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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Agosto Laranja

Agosto Laranja: Kesimpta entra no ROL da ANS. Pacientes adultos com a forma recorrente da esclerose múltipla, tratados com essa medicação durante estudo de extensão, tiveram taxa de surtos correspondente a um surto a cada 20 anos[i]

Ofatumumabe, da Novartis, foi incorporado na cobertura obrigatória dos planos de saúde. Consulta pública engajou número recorde de contribuições[ii]

 

A mais recente atualização do rol da ANS – lista que determina a cobertura obrigatória de procedimentos e tratamentos a serem garantidos pela rede privada de saúde – trouxe atualizações para os pacientes de esclerose múltipla: a possibilidade de acesso a mais uma opção de tratamento para a doença no sistema privado. Ofatumumabe, da Novartis, foi incorporado ao rol neste dia 7 de agosto, no mês de conscientização da doença. Em estudos clínicos, a taxa anualizada de surtos ajustada nos pacientes tratados com essa medicação corresponde a um surto a cada 20 anos[i].

Ofatumumabe foi aprovado pela Anvisa em 2021[iii] para o tratamento da esclerose múltipla em suas formas recorrente em adultos[iv]. De aplicação subcutânea, a medicação é um anticorpo monoclonal que atua sobre os linfócitos B, que tem papel relevante na esclerose múltipla por produzirem os mecanismos inflamatórios e degenerativos que atacam a bainha de mielina[v] – estrutura presente em neurônios e é fundamental para a transmissão adequada dos impulsos nervosos.

É essa degradação da bainha de mielina, causada pelas reações das células imunes, que configura a esclerose múltipla. Doença que atinge cerca de 40 mil pessoas no Brasil[vi] e entre 2 milhões e 2,5 milhões de pessoas no mundo[vii], ela exige diagnóstico e tratamento precoces para evitar consequências mais graves a longo prazo, como dor, fadiga, perda cognitiva e limitações físicas[viii].

Seus primeiros sintomas podem passar despercebidos[ix] e a doença pode avançar por anos com sintomas sensitivos (formigamentos e dormências), visuais (visão dupla ou borrada), motores (perda de força muscular), cognitivos e mentais (problemas de memória e atenção ou alterações de humor) que vem e vão com espaçamento de tempo[x]. Daí o porquê do forte engajamento dos pacientes nas redes sociais e da importância de a doença precisar ser tão amplamente conhecida pela sociedade.

“Essa é uma doença neurológica que pode ser grave não só por ser progressiva e pelo risco de sequelas neurológicas irreversíveis, mas também por muitas vezes demorar a ser diagnosticada. O paciente tem episódios de sintomas característicos da doença, mas que podem ser transitórios e levarem tempo para reaparecerem, acabam adiando a procura a um especialista e consequentemente, o diagnóstico”, explica o Dr. Herval Ribeiro Neto, neurologista do Hospital Albert Einstein e especialista em esclerose múltipla. “Uma vez que o diagnóstico é fechado, o tratamento tem que ser iniciado quanto antes para evitar a progressão da doença. As perdas neurológicas podem se tornar irreversíveis se o início do tratamento for tardio”, completa o especialista.

Parte do processo de incorporação de qualquer terapia, seja no SUS, seja na ANS, a consulta pública aberta para a sociedade civil opinar a respeito da nova incorporação contou com mais de três mil depoimentos em 20 dias, entre junho e julho deste ano[xi]. Médicos, cuidadores e principalmente pacientes (por meio das associações) se engajaram e se organizaram para ressaltar a importância do acesso a novas terapias para o manejo da doença e o direito a tratamentos modernos.

“A incorporação de ofatumumabe na cobertura obrigatória da rede privada de saúde é uma conquista dos pacientes de esclerose múltipla”, diz Lenio Alvarenga, diretor médico da Novartis no Brasil. “Quanto mais alternativas de tratamento estiverem disponíveis para o acesso nos sistemas de saúde, mais conseguiremos garantir oportunidade aos pacientes de controlarem os sintomas, retardarem a progressão dessa grave doença e, com isso, manterem sua qualidade de vida. Enxergo essa como a nossa principal missão com esses pacientes”, completa o executivo.

A esclerose múltipla tem como causas uma predisposição genética associada a fatores externos, que incluem infecções virais (como o vírus Epstein-Barr), níveis baixos de vitamina D prolongadamente, exposição ao tabagismo e obesidade, por exemplo, em especial na adolescência[xii]. A doença é mais incidente em jovens de 20 a 40 anos, e atinge mais mulheres do que homens. Em caso de sintomas, procure um médico especialista[xii]. 

 

Novartis
https://www.novartis.com.br/



[i] Hauser, S., Fox, E., Aungst, A., Long-term Efficacy of Ofatumumab in Patients With Relapsing Multiple Sclerosis. Presented at the American Academy of Neurology (AAN) 2022, April 2-7, 2022. P5.004. Disponível em: https://www.medcommshydhosting.com/MSKnowledgecenter/aan/2022/ofatumumab/posters/Long_term_Efficacy_of_Ofatumumab_Poster.pdf . Acessado em: 03 de Agosto de 2023.

[ii] Consulta Pública - CP nº 112 tem como objetivo receber contribuições para a revisão da lista de coberturas dos planos de saúde. Disponível em: Consulta Pública - CP nº 112 tem como objetivo receber contribuições para a revisão da lista de coberturas dos planos de saúde — Agência Nacional de Saúde Suplementar (www.gov.br). Acesso em Agosto de 2023.

[iii] DOU - BRASIL. Resolução - RE nº 1941, de 13 de maio de 2021. Diário Oficial da União nº 91, de 17/05/2021.

[iv] Kesimpta® Bulas de medicamentos. Disponível em: Bula-KESIMPTA-Solucao-injetavel-Paciente.pdf (novartis.com.br). Acesso em agosto de 2023.

