Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Projeto promove preservação de remanescentes de Mata Atlântica em propriedades rurais

Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, em São Luiz do Paraitinga,
 área focal do projeto Conexão Mata Atlântica
(
foto: Carlos Joly/Unicamp)

Produtores do Vale do Ribeira recebem incentivos econômicos, como pagamento por serviços ambientais, para adotar práticas de conservação e proteção de vegetação nativa

 

Nos últimos quatro anos, a área de vegetação nativa ameaçada de extinção ocupada por 547 propriedades rurais localizadas no corredor sudeste da Mata Atlântica, na bacia do rio Paraíba do Sul, caiu de 1,3 mil para 490 hectares – uma redução de quase 38%. Já a área de vegetação nativa livre de ameaça nessas propriedades, que abrangem 20,2 mil hectares da região que se estende pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, aumentou de 8.507 hectares em 2019 para 9.547 hectares em 2023 – uma alta de mais de 11%.

Os resultados foram obtidos por meio de um projeto pioneiro executado entre 2017 e 2023, que concedeu incentivos econômicos para produtores rurais adotarem práticas de conservação e proteção do solo na gestão de suas propriedades.

Batizado de Conexão Mata Atlântica, o programa, apoiado pela FAPESP e executado em São Paulo pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e a Fundação Florestal, serviu de laboratório para testar diferentes abordagens de aplicação de pagamento por serviços ambientais (PSA) que serão incorporadas em políticas ambientais do Estado.

“O programa Conexão Mata Atlântica é um exemplo de como é possível olhar uma cadeia como um todo, gerar renda e emprego e, ao mesmo tempo, preservar e recuperar vegetação nativa, tornando o PSA um instrumento ainda maior do que foi concebido para ser. Precisamos dar escala para todo o Estado de São Paulo para esse mecanismo, que é muito potente”, disse Natália Resende, secretária estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, durante um evento de apresentação de resultados do projeto realizado em janeiro.

A iniciativa é resultado de um edital lançado em 2011 pelo Global Environment Facility (GEF) – um dos maiores financiadores de projetos ambientais no mundo – voltado à criação de um novo programa de preservação do clima por meio da concessão de linhas de crédito com foco na proteção, restauração e gestão de áreas no entorno de unidades de conservação. Outro objetivo do edital era o de promover a alteração do uso do solo em áreas rurais degradadas visando aumentar o estoque de carbono, melhorar a produtividade rural e a infiltração das águas, conter processos erosivos e reduzir a velocidade de vazão das águas, de modo a contribuir para minimizar enchentes como as que ocorreram em São Luiz do Paraitinga em dezembro de 2010.

À época diretor do Departamento de Políticas e Programas Temáticos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Joly, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e um dos idealizadores do Programa BIOTA-FAPESP, propôs que o órgão submetesse uma proposta de projeto ao edital com foco na região do Vale do Ribeira.

“A ideia foi que, se conseguíssemos demonstrar que era possível promover a conservação e a restauração de serviços ecossistêmicos naquela região, esse modelo de programa poderia ser replicado em qualquer outro lugar”, explicou Joly.

Com base nessa ideia, em 2012 o MCTI e o Estado de São Paulo, por meio da Semil, a Fundação Florestal e a FAPESP, decidiram propor um projeto que unisse a mitigação das mudanças climáticas e o apoio à biodiversidade em uma mesma ação com foco no corredor sudeste da Mata Atlântica e tendo o Vale do Ribeira como território.

A Semil e a Fundação Florestal se propuseram a trabalhar diretamente com produtores rurais na região por meio da concessão de PSA, de Certificação Orgânica, Agroecológica e Florestal (Cert) e a indução da Cadeia de Valor Sustentável (CVS) em municípios com área com pastagens degradadas considerável e na zona de amortecimento do Parque Estadual Serra do Mar em dois de seus núcleos: Santa Virgínia e Itariru, na Estação Ecológica de Bananal e na área de proteção ambiental de São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos, na Região Metropolitana de São Paulo. Já a FAPESP financiou a realização de projetos de pesquisa sobre temas como de que forma a coexistência humano-fauna sustenta os serviços ecossistêmicos em áreas de conservação.

“Nosso objetivo de criar um projeto de restauração e conservação em São Paulo que servisse de exemplo de fato aconteceu. O Conexão Mata Atlântica engajou as pessoas, trouxe benefícios ambientais enormes e mudou a vida de muitos pequenos produtores da região”, avaliou Joly.

Os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, por também serem integrantes da bacia do Rio Paraíba do Sul, foram convidados a participar da elaboração e implementação do projeto. Cada um deles propôs implementar ações específicas para promover a conservação da biodiversidade e a recuperação dos estoques de carbono em áreas frágeis.

“Por meio do projeto foi possível aplicar ferramentas de incentivo econômico para que as propriedade rurais passassem a ser geridas adotando práticas de conservação e proteção do solo, promovendo a restauração ambiental, contribuindo para a proteção de hábitats, a coexistência com a fauna nativa, a fixação de carbono e a manutenção de biodiversidade protetora contra as pragas da lavoura. Dessa forma, foi possível transformar produtores rurais em provedores de serviços ambientais”, afirmou Luiza Saito, coordenadora do Conexão Mata Atlântica.


Diferentes modalidades

No total, foram investidos US$ 31,5 milhões, sendo US$ 16,56 milhões somente em São Paulo. Foram firmados mais de 1,7 mil contratos que beneficiaram mais de 950 produtores, de 20 municípios do Estado de São Paulo distribuídos pelo Vale do Paraíba do Sul, Vale do Rio Ribeira do Iguape e a Baixada Santista. Entre eles Aparecida, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lorena, Paraibuna, São Luiz do Paraitinga e Taubaté.

