O Congresso definiu em lei que os
juros do rotativo e do parcelado não podem ultrapassar 100% do principal da
dívida. Medida passou a valer no dia 3 de janeiro IMAGEM: DC
O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito
subiu 6,4 pontos porcentuais de novembro para dezembro, informou nesta terça-feira,
6/2, o Banco Central. A taxa passou de 434,4% para 440,8% ao ano.
No caso do parcelado, o juro
passou de 195,6% para 196,8% ao ano entre novembro e dezembro. Considerando o
juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do
parcelado, a taxa passou de 91,4% para 89,5%.
O Congresso definiu em lei que
os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal
da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, chancelado
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como não houve consenso, o teto para os
juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024.
Além de um teto para os juros
do rotativo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, chegou a propor aos
setores envolvidos um máximo de 12 meses para o parcelado sem juros. A
autoridade monetária também citou a hipótese de alguma limitação para a tarifa
de intercâmbio no cartão de crédito, mas ambas as ideias não avançaram e devem
ser discutidas novamente no futuro.
INADIMPLÊNCIA
A taxa de inadimplência nas
operações de crédito livre com os bancos passou de 4,8% em novembro para 4,7%
em dezembro, informou o Banco Central.
Para as pessoas físicas, a taxa
de inadimplência passou de 5,8% para 5,6% de um mês para o outro. No caso das
empresas, variou de 3,6% para 3,5% no período.
A inadimplência do crédito
direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 1,5% para 1,3% em
dezembro ante novembro.
Já o dado que considera o
crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência passou de
3,4% para 3,3% em dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário