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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Perpetuação de privilégios sufoca o brasileiro

Existe uma série de motivos apontados reiteradamente quando se buscam as razões de o povo brasileiro viver mergulhado em uma vida de necessidades. Valor baixo do salário-mínimo, corrupção, educação de má qualidade, sistema de saúde precário e pequena cobertura de saneamento básico (água e esgoto) são, em geral, os mais lembrados.

Todos verdadeiros. Há, todavia, algumas outras questões que precisam ser analisadas com maior profundidade. Escapam do conhecimento do público leigo e nem sempre são abordadas pela grande mídia, apesar da enorme contribuição que esses aspectos têm na construção da triste realidade nacional. A começar pela rede de privilégios, antiga, perpetuada, e ainda crescente. 

O Brasil é um gigante que se acostumou a dormir no berço esplêndido dos privilégios. Eles estão por toda parte: no foro privilegiado que beneficia cerca de 56.000 ocupantes de cargos públicos, na possibilidade de reeleição para cargos executivos, na flexibilização da Lei da Ficha Limpa, na concessão de aposentadorias precoces e de altíssimo valor, em penduricalhos de salários no serviço público (nos três poderes) que burlam o teto constitucional, entre muitos outros. 

Quase não se fala dos gastos com funcionalismo público, que consomem de 12,8% a 13,0% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. É muito mais do que a média (9,8%) dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). São gastos excessivos, que somam mais de R$ 300 bilhões por ano e colocam o Brasil como o sétimo país do mundo que mais gasta com funcionalismo em termos de percentual do PIB. 

Mais grave é que se gasta muito, sem que esse dinheiro seja destinado à remuneração adequada de profissionais da educação, da saúde, da segurança pública, de infraestrutura, e tampouco para a melhoria da qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Nesse quesito, o Brasil está estagnado na 30ª posição entre outras economias mais desenvolvidas do mundo. 

Soma-se a isso o extraordinário déficit previdenciário no regime geral (2,97% do PIB) e no regime dos servidores públicos federais, ativos e inativos (0,93% do PIB), totalizando anualmente cerca de R$ 417 bilhões, o correspondente a 3,90% do PIB. 

Outra questão grave é o volume dos gastos tributários da União, renúncias fiscais concedidas a bel-prazer pelos governantes da ocasião. São cada vez maiores: correspondiam a 2,01% do PIB em 2003; saltaram para 3,48% em 2009 e, em 2022 somaram 4,65% do PIB. Isto é, cresceram nada menos que 131% em 19 anos. Ainda mais grave é que esses gastos tributários privilegiam com 65% do volume total as regiões sul e sudeste, justamente as mais desenvolvidas, contrariando os artigos 43, 151, 155 e 165 da Constituição Federal, segundo os quais as renúncias fiscais devem ter como objetivo a redução das desigualdades regionais e sociais. A Carta Maior é solenemente ignorada e o abismo se acentua a cada ano. 

Iniciativas parlamentares também contribuem para sangrar os cofres do país. Um exemplo é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), em tramitação no Congresso Nacional, obrigando a União a absorver cerca de 50 mil servidores públicos de três extintos territórios federais - Roraima, Rondônia e Amapá – depois de União ter bancado todos os gastos com esse funcionalismo por mais de 15 anos. A proposta, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Amapá), com o apoio de outro senador daquele estado, Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado e da Comissão de Constituição e Justiça, se aprovada representará para a União uma despesa estimada em R$ 6,5 bilhões por ano. 

Parece não haver limites. Outra PEC confere anistia a políticos e partidos que cometeram irregularidades na prestação de contas dos fundos partidário e eleitoral. E de forma retroativa, ao custo estimado de R$ 23 bilhões. 

Além disso, está em curso uma minirreforma eleitoral que abranda punições a legendas e políticos, e busca eliminar a exigência de cotas para candidatos pretos e mulheres. Em outra frente, existem ações no Congresso para aumentar o valor já bilionário do Fundo Eleitoral, que em 2022 foi de R$ 4,9 bilhões. 

A população paga a eleição de muitos que buscam ainda mais privilégios. No Congresso Nacional, por exemplo, há senadores com 60 ou 70 assessores, número maior do que a média das pequenas empresas brasileiras (dado da Agência Brasil de Comunicação – EBC) e com salários bem acima desse segmento da iniciativa privada. 

No país dos privilégios e do ‘jeitinho brasileiro’, ministros e assessores especiais recebem vencimentos acima do teto de R$ 41.650,92 por meio de nomeações para conselhos estatais. A manobra não é ilegal, mas fere a ética, péssimo exemplo num país tão carente de bons valores. 

Os casos não são raros. Agora, anos após ter firmado acordo de leniência no âmbito da Operação Lava-Jato, com homologação judicial e do Tribunal de Contas da União, um grupo econômico obteve redução de R$ 10 bilhões para R$ 3,55 bilhões do valor que terá de devolver aos cofres públicos, a pretexto de erro de cálculo, além da possibilidade de pagar com débitos fiscais. Privilégios que não alcançam outros devedores do Fisco. 

Quando se analisam todas essas questões fica fácil entender porque o Brasil ainda padece de tamanhas desigualdades regionais e sociais. De acordo com o Censo 2022 do IBGE, 62,9 milhões de brasileiros vivem em situação de pobreza, ou seja, mais de 30% da população nacional. Levantamento recente do jornal O Estado de S. Paulo, com base em números da Fundação Getúlio Vargas, apontou que 3.132 municípios (56% do total) têm população com renda média abaixo da linha da pobreza (R$ 497,00 por mês). 

São números assustadores, mostrando o equívoco do governo federal de apostar, nas últimas décadas, em buscar maior arrecadação para repassar mais recursos para os municípios e irrigar seus projetos sociais. Solução ineficiente porque mais de 60% desses recursos vão para o custeio das folhas de pagamento das prefeituras municipais e não para investimentos em saúde, educação, habitação, saneamento e segurança pública, como seria de se esperar. 