Um dos principais instrumentos adotados no programa foi o PSA, por meio do qual os produtores rurais receberam recursos de acordo com os serviços ambientais prestados a partir da preservação e restauração da vegetação nativa, além de técnicas sustentáveis na área. Ao todo, foram selecionados 939 projetos, que abrangeram 11.972 hectares.

Para liberar os recursos, os técnicos participantes do projeto avaliaram aspectos como a mudança de uso do solo por meio da promoção de melhorias dos sistemas de produção agropecuária mais sustentáveis; incentivo à adoção de práticas conservacionistas nas propriedades, tais como saneamento rural, compostagem, cercamento para condução da regeneração natural e bebedouros para o rebanho fora dos corpos d’água, entre outros quesitos.

“Depois de aderir ao projeto, os produtores rurais só receberam o PSA se de fato fizeram alguma melhoria na propriedade. Eles também receberam pelo serviço ambiental que já prestavam antes de o projeto iniciar. Daí para frente só reconhecemos eventuais novos serviços ambientais que começaram a prestar”, explicou Helena Carrascosa, responsável pela unidade de gestão de projetos da Semil.

Por meio do incentivo da pastagem manejada adequadamente, com pastejo rotacionado, diversificação de forrageiras e introdução de árvores nativas no sistema, foi possível atingir uma grande redução da área de pastagem degradada na região.

“Observamos logo no primeiro ano do projeto que a área sob manejo rotacionado passou a ser maior do que a de pastagem degradada. A expectativa é que essa tendência se mantenha e que a pastagem degradada possa até mesmo desaparecer”, disse Carrascosa.

A área de 4.260 hectares ocupada por pastagem representa 25% da área total dos imóveis rurais participantes do PSA uso múltiplo. Nos municípios de São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra, contudo, a participação atinge 35% e 41%, respectivamente.

Se por um lado a agropecuária é um setor que emite gases de efeito estufa (GEE) e contribui para o empobrecimento ecológico de hábitat, por outro os produtores rurais estão entre os primeiros a serem impactados pelo desequilíbrio climático. Por isso, os produtores rurais têm papel central no processo de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, ponderam pesquisadores participantes do projeto.

“O projeto realça o papel central do produtor nesse processo, investindo em capacitação e assistência técnica nas propriedades”, disse Carrascosa.

Acesso ao mercado

Os produtores rurais também receberam capacitação para obter certificação de produtos, de modo a obter acesso ao mercado de orgânicos.

As certificações asseguram o emprego de práticas sustentáveis no cultivo e manejo. No cômputo geral, foram 155 certificações em oito municípios, totalizando 4.360 hectares de área certificada.

“Esse é o primeiro grupo que se conhece de pequenos manejadores com certificação para conservação da Mata Atlântica. Já há experiências similares para a Amazônia, mas esse é o primeiro grupo que se mobilizou para atender todos os padrões de certificação para conservação da Mata Atlântica sem estar associado a uma cadeia produtiva”, disse Claudette Hahn, coordenadora desse componente do projeto.

Outro instrumento empregado no projeto foi o de Cadeias de Valor Sustentável (CVS), voltado a incentivar o cultivo e o beneficiamento de produtos típicos da Mata Atlântica, como frutas nativas, mel de abelhas, leite e hortaliças produzidos em sistemas agroflorestais (SAF).

Ao todo, 202 propriedades foram beneficiadas, sendo 73 ligadas a frutas, 41 produtoras de leite, 30 especializadas em mel e mais 18 olerícolas (produtoras de leguminosas). 


Elton Alisson
Agência FAPESP https://agencia.fapesp.br/projeto-promove-preservacao-de-remanescentes-de-mata-atlantica-em-propriedades-rurais/50802


Juro do rotativo vai a 440,8% ao ano em dezembro, diz BC

IMAGEM: DC
O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não podem ultrapassar 100% do principal da dívida. Medida passou a valer no dia 3 de janeiro 

 

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 6,4 pontos porcentuais de novembro para dezembro, informou nesta terça-feira, 6/2, o Banco Central. A taxa passou de 434,4% para 440,8% ao ano.

No caso do parcelado, o juro passou de 195,6% para 196,8% ao ano entre novembro e dezembro. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 91,4% para 89,5%.

O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como não houve consenso, o teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024.

Além de um teto para os juros do rotativo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a propor aos setores envolvidos um máximo de 12 meses para o parcelado sem juros. A autoridade monetária também citou a hipótese de alguma limitação para a tarifa de intercâmbio no cartão de crédito, mas ambas as ideias não avançaram e devem ser discutidas novamente no futuro.

INADIMPLÊNCIA

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,8% em novembro para 4,7% em dezembro, informou o Banco Central.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência passou de 5,8% para 5,6% de um mês para o outro. No caso das empresas, variou de 3,6% para 3,5% no período.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 1,5% para 1,3% em dezembro ante novembro.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência passou de 3,4% para 3,3% em dezembro.

 

Estadão Conteúdo

 

 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Carnaval 2024: concessionárias promovem ações educativas para um trânsito mais seguro nas rodovias paulistas

 Iniciativas coordenadas visam garantir a segurança dos foliões durante o período de festividade

 

Com o intuito de promover um Carnaval mais seguro e consciente, as concessionárias de rodovias que integram o programa de concessões do Estado de São Paulo, sob a supervisão da ARTESP- Agência de Transporte do Estado de São Paulo, promovem uma série de ações educativas que visam sensibilizar motoristas e usuários sobre a importância da segurança viária e do respeito às leis de trânsito durante o período carnavalesco.

