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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

O que você precisa saber sobre a psoríase

No verão, com tantos corpos mais expostos em razão do clima quente nos lembrando sobre a os cuidados com a saúde da pele, é um bom momento para abordar a importância da conscientização a respeito da psoríase. 

Trata-se de uma doença que atualmente atinge 2,5% da população mundial – dessas pessoas, cerca de 10% desenvolvem artrite psoriática cujos primeiros sinais são inchaço, rigidez e dor nas articulações assim que a pessoa acorda, cerca de 10 anos após o início dos sintomas cutâneos. Em geral, a psoríase se destaca muito na pele, acabando por causar afastamento social dos portadores em razão do seu aspecto marcante. O que muita gente não sabe, porém, é que ela não é contagiosa – ou seja, esse isolamento dos portadores da doença não tem outra razão de ser que não o puro preconceito.  

Como professor do curso de Medicina da Unisa, tive a oportunidade de, juntamente com os alunos do 7º semestre, reunir uma documentação completa sobre o tema. A seguir, algumas informações sobre a psoríase, que são parte dessa documentação e constituem um conhecimento de grande importância para a população. 

A psoríase é uma doença crônica do sistema imune. Ela aparece com vermelhidão, espessamento e descamação da pele, e causa coceira. Isto faz com que a nova pele nasça muito rapidamente (levando apenas dias, em vez de semanas), então ela permanece sempre delicada e frágil, facilitando o surgimento de feridas. A psoríase pode ser hereditária e se desenvolver em qualquer lugar do corpo. Assim, caso a pessoa com eventuais sintomas tenha alguém na família com psoríase, é importante informar ao médico. 

Há diversos tipos de psoríase. A psoríase em placas apresenta manchas elevadas de pele cobertas por escamas prateadas, comumente encontradas em cotovelos, joelhos e parte inferior das costas; a psoríase em couro cabeludo é parecida com a anterior, mas localizada no couro cabeludo, o que pode fazer com que ela seja confundida com caspa; a psoríase gutata ou em gotas causa pequenas manchas redondas e vermelhas que podem aparecer de repente, sempre após uma infecção (como a de garganta); a psoríase pustulosa apresenta pequenas bolhas de pus na palma das mãos ou na planta dos pés, que podem ser dolorosas; já a psoríase eritrodérmica, menos comum, é um tipo severo da doença que causa vermelhidão intensa e espalhada, além de descamação da pele. Em todos os casos, alguns fatores externos podem piorar o quadro, como estresse, infecções de garganta, clima frio, pele seca, traumas emocionais recentes, uso de lítio ou medicamentos para o coração. 

Ainda sem cura conhecida, a psoríase geralmente se manifesta em ciclos, alguns mais gerenciáveis, outros mais complicados. Mesmo quando as placas somem, elas podem retornar, então é importante continuar o tratamento para manter a doença sob controle. Normalmente, esse tratamento varia de acordo com a gravidade, mas pode ir desde a aplicação regular de cremes tópicos (corticóides) e uso de medicações via oral (metotrexato e acitretina) até a aplicação de agentes biológicos em casos mais graves. 

Embora sejam personalizados para cada caso e tenham o objetivo de controlar os sintomas, nenhum tratamento é efetivo para todos os portadores, cabendo ao dermatologista a análise do que deve ser feito. O que ajuda todos os portadores é evitar coçar, sempre prevenir o ressecamento da pele com banhos curtos e mornos, além do uso constante de hidratante – de preferência, sem fragrância – e manter as unhas curtas e limpas. 

A psoríase pode ser tratada pelo SUS e, em caso de sintomas suspeitos, é fundamental agendar uma consulta com um dermatologista, seja da rede pública ou da rede particular. O objetivo de qualquer tratamento disponível é o controle da doença. Também é importante salientar que a psoríase pode apresentar um aspecto desagradável na pele, causando afastamento social do portador. Contudo, como afirmei antes, a doença não é contagiosa e é essencial que a sociedade esteja ciente disso, pois muitos portadores, vítimas de preconceito, acabam por não procurar atendimento médico adequado e desenvolvem quadros mais graves. A artrite psoriática, por exemplo, é potencialmente incapacitante se não tratada da forma certa.  

Assim, se você ou um familiar possui algum dos sintomas mencionados antes, é importante buscar atendimento médico e, em caso de confirmação, já dar início ao controle e tratamento da doença.  


Dimitri Luz - dermatologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 

 

Nove estratégias que podem auxiliar no controle do transtorno de ansiedade

 Durante o Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a importância da saúde mental, a médica Dra. Tamires Cruz comenta a respeito da ansiedade, transtorno que acomete quase 19 milhões de brasileiros

 

Janeiro é o período do ano em que diversas transformações começam a ocorrer. Por ser o início de um novo ciclo, é neste período que as pessoas formulam resoluções e metas a serem cumpridas no decorrer do ano. As pessoas costumam estar, então, mais reflexivas, nesse momento, com sua atenção mais voltada para as coisas que verdadeiramente importam para elas. Por isso, o mês foi escolhido para acolher a campanha Janeiro Branco, que busca conscientizar a respeito da importância da saúde mental.

A campanha é essencial, já que transtornos mentais são cada vez mais comuns entre as populações dos países. No Brasil, por exemplo, a ansiedade acomete quase 19 milhões de pessoas, segundo dados coletados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019. Conforme a médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, Dra. Tamires Cruz, a extensão do efeito da ansiedade em um indivíduo depende de vários fatores.

Todavia, independentemente da gravidade e do tipo de transtorno de ansiedade, vários sintomas são comuns. Tais como: sentimentos de pânico; medo e desconforto; preocupação demasiada, principalmente, com situações cotidianas; falta de sono; falta de ar; tensão muscular; fadiga; comportamentos compulsivos; tonturas; náuseas; e mãos frias e suadas.

Segundo Dra. Tamires, se a pessoa apresentar um desses sintomas regularmente, é bom que ela acenda o sinal de alerta e consulte um médico para determinar se sofre de algum transtorno de ansiedade e qual sua dimensão. “A boa notícia é que ansiedade, como qualquer outro problema de saúde, tem tratamento”, afirma a médica.

Além de medicamentos, existem outras estratégias que podem ajudar a combater o problema. A seguir, a médica especializada em saúde mental destaca 9 destas práticas, como, por exemplo, a atenção plena. “Com a atenção plena, aprende-se a estar totalmente desperto e ativo, focado no presente, compreendendo que ele é o único momento em que qualquer um de nós precisa estar vivo”, diz a médica especializa em saúde mental. Conforme Dra. Tamires, a prática é boa para combater a ansiedade porque faz com que a pessoa se preocupe menos com o que aconteceu no passado e com o que acontecerá no futuro.

Uma pessoa que experimenta estresse altera seus padrões respiratórios, por isso usar técnicas de respiração também ajuda a diminuir os sintomas de ansiedade. De acordo com a médica especializada em saúde mental, ao relaxar o corpo, respirar lenta e suavemente pelo nariz, a pessoa consegue equilibrar seus padrões respiratórios e acalmar o sistema nervoso. “A respiração controlada altera o estado fisiológico, reduzindo a pressão sanguínea, a frequência cardíaca, os hormônios do estresse e aumentando a energia física e a sensação de calma e bem-estar”, explica.

Não raramente, a ansiedade é sentida em decorrência de um volume extenso de pensamentos que fazem com que a pessoa se preocupe excessivamente. Dessa maneira, segundo Dra. Tamires, uma forma de controlar o transtorno é gerenciar os próprios pensamentos. “Se você quiser controlá-los, precisará entender os fatos que cercam os pensamentos ansiosos, suas origens e como evitá-los”, diz. Entre as ações indicadas para evitar os pensamentos ansiosos estão: enfrentar o pensamento, criá-lo antes mesmo que aconteça, para minimizar o medo; e escrever o pensamento.

Uma vida agitada (profissional e pessoal), sem tempos para pausas também pode agravar sintomas de ansiedade. Nesse sentido, gerenciar as atividades do dia a dia pode ser uma ótima maneira de combater o transtorno. A recomendação de Dra. Tamires é que o indivíduo trace um plano estratégico, para organizar suas tarefas e colocar sua vida em perspectiva.

Gerenciar o tempo é outra grande estratégia para buscar diminuir os gatilhos que despertam a ansiedade. A médica especializada em saúde mental comenta que aprender a alocar o tempo para fazer o máximo durante o dia, sem ficar estressado ou ansioso, pode fazer uma enorme diferença na vida. Para isso, é recomendável, segundo ela, fazer uma lista com todas as atribuições diárias, estabelecendo ordens de prioridade para cada tarefa. “Não basta, claro, apenas planejar suas atividades. Se quiser superar a ansiedade, a ação deve suceder o planejamento”, diz.

A ansiedade é um transtorno cujos sintomas não são sentidos de maneira linear. Ela pode começar com uma intensidade fraca e ir aumentando paulatinamente com o passar do tempo. Nesse sentido, é de grande valia algumas práticas para encontrar a calma instantânea e domar os sintomas antes que se tornem insuportáveis. Segundo Dra. Tamires, quando a pessoa estiver tendo um ataque agudo de ansiedade, a primeira ação a tomar é encontrar um lugar calmo para colocar a mente de volta ao comando.

Outras estratégias para encontrar a calma instantânea são: entabular uma conversa positiva consigo mesmo; praticar a imaginação guiada, visualizando mentalmente um lugar calmo e pacífico ou uma lembrança feliz; fazer uma oração ou meditação; e expressar gratidão, com o intuito de retirar o foco dos aspectos negativos da vida e colocá-lo nos aspectos positivos.

A propensão à ansiedade está intrinsecamente relacionada a pensamentos autodestrutivos que costumam dominar a mente em situações estressantes, causando sensações grandes de incômodo. Assim, recomenda a médica especializada em saúde mental, para que a pessoa lide com a ansiedade, ela precisa entrar em sintonia com pensamentos e sentimentos.

Para isso, de acordo com Dra. Tamires, a terapia comportamental cognitiva (TCC) oferece grande ajuda. “É uma escola de psicoterapia que afirma que se você deseja gerenciar pensamentos negativos, deve conscientemente fazer um esforço para interrompê-los e substituí-los por positivos, empregando a estratégia: cessar, acalmar e alterar”, diz.

A falta de sono é um dos fatores que costumam piorar os quadros de ansiedade de quem sofre com o transtorno. Nesse sentido, toda estratégia que auxilie o indivíduo a ter boas noites de sono é bem-vinda. É necessário, segundo Dra. Tamires, cuidar do ambiente do quarto, preocupando-se com a iluminação, por exemplo. Rituais para dormir também ajudam nessa hora. “Mesmo se você se considera espontâneo e impulsivo, seu corpo aprecia uma rotina e responde a ela”, afirma. Eliminar comportamentos que prejudicam o sono também é imprescindível, assim como adotar práticas de relaxamento, como yoga e meditação, e realizar atividades físicas constantemente.

Mudar o estilo de vida também permite ao indivíduo recuperar o controle de sua própria vida, diminuindo os efeitos nefastos do transtorno de ansiedade. A médica especializada em saúde mental assevera que para superar a ansiedade, o indivíduo necessita fazer algumas mudanças importantes no estilo de vida, começando com sua dieta, pois existe uma relação direta entre o que você come e o seu humor. “Sabe-se que certos alimentos e bebidas desencadeiam e agravam episódios de ansiedade, como também existem os que provocam um efeito calmante no sistema nervoso”, diz.

Entre os alimentos a evitar estão: café, que atua como estimulante do sistema nervoso; comidas salgadas (fast food, por exemplo), pois o sal esgota o corpo de potássio, o que é crítico para o sistema nervoso funcionar corretamente; e bebidas alcóolicas, que atuam como um depressor natural e causam desidratação, que muitas vezes pode exacerbar a ansiedade de quem é propenso a sofrer com ataques de pânico. 

 

Dra. Tamires Cruz - graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP). Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente

 

Exames que você deveria fazer para começar o ano com o coração saudável

Cirurgião cardiovascular explica o porquê o check-up deve estar na sua lista de prioridades 

 

Todo mundo começa o ano novo com a expectativa e a esperança renovada para viver grandes momentos, realizar sonhos e conquistar metas. E a prioridade das pessoas quase sempre está na família e no trabalho, quando deveria estar na sua própria saúde e ainda mais na saúde do seu coração. E estar com o check-up em dia é o primeiro passo para iniciar qualquer novo ciclo com o pé direito.

Mais do que exames de rotina, o cirurgião cardiovascular e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior, explica que o check-up é a maneira mais segura de prevenção da vida. Isso porque as doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil. 