[v] Hauser SL, Kappos L, Bar-Or A, et al. The Development of Ofatumumab, a Fully Human Anti-CD20 Monoclonal Antibody for Practical Use in Relapsing Multiple Sclerosis Treatment [published online ahead of print, 2023 Jul 14]. Neurol Ther. 2023;10.1007/s40120-023-00518-0. doi:10.1007/s40120-023-00518-0.

[vi] MS International Federation. Epidemiology of MS in Brazil. Atlas of Multiple Sclerosis. Disponível em: https://www.atlasofms.org/map/brazil/epidemiology/number-of-people-with-ms#about. Acessado em: 07 de agosto de 2023.

[vii] Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esclerose Múltipla. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2022/portal_portaria-conjunta-no-1-pcdt_esclerose-multipla.pdf. Acesso em maio de 2022.

[viii] Zwibel HL. Contribution of Impaired Mobility and General Symptoms to the Burden of Multiple Sclerosis. 2010;26(2009):1043–57.

[ix] Thompson AJ, Banwell BL, Barkhof F, Carroll WM, Coetzee T, Comi G, et al. Diagnosis of multiple sclerosis: 2017 revisions of the McDonald criteria. Lancet Neurol [Internet]. 2018 Feb;17(2):162–73. Available from: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1474442217304702..

[x] McGinley MP, Goldschmidt CH, Rae-Grant AD. Diagnosis and Treatment of Multiple Sclerosis: A Review [published correction appears in JAMA. 2021 Jun 1;325(21):2211]. JAMA. 2021;325(8):765-779. doi:10.1001/jama.2020.26858.

[xi] Relatório de Contribuições para a CP Nº112. UAT 75. Disponível em: https://www.gov.br/ans/pt-br/arquivos/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas/cp112/RelatrioConsolidadoCP112atualizado.xlsx . Acessado em: 07 de agosto de 2023.

[xii] National Multiple Sclerosis Society. What Causes MS? Disponível em: https://www.nationalmssociety.org/What-is-MS/What-Causes-MS . Acessadoem: 07 de agosto de 2023.

[xiii] MS International Federation. Atlas of Multiple Sclerosis 3rd Edition. Disponível em: https://www.msif.org/wp-content/uploads/2020/10/Atlas-3rd-Edition-Epidemiology-report-EN-updated-30-9-20.pdf. Acessado em: 07 de agosto de 2023.


Burnout atinge trabalhadores em todas as esferas, aponta pesquisa da Way Minder

Áreas de RH, vendas, educação, liderança, administrativo e TI apresentam as maiores taxas

 

Levantamento realizado, recentemente, pela plataforma Way Minder, startup mineira de solução tecnológica que acabou de ser lançada e visa fortalecer a saúde mental e o bem-estar emocional do indivíduo tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal, mostra alto índice de burnout entre os trabalhadores brasileiros. Conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, o burnout foi classificado como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Dados da empresa, que tem por base a resposta de mais de 600 pessoas apuradas em maio, revelam que as áreas de RH (43), vendas (42,11), educação (42,1) liderança (40,43), administrativo (38,38), TI (36,61) são onde estão os profissionais mais afetados pelo burnout. Esses indicadores acima de 30 sinalizam que a fase da doença está em estágio moderado, acendo sinal de alerta aos usuários e empresas no monitoramento das emoções e uso de estratégias que visam reduzir esse índice. Segundo a Way Minder, a classificação aponta casos nulo de 0 a 18, baixo (19 a 32), moderado (33-49), alto (50-59) e grave (60-75).

 

Entre os possíveis agentes causadores apontados estão: envolvimento emocional intenso, problemas de comunicação, decisões erradas, perda de produtividade, aumento de ausências.

 

“O burnout ser categorizado pela Organização Mundial da Saúde como doença ocupacional tem levado as empresas a ligarem o alerta sobre a qualidade emocional de seus colaboradores, com adoção de ações e ferramentas que possam contribuir com sua qualidade de vida e reduzir os impactos negativos que essa doença pode causar aos negócios. E uma das soluções que estão sendo adotadas é o uso da nossa plataforma de gestão voltado à saúde mental”, aponta Deivison Pedroza, Co-Founder e CEO da Way Minder.

 

Os dados mostram ainda que quando se trata de liderança, o burnout está em todas as esferas, mas com forte sinal de alerta entre os C-Level: CEO, diretor, sócio, com pontuação de 44,41. Já Lideranças como gerentes, coordenadores são pontuados com 37,43; Outras lideranças: sub gerentes, supervisores marcam 39,47 pontos.

 

Se tratando de gerações, entre Lideranças C-Level, os da geração X - pessoas nascidas nas décadas de 1960 e início da de 1980, consideradas mais tradicionais em relação ao trabalho, preferindo carreiras estáveis, são os que apresentam os maiores índices (48,83), ficando muito próximo do nível elevado, quando atinge a pontuação entre 50 e 59. 

 

Ainda entre esse grupo de C-Level, os da Geração Y, que possuem o mesmo perfil de trabalho, esse índice mede 33,93 pontos. Já os Baby boomers apresentaram uma pontuação de 31,5 – grupo de trabalhadores nascidos entre meados da década de 1940 e 1960. Entre a categoria de Lideranças (gerentes, coordenadores), a pontuação fica em: geração Z (41,8); geração X (36) e baby boomers (34,5).

 

Já entre outras lideranças (sub gerentes, supervisores), os babys boomers marcam um índice de 52; Geração X (40,86) e Geração Y (38,56).