 

As atividades educativas serão desenvolvidas em diversos pontos estratégicos das rodovias concedidas, abrangendo importantes destinos turísticos e de grande movimentação durante o Carnaval. Dentre os locais contemplados estão trechos das principais rodovias que conectam a capital paulista a cidades do interior e litoral do estado.

 

“As concessionárias e a Agência estão unidas para garantir um Carnaval com segurança e tranquilidade para todos os usuários das vias. Por meio de ações educativas e de conscientização, buscamos promover segurança aos usuários durante o período festivo”, ressalta Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP. 

 

Entre as ações planejadas estão campanhas de conscientização sobre a importância da não ingestão de álcool antes de dirigir, o respeito aos limites de velocidade, o uso do cinto de segurança e a necessidade de atenção redobrada nas estradas, especialmente durante períodos de grande movimentação como o Carnaval. Além disso, serão distribuídos materiais informativos e realizadas atividades interativas para engajar os motoristas e passageiros.

 

Confira abaixo as ações realizadas: 

 

Data: 08/02 (quinta-feira)

Local: Auto Posto Cerrado/ Restaurante – Alambari

Rod. Raposo Tavares, 1 - Km 140 - Cerrado, Alambari - SP

Horário: das 11h às 13h

 

Data: 09/02 (sexta-feira)

Local: Posto Rodoserv Sorriso - Pardinho

Rodovia presidente castello branco, km 191 - Pardinho - SP

Horário: das 11h às 13h 

 

AutoBAn - Ação educativa com óculos simulador de embriaguez

Data: 08/02 (quinta-feira)

Local: Posto Graal, km 56 da rodovia dos Bandeirantes, sentido Capital, em Jundiaí

Horário: 7h às 11h – junto ao restaurante da rede Graal (estacionamento de automóveis)

 

Renovias - Ação educativa com óculos simulador de embriaguez

Data: 09/02 (sexta-feira)

Local: Rodovia Adhemar Pereira de Barros, km 160, pista Norte

Horário: Das 14h às 16h

 

Rodovias do Tietê - Campanha Carnaval Seguro

Data: a partir de 09/02

Local: Praças de pedágios 

 

Ecovias e Ecopistas - Movimento Afaste-se

Durante todo o feriado

Local: Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) e do Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Local: Painéis de mensagens variáveis (PMVs)


Lotes falsos Ozempic®


A Novo Nordisk, empresa líder global em saúde, esclarece que Ozempic® foi aprovado pelas autoridades sanitárias para tratamento de adultos com diabetes tipo 2 insuficientemente controlado, sendo que não foi aprovado em nenhum lugar do mundo o uso do medicamento para tratamento de obesidade. Além disso, a farmacêutica não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off-label de seus medicamentos, ou seja, em desacordo com a bula. 

Em relação à escassez, como fornecedora responsável e sempre preocupada com a saúde e segurança de seus pacientes, a Novo Nordisk comunica que a apresentação de Ozempic® 0,25m e 0,5mg está com a disponibilização normalizada no mercado brasileiro desde 28 de setembro de 2023. 

A apresentação de Ozempic® 1mg seguirá com disponibilidade intermitente durante o primeiro semestre de 2024 devido à demanda maior que a prevista. Importante ressaltar que não há problemas de qualidade ou regulatórios com nenhuma das apresentações do produto. Mais informações, como pontos de venda com disponibilidade de Ozempic®, podem ser obtidas com o SAC da Novo Nordisk pelo telefone 0800 014 44 88 ou pelo e-mail sac܂brnovonordisk܂com

Quanto à falsificação de Ozempic® no Brasil, até o momento não foram detectados casos de novos lotes falsificados em 2024, somente os previamente reportados. 

A Novo Nordisk segue investigando e denunciando todos os casos de falsificação de que tem conhecimento às autoridades, de acordo com as legislações aplicáveis. A instituição trabalha com empresas terceiras especializadas no monitoramento e eliminação da oferta ilegal de produtos falsificados, tanto no mundo virtual quanto no “mundo real”. A segurança do paciente está sempre em primeiro lugar para a Novo Nordisk, que seguirá combatendo ativamente todo e qualquer produto falsificado. 

A recomendação é que pacientes sempre comprem seus medicamentos apenas em farmácias devidamente licenciadas e que cumpram com todos os requerimentos sanitários exigidos pela Anvisa.

 

Na hora da compra, desconfie:

  • sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos;
  • embalagem do medicamento visivelmente alterada, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica (apresentação) diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto – Ozempic® é vendido apenas em canetas pré-preenchidas injetáveis;
  • preços muito abaixo dos aprovados pelo governo (todos os produtos Novo Nordisk seguem a tabela da CMED, órgão federal que regulamenta o preço dos medicamentos no país).

Em caso de dúvidas sobre os pontos de vendas ou mesmo sobre o medicamento adquirido, os pacientes podem acessar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Novo Nordisk Brasil, disponível no website na seção Fale Conosco. 



Novo Nordisk
Para mais informações, visite o portal , Facebook, Twitter, LinkedIn e YouTube


GSH Banco de Sangue de São Paulo funcionará normalmente neste Carnaval


O GSH Banco de Sangue de São Paulo anuncia que estará aberto durante os dias de Carnaval, em seu horário normal, diariamente, das 7h às 18h, inclusive no domingo e na terça-feira, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no Paraíso. 

