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segunda-feira, 15 de maio de 2023

Brasileiros regridem na atenção com a saúde mental, revela pesquisa YouGov


Entre 2021 e 2023, o número de brasileiros que dizem que é importante falar sobre saúde mental caiu mais de 3 pontos percentuais



Mesmo a saúde mental sendo um problema persistente em todo o país, a pandemia trouxe mais desafios. Até no final do ano passado, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), alertou que o Brasil estava enfrentando uma pandemia de saúde mental, impulsionada pelo isolamento social, pela perda de familiares para o COVID-19, pelo sentimento de medo do vírus e pela ansiedade causada devido à instabilidade nos empregos. 

 

E segundo dados recentes divulgados pela YouGov, multinacional especializada em pesquisa de mercado on-line, 67,9% das pessoas no país dizem que a doença mental é uma condição real. Embora esse número possa parecer alto, ele representa um declínio em relação aos 69% que se sentiam da mesma forma em 2022; e o número do ano passado é ainda menor em comparação com o 74,5%, em 2021. Portanto, nos últimos dois anos, houve uma queda de 7 pontos percentuais no número de brasileiros que levam a saúde mental a sério.



Esse não é o único indicador de que há uma clara tendência à queda na atenção ao campo da saúde mental. Em 2021, 80,5% dos brasileiros disseram que era importante discutir problemas de saúde mental. Já em 2023, o percentual é de apenas 77,2%, uma queda de mais de três pontos percentuais. 

 

Uma leve retração também pode ser observada entre este ano e o anterior no número de pessoas que consideram que os estigmas em torno da saúde mental estão desaparecendo, depois de terem crescido entre 2021 e 2022.

 

Mulheres e adultos mais velhos levam a saúde mental a sério

De modo geral, as mulheres e os adultos mais velhos no Brasil estão mais propensos a levar a sério a questão da saúde mental. Em comparação com 73,2% dos homens, 81,1% das mulheres brasileiras dizem que é fundamental falar sobre essas questões. 

 

Existe um contraste semelhante na comparação entre as idades, com apenas 68,8% dos jovens de 18 a 24 anos acreditando que a saúde mental deve ser discutida, em contraste com 8 em cada 10 pessoas que ultrapassaram os 55 anos de idade.

 

Esses dois grupos também são os mais propensos a rejeitar o fato de que as doenças mentais não são tão graves quanto as doenças físicas: 80,5% das pessoas com mais de 55 anos e 72,7% das mulheres discordam dessa afirmação, estatisticamente mais alta do que a média nacional de 67,9%. Os homens e os brasileiros mais jovens, por outro lado, são estatisticamente mais propensos a desprezarem essas doenças em comparação com a média.

 

Os brasileiros do sexo masculino e os mais jovens também são os mais convencidos de que os estigmas em relação à saúde mental estão se desfazendo lentamente. “Isso pode ser explicado pelo fato de que as mulheres e os adultos mais velhos, aqueles que, na verdade, estão mais abertos a discutir seriamente essa questão, estão mais conscientes de como é difícil conversar sobre estas adversidades no Brasil”, comenta David Eastman, diretor-geral da YouGov América Latina. 

 

A saúde mental, por si só, ameaça se tornar um risco crescente para o bem-estar dos brasileiros se a sua importância continuar a diminuir no ritmo dos últimos dois anos. Mas os dados da YouGov revelam que também há uma ligação entre a saúde mental e a saúde física. 

 

Aqueles que não consideram a doença mental como algo sério são estatisticamente mais propensos a também dizer que não se alimentam ou se exercitam adequadamente, não cuidam do seu bem-estar como deveriam, vivem sem dormir muito e sofrem de ansiedade recorrente, (51%, 61,3%, 52,5% e 58%, respectivamente, contra 30,7%, 55,5%, 27,3% e 52% daqueles que a consideram uma doença real).

 

Existe até uma ligação entre a seriedade com que os brasileiros levam a saúde mental e algumas ações e atitudes que podem se tornar problemáticas e até prejudiciais.

 

Aqueles que não acreditam que a doença mental seja real têm quase duas vezes mais chances de aceitarem serem compradores impulsivos do que aqueles que levam a questão a sério. Além disso, é três vezes mais provável que digam que bebem demais, duas vezes mais provável que manifestem que jogam demais e significativamente mais provável que afirmem que a publicidade afeta a sua imagem corporal.

 

“Essa relação é simples de explicar, pois os brasileiros que levam sua saúde mental a sério provavelmente estarão mais dispostos a procurarem ajuda médica profissional para tratar suas condições. E, ao fazer isso, ficam menos vulneráveis a outras ações e atitudes prejudiciais que podem afetar negativamente outros aspectos do seu bem-estar físico, mental e social”, finaliza David. 



Nesse sentido, a saúde mental e a conscientização sobre sua gravidade vão muito além das próprias condições. Portanto, é necessário que haja mais atenção por parte das autoridades e dos consumidores para essa questão.

 

YouGov - multinacional de origem britânica, pioneira em pesquisa de mercado on-line e ferramentas que integram o planejamento e o monitoramento de dados, garantindo informações mais precisas e ágeis de serem acionadas por seus clientes.

 

Odontopediatra dá dicas de como aliviar o desconforto dos primeiros dentes em bebês

Nesta fase, é comum que os pequenos apresentem irritabilidade, inchaço e até dificuldades para dormir 

 

Sensibilidade na gengiva, febre e dor…. Estes são alguns dos sintomas dos primeiros dentes nos bebês. Esta fase é um marco importante no desenvolvimento da criança, mas também pode trazer desconforto e irritação. Durante o processo, é natural que os pais fiquem preocupados e busquem maneiras de aliviar os sintomas para ajudar os pequenos a passar por esse momento de maneira mais tranquila. 

Segundo Ilana Marques, odontopediatra da clínica IGM odontopediatria, o cuidado odontológico precoce é essencial para garantir a saúde bucal do bebê. “Durante o nascimento dos dentinhos, é muito importante um acompanhamento com especialista, alguns sintomas podem ser bem desconfortáveis, como irritabilidade, inchaço nas gengivas, salivação excessiva e dificuldade para dormir", afirma a dentista.

 

Para ajudar a driblar esse desconforto, a especialista dá algumas dicas simples. Confira:

 

  • Mordedores refrigerados: Oferecer mordedores seguros e próprios para a idade do bebê pode ajudar a aliviar a coceira e a dor nas gengivas. Colocá-los na geladeira por um tempo para resfriá-los proporcionará um efeito calmante.

 

  • Massagem nas gengivas: Com um dedo limpo e suave, faça uma leve massagem nas gengivas do bebê. Essa pressão feita de leve pode ajudar a aliviar a dor e a estimular o surgimento dos dentes.

 

  • Alimentos frescos e texturizados: Ofereça alimentos seguros e adequados à idade do bebê, como cenouras ou maçãs cruas, que podem ser mordidos. A textura desses alimentos pode ajudar a massagear as gengivas e proporcionar alívio.

 

  • Laserterapia: Consulte um odontopediatra para obter recomendações sobre o uso da laserterapia para bebês. O procedimento ajuda no alívio imediato no desconforto do nascimento dos dentinhos. 

 

  • Aconchego e carinho: Durante essa fase, os bebês precisam de conforto e atenção extras. Acolha o seu filho nos seus braços, ofereça carinho e distração por meio de brinquedos adequados para a idade. Isso ajudará a desviar a atenção do desconforto e a proporcionar um ambiente tranquilo.

 

“É importante lembrar que cada bebê é único, e nem todas as estratégias funcionarão da mesma forma para todos. Caso o desconforto persista ou se torne preocupante, é fundamental consultar um odontopediatra para uma avaliação adequada e orientações personalizadas”, ressalta Ilana Marques.


"Assassino silencioso". Veja dicas para prevenção e controle da Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é um problema de saúde comum e, muitas vezes, assintomático. É um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Para o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, que acontece em 17 de maio, o médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo compartilha algumas dicas para ajudar a prevenir e controlar a hipertensão arterial.

 

A hipertensão arterial pode ser causada por vários fatores, incluindo obesidade, consumo excessivo de sal, falta de atividade física, tabagismo e estresse. Também pode ser influenciada por fatores genéticos e hereditários. A boa notícia é que a hipertensão arterial pode ser prevenida e controlada por meio de mudanças no estilo de vida e tratamentos médicos adequados.
 

Um alerta para gestantes
A hipertensão arterial pode ter implicações sérias durante a gravidez, incluindo pré-eclâmpsia e parto prematuro. As mulheres grávidas devem ser acompanhadas de perto por um médico para monitorar sua pressão arterial.
 

O Dr. Ronan Araujo sugere as seguintes dicas para ajudar a prevenir e controlar a hipertensão arterial:

1.Mantenha um peso saudável: manter um peso saudável é uma das maneiras mais eficazes de reduzir o risco de hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares. Consulte um médico especialista para obter orientação sobre uma dieta saudável e equilibrada.

2. Faça atividade física regularmente: a atividade física regular pode ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular. Tente fazer pelo menos 30 minutos de atividade física moderada todos os dias.

3. Reduza o consumo de sal: o consumo excessivo de sal pode aumentar a pressão arterial. Tente limitar a quantidade de sal adicionado aos alimentos e evite alimentos com alto teor de sódio.

4. Consuma alimentos saudáveis: inclua em sua dieta alimentos frescos, grãos integrais, peixes ricos em ômega-3, nozes e sementes, e alimentos com baixo teor de sódio, como feijão, lentilha e ervilha. Evite alimentos processados, fast food, carnes vermelhas e gordurosas, produtos lácteos com alto teor de gordura, alimentos fritos e doces com muito açúcar.

5. Limite o consumo de álcool e cafeína: o consumo excessivo de álcool e cafeína pode aumentar a pressão arterial em algumas pessoas.

6. Faça exames regulares: a hipertensão arterial muitas vezes não apresenta sintomas óbvios, portanto, é importante fazer exames regulares para medir a pressão arterial e monitorar a saúde cardiovascular.
 

"A hipertensão arterial é uma condição crônica que requer gerenciamento a longo prazo, mesmo quando os sintomas não são aparentes. É importante trabalhar em estreita colaboração com um médico para desenvolver um plano de tratamento adequado e eficaz." Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

Fortaleça sua imunidade, comendo!

Vida é movimento. Comida é combustível. O desenrolar dos dias é o resultado da soma do que você come à forma como seu organismo recebe e metaboliza o fruto das suas escolhas alimentares.  

A divisão é clara: há organismos aditivados e aqueles que carecem de revisão.  

Isso porque mais do que matar a fome, o que é consumido quando a vontade de comer vem impacta diretamente na cadência da engrenagem que constitui o corpo humano.  

Devidamente abastecida, a máquina mantém as funções em perfeito funcionamento – do levantar ao adormecer, incluindo tudo que ocorre nessa janela temporal, protegida pelo sistema imunológico, responsável por manter as doenças distantes.  