“Apesar das doenças do coração e do sistema vascular serem de alto risco, a grande boa notícia é que são reversíveis quando são decorrentes de maus hábitos e de outras doenças. Isso porque é muito raro que pacientes tenham a manifestação da doença de maneira súbita. As doenças cardiovasculares são progressivas, ou seja, começam com sinais imperceptíveis ao paciente e depois vão se agravando. Por isso, a importância do check-up. Quanto antes alguma anomalia for diagnosticada, melhor será o prognóstico de cura e mais um infarto ou acidente vascular poderá ser evitado”, ressaltou.

A lista de exames pode ser mais extensa dependendo do histórico médico do paciente, mas, em geral, uma união de exames clínicos, laboratoriais e de imagem garantem ao médico toda informação que ele precisa para avaliar a saúde da pessoa. O mais comum e primeiro deles é o hemograma completo, que mostra como estão as células que compõem o sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas, trazendo uma visão geral sobre o organismo.

O passo seguinte é analisar como estão os níveis de açúcar (glicemia em jejum) e de gordura no sangue (colesterol e triglicerídeos), que podem revelar casos de diabetes e mostrar as chances de um infarto ou um derrame, sendo fundamentais para prevenção de doenças graves.

“O exame de sangue é um indicador primordial da saúde do paciente. Por ele sabemos como está a imunidade, a coagulação e o equilíbrio do organismo, principalmente quando falamos de sistema cardiovascular. Caso o sangue tenha alguma alteração, o coração e toda a rede vascular podem ser prejudicados. Excesso de gordura, por exemplo, aumenta em grande proporção as chances de uma veia entupir”, explicou.

O check-up continua com a avaliação dos rins por meio de exames de urina, ureia, creatina e ácido úrico, que mostram possíveis alterações antes de algum sintoma, e, também a análise do fígado com exames de TGO e TGP, enzimas que podem estar alteradas caso o paciente apresente pancreatite, hipotireoidismo e até infarto. Para finalizar, somados aos exames laboratoriais são essenciais os exames clínicos e de imagem.

“Para avaliar o coração mais minuciosamente solicitamos um teste ergométrico, a fim de avaliar o desempenho do sistema cardiovascular durante um esforço físico; além de um eletrocardiograma, que avalia a atividade elétrica do coração, e de um ecocardiograma, que fornece imagens do fluxo sanguíneo dentro do coração. Assim, com todos esses resultados em mãos é possível avaliar a saúde e descartar doenças”, concluiu o especialista. 

 De acordo com as recomendações médicas, o ideal é que essa avaliação comece por volta dos 20 anos de idade com um intervalo de três a cinco anos e, que a partir dos 35, seja realizada todos os anos. Então, para que 2023 comece bem e com muita saúde, não deixe de realizar um check-up.  

 

Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas. Instagram: @drelciopiresjr  


Artrose severa: 30 milhões de pessoas sofrem desta enfermidade, revela Ministério da Saúde

Considerada uma das doenças mais incapacitantes aos seres humanos, a artrose dá indícios quando precisa de cuidados além dos paliativos. Aprenda a identificar. 

 

A artrose é a doença mais prevalente na população mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, 60% já apresentam algum grau de degeneração; e quando analisamos a faixa etária dos 70 aos 75 anos, essa taxa já sobe para 80%. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, são 30 milhões de pessoas que sofrem desta enfermidade.

Considerado um quadro de saúde degenerativo e irreversível, a artrose, especialmente quando acomete grandes articulações como as do joelho, dão sinais claros aos pacientes que precisam buscar auxílio da orientação médica, seja para tratamentos que amenizem os sintomas, ou outros, ainda, que apresentam uma saída efetiva para cura da doença. Em casos de artrose severa, por exemplo, as cirurgias de substituição da articulação do joelho por próteses ortopédicas, mostram-se as mais eficazes para dar um fim à dor e demais condições debilitantes a essas pessoas.

Mas quais seriam estes sinais, apresentados pelas articulações do joelho, que indicam o momento correto de procurar ajuda profissional? Afinal, somente um médico especialista seria capaz de realizar o diagnóstico correto e apontar as alternativas viáveis a esses pacientes, avaliando seu estado geral de saúde e as respostas positivas de cada organismo para as soluções e tratamentos disponíveis.

"A artrose é um desgaste da articulação e traz dor e diminuição na qualidade de vida. Ou seja, quando os sintomas de artrose do joelho diminuem a qualidade de vida para as atividades diárias e interferem na motivação é porque chegou a hora de fazer a prótese, hoje extremamente facilitada pelo emprego da robótica", afirma o Dr. Moisés Cohen.


Dores persistentes

Um dos principais e talvez mais incômodos sintomas apresentados por pacientes que sofrem de artrose no joelho, são as dores. Elas podem começar aos poucos, de forma leve, sem frequência diária, até que chegam ao ponto de recorrência persistente e tornam-se praticamente insuportáveis, ainda que a articulação esteja em repouso. Desde os primeiros indícios, é recomendado o acompanhamento médico para que algumas medidas ajudem a postergar a necessidade da artroplastia.


Falta de mobilidade

Com o passar do tempo, além das dores, a artrose provoca rigidez nas articulações. Tal condição, restringe a autonomia e influencia diretamente na qualidade de vida do paciente, que passa a ser incapaz de realizar até mesmo as atividades corriqueiras do dia a dia. Conversar com seu médico pode ajudar a encontrar alternativas que amenizem a situação. Em casos severos, a artroplastia de joelho pode ser indicada, desde que o estado geral de saúde permita o procedimento.


Lesões antigas podem dar sinais de piora

O que na juventude parecia ser apenas um contratempo, lesões antigas podem voltar a dar sinais de comprometimento da articulação. A depender do tipo de lesão e procedimentos realizados para curá-la, o acompanhamento de rotina é imprescindível.


Casos de artrite e artrose na família

Hábitos de vida como a prática correta de exercícios, alimentação balanceada, controle de peso, entre outros, são fatores preditivos para evitar o surgimento e evolução da artrose. Entretanto, há de se considerar a questão genética. Havendo casos de artrite e artrose na família, é essencial buscar orientação e acompanhamento médico, antes mesmo de surgirem os primeiros sintomas.