Segundo a instituição, as doações de sangue tendem a cair ainda mais neste período, em decorrência do feriado prolongado e dos recessos no trabalho, em que muitas pessoas viajam. Atualmente, os estoques sanguíneos enfrentam um déficit de 70%, o suficiente para uma cobertura de apenas 6 dias, quando o ideal são 18 dias, para que se possa atender com conforto às demandas dos hospitais. 

Neste caso, a dica é “doar sangue antes de viajar e, para aqueles que ficam na cidade, pedimos que reservem um tempinho para fazer a sua doação. Pois o procedimento é rápido, não dói, e ainda sobra tempo para cair na folia com uma gratificante sensação de bem-estar, por ter contribuído para salvar até quatro vidas”, afirma Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo. 

Para facilitar o acesso dos doadores, especialmente neste mês de fevereiro, a instituição está disponibilizando transporte gratuito, por meio da plataforma 99 Táxi, para grupos de 4 pessoas. Para solicitar esse serviço, basta entrar em contato com o Banco de Sangue, pelo WhatsApp (11) 97117-3886.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Cirurgia Robótica: em quais situações ela é indicada?


Com os avanços constantes na área da medicina, a cirurgia robótica na uro-oncologia emerge como uma alternativa moderna e altamente eficaz. Diferenciando-se das técnicas convencionais, que frequentemente exigem incisões maiores, esta abordagem utiliza um sistema robótico controlado por cirurgiões para realizar procedimentos com incisões menores e maior precisão. 

De acordo com o urologista Dr. José Roberto Colombo Jr., a cirurgia robótica na uro-oncologia oferece uma visão aprimorada e maior destreza ao cirurgião, com seus consoles de controle e instrumentos inseridos no paciente por meio de pequenas incisões. Esta tecnologia revolucionária não só reduz o trauma cirúrgico, mas também diminui o tempo de recuperação e as complicações pós-operatórias, oferecendo uma série de benefícios significativos para os pacientes. 

Para entender melhor essa inovação, é fundamental compreender como é conduzido o procedimento. Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação médica abrangente, incluindo exames de imagem para planejar a estratégia cirúrgica. Durante a intervenção, o paciente é anestesiado e posicionado adequadamente, com pequenas incisões feitas para permitir a inserção dos instrumentos robóticos. Com a orientação do cirurgião, os braços robóticos executam o procedimento com precisão, enquanto a equipe monitora de perto os sinais vitais do paciente. 

Mas quando exatamente a cirurgia robótica na uro-oncologia é indicada? “Esta abordagem é comumente recomendada para o tratamento de diversos tipos de cânceres urológicos, como câncer de próstata, rim, bexiga, testículo e até mesmo tumores na glândula adrenal. Além disso, também pode ser utilizada para tratar outras condições urológicas, como obstruções do trato urinário e doenças renais”, afirma o doutor. 

É importante ressaltar que a decisão pela cirurgia robótica deve ser cuidadosamente avaliada em conjunto com a equipe médica, levando em consideração as necessidades e condições específicas de cada paciente. A escolha da abordagem cirúrgica ideal deve resultar de uma colaboração aberta entre médicos e pacientes, considerando os benefícios e limitações dessa tecnologia para cada caso individual.

Em resumo, os avanços na uro-oncologia estão proporcionando novas esperanças aos pacientes, e a cirurgia robótica surge como uma ferramenta valiosa nessa jornada. Com sua precisão aprimorada e menor tempo de recuperação, essa abordagem está transformando o cenário do tratamento de tumores urológicos, oferecendo uma opção promissora para aqueles que buscam uma intervenção cirúrgica menos invasiva e mais eficaz. 



Dr. José Roberto Colombo Jr. - Coordenador Executivo da Pós-Graduação de cirurgia robótica em Urologia e médico referência do Epicentro de Cirurgia Robótica em Urologia do Hospital Israelita Albert Einstein.


Anvisa aprova novo tratamento da espondilite anquilosante ativa em adultos que não responderam à terapia convencional

Estudo de fase 3 demonstrou resposta superior entre os pacientes em uso do medicamento produzido pela Pfizer, XELJANZ® (citrato de tofacitinibe), se comparado ao uso de placebo


 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar uma nova indicação para XELJANZ® (citrato de tofacitinibe) 5mg. Agora a medicação também tem indicação para o tratamento da espondilite anquilosante (EA) em pacientes adultos que não responderam à terapia convencial1. EA é uma doença inflamatória crônica, que provoca dor, rigidez e restrição de mobilidade nas costas, quadris, grandes articulações, dedos das mãos e pés2, 3. A condição afeta principalmente homens e mulheres entre 20 e 40 anos, sendo até 3 vezes mais frequente entre eles3.

“A espondilite anquilosante é uma condição que impacta o dia a dia do paciente. Ela pode restringir consideravelmente a mobilidade e provocar dor extenuante principalmente na região da coluna, o que impossibilita, por exemplo, que um pai pegue os filhos no colo e até mesmo a execução de simples atividades diárias”, explica Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil. “A evolução dessa condição sem um tratamento adequado pode causar fusão das vértebras da coluna, restringindo ainda mais o convívio social e a qualidade de vida do indivíduo”, completa.