Como agravante, temos que o reforço na arrecadação não se dá por meio da redução da sonegação nem por meio da busca de maior eficiência da máquina pública, mas pelo aumento da carga tributária, sobretudo da tributação sobre o consumo, que responde por 40% das receitas tributárias. É um imposto regressivo e injusto, porque penaliza fortemente as classes mais pobres. 

Vale lembrar o que afirmou o economista Marcelo Nery, da FGV, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (17/09/2023, página A8): “O Bolsa Família teve uma contribuição na redução de desigualdade, mas o efeito deletério da tributação foi tão forte que eles desfizeram tudo o que o Bolsa Família fez”. 

Nosso histórico é ruim e o horizonte, sombrio. O arcabouço fiscal aprovado em agosto autoriza o Poder Executivo a praticar aumento de gastos, isto é, dá carta branca para a prática da política fiscal expansionista. 

É preciso lembrar também que o atual governo obteve do Congresso, já no início do mandato, autorização para gastar R$ 150 bilhões acima do teto e, sem apresentar nenhum plano de metas, agora, os ministros da área econômica, para aumentar a arrecadação, negociam aumento de tributação para mais R$ 146 a R$ 160 bilhões, ou cerca de 1,40% e 1,55% do PIB. Se aprovado, isso elevará a carga tributária dos atuais 33,91% para 35,46% do PIB, uma das maiores taxas do mundo. 

Tudo para gerar déficit público anual de 8% PIB, resultado em novos endividamentos. A gastança totaliza 43,46% PIB e, os investimentos, apenas 1,00% a 1,40% do PIB, uma discrepância gigantesca. 

O Brasil não conseguirá reduzir a pobreza e atenuar substancialmente as desigualdades sociais e regionais se continuar fomentando os privilégios, se não combater efetivamente a corrupção e se não tiver um plano de metas concebido não com sanha arrecadatória, mas com bases sólidas e foco na melhoria da condição de vida da maioria da população, corrigindo as injustiças e eliminando as distorções. 

Passo fundamental é reconhecer que as desigualdades são causa de pobreza, não o inverso. Enquanto a população das regiões norte e nordeste continuarem com renda média domiciliar 30% inferior à média nacional, como acontece hoje -, e enquanto o número de pessoas vivendo em situação de pobreza não for reduzido drasticamente, haverá sempre cidadãos de segunda classe e o Brasil não será uma nação desenvolvida. 

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros Brasil, um país à deriva e Caminhos para um país sem rumo.


Dicas para viajar com seu pet e aproveitar os próximos feriados

Divulgação
Mars Petcare
Mars Petcare oferece orientações essenciais para garantir uma viagem segura e agradável ao lado dos animais de estimação


Com a chegada dos feriados, muitos tutores de gatos e cães viajam com seus animais de estimação. E para que tudo ocorra bem e com segurança, algumas orientações são fundamentais, como uma programação responsável para garantir que cada momento ao lado do pet seja agradável. 

De acordo com Natália Lopes, Médica-Veterinária e Gerente de Assuntos Científicos da Royal Canin Brasil, é importante considerar o bem-estar do animal durante todo o período fora de casa, incluindo um itinerário flexível, com pausas para descanso e recreação. “Viajar com os pets pode ser uma experiência bastante agradável. Por isso, a segurança e o bem-estar deles devem vir em primeiro lugar. Para proporcionar momentos divertidos, são necessários certos cuidados, especialmente com passeios ao ar livre e viagens mais longas”. 

Natália também reforça que o planejamento antecipado faz parte da guarda responsável por considerar as necessidades individuais e o bem-estar do animal. “Oferecer condições para manter o pet feliz, saudável e bem socializado, é essencial para que ele esteja em harmonia no ambiente. Lembre-se de que ele pode ficar ansioso durante as viagens e, caso isso aconteça, é importante proporcionar o conforto e a segurança que ele precisa”, explica. 

Com o propósito de fazer Um Mundo Melhor para os Pets, a Mars Petcare, focada em nutrição e bem-estar animal e detentora das marcas ROYAL CANIN®, PEDIGREE® e WHISKAS®, dá dicas importantes de cuidados para os tutores aproveitarem ao máximo os feriados com seus pets. Confira!

 

Consulte um Médico-Veterinário antes de viajar!

Com uma agenda mais flexível, programe uma visita ao Médico-Veterinário e marque um check-up para o pet. Certifique-se de que a carteirinha de vacinação esteja em dia para viagens de carro, avião ou ônibus. Para viagens interestaduais ou internacionais, é necessária a emissão do atestado de saúde, visando as normas de transporte de cada país. Medicamentos preventivos para parasitas, como pulgas e vermes, também devem estar em dia, seguindo sempre a recomendação do profissional. É importante que o Médico-Veterinário tenha conhecimento do destino da viagem, para avaliação e prevenção de doenças de risco que possam estar presentes na região, seja praia ou campo, como dirofilariose e leptospirose, e possa recomendar o método preventivo mais eficaz para o pet.

 

Alimentação adequada é fundamental

A alimentação do pet é uma das principais preocupações durante as viagens. Para minimizar as mudanças de rotina do animal, o tutor deve levar a quantidade adequada do alimento que ele consome, para não correr o risco de não encontrar o mesmo alimento no decorrer da viagem. Se o tutor quiser agradá-lo e ainda reforçar a sua hidratação, é recomendado oferecer alimento úmido com a mesma indicação da versão seca, para proporcionar o “mix feeding”, ou seja, a combinação do alimento seco e úmido. Esta é uma excelente alternativa, tanto pela praticidade de suas apresentações (em sachês e latas) como pela capacidade de hidratação.

 

Separe um kit de viagem do pet

Além de separar o alimento do pet, o tutor precisa preparar o enxoval de viagem. Os itens essenciais incluem: caixa de transporte, guia e coleira com o contato do tutor, comedouros (alimento e água), brinquedos, caminha, manta, itens de higiene (lenço umedecido, tapete higiênico, caixas de areia, shampoo, etc.) e remédios e pomadas para emergência, indicados pelo Médico-Veterinário. Ter à mão todos os itens que seu pet precisa torna a viagem mais tranquila e menos estressante para o animal e consequentemente também para o tutor.