Tratamentos paliativos não surtem mais efeito

Pacientes já diagnosticados com a artrose são direcionados, na maioria dos casos, a tratamento paliativos que ajudem a amenizar e postergar a evolução da doença. Fisioterapias, uso de anti-inflamatórios, analgésicos, pomadas e infiltrações são alguns deles. Entretanto, quando a artrose atinge níveis severos, a melhor alternativa a esses pacientes pode ser a cirurgia de substituição do joelho. O médico especialista será o grande responsável por indicar esse procedimento, a partir de um acompanhamento prévio e diversos exames que ajudem a chegar a tal diagnóstico.   

Pensando em ajudar pacientes que sofrem com doenças ósseas ou articulares e têm interesse em saber mais sobre a saúde musculoesquelética, a Zimmer Biomet lançou recentemente o portal The Ready Patient. Por meio de diversos artigos publicados no canal é possível entender um pouco mais sobre a temática, diagnósticos, curiosidades, dicas de vida saudável, preparo e recuperação de cirurgias como as de quadril e joelho. Basta acessar www.thereadypatient.com.br e conferir o conteúdo completo.  



Zimmer Biomet
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Qual é a importância do farmacêutico no nosso dia a dia?


O dia 20 de janeiro foi a data escolhida para comemorar o Dia do Farmacêutico por ter como referência a fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916, com o objetivo de alcançar maior visibilidade e reconhecimento para a categoria. 

Para se falar sobre a importância do farmacêutico no nosso dia a dia é só nos remetermos à pandemia que acometeu o mundo desde o final de 2019, na qual os farmacêuticos se tornaram peças-chaves na luta contra a covid-19 e um reforço importante à sociedade nas ações de prevenção e enfrentamento da doença, bem como o uso racional de medicamentos e na busca por soluções para o controle do vírus. 

Facilmente consegue-se situar a população sobre o quanto o farmacêutico pode ser um grande aliado no cuidado com sua saúde ao fazer um tratamento de forma adequada, pois uma das atribuições do farmacêutico é prestar orientação ao cidadão sobre o uso correto e seguro dos medicamentos, o que inclui orientações a respeito de interações medicamentosas, alimentares, dosagens, sendo uma atribuição não outorgável do farmacêutico a garantia do uso racional de medicamentos. 

Bem justificável a relevância dessa atribuição clínica quando se observa os dados assustadores referentes aos problemas no uso de medicamentos, pois eles representam 14,6% dos atendimentos de urgência/emergência, o que significa 4,8 milhões de atendimentos pré-hospitalares de urgência por ano, representando 9 atendimentos por minuto. 

Outro fator importante é quando se observa as normas legais vigentes no que tange as atribuições clínicas, nelas destaca-se um objetivo muito claro que visa proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Portanto, justifica-se o disposto na Lei 13021/2014 14 a qual preconiza que a população terá direito de ser atendida por um farmacêutico em qualquer local que tiver dispensação de medicamentos, inclusive nas farmácias públicas. 

Só para ilustrar, salienta-se que os farmacêuticos estão presentes em todo o ciclo da saúde, da prevenção das doenças até o fim do tratamento. São 138 áreas de atuação conforme o Conselho Federal de Farmácia, como por exemplo em drogarias e farmácias, que além das prescrições farmacêuticas e dispensações de medicamentos, o profissional pode realizar os procedimentos sobre serviços farmacêuticos, que podem incluir outros tipos de cuidados que reforçam a importância do papel do farmacêutico na sociedade; na Indústria de alimentos é possível também exercer assessoramento, direção e outras responsabilidades técnicas sobre empresas de alimentos e dietéticos, bem como, no desenvolvimento de novos produtos alimentícios; em análises clínicas nos exames laboratoriais e toxicológicos e ainda garantir qualidade nas redes farmacêuticas -- farmácia hospitalar, farmácia clínica, ozonoterapia, farmácia estética, acupuntura, medicina tradicional chinesa (MTC), plantas medicinais e fitoterapia, homeopatia, radiofarmácia, gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (GRSS), óleos essenciais, farmácia veterinária, pesquisa clínica e suplementos alimentares. 

Conforme descrito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a missão da prática farmacêutica é prover medicamentos e outros produtos e serviços para a saúde e ajudar as pessoas e a sociedade a utilizá-los da melhor forma possível. Por conseguinte, o farmacêutico é o profissional responsável por promover o cuidado e a assistência farmacêutica do paciente. 

Diante de todo esse panorama de atuação do farmacêutico, conclui-se que ele possui um papel social fundamental na vida do cidadão, independente da sua área de atuação.

 

Amouni Mohmoud Mourad - docente de Bioquímica Metabólica, Atendimento Farmacêutico, Relação Farmacológica no Processo Terapêutico, Deontologia e Legislação Farmacêutica nos cursos de Farmácia, Fisioterapia e Ciências Biológicas do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Além disso, é Assessora Técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).


Dados do INCA apontam 704 mil novos casos de câncer no Brasil em 2023

Regiões Sul e Sudeste concentram 70% da incidência entre os 21 tipos mais comuns 

 

Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) trazem informações importantes sobre a estimativa de novos casos da doença no Brasil entre os anos de 2023 e 2025. De acordo com o INCA, são previstos 704 mil novos casos de câncer por ano no país, sendo 70% deles nas regiões Sul e Sudeste. A estimativa do INCA também aponta aumento nos tipos de câncer com maior incidência. Para 2023, são 21 tipos analisados, incluindo o de fígado e o de pâncreas, que não constavam na publicação anterior. O câncer de fígado está relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas, como cirrose, e já aparece entre os 10 tipos mais incidentes na Região Norte. Já o câncer de pâncreas, tem como principais fatores de risco obesidade e tabagismo, e está entre os 10 mais incidentes na Região Sul do Brasil.

O oncologista e CEO do Grupo SOnHe André Sasse explica que análises como essa representam uma ferramenta essencial para o planejamento e a gestão de políticas públicas no Brasil. Segundo ele, quando as estatísticas apontam esse crescimento na incidência da doença, é preciso olhar além. “Não basta apenas incorporar medicamentos ou tecnologias para tratar a doença, é preciso entender as condições que vêm provocando esse comportamento epidemiológico, para que possamos fazer algo pelo coletivo, preventivamente”, explica.