 

Pedroza lembra que o burnout nada mais é do que um estágio extremo e prolongado do estresse que a pessoa vem enfrentando. No entanto, quando o estresse é crônico, ou seja, prolongado e intenso, pode levar a exaustão emocional, despersonalização e diminuição do desempenho no trabalho se transformando em um burnout. O burnout é um problema mais complexo e agravado do que o simples estresse, e pode levar a graves consequências para a saúde física e mental dos profissionais.

 

“A situação de estresse tem efeitos negativos que atingem não apenas o indivíduo, mas também as pessoas que estão ao seu redor, toda a família e claro o ambiente de trabalho, com redução de performance. Diante desses dados alarmantes, é imprescindível que as empresas e os profissionais estejam cientes da importância de abordar a saúde mental e o bem-estar emocional de forma abrangente e eficaz”, observa Pedroza.

 

O executivo lembra que a plataforma Way Minder se destaca como uma ferramenta que oferece soluções personalizadas para prevenir e combater essas questões, proporcionando um ambiente de trabalho saudável e promovendo o desenvolvimento pleno dos profissionais.

 

Metodologia

 

A metodologia utilizada pela Way Minder é própria e embasada em mais de 20 anos de pesquisas nas áreas de prevenção de saúde emocional e mental, neurociência, inteligência emocional e psicologia positiva. "Nossa abordagem é sustentada pela aplicação prática de assessments de inteligência emocional e transtornos mentais, como burnout, síndrome de ansiedade e estresse, e por intervenções comprovadas para proteger a saúde mental de mais de 12 mil clientes no Brasil, América Latina e Estados Unidos", destaca Pedroza.

 

Por meio desses assessments validados, é possível obter informações valiosas relacionadas aos riscos de diversos transtornos mentais. "Com base nesses dados, oferecemos intervenções eficazes para desenvolver e fortalecer o autoconhecimento, equilíbrio emocional, otimismo, motivação intrínseca, empatia, propósito individual e ressignificação cognitiva e emocional positiva", conclui.

 

 

Way Minder - startup mineira responsável pela plataforma online de saúde mental e bem-estar emocional.

 

Eficiência do currículo escolar passa pela boa adoção de habilidades socioemocionais

 Seja para o mercado de trabalho ou para a vida como um todo, a educação socioemocional é peça fundamental para formação de crianças e jovens

 

 

 

Desde o início do século XXI, a sociedade já experimentou avanços tecnológicos, econômicos e culturais sem precedentes. Essas mudanças têm impactado significativamente a forma como vivemos, trabalhamos e nos comunicamos. A educação não está fora desse contexto e, portanto, o ensino na escola necessita de adaptação para refletir essa realidade.

 

Desde a sua discussão até sua implementação, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) trouxe de vez a educação socioemocional para o centro da formação dos estudantes da Educação Básica. Ao estabelecer dez competências gerais, o documento, cujo caráter é normativo, reforça a intenção de promover uma educação voltada para o desenvolvimento de competências cognitivas e não cognitivas, incluindo as socioemocionais.

 

Segundo Marcela Pontes, gerente editorial do Sistema Anglo de Ensino, a sociedade atual está vivendo em um mundo BANI (Brittle, Anxious, Non-linear, Incomprehensible, ou seja, frágil, ansioso, não linear e imprevisível). Desta forma, o trabalho com competências socioemocionais mostra-se cada vez mais importante, uma vez que desenvolve, entre outras coisas, a capacidade de reconhecer e manejar as emoções para atuar com empatia e responsabilidade. Nesse processo de desenvolvimento, há a aquisição do potencial de promover mudanças positivas em diversos aspectos da vida dos estudantes.

 

Quando as habilidades são bem trabalhadas no âmbito escolar, por exemplo, observam-se melhorias no desempenho acadêmico, na redução dos índices de evasão escolar, de violência e de bullying, bem como o fortalecimento da saúde mental dos alunos.

 

No que se refere ao desenvolvimento social, os estudantes demonstram maior capacidade de gerenciar as emoções, adquirir novos conhecimentos, manifestar resiliência diante de adversidades, enfrentar desafios e estabelecer relacionamentos positivos.

 

“Essas competências também têm reflexos no futuro profissional dos alunos, uma vez que colaboração, empatia, comunicação efetiva e inteligência emocional são habilidades cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Uma pesquisa da Page Personnel, consultoria global de recrutamento, afirma que nove em cada dez profissionais são contratados com base em suas habilidades técnicas, mas são demitidos por questões comportamentais”, comenta Marcela Pontes.

 

Considerando o contexto atual, esse aspecto ganha ainda mais relevância, visto que o período representou um momento delicado para estudantes e professores. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), durante a pandemia o risco de evasão escolar triplicou e 75% dos estudantes da rede pública estadual declararam sentir irritação, ansiedade ou tristeza devido ao isolamento social.

 

Nesse contexto, direcionar esforços nas competências socioemocionais dos alunos mostra-se uma medida essencial para que eles estejam mais bem preparados para enfrentar os desafios contemporâneos. Trata-se de uma tarefa que deve promover o protagonismo dos estudantes, com metodologias ativas e diversificadas, como atividades práticas, projetos colaborativos, jogos de simulação, debates, rodas de conversa e discussões em sala de aula. Portanto, para realizar um trabalho efetivo, é importante garantir planejamento, escuta, intencionalidade e significado.


Vestibular: um capítulo à parte

Para além da escola, considerando como mote o vestibular, o universo das emoções acaba merecendo atenção especial. Segundo dados da última aplicação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), oito em cada dez estudantes brasileiros relatam sentir muita ansiedade para realizar uma prova, mesmo quando se prepararam para ela. Quando se trata do vestibular, essa ansiedade é amplificada e as emoções podem afetar positiva ou negativamente o rendimento nas provas.

