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Estado emocional da pessoa diagnosticada com câncer é essencial para o tratamento ter menos impactos negativos e maior chance de cura; médico psiquiatra da SIG Residência Terapêutica fala sobre essa relação
O câncer é uma das principais causas
de morte no mundo ao lado de problemas cardíacos, atingindo milhares de pessoas
todos os anos. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o
câncer respondeu, em 2019, por 232.040 óbitos no Brasil, em todas as idades.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer pulmonar é o mais comum
e o que mais mata.
Por outro lado, a saúde mental da pessoa com câncer é uma parte
crucial do tratamento, pois tanto o diagnóstico quanto o tratamento da doença
podem ter um impacto significativo no lado emocional desse paciente. Afinal, a
incerteza sobre o futuro pode gerar ansiedade e tornar o processo de aceitação
e até o combate à doença ainda mais delicado.
De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica, a jornada enfrentada por essas pessoas é marcada por grandes emoções que vão desde o medo até a esperança. “Receber o diagnóstico de câncer é um momento impactante na vida de qualquer pessoa. Além dos desafios físicos associados à doença e ao tratamento, a saúde mental dos pacientes torna-se uma preocupação crucial e é preciso dar atenção”, comenta ele
Impacto emocional e acompanhamento psiquiátrico
Profissionais como psicólogos e psiquiatras desempenham um papel muito importante no paciente com câncer. “Muitas vezes, o diagnóstico vem como uma sentença de morte abalando a vida dessa pessoa. O tratamento com psiquiatra é uma segurança, onde ela pode discutir emoções, preocupações e medo, ajudando a desenvolver estratégias nessa jornada”, explica o Dr. Lipman. Além disso, o médico comenta sobre a importância do apoio emocional de familiares e amigos.
Outro ponto importante é a mudança de estilo de vida que uma pessoa em tratamento contra o câncer pode exigir, incluindo adaptações na dieta, atividade física e na rotina diária de uma maneira geral. “Essas mudanças podem vir carregadas de desafios, pois podem levar a sentimentos de isolamento. Se estamos falando de uma pessoa muito ativa, por exemplo, e que acaba ficando mais fraca durante uma quimioterapia, é necessário ficar atento e contornar o abalo emocional”, opina ele.
Resiliência e esperança
Você já deve ter ouvido falar que a esperança é fundamental para um bom tratamento e a busca pela cura do câncer, sendo mais um desafio na parte emocional do paciente. “Uma pessoa com a saúde mental enfraquecida, com quadro de depressão, ansiedade, entre outros transtornos, dificilmente conseguirá manter-se resiliente e com esperança. Cuidar da cabeça dessas pessoas é uma forma de também contribuir para a cura”, comenta o psiquiatra.
“Manter uma mentalidade positiva, estabelecer metas realistas e
cultivar a esperança são aspectos essenciais. A integração de práticas como
meditação, exercícios de relaxamento e atividades recreativas pode ajudar a
fortalecer a saúde mental durante o tratamento”, complementa ele.
Vale lembrar que a saúde mental dos pacientes com câncer deve ser abordada de maneira holística, considerando, além do tratamento médico, o suporte emocional, social e psicológico, resultando em uma abordagem abrangente e eficaz.
Sig
- Sig Residência Terapêutica
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