Só que a função de defesa depende dos nutrientes ingeridos durante as refeições.  

Para a imunidade funcionar com completude, desempenhando as reações químicas necessárias para defender o organismo dos patógenos, alguns nutrientes são necessários.  

O nutricionista especialista em nutrição clínica funcional e professor do Puravida PRIME, Paulo Mendes, listou o que considera ser os cinco principais:  

  • Fibras; 
  • Fontes de alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios; 
  • Selênio; 
  • Zinco; 
  • Vitamina C. 

Segundo o professor do PRIME, esses elementos pró-imunidade estão amplamente presentes em dois perfis de dietas: a Mediterrânea (eleita como a melhor dieta para 2023) e a plant-based. 

O cardápio dessas dietas é conhecido por incentivar o amplo consumo de vegetais, sementes, cereais, azeite de oliva, pescados e até vinho. Na plant-based, o foco é no consumo das proteínas de origem vegetal.  


Nutriente a nutriente 

Ponto forte em ambas, o alto consumo de fibras reverbera nas células do sistema imune e na melhora das saúdes neural, intestinal, cerebral e até mesmo muscular. 

A explicação está no efeito causado pelas fibras no intestino: como não são inteiramente absorvidas, as fibras estimulam a fermentação de um grupo de bactérias consideradas boas para a microbiota intestinal, reconhecidas pela grande capacidade imuno-positiva.  

Paulo Mendes defende que os adeptos dessas dietas se beneficiam da quantidade diária sugerida de consumo de fibras, superior à demanda mínima prevista pelas entidades de saúde.  

“Esses padrões alimentares têm consumo médio de 30 a 40 gramas de fibra ao dia. E o que a gente tem de guideline, de diretriz, é que você deve consumir, no mínimo, 20 gramas de fibra ao dia. Se você tiver algum desses dois padrões alimentares você, provavelmente, vai garantir mais que o consumo mínimo”, explica. 

Já os alimentos antiinflamatórios e antioxidantes subentendem o efeito por si: auxiliam o organismo na batalha contra as inflamações e os radicais livres, vilões no desgaste do sistema imunológico e no processo de envelhecimento.    

Com nome técnico de vitamina E, resveratrol e catequinas, os aliados nessa luta são as frutas, vegetais, legumes, castanhas e alguns tipos de peixes fontes de Ômega 3.  

“Consumindo esses alimentos, você estará garantindo melhor saúde metabólica e maior preservação do sistema imunológico”, pontua. 

Enquanto isso, zinco e selênio reforçam os leucócitos – que atuam na linha de frente da imunidade.   

Os minerais estão presentes nas ostras, carnes vermelhas, frango, tofu, em algumas leguminosas e ainda nas castanhas do Pará e de caju e na aveia.  

Para finalizar, o nutricionista destaca a vitamina C – essencial para a melhora na produção de colágeno, protegendo a pele ao mesmo tempo em que aumenta a eficiência dos linfócitos, as células do sistema imune adquirido. 

Na hora de escolher, Paulo sugere optar pelo camu camu, acerola, pimentão verde, amarelo e vermelho, caju, mexerica, couve, goiaba, laranja, mamão e, por último, o limão.   

E reitera: “esses são os alimentos pró-imunidade que têm uma maior valia para o fortalecimento do seu sistema imunológico”.   


Bom lembrar 

O sistema imunológico é abastecido pelos nutrientes entregues a ele por meio da alimentação.  

Manter o corpo protegido das doenças demanda uma dieta densamente nutritiva, com ênfase em cinco elementos: fibras, alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, selênio, zinco e vitamina C.  

O consumo adequado desses alimentos garante a manutenção das células que atuam na linha de frente da defesa do organismo.  

Duas linhas conhecidas por ofertar esses nutrientes são as dietas Mediterrânea e a plant-based.  

Mas, independentemente de qual estilo alimentar você escolher, o essencial é focar nos alimentos in natura, com variedade de consumo de frutas, verduras, vegetais, sementes e proteínas – sejam elas de origem animal ou vegetal.  

A nutrição é um dos passos mais importantes na batalha contra as doenças.  

Invista na alimentação equilibrada e sinta os reflexos reverberarem em saúde, disposição e desempenho físico e mental. 

 

Puravida


Onfaloplastia: como o procedimento corrige o umbigo

A cirurgia pode ser feita isoladamente ou em conjunto com outras técnicas, como a abdominoplastia

 

O excesso de pele no abdome, a falta de tônus muscular e a flacidez dos tecidos locais são os principais responsáveis pelo chamado “umbigo triste” (ou umbigo caído). Nestes casos, pode ser indicada a onfaloplastia (ou cirurgia de umbigo), procedimento cirúrgico que pode ser estético ou reparador. 

“Nos casos de flacidez, associamos técnicas para o estímulo de colágeno, como a aplicação de bioestimuladores ou microagulhamento. Também pode ser indicada para corrigir deformidades específicas, como umbigo protruso (umbigo para fora), hérnias umbilicais ou outras condições que afetam seu formato”, explica Luís Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo HCFMUSP e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

Segundo o médico, ela também pode ser indicada a pacientes que tiveram a região deformada pelo uso de piercings ou por cicatrizes de cirurgias anteriores; que tiveram perda excessiva e rápida de peso; que passaram por uma gestação ou efeito sanfona; ou apenas para o rejuvenescimento estético. 