 

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que sentimentos de ansiedade, tensão e medo do fracasso são comuns nessa fase, mas não precisam determinar o resultado nas provas. Para gerenciar as emoções, é importante que os alunos contem com o apoio dos responsáveis, professores e coordenadores pedagógicos.

 

“No Sistema Anglo de Ensino, as habilidades socioemocionais são trabalhadas de forma intencional no Projeto de vida e nas diferentes situações de aprendizagem ao longo de toda Educação Básica, permeando os componentes curriculares. Ao reconhecer a importância dessas competências e fomentar o protagonismo, buscamos promover uma abordagem mais abrangente e integral para formação dos estudantes.”, conclui Marcela Pontes.




Anglo
sistemaanglo.com.br


Combate à violência doméstica em condomínios é reforçado no Agosto Lilás

Freepik

Grupo Graiche desenvolve ações à questão e ressalta atuação contínua para enfrentamento

 

 

Este mês é marcado pela campanha Agosto Lilás, que reforça o combate à violência contra a mulher. As estatísticas mostram uma triste realidade e a necessidade de, cada vez mais, ampliar ações de enfrentamento. Segundo os dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, somente no mês de junho, foram registradas 4.172 ocorrências de lesão corporal dolosa.

 

Nos condomínios, onde há a convivência de tantas pessoas, a conscientização acerca da problemática, inclusive, é questão de lei, sancionada no estado paulista em 2021 e que obriga condomínios residenciais e comerciais a informarem casos ou indícios de violência doméstica contra mulheres, crianças, adolescentes ou idosos.

 

Anteriormente à legislação, o Grupo Graiche – que administra mais de 915 condomínios e associações, já engajava ações para combater a violência doméstica e, em meio à pandemia – ocasião em que, à nível nacional, houve aumento desse tipo de crime – a empresa criou uma espécie de botão de socorro, disponibilizado em seu site e aplicativo, e que direciona vítimas para uma rede de apoio, enfrentamento e proteção - o projeto SOS Justiceiras. Em três anos de funcionamento, o botão registrou mais de 11 mil cliques.

 

“É um desafio gigantesco para os responsáveis pela gestão do condomínio detectarem a violência e ajudar para evitar tragédias. Entender que a violência contra a mulher é um problema de todos é a melhor maneira de ajudar as milhares de mulheres vítimas no dia a dia”, salienta Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche.

 

Alguns pontos a serem observados podem ajudar a identificar quando uma mulher está passando pela violência doméstica. “Em uma das situações, a vítima tenta, em diversos momentos, sobressair a vergonha que sente ao conversar com alguém que não seja seu agressor”, fala Luciana. “Muitas vezes, também dá sinal de que corre perigo, como por exemplo, falando, em meio a uma conversa, algo totalmente fora do contexto que está sendo conversado. É preciso ter atenção a esse sinal”, completa.

 

Luciana ressalta que a violência não se trata apenas de agressão física. “Há violências que não deixam marcas no corpo, como a psicológica, que no decorrer dos anos, faz com que as mulheres esqueçam cada vez mais a sua essência, sua independência, causando prejuízo a saúde mental; a violência moral, que diminui exponencialmente a autoestima e pode configurar injúria, calúnia ou difamação; e a patrimonial, na qual o agressor destrói ou subtrai objetos conquistados pela mulher, causando prejuízo material ao patrimônio dela”, lista Luciana.

 

A vice-presidente do Grupo Graiche enfatiza que falar, expor e lutar contra a violência doméstica é um dever de todos dentro da sociedade, para ajudar a eliminar de uma vez situações como essa, principalmente dentro de condomínios. “A violência doméstica contra mulheres é um assunto muito importante, grave e que precisa ser discutido no dia a dia com todas as pessoas, sejam homens ou mulheres. É preciso a ajuda de todos para acabar com esse ciclo”, conclui.



12 semanas para o Enem: confira 4 formas de usar a sua nota no exame

Apesar de serem os mais visados, processos seletivos de universidades públicas não são a única forma de utilizar a nota


Nos dias 05 e 12 de novembro deste ano, mais de 4 milhões de estudantes de todo o país devem realizar a 25ª edição do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), uma das avaliações mais aguardadas e desafiadoras para os jovens que buscam ingressar no ensino superior.  

Além de ser um importante indicador do nível de conhecimento adquirido durante o Ensino Médio, a nota do ENEM pode abrir portas para diversas oportunidades acadêmicas e profissionais, transformando-se em um trampolim para o futuro. Confira quais são as 4 principais formas de usar o resultado da prova para avançar em sua carreira:

 

1.Acesso ao Ensino Superior por meio do SISU e do PROUNI  

Uma das maneiras mais destacadas de aproveitar a nota do ENEM é pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU), que utiliza essa pontuação como critério de seleção para ingresso em universidades públicas e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Além dela, o Programa Universidade para Todos (PROUNI) também se apresenta como uma alternativa, concedendo bolsas de estudos integrais e parciais em instituições de ensino superior privadas, e impulsionando o acesso à educação de qualidade. Outras alternativas neste nicho incluem o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES), que fornecem suporte financeiro a estudantes em instituições privadas.

 

2.Intercâmbio e Oportunidades de Estágio 

A nota do ENEM não se limita ao acesso ao ensino. Ela também é um critério utilizado em programas de intercâmbio e seleção de estagiários em todo o país. Aqueles que buscam aprimorar suas habilidades acadêmicas e profissionais podem encontrar nesses programas uma oportunidade valiosa para crescer em um ambiente internacional, aperfeiçoar idiomas e ampliar horizontes culturais. Empresas e organizações frequentemente consideram a nota do ENEM ao selecionar estagiários e trainees, reconhecendo sua importância como um indicativo de habilidades e comprometimento.

