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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Estudo revela mecanismo envolvido na dor neuropática e favorece a busca por tratamento específico

Dor crônica é decorrente de lesão no sistema nervoso e afeta entre 3% e 15% da população. Atualmente, as únicas opções terapêuticas são medicamentos desenvolvidos para outras condições, como epilepsia e depressão (foto: Freepik)

 

A dor neuropática é um tipo de dor crônica decorrente de lesão no sistema nervoso provocada, principalmente, por doenças metabólicas, como diabetes e artrite, ou por efeitos colaterais de alguns tipos de quimioterapia. Estima-se que afete entre 3% e 15% da população, dependendo do país, e não há medicamentos específicos para tratá-la – as drogas usadas atualmente foram desenvolvidas para outras condições, como epilepsia e depressão.

Agora, após mais de uma década de estudos, um grupo de cientistas brasileiros conseguiu desvendar um mecanismo ligado ao desenvolvimento desse tipo de dor crônica. Com isso, abriu uma nova fase da pesquisa, na qual será possível buscar drogas capazes de atuar nessa via metabólica e traçar um caminho para terapias dirigidas.

O estudo revelou o papel das células dendríticas (que fazem parte do sistema imune) presentes nas membranas que recobrem o sistema nervoso central (as meninges) no desenvolvimento da dor neuropática por meio do aumento da via metabólica de quinurenina.

Responsável pelo metabolismo do triptofano – aminoácido essencial na produção de vitamina B3 –, essa via tem importante função em diversos processos fisiológicos do organismo humano, como a organização da resposta imunológica. Outros trabalhos já ligaram o aumento da produção de quinurenina ao desenvolvimento de sintomas depressivos e distúrbios psiquiátricos, por exemplo.

Na pesquisa, os cientistas descobriram que a dor neuropática é anulada quando a via metabólica de quinurenina iniciada por uma enzima chamada indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO1, na sigla em inglês) é abalada geneticamente ou por meio de uma droga.

“Foi um trabalho muito longo porque sempre buscamos aprofundar cada vez mais para entender melhor os mecanismos que estavam por trás disso. O estudo exigiu colaborações nacionais e internacionais importantes, como a do professor Andrew Mellor [da Georgia Regents University], um dos maiores especialistas em IDO no mundo. Com os resultados obtidos, abrimos essa perspectiva de desenvolvimento de novos compostos para bloquear essa via. Acreditamos que inibidores dela possam ter um papel importante no controle desse tipo de dor”, diz à Agência FAPESP Thiago Mattar Cunha, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e orientador do estudo, cujo primeiro autor é Alexandre Maganin.

A pesquisa foi publicada na revista científica The Journal of Clinical Investigation e recebeu apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temático e do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na FMRP-USP. Também participaram pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP) e da University of Texas Health Science Center.

Segundo Mattar Cunha, a descoberta abriu uma nova área de trabalho, ainda não explorada, focada em analisar o papel das meninges no contexto de dor.


Caminhos

O envolvimento da via de quinureninas (cuja formação depende de algumas enzimas, principalmente IDO1) com a dor já havia sido demonstrado. Como IDO1 é induzida durante processos patológicos, principalmente inflamatórios, por citocinas pró-inflamatórias, os pesquisadores partiram da hipótese de que essa neuroinflamação ocorrida durante a indução da dor neuropática pudesse aumentar IDO, elevando os níveis desses metabólitos neurotóxicos ou neuroestimulantes.

“Utilizamos várias ferramentas para provar e elucidar se realmente essas enzimas e esses produtos tinham um papel nesse tipo de dor. Usamos modelos em camundongos e demonstramos que animais deficientes para essas enzimas ou inibidores delas são capazes de reduzir a dor neuropática. A partir daí, buscamos entender o mecanismo”, detalha Mattar Cunha.

O grupo utilizou modelo de dor neuropática induzida por lesão do nervo periférico, além da ativação na medula espinhal de células microgliais (um tipo de célula do sistema nervoso central que atua nas respostas imunológicas). Na medula, a quinurenina foi metabolizada por astrócitos (células nervosas que dão suporte aos neurônios) e também houve ativação de receptor glutamatérgico.

“Mostramos pela primeira vez que, quando há uma lesão de nervos periféricos, ocorre uma infiltração de células imunes nas meninges que recobrem a medula espinhal e os gânglios das raízes dorsais, que produzem mediadores que vão causar ou manter a hipersensibilidade dolorosa. Nesse processo há produção de IDO1 e seus metabólitos. Demonstramos que esses metabólicos vêm principalmente de células dendríticas, presentes nas meninges, causando hipersensibilidade e amplificando a via glutamatérgica, cujos receptores têm um papel importante na dor crônica”, detalha o pesquisador.

De acordo com Mattar Cunha, apesar de o estudo ter sido realizado com modelos de dor causada por trauma físico (esmagamento ou rompimento de ligadura), o mecanismo é similar em outras condições neuropáticas, como doenças infecciosas provocadas por vírus como o HIV.

O grupo de pesquisadores busca agora parceria com farmacêuticas ou outros centros para colaboração na etapa de estudos de moléculas ou drogas que possam atuar no mecanismo e inibir a dor neuropática.

No final do ano passado, artigo publicado na revista Nature Neuroscience por cientistas do CRID, incluindo Mattar Cunha, e pesquisadores da Universidade Harvard (Estados Unidos) mostrou que um componente não letal da toxina antraz tem alto poder analgésico e pode atuar diretamente nos neurônios sinalizadores da dor, incluindo a neuropática.

A toxina antraz é derivada de bactérias Bacillus anthracis, que desenvolvem esporos quando submetidas a ambientes hostis que podem causar úlceras na pele e problemas respiratórios em indivíduos expostos, levando à morte em poucas horas. A pesquisa concluiu que, por se ligar a um receptor desses neurônios, esse pedaço do antraz pode ser usado como um carreador capaz de levar outras substâncias analgésicas até as células neuronais (leia mais em: agencia.fapesp.br/37820/).

O artigo Meningeal dendritic cells drive neuropathic pain through elevation of the kynurenine metabolic pathway in mice pode ser lido em: www.jci.org/articles/view/153805.

 

Luciana Constantino
Agência FAPESP
Estudo revela mecanismo envolvido na dor neuropática e favorece a busca por tratamento específico | AGÊNCIA FAPESP

Cinco motivos que explicam o atraso menstrual

Causas podem estar relacionadas as taxas de hormônio da mulher


 

Se você é um reloginho quando o assunto é ciclo menstrual, apenas um dia de atraso se torna motivo de preocupação. Agora, se você é daquelas mulheres que sofrem com ciclos mais irregulares, talvez demore até uma semana para perceber que algo está diferente.

 

Quando falamos de alterações do ciclo menstrual é preciso pensar na relação direta entre a saúde integral da mulher e suas taxas hormonais, pois a menstruação depende de um equilíbrio perfeito dos hormônios que vem do sistema nervoso central, que comandam os ovários e podem sofrer interferências de diversas partes.

 

A menstruação é um indicador de como está a sua saúde, então, independentemente do tipo de atraso, o importante é estar atenta a frequência do seu ciclo e acender um sinal de alerta a qualquer mudança.

 

Mais do que uma gestação, o atraso menstrual pode ser um sintoma que esconde alguma doença ou desequilibro no seu organismo. Por isso, a ginecologista e uroginecologista da Faculdade de Medicina da USP e Hospital das Clínicas, Dra. Débora Oriá, separou 5 motivos que podem estar bagunçando o seu ciclo e você nem imagina.


 

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)


Uma das doenças que mais alteram o ciclo menstrual, por exemplo, é a Síndrome dos Ovários Policísticos, mais conhecida como SOP. Nessa condição, a paciente sofre de um distúrbio hormonal que causa o aumento no tamanho dos ovários e o surgimento de pequenos cistos ao redor deles. Isso desencadeia alguns sintomas, como o atraso menstrual, acne, excesso de pelos, obesidade e até problemas de infertilidade.


 

Hipertireoidismo


A glândula da tireoide é a responsável por controlar diversas funções do nosso organismo, inclusive, a regularidade do ciclo menstrual.

“Nos casos de hipertireoidismo, a tireoide trabalha mais e produz hormônio em excesso, o que acelera todo o metabolismo do corpo, causando intervalos maiores entre os ciclos, diminuição do fluxo menstrual e até ausência de menstruação”, explicou a Dra. Débora Oriá. 


 

Fatores emocionais


Sim, as emoções também interferem no seu ciclo menstrual e isso não é uma lenda familiar. Quando passamos por um período de estresse e ansiedade é normal que o corpo libere na corrente sanguínea um hormônio chamado cortisol. Mas, quando essa quantidade é grande e constante, ela pode alterar a menstruação. 

Isso porque o cortisol é um dos hormônios que participa da regulação hormonal no hipotálamo. E caso ele esteja em excesso pode desequilibrar a produção de vários hormônios, inclusive os sexuais femininos estrogênio e progesterona, produzidos nos ovários e responsáveis por regular a menstruação.


Medicações antidepressivas


O uso de antidepressivos é outra causa comum para o atraso menstrual. Isso ocorre porque esse tipo de medicação pode fazer com que a hipófise, glândula endócrina, produza mais prolactina do que deveria, alterando o seu próprio funcionamento.

 

“Sem uma hipófise equilibrada, de onde vem os hormônios reguladores dos ovários (LH e FSH), não somos capazes de produzir os hormônios que mantêm o ciclo natural da mulher na quantidade correta. Então, se você é uma paciente que toma antidepressivos e percebeu algum atraso, não pare sua medicação. Procure por um médico ginecologista que possa cuidar de você em sintonia com o seu psiquiatra”, falou a especialista.


 

Restrição alimentar


Você pode não ter pensado nessa relação, mas a alimentação também pode mexer com o ciclo menstrual da mulher quando a dieta se torna muito restritiva. A falta ou redução brusca de certos nutrientes conseguem gerar desequilíbrios hormonais ou, até mesmo, obrigar o organismo a priorizar algumas funções. Ou seja, com uma quantidade insuficiente de nutrientes, o corpo usa sua energia para funções mais essenciais e deixa de regular o ciclo menstrual. 

A especialista ressalta ainda que a melhor prevenção é cuidar muito bem do corpo e da mente, alimentando-se de maneira adequada, mantendo consultas e exames em dia, praticando atividades que proporcionem relaxamento e nunca se esquecendo de monitorar o calendário menstrual.

 

Dra. Débora Oriá - se especializou em Cirurgia Ginecológia e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria

 

O cuidado com a saúde é uma das promessas para 2023? Saiba por onde começar!

Pesquisas apontam que as principais causas de mortes entre homens e mulheres são doenças que podem ser evitadas com a realização de exames preventivos (Foto: Clínica Censo)

O Ano Novo começa e a tradição de listar metas não pode faltar. Entre as principais promessas estão a perda de peso, seguida do juramento de praticar mais atividade física, se estressar menos, comer melhor, parar de beber ou de fumar.

O que elas têm em comum? A maioria está ligada a cuidados com a saúde, sendo o bem-estar físico e emocional prioridades para os promesseiros de fim de ano. Mas você sabe por onde começar?

Pesquisas apontam que atrás apenas de acidentes e agressões físicas, as principais causas de mortes entre homens são doenças cardiovasculares, tumores malignos, doenças do aparelho digestivo e doenças respiratórias.

Nas mulheres, as doenças que mais causam problemas de saúde são as cardiovasculares, cânceres de mama, de colo do útero, de intestino, cólon e reto, seguidos de osteoporose.

Em ambos, as doenças são evitáveis e estão ligadas aos maus hábitos e à falta de exames preventivos. O clínico Geral Djúnior Mota, que atua na Clínica Censo, em Parauapebas (PA), orienta que é fundamental incluir o check-up da saúde nas metas de Ano Novo.

“Quando diagnosticadas precocemente nessas avaliações de rotina, são doenças que podem ser evitadas ou tratadas. Se você almeja uma vida com mais qualidade em 2023, procure um médico para uma consulta inicial, faça os exames que eles indicarem e, se for detectado algo, você será encaminhado para um especialista para um atendimento mais detalhado”.

O médico explica quais os exames de rotina mais comuns solicitados durante um check-up.

·         Exames de sangue: são importantes na detecção de doenças como diabetes, alteração do colesterol e infecções;

·         Exames de urina: ajudam a identificar se há infecções urinárias, doenças renais e doenças sistêmicas (que afetam todo o corpo);

·         Exames de fezes: investigam problemas no sistema digestivo, infecções e intolerâncias alimentares;

·         Eletrocardiograma: ajuda a detectar ou acompanhar irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), defeitos cardíacos, problemas com as válvulas do coração, artérias bloqueadas etc.;

·         Exames de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis): permitem identificar doenças como HIV/Aids, Sífilis, Herpes, HPV, entre outras. 

“Esses são alguns dos mais importantes. No caso da mulher, é fundamental fazer, também, mamografia e Papanicolau, exames que ajudam na identificação dos cânceres de mama, o mais incidente, e de colo do útero, o terceiro mais incidente”, detalha. O médico acrescenta que “o homem não pode deixar de fazer o de toque retal ou antígeno prostático específico (PSA), indicados para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, pois é o tumor que mais mata homens”.

 

O médico alerta que não existe idade certa para início de um check-up e que ele precisa ser contínuo. 

“Até jovens que aparentam estarem saudáveis precisam acompanhar a sua saúde para evitar doenças silenciosas. É importante estar atento aos fatores de risco, que incluem histórico familiar de doenças graves, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool. Faça o check-up anualmente. Sua saúde é o que mais importa”, conclui o médico.


Hidrozonioterapia: terapia ajuda no alívio de dores e de cicatrizes


Muito além de um incômodo, as dores e a cicatrização difícil podem ser fatores determinantes que prejudicam a qualidade de vida de um paciente. Dados da OMS apontam que 30% da população mundial sofre com alguma dor crônica, causada, em parte, por doenças crônicas, fibromialgia, síndromes e doenças inflamatórias. O tratamento do quadro pode ganhar um grande aliado: o banho de banheira com ozônio, chamado de hidrozonioterapia, uma poderosa ferramenta no auxílio ao metabolismo ao melhorar os processos de regeneração e detoxificação do organismo. 

O banho de ozônio une o seu poder relaxante com a ação anti-inflamatória e cicatrizante do ozônio, que ativa as defesas naturais do organismo. A hidrozonioterapia se tornou conhecida como uma terapia aliada à estética, por purificar os poros e deixar a pele macia, mas é possível constatar os efeitos positivos para a saúde física e emocional, agindo desde a redução da ansiedade e do estresse até a eliminação das toxinas do organismo. 