“Não há um número exato de onfaloplastias realizadas no Brasil, até porque ela pode ser feita isoladamente ou em conjunto com outras técnicas, como a abdominoplastia. Caberá ao cirurgião plástico avaliar o caso e optar pelo procedimento que melhor atenda às necessidades da paciente”, afirma Luís Maatz.

 

Como a onfaloplastia é feita

A cirurgia é considerada uma intervenção relativamente simples, com duração média menor que uma hora. É feita por meio de pequenas incisões na cicatriz umbilical, o que resulta em cicatrizes discretas. O formato das incisões pode variar entre linear, quadrangular, circular ou em forma de cruz, dependendo do tipo de correção. 

O procedimento requer anestesia local, podendo ser associado com sedação; ou anestesia geral, dependendo da complexidade ou em caso de associação com outras cirurgias. 

“Por meio das incisões, remove-se o excesso de gordura e/ou pele, remodelando o umbigo, de modo a obter um resultado bem natural. O procedimento requer anestesia local, geralmente com sedação, ou anestesia geral, dependendo da complexidade ou em caso de associação com outras cirurgias”, relata Luís Maatz

 

Como é o pós-operatório

“O pós-operatório dependerá se houve ou não outras intervenções associadas, como a retirada da hérnia umbilical ou a realização da abdominoplastia, que exigem um tempo mais longo para a recuperação total. Em geral, é comum sentir dor leve e inchaço discreto, especialmente nos primeiros dias. Para minimizar esses efeitos, é preciso fazer uso de compressas frias e dos medicamentos prescritos pelo cirurgião”. 

A prática de exercícios físicos é proibida durante o período inicial de recuperação, assim como é essencial evitar movimentos bruscos e batidas na área operada. Durante os quinze primeiros dias, é necessário usar uma cinta modeladora, além de evitar o sol durante trinta dias, cuja exposição pode afetar a cicatrização. 

“Vale lembrar que é fundamental seguir todas as instruções e ir às consultas de acompanhamento. Isso vai reduzir o risco de complicações e garantir uma recuperação segura e eficaz, além de obter os resultados esperados”, finaliza Luís Maatz.

 

Cresce o número de doenças intestinais crônicas

Para chamar a atenção da população para a conscientização e para o diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, o mês de maio ganhou a cor roxa. No mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já são mais de 5 milhões de pessoas com essas patologias. 

De acordo com o clínico geral Valdir Russo, do hospital Santa Casa de Mauá, essas doenças são silenciosas e mesmo sendo crônicas, sem cura, possuem tratamentos eficazes que garantem a boa qualidade de vida do paciente. “As causas são desconhecidas, mas sabe-se que estão ligadas a uma pré-disposição genética e a fatores ambientais, dieta e tabagismo. E, por não se conhecer a causa exata, o diagnóstico precoce é muito importante”, alerta o especialista. 

As doenças inflamatórias intestinais podem ser leves ou graves, evoluírem para o desenvolvimento de câncer de intestino e até levar à morte. Na doença de Crohn há a inflação intestinal crônica e o comprometimento de todo o sistema digestivo, da boca ao ânus, além do intestino delgado e o cólon.  

Entre os sintomas está a fraqueza, que ocorre em razão da dificuldade na absorção de nutrientes; dores abdominais, diarreia, perda de peso e febre. Nos casos mais graves são comuns as aftas, inflamação nos olhos, lesões na pele, pedras nos rins e na vesícula. 

“Assim que o paciente notar algum dos sintomas, é preciso procurar atendimento médico, pois não há um exame específico para o diagnóstico, o qual se baseará em histórico clínico, exames físicos, de sangue e de imagem, incluindo a endoscopia digestiva e a colonoscopia. 

Os sintomas da retocolite ulcerativa são parecidos com os da doença de Crohn e o diagnóstico ocorre da mesma forma. A doença ainda apresenta inflamação do cólon, diarreias frequentes com sangue e muco nas fezes. Nos casos mais avançados podem surgir anemia, fraqueza e febre. 

Ambas as doenças acometem homens e mulheres e são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, de 15 a 40 anos. O tratamento varia conforme cada caso e envolve  controle do processo inflamatório e dos sintomas, com medicação e dietas à base de vegetais cozidos, carnes magras, frutas sem casca e cereais sem glúten – tais alimentos por terem digestão mais fácil aliviam a inflamação do intestino. No entanto, é aconselhável evitar alimentos gordurosos, com lactose, açúcar refinado, doces, bolos e leguminosas.  

“Um dos grandes vilões para essas patologias é o tabagismo e, inclusive, estudos apontam que fumar é um risco para o seu desenvolvimento e agravamento dos sintomas”, explica o clínico geral Valdir Russo.  

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

Hipotireoidismo congênito pode causar sequelas neurológicas no bebê

 Doença é rara, mas grave, sendo uma das principais causas de deficiência mental em crianças

 

Celebrado todos os anos em 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide oferece uma oportunidade para destacar os múltiplos fatores genéticos, ambientais e outros, que contribuem para o desenvolvimento de doenças da tireoide. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a tireoide é uma glândula situada na região anterior do pescoço, cuja função é produzir dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4), essenciais para a formação dos órgãos, para o crescimento, o desenvolvimento, a fertilidade e a reprodução. 

“Os hormônios também têm um papel fundamental na regulação de funções como batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo e metabolismo”, acrescenta Claudia Chang, doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 

Tireoide e gestação

Segundo Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO, especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, em Infertilidade pela FEBRASGO e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre; ao longo da gravidez, desde a concepção até o puerpério, a tireoide passa por importantes alterações. 

