengivite é uma inflamação da gengiva, geralmente causada pela presença de biofilme (placa bacteriana) nos dentes. Estima-se que 3 em 4 pacientes que passam pelos consultórios apresentam o problema. “As bactérias se agrupam de forma a aderirem na superfície dental quando não higienizadas adequadamente. Se não for removida por escovação e uso de fio dental regular, estas comunidades microbianas podem levar a gengivite, porém essa inflamação crônica pode ainda ser modificada por inúmeros fatores: sistêmicos, ambientais, entre outros” explica. 

Para identificar se o indivíduo está com gengivite, a professora ressalta que um dos primeiros sinais da gengivite é a alteração de cor da gengiva, passando a ficar mais avermelhada e ainda com um aumento de volume (inchaço). 

“Em indivíduos saudáveis, as gengivas devem ter uma tonalidade mais pálida, rósea, com a intensidade que acompanha a cor de pele e firmes ao toque; servem de proteção à raiz e às estruturas que estão ao redor dos dentes. Além disso, outros sinais de alerta são sangramentos gengivais durante a escovação ou ao uso de fio dental e mau hálito persistente. Se não tratada, a gengivite pode evoluir para a periodontite, que é a inflamação não só da gengiva, mas também do osso e estruturas que sustentam o dente na arcada. Essa evolução pode causar, em casos leves, retração gengival que deixa as raízes expostas e causa sensibilidade dentinária; e em casos mais graves, pode levar a mobilidade e perda dental. Lembrando sempre que estamos falando de uma condição inflamatória crônica que pode, a partir da boca, afetar todo o organismo”, explica. 

Boas práticas de higiene dental, visitas regulares ao cirurgião dentista e manutenção de boa saúde geral, fazem parte da prevenção e tratamento da gengivite. “O intervalo entre as consultas é determinado de acordo com as condições individuais, mas recomendamos que sejam feitas no mínimo duas consultas anuais. A escovação dental detalhada e o uso regular do fio dental, juntamente com bons hábitos de saúde (evitar o fumo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e controle de algumas doenças sistêmicas, como, por exemplo, a diabete) previne o aparecimento dessas doenças gengivais e periodontais”, recomenda a dentista.



Anhanguera
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