 

3. Indicativo de Desempenho Acadêmico e Profissional 

Mesmo para aqueles que não buscam imediatamente o ingresso ao ensino superior ou programas de intercâmbio, a nota do ENEM pode servir como um indicativo valioso de desempenho acadêmico. Ela pode ser uma evidência de suas habilidades ao elaborar currículos ou enfrentar entrevistas de emprego. Destacar essa conquista pode diferenciá-lo em um mercado de trabalho competitivo e ressaltar seu comprometimento com a excelência acadêmica.

 

4. Busca de Bolsas de Estudos e Financiamentos 

As oportunidades não param por aí. Muitas universidades e faculdades oferecem bolsas de estudos baseadas no desempenho acadêmico, e a nota do ENEM frequentemente desempenha um papel central na seleção dos beneficiários. Financiamentos estudantis em instituições privadas também podem ser acessados com base na nota obtida no exame, aliviando o ônus financeiro dos alunos e permitindo que eles alcancem seus objetivos educacionais.

A nota do ENEM é muito mais do que um simples resultado de um exame. Ela é uma ferramenta poderosa que pode moldar trajetórias acadêmicas e profissionais, abrir portas para novas experiências e pavimentar o caminho para um futuro brilhante. Independentemente dos planos futuros, saber como utilizar essa nota é uma habilidade crucial para quem deseja alcançar o sucesso. Esteja sempre atento às oportunidades e lembre-se de que cada ponto conquistado no ENEM é um passo em direção a um futuro promissor. Com apenas 12 semanas até o dia de realização do exame, você pode contar com cursos preparatórios intensivos — como os oferecidos pela Refuturiza — além de simulados, materiais gratuitos e outros aliados essenciais para garantir um bom resultado.


Como evitar dívidas e gastos sem controle?

Especialista em finanças pessoais dá dicas para ficar longe do endividamento

 

Para algumas pessoas, evitar fazer dívidas pode ser uma tarefa bem mais complicada do que parece. Não importa a forma do pagamento, quando é feito sem controle prévio, pode levar muitos a se atrapalharem com suas finanças devido a gastos excessivos, que acarretam dívidas difíceis de serem contornadas.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que o endividamento dos brasileiros alcançou o maior nível histórico já registrado: 77,9% da população. O último levantamento realizado pelo Serasa mostrou que 69,43 milhões de pessoas entraram em 2023 com nome restrito. 

Diante deste cenário, o especialista em finanças pessoais, João Victorino, acredita que os gastos sem controle são uma das principais causas para o endividamento, pois a partir do momento que as pessoas compram por impulso, não estão pensando nas consequências e que essa ação pode gerar problemas no momento de pagar pelas contas.

Segundo João, é preciso prestar atenção aos detalhes para não se atrapalhar. “Não existem regras sobre qual é a melhor forma de pagamento, mas não fazer parcelamentos a perder de vista, principalmente com juros, de itens supérfluos e não parcelar itens essenciais como mercado e combustível, pois se tratam de despesas recorrentes que surgem todos os meses, são questões que devem ser levadas em consideração”, explica.

Um grande problema enfrentado pela população é ter várias formas de pagamento, como cartão de crédito, cartão de débito, cheque, dinheiro e PIX, e não conseguir administrá-las de forma adequada. Para João, não possuir uma organização financeira bem estruturada para ter controle de tudo que é comprado é prejudicial e compromete o orçamento a longo prazo.

De acordo com o especialista, as vantagens que a conveniência dos meios de pagamentos digitais trouxeram à vida das pessoas devem ser acompanhadas de um estrito controle sobre os gastos. “No exemplo de compras no cartão de crédito, a fatura mensal do cartão deve ser acompanhada no detalhe. E os eventuais desvios do controle devem ser imediatamente corrigidos com a redução de alguma outra despesa do mês no mesmo valor do ‘estouro’. Vamos lembrar que remédio que cura também pode matar se usado em excesso”, destaca.

Apesar de muitos culparem, principalmente, o cartão de crédito, quando usado com cuidado pode ser um suporte para o dia a dia, atuando como forma de controle pela concentração de gastos em um lugar só (que você pode ficar olhando o tempo todo em caso de excesso) e até pedir a redução do limite para evitar cair na tentação. A psicologia descreve gatilhos que não conseguimos controlar - para os gastos, às vezes a conveniência pode prejudicar.

No entanto, João afirma que para que todos esses benefícios funcionem é fundamental ter uma consciência financeira muito bem desenvolvida. “Não existe mágica e nem truque, mas planejamento. Gastar em qualquer forma de pagamento precisa ser uma ação planejada e não por impulso”, afirma.


Para finalizar, João Victorino separou algumas dicas para evitar o endividamento:

  1. Controlar bem para onde vai o dinheiro que você recebe, seja com o uso de um caderno, de uma planilha ou de um aplicativo;
  2. Evitar fazer novas dívidas, principalmente se for de itens não essenciais;
  3. Começar a juntar para a formação de uma reserva de emergência;
  4. Fazer três perguntas antes de comprar: Preciso disso? Posso comprar isso? Devo comprar isso? Se em qualquer uma delas a resposta for não, desista da compra!

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João é líder em diversidade e inclusão na Visa, atuando em prol de pessoas com deficiência. O especialista busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

Dia do Combate à Poluição: a importância da discussão desde a educação infanti

 Conversar sobre sustentabilidade dentro da sala de aula é a primeira etapa para proteger o presente e o futuro


Em 1990, o robô Voyager 1 tirou uma fotografia do planeta Terra de uma distância de 6 bilhões de km e a mesma parecia um mero pontinho azul. O famoso astrônomo Carl Sagan denominou a foto como “O Pálido Ponto Azul”, levantando a reflexão sobre a responsabilidade que os seres humanos possuem de cuidar uns dos outros e do próprio planeta.