“O desenvolvimento neurológico fetal depende do hormônio tireoidiano. No entanto, a tireoide do feto só começa a ser formada a partir da 8ª semana de gestação. Enquanto isso, o bebê depende totalmente do hormônio materno. Isso significa que qualquer problema na tireoide da gestante pode afetar a evolução normal do bebê”, alerta Carlos Moraes. 

Na gestação, uma das disfunções tireoidianas mais frequentes é o hipotireoidismo (pouca produção hormonal). Em janeiro de 2022, a Nature Endocrine Reviews publicou uma revisão atualizada sobre o tema, revelando que o hipertireoidismo pode ocorrer em cerca de 2,4% das gestações, enquanto o hipotireoidismo chega a 4%.

 

Hipotireoidismo Congênito: como ele afeta o desenvolvimento do bebê

O hipotireoidismo congênito é uma doença rara, mas grave e silenciosa, que acomete 1 em cada 2.500 mil recém-nascidos, segundo o Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ele ocorre quando a tireoide não é capaz de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4. 

“Estes hormônios são essenciais para a formação do sistema nervoso central do bebê, desde a fase embrionária até os dois anos de idade. Quando há ausência ou insuficiência deles, o desenvolvimento da criança fica comprometido, podendo causar deficiência intelectual e manifestações neurológicas, incluindo ataxia, incoordenação, estrabismo, movimentos coreiformes e perda auditiva”, explica Claudia Chang. 

“A maioria das crianças com hipotireoidismo congênito nasce sem manifestações clínicas aparentes. Alguns sinais surgem semanas ou meses após o nascimento: icterícia persistente, hipotermia transitória, choro rouco, dificuldade respiratória no momento das mamadas, intestino preso, grande sonolência e hérnia umbilical. Assim que estes sinais forem notados, a avaliação médica deve ser imediata”, complementa Carlos Moraes. 

A maioria dos casos de hipotireoidismo congênito ocorre isoladamente e não há histórico familiar. Há também causas ambientais/externas, como ingestão materna insuficiente ou em excesso de iodo durante a gestação, uso materno de medicamentos antitireoidianos, passagem de anticorpos maternos que bloqueiam o receptor de TSH pela placenta e grandes hemangiomas hepáticos. 

Além disso, cerca de 15-20% dos casos de hipotireoidismo congênito têm causas genéticas.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pelo Teste do Pezinho, realizado através da coleta de gotas de sangue do calcanhar do bebê, sendo que o momento ideal para a coleta é entre 48h e 72h de vida. Para a confirmação, é necessário realizar a dosagem do hormônio T4 (total e livre) e do TSH em amostra de sangue. 

Segundo Claudia Chang, o hipotireoidismo congênito não tem cura, mas tem tratamento. Um dos principais é o uso do medicamento levotiroxina, que compensa a falta ou a insuficiência dos hormônios, e deve ser utilizado a vida toda. “O diagnóstico rápido e o início imediato do tratamento são fundamentais para prevenir sequelas neurológicas irreversíveis”. 

“Em suma, a tireoide da gestante precisa fazer parte do pré-natal, do início ao fim, com a realização de exames que avaliem as funções tireoidianas ao longo de toda a gravidez. Só assim será possível identificar e tratar qualquer disfunção antes que a doença se instale”, finaliza o ginecologista e obstetra Carlos Moraes.



Alergia alimentar: 5 dicas para prevenir reações alérgicas

15 a 19 de maio: Semana de Conscientização da Alergia Alimentar

 

“As alergias alimentares são imprevisíveis, podem ocorrer em qualquer fase da vida e mesmo quem nunca teve antes alguma reação alérgica ao ingerir um determinado alimento pode vir a ter alergia, especialmente se falarmos de crustáceos ou alimentos recentemente introduzidos em nossa dieta”. O alerta é da Dra. Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.

 

Ela reforça que ainda há ainda muita necessidade de informação sobre o assunto. A começar pela diferença entre intolerância à lactose e alergia alimentar ao leite: a alergia é deflagrada pelo sistema imunológico e é a proteína do leite (ex: caseína) a que mais incomoda o sistema imunológico, que vai provocar uma resposta, que pode ser grave, levando até a anafilaxia. Os sintomas são variados: vermelhidão na pele, falta de ar, sangramento nas fezes. Mais frequentes na infância e com chances de curar na fase adulta. Geralmente, as reações alérgicas aparecem com pequenas quantidades de leite.

 

Quando há intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, os sintomas são gastrointestinais, na maioria das vezes em adultos, com tendência a permanecer pelo resto da vida. Dificuldade em digerir o leite, sensação de estufamento, gazes e diarreia são alguns dos sinais da intolerância. Diferentemente da reação alérgica, a intolerância não apresenta risco de morte.

 

“Se você desconfia que seu filho tem alergia à proteína do leite, não tire o alimento da criança. É preciso procurar o diagnóstico com um especialista para que a criança não tenha deficiência nutricional. Além disso, pode não ser uma alergia. O diagnóstico de alergia alimentar requer investigação criteriosa e é preciso ter certeza do diagnóstico antes de tomar qualquer atitude”, reforça Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia Clínica (doenças autoimunes, autoinflamatórias e imunodeficiências) e Endocrinologia.

 

O diagnóstico depende de história clínica muito bem avaliada pelo alergista associada aos dados de exame físico, que podem ser complementados pelo teste de provocação oral, considerado padrão ouro no diagnóstico. “É importante dizer que exames de detecção de IgG para proteínas alimentares, que são disponíveis comercialmente, não configuram o diagnóstico de alergia alimentar. É preciso muito critério para esse diagnóstico”, explica a médica alergista.