A especialista em saúde integral, Luciana Tokarski, empresária que está à frente do Spa Cristal by Luciana Tokarski, ressalta as ações antimicrobianas e antivirais na superfície da pele, o alívio da dor e espasmos musculares e o auxílio na cicatrização de pós-operatórios, de feridas, além de ser indicado também para quem sofre com a fibromialgia. "A terapia é indicada, por exemplo, para atletas, auxiliando na recuperação de contraturas, distensões e contusões, eliminando toxinas e reduzindo o stress oxidativo. Pacientes com fibromialgia também estão entre os mais frequentes no tratamento", explica. 

A ação do ozônio se dá a partir da liberação do oxigênio nascente, que, em contato com a pele, possui propriedades bactericidas, fungicidas e cicatrizantes. "Um dos maiores benefícios do procedimento é a segurança do processo, com nenhuma contraindicação, sendo possível também para idosos e gestantes", explica Luciana Tokarski. No Spa Cristal By Luciana Tokarski, a terapia está inclusa nos pacotes de Day Spa, pacotes de relaxamento e detoxificação. 



Spa Cristal By Luciana Tokarski
Colônia Agrícola, Riacho Fundo 1, Chácara 20, Vila Kanegae
Telefone para contato: 61 996482479
Segunda a sexta-feira das 8h às 18h
Serviços agendados com antecedência mínima de 48h Instagram: @spacristalbrasilia


Verão: temporada de férias, mas também um bom período para fazer cirurgias plásticas

Muitas pessoas preferem aproveitar a pausa de final e começo de ano para garantir um pós-operatório tranquilo dos procedimentos médicos


Estamos em um período em que muita gente consegue tirar aqueles tão sonhados dias de férias, ou ao menos um recesso devido às festas de final de ano. E justamente por conta dessa pausa algumas pessoas aproveitam para realizar melhorias ou correções de algo que as incomoda em seu corpo através das cirurgias plásticas. Com a rotina menos corrida e estressante e um tempo maior para descansar, fica mais fácil administrar a recuperação de uma intervenção cirúrgica.

O pós-operatório de qualquer tipo de operação exige cuidados, e o repouso adequado é um deles, podendo ser de alguns dias, semanas ou, em alguns casos específicos, de mais de um mês, de acordo com o grau de complexidade da cirurgia. 

Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a procura por procedimentos estéticos no período de férias tende a aumentar até 50%. E além do fator de tempo maior de descanso, o lado financeiro também conta para esse crescimento, com os tradicionais, e sempre bem-vindos, benefícios de final de ano, como o 13º salário e férias remuneradas. 

"Quase todo mundo tem o sonho de corrigir pequenas imperfeições que incomodam no corpo e não podem ser solucionadas apenas com dieta, tratamentos estéticos ou academia, mas são resolvidas facilmente com procedimentos cirúrgicos", explica Dra. Thamy Motoki, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

Atualmente, a cirurgia mais procurada pelas mulheres é a de colocação de prótese de mama, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, competindo diretamente com a lipoaspiração. Já entre os homens, a busca por cirurgia plástica no abdome tem crescido consideravelmente. 

“É cada vez mais comum homens buscando cirurgias remodeladoras para a região abdominal, como a lipoaspiração HD (alta definição que confere o aspecto marcado da musculatura, o famoso tanquinho) e até mesmo a abdominoplastia para retirar o excesso de pele da região. Já as pessoas com um pouco mais de idade, geralmente, procuram cirurgias faciais como o minilifting e a blefaroplastia (cirurgia das pálpebras)”, pontua a Dra. Thamy.


Janeiro Branco: 1 bilhão de pessoas no mundo sofrem de algum transtorno mental

No mês de conscientização sobre os cuidados com a saúde mental e emocional, o Dr. Renato Silva, psiquiatra referência no espectro Bipolar, explica as fases do transtorno e como ajudar uma pessoa em crise

 

Excesso de preocupação, ansiedade, alterações no sono, e cansaço mental. Sinais como esses são um alerta sobre como anda a saúde mental. E como todo início de ano, janeiro traz aquele ar de recomeço, promessas novas e priorização de metas. Não à toa, é neste mês que se inicia a campanha do Janeiro Branco - conscientização sobre os cuidados com a saúde mental e emocional. No TikTok, por exemplo, a hashtag depressão passa de 1,9 bilhão de visualizações em vídeos sobre o transtorno. A campanha é uma oportunidade de repensar, parar e priorizar o autocuidado. 

Segundo o último Relatório Mundial de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em junho de 2022, um bilhão de pessoas no mundo vivem com um transtorno mental. Um desses transtornos é o bipolar. Atualmente, o transtorno afetivo bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, segundo dados OMS. Apesar de ter diferentes tipos, para o psiquiatra Dr. Renato Silva, podemos enxergá-lo como um espectro, onde cada pessoa possui uma individualidade e apresenta sintomas e intensidades diferentes. “Quando falamos de identificar o transtorno bipolar, estamos falando de identificar as fases, como por exemplo: depressão, mania e hipomania”, disse. 