A aprovação ocorre após dados do estudo de fase 3, randomizado, duplo cego e placebo controlado, demonstrarem a eficácia e segurança do uso de tofacitinibe5. Para isso, 269 indivíduos que convivem com EA ativa e que falharam em linhas de tratamento convencionais foram divididos em dois grupos: aqueles que receberam tofacitinibe 5mg duas vezes ao dia e aqueles que receberam placebo5. O estudo avaliou a resposta dos dois grupos com base na Assessment in SpondyloArthritis International Society (ASAS)20 e (ASAS)40 e constatou que aqueles em uso de tofacitinibe 5mg duas vezes ao dia tiveram resposta significativamente maior do que aqueles em uso de placebo5. As escalas ASAS20 e ASAS40 são utilizadas para mensurar benefícios e respostas ao tratamento da EA6. Os indivíduos avaliados pela ASAS20 tiveram 56,4% de resposta com uso da medicação frente a 29,4% de resposta daqueles em uso de placebo5. A superioridade da resposta também foi percebida naqueles avaliados pela escala ASAS40, com 40,6% de resposta em pacientes utilizando o tratamento, frente a 12,5% naqueles utilizando placebo5. O perfil de segurança observado em pessoas com EA tratadas com XELJANZ® foi consistente com o perfil de segurança observado em pacientes com artrite reumatoide (AR) e artrite psoriásica (APs), indicações para as quais o medicamento também tem aprovação no Brasil.
 

Sobre o medicamento

XELJANZ® é o primeiro e único inibidor oral de JAK quinases aprovado no Brasil e tem também aprovação para o tratamento da artrite reumatoide, artrite psoriásica e retocolite ulcerativa7. Todas elas são doenças nas quais o sistema imunológico produz substâncias inflamatórias chamadas de citocinas7. O excesso destas substâncias ataca o tecido saudável, resultando em inflamação no local7. Este mecanismo de ação impede a produção de citocinas específicas resultando em diminuição da resposta inflamatória.

A Pfizer está empenhada em fazer avançar a ciência da inibição da JAK e em melhorar a compreensão deste medicamento através de programas robustos de desenvolvimento clínico no tratamento de condições imunoinflamatórias.

Em dezembro de 2023, a Pfizer e a Fiocruz assinaram um acordo de transferência tecnológica para produção do medicamento citrato de tofacitinibe, clone genérico do XELJANZ®. O objetivo é fortalecer a produção nacional e ampliar o acesso da população ao tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas, ou seja, desencadeadas a partir de desequilíbrios do sistema imunológico, como a artrite reumatoide e a EA8.

 



Pfizer
www܂Pfizer܂com
www.pfizer.com.br
Twitter: Pfizer e Pfizer News, LinkedIn, YouTube
Facebook: Pfizer Brasil
Instagram: Pfizer܂Brasil



Referências

RESOLUÇÃO-RE Nº 322, DE 25 DE JANEIRO DE 2024 - RESOLUÇÃO-RE Nº 322, DE 25 DE JANEIRO DE 2024 - DOU - Imprensa Nacional (in܂gov܂br). Disponível em: Link Acesso em fevereiro de 2024.
Johns Hopkins Arthritis Center. Ankylosing Spondylitis. Disponível em: Link. Acesso em janeiro de 2024.
Espondilite anquilosante. Manual MSD. Disponível em: Link. Acesso em janeiro de 2024.
University of Maryland Medical Center. A Patient’s Guide to AS. Disponível em: Link. Acesso em janeiro de 2024.
Deodhar A, Sliwinska-Stanczyk P, Xu H, Baraliakos X, Gensler LS, Fleishaker D, Wang L, Wu J, Menon S, Wang C, Dina O, Fallon L, Kanik KS, van der Heijde D. Tofacitinib for the treatment of ankylosing spondylitis: a phase III, randomised, double-blind, placebo-controlled study. Ann Rheum Dis. 2021 Apr 27;80(8):1004–13. doi: 10.1136/annrheumdis-2020-219601. Epub ahead of print. PMID: 33906853; PMCID: PMC8292568.
Landewé R, van Tubergen A. Clinical Tools to Assess and Monitor Spondyloarthritis. Curr Rheumatol Rep. 2015;17(7):47. doi:10.1007/s11926-015-0522-3
Bula Xeljanz® (tofacitinibe). Disponível em: Link. Acesso em janeiro de 2024.
Fiocruz e Pfizer assinam acordo que torna mais acessível tratar artrite reumatoide. Disponível em: Link. Acesso em janeiro de 2024.


CARNAVAL: SAIBA COMO CURTIR LIVRE DAS DORES DO CANSAÇO

Serão quatro dias de folia de carnaval. Para quem quer ficar até o fim, especialistas dão dicas de como aproveitar sem dor!


 

O carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano, mas também pode ser desafiador para o nosso corpo, principalmente para as costas e joelhos. Passar longas horas em pé, pulando e dançando pode resultar em dores intensas e desconforto antes, durante e depois, principalmente numa sociedade em que 7 em cada 10 pessoas sofrem com dores nas costas, segundo a Organização Mundial da Saúde. 

Pensando em proporcionar uma experiência de folia livre de dores e cheia de alegria, fisioterapeutas dão algumas dicas para evitar dores durante o carnaval.
 

Mantenha-se hidratado(a)

O que mais agrada o paladar no carnaval é a cerveja, o gin e os refrigerantes, mas é importante sempre lembrar de beber água com frequência. “Durante longos períodos em pé, é essencial manter o corpo hidratado e fornecer os nutrientes necessários para os músculos e articulações. Então, se alimentar bem antes de sair de casa e sempre ter uma garrafa d’água à disposição, pode contribuir com a prevenção de dores e inflamações, além de ajudar a diminuir o efeito do álcool no pós-festa”, explica Bernardo, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral de Guarulhos.
 