 

Pessoas com rinite, asma e dermatite atópica estão um pouco mais predispostas à alergia alimentar, mas isso varia e não configura uma regra. A reação alérgica mais grave é a anafilaxia, e entre os sintomas estão: urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), falta de ar, chegando à insuficiência respiratória, cólicas, vômitos e diarreia agudos, hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para morte.

 

Abaixo a médica alergista da Clínica Croce deixa 5 dicas para ajudar na prevenção de uma possível reação alérgica causada por alimentos:

 

– Se você já sabe que tem alergia a algum alimento, evite-o.

– Leia sempre os rótulos de produtos industrializados para se certificar da ausência do alérgeno.

– Cuidado com a contaminação cruzada em restaurantes, causada pelos utensílios usados em diversos alimentos (ex: colher que mexeu no camarão foi usada no arroz).

– Para quem já apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental.

– O alergista e imunologista é o profissional que faz o diagnóstico da alergia alimentar, portanto, siga sempre as recomendações de um especialista.

 


Clínica Croce
www.clinicacroce.com.br


Prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para combater a Hipertensão Arterial

Condição de saúde crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas adotar mudanças positivas no estilo de vida pode contribuir para um futuro mais saudável e livre de complicações

 

No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, instituído em 17 de maio, é essencial abordar sobre suas causas, pois essa condição de saúde crônica afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais origens das doenças vasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações graves.

O bom funcionamento do sistema circulatório é fundamental para o bem-estar geral e qualidade de vida, uma vez que é responsável por transportar o oxigênio e os nutrientes para todos os órgãos do corpo.

Os níveis pressóricos elevados da pressão arterial podem causar lesão direta no revestimento interno dos vasos, chamados de endotélio, e levar a disfunção desse segmento tornando-o mais suscetível a formar placas de ateroma, assim como aumentando a chance de desenvolver processos trombóticos, além de outras doenças.

Conforme o diretor Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo, Dr. Marcone Lima Sobreira, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), quando não controlada, pode levar a complicações graves, como doença arterial periférica, que tem como consequência à amputação de membros, aneurismas, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, e lesão na retina que pode ocasionar a diminuição da acuidade visual, inclusive levar à cegueira.

A úlcera hipertensiva, que também é uma consequência da HAS, é uma situação em que ocorre abertura de úlceras nas extremidades inferiores, que aparecem na face lateral da perna e costumam ser rasas, com fundo limpo, mas é uma doença extremamente dolorosa. Essa condição pode ser tratada com controle rigoroso da pressão arterial (PA), além de outras medidas clínicas e com acompanhamento médico.

A pressão pode ser medida manualmente por meio de manguito, geralmente fixado no braço, com o estetoscópio, ou com aparelhos digitais que fazem a leitura e aferem a PA com boa precisão. Segundo Diretrizes Brasileiras da Hipertensão Arterial – 2020, o valor considerado normal da PA é 120 x 80 mmHg. Acima de 140x90 mmHg é considerado hipertenso e o valor intermediário de 130-139 x 85-89 mmHg é classificado com pré-hipertensão.

O avanço da idade, obesidade e o tabagismo, e a presença de fatores já citados, são riscos adicionais que somam ao prejuízo já causado pela HAS e podem acelerar e agravar doenças e lesões vasculares. É importante reforçar a adoção de hábitos saudáveis como a atividade física periódica, que ajuda a controlar os níveis glicêmicos e o diabetes, colabora para baixar os níveis de colesterol e o controle do peso. A dieta equilibrada, com baixos níveis de sal, gordura e de açúcares são benefícios potencializados para controlar a pressão arterial, além auxiliar no controle de outras comorbidades. Evitar o consumo de tabaco, em suas diferentes formas, e bebida alcoólica em excesso também são primordiais para proteger a saúde.

Hoje, especialistas têm observado que pessoas mais jovens também estão sendo acometidas com HAS e doenças cardiovasculares com mais frequência e crescente. Geralmente, o início dos sintomas sugere risco de evolução mais grave das doenças. “Provavelmente o estresse diário associado a outros fatores como sedentarismo, má alimentação e doenças preexistentes, quando presentes, podem ser justificativas para o comprometimento das faixas etárias mais jovens”, conclui Dr. Marcone.

Cuidar da pressão arterial e da saúde vascular é essencial para manter uma vida saudável e prevenir complicações em longo prazo. É fundamental realizar check-ups regulares e seguir as orientações médicas, especialmente para quem tem histórico familiar de hipertensão ou outras condições de doenças vasculares. Vale lembrar que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na saúde e a recomendação é sempre consultar o especialista para orientações e cuidados personalizados.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 


Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


A importância da higiene bucal: alerta sobre as doenças que podem causar língua branca

O ex-participante do BBB 23 e jornalista Fred Bruno comemorou seu aniversário no último 5 de maio e convidou alguns ex-colegas de confinamento para a festa. Porém, a língua do Fred acabou chamando mais atenção do que o momento. Em fotos compartilhadas nas redes sociais, foi possível notar uma camada esbranquiçada sobre a língua de Fred. Isso levantou questionamentos entre os internautas sobre a possível associação com a falta de higiene bucal ou problemas de saúde, e infelizmente, a resposta é sim para ambas as questões. 

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, explica que a língua branca pode ser um sinal de que algo não está correto com a nossa saúde bucal. Infelizmente, a falta de cuidado com a higiene bucal pode levar a uma série de problemas, incluindo o mau hálito e outras doenças que podem afetar a nossa saúde. 