 

Passeios ao ar livre

Se as brincadeiras ou passeios com o pet forem ao ar livre, é preciso tomar cuidados extras, principalmente com a exposição solar. Evite a exposição entre 10h e 16h. Ofereça água ao animal de estimação regularmente para evitar a desidratação e cuide para que as patinhas não sofram com o passeio, pois podem entrar em contato com o chão quente, areia e água salgada. É fundamental que os tutores ofereçam todo suporte necessário para que o animal se movimente sem incômodo algum. Nunca deixe seu pet solto, sem a guia, e não esqueça de levar sacolas para coleta de fezes do animal.

 

Cuidados em praias, sítios e fazendas

No campo ou em praias, além dos cuidados com o sol, os tutores precisam estar atentos às picadas de insetos. Em ambientes rurais, como fazendas e sítios, o ideal é fazer uma dedetização do ambiente, para garantir que os pets tenham dias de diversão e sem problemas. Esses cuidados também são recomendados para regiões litorâneas, onde a dirofilariose canina ou parasita do coração, pode ser transmitida por meio de picadas de mosquitos. A transmissão desta zoonose costuma ser maior nas estações mais quentes, quando muitos tutores levam seus pets para a praia.

 

Avalie se a viagem é a melhor opção para o bem-estar do seu pet

Mudanças na rotina podem gerar estresse em animais que não estão acostumados com novos ambientes e pessoas. No caso de gatos, é importante garantir que o local tenha segurança, com janelas teladas, além de água, comida e caixa de areia disponíveis. Consulte o Médico-Veterinário para dicas de práticas cat friendly, que podem deixar o ambiente mais agradável para o felino. E caso a viagem não seja uma opção, hotéis e pet sitters podem ser uma alternativa para deixar o animal em segurança.

 

Mars



A um ano das eleições municipais, 47% dos eleitores paulistas declaram ter interesse alto ou muito alto por política

Pesquisa realizada pela APPC Consultoria e Pesquisa, em parceria com o consultor eleitoral Wilson Pedroso, é um termômetro para o sentimento do eleitorado para 2024

 

Faltando apenas um ano para as eleições municipais de 2024, quase metade dos eleitores paulistas declaram ter interesse alto ou muito alto pela política. Além disso, 87% confirmam intenção de votar no próximo pleito. Os dados são de pesquisa realizada pela APPC Consultoria e Pesquisa, em parceria com o consultor eleitoral Wilson Pedroso, e apontam para uma tendência de alto envolvimento do eleitorado do Estado de São Paulo com as disputas políticas do próximo ano.

A pesquisa foi realizada com 1.015 moradores do Estado de São Paulo, entre os dias 9 e 15 de setembro de 2023. Foram ouvidos eleitores de 236 municípios localizados no interior, litoral e região metropolitana de São Paulo. O levantamento da APPC mostra que 12,9% dos eleitores declaram ter interesse “muito alto” por política e outros 34,4% afirmam ter “alto” interesse pelo tema. Aqueles que responderam ter interesse “muito baixo” ou “nenhum” somam menos de 25% do total.

Além disso, 45% dos eleitores declararam que o interesse por política “aumentou” hoje, em comparação com os últimos dez anos; 27% disseram que o interesse é “igual” e outros 26,7% disseram que o interesse “diminuiu” na última década. Os entrevistados também responderam sobre a frequência com que costumam conversar sobre política com amigos e familiares. A maioria (61%) declara que “sempre” ou “quase sempre” tem conversas sobre política.



Interesse por política / Interesse por política nos últimos 10 anos





“Essa pesquisa é um termômetro importante do sentimento do eleitor paulista para 2024. Ela nos mostra que as pessoas estão interessadas por política e que esse interesse aumentou nos últimos anos. Além disso, a política tomou conta do cotidiano das pessoas, elas estão falando mais sobre o assunto. Todos esses fatores devem ser observados pelos futuros candidatos. Um eleitor que se interessa e se informa, tem melhores condições de escolher e exercer o direito ao voto”, destaca Wilson Pedroso, consultor eleitoral e analista político.



Intenção de votar


Para a próxima eleição municipal, 87% dos eleitores paulistas dizem que pretendem ir votar. Os que não pretendem ir às urnas são 10%, enquanto 3% não responderam ou não souberam responder. O número de quem pretende votar é maior do que o observado na eleição municipal de 2020, quando, em meio à pandemia de COVID-19, o comparecimento foi de 72,7%, segundo o TSE.



Televisão ainda se destaca

A pesquisa também mapeou quais são os meios que as pessoas mais usam para se informar sobre política. Neste caso os entrevistados puderam mencionar mais de uma opção. Os portais de internet e sites de notícias são os meios mais comuns para se informar sobre política, com 45,7% de menções espontâneas. O segundo meio mais mencionado foi a televisão, com 39%, seguido pelas redes sociais, com 29,2%.

A televisão, que ficou em segundo lugar no geral, lidera a preferência das pessoas com idade entre 45 a 59 anos (47%) ou 60 anos ou mais (46,2%). As redes sociais são mais mencionadas por jovens de 16 a 24 anos (38%).

“Os resultados da pesquisa são compatíveis com a evolução tecnológica experimentada pelas novas gerações de eleitores, que não só consomem diferentes meios de comunicação como também utilizam linguagens próprias. O grande desafio para os candidatos será montar equipes profissionais para garantir que sua comunicação chegue aos diversos públicos de maneira eficaz em um curto espaço de tempo. Neste sentido, o amadorismo nas campanhas eleitorais pode sair muito caro para quem pretende ser competitivo.”, conclui Hilton Cesario Fernandes, cientista político e diretor de pesquisas da APPC.



O sistema de Saúde brasileiro precisa de um novo modelo de governança

 A administração e a governança do sistema de Saúde brasileiro são complexas e caras, exigindo boa administração e supervisão. Em 2019, mais de 6% das despesas correntes com a saúde foram destinadas à governança e à administração do sistema de Saúde. Esta é uma porcentagem mais elevada do que em quase todos os países da região da

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE - formada por países-membros que se dedicam a promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar social) e mais do dobro da média da OCDE. O Brasil precisa avaliar cuidadosamente os custos e benefícios de seu atual modelo de governança. 

Problemas de desempenho sérios e caros envolvem o sistema de Saúde no Brasil. Devido ao uso excessivo, subutilização e mau uso dos cuidados de saúde, os pesquisadores estimam que cerca de 40% dos custos de Saúde são gerados pela má qualidade na gestão do setor. 

Conforme indicado no Livro de Jogadas, de Warren Buffett, “preço é o que você paga, mas valor é o que você recebe”. Os compradores de benefícios para a saúde devem se concentrar no valor, não no preço. O preço é uma parte importante da equação, mas não faz sentido se você não souber o valor do que está recebendo por esse preço. Infelizmente, na área da Saúde, somos obcecados por preços unitários. Em nenhum outro mercado ou domínio da vida, prestam tanta atenção ao preço e tão pouca atenção ao valor. 

Hoje, os prestadores de serviços de Saúde recebem por quantidade, não por qualidade. Serviços com baixo desempenho são mantidos no mercado e recompensados. Os de melhor desempenho são penalizados financeiramente e desmoralizados profissionalmente. As consequências são óbvias. 

Em nítido contraste com praticamente todos os outros setores, a Saúde é bastante opaca. A área da Saúde está cheia de tomadores de decisão - consumidores, médicos e outros prestadores, planos de saúde - que carecem de informações para tomar decisões. 

É preciso ouvir e entender a recomendação – o sistema de Saúde brasileiro precisa de novo modelo de governança, precisa de uma Política Nacional que atenda a todos.

 

Mara Machado - CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), que há quase 30 anos capacita pessoas e contribui com as instituições de saúde para reestruturar o sistema de gestão vigente, impulsionar a estratégia de inovação e formar um quadro de coordenação entre todos os atores decisórios. O IQG vem trabalhando com parceiros internos do setor e externos para favorecer a geração de novas frentes para o sistema e colocar os prestadores de serviços em posição mais ativa. Atua no desenvolvimento de novas e modernas soluções para atender com agilidade as exigências do mercado atual.


Pesquisa revela que 60% dos acidentes nas rodovias foram causados por fadiga e sonolência

Na contramão destes índices, o programa “Medicina do Sono”, iniciativa das empresas regulares de transporte terrestre, se consolida como aliado do cuidado com saúde dos motoristas e pode ser decisivo para redução de acidentes nas rodovias

 

Cerca de 60% dos acidentes registrados nas rodovias brasileiras foram causados por fadiga e sonolência excessiva. É o que aponta pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), em 2019. 

De acordo com o levantamento, do total de veículos envolvidos, apenas 1,9% se referem a ônibus rodoviários. Várias iniciativas implementadas pelas empresas de ônibus regulares, contribuem para esse índice tão baixo, dentre elas destaca-se a implementação do programa Medicina do Sono, desenvolvido para promoção de práticas em favor da saúde dos motoristas de transportes terrestres. O projeto foi criado por iniciativa dessas em parceria com um médico especialista em medicina do sono, Dr Sérgio Barros. 

Criado há duas décadas, o projeto preza pela segurança no trânsito por meio de testes e abordagens clínicas especializadas e individualizadas, a fim de proporcionar a educação, prevenção e conscientização de quem trafega pelas estradas brasileiras e é voltado às empresas que realizam linhas regulares autorizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 

Com sete laboratórios de polissonografia estruturados nas garagens algumas das principais companhias pelo país, o programa já realizou no total, quase 40 mil exames e destes, 7,6 mil exames de polissonografia, actigrafia, latência e manutenção de vigília e aplicou ainda aproximadamente 750 mil testes de fadiga e vigília, antes de cada liberação de viagem. 

“Quando o motorista se sente cuidado, todos saem ganhando. O profissional com saúde tratada se torna tão seguro quanto um assintomático”, observou o coordenador e criador do programa, o médico Sérgio Barros.

Ainda de acordo com o especialista, a ideia é que todo o tratamento seja feito de forma preventiva para diminuir os fatores de risco. “Hoje, o número de motoristas em não conformidade para início de viagem é de menos de 1%. O teste do bafômetro, que é obrigatório antes do embarque, tem o índice de 0,01% de anomalia”, destacou. 

Outro recurso da iniciativa é a sala de estimulação do alerta, onde os motoristas têm experiências em ambientes distribuídos nos pontos de paradas estratégicos. Durante 20 minutos, eles praticam exercícios de alongamento, bicicleta ergométrica e recebem alimentação balanceada, “já que o consumo de alimentos ricos em açúcar e de difícil digestão podem interferir diretamente no rendimento do profissional”, explica o médico. No local, os profissionais participam ainda de sessões de cromoterapia e luxterapia, para inibir a produção do hormônio do sono, a melatonina. 

Palestras e cursos também fazem parte do programa, para orientação sobre a importância da qualidade de vida dos colaboradores em relação à saúde física e mental, além dos cuidados com a sonolência, “fator que pode ser associado a fatores como doenças pré-existentes como apneia, pressão alta, ansiedade, depressão e obesidade, por exemplo”, afirmou o médico. 

Ainda segundo o especialista, o programa promove conhecimento à família dos motoristas, relação que é um dos pontos-chave no tratamento, explica o médico.“Quando eles entendem que o descanso e a qualidade de vida são extremamente importantes, tudo se alinha. Com o bem-estar dos colaboradores em ordem tudo funciona de forma mais fácil, segura e respeitosa”, afirma o Dr. Barros.
 

Iniciativa merece ser multiplicada

“Nas empresas de ônibus todas as ações voltadas à segurança são uma prioridade e é vital que se dedique aos motoristas atenção e cuidado, já que o fator humano nessa equação é preponderante. Sendo assim, cuidar da saúde dele também faz com que o profissional se sinta mais engajado na missão”. A observação é do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), Paulo Porto, que acredita que a iniciativa merece ser multiplicada e adotada pela maior parte das empresas regulares da categoria. Hoje aderem ao programa empresas que transportam cerca de 16 milhões de passageiros por ano de um setor regular que atingiu 37 milhões de passageiros transportados no ano de 2022. 

O executivo destaca que empresas que aderiram ao programa Medicina do Sono registram excelentes resultados nos índices de sinistros gerais e melhor ainda quando se avaliam a prevenção de acidentes por consequência de fadiga ou sonolência excessiva no volante, bem observa ainda que os números do programa refletem a efetividade dos investimentos no programa para a segurança de todos. 

“A vida e a segurança dos clientes são nossa missão enquanto operadores do transporte de pessoas, além disso há um prejuízo efetivo aos resultados das empresas em decorrência da insegurança nas rodovias e mitigar riscos é algo essencial. Entendemos que, quanto mais se investe, mais impactos positivos geramos para o setor e para os demais usuários das rodovias nacionais”, concluiu.
 

 ABRATI


A volta para os escritórios: aprenda a guiar a retomada do modelo híbrido ou presencial na sua equipe

Especialista mostra como empresas e profissionais de RH podem manter colaboradores engajados e satisfeitos com o retorno ao convívio diário

 

O distanciamento social obrigatório provocado pela pandemia de Covid-19 forçou muitas empresas a substituírem o modelo de trabalho presencial pelo home office. Hoje, algumas organizações ainda mantêm o modelo remoto, mas outras estão voltando gradualmente aos escritórios. Por estarem muito tempo trabalhando de casa, é normal que alguns colaboradores estranhem essa retomada, de modo que é importante o RH estar presente e criar ações corporativas para auxiliá-los. 

Esse movimento está claro nas pesquisas recentes. Em 2021, 57,5% das empresas estavam em home office; já em 2022, a porcentagem caiu para 32,7%, segundo levantamento da FGV Ibre. Outra pesquisa, realizada pela Indeed, mostrou que apenas 7,7% das vagas anunciadas no Brasil em março de 2023 ofereciam a possibilidade de trabalhar de casa. 

“A decisão de voltar aos escritórios impacta diretamente no dia a dia dos funcionários. Por isso, é importante que os profissionais de Recursos Humanos estejam atentos a como cada um lida com essa decisão e, além disso, criem ações visando o engajamento e satisfação do time. O bem-estar dos funcionários está diretamente ligado à sua produtividade”, explica Wander Luiz de Camargo Filho, gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil, empresa especializada em benefícios corporativos. 

Outra pesquisa realizada pelo Infojobs e o Grupo Top RH mostrou que 73,9% dos profissionais brasileiros afirmaram que as empresas e o RH não criaram nenhuma ação de engajamento para o retorno ao presencial.

Pensando nisso, o especialista Wander Luiz, apontou algumas ações que podem ajudar as empresas que pretendem flexibilizar o modelo de trabalho e se preocupam com o bem-estar dos seus funcionários, confira;
 

Escute os colaboradores

Ouvir os funcionários e conhecer as suas necessidades e preferências é fundamental para saber suas expectativas em relação à retomada ao presencial. Deste diálogo podem sair acordos e ajustes, como o melhor dia para ir ao escritório, no caso do modelo híbrido, ajuda no transporte, entender as dificuldades do retorno, problemas de deslocamento, entre outros pontos.
 

Crie um bom clima organizacional

O clima organizacional está diretamente ligado à percepção de cada colaborador sobre o ambiente de trabalho — suas impressões, se ele se sente valorizado e bem tratado pelos gestores, como ele se relaciona com colegas de equipe, entre outros fatores. Esses pontos influenciam a vontade e a disposição do colaborador de ir presencialmente ao escritório.
 

Incentive o cuidado à saúde

A saúde física e mental é um dos benefícios que os colaboradores mais buscam nas empresas, fator decisivo para o bem-estar do time. Mesmo estando no ambiente corporativo, é possível cuidar da qualidade de vida dos profissionais e não deixar que eles se sintam sem tempo para cuidar de si. “Incentivar a alimentação saudável, promover atividades físicas, oferecer acesso a psicólogos e médicos do trabalho, conversar sobre campanhas necessárias, como o Setembro Amarelo, podem ser algumas boas opções”, comenta o gerente de desenvolvimento organizacional da Up Brasil.
 

Invista em um ambiente acolhedor e funcional

Uma ótima opção é considerar mudanças no escritório para que as pessoas tenham um ambiente funcional. Investir em telas duplas, mesas ergonômicas, que mudam de altura e podem ser configuradas durante o dia, alteração do design do escritório com adição de plantas e uma iluminação com cores neutras, podem contribuir para mais concentração, acolhimento e bem-estar. 

Outro ponto importante é a localização. Algumas empresas têm mudado para lugares mais próximos de centros comerciais com shoppings e estações de metrô, criando uma facilidade de deslocamento e a diversificação de alimentação.
 

Ofereça benefícios que vão além dos tradicionais

Pensando mais nos colaboradores, empresas podem oferecer modelos de benefícios além daqueles tradicionais, que tornem o cotidiano mais fácil de alguma maneira — seja relacionado a saúde, alimentação ou até mesmo questões financeiras. A satisfação e a motivação dos colaboradores também está ligada diretamente com situações fora do ambiente de trabalho, então a volta aos escritórios pode ficar mais fácil se o profissional se sentir acolhido. 

“Os problemas financeiros são um bom exemplo do que pode afetar a rotina. No final do ano passado, o Serasa fez uma pesquisa em parceria com a Opinion Box e descobriu que 86% das pessoas com dívidas tinham dificuldades de dormir. Imagina esses profissionais tendo que levantar cedo no outro dia para ir ao trabalho? Um cartão de antecipação salarial é uma solução simples para aliviar o orçamento, auxiliando pessoas com imprevistos financeiros”, sugere Wander.
 

Up Brasil

Cursos 100% gratuitos: até dezembro, Senac São Paulo disponibilizará mais de 5 mil vagas de bolsas de estudos nas áreas de moda, beleza e bem-estar

As vagas são para cursos Livres e Técnicos e estão distribuídas entre as 63 unidades do Estado de São Paulo. O material didático está incluso  

Até o final deste ano, o Senac São Paulo, por meio do Programa Senac de Gratuidade, disponibilizará 5 mil bolsas de estudos 100% gratuitas, com material didático incluso, para quem deseja realizar algum curso nas áreas de moda, beleza e bem-estar. Os títulos, dentro das modalidades técnicos e livres, abrangem diversas atividades de rápida conclusão e alta empregabilidade, para quem deseja entrar no mundo do trabalho ou empreender nesse setor.  

São cursos como Design de barba, Gestão de salão de beleza e Maquiagem, Técnicas básicas de costura e Modelagem para saias, vestidos, vestuário PET, peças infantis entre muitos outros. Para acessar as oportunidades é preciso cumprir os seguintes pré-requisitos:

- Comprovar renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos federais;

- Fazer sua inscrição 20 dias antes do início do curso escolhido, sempre a partir do meio-dia, pelo site do Programa Senac de Gratuidade, pois as inscrições são por ordem de chegada em uma fila de espera virtual,

- Entregar os documentos solicitados pela unidade relativa à vaga dentro do prazo estipulado. 

Nos últimos 10 anos mais de 1 milhão de estudantes já passaram pelo Senac São Paulo com bolsas de estudo integrais. O índice de empregabilidade entre os concluintes supera os 70% (Departamento Nacional do Senac, 2020). 

Além do Programa Senac de Gratuidade, a instituição oferece bolsas também via Programa Senac de Aprendizagem, além de contar com políticas de descontos, que vão de 20% a 50%, abrangendo outros níveis de ensino, como Ensino Médio Técnico, ensino superior, cursos de idiomas, entre outros. Nestes casos, dependendo do título escolhido, os descontos são viabilizados para egressos de escolas públicas, alunos e ex-alunos da instituição e para quem é proprietário ou trabalha em empresas contribuintes do Senac, e seus respectivos dependentes. Existe um site específico com detalhes sobre esses descontos e condições de pagamento.

 

Serviço:

Programa Senac de Gratuidade

Informações e inscrições: site do Programa Senac de Gratuidade

 Quer saber? Senac!


Metaversos vs multiversos literários: quem vence?

 

Divulgação
 Renata Dembogurski

É fato que, quando lemos um livro, vivenciamos os sentimentos dos personagens e aprendemos com eles. Mas, em um mundo de pixels e avatares, o livro tem ficado de lado, e qual o resultado disso? O fascínio pelo digital molda o comportamento, especialmente entre os mais jovens. Afinal, as tecnologias têm oferecido realidades cada vez mais imersivas.

A origem dos metaversos pode ser rastreada até as páginas dos romances dos anos 1930. A ironia? Essa mesma literatura, mãe dos universos digitais, agora parece estar massacrada por sua prole.

Um livro é uma ponte para outras realidades, para sentimentos profundos e experiências que transcendem o tempo e o espaço. Cada história é uma viagem a um universo ou multiverso e cada leitor é um viajante. Enquanto metaversos e games prometem perfeição, uma imersão em mundos onde as regras podem ser reescritas, a literatura nos lembra da beleza do imperfeito. Derrotas, alegrias, amarguras - elas moldam e ensinam. A literatura abraça essas complexidades ao mostrar personagens em suas jornadas repletas de desafios e crescimento.

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Metaversos e videogames, com seus gráficos alucinantes e interatividade sem limites, oferecem uma experiência diferente. Eles focam no ideal de perfeição e deixam o controle nas mãos do usuário. Tendências recentes, como as lives NPC no TikTok, turvam ainda mais as linhas entre realidade e ficção. E essa constante busca pelo digital pode gerar ansiedade por gratificações imediatas.

O apelo do digital é inegável. No entanto, é importante reconhecer e valorizar as experiências que nos conectam com a complexidade da condição humana. Os livros têm feito isso por séculos, servindo como janelas para mundos, multiversos e mentes diferentes.

Metaversos, videogames, VR e redes sociais têm seu lugar, mas os livros continuam sendo essenciais na formação dos jovens. Eles nos lembram quem somos, de onde viemos e para onde podemos ir.

É hora de repensar o que oferecemos aos jovens e a nós mesmos. Devemos criar oportunidades de ser transportado, não por bytes, mas por palavras. Afinal, o conhecimento não está na tela, mas nos conteúdos que contam histórias e ensinam, e no coração de quem os lê.

 

Renata Dembogurski - escritora, ghostwriter, diretora de redação publicitária e roteirista. Autora do livro de multiverso Virkadaz.


Metaversos vs multiversos literários: quem vence?

É fato que, quando lemos um livro, vivenciamos os sentimentos dos personagens e aprendemos com eles. Mas, em um mundo de pixels e avatares, o livro tem ficado de lado, e qual o resultado disso? O fascínio pelo digital molda o comportamento, especialmente entre os mais jovens. Afinal, as tecnologias têm oferecido realidades cada vez mais imersivas.

A origem dos metaversos pode ser rastreada até as páginas dos romances dos anos 1930. A ironia? Essa mesma literatura, mãe dos universos digitais, agora parece estar massacrada por sua prole.

Um livro é uma ponte para outras realidades, para sentimentos profundos e experiências que transcendem o tempo e o espaço. Cada história é uma viagem a um universo ou multiverso e cada leitor é um viajante. Enquanto metaversos e games prometem perfeição, uma imersão em mundos onde as regras podem ser reescritas, a literatura nos lembra da beleza do imperfeito. Derrotas, alegrias, amarguras - elas moldam e ensinam. A literatura abraça essas complexidades ao mostrar personagens em suas jornadas repletas de desafios e crescimento.

Metaversos e videogames, com seus gráficos alucinantes e interatividade sem limites, oferecem uma experiência diferente. Eles focam no ideal de perfeição e deixam o controle nas mãos do usuário. Tendências recentes, como as lives NPC no TikTok, turvam ainda mais as linhas entre realidade e ficção. E essa constante busca pelo digital pode gerar ansiedade por gratificações imediatas.

O apelo do digital é inegável. No entanto, é importante reconhecer e valorizar as experiências que nos conectam com a complexidade da condição humana. Os livros têm feito isso por séculos, servindo como janelas para mundos, multiversos e mentes diferentes.

Metaversos, videogames, VR e redes sociais têm seu lugar, mas os livros continuam sendo essenciais na formação dos jovens. Eles nos lembram quem somos, de onde viemos e para onde podemos ir.

É hora de repensar o que oferecemos aos jovens e a nós mesmos. Devemos criar oportunidades de ser transportado, não por bytes, mas por palavras. Afinal, o conheciment
o não está na tela, mas nos conteúdos que contam histórias e ensinam, e no coração de quem os lê.

 

Renata Dembogurski - escritora, ghostwriter, diretora de redação publicitária e roteirista. Autora do livro de multiverso Virkadaz.

 

Dia das Crianças

Brasil ultrapassa 630 crianças e adolescentes superinteligentes identificados por entidade global 

Segundo dados da Associação Mensa Brasil, representante oficial no País da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, estado de São Paulo lidera o ranking dos menores identificados, com 245 superinteligentes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 70, e Minas Gerais, com 67
 
Entidade defende a adoção de um sistema nacional e estruturado de avaliação da inteligência das crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental



Nesta semana em que se comemora o Dia das Crianças, na quinta-feira, dia 12/10, a Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País e representante oficial no País da Mensa Internacional, principal organização de alto Quociente de Inteligência (QI) do mundo, informa que o Brasil ultrapassou a marca de 630 crianças e adolescentes superinteligentes identificados no território nacional.
 
Segundo mapeamento da entidade, do total de menores identificados no Brasil, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 245 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 70 pessoas, e Minas Gerais, com 67 (veja ranking completo abaixo).
 
A primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha 9 anos. Já em setembro de 2011, ingressou na associação um membro ainda mais novo, com 7 anos de idade. Os identificados mais novos atualmente pela Mensa Brasil possuem 2 e 3 anos de idade. No total de brasileiros identificados de todas as idades, a entidade reúne mais de 2,9 mil pessoas superinteligentes.
 
Para a entidade fazer a identificação de menores e integrar no quadro de associados, basta os pais ou responsáveis submeterem laudos de testes de inteligência, feitos de maneira particular com profissionais credenciados oficialmente para tal.  
 
A Mensa Brasil defende a adoção de um sistema nacional e estruturado de avaliação da inteligência das crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental. Na visão da entidade, esse modelo estruturado de avaliação deve servir de base para a identificação dos chamados superinteligentes já nos primeiros anos de vida escolar, seja em instituições públicas ou privadas e independente do período escolar vigente, no sentido de promover o direcionamento e o desenvolvimento dos potenciais intelectuais no Brasil, garantindo atendimento e educação apropriados desses indivíduos. 
 
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil, a promoção de políticas públicas nesta área é estratégica para a evolução social, econômica e ambiental do País. “Além de melhorar os indicadores educacionais, tais medidas auxiliam na identificação de indivíduos com potencial cognitivo excepcionalmente elevado e que, com o adequado suporte socioeducacional, vão oferecer relevantes contribuições ao desenvolvimento da nação, em diversas áreas”, explica.
 
“O Brasil é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada. Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, aponta Sauaia.

 

Total de menores identificados pela Mensa Brasil por estado


Sobre a Associação Mensa Brasil
 
Fundada em 2002, a Associação Mensa Brasil é a afiliada brasileira oficial da Mensa Internacional, a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto quociente de inteligência (QI) do mundo. Ela congrega pessoas com altas capacidades intelectuais, tendo como único requisito de ingresso possuir QI acima de 98% da população em geral, comprovado por teste referendado de inteligência. A entidade coordena, representa e mobiliza seus associados, com foco em três objetivos principais: (i) identificar e promover a inteligência humana em benefício da humanidade; (ii) estimular pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência; e (iii) prover um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus associados.
 
Mensa Internacional é a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto QI do mundo. Foi criada com o objetivo de promover a inteligência como ferramenta estratégica para o desenvolvimento e a evolução da humanidade. A palavra Mensa significa “mesa”, em Latim, em referência à natureza de mesa-redonda da organização, representando a união de iguais, impendentemente de características como etnia, cor, credo, nacionalidade, idade, visão política, histórico educacional ou socioeconômico.


Apenas 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada aos filhos


       Pesquisa inédita produzida pela Serasa para marcar o Dia das Crianças releva como é o comportamento financeiro praticado entre pais e filhos;


       Oito em cada 10 pais dizem conversar com seus filhos a respeito de educação financeira;


       “Produtos caros ou baratos” e “O que é possível ou não comprar” são os temas que costumam dominar a conversa sobre finanças entre família;


       72% dos pais não fazem investimento ou poupança que contribua para o futuro dos filhos;


       Tíquete médio de mesada no Brasil não ultrapassa os R$ 100; 53% dos pais, porém, conseguem dar mesada de até R$ 60;


       Objetivo principal da mesada costuma ser para pagar o lanche na escola (33%) e ensinar as crianças a economizar (32%).

 

Embora seja uma ferramenta de educação financeira conhecida entre as famílias brasileiras, 61% dos pais não proporcionam mesada aos filhos. É o que aponta a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, para marcar a passagem do Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro. 

Entre os pais que dão mesada aos filhos, o costume é maior para a faixa de crianças de 6 a 11 anos (54%), seguido pela faixa etária de 15 a 18 anos (45%). A maioria dos genitores adota a tradicional frequência mensal (62%). 

O valor médio da mesada no Brasil é de até R$ 100 – valor concedido por 74% dos pais entrevistados. Essa quantia é destinada, principalmente, para comprar lanche na escola (33%) e para ensiná-los a poupar para o futuro (32%). 

A segunda intenção pode ser relevante para as crianças, pois os próprios adultos não têm esse comportamento na prática. Isso porque 72% dos pais não fazem qualquer tipo de investimento ou poupança para os filhos atualmente. E mesmo entre os genitores que têm esse hábito, 50% admitem não ter uma conta específica para a finalidade, realizando a ação dentro da sua própria conta bancária. 

Um dado curioso do estudo é que 72% dos pais dizem não conhecer soluções financeiras voltadas para crianças e adolescentes. Dentre os que afirmam ter informações, os serviços que têm algum destaque são a Conta Digital Kids do Banco Inter (8%), o Cartão Adicional Mesada da Caixa Federal (5%) e o Nextjoy do Banco Next (4%).

 

Mudança de mentalidade 

A falta de tato para abordar finanças ainda na infância pode estar relacionada a um comportamento cultural, pois 56% dos pais não lembram de, quando crianças, terem conversado com seus pais a respeito de finanças. Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e nas classes D e E (64%). 

Mas esse cenário parece estar mudando. Oito em cada 10 pais dizem conversar com os filhos a respeito do tema. Entre eles, 24% começam a abordá-lo quando as crianças têm até 5 anos e 23% com os pequenos na faixa de 6 a 8 anos. A introdução da educação financeira e finanças pessoais ocorre principalmente quando esclarecem “quais produtos são caros ou baratos ou o que é possível ou não comprar” (41%), seguido por “mostrar a importância de guardar dinheiro” (40%). 

O conteúdo da pesquisa faz parte da série “Serasa Comportamento”, ação que divulga mensalmente, por intermédio de uma live, estudos e análises a respeito da relação que a população mantém com o dinheiro.



Serasa
www.serasa.com.br
@serasa


Quatro estratégias para cobrar clientes inadimplentes ainda em 2023

Cobrar clientes inadimplentes é uma das tarefas mais delicadas que toda empresa passa em algum momento. Afinal, ninguém gosta de ser cobrado, ainda mais quanto a dívidas pendentes com algum empreendimento. E, com a chegada do final do ano e a expectativa de muitos consumidores em adquirir diversos produtos por preços mais em conta, adotar uma boa estratégia de cobrança será fundamental para auxiliá-los a limpar seu nome e, com isso, elevar as vendas em uma época extremamente importante para o comércio.

O poder econômico de muitos clientes foi severamente prejudicado com a pandemia. Em dados divulgados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), como exemplo, foi identificado que a parcela de famílias com dívidas ficou em 78,9% em novembro de 2022, quantia 75,6% superior à registrada em novembro do ano anterior.

Reduzir a inadimplência, neste cenário, pode ser um tremendo desafio para muitos negócios. Por isso, confira abaixo quatro dicas que podem auxiliar a sua empresa nessa tarefa em prol de resultados eficazes:


#1 – Entenda o perfil do inadimplente: toda empresa quer que o inadimplente volte a ser um consumidor ativo com a marca. Mas, para isso, precisam, primeiramente, entender a situação na qual cada um se encontra – de forma que consigam entrar em contato oferecendo soluções de pagamento personalizadas e cabíveis à sua realidade. Este cliente precisa ser ouvido quanto a suas dores, recebendo soluções que possam arcar e que, ao mesmo tempo, permita à marca reconquistá-lo para novas compras.


#2 Não seja excessivo: ser invasivo e excessivo nas mensagens de cobrança não trará nada positivo para a empresa, apenas elevará as chances de prejudicar sua imagem no mercado e fazer com que o cliente vá para o concorrente. A comunicação com o inadimplente precisa ser a mais empática possível, ressaltando a importância de limpar o seu nome em prol de retomar seu poder de compras de forma saudável. Afinal, estar adimplente significa ter mais crédito no mercado para futuras aquisições, sem empecilhos que possam barrar este processo.


#3: Crie uma abordagem personalizada: o final do ano é uma época muito aguardada pelo comércio, pois marca a chegada das compras de Black Friday e Natal. Quem também espera esse momento sãos os consumidores, que buscam aquirir itens com preços mais baratos. Esse é o momento ideal para a sua empresa ajudá-los a não se tornarem mais inadimplentes, por meio de soluções personalizadas que os tornem economicamente ativos novamente. A abordagem precisa ser individualizada e amistosa, para que se sintam acolhidos e consigam encontrar a melhor estratégia para cada necessidade.


#4 Escolha o melhor canal de comunicação: cada cliente tem sua própria preferência no que diz respeito ao canal que preferem ser abordados, e identificar isso é um dos pontos mais importantes para o sucesso da cobrança. Dentre as opções do mercado, os canais digitais oferecem grandes vantagens para esse processo, possibilitando que as empresas entrem em contato de forma mais rápida e eficiente trazendo as soluções personalizadas. Assim, os consumidores podem responder no momento mais apropriado, garantindo que se sintam mais confortáveis nesse momento.

As empresas precisam ter claro em mente que uma boa estratégia de cobrança não deve focar em mensagens invasivas quanto a essa dívida, mas sim em soluções apropriadas e cabíveis às suas condições. Até porque, a única forma de conseguirem fazer com que esse cliente volte a comprar da marca, é por meio de uma abordagem amistosa e próxima, encontrando sinergia entre as demandas do negócio e as dos consumidores.

Com isso, é dever das marcas clusterizar seus inadimplentes, criando grupos conforme os canais mais aderentes para cada um para que, dessa forma, assegurem segurança e comodidade nos devidos pagamentos. No final, todo cliente escolherá com qual empresa irá se relacionar e arcar com suas dívidas, e apenas aquelas que os tratarem com proximidade e de forma humanizada, conseguirão retê-los e satisfazê-los em um momento financeiro tão delicado para todos.

 

Luiz Correia - Head comercial da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

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