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM - 5), a fase da depressão no transtorno bipolar pode ser identificada por diversos sintomas. São eles: falta de prazer, apatia, alterações no apetite e no sono, alterações na cognição e mudanças no humor. “É importante ressaltar que há inúmeras formas de se vivenciar a depressão. Não existe ‘uma única depressão’”, explica Renato. 

Já na fase da mania, segundo o especialista, pode-se citar como possíveis sintomas: pensamento acelerado, impulsos aumentados, autoestima inflada, redução da necessidade de sono, irritabilidade, entre outros. 

A hipomania, segundo Dr. Renato Silva, é a fase mais difícil de ser identificada. “Normalmente é necessário conhecer a pessoa previamente para identificar que o seu humor e seu comportamento estão diferentes do normal. O diagnóstico deve ser dado por um profissional da área de saúde mental que saberá não só identificar, como sugerir os melhores tratamentos”, explica o psiquiatra. 

De acordo com o psiquiatra, por falta de conhecimento aprofundado, um outro transtorno também pode ser confundido com o bipolar. “Muitas vezes o transtorno bipolar e o transtorno da personalidade borderline são confundidos, pois os sintomas do borderline podem parecer com alguns da fase de mania ou hipomania da bipolaridade, como por exemplo, impulsividade e irritabilidade”, comenta. Ele explica que a grande diferença entre um e outro é que enquanto o transtorno bipolar aparece com manifestações periódicas, o de personalidade borderline se apresenta de maneira fixa, rígida e ao longo da vida da pessoa.

 

Gatilhos da bipolaridade:

De acordo com o psiquiatra, é importante lembrar que todos os transtornos mentais têm causa multifatorial. “Não há um único agente causador das crises. No caso da história natural da doença, observamos que as crises acontecem inicialmente por um gatilho externo claro, como a briga com um namorado ou morte de um ente querido, por exemplo. No entanto, quanto maior número de crises o paciente tiver ao longo da vida, o início da crise passa de gatilho para espontâneo, ou seja, acontece sem gatilhos aparentes. Por isso sempre ressalto a importância de se prevenir que o indivíduo tenha novos episódios, porque quando um novo episódio ocorre, maiores serão as chances de que eles se repitam e que os sintomas piorem”, explica Dr. Renato Silva.

 

Duração das crises:

Segundo Renato Silva, não há uma resposta exata sobre quanto tempo dura uma crise no transtorno afetivo bipolar. “Tudo vai depender de vários fatores. Mas, por exemplo, a média de duração da depressão no transtorno bipolar é de cerca de 6 meses. Já a hipomania pode ter um curso mais crônico, mais demorado, podendo durar dias, meses ou até mesmo anos. Algumas pessoas passam por um quadro de hipomania por décadas, tanto é que os sintomas dessa fase se confundem com a sua própria personalidade”, enfatiza o psiquiatra.
 

O diagnóstico:

Quando falamos em diagnóstico do transtorno afetivo bipolar, é comum muita gente pensar que pessoas que possuem um parente com o transtorno ou até que simplesmente possuem mudanças aparentemente repentinas de humor se encaixam no diagnóstico, mas não é tão simples assim. O diagnóstico deve ser realizado sempre por um profissional especializado. “Para se fazer o diagnóstico do transtorno bipolar é necessário que a pessoa tenha apresentado ao menos um episódio de mania ou hipomania. Na bipolaridade, sempre que um novo episódio ocorre, maiores serão as chances de que eles se repitam e que os sintomas piorem. Logo, o tratamento é extremamente importante para evitar que novos episódios aconteçam”, alerta o psiquiatra.

Para alcançar a estabilidade de humor não basta apenas ser medicado. É preciso seguir um conjunto de hábitos saudáveis. Aliar estratégias farmacológicas e não farmacológicas vão resultar numa significativa melhora do quadro. O psiquiatra lista algumas delas: ter uma alimentação balanceada, dormir bem e ter uma rotina de sono regulada, evitar estresse crônico, praticar atividade física e evitar bebida alcoólica e excesso de cafeína.

 

Ajudando uma pessoa em crise:

O psiquiatra Dr. Renato Silva explica que o conhecimento é sempre o melhor caminho. Aprender sobre as causas, sintomas e alterações biológicas que acontecem com uma pessoa com transtorno bipolar fará com que o familiar ou pessoa próxima compreenda de forma mais empática a situação. “Do mesmo modo, conhecer as características de cada fase da pessoa bipolar é importante para que o familiar fique atento aos perigos que cada uma delas carrega. Uma das melhores maneiras de ajudar um indivíduo em depressão, mania ou hipomania é garantir que siga o tratamento proposto pelo profissional da saúde que o acompanha”, conclui.

 

Dr. Renato Silva - médico formado pela Universidade Federal de Uberlândia (2011), com residência em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Referência em bipolaridade e depressão, o mineiro também é fundador do curso de pós-graduação Especialização em Transtorno de Humor, e da clínica Estabiliza, especializada em bipolaridade. É criador do Método Voo Bipolar, que já ajudou milhares de bipolares e seus familiares a vencerem os sintomas da bipolaridade a alcançarem a estabilidade emocional.