Exatos 33 anos após a imagem, o mundo está em alerta vermelho. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório ‘Estatísticas Sanitárias Mundiais 2022’, no qual expõe os dados mais recentes disponíveis sobre indicadores e saúde global. Entre as diversas discussões presentes no documento, a entidade incluiu um alerta às consequências da poluição externa à saúde da população mundial. Entre elas estão: derrames, doenças cardíacas, câncer de pulmão e infecções respiratórias, entre outras.

Já o Instituto de Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos EUA, registrou o dia 6 de julho como o dia mais quente do ano. Em 2023, mais de 100 pessoas morreram no México devido à alta temperatura, que chegou a 49ºC. Países do continente africano registraram temperaturas que batiam a marca de 50 ºC. A temperatura média global marcou 17,23ºC, a terceira alta em uma semana em 2023.

Os cenários globais de mudança climática acabam reforçando a necessidade de discussões mais sérias no Dia do Combate à Poluição, celebrado no dia 14 de agosto. A data existe desde 1975, ano em que se instituía, pela primeira vez no país, meios para controlar a poluição industrial, com o objetivo de estimular o debate sobre soluções e medidas eficientes para evitar o processo de transformações negativas no meio ambiente.

Conversar sobre sustentabilidade não é novidade, apesar de ser um tema que possui muita teoria e pouca prática. “O futuro que estamos montando para os jovens e crianças deve ser reavaliado e a educação é a principal ferramenta para nos ajudar a colocar a mão na massa”, aponta Marizane Piergentile, diretora de educação das unidades do ABCDM e Baixada Santista do Colégio Adventista. “É essencial apresentar pautas sobre educação ambiental aos pequenos, ajudando-os a criar desde cedo uma linha de consciência ecológica para que no futuro se tornem pessoas e profissionais bem preparados para lidar com assuntos ambientais no dia a dia e dentro das empresas”, reflete.

A educação ambiental pode existir e ser permanente daqui para frente, mas para isso é necessário um plano de ensino que prepare os professores para ter essa conversa dentro da sala de aula. “A partir de agora é de extrema importância que os governos trabalhem para disponibilizar materiais didáticos sobre o tema para todas as regiões, além de aplicar investimentos na infraestrutura escolar para que possamos acolher essa discussão”, explica a diretora.

Não é tarde para entender que é dever de todo cidadão e cidadã buscar por informações sobre o ambiente que vive, afinal de contas, faz parte da lei natural do planeta. Ao pesquisar sobre esse tema, as noções de sobrevivência são captadas instintivamente, abrindo a consciência para novas formas de pensar que contribuem para a preservação da única casa que o ser humano conhece: o pálido ponto azul.

 

Preço do carro no Brasil: é caro e tem razões para isso

Opinião 


Muito se tem falado sobre o preço dos carros de passeio no Brasil. Aliás, o assunto não é novo. Desde meados da pandemia, tendo como “culpada” a escassez de componentes eletrônicos, o preço dos carros só tem aumentado – e muito acima da inflação. Segundo a revista Exame, de 2019 a 2023, o preço dos carros aumentou, em média, 90%. No mesmo período, o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - foi de menos de 30%.

Por mais que seja difícil defender as montadoras ou o governo e seu apetite cada vez maior por impostos, burocracia e arcabouço fiscal confuso, é pouco provável que esses sejam os vilões da vez. Olhando os dados gerais do preço de um carro e comparando com alguns anos atrás, quando o valor do dólar era semelhante, não encontramos grandes diferenças no mercado, exceto uma que passa despercebida: a legislação ambiental. 

Longe de ser algo negativo, o Brasil tem adotado cada vez mais medidas restritivas às emissões de gases dos veículos desde os anos 80, por meio do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) para carros, e seu equivalente para motocicletas, o Promot. Isso traz muitos benefícios para a população, como cidades menos poluídas, ar mais limpo e menos emissões de gases causadores de mudanças climáticas, em especial os chamados NOx, que são misturas de nitrogênio e oxigênio responsáveis por chuvas ácidas e causadoras de grandes prejuízos ao meio ambiente. Essas misturas são formadas pelo nitrogênio presente no ar ou por contaminantes presentes em qualquer tipo de combustível – mesmo os de melhor qualidade (nem vou falar nos adulterados). Assim, reforço que a regulação das emissões é positiva para o País e para o mundo.

Por outro lado, essa regulação não vem sem um preço. Todo carro emite gases. Mesmo o carro mais bem regulado e abastecido com o melhor combustível emite dióxido de carbono e, em algumas condições, os NOx (pois o ar tem nitrogênio e oxigênio). Então, se não é possível regular a entrada desses gases, trabalha-se na saída. São utilizados  catalisadores para que o gás do escapamento esteja de acordo com as normas do Proconve, tanto as atuais como as que vão entrar em vigor na próxima fase, a L8 – cada vez mais restritiva. Esse é um fenômeno mundial.

Aqui surge mais um problema: os catalisadores estão ficando cada vez mais caros. Esses componentes utilizam minerais preciosos, como platina, paládio e ródio. O ródio, por exemplo, é minerado apenas na China (logo, importado para o Brasil) e seu preço tem subido cada vez mais. Em cotação de junho de 2023, o grama de ródio estava custando US$ 173! Sem falar nos valores dos demais minerais. Estima-se que o catalisador tenha um preço similar ao do motor do carro para as montadoras. Assim, quando o consumidor compra um veículo, está pagando por dois motores: um  que move o carro e outro que regula as emissões. Nem falei nas demais tecnologias agregadas ao longo do tempo, como telas, sensores e todo tipo de eletrônica importada – todas com alto custo. Em suma, o carro está mais caro meramente porque as peças mais modernas custam mais. É um caminho sem volta.