O câncer de pele não melanoma ainda tem a maior incidência no Brasil, sendo responsável por 31,3% dos casos, seguido pelo de mama, 10,5%, próstata com 10,2%, cólon e reto com 6,5% dos casos, pulmão com 4,6% e estômago, com 3,1%, Assim como o câncer de mama entre as mulheres, entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, depois do câncer de pele não melanoma. O INCA estima o diagnóstico de 72 mil novos casos de câncer de próstata por ano até 2025, e 74 mil novos casos por ano de câncer de mama no mesmo período.

O surgimento de novos casos de câncer a partir de 2023 pode ser reflexo de uma demanda reprimida de diagnósticos durante os dois primeiros anos da pandemia de COVID-19, em que muitas pessoas negligenciaram os exames de rotina. O oncologista André Sasse reforça a importância do diagnóstico precoce para o câncer, de maneira geral. “Quanto mais cedo a doença for identificada, maior a possibilidade do paciente responder bem ao tratamento, o que aumenta a chance de cura. Por isso, a rotina de exames é tão importante”, explica.

Os números apontados pelo INCA também relacionam a incidência de alguns tipos de câncer a questões sociais. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores de cólon e reto ocupam a segunda ou terceira posição entre a população masculina. Já nas regiões com menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro da lista. Entre as mulheres, o câncer colorretal ocupa a segunda posição nas regiões com maior IDH, enquanto o câncer do colo do útero aparece em segundo lugar entre as mulheres das regiões com IDH mais baixo. Os dados revelam a necessidade cada vez maior de uma atenção direcionada para a nossa saúde. Alimentação saudável, exercício físico diário e rotina de exames formam um trio de ações que ajudarão na prevenção de muitos tipos de câncer. “É preciso que haja uma mudança de hábitos entre as pessoas, colocando a saúde como prioridade e como responsabilidade individual”, pontua o oncologista. 



Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Injeção que Combate a Obesidade é Aprovada no Brasil: Conheça a Semaglutida

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (2/1) o medicamento Wegovy (semaglutida 2,4mg) para tratar sobrepeso (em caso de comorbidades) e obesidade no Brasil.

 

A obesidade é uma doença crônica multifatorial que afeta 650 milhões de adultos em todo o mundo. O médico do esporte, com atualização em medicina integrativa, Dr. Victor Lamônica explica que a obesidade, está associada a uma série de complicações de saúde física e mental, incluindo fatores de risco para doenças cardiovasculares, doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca, hipertensão e fibrilação atrial. 

A intervenção abrangente no estilo de vida continua sendo a pedra angular do tratamento da obesidade, no entanto, as perdas de peso inferiores ao desejável e as recuperações de peso são cada vez mais comuns. 

O medicamento que suprime o apetite é o primeiro injetável aprovado no Brasil para esse fim e deve ser aplicado semanalmente sob supervisão médica. A semaglutida subcutânea de 1,0 mg uma vez por semana foi aprovada pelo FDA dos EUA em 2017 e pela EEMA em 2018 para o tratamento do diabetes tipo 2. Uma versão oral diária do medicamento, na dose máxima de 14 mg, foi aprovada para o tratamento de diabetes tipo 2 nos EUA em 2019 e na Europa em 2020. A dose de semaglutida para controle de peso é de 2,4 mg injetados por via subcutânea uma vez por semana (no mesmo dia de cada semana, com ou sem refeições). Esta dose foi selecionada com base em um estudo clínico de fase 2. 

A semaglutida já foi aprovada pela Anvisa em 2018 para outra função: o tratamento de diabetes tipo 2, por meio do medicamento Ozempic. 

Ainda não há data para que o Wegovy chegue ao mercado. Isso porque após a aprovação da Anvisa, é necessário aguardar a finalização de outros processos como a definição de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. 

O anúncio feito na segunda-feira se baseia nos achados de uma série de experimentos clínicos, que demonstraram que aqueles que consumiram o medicamento por mais de um ano apresentaram, em média, uma redução de 17% de gordura corporal. 

De acordo com um comunicado da agência, este medicamento é indicado para pacientes que apresentem pelo menos uma doença crônica relacionada ao sobrepeso, tais como: hiperglicemia (pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2), hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.

 

Como funciona a semaglutida no organismo?

A semaglutida é um análogo do GLP-1 que demonstrou reduzir a ingestão de energia, reduzir a fome e aumentar a sensação de saciedade. Foi comprovado que esse resultado se originou a partir da estimulação do receptor GLP-1 no Sistema Nervoso Central, o que, por sua vez, proporcionou modulação adicional aos neurônios relacionados à regulação do apetite, além de interferir na ingestão e na preferência de alimentos. 

“Entretanto, vale lembrar que o remédio deve ser aliado a medidas como uma alimentação saudável, atividades físicas, controle emocional, consultas e exames, condições presentes nos estudos que demonstraram bons resultados para perda de peso por meio do remédio.” ressalta o médico Dr. Victor Lamônica. 

Os médicos também lembram que prescrição e acompanhamento médicos para uso da semaglutida são estritamente necessários. 

Esta pesquisa revelou que os participantes que utilizaram Wegovy tiveram uma média de redução de 17% em seu peso corporal em 68 semanas, o que equivale a aproximadamente 1 ano e meio, comparado ao grupo que recebeu placebo, que obteve uma redução média de apenas 2,4%. 

No entanto, os estudos usaram o medicamento como um coadjuvante porque a perda de peso também incluiu aumento de atividades físicas e alimentação adequada.

 

Existem Contraindicações?

Distúrbios gastrointestinais (geralmente náusea, diarreia, vômito e constipação) foram os eventos relatados. A maioria dos eventos gastrointestinais foi de gravidade leve a moderada, transitória e resolvida sem interrupção permanente do regime. 

“O medicamento não é recomendado para grávidas ou pessoas que estejam amamentando. Ele deve ser descontinuado ao menos dois meses antes de uma gravidez planejada.” finaliza o Dr. Victor Lamônica. 

 

Dr. Victor Lamônica - Residência em Otorrinolaringologia no Hospital Cema em São Paulo, e Fellow em Otologia na Usp Bauru. Pós Graduações: Medicina Integrativa Dr. Italo Rachid. Prática em Ortomolecular Dr. Carlos Jaldin. Medicina Esporte Instituto Pacileo. Cursos em Ozonioterapia, Hipnose, Protocolos Injetaveis, Implantes Hormonais, Obesidade e Metabolismo, Nutrição Esportiva. Palestrante no Congresso da Fundação Otorrinolaringologia, nos temas de Medicina Integrativa e as contribuições a Otorrinolaringologia.