 

Saúde ocular infantil: Quatro dicas para uma volta às aulas mais saudável

É importante que os pais e responsáveis estejam sempre atentos aos comportamentos e as queixas das crianças, além de manterem um acompanhamento constante junto ao médico oftalmologista 

 

Passadas as festas de final de ano e a época de férias, o mês de janeiro costuma ser dedicado ao planejamento das diferentes atividades que virão a seguir. Para os pais, esse também é um importante período de organização escolar, com a preparação dos filhos para uma volta às aulas com segurança e tranquilidade. É comum que os pais fiquem preocupados com as listas de materiais, uniforme, transporte e alimentação, mas acabem esquecendo de um tópico imprescindível: a saúde ocular dos pequenos. Pensando nisso, a Lenscope, healthtech que criou uma jornada 100% digital na aquisição de lentes para óculos por preços abaixo da média e qualidade superior, preparou quatro dicas para garantir uma volta às aulas mais saudável e segura. Confira: 

  • Notar diferenças no comportamento da criança: por ainda não terem um domínio significativo do próprio corpo, é comum que os pequenos não percebam quando existe algo de errado com sua saúde. Desta forma, é fundamental que os pais e responsáveis fiquem sempre atentos ao comportamento e às queixas das crianças. Sinais como aproximar demais os itens do rosto, sentar muito próximo à televisão ou outros aparelhos, tropeçar com frequência em móveis e objetos, além de sintomas físicos como dores de cabeça, lacrimejamento em excesso, presença de secreções anormais nos olhos, vermelhidão, coceira, inflamação, alta sensibilidade à luz, entre outros, podem indicar algo errado no sistema ocular infantil. 
  • Conversar com os professores: problemas na saúde ocular infantil podem acarretar sérios danos ao aprendizado, como a queda no desempenho escolar e complicações no desenvolvimento de atividades e brincadeiras em grupo. Por isso, além dos pais, os professores também devem estar atentos ao comportamento dos alunos, relatando aos responsáveis qualquer dificuldade da criança para enxergar a lousa, ler e escrever, brincar com os colegas, entre outros. 
  • Diminuir o tempo em contato com as telas: segundo um estudo publicado em 2021 pela revista científica The Lancet, o isolamento social provocado pela pandemia contribuiu para que os índices de miopia progredissem cerca de 40% entre os jovens de 5 a 18 anos, que agora gastam mais tempo em contato com as telas de aparelhos eletrônicos. Por esse motivo, é importante limitar o tempo que as crianças passam em contato com dispositivos  como celulares, computadores e televisões e incentivá-las a gastar o tempo livre com brincadeiras analógicas e ao ar livre. 
  • Manter um acompanhamento constante junto ao médico oftalmologista: é necessário que o acompanhamento oftalmológico seja realizado desde o nascimento do bebê para evitar problemas oculares futuros. Até os 2 anos de idade, é recomendado que as consultas médicas sejam realizadas a cada 6 meses, já que é nesta fase que os olhos se desenvolvem melhor. Após esse período é indicado que as crianças visitem o oftalmologista anualmente. Esta é a melhor forma de evitar possíveis doenças, além de promover o tratamento para os casos necessários. 


Escolhendo as lentes certas para crianças

Quando as crianças são diagnosticadas com algum quadro ocular que possa ser solucionado a partir da prescrição de óculos de grau, é importante escolher lentes que irão proporcionar a correção e a proteção necessárias e que sejam resistentes ao dia a dia infantil. “Optar por materiais mais resistentes e leves vão garantir uma vida útil maior aos óculos e proporcionar mais tranquilidade aos pais. Materiais como o policarbonato, por exemplo, são 10 vezes mais resistentes e 30% mais finos e leves que as lentes de acrílico, as mais comuns no mercado.” indica Makoto Ikegame, cofundador da Lenscope.

 

5 perguntas de rinoplastia mais respondidas no consultório

Otorrinolaringologista esclarece as principais dúvidas de quem sonha em realizar esse procedimento 

 

Se você pudesse mudar algo na sua aparência física, qual seria a sua primeira escolha? De acordo com os dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS – sigla em inglês), o que os brasileiros querem mesmo é remodelar alguma parte do rosto. Afinal, o país foi o campeão mundial de cirurgias plásticas faciais em 2020.

E quando o assunto é intervenção cirúrgica facial, a rinoplastia é uma das cirurgias mais procuradas. Por isso, o professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Dolci, separou as perguntas que ele mais responde em consultório para pacientes que planejam remodelar o nariz:

 

1 - Eu consigo escolher e saber como vai ficar meu nariz depois da cirurgia?

“Quando alguém decide passar por uma cirurgia estética é natural criar muita expectativa quanto ao resultado. Por isso, trabalhamos sempre para que o paciente consiga imaginar seu novo nariz: fazendo uma avaliação criteriosa da estrutura nasal, registrando as medidas, ouvindo as queixas e tirando fotos. Assim, é possível discutir os detalhes e deixar o paciente ciente do que pode ou não esperar como resultado real final”, esclareceu.