Mais um elefante foi posto na sala. Há soluções? Várias. Poucas a curto prazo. Uma indústria nacional forte, não alimentada por incentivos fiscais, mas, sim, competitiva e capaz de concorrer com fornecedores externos; logística eficiente em todos os seus níveis; legislação trabalhista e fiscal clara e pouco burocrática; estabilidade na economia e na política. Não há indícios de que se caminhe para alguma dessas medidas ser implementada. Enquanto isso, o consumidor que se acostume. O preço dos carros não vai baixar.


Alysson Nunes Diógenes - engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica (UFSC), é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).

 

El Niño ameaça safra de grãos no Brasil e no mundo

 

A safra brasileira será uma das mais prejudicadas do mundo pelo fenômeno climático El Niño, que deve provocar calor intenso e seca a partir do 4º. trimestre e principalmente em 2024. A previsão é da Coface, líder global em seguro de crédito e serviços de informação comercial que realiza levantamentos sobre setores econômicos em mais de 100 países.

De acordo com o estudo, o El Niño trará incertezas para a produção de commodities agrícolas, principalmente cereais, açúcar, óleo de palma e frutas cítricas, prejudicando, além do Brasil, países como Indonésia e Austrália.

 

A Oscilação Sul do El Niño é um fenômeno oceânico-atmosférico cujas origens estão nas variações anormais das temperaturas da água superficial no Pacífico Central e Oriental (costa da América Latina). Ela é composta por dois fenômenos opostos (La Niña e El Niño) que historicamente ocorrem a cada 2 a 3 anos. La Niña traz um clima mais frio e úmido, enquanto El Niño traz clima mais quente e seco.

 

A Coface lembra, no entanto, que desta vez El Niño está acontecendo menos de um ano após o último episódio de La Niña, ou seja, com muito mais rapidez do que as frequências históricas. Essa antecipação sugere um aumento na frequência desse tipo de fenômeno climático, o que pode ter consequências prejudiciais a longo prazo, alerta o estudo. O fenômeno tende a amplificar os efeitos negativos das mudanças climáticas na Ásia-Pacífico, África do Sul e Leste e nas Américas. A Europa, o Oriente Médio e o Norte da África não são afetados pelo El Niño. 

 

Como o Brasil está entre os países impactados pelo fenômeno climático, não será surpresa se os preços dos alimentos aumentarem no próximo ano, assim como deverá acontecer em vários outros países. A análise da Coface lembra que episódios do El Niño nos últimos 20 anos geralmente levaram a pressões inflacionárias nos preços dos alimentos.  

 

A análise global da Coface alerta que colheitas mais pobres colocarão pressão nas cadeias de valor agroalimentares como um todo, e é provável que 2024 seja um ano de extrema tensão entre oferta e demanda para o setor: “De fato, as perturbações terão um impacto negativo tanto na produção dos principais países exportadores (Austrália, Brasil, EUA) quanto nos pontos demográficos quentes que deveriam ser autossuficientes em alimentos (China, Índia). A pressão sobre os suprimentos, portanto, será dupla”

 

Outro ponto lembrado no estudo da Coface foi o impacto no emprego: “Países onde o setor agrícola é predominante podem sofrer perdas significativas de renda e emprego. Por exemplo, a Indonésia, onde a agricultura representa 13% do PIB e 32% dos empregos, pode ser duramente afetada pelo impacto negativo do El Niño na produção de arroz e óleo de palma. No médio prazo, o país enfrenta prazos políticos importantes: as próximas eleições gerais indonésias (presidenciais, legislativas e senatoriais) estão programadas para fevereiro de 2024. As dificuldades econômicas causadas pelas incertezas das condições climáticas podem, portanto, ter um grande impacto na estabilidade do país”.

 

Mercado de trabalho se reinventa e conhecimento digital não é mais demanda apenas da área de T

 

Empresas esperam que funcionários se adaptem rapidamente a qualquer tecnologia que é inserida na rotina de trabalho
Freepik

Com expectativa de 60% dos empregos como conhecemos hoje desaparecerem devido à automação, empresas apostam em novas tecnologias e profissionais buscam alfabetização digital

 

Mais da metade das ocupações que existem hoje no Brasil podem desaparecer em cerca de duas décadas. Essa é a conclusão de pesquisadores vinculados à consultoria IDados e ao ISE Business School, que utilizaram como base um modelo da Universidade de Oxford e adaptaram os cálculos para a realidade do mercado de trabalho do Brasil. Eles calculam que 58,1% dos empregos no país podem desaparecer em cerca de vinte anos devido à automação, considerando as tecnologias já existentes. Em meio às mudanças que começam a acontecer na forma como conhecemos muitas profissões, a saída é apostar na requalificação dos trabalhadores e inserir a Inteligência Artificial nos processos.

Com a acelerada digitalização, estão na frente as empresas com profissionais que trabalham apoiados pelas constantes inovações tecnológicas. Mas, para as organizações que não nasceram digitais nem operam nesse setor, a dificuldade começa em encontrar os profissionais certos para compor a equipe. "Para se manterem atualizadas, as empresas precisam se reinventar e abrir espaço para a disrupção digital. Mas, antes de mais nada, o primeiro passo está em buscar por talentos com competências profissionais e habilidades comportamentais inatas, que conhecemos como hard e soft skills", destaca o diretor-executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana.


Alfabetização digital

A demanda do mercado de trabalho por profissionais com conhecimento digital vem crescendo de forma consistente desde os anos 1980. A tecnologia deixou de ser algo específico de alguns poucos setores e, agora, os empregadores desejam um grau de conhecimento digital até para cargos não relacionados com áreas como Tecnologia da Informação (TI). "Cada nova ferramenta que é desenvolvida e implementada amplia as exigências de conhecimento dos profissionais", explica Márcio Viana. "É uma corrida entre o conhecimento digital e a tecnologia, porque quanto mais a tecnologia avança, mais rapidamente precisamos atualizar nossos conhecimentos."

