Em 1990, o robô Voyager 1
tirou uma fotografia do planeta Terra de uma distância de 6 bilhões de km e a
mesma parecia um mero pontinho azul. O famoso astrônomo Carl Sagan denominou a
foto como “O Pálido Ponto Azul”, levantando a reflexão sobre a responsabilidade
que os seres humanos possuem de cuidar uns dos outros e do próprio planeta.
Exatos 33 anos após a imagem, o mundo está em
alerta vermelho. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório
‘Estatísticas Sanitárias Mundiais 2022’, no qual expõe os dados mais recentes
disponíveis sobre indicadores e saúde global. Entre as diversas discussões
presentes no documento, a entidade incluiu um alerta às consequências da
poluição externa à saúde da população mundial. Entre elas estão: derrames,
doenças cardíacas, câncer de pulmão e infecções respiratórias, entre outras.
Já o Instituto de Mudanças Climáticas da
Universidade do Maine, nos EUA, registrou o dia 6 de julho como o dia mais
quente do ano. Em 2023, mais de 100 pessoas morreram no México devido à alta
temperatura, que chegou a 49ºC. Países do continente africano registraram
temperaturas que batiam a marca de 50 ºC. A temperatura média global marcou
17,23ºC, a terceira alta em uma semana em 2023.
Os cenários globais de mudança climática acabam
reforçando a necessidade de discussões mais sérias no Dia do
Combate à Poluição, celebrado no dia 14 de agosto. A data
existe desde 1975, ano em que se instituía, pela primeira vez no país, meios
para controlar a poluição industrial, com o objetivo de estimular o debate
sobre soluções e medidas eficientes para evitar o processo de transformações
negativas no meio ambiente.
Conversar sobre sustentabilidade não é novidade,
apesar de ser um tema que possui muita teoria e pouca prática. “O futuro que
estamos montando para os jovens e crianças deve ser reavaliado e a educação é a
principal ferramenta para nos ajudar a colocar a mão na massa”, aponta Marizane
Piergentile, diretora de educação das unidades do ABCDM e Baixada Santista do
Colégio Adventista. “É essencial apresentar pautas sobre educação ambiental aos
pequenos, ajudando-os a criar desde cedo uma linha de consciência ecológica
para que no futuro se tornem pessoas e profissionais bem preparados para lidar
com assuntos ambientais no dia a dia e dentro das empresas”, reflete.
A educação ambiental pode existir e ser permanente
daqui para frente, mas para isso é necessário um plano de ensino que prepare os
professores para ter essa conversa dentro da sala de aula. “A partir de agora é
de extrema importância que os governos trabalhem para disponibilizar materiais
didáticos sobre o tema para todas as regiões, além de aplicar investimentos na
infraestrutura escolar para que possamos acolher essa discussão”, explica a
diretora.
Não é tarde para entender que é dever de todo
cidadão e cidadã buscar por informações sobre o ambiente que vive, afinal de
contas, faz parte da lei natural do planeta. Ao pesquisar sobre esse tema, as
noções de sobrevivência são captadas instintivamente, abrindo a consciência
para novas formas de pensar que contribuem para a preservação da única casa que
o ser humano conhece: o pálido ponto azul.
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