Obesidade: entenda o que falta para atender melhor essas pessoas

Entrar na ambulância, medir a pressão, achar uma veia e até intubação são mais difíceis

                     4 de março é o Dia Mundial da Obesidade


“Pacientes com índice de massa corporal (IMC) muito altos, acima de 40, enfrentam uma série de dificuldades seja na emergência médica, durante uma internação, na realização de exames ou mesmo durante consultas periódicas. É preciso um olhar especial para esses pacientes”. O alerta é do Dr. Marcio Mancini, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP)

 

Dr. Mancini chama atenção para as dificuldades que começam durante o transporte na ambulância: uma pessoa com 250kg precisaria, pelo menos, de 10 indivíduos para carregá-la para dentro do veículo que, em tese, deveria ter uma maca de tamanho apropriado para este perfil de paciente. Mas além dessa dificuldade operacional do atendimento, é preciso examinar a pessoa que, em razão da obesidade elevada, pode ter doenças ‘escondidas’.

 

“Muitas vezes não se consegue sequer fazer a ausculta direito. No caso dos exames radiológicos, o raio x convencional tem uma penetração baixa e dificuldade de visualização nessa pessoa. A mesma coisa acontece com o ultrassom ou a tomografia computadorizada: os aparelhos têm limites de peso, na maioria suportam até 200 kg. Mas existe o limite do diâmetro do pórtico da tomografia, que pode ser de 70cm a 90cm, ou seja, diâmetros limitados para a pessoa com IMC muito alto entrar no aparelho”, comenta o especialista.

 

Dr. Mancini explica que a mesma coisa acontece na ressonância magnética, pois o limite de peso das mesas em geral é de até 160 kg. “Um paciente com obesidade importante pode precisar emagrecer se necessitar de uma radioterapia, pois o aparelho tem limites de peso e diâmetro e aí temos de cuidar do paciente com foco na perda do peso para depois poder tratar do tumor. Isso é sério”.

 

Condutas simples como medir a pressão, no caso destas pessoas, requer preparo, já que se faz necessário um manômetro diferenciado por causa da circunferência do braço. Uma punção venosa também fica dificultada, pois o acesso venoso é mais complicado; sem falar nos casos de cirurgia e tempo cirúrgicos, também afetados pelo excesso de gordura.

 

E quando o paciente precisa de intubação?

A pessoas com obesidade podem ter apneia do sono e uma condição respiratória ruim. “Uma pneumonia ou embolia pulmonar vai ser mais grave numa pessoa com obesidade e a intubação endotraqueal precisa ser avaliada cuidadosamente, pois a existência de depósitos de gordura na face, no tórax, na língua, o excesso de tecidos moles no palato e na faringe e a possível limitação para flexionar a coluna cervical dificultam o procedimento”, detalha o endocrinologista.

 

Ele explica ainda que, ao avaliar pessoas com IMC muito alto, é difícil predizer a capacidade funcional pela história clínica, já que a obesidade pode ser um limitador para o paciente poder fazer uma caminhada ou subir uma escada. “Ele pode ter um problema cardíaco e não saber porque ele fica muito tempo parado”, conta o médico.

 

O recado é: quanto maior o peso, maior a incidência de doenças que podem ficar subdiagnosticadas pela própria dificuldade na realização de exames.

“Mais comum do que a gente imagina é o paciente não ter um avental do tamanho adequado para ele vestir quando vai ser examinado, ou subir numa balança que só pese até 150 kg, ou não ter um manguito de pressão para o tamanho do braço dele: são situações que geram embaraço, vergonha e constrangimento. E isso não pode ser negligenciado, pois é o que acaba afastando essas pessoas dos consultórios e, com isso, abrindo espaço para piora da saúde delas”, finaliza Dr. Mancini.

  

SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo


Brasil tem desempenho catastrófico no primeiro Índice Global de Políticas Antitabagistas Eficazes

Rede Somos Inovação, responsável pelo Índice, analisou 59 países divididos em 4 regiões, abrangendo cerca de 10 categorias como marco regulatório, proibição, disponibilidade para venda, exposição, entre outros

Suíça, Reino Unido e Nova Zelândia lideram o ranking de melhores práticas, enquanto o Brasil está em 45º lugar entre os piores desempenhos 

 

A Rede Somos Inovação- uma aliança dedicada a alcançar a implementação de soluções inovadoras na América Latina - apresenta o primeiro Índice Global de Políticas Antitabagistas Eficazes, estudo completo que serve de guia para governos e autoridades analisar as vantagens da regulamentação e aplicação de políticas públicas inteligentes em torno dos Produtos de Nicotina Sem Combustão, como o Vaping, que são fundamentais para reduzir os danos do consumo de cigarros tradicionais. O índice traz evidências científicas de diferentes instituições sobre sua eficácia no combate à dependência química e um ranking que avalia 59 países quanto à regulamentação desses produtos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8 milhões de pessoas morrem a cada ano por doenças relacionadas ao uso do tabaco. Os Produtos de Nicotina Sem Combustão conseguem ter uma eficácia de 11% a 18% para ajudar a abandonar o cigarro tradicional e são 95% menos prejudiciais, pois são mecanismos que contêm, se desejado, doses controladas de nicotina sem queimar o restante dos produtos químicos tóxicos contidos no tabaco. Esses produtos são divididos em:

Produtos Vaping: inclui o cigarro eletrônico, vaporizador ou vape, e são sistemas eletrônicos que simulam o consumo de tabaco, sem produzir fumaça.

Produtos de tabaco aquecido: dispositivos que aquecem uma substância preparada a partir do tabaco, que é despejada em recipientes semelhantes aos cigarros.

Produtos de nicotina sem aplicação de calor: bolsas de nicotina e snus, fornecem uma quantidade moderada de nicotina.

“Com este índice buscamos frear a epidemia de notícias falsas e não científicas sobre vape, cigarros eletrônicos e outros produtos sem combustão. É fundamental que as autoridades dos países conheçam tanto as evidências científicas que demonstram sua eficácia no combate ao tabagismo quanto às melhores práticas regulatórias mundiais. E assim oferecer aos latino-americanos melhores alternativas com as quais possam favorecer sua saúde”, comenta Federico Fernández, Coordenador do índice e Diretor Executivo da Rede Somos Inovação.