Principais doenças e problemas que causas esbranquiçamento da língua: 

1. Saburra lingual: é uma condição caracterizada pela presença de uma camada esbranquiçada ou amarelada na superfície da língua. Essa camada é formada por células mortas, restos de comida e bactérias, que se acumulam no dorso da língua liberando uma substância que causa mau cheiro e é uma das principais causas do mau hálito. 

2. Candidíase oral: é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que pode afetar a boca, a garganta e a língua. Na língua, a candidíase pode causar manchas brancas ou amareladas, além de sensação de queimação e dor.    

3. Leucoplasia oral: é uma condição caracterizada pela presença de manchas brancas na boca, incluindo na língua. Essas manchas são compostas por células anormais da mucosa bucal e podem ser um sinal de câncer bucal em alguns casos.    

4. Sífilis oral: é uma doença sexualmente transmissível que pode afetar a região da boca, incluindo a língua. Na sífilis oral, podem ocorrer lesões na língua e na boca, que podem apresentar uma aparência esbranquiçada.

5. Má higiene bucal: a falta de cuidado com a higiene bucal pode levar à formação de saburra lingual e outras condições que podem causar a língua branca. 

“Além disso, a falta de higiene bucal pode levar a outras doenças, como a cárie dentária, gengivite e periodontite. A cárie dentária é uma doença que pode causar dor, sensibilidade e até mesmo a perda do dente. Já a gengivite é uma inflamação da gengiva que pode causar sangramento, vermelhidão, inchaço e periodontite pode causar até mesmo a perda dos dentes.” Ressalta a Dra. Bruna Conde. 

É importante lembrar que a nossa saúde bucal está diretamente ligada à nossa saúde geral. A falta de cuidado com a higiene bucal pode levar a problemas mais graves, como doenças cardiovasculares, diabetes e até mesmo câncer. Por isso, é fundamental manter uma rotina regular de cuidados com a boca, incluindo a escovação dos dentes, o uso do fio dental, raspagem na língua com acessórios indicados e a visita regular ao dentista. 

Além de tudo, é importante lembrar que a nossa dieta também pode afetar a nossa saúde bucal. Alimentos açucarados e ácidos podem causar a erosão do esmalte dos dentes e levar à cárie dentária, por exemplo. Por outro lado, alimentos fibrosos podem ajudar na salivação e prevenção do mau hálito.

 

Como higienizar a língua de forma correta?

A técnica e frequência escolhida será de acordo com o tamanho, formato, tipo de língua, hábitos, presença de acúmulo de biofilme dental.  

Ao realizar a limpeza da língua, é importante escová-la delicadamente. É fundamental ter cuidado para não aplicar muita pressão, pois isso pode acabar lesionando o tecido lingual e aumentando a proliferação de bactérias. Além disso, a sensibilidade da língua pode ser afetada, tornando a alimentação desconfortável.

“É fundamental estar consciente dos diversos fatores que podem causar a língua branca, incluindo doenças sexualmente transmissíveis, e buscar a ajuda de um profissional de saúde, principalmente especialista em Halitose para o diagnóstico e tratamento adequado.” Finaliza a Dra. Bruna Conde. 



Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista
CRO SP 102038


Campanha de Voz de 2023: exames gratuitos para diagnóstico do câncer de laringe e conscientização sobre os riscos do tabagismo

A Campanha de Voz de 2023 é uma iniciativa para conscientizar a população sobre os riscos do tabagismo. Com o objetivo de combater o câncer de laringe, uma das principais doenças causadas pelo cigarro, a campanha oferece exames gratuitos para fumantes com mais de 40 anos, buscando diagnosticar precocemente a doença e aumentar as chances de cura. Os interessados devem fazer a inscrição até 31 de julho no site bocaegarganta.com.br. 

A campanha destaca a importância de se cuidar da saúde e reforça a necessidade de abandonar o cigarro para uma vida mais saudável. Vale lembrar que o tabaco é responsável por diversas mortes evitáveis em todo o mundo, sendo uma das principais causas de problemas respiratórios, cardíacos e até mesmo câncer. 

Embora haja diversas campanhas de conscientização e esforços para reduzir o consumo de cigarro, o número de fumantes ainda é alarmante em muitos países. Além disso, o uso do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens, é motivo de preocupação para as autoridades de saúde, já que os chamados 'pods' podem ser tão prejudiciais quanto os cigarros convencionais. 

Neste Dia Mundial do Combate ao Tabagismo, é fundamental lembrar que a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para uma vida plena e livre de doenças. Abandonar o cigarro, praticar atividades físicas e manter uma alimentação equilibrada são algumas das medidas que podem contribuir para uma vida mais saudável e feliz.


71% DAS MORTES NO MUNDO SÃO CAUSADAS POR DOENÇAS CRÔNICAS VEJA COMO SE PREVENIR


Especialista explica que a fisioterapia é uma das recomendações para quem deseja tratar doenças como obesidade, hipertensão e diabetes.


Segundo a OMS, a chamada DCNTs (Doenças crônicas não transmissíveis) matam em torno de 41 milhões de pessoas a cada ano, ou seja, 71% de todas as mortes no mundo. Infelizmente as doenças crônicas não são curadas a curto prazo e dependendo da condição, pode levar anos para que a pessoa tenha 100% da sua saúde novamente. E nesse sentido, a abordagem fisioterapêutica desempenha um papel fundamental. A prática pode auxiliar a reverter a incapacidade funcional dos pacientes.