 

2 - O médico vai precisar quebrar o meu nariz durante a cirurgia?

Esse é um dos grandes medos de quem sonha com a rinoplastia: pensar que seu nariz será quebrado durante o procedimento. No entanto, o Dr. Eduardo Dolci explica que nem sempre isso é necessário e que esse pensamento não deve ser uma restrição.

“As fraturas controladas e realizadas durante a cirurgia são mais indicadas para quem apresenta desvio de septo ou quem deseja reduzir as medidas do nariz. A maioria dos casos, no entanto, já usamos equipamentos de alta tecnologia que são capazes de realizar as remodelações de maneira mais precisa, diminuindo o trauma local”.

 

3- Não vou conseguir respirar pelo nariz depois da cirurgia?

Ficar por dias sem conseguir respirar pelo nariz pode parecer muito incômodo e até assustador, porém, é importante lembrar que os procedimentos cirúrgicos estão em constante evolução tecnológica.

“Aquele tampão que era usado antigamentefoi substituído por estruturas de silicone que mantêm o nariz imobilizado, mas não impedem de respirar. Geralmente, o que acontece é que o local da cirurgia fica inchado e isso atrapalha a respiração, causando a sensação de nariz entupido”, explicou.

 

4- Quem fez rinomodelação pode fazer a cirurgia?

Muitas pessoas que desejam mudar o formato do nariz costumam realizar procedimentos estéticos antes de optar pela cirurgia, fazendo uma remodelagem com preenchimento. E isso não é uma contraindicação para a rinoplastia. O que o cirurgião precisará fazer é retirar o material antes de realizar a cirurgia, porque esse preenchedor pode disfarçar o formato real do nariz e comprometer o resultado.

 

5- Quando vou conseguir ver o resultado final da minha cirurgia?

Cirurgias desse tipo podem gerar um pouco de ansiedade, contudo o ideal é manter a paciência e aguardar o organismo se recuperar. Os primeiros hematomas pós procedimento, que costumam deixar a região dos olhos bem escuras, melhoram de 7 a 10 dias. Já o inchaço da região pode demorar de três meses a um ano para ser reabsorvido completamente e revelar o resultado final.

“Não existe uma regra de tempo quando falamos de cirurgia porque cada organismo reage de uma maneira diferente. E isso não deve ser uma preocupação. O que o paciente precisa fazer é seguir todas as orientações médicas do pós-operatório com disciplina. Assim o processo será mais saudável e mais rápido”, finaliza o especialista.

  

Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci -sócio da Clínica Dolci  Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial; Membro eleito da Comissão de Residência e Treinamento da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face. www.facebook.com/clinicadolci

 

Voluntariado em Pesquisa Clínica: como funciona a participação de pessoas em etapas de descobertas para novos medicamentos ou tratamentos

Gerente Executivo da ABRACRO fala sobre a importância de voluntários nos processos 

 

Ano após ano, os profissionais da área da saúde e inovação se empenham em desenvolver novos medicamentos capazes de curar doenças e melhorar a condição de vida da população. Depois de um período de pandemia, ficou ainda mais evidente a importância de fazer investimentos na área da saúde, para garantir a criação de novos remédios, tratamentos e vacinas para diferentes tipos de comorbidades. Tanto que foi justamente durante esse período, em 2020, que a indústria farmacêutica registrou crescimento de 26%, em comparação com 2018, atingindo a marca de R$129 bilhões no faturamento no Brasil.

Para produzir um medicamento novo ou até mesmo uma nova vacina, é necessário realizar diferentes etapas até chegar ao estágio final. Uma dessas etapas que desperta bastante curiosidade e é essencial na hora de garantir que o estudo seja concluído com sucesso são as Pesquisas Clínicas. Elas são feitas com pessoas voluntárias, que recebem tratamentos experimentais para conseguir avaliar e observar as reações e os efeitos que elas causam nos humanos.

“Os estudos clínicos são fundamentais para garantir que um determinado medicamento, tratamento ou vacina sejam seguros e eficazes para o uso em seres humanos. O objetivo é encontrar alternativas terapêuticas para diversas doenças”, afirma Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica.

O processo de seleção desses voluntários depende justamente do objetivo das pesquisas. No caso de um novo tratamento para uma determinada doença, são selecionadas pessoas que já têm um quadro clínico diagnosticado, e podem ser recrutadas nas clínicas onde elas já realizam tratamentos. ““Já quando as pesquisas são feitas com pessoas sadias com o objetivo de testar uma nova vacina, por exemplo, os estudos são realizados com pessoas que não estão em hospitais. Importante informar que o médico pesquisador pode fazer anúncios em diferentes meios, como escola, site, empresas e redes sociais, por exemplo, desde que aprovado pelo Comitê de Ética”, ressalta Rezende.

