Especialista
da rede São Camilo de SP explica como os benefícios funcionais vão além da
estética
O número de cirurgias plásticas cresce a cada ano
no Brasil e no mundo, porém, uma informação ainda pouco difundida é que existem
procedimentos que vão além da estética e buscam corrigir ou restaurar funções
importantes no organismo, como é o caso das cirurgias reparadoras ou
reconstrutoras.
Segundo dados coletados pela Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, ao menos 40% dos procedimentos realizados no país são de
cunho reparador, sendo considerado um setor indispensável tanto quanto as
demais vertentes do segmento.
“Muitos brasileiros, quando pensam em cirurgia
plástica, ainda vêem somente correções estéticas e procedimentos de beleza.
Porém, o número de cirurgias reparadoras é muito significativo, e conhecer mais
sobre os casos e como realizar o procedimento é de suma importância. É provável
que todos conheçam ou tenham tido contato com alguém que já realizou ou vai
precisar de uma cirurgia reparadora”, comenta o Dr. Walter Matsumoto, cirurgião
plástico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Como o nome sugere, as cirurgias reparadoras ou
reconstrutoras são indicadas para pacientes que desejam fazer uma correção ou
reparação em estruturas danificadas por deformidades congênitas (de nascença)
ou são lesões adquiridas no decorrer da vida, como no caso de acidentes,
feridas ou doenças. Em pacientes oncológicos, a atuação mais comum acontece no
câncer de pele e de mama.
Ainda que o aspecto estético também seja levado em
consideração e possa ter influência na cirurgia, esse procedimento tem o seu
foco nos benefícios funcionais que o paciente passará a ter ou quer recuperar.
Segundo o Dr. Walter, as principais cirurgias
reparadoras são:
- Reconstrução
mamária;
- Reparação
de cicatrizes provocadas pelo câncer de pele;
- Reconstrução
de traumas e fraturas na face;
- Cirurgia
reparadora de queimaduras de segundo ou terceiro grau;
- Cirurgia
reparadora pós-bariátrica;
Além dos casos citados, existem outras situações em
que a intervenção cirúrgica reparadora pode ser indicada para a proteção do
paciente, como a retirada de pintas e sinais, uma vez que podem se tornar
tumores malignos, redução de cicatrizes e reconstrução de pacientes com lábio
leporino, por exemplo.
Quais benefícios o
procedimento proporciona?
As cirurgias reparadoras ou reconstrutoras possuem
uma série de benefícios que os pacientes podem sentir logo após o período de
recuperação do operatório. O primeiro deles é justamente recuperar as funções
do organismo, deixando-as o mais próximo do considerado “normal” pela
medicina.
“Um paciente que tenha adquirido um trauma no
nariz, por exemplo, pode apresentar dificuldades no processo de respiração, e a
cirurgia pode não só corrigir esteticamente, devolvendo a autoestima e
permitindo que respire melhor e tenha uma nova qualidade de vida. Qualquer área
do corpo que tenha um papel importante pode ser prejudicada no desempenho de
suas atividades devido a algum trauma físico ou característica de nascença”,
explica o Dr. Walter.
Além disso, uma cirurgia reparadora também é um
procedimento de saúde mental, porque a aparência física desempenha um papel
significativo no organismo, por isso, quando uma pessoa sofre uma lesão ou
trauma, pode ter um impacto profundo no emocional.
“É possível afirmar que toda cirurgia reparadora também
busca contribuir na autoestima e na qualidade de vida de quem passa pelo
procedimento”, destaca o especialista.
Quando procurar um cirurgião
plástico reparador?
O paciente deve procurar esse serviço se deseja
fazer uma correção ou reparação de características da pele congênita, ou por
decorrência de algum trauma no corpo, como acidentes, e reconstrução das mamas
em pacientes que tiveram câncer são alguns exemplos desse tipo de cirurgia
plástica.
Também podem ser indicadas por conta de lesões
corporais específicas, como queimaduras de segundo e terceiro grau, assim como
pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e desejam aplicar correções na região
do procedimento.
“É importante que o paciente tenha conhecimento que
a cirurgia reparadora é mais complexa do que a estética, e também pode exigir
mais etapas, dependendo do caso. Então é fundamental consultar um especialista
na área para não correr riscos”, finaliza o Dr. Walter Matsumoto.
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