Para Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral, Unidade de Guarulhos, todo o impacto que sofremos e ainda continuaremos a sofrer pós-Covid-19, tornou-se um agravante. Antes da pandemia, as atividades físicas eram realizadas por cerca de 30,4% da população, após a pandemia, diminuiu, para 12,6%, a medida em que 66% da população passa horas consumindo conteúdos digitais de maneira sedentária. "O estilo de vida somado a má alimentação, sono inadequado e ausência de atividade física em um só pacote, facilita o aparecimento dessas doenças" - alerta.

As principais doenças crônicas no Brasil, são a hipertensão, depressão, diabetes e problemas na coluna. "Cada uma possui uma forma de tratamento específico, mas na maioria dos casos, há uma correlação na melhora do quadro, quando há melhora na mobilidade do paciente, quando ele consegue se movimentar sem dor e com facilidade".  – pontua Bernardo Sampaio.

Tratamentos multidisciplinares são fundamentais. Há casos, como por exemplo, da hipertensão e diabetes, que junto aos outros profissionais, o fisioterapeuta auxiliará na manutenção da sensibilidade, principalmente nos membros inferiores – região crítica para estágios avançados da doença.

Sampaio finaliza dizendo que para evitar as doenças crônicas, é necessário se manter ativo, ter bons hábitos e uma boa alimentação. "Estas são recomendações que preparam seu corpo para envelhecer com saúde e bem-estar. Essas doenças levam um longo tempo para a cura, então quanto antes começar o tratamento, melhor. E melhor ainda, não permitir que se instalem". finaliza o terapeuta. 

 

BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor de graduação e pós-graduação também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br


Doenças inflamatórias intestinais contam com novos tratamentos, mas conscientização e diagnósticos precisos continuam sendo necessários

 Dia 19 de maio é o Dia Mundial de conscientização sobre essas doenças; Maio Roxo também lembra das doenças durante todo o mês


O dia 19 de maio é marcado por ser o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal e, por consequência, todo o mês de maio se tornou célebre pelo Maio Roxo, que visa conscientizar o público em relação a essas doenças. “Em todo o mundo, no mês de maio são realizadas palestras, corridas e iluminação a monumentos públicos que visam conscientizar sobre essas doenças que são tão desafiadoras e que interferem muito na qualidade de vida de seus pacientes”, afirma a médica proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Almeida.

A especialista, que acabou de voltar do Digestive Disease Week (DDW 2023), maior congresso de gastroenterologia que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, explica que constantemente novos conhecimentos sobre os mecanismos de inflamação intestinal vêm sendo desenvolvidos e, com isso também, novas drogas vêm sendo apresentadas para o tratamento dessas doenças. “É importante salientar, que a maioria das drogas já estão disponíveis no Brasil, inclusive no SUS, o que nos permite oferecer excelentes alternativas de tratamento aos nossos pacientes, permitindo que convivam da melhor forma possível com essas doenças inflamatórias intestinais”, afirma ela.

Segundo a médica, duas doenças em especial chamam a atenção e merecem o alerta por parte da comunidade médica: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Abaixo, Maristela explica o que são essas doenças, suas causas e sintomas.


Doença de Crohn (DC)

O que é e principais causas – é uma doença inflamatória crônica, recidivante e que pode acometer desde a boca até o ânus, além de atingir todas as camadas do intestino. Sua causa ainda está em esclarecimento, mas sabe-se que muitos fatores se associam para o seu aparecimento: genética, microbiota intestinal e fatores ambientais, como por exemplo, o fumo.

Sintomas – a doença pode causar estreitamentos e até perfurações que causam fístulas. Então é muito comum o aparecimento de dor abdominal persistente em cólicas e diarreia. Pode causar aftas na mucosa bucal e aparecimento de múltiplas fístulas em região perianal. Como é uma doença que aparece mais frequentemente em adultos jovens (entre 15-30 anos), com um segundo pico após os 60 anos, nos jovens pode levar a um emagrecimento importante, desnutrição e anemia. Nas crianças, por todas essas alterações, pode ocorrer déficit de crescimento.


Retocolite Ulcerativa

O que é e principais causas - A retocolite também é uma doença inflamatória intestinal crônica e recidivante mas que acomete apenas o reto e o cólon (intestino grosso), daí o seu nome. Assim como a doença de Crohn, sua causa ainda está em esclarecimento e pode envolver fatores genéticos, ambientais, comportamentais e microbiota intestinal.

Sintomas - A retocolite se manifesta por diarreia com sangue e muco nas fezes. Outro sintoma muito comum, chamado de tenesmo, é a sensação de evacuação incompleta, que leva o paciente muitas vezes ao banheiro. Por conta de sangramentos frequentes, também é comum o aparecimento da anemia.

Para ambas as doenças, não há um tratamento específico. “O tratamento, baseado em corticoides, imunossupressores, medicamentos biológicos e até cirurgia, deve ser individualizado para melhor resposta. Ou seja, o que funciona para um paciente pode não funcionar para outro e só o médico vai poder ajudar nessa escolha”, afirma Maristela, ressaltando que, se houver um diagnóstico e tratamento adequados, seus portadores terão uma boa qualidade de vida.

Por fim, ela ressalta que não há prevenção para as doenças, mas que a adoção de certos hábitos pode ser de grande importância. “A realização de uma dieta saudável e a adoção de bons hábitos alimentares, não fumar, praticar exercícios e um trabalho de controle sobre emoções como ansiedade, além da realização de exames do intestino com certa frequência colaboram para dificultar seu aparecimento”, finaliza a médica do Hospital Edmundo Vasconcelos.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


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