Apostar em decisões bem fundamentadas é a chave para combater o tabaco

Regular os Produtos de Nicotina Sem Combustão impede que os usuários sejam empurrados para a ilegalidade. As políticas de saúde pública devem considerar todas as opções que reduzam e minimizem efetivamente os danos causados ??pelo tabaco. Os cidadãos devem poder escolher ao serem informados, por isso as indicações do estudo ao governo são:

Permitir a comercialização tanto física como online.

As informações contidas nas embalagens não devem ser contrárias às informações científicas, bem como não utilizar advertências escritas ou gráficas cuja intenção seja desencorajar o uso dos produtos sem combustão.

As autoridades de saúde devem incentivar o uso do Produtos de Nicotina Sem Combustão como uma política pública ativa para limitar o tabagismo.

Os danos absolutos e relativos de vaporizar a nicotina ou consumi-la em qualquer uma de suas formas por meio da mídia em comparação com o tabagismo devem ser comunicados para que os fumantes possam tomar decisões informadas.

O estudo analisa a regulamentação do PNMS em 10 categorias diferentes, criando uma classificação mundial de acordo com suas políticas de regulamentação ou proibição.

A Rede Somos Inovação compilou evidências científicas e regulações de PNMS de 2021 a 2022, criando um ranking mundial para os países que têm pelo menos uma estrutura regulatória para esses produtos e outro para aqueles que não têm algum. O índice analisou políticas públicas em 10 categorias: estrutura regulatória, proibição, impostos, publicidade, embalagem, varejo, vendas online, exibição, sabores e promoção da redução de danos. 59 países foram considerados, divididos em 4 regiões (Américas, Ásia-Oceania, Europa e Ásia-África). Alguns resultados globais são:

A Suíça lidera o ranking com marco regulatório para todos os produtos, com quase nenhuma restrição de acesso, seguida pelo Reino Unido e Nova Zelândia, onde ambos se destacam pela política de produtos vaping; recomendando-os como alternativa para parar de fumar.

Existem 10 países que foram agrupados separadamente por não possuírem nenhum marco regulatório específico para nenhum PNMS, questão considerada importante para a implementação de regulação inteligente sob a abordagem de redução de danos. Dentro destes, Guatemala e República Dominicana são os mais proeminentes, com zero restrições a esses produtos.

A maioria das 59 nações está consideravelmente atrasada nos cenários desejados; sendo as recomendações sanitárias dos governos em relação a esses produtos o principal problema, seguidas das regulamentações da publicidade e das facilidades em termos de instrumentos fiscais.

Em termos de produtos, as bolsas de nicotina são mais amplamente aceitas globalmente, seguidas por dispositivos vaping e produtos de tabaco aquecido; Snus são os menos aceitos no mundo.

A Europa tem a melhor pontuação, graças às recomendações sanitárias de seus governos, que permitem o uso de quase todos os PNMS, com exceção do Snus (exceto na Suécia). A América Latina, por sua vez, apresenta um atraso considerável, pois as políticas restritivas a esses produtos são o principal problema, com El Salvador tendo a melhor pontuação com 76,75 pontos, deixando o Uruguai em último lugar com 18,25.

 

Prevenção é a principal tendência de saúde para 2023; veja outras inovações e tecnologias impactantes

Cuidados preventivos são o foco das empresas, gestoras e planos de saúde porque geram longevidade, autoconhecimento e qualidade de vida

 

Já não é mais segredo para ninguém que a pandemia acelerou a tecnologia em diversos setores nos últimos anos, e o segmento de saúde tem se destacado fortemente com estratégias digitais voltadas ao nicho. Em 2022, inovações trouxeram revolução para o segmento, como o uso da Inteligência Artificial, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e telemedicina, que, sem dúvidas, continuarão em alta nos próximos anos. Para 2023, novas tendências prometem ainda mais qualidade de vida, otimização de tempo, experiências personalizadas e prevenção. 

Investir em tecnologia, inovação e transformação digital na saúde não é mais uma opção. As empresas precisam se preparar para encarar um 2023 de muita evolução tecnológica. O mais interessante de inovarmos na saúde é que a consequência disso é um resultado muito positivo na qualidade de vida das pessoas, pois traz modelos mais preventivos e de bem estar cada vez mais intensificados”, pontua Bruna Souza, estrategista digital da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente. A empresa, que investe cada vez mais em seu health lab, tornou-se referência em cocriar soluções inovadoras para o segmento de saúde. 

Hoje, a saúde praticamente depende da tecnologia e os serviços são mais voltados à prevenção do que aos tratamentos. “Já estamos chegando em um ponto onde não terá mais prestação de serviço de saúde sem o envolvimento de algum tipo de processo digital. O foco está em prevenir riscos, evitar que as pessoas fiquem doentes a partir de uma mudança comportamental observada em dados e, especialmente, prover um maior alcance do cuidado”, comenta Bruna. 

A especialista listou cinco tecnologias que devem impactar diretamente na saúde das pessoas em 2023. Confira:
 

1- Conectividades & IoMT (Internet das Coisas Médicas):
Com a chegada do 5G no Brasil, é de se esperar que ele apoie significativamente o setor de saúde no país, visto que apresenta uma velocidade de até 20 vezes mais que a tecnologia anterior, o 4G. Com isso, qualquer serviço de telemedicina (telecirurgias, teleconsultas, teleinterconsultas, telelaudos etc) conseguirá apresentar maior assertividade e melhores resultados, visto que a conexão não será mais um problema. 

Além disso, as novidades no segmento de IoMT não vão parar de crescer. Cada vez mais veremos o aumento na adoção de wearables (dispositivos vestíveis), que coletam dados do usuário em tempo real, e outros dispositivos inteligentes no cuidado da saúde. Alguns exemplos são os smartwatches, anéis, adesivos e balanças. 

O que nos leva à 2ª tendência para 2023: o cuidado remoto e in-house.



2- Atendimento remoto à saúde e cuidados at-home:
A medicina inclina-se a colocar o paciente cada vez mais no centro da discussão, permitindo que o cuidado à saúde venha até ele, e não o contrário. Se deslocar até um consultório médico, fazer um exame no laboratório e até mesmo comprar um remédio na farmácia serão coisas do passado. “O paciente conseguirá ter seu atendimento médico, realizar seu exame e comprar seu medicamento no conforto da sua casa, de forma conveniente e personalizada, através do apoio de tecnologias emergentes. Algumas delas são a própria telemedicina, a telefarmácia, os dispositivos inteligentes e os serviços de atendimento móvel de saúde”, complementa a especialista.