As empresas esperam que os funcionários se adaptem rapidamente a qualquer tecnologia que é inserida na rotina de trabalho. Segundo Márcio Viana, a alfabetização digital é um pré-requisito para aqueles que querem alcançar o sucesso em uma sociedade em que a comunicação e o acesso à informação dependem cada vez mais das tecnologias. "O conceito engloba a ampla compreensão de uma série de ferramentas digitais que permitem que o profissional desempenhe suas funções, desde o uso de aplicativos em celulares até sistemas integrados de gestão empresarial", conclui o diretor-executivo da TOTVS Curitiba.

 

TOTVS
https://www.totvs.com/


Cães e gatos abandonados nas margens do Rio Pinheiros contam com projeto de adoção


Projeto da PremieRpet® em parceria com o CAPA tem 59 animais à espera de um lar

Muito se tem falado sobre as capivaras nas margens do Rio Pinheiros e da importância do manejo adequado desses animais silvestres.


A PremieRpet® tem olhado para essa problemática com atenção, atuando em parceria com o Projeto CAPA (Centro de Apoio e Proteção Animal), com especial foco em uma situação alarmante que corre em paralelo: cães e gatos abandonados nas margens do Pinheiros!

“Atuamos para viabilizar o resgate e os cuidados desses cães e gatos errantes, que são tratados, alimentados e encaminhados para adoção responsável”, conta Madalena Spinazzola, presidente do Instituto PremieRpet®, braço social da PremieRpet®, empresa especialista em nutrição de alta qualidade para cães e gatos.

O objetivo da parceria é justamente estender o ótimo trabalho do CAPA para além das capivaras, promovendo o acolhimento de animais abandonados que são achados próximos ao rio em situação de risco e desamparo. “Queremos que eles se recuperem, fiquem saudáveis e ganhem um lar amoroso, por isso garantimos nutrição de alta qualidade até que encontrem tutores por meio da divulgação no perfil do @projeto.capa nas redes sociais”, explica Madalena.

Só este ano já foram destinadas mais de 5 toneladas de alimentos PremieRpet® para os cuidados com esses animais, pois uma alimentação de alta qualidade é essencial para a reabilitação da saúde dos resgatados, que muitas vezes são encontrados em estado de desnutrição.

Desde janeiro, 7 gatos e 5 cães foram adotados e ganharam um lar amoroso. E ainda há 43 cães e 16 gatos que aguardam por uma família. “Infelizmente as adoções caíram muito, temos visto isso não só conosco, mas em diversas ONGs amigas”, afirma Mariana Aidar, presidente do CAPA.

 

Histórias que inspiram 

Márcio Tomimura e a chow chow Patinha.
(Crédito: Divulgação)
A chow chow Patinha foi um dos resgates deste ano. Ela estava em estado gravíssimo, mas com os devidos cuidados clínicos e nutricionais resistiu após a amputação de uma pata dianteira. Ainda na clínica, recebeu a visita do Márcio Tomimura, que conheceu sua história através da noiva e se interessou pela cachorrinha guerreira. “Eu disse que se ela demonstrasse algo por mim me candidataria a adotá-la, pois falam que são eles que escolhem o dono e não a gente que escolhe, né? E assim que Patinha me viu, ela latiu. Encarei como um bom sinal, pois disseram que ainda não haviam escutado o latido dela ali”, relata.

Em 1º. de maio Patinha teve alta e ganhou um lar. “Em tão pouco tempo posso falar que foi a melhor decisão da minha vida. Chegar em casa e ser recebido por ela com alegria e bastante carinho não tem preço. É o amor mais verdadeiro que existe, sem dúvida”, diz Márcio, emocionado. Hoje ele segue apoiando o projeto CAPA e recomenda a adoção: “Dê a eles amor, carinho e respeito e terá o retorno em dobro. Eles são incríveis!”, conclui.

Juliana Vargas e o gatinho Farah.
(Crédito: Divulgação)
Outra história inspiradora é a do gato Farah, adotado por Juliana Vargas e seu marido André Lemes, que costumam pedalar pela ciclofaixa da Marginal Pinheiros. “Sempre víamos aquele grande gato rajado próximo da lanchonete, algumas vezes deitado nas cadeiras, dormindo. Muita gente parava para agradá-lo, pois ele é muito bonzinho, mas a gente pensava na solidão dele ali nas margens do rio à noite”, recorda.  

Farah foi internado com sérios problemas respiratórios e, diante desse quadro, viver nas margens do rio sem abrigo já não era uma opção. Juliana ficou sabendo e manifestou interesse em adotá-lo, caso não houvesse outro candidato até a alta. “Tive dúvida se seria o melhor para ele, pois já tínhamos outros quatro gatos e moramos em apartamento, fiquei com receio de ele não se adaptar”, conta. Após quase um mês internado para tratamento respiratório, período em que precisou receber nutrição por sonda, Farah passou a ser o quinto integrante felino no apartamento do casal. Ambientado, saudável e com o peso recuperado, o gato de aparência selvagem – que Juliana descreve como “gato raiz” – agora tem uma vida feliz, sossegada e cheia de amor. 

Assim como Patinha e Farah, diversos outros cães e gatos resgatados nas margens do rio Pinheiros merecem um lar amoroso. A PremieRpet® e o CAPA convidam os interessados em adotar a visitarem o @projeto.capa para conhecê-los.

O apoio ao Projeto CAPA faz parte de uma série de iniciativas permanentes da PremieRpet® e do Instituto PremieRpet® em prol da adoção responsável. Saiba mais em https://www.premierpet.com.br/a-empresa/instituto-premierpet/.

 

www.premierpet.com.br
PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


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