Sandálias “de jesus” são suas melhores amigas

Já a Dra. Raquel Silvério, fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata de Guarulhos explica que escolha inadequada de calçados pode sobrecarregar os joelhos e causar dores posteriores Sendo assim, é recomendado optar por sapatos confortáveis e que ofereçam apoio adequado aos pés e ao arco, minimizando o impacto nas articulações. Tênis, botas sem salto, chinelos e sandálias rasteirinhas são excelentes opções.
 

Faça uma pausa

No carnaval é difícil desacelerar, porém, ao passar longos períodos em pé, Bernardo e Raquel indicam fazer pausas regulares para descansar e aliviar a pressão sobre as costas e joelhos.
 

Alongamento pode ajudar

Para preparar os músculos e articulações para o esforço excessivo das festas, alongamentos antes e depois de passar muito tempo em pé são indicados. Alongamentos para as costas, pernas e panturrilhas vão ajudar bastante para diminuir as dores do pós-carnaval.
 

Distribua o peso corporal

Raquel Silvério também alerta para não sobrecarregar nenhum membro. “Ao ficar em pé, tente distribuir o peso de forma igual entre as pernas, evitando sobrecarregar excessivamente uma única articulação. Quando estiver dançando, alterne os movimentos para envolver diferentes grupos musculares”, salienta.
 

Lembre-se: Nada de acrobacias

“Se você não está acostumado, durante as festividades, evite movimentos bruscos que possam causar lesões nas costas e nos joelhos, como saltos, pulos de grande altura ou torções repentinas”, indica Silvério. Manter os movimentos suaves e controlados é essencial para não sair da folia e ir direto para o hospital. 

Os fisioterapeutas também explicam que se o folião já convive com dores nas costas ou joelhos, ele deve considerar usar suportes, como joelheiras, que podem ajudar a estabilizar e aliviar a pressão nas áreas afetadas.
 

Não se esqueça do descanso

Por fim, depois de um dia de festa, Bernardo recomenda tirar um tempo para si mesmo. “No dia seguinte, procure descansar e permitir que o corpo se recupere. A falta de sono adequado pode contribuir para o aumento das dores musculares e articulares”, conclui.

 

 Raquel Silvério - Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.  

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.


Leucemias: fevereiro laranja chama atenção para tipo de câncer mais comum entre crianças e adolescentes

 Especialistas da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) explicam sintomas, diagnóstico e tratamento da doença

 

Fevereiro é o mês de conscientização sobre leucemias, cânceres que se originam na medula óssea e afetam outros órgãos, como baço, fígado, sistema nervoso central, os gânglios linfáticos e, no caso dos meninos, os testículos. As leucemias podem ser consideradas o tipo de câncer mais frequente da infância, demandando o cuidado de familiares sobre os sintomas e o acompanhamento médico para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Segundo o Dr. Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), são sinais e sintomas de leucemia entre crianças e adolescentes: palidez, fadiga, febre, dor nos ossos e nas articulações, manchas roxas (hematomas), sangramentos espontâneos, o aparecimento de ínguas, dor abdominal, dor de cabeça, vômitos, falta de apetite contínua, perda de peso e aumento de volume dos testículos entre os meninos. 

“Como esses sinais e sintomas são semelhantes aos de outras doenças, os familiares devem prestar atenção e procurar a ajuda de um médico pediatra, o qual deve suspeitar do diagnóstico e encaminhar o caso com rapidez a um onco-hematologista em centro de referência para o diagnóstico preciso e início do tratamento”, complementa Carvalho Filho. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são estimados 3 a 4 casos para cada 100 mil pessoas com até 15 anos de idade por ano no Brasil, com maior incidência na faixa de 2 a 5 anos. 

Entre os subtipos de leucemia estão a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), que é mais comum na infância (75% dos casos), mas que se diagnosticada precocemente e tratada de maneira adequada apresenta uma sobrevida superior a 80%; a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), representando aproximadamente 20% dos casos; e, mais raramente, a Leucemia Mieloide Crônica (LMC), somando cerca de 5% dos casos. Outro subtipo ainda mais raro é a Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ). 

A médica Ana Luiza de Melo Rodrigues, oncopediatra e membro da SOBOPE, explica que a leucemia pode surgir sem fator predisponente ou aparecer de forma secundária, após um tratamento prévio com quimioterapia, e ainda pelo contato com substâncias tóxicas à medula óssea, como os agrotóxicos e o benzeno. “Além disso, crianças com algumas condições genéticas, como a Síndrome de Down, têm maior chance de desenvolver a doença”, complementa.
 

Diagnóstico e tratamento – Ana Luiza esclarece que o primeiro passo para o diagnóstico da leucemia entre crianças e jovens é a realização de anamnese e exame físico dos pacientes. Na sequência, é solicitado um hemograma completo, fundamental para o diagnóstico, que, então, será confirmado com exame do aspirado de sangue da medula óssea (mielograma), Posteriormente, mais detalhado por exames específicos (imunofenotipagem e exames citogenéticos e moleculares). 

Ao ser diagnosticada a leucemia, é iniciado o tratamento, que segue protocolo específico de acordo com o subtipo da doença. Pode ser indicada a quimioterapia, a imunoterapia e até mesmo o Transplante de Medula Óssea (TMO). A radioterapia é utilizada especificamente para tratamento dos casos que envolvem o sistema nervoso central ou testículos, conforme protocolo. “Para pacientes com LMA de maior risco ou que apresentaram recidiva, é recomendado o TMO. Recentemente, também foram desenvolvidos medicamentos chamados de terapia-alvo, que agem em moléculas específicas das células tumorais”, explica a especialista. 