Existem critérios para participar das pesquisas e os voluntários passam por um processo de seleção para garantir que cada um deles esteja apto a participar dos estudos. Além disso, no período de preparação para a testagem em pessoas, os voluntários são informados sobre todos os objetivos e procedimentos da pesquisa. Apenas após o esclarecimento de todas as dúvidas e o aceite em participar é que os estudos começam.

“Um ponto importante que precisa ser mencionado é que o voluntário não precisa permanecer até o final da pesquisa clínica, ele pode desistir a qualquer momento ou quando o médico achar que não é mais necessário seguir com a pesquisa. Não é o ideal, mas caso o voluntário não perceba mais valor na participação daquele ensaio, ele não é obrigado a ficar”, pontua Rezende.

Outra dúvida recorrente quando o assunto são as pesquisas clínicas é se o voluntário é remunerado para participar das pesquisas. No Brasil, é proibido remunerar os participantes dos estudos clínicos, para evitar que o voluntário pense em sua participação apenas como uma forma de ganhar dinheiro ou trabalho, destoando do objetivo principal do projeto. Em alguns países, como nos Estados Unidos, os voluntários podem ser remunerados.

Porém, é garantido por lei no Brasil que os participantes sejam reembolsados pelos gastos que tiverem com transporte e alimentação. “É importante que o voluntário tenha consciência de que ele está colaborando com algo maior, como descobrir curas e salvar vidas. Além disso, ele vai ter acesso a tratamentos que ainda não estão disponíveis”, finaliza o executivo da ABRACRO. 

 

ABRACRO - Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica é responsável pela grande mudança na reputação dessa área tão importante para a saúde no Brasil. Há 17 anos, ela representa as ORPCs (Organizações Representativas de Pesquisa Clínica) e contribui para a melhoria dos processos e atividades do setor. Hoje, são fonte para os órgãos reguladores do setor que, pela rigidez dos processos e questões éticas, muitas vezes a consulta antes da publicação de uma nova norma. A ABRACRO também realiza eventos e workshops para aproximar o paciente e o público leigo dos profissionais da área.


Como auxiliar uma pessoa em crise epilética

Divulgação
Rodrigo Checheto, Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin, dá algumas dicas de como prestar ajuda a uma pessoa nessa situação


A epilepsia é uma alteração cerebral em que os neurônios operam de forma irregular. Trata-se de uma doença que pode ocorrer em várias áreas do cérebro, sendo que o local de cada descarga vai gerar um sintoma ou uma manifestação diferente.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 150 mil pessoas são diagnosticadas anualmente com a doença.

As causas são variadas, contudo, ela ocorre com maior intensidade quando existe algum tipo de comprometimento das funções cerebrais, como:

  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Tumor cerebral ou cistos;
  • Traumatismos cerebrais;
  • Doenças neurológicas genéticas, entre outras.

“Parentes e pessoas próximas devem saber como socorrer uma pessoa no momento da crise epilética, pois, muitos danos são desencadeados não pela crise em si, e sim por alguns fatores secundários durante o acometimento”, explica Rodrigo Checheto, Enfermeiro e Gerente de Enfermagem do Hospital Albert Sabin (HAS).

Seguem algumas dicas valiosas, listadas por Checheto, nesse momento:

  • Proteja a pessoa, deite-a de lado, com a cabeça virada para um dos lados, para ajudar a respirar e prevenir aspiração de secreções e vômito;
  • Remova objetos e móveis próximos com os quais a pessoa possa se ferir;
  • Apoie a cabeça da pessoa;
  • Verifique se a pessoa está respirando adequadamente;
  • Não ofereça comida ou bebida;
  • Não restrinja os movimentos;
  • Não coloque nada na boca da pessoa;
  • Fique com a pessoa até a crise passar e ela recuperar a consciência;
  • Algumas pessoas sentem que a crise vai começar. Neste caso, a pessoa tem tempo para se deitar em algum lugar seguro e até avisar alguém.
  • Chame uma ambulância ou procure o serviço de pronto socorro hospitalar caso a crise dure muito tempo.

O estado de mal epiléptico é uma emergência médica. O tratamento precoce e rápido reduz a mortalidade e a permanência hospitalar. Deve ser considerado como sintoma de doença aguda sistêmica ou neurológica a ser investigada e tratada.

“Por fim, é essencial manter a calma ao ajudar uma pessoa nessas condições. Lembre-se de que a epilepsia não é contagiosa e ninguém pega epilepsia por ajudar alguém. Essa atitude transmitirá uma sensação de tranquilidade ao paciente, revertendo o quadro com mais rapidez”, finaliza o enfermeiro do HAS.

 

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Mês de janeiro reforça a luta contra a hanseníase

 O primeiro mês do ano é marcado pela cor roxa e conscientiza para a luta contra a hanseníase. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021 foram 15.155 novos casos diagnosticados e segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior número de episódios.  

O dermatologista Antonio Lui, do hospital Santa Casa de Mauá, alerta que diferente do que se acreditava séculos atrás, a pessoa com hanseníase não precisa se isolar e se afastar do convívio social. Porém, é importante que o diagnóstico seja precoce e assertivo para o tratamento adequado. 

A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e pode atingir qualquer pessