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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Cuidados com o coração: conheça os principais exames cardiológicos

Médico da BP aponta que dor no peito, tontura ou falta de ar podem ser sinais para procurar um especialista; confira dicas para manter o ritmo cardíaco saudável

 

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil, correspondendo a 30% de todos os óbitos no país.¹ O Ministério da Saúde estima que 14 milhões de pessoas apresentam algum problema cardíaco, e pelo menos 400 mil morrem anualmente.² A hipertensão arterial, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, atinge cerca de 25% da população adulta brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão 

Diante desses dados, o médico Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do país, destaca a importância do histórico clínico e do exame físico para prevenir e acompanhar complicações cardiovasculares. ”Com uma ausculta cardíaca adequada, é possível obter muitas informações”, comenta. Nessa etapa são avaliados os sinais vitais, palpação e escuta dos pulsos, observação das veias, inspeção e palpação do tórax, e percussão. 

O especialista recomenda que as pessoas busquem um profissional quando sentirem dor no peito, tontura, palpitação ou falta de ar, especialmente após esforço físico intenso. Outros sinais de alerta incluem sudorese durante a noite, inchaço nas pernas (que pode refletir em edema), inchaço na barriga e características mais importantes como colesterol, glicemia alterada ou medida da pressão arterial elevadas. O colesterol em excesso, por exemplo, pode se acumular e levar à formação de placas de gordura. 

Os fatores de risco são variados, abrangendo desde tabagismo, consumo exagerado de álcool, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e sedentarismo, até poluição do ar, apneia do sono e distúrbios de tireoide. A incidência também é grande em pessoas com diabetes, que têm o dobro de risco chances de sofrer de um infarto.⁴ 

A herança genética é outro aspecto relevante e que pode influenciar na probabilidade de ocorrência da doença. “Se os pais manifestarem problemas cardiológicos, sendo homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos, a criança deverá ter o exame de colesterol dosado até os 12 anos de idade”, indica Marcelo. O médico recomenda ainda realizar a avaliação cardiológica a cada cinco anos e reforçar o acompanhamento periódico, especialmente após os 40 anos. 

 

Exames cardiológicos 

Pela característica intermitente de algumas doenças, é possível que elas não sejam identificadas inicialmente, sendo necessário procedimentos complementares, explica Marcelo. O principal exame é o eletrocardiograma, que monitora o coração por eletrodos na pele e registra o sinal elétrico em papel, permitindo analisar a frequência cardíaca. Em seguida, o ecocardiograma, que utiliza ondas sonoras para obter imagens do coração. 

Outro exame relevante para a investigação cardiovascular é o teste ergométrico, que analisa como o paciente reage ao ser submetido a uma atividade de esforço físico em uma esteira ou bicicleta. Além disso, exames de sangue contribuem com informações sobre as dosagens das enzimas cardíacas e os peptídeos natriuréticos tipo B (BNP), um hormônio liberado pelos ventrículos quando o coração sofre agressão, indicando o grau de insuficiência cardíaca. 

Os métodos de imagem incluem ainda a cintilografia de perfusão do miocárdio, que detecta radiações emitidas pela injeção de um radiofármaco, permitindo visualizar o fluxo sanguíneo que alimenta os principais músculos do coração; a tomografia computadorizada das artérias coronárias, que utiliza raios X para avaliar os vasos sanguíneos que suprem o músculo cardíaco; e a ressonância do coração, que usa um campo magnético para capturar detalhes da estrutura cardíaca. 

 

Histórico de inovações 

Centros de excelência em Cardiologia, como a BP, estão avançando em novas frentes terapêuticas com a utilização de técnicas combinadas para oferecer um tratamento multidisciplinar e cuidados integrados. Em 2021, a BP foi pioneira na implantação do menor marca-passo do mundo, o micra. O dispositivo, um marca-passo sem eletrodo (leadless pacemaker), tem um tamanho bem reduzido e é colocado diretamente dentro do coração, ancorado entre o músculo cardíaco, sem a necessidade dos cabos para estimulação, evitando o risco de infecção associada a dispositivos e fratura de eletrodo. 

Outra técnica precursora é a ablação percutânea, que consiste em levar um cateter até o coração, por dentro das veias, para cauterizar o foco que está gerando aumento da frequência cardíaca. O hub de saúde foi o primeiro hospital no Brasil a fazer esse tratamento em 1988. Além disso, são instalados plugs dentro das áreas do coração onde se formam os coágulos, isolando-as mecanicamente e protegendo o paciente de um AVC. A BP também foi pioneira nesse tipo de tratamento, realizando-o pela primeira vez em 2015.

 

Prevenção

Independente dos cuidados com o coração, a prevenção continua sendo o melhor caminho. É possível adotar medidas que ajudam a manter o ritmo cardíaco saudável. Confira algumas dicas: 

• Adotar uma alimentação balanceada como hábito para toda a vida.

• Praticar exercícios físicos regularmente, optando por uma atividade prazerosa.

• Eliminar o tabagismo e o consumo de outras drogas.

• Evitar o consumo excessivo de álcool, café, energéticos e tipos de chá com alta cafeína, como mate e chá verde.

• Controlar o estresse e cuidar da saúde emocional.

• Dormir o número adequado de horas de sono





BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo




¹ Doenças cardiovasculares: principal causa de morte no mundo pode ser prevenida. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2022/09/doencas-cardiovasculares-principal-causa-de-morte-no-mundo-pode-ser-prevenida. Acesso em 26 de julho de 2023.

² “Usar o coração para cada coração”: Dia Mundial do Coração. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/usar-o-coracao-para-cada-coracao-29-9-dia-mundial-do-coracao/. Acesso em 26 de julho de 2023.

³ Sobre a hipertensão. Disponível em: https://www.sbh.org.br/sobre-a-hipertensao/. Acesso em 26 de julho de 2023.

⁴ Pessoas com diabetes têm o dobro de risco para infarto agudo do miocárdio. Disponível em: https://diabetes.org.br/pessoas-com-diabetes-tem-o-dobro-de-risco-para-infarto-agudo-do-miocardio-2/. Acesso em 26 de julho de 2023.


TOC atinge milhões de brasileiros e prejudica a qualidade de vida

Internet
Especialista explica como a terapia cognitivo-comportamental pode ajudar no tratamento da doença


Muitos já devem ter ouvido piadas sobre Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido popularmente como ‘TOC’. A doença, no entanto, é coisa séria, e afeta a vida de quase 4 milhões de brasileiros. Segundo pesquisas, aproximadamente uma a cada 50 pessoas sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo no País - destas, cerca de 30% das que têm a doença se recusam a passar por tratamento.  

O TOC é definido por uma série de obsessões e manias que a pessoa apresenta na rotina. A principal característica do transtorno é a presença de crises pertinentes, recorrentes e pensamentos impulsivos e obsessivos que obrigam o indivíduo a repetir uma certa ação por diversas vezes, ou seja, os pensamentos mostram as mesmas imagens ou falas por um longo período. 

“Para quem sofre dessa doença, a única forma de controlar os pensamentos e vontades impulsivas é a realização das ações que são propostas, obedecendo cada critério e os instintos que perturbam. Essas atitudes se chamam compulsões, onde a própria pessoa pré-estabelece regras que são extremamente rígidas.”, explica a psicóloga Talita Padovan. 

A mente de alguém com TOC é constantemente bombardeada por ansiedade, medo e mal-estar. Tudo isso dá margem para comportamentos repetitivos. Recentemente, a atriz Luciana Vendramini relatou a sua vivência com o transtorno durante uma palestra na Escola de Psicanálise de São Paulo. “Cheguei a passar dez horas tomando banho, a demorar seis horas para conseguir levantar da cama e a ficar 11 dias sem comer, O TOC coloca tantas paranoias e manias na sua vida que fica quase impossível ter uma rotina, é muito ruim", contou.  

A atriz explicou ainda como o transtorno afetava o seu dia a dia, uma vez que precisava bater a porta do carro algumas vezes, usar o elevador sem paradas - caso alguém entrasse no meio, era preciso refazer o caminho completo - e pensar positivo ao passar por uma porta. Porém, só depois de cinco anos convivendo com a doença, Luciana procurou ajuda profissional e encontrou um equilíbrio. Além da atriz, outros famosos também enfrentam o transtorno. 

O cantor Roberto Carlos evita certas cores, como marrom e preto. Por isso, até retirou alguns clássicos de seu repertório, caso de “Negro Gato“. Já o azul está presente em toda a sua vida até os dias de hoje.  

O ator e comediante Renato Aragão, o Didi, também sofre com a doença. Na biografia “Renato Aragão: do Ceará para o coração do Brasil”, escrita pelo jornalista Rodrigo Fonseca, Didi revela que desenvolveu há aproximadamente 20 anos uma obsessão relacionada às cores que usa em seu dia a dia. Isso, para ele, significa vestir apenas azul e branco às segundas e sextas e apenas branco às terças. Às quartas e quintas, as cores são livres, com exceção do preto, que é proibido - a mesma condição vale para os finais de semana.

Já o famoso ator britânico Daniel Radcliffe, que interpretou o personagem Harry Potter, surpreendeu a todos ao confessar que possui transtornos obsessivos desde os 5 anos de idade. Um deles é repetir sussurrando cada frase que fala. 

 

Os Tratamentos para TOC 

Segundo a psicóloga Talita Padovan, quem sofre de TOC precisa procurar ajuda médica o quanto antes. Os profissionais da área da psicologia podem ajudar no controle da doença. “A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, é um ótimo processo terapêutico, pois  reduz os sintomas em 70% dos pacientes que realizam essa modalidade de tratamento, e em aproximadamente 30 % deles pode eliminar por completo os sintomas. Já em casos mais sérios, é necessário o complemento através do uso de medicamentos quando um psiquiatra julgar necessário”, explica a especialista.  

A TCC, como é conhecida, procura corrigir pensamentos distorcidos, crenças e hábitos disfuncionais. Através do processo terapêutico, o paciente poderá alterar padrões de pensamento e comportamento. “Um problema de ordem prática é o fato de a TCC ser um método pouco conhecido e pouco utilizado em nosso meio e ainda existirem poucos profissionais com experiência na sua aplicação prática”, pontua Talita Padovan.  

O TOC é uma doença que pode atingir a qualquer um, em diversos níveis e ações. Os pensamentos e manias sistemáticas podem se manifestar em tamanha profundidade a ponto de controlar e prejudicar o convívio social. Apesar de ser conhecido, grande parte da população não sabe que possui o transtorno. Fica a dica: a necessidade de realizar qualquer tarefa por repetidas vezes, de maneira obrigatória, pode ser um indicativo de TOC, sendo essencial procurar ajuda para compreender melhor o distúrbio de comportamento. 

 

Saúde mental no ambiente corporativo: Uma pauta inadiável

Nas últimas décadas, o ambiente corporativo foi palco de várias revoluções. Vimos a ascensão da era digital, a valorização do trabalho remoto e o foco crescente na diversidade e inclusão. No entanto, há uma área que ainda rasteja atrás do progresso: a saúde mental dos colaboradores e líderes. Mesmo com estudos contínuos apontando o alarmante crescimento dos transtornos mentais no ambiente de trabalho, muitas empresas ainda parecem adormecidas diante dessa realidade.

Uma pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a depressão será a doença mais incapacitante do mundo até 2030. Se traçarmos um paralelo com o ambiente corporativo, veremos que muitos dos gatilhos para transtornos mentais estão presentes ali: pressão por resultados, horas extras, metas inatingíveis e a constante necessidade de adaptação às mudanças.

Outro estudo, desta vez publicado no Journal of Occupational Health Psychology, apontou que o burnout, essa sensação de esgotamento profissional, não afeta apenas os colaboradores. Líderes, muitas vezes, estão tão ou mais vulneráveis. Afinal, carregam o peso de suas responsabilidades e, frequentemente, a de suas equipes.

Mas, então, o que fazer? Como garantir que o escritório, virtual ou físico, seja um ambiente de fomento ao bem-estar e não um caldeirão de estresse?


1. Abertura ao diálogo: A primeira medida é, sem dúvida, criar um ambiente em que as pessoas sintam-se à vontade para falar sobre suas angústias e desafios. A saúde mental ainda é cercada de estigmas, e cabe às organizações quebrar essas barreiras.


2. Flexibilidade: O modelo tradicional de trabalho, com horários rígidos e metas inflexíveis, está em descompasso com a realidade atual. É hora de entender que a produtividade não é medida pela quantidade de horas trabalhadas, mas pela qualidade do trabalho entregue.


3. Capacitação de líderes: Os gestores precisam ser treinados não apenas para extrair resultados, mas para cuidar de suas equipes. Isso envolve identificar sinais de esgotamento, promover pausas e encorajar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.


4. Programas de Apoio: As empresas podem investir em programas de saúde mental, oferecendo terapias, workshops sobre gestão do estresse e até mesmo aulas de meditação.


5. Política de descanso: Férias, feriados e fins de semana devem ser respeitados. O descanso é fundamental para a recuperação mental e emocional.

Temos, hoje, uma geração que valoriza mais do que nunca a saúde mental e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. E as empresas que não se adaptarem a essa realidade correm o risco de ficar para trás, perdendo talentos e, mais crucialmente, perdendo a humanidade.

No final das contas, empresas são feitas de pessoas. E cuidar da saúde mental é, antes de tudo, um investimento no bem mais valioso de qualquer organização: seu capital humano. É hora de fazer da saúde mental no ambiente corporativo uma prioridade, não apenas um tópico de conversa.

 

Francisco Carlos
CEO Mundo RH


40% das cirurgias plásticas realizadas no Brasil têm o objetivo de reparar ou restaurar alguma parte ou função do corpo

Especialista da rede São Camilo de SP explica como os benefícios funcionais vão além da estética

 

O número de cirurgias plásticas cresce a cada ano no Brasil e no mundo, porém, uma informação ainda pouco difundida é que existem procedimentos que vão além da estética e buscam corrigir ou restaurar funções importantes no organismo, como é o caso das cirurgias reparadoras ou reconstrutoras. 

Segundo dados coletados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ao menos 40% dos procedimentos realizados no país são de cunho reparador, sendo considerado um setor indispensável tanto quanto as demais vertentes do segmento. 

“Muitos brasileiros, quando pensam em cirurgia plástica, ainda vêem somente correções estéticas e procedimentos de beleza. Porém, o número de cirurgias reparadoras é muito significativo, e conhecer mais sobre os casos e como realizar o procedimento é de suma importância. É provável que todos conheçam ou tenham tido contato com alguém que já realizou ou vai precisar de uma cirurgia reparadora”, comenta o Dr. Walter Matsumoto, cirurgião plástico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Como o nome sugere, as cirurgias reparadoras ou reconstrutoras são indicadas para pacientes que desejam fazer uma correção ou reparação em estruturas danificadas por deformidades congênitas (de nascença) ou são lesões adquiridas no decorrer da vida, como no caso de acidentes, feridas ou doenças. Em pacientes oncológicos, a atuação mais comum acontece no câncer de pele e de mama.

Ainda que o aspecto estético também seja levado em consideração e possa ter influência na cirurgia, esse procedimento tem o seu foco nos benefícios funcionais que o paciente passará a ter ou quer recuperar.

Segundo o Dr. Walter, as principais cirurgias reparadoras são:

  • Reconstrução mamária;
  • Reparação de cicatrizes provocadas pelo câncer de pele; 
  • Reconstrução de traumas e fraturas na face;
  • Cirurgia reparadora de queimaduras de segundo ou terceiro grau;
  • Cirurgia reparadora pós-bariátrica;

Além dos casos citados, existem outras situações em que a intervenção cirúrgica reparadora pode ser indicada para a proteção do paciente, como a retirada de pintas e sinais, uma vez que podem se tornar tumores malignos, redução de cicatrizes e reconstrução de pacientes com lábio leporino, por exemplo.


Quais benefícios o procedimento proporciona?

As cirurgias reparadoras ou reconstrutoras possuem uma série de benefícios que os pacientes podem sentir logo após o período de recuperação do operatório. O primeiro deles é justamente recuperar as funções do organismo, deixando-as o mais próximo do considerado “normal” pela medicina. 

“Um paciente que tenha adquirido um trauma no nariz, por exemplo, pode apresentar dificuldades no processo de respiração, e a cirurgia pode não só corrigir esteticamente, devolvendo a autoestima e permitindo que respire melhor e tenha uma nova qualidade de vida. Qualquer área do corpo que tenha um papel importante pode ser prejudicada no desempenho de suas atividades devido a algum trauma físico ou característica de nascença”, explica o Dr. Walter.

Além disso, uma cirurgia reparadora também é um procedimento de saúde mental, porque a aparência física desempenha um papel significativo no organismo, por isso, quando uma pessoa sofre uma lesão ou trauma, pode ter um impacto profundo no emocional.

“É possível afirmar que toda cirurgia reparadora também busca contribuir na autoestima e na qualidade de vida de quem passa pelo procedimento”, destaca o especialista.


Quando procurar um cirurgião plástico reparador?

O paciente deve procurar esse serviço se deseja fazer uma correção ou reparação de características da pele congênita, ou por decorrência de algum trauma no corpo, como acidentes, e reconstrução das mamas em pacientes que tiveram câncer são alguns exemplos desse tipo de cirurgia plástica. 

Também podem ser indicadas por conta de lesões corporais específicas, como queimaduras de segundo e terceiro grau, assim como pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e desejam aplicar correções na região do procedimento. 

“É importante que o paciente tenha conhecimento que a cirurgia reparadora é mais complexa do que a estética, e também pode exigir mais etapas, dependendo do caso. Então é fundamental consultar um especialista na área para não correr riscos”, finaliza o Dr. Walter Matsumoto.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Evitar movimentos bruscos, carregar excesso de peso e o cuidado com a obesidade são pontos-chave para prevenir complicações na escoliose

Para evitar complicações, é importante buscar uma vida saudável e o fortalecimento da musculatura da coluna



No dia a dia, as pessoas realizam diversas atividades e muitas vezes não percebem como a coluna vertebral é importante na sustentação do nosso corpo. Uma das alterações estruturais na coluna é a escoliose, que envolve diversos fatores de risco. Embora algumas pessoas possam ter mais tendências a ter a doença, alguns cuidados podem ser tomados para evitar prejuízos e complicações.

O reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dr. Leandro Parmigiani, explica que muitas pessoas nem sabem que possuem a escoliose porque a maioria delas não tem sintomas. Algumas, porém, podem sentir dores musculares e uma sensação de cansaço ou de peso nas costas. Segundo o médico, é possível identificar a doença ao observar uma assimetria entre um lado e o outro, caracterizando uma alteração na direção da coluna vertebral. Ele explica que a má postura não é a causadora da escoliose. “O contrário é verdadeiro. A escoliose pode causar a má postura devido à alteração provocada pelo corpo por conta das rotações vertebrais”, destaca.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 80% dos casos não há uma causa definida. Parmigiani detalha que a doença pode aparecer no nascimento ou evoluir ao longo dos anos. “O mais comum é ver o aparecimento da escoliose associado ao estirão de crescimento no final da puberdade ou na adolescência. Há uma predileção de acontecer mais em meninas que meninos. Mas, além disso, o envelhecimento acaba sendo um fator de risco por conta do desgaste natural nos discos vertebrais, causando alterações estruturais da coluna”, afirma.

Para evitar a escoliose algumas práticas podem ser seguidas. Evitar carregar muito peso, evitar a obesidade, que pode causar sobrecarga na coluna, e realizar atividades físicas regulares para fortalecer a musculatura, inclusive na parte abdominal que causa a estabilização da coluna, estão entre as principais dicas. “Outro ponto muito importante é realizar movimentos corretos para não prejudicar a coluna. Levantar da cama de lado e não com um impulso para a frente,  agachar-se dobrando os joelhos sem forçar a coluna e evitar rotações abruptas são atitudes essenciais para evitar luxações e distensões”, avalia.

Para identificar a presença da escoliose alguns exames podem ser realizados, como é o caso do Teste de Adams, em que o paciente se dobra para frente e é possível verificar a assimetria do tronco. “Outra alternativa é o raio-X de coluna, com o objetivo de calcular o grau de curvatura da coluna e identificar outras deformidades, como lesões, tumores, fraturas e luxações que podem causar a doença. Em alguns casos também podem ser realizadas tomografias e ressonâncias”, destaca.

Como não há uma cura para a escoliose, algumas atividades de mobilidade como pilates, RPG, fisioterapia e exercícios assistidos são recomendados para promover o fortalecimento da musculatura da coluna. Mas tudo isso dependerá do perfil do paciente, idade, massa corpórea e outras particularidades. Em alguns casos ainda pode ser recomendado o uso do colete, a depender do grau da doença e da idade da pessoa.

“Para todos os casos, quanto mais precoce o diagnóstico for realizado, mais sucesso haverá no tratamento” Em casos graves, poderá haver a necessidade de uma cirurgia que é mais invasiva e mais delicada. Casos mais graves podem levar até mesmo a problemas respiratórios ou cardíacos por conta da compressão de órgãos causada pela curvatura da coluna, então é importante que haja esse acompanhamento contínuo”, finaliza o médico.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


Mulheres jovens: o perfil das vítimas fatais de infarto diz muito sobre as rotinas das brasileiras na atualidade

No mês que celebra os profissionais de Cardiologia, médico da área explica a razão da maior frequência de infartos em mulheres jovens e dá dicas de prevenção 

 

Na última semana, o vídeo que retrata uma mulher comendo uma marmita na garupa de uma moto viralizou nas redes sociais de todo o Brasil. Mais do que a conotação cômica, os 30 segundos de gravação, em meio ao trânsito, revelam um recorte da rotina de milhares de brasileiras que mal têm tempo de almoçar em meio às tarefas do dia a dia. 

 

A correria se tornou um aspecto comum na vida de grande parte da população feminina do país — que chega a trabalhar até 8 horas a mais do que homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — e é tratada, atualmente, como tema de saúde pública, tendo em vista que, nos últimos 30 anos, mulheres de 15 a 49 anos se tornaram um dos principais perfis de vítimas fatais de infarto no Brasil, conforme revelam dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

 

No passado, o infarto, uma condição crítica e fatal em cerca de 20% dos casos, costumava ser associado predominantemente a homens mais velhos. No entanto, dados recentes revelam uma mudança preocupante nesse cenário, com um aumento significativo de casos entre mulheres jovens, que geralmente estão na faixa etária entre 25 e 45 anos. Essa tendência, de acordo com o Dr. Marcelo Pinho, médico da área de Cardiologia da rede AmorSaúde, está associada a uma série de fatores ligados à modernização da sociedade, como estresse, dieta inadequada e sedentarismo.

 

“Atualmente, temos testemunhado um número cada vez maior de casos de infartos em mulheres jovens devido, principalmente, à negligência ao autocuidado por falta de tempo para a realização de exames periódicos, aferição de pressão arterial e visita ao profissional de Cardiologia a, ao menos, uma vez ao ano. Soma-se a isso, fatores relacionados ao estresse como sedentarismo, tabagismo, má alimentação, álcool em excesso e obesidade”, destaca o médico da maior rede de clínicas populares do Brasil.

 

Conforme destaca o Dr. Marcelo Pinho, mulheres mais jovens têm enfrentado um aumento na pressão profissional e pessoal, o que resulta em cada vez mais elevados níveis de estresse, além da adoção de dietas ricas em alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes essenciais, fator que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O sedentarismo, por sua vez, é agravado pelo estilo de vida cada vez mais digital, que limita a atividade física. “A rotina de cuidados básicos para evitar um infarto está em evitar os hábitos listados e realizar exames de check up constantes, com visitas anuais ao médico da área de Cardiologia”, pontua o profissional.

 

Rotina de cuidados

 

Para aquelas que querem adotar um estilo de vida mais saudável, capaz de evitar doenças cardiovasculares como o infarto, a AmorSaúde disponibiliza algumas dicas:

 

1. Alimentação Balanceada: Optar por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras é fundamental. Além disso, evitar o consumo excessivo de açúcares, gorduras saturadas e sódio é crucial para manter o coração saudável.

 

2. Atividade Física Regular: A prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer o coração e melhorar a circulação sanguínea. Caminhadas, corridas, dança e outras atividades são excelentes opções.

 

3. Gestão do Estresse: Encontrar maneiras de lidar com o estresse, como meditação, ioga ou simplesmente pausas regulares para relaxar, é vital para a saúde cardíaca.

 

4. Consultas Médicas Periódicas: Realizar check-ups regulares com um profissional de saúde pode identificar fatores de risco precocemente e permitir intervenções preventivas.

 

5. Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal: Buscar um equilíbrio saudável entre as responsabilidades profissionais e pessoais é essencial para reduzir o estresse.


Envelhecimento do sistema imune – quais vacinas são importantes estar em dia?

Baixa imunidade e câncer podem estar associados ao herpes zoster

 

Com o passar dos anos ocorre o declínio da função imunológica e, consequentemente, o aumento de infecções, doenças autoimunes e câncer. A Coordenadora do Departamento Científico de Imunizações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dra. Cláudia Valente, conta que os idosos são mais susceptíveis à Influenza (gripe), infecções por pneumococos e herpes-zóster, que podem levar a hospitalizações e comprometimento da qualidade de vida. 

O herpes zoster, chamada popularmente de cobreiro, é causado pelo vírus varicela zoster (VZV), o mesmo que causa a varicela (catapora). A catapora ocorre com maior frequência na infância e resulta da infecção primária pelo vírus. 

Já o herpes-zóster é mais comum no idoso e tem origem na reativação do vírus em quem já teve catapora. Estima-se que as pessoas acima de 40 anos já tiveram contato com o vírus, estando em risco de desenvolver a doença Herpes -Zóster. 

“Várias condições estão associadas ao aparecimento do herpes-zóster, como baixa imunidade e o câncer. Os idosos mostram uma diminuição da imunidade ao vírus, o que explica sua maior ocorrência após a quinta década. A vacina está indicada acima de 50 anos”, explica a especialista da ASBAI. 

A vacina para herpes zoster pode evitar não só a doença em si, mas as suas possíveis complicações tais como:  

·         Infecção secundária por outras bactérias;

·         Nevralgia pós-herpética (NPH) – dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção cutânea;

·         Complicações oftálmicas graves.

 

Hepatites - As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. “Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, elas podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, comenta Dra. Claudia.

 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão. São doenças infectocontagiosas preveníveis por vacinas e podem evitar o adoecimento com evolução de uma doença crônica e potencialmente letal.

 

“Devemos manter hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas frequentes, hábitos de higiene pessoal e do ambiente, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo e manter a vacinação em dia, pois as vacinas são importantes para todas as idades, principalmente para as pessoas que estão na terceira idade, quando o sistema imunológico é mais susceptível a infecções”, alerta a Coordenadora de Imunizações da ASBAI.

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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15 de agosto, Dia da Gestante: a importância dos exames de imagem no pré-natal

Acompanhamento no período antes do parto pode reduzir mortes neonatais em até 20% 

 

A celebração do Dia da Gestante, no dia 15 de agosto, não é apenas uma forma de homenagear todas as mulheres que estão vivenciando uma das fases mais marcantes de suas vidas, mas também serve como um lembrete da importância do cuidado e do acompanhamento pré-natal.

A fase gestacional é um período de profundas transformações, tanto físicas quanto emocionais, e o pré-natal surge como uma ferramenta vital para garantir a saúde da mãe e do bebê. E entre os exames mais importantes no pré-natal está a ultrassonografia, que se divide entre a ultrassonografia obstétrica de 1º trimestre; ultrassonografia obstétrica de 2º e 3º trimestre; e ultrassonografia morfológica. 

Muitas gestantes anseiam pela ultrassonografia, pois ela permite um primeiro "olhar" ao bebê em desenvolvimento. Realizado em diferentes etapas da gravidez, o exame monitora o crescimento fetal, avalia a anatomia do bebê, verifica a localização da placenta e detecta possíveis anomalias ou complicações. 

Na FIDI - Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem, instituição filantrópica de saúde que realiza mais de 5 milhões de exames por imagem anualmente no Brasil, a procura por exames pré-natais apresenta crescimento contínuo. Até o mês de junho deste ano, foram realizados mais de 81 mil exames de ultrassonografia pela instituição, em uma média de pouco mais de 13.500 exames por mês, frente aos 12 mil exames realizados em média nos meses anteriores, entre os anos de 2019 e 2022. 

Embora seja difícil determinar exatamente a causa do aumento deste tipo de exames, uma possibilidade seria o período de normalidade após a pandemia de Covid-19. Ao que parece, hoje as pessoas se sentem mais seguras para planejar uma gravidez e também em frequentar hospitais e clínicas, mas nunca é demais reforçar a importância do acompanhamento pré-natal para a saúde da mãe e do bebê”, comenta Dr. Osvaldo Landi, médico radiologista e Gerente Médico de Inovação e Dados na FIDI. 

Segundo dados do Ministério da Saúde [1], a mortalidade infantil no Brasil foi reduzida drasticamente nos últimos anos, de 47,1 mortes para cada mil nascidos vivos em 1990, para 13,1 nas estimativas atuais. Isso pode ser atribuído em grande parte ao aprimoramento no acesso e na qualidade do atendimento pré-natal, que pode reduzir em até 20% as mortes de recém-nascidos [2].

É vital reforçar a mensagem sobre a importância dos cuidados pré-natais. O acompanhamento correto, a realização periódica de exames e a educação em saúde materna são imperativos para uma maternidade segura e saudável. 


FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Referências

[1] Mortalidade Infantil no Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_37_v2.pdf

[2] Fatores de risco para mortalidade neonatal, com especial atenção aos fatores assistenciais relacionados com os cuidados durante o período pré-natal, parto e história reprodutiva materna. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/N6K5y6BDRYT66ggmT4tT4pr/

 

Agosto Laranja: conhecer, entender e acolher

Assim como outros meses dedicados à conscientização de diversas doenças, agosto também tem cor. Anualmente, desde 2014, profissionais da saúde, pacientes e familiares evocam o laranja para difundir conhecimento sobre a Esclerose Múltipla (EM), graças à iniciativa da ONG Amigos Múltiplos pela Esclerose, abraçada por entidades médicas como a Academia Brasileira de Neurologia. Ana Claudia Piccolo, vice-coordenadora do Departamento Científico de Neuroimunologia (DCNI) da ABN, fala sobre a enfermidade e as ações que serão promovidas ao longo do mês.

         “A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central que acomete principalmente pessoas jovens e brancas, em especial mulheres em idade fértil, na segunda, terceira década de vida. Seu processo inflamatório, que dificulta a comunicação entre o cérebro e o corpo, causa perda de equilíbrio, mobilidade, visão e alteração urinária, por exemplo”, explica.

Mulheres, lembra a neurologista, são mais propensas a desenvolver doenças autoimunes - tanto a EM quanto as reumatológicas. No entanto, a Esclerose Múltipla também pode se manifestar em homens, pacientes mais velhos e crianças de todas as etnias.

“Embora não seja possível se prevenir, sabemos, a partir de pesquisas, que determinados hábitos e condições fazem crescer a chance de aparecimento da doença: a exposição ao vírus da mononucleose, o EBV (Vírus Epstein-Barr); os baixos níveis de vitamina D; o tabagismo; a obesidade infantil; e todo tipo de situação que aumente as substâncias inflamatórias e a estimulação do sistema imune. Uma vida mais saudável, portanto, além de evitar males mais corriqueiros, pode afastar a Esclerose Múltipla.”

Nos últimos anos, com os avanços científicos, os pacientes têm vivido um momento auspicioso. Há muitas moléculas novas disponíveis, como os anticorpos monoclonais e os medicamentos administrados por via oral que atuam no sistema imunológico, controlando a resposta inflamatória acentuada da EM. Pensava-se que tais medicamentos poderiam elevar os riscos de câncer e de infecções graves, mas grande parte deles se provou segura. “Fazendo o tratamento precocemente, com a medicação correta, é possível controlar não apenas os surtos, mas a própria atividade inflamatória que a ressonância avalia”, celebra a dra. Ana.

“Conseguimos postergar ou evitar a progressão da doença, algo que décadas atrás, com os tratamentos disponíveis, era quase impensável; apesar de controlarmos os surtos, em algum momento o indivíduo começava a piorar, apresentando retenção urinária, tendo que aderir à bengala ou à cadeira de rodas pelo comprometimento da margem do equilíbrio. Era a chamada forma progressiva, que se estabelecia após 10, 15 anos de doença. As perspectivas são bem melhores hoje. Uma mulher já pode engravidar, dar à luz e amamentar seu filho com toda a segurança. Progredimos bastante.”

Identificar fatores de melhor ou pior prognóstico e escolher a medicação é a nova forma de tratar a EM. “É a chamada medicina de precisão, que leva em conta o perfil de gravidade da doença, a preferência do paciente e individualiza a terapia”, pontua a médica. Para facilitar o desenho do tratamento mais adequado a cada um, ela pondera que ainda é preciso incorporar ao menos uma ou duas moléculas aos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do SUS e da saúde suplementar.

“Nosso desafio na ABN – e é o que estamos fazendo em 2023 – consiste em atualizar os protocolos para demandar na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) que eles sejam mais robustos. De todo modo, é preciso deixar claro que os avanços são numerosos.”

“Os protocolos do SUS passaram por uma mudança essencial no fim de 2021, incorporando o critério diagnóstico para doença agressiva altamente ativa e já incorporando também medicamentos, anticorpos monoclonais, drogas infusionais que colaboram com o tratamento dos pacientes. Vivemos em um tempo no qual as pessoas têm escolhas e podem viver bem. Agora precisamos de neurologistas cada vez mais treinados para diagnosticar a doença o quanto antes.”

Segundo a dra. Ana, o Agosto Laranja é fundamental para a população, que entra em contato com informações sobre a EM e entende que deve procurar atendimento médico ao identificar sintomas como tontura, comprometimento motor e visão comprometida, além de compreender que o diagnóstico não é uma sentença, e ainda para os profissionais, que têm a oportunidade de se atualizar e acolher melhor os pacientes.

 

Vem aí

Em 25 e 26 de agosto, no Rio de Janeiro, o Encontro de Atualização em Esclerose Múltipla, promovido pelo DCNI, reunirá médicos renomados em palestras, debates e apresentações de trabalhos científicos sobre os temas EM altamente ativa x EM grave; biomarcadores disponíveis; síndrome radiológica isolada; reconhecimento precoce e avanços no tratamento da progressão da EM; gestação, amamentação, climatério, reposição e estimulação hormonal; EBV: suas implicações na EM, vacina e tratamento; EM de início precoce e início tardio; e declínio cognitivo na EM.

Um webinar no dia 30 coroará as discussões sobre o tema na Academia. Especialistas palestrarão a respeito da importância de cuidar das comorbidades das pessoas com Esclerose Múltipla, de tratamentos disponíveis, envelhecimento saudável e qualidade de vida. 

Vale lembrar que até o dia 14, na próxima segunda-feira, está aberta uma consulta pública que avalia a inclusão de uma nova opção de tratamento para a doença do SUS. Milhares de pacientes podem ser beneficiados. Todos com mais de 18 anos podem contribuir, votando “favorável” ou “desfavorável” no site da CONITEC. Basta acessar gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-27-2023-opiniao-cladribina-oral-para-tratamento-de-pacientes-com-esclerose-multipla-remitente-recorrente-altamente-ativa


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