Para o médico oncopediatra e presidente da SOBOPE, o fevereiro laranja traz a conscientização para a importância da divulgação dos sinais e sintomas e do tratamento em centros especializados por equipe multiprofissional treinada. “É preciso uma força tarefa de médicos, outros profissionais de saúde e familiares para que as crianças e adolescentes com leucemia consigam ser assistidos com agilidade e da melhor maneira possível, a fim de que as possamos ofertar as melhores chances de cura”, conclui.

 

SOBOPE


Autismo Em Mulheres: Suas Lutas E Desafios!

Compreendendo Suas Características, Diferenças e o Difícil Diagnóstico

 

No mundo do autismo, tanto homens quanto mulheres enfrentam desafios únicos, especialmente nos níveis 2 e 3 do espectro. Essas diferenças incluem dificuldades na comunicação, problemas de socialização e uma preferência por rituais e rotinas rígidas.

No entanto, o nível 1 do espectro é onde encontramos a maior dificuldade de diagnóstico e a principal diferença entre homens e mulheres. Nesse nível, as mulheres apresentam dificuldades menos óbvias, sobretudo devido à sua maior habilidade verbal. Embora possam não ter problemas na construção da linguagem, elas podem enfrentar dificuldades na compreensão do discurso, como entender metáforas e piadas de duplo sentido.

A Dra. Gesika Amorim, uma renomada neuropsiquiatra especializada no tratamento integral do autismo e neurodesenvolvimento, destaca a importância dessas dificuldades na vida das pacientes. Elas podem experimentar bullying na escola sem nem mesmo perceber, pois não compreendem as piadas ou o motivo pelo qual não são aceitas. Essa falta de compreensão social pode levar à exclusão e ao isolamento.

Adicionalmente, as mulheres no espectro do autismo nível 1 têm uma necessidade intrínseca de agradar e se sentirem acolhidas, o que é uma característica comum no sexo feminino. A Dra. Gesika Amorim enfatiza que essas mulheres têm a habilidade de se adaptar a diferentes grupos sociais, utilizando diferentes “máscaras” para serem aceitas. Elas podem mudar de personagem para se encaixarem em diferentes tribos, o que pode resultar em relacionamentos abusivos e prejuízos em diferentes áreas de suas vidas.

Infelizmente, essas pacientes muitas vezes sofrem de esgotamento emocional e psicológico, pois têm dificuldade em serem assertivas nos relacionamentos e estabelecer limites saudáveis. Essa falta de habilidade em dizer “não” pode levá-las a se envolverem em relacionamentos prejudiciais.


Sem o diagnóstico correto, é comum que elas sejam rotuladas ao longo da vida com vários transtornos psiquiátricos, como TDAH, depressão, ansiedade, transtorno bipolar, entre outros. Essa falta de compreensão de si mesmas e de sua condição dificulta sua inserção social e aceitação pessoal. É como se essas mulheres passassem a vida usando diferentes fantasia, em busca de uma que as represente verdadeiramente. Infelizmente, muitas vezes não conseguem encontrar essa identidade autêntica.


A Dra. Gesika Amorim, com sua vasta experiência e conhecimento nessa área, destaca a importância do diagnóstico precoce para que essas mulheres possam viver uma vida plena e autêntica, sem a necessidade de se esconderem por trás de máscaras sociais.

Diagnóstico e tratamento: A demora no diagnóstico geralmente ocorre porque, desde a infância, essas mulheres são rotuladas com vários transtornos, como TDAH, transtorno de oposição desafiante, transtorno de ansiedade, transtorno bipolar, transtornos de personalidade e depressão, entre outros. Isso faz com que passem por diferentes diagnósticos, tomem diversos medicamentos e continuem sem o tratamento adequado.


Para um diagnóstico assertivo, é necessário que a pessoa passe por um profissional especializado e com experiência em autismo. É importante buscar um neuropsiquiatra conceituado e realizar uma avaliação neuropsicológica com um neuropsicólogo de referência. Posteriormente, a paciente deve ser encaminhada a um neuropsiquiatra, pois o autismo em adultos é basicamente um transtorno comportamental. Neurologistas com pouca experiência em transtorno do espectro autista podem não conseguir realizar um diagnóstico preciso. Portanto, é essencial procurar um neuropsiquiatra experiente e respeitado nessa área, que certamente indicará uma neuropsicóloga qualificada para um diagnóstico adequado.


Quanto ao tratamento, após a avaliação neuropsicológica, identificaremos os diagnósticos e as comorbidades da paciente. Só então poderemos entender o que é passível de tratamento no seu caso. É importante entender que, no espectro autista, não há um medicamento específico para tratar o próprio autismo. Porém, é possível tratar comorbidades como ansiedade, depressão e outras condições comportamentais individuais por meio de uma abordagem medicamentosa personalizada para cada paciente, que sofre de tais quadros comportamentais.


Da mesma forma, o suporte terapêutico não medicamentoso (psicologia, terapia ocupacional, fonoterapia, psicomotricidade, entre outras) deve ser individualizado e desenvolvido de acordo com o perfil de cada mulher. Existem várias metodologias terapêuticas diferentes para o autismo, e cada uma delas se encaixa em um perfil de paciente diferente. É importante lembrar que não há uma abordagem terapêutica única para todos. É necessário personalizar o tratamento com base no conhecimento comprovado e especializado para tratar e individualizar cada caso.

