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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Dia do Combate à Poluição: a importância da discussão desde a educação infanti

 Conversar sobre sustentabilidade dentro da sala de aula é a primeira etapa para proteger o presente e o futuro


Em 1990, o robô Voyager 1 tirou uma fotografia do planeta Terra de uma distância de 6 bilhões de km e a mesma parecia um mero pontinho azul. O famoso astrônomo Carl Sagan denominou a foto como “O Pálido Ponto Azul”, levantando a reflexão sobre a responsabilidade que os seres humanos possuem de cuidar uns dos outros e do próprio planeta.

Exatos 33 anos após a imagem, o mundo está em alerta vermelho. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório ‘Estatísticas Sanitárias Mundiais 2022’, no qual expõe os dados mais recentes disponíveis sobre indicadores e saúde global. Entre as diversas discussões presentes no documento, a entidade incluiu um alerta às consequências da poluição externa à saúde da população mundial. Entre elas estão: derrames, doenças cardíacas, câncer de pulmão e infecções respiratórias, entre outras.

Já o Instituto de Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos EUA, registrou o dia 6 de julho como o dia mais quente do ano. Em 2023, mais de 100 pessoas morreram no México devido à alta temperatura, que chegou a 49ºC. Países do continente africano registraram temperaturas que batiam a marca de 50 ºC. A temperatura média global marcou 17,23ºC, a terceira alta em uma semana em 2023.

Os cenários globais de mudança climática acabam reforçando a necessidade de discussões mais sérias no Dia do Combate à Poluição, celebrado no dia 14 de agosto. A data existe desde 1975, ano em que se instituía, pela primeira vez no país, meios para controlar a poluição industrial, com o objetivo de estimular o debate sobre soluções e medidas eficientes para evitar o processo de transformações negativas no meio ambiente.

Conversar sobre sustentabilidade não é novidade, apesar de ser um tema que possui muita teoria e pouca prática. “O futuro que estamos montando para os jovens e crianças deve ser reavaliado e a educação é a principal ferramenta para nos ajudar a colocar a mão na massa”, aponta Marizane Piergentile, diretora de educação das unidades do ABCDM e Baixada Santista do Colégio Adventista. “É essencial apresentar pautas sobre educação ambiental aos pequenos, ajudando-os a criar desde cedo uma linha de consciência ecológica para que no futuro se tornem pessoas e profissionais bem preparados para lidar com assuntos ambientais no dia a dia e dentro das empresas”, reflete.

A educação ambiental pode existir e ser permanente daqui para frente, mas para isso é necessário um plano de ensino que prepare os professores para ter essa conversa dentro da sala de aula. “A partir de agora é de extrema importância que os governos trabalhem para disponibilizar materiais didáticos sobre o tema para todas as regiões, além de aplicar investimentos na infraestrutura escolar para que possamos acolher essa discussão”, explica a diretora.

Não é tarde para entender que é dever de todo cidadão e cidadã buscar por informações sobre o ambiente que vive, afinal de contas, faz parte da lei natural do planeta. Ao pesquisar sobre esse tema, as noções de sobrevivência são captadas instintivamente, abrindo a consciência para novas formas de pensar que contribuem para a preservação da única casa que o ser humano conhece: o pálido ponto azul.

 

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