3- Metaverso:

O uso do metaverso e outras tecnologias de realidade virtual na saúde já é uma realidade, especialmente quando se trata de treinamentos de profissionais médicos e processos preparatórios para cirurgiões, por exemplo. Bruna acredita que há muito o que evoluir, mas que devemos ver muitas novidades sobre o assunto em 2023. “Os principais desafios serão mais culturais do que operacionais, de fato. Além dos profissionais de saúde precisarem aderir a esses novos modelos tecnológicos, haverá também a necessidade de superar barreiras regulatórias”, fala Souza.


 

4- Farmácia do Futuro:

Como a tendência será a busca por prevenção e não mais por tratamentos de doenças, quando falamos de ‘Farmácia do Futuro’, falamos de hubs digitais de promoção de saúde, tendo o farmacêutico como o concierge responsável por promover cuidados preventivos. Em vez de remédios, as pessoas vão buscar vitaminas, suplementos, vacinas e programas voltados à qualidade de vida, pensando em aumentar sua longevidade.


 

5- Hospitais digitais:

Hospitais digitais se referem a instituições de saúde com processos 100% digitalizados, com sistemas internos e externos integrados. As informações são compartilhadas digitalmente, sem a necessidade de um prontuário físico, facilitando o acompanhamento, encaminhamento e a análise de dados dos pacientes. Aqui, o foco também está em antecipar riscos à saúde, evitar que as pessoas fiquem doentes e democratizar a saúde, não importando onde os pacientes estejam. 

Nesse sentido, o hospital digital vai muito além de trabalhar o assistencial e de remediar. “Para que essas mudanças aconteçam, é necessário implementar modelos mais inteligentes, eficientes e, principalmente, mais escaláveis, diferentemente do que vemos nos modelos de saúde tradicionais. Esse é o momento, portanto, de se buscar uma boa interoperabilidade de dados, automatização de processos, decisões baseadas em dados, implantação de tecnologias e tudo que proporcione uma experiência centrada no paciente”, aponta a estrategista digital. A interoperabilidade é a capacidade de comunicação entre diferentes sistemas para que trabalhem de forma integrada, agregando e processando informações de diferentes fontes. Nos hospitais digitais, a alta interoperabilidade eleva a experiência do paciente e otimiza a rotina dos profissionais de saúde. 

Nesse conceito, a tecnologia é aplicada diretamente na casa do paciente. Como exemplos práticos, temos o monitoramento de sinais vitais por meio de wearables (IoMT), assistência por telemedicina para conversas da equipe médica com pacientes e seus familiares, sistemas de alarme e câmeras móveis etc. “As expectativas para a futura implementação do Open Health aumentam a relevância da interoperabilidade, padronizando e facilitando a comunicação do ecossistema de saúde e o compartilhamento seguro de dados”, conclui Souza.

 

FCamara
fcamara.com


5 passos para expandir os negócios para o mercado internacional

Entre as possibilidades de acesso das pequenas empresas ao exterior, estão a comercialização de produtos e serviços por meio de uma representação, uma filial ou uma parceria comercial 

 

Levantamento feito pelo Sebrae aponta que, em 2021, cerca de 11 mil pequenos negócios exportaram seus produtos ou serviços, dentro do universo de 30 mil empresas brasileiras. Os dados são do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), reunidos no Comex Stat com cruzamento de informações da Receita Federal. Apesar da representatividade - em torno de 40% - as micro e pequenas empresas ainda enfrentam desafios para se tornarem competitivas no mercado internacional. O valor exportado pelos pequenos negócios não chega a 1% do total, que somou R$ 27,2 bilhões no mês de outubro, segundo números do Ministério da Economia.

De acordo com o analista de Competitividade do Sebrae Nacional Gustavo Reis, a cada ano, em média, 1 mil micro e pequenas empresas brasileiras expandem seus negócios para fora do país. Em 2021, o número de pequenos negócios com esse perfil aumentou 8% em relação ao ano anterior, quando 10.349 empresas venderam para fora do Brasil. Reis destaca que atuar no mercado internacional não é algo pontual: “A exportação deve fazer parte do processo de planejamento estratégico do negócio, desde o recebimento do pedido, à distribuição, até o pós-venda. Tem que fazer parte do DNA da empresa e das rotinas empresariais”, recomenda.

O Sebrae realiza parcerias estratégicas com a APEX-Brasil e entidades afins, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), além do governo federal por meio do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Economia. “Seguimos com ações integradas com parceiros para promover a entrada dos pequenos negócios nos mercados internacionais de forma mais competitiva. Para isso, atuamos na preparação dos empreendedores com as temáticas e conhecimentos necessárias”, ressalta Reis.

Ao empreendedor que pretende seguir o caminho da internacionalização, o analista de Competitividade do Sebrae indica avaliar o segmento do mercado que é mais adequado para inserir o seu negócio, seja por meio de um distribuidor, de oportunidades do varejo ou até meio de buscar um parceiro comercial.


Confira os principais passos para internacionalizar os negócios:

 

1. Insira o mercado internacional no planejamento estratégico da empresa

As exportações devem fazer parte do modelo do negócio, para vender produtos ou serviços. É muito importante que o empreendedor consiga traduzir essa estratégia de internacionalização para todos os colaboradores da empresa, sócios e demais integrantes do negócio para que isso faça parte da cultura empresarial.

2. Avalie a capacidade de exportar do seu negócio

É preciso avaliar se é possível conduzir um pedaço da produção, seja de bens ou serviços, para o mercado internacional.

3. Escolha seus bens e serviços mais competitivos

Antes de expandir os negócios para fora do país, identifique quais são os produtos ou serviços que realmente têm condições de enfrentar o mercado internacional.

4. Selecione o mercado onde o seu negócio tem condições de ser mais competitivo

Avalie as características do mercado internacional em que deseja atuar e identifique os pontos que podem ser mais favoráveis para o seu negócio. Pode ser que a proximidade linguística, onde se fala a língua portuguesa, facilite a inserção do seu negócio de forma mais competitiva. Procure conhecer o mercado de países vizinhos ou daqueles que já possuem acordos comerciais com o Brasil.

5. Identifique qual é a melhor maneira de entrar no mercado de interesse

Avalie as possibilidades de entrar no mercado externo seja por meio de uma representação, uma filial, uma parceria comercial. Verifique qual é a melhor forma de se assegurar no mercado.

 

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