Para os profissionais cuidadores: A Dra. Gesika aconselha: o mais importante é acreditar nessas pacientes. Trabalho há vinte anos com autismo e percebo que muitos profissionais não acreditam no diagnóstico. O famoso “Nem parece que tem autismo”, “Nossa, você fala”, “Nossa, mas você é tão bonita, será que é mesmo?”. Poucos conseguem entender o sofrimento que essas pacientes enfrentam ao ouvir esse tipo de capacitismo.

O mais importante é obter um diagnóstico com profissionais sérios e competentes. É fundamental procurar neuropsiquiatras ou neurologistas capacitados. O diagnóstico deve ser realizado por uma equipe multiprofissional composta por especialistas renomados que possam conduzir e dar continuidade a uma abordagem com um planejamento terapêutico individualizado, levando em consideração a medicação e as terapias adequadas para cada caso. Essa abordagem individualizada permitirá resultados específicos e positivos, considerando as necessidades de cada paciente.


Finalizo compartilhando as palavras da Dra. Gesika Amorim, uma especialista em autismo: “Acredite nas suas pacientes, ofereça um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Elas merecem ter suas necessidades compreendidas e serem auxiliadas em sua jornada para uma vida plena e significativa.”
 



Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo


Carnaval: veja como as pessoas idosas podem aproveitar a folia sem sustos

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) dá algumas dicas para que público idoso possa curtir as festas com mais segurança

 

O Carnaval é uma festa multicultural, que celebra a alegria e a diversidade. Muitos indivíduos, de todas as idades, saem às ruas para se divertir nos bloquinhos, bailes e desfiles das escolas de samba. E as pessoas idosas também podem aproveitar a folia, mas com algumas precauções extras. 

O geriatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Leonardo Oliva, fala sobre a importância de curtir a festa com segurança. “Nas festas, é importante que se usem calçados confortáveis, fechados e com solado de borracha – os tênis são sempre a melhor opção. Assim evita-se lesões nos pés, dores e quedas. As roupas também devem ser adequadas à temperatura do local, priorizando vestimentas leves e claras, especialmente em dias de calor. Não esquecer do uso de bonés ou chapéus e protetor solar para atividades externas sob o sol”. 

Outro aspecto importante que o geriatra alerta é a hidratação. “Consumir bastante água, água de coco e sucos são boas opções. Especialmente se houver consumo de bebidas alcoólicas. O Álcool, por sinal, deve ser consumido com moderação. A alimentação também merece atenção: não se deve passar grandes momentos em jejum e deve-se optar por dietas mais leves”, afirma o Dr. Leonardo Oliva 

Por fim, o vice-presidente da SBGG destaca que é necessário respeitar os limites do seu corpo: “descansar, quando necessário, estar em contato com amigos e familiares e seguir as recomendações de seu médico de confiança para aproveitar o Carnaval com mais segurança e saúde”.

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

 

CARNAVAL 2024: CUIDADOS COM A MAQUIAGEM E A PELE PARA APROVEITAR A FOLIA COM SAÚDE


O Carnaval é uma das festas mais alegres e contagiantes do Brasil e não existe sem confete, serpentina, glitter e maquiagens coloridas. O brilho pode e deve ser usado, mas vale ter alguns cuidados. 

No Carnaval, a maquiagem é tradicionalmente usada como parte dos adereços e das fantasias, e o uso do brilho está sempre presente. A maquiagem na área dos olhos deve ser feita sempre com muito cuidado. O uso de materiais que não são específicos para área dos olhos ou que não são dermatologicamente testados, caso atinjam o olho ou a pele das pálpebras, podem provocar alergias, queimaduras químicas e outros tipos de lesões.
 

Cuidados com os olhos

“No caso das colas, é importante que sejam adequadas para a região. Porém, mesmo sendo adequadas, não são feitas para cair dentro dos olhos”, alerta o Dr. Emerson Fernandes de Sousa e Castro, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês. “Com a chuva, muito comum nessa época, ou até mesmo com o suor, o produto pode escorrer e causar irritações e até mesmo lesões mais graves, como quando, por exemplo, uma lantejoula acaba entrando no olho”, completa. 

O médico alerta também para a interação entre produtos muitas vezes utilizados em conjunto, como sombras e pedras de strass, e explica o que fazer caso um deles acidentalmente entre em contato com os olhos: “No caso dos produtos que escorrem, a recomendação principal é lavar bastante, com soro fisiológico ou água filtrada. Um colírio lubrificante também pode ajudar. Se cair um corpo estranho, como glitter, lantejoulas ou pedras de strass, a indicação é lavar e tentar piscar. Se não sair, é hora de procurar atendimento médico”, finaliza.
 

Cuidados com a pele

Como a festa acontece em pleno verão, é importante reforçar o uso de protetor solar, com fator de proteção (FPS) de, no mínimo, 30, e reaplicar ao longo do dia. Os filtros solares são seguros e não possuem risco de interação com outros produtos. 

Também é importante tomar cuidado com as colas de adereços, pois podem causar alergias na pele, chamadas de dermatite de contato. “Caso haja algum tipo de reação, basta lavar imediatamente com água e procurar um pronto-socorro para tratar o processo alérgico. É interessante também fazer um acompanhamento com dermatologista após a lesão, e evitar produtos que não sejam certificados pela Anvisa”, alerta o coordenador do Núcleo de Dermatologia do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Reinaldo Tovo Filho. 

Chapéus, bonés e óculos escuros ajudam a compor o look e preservam a saúde da pele. Na praia ou piscina, use barracas e guarda-sóis feitos de algodão ou lona, que absorvem cerca de 50% da radiciação UV. Os produtos feitos de nylon não são recomendados pois 95% dos raios UV passam pelo material. 



Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
Saiba mais em nosso site.

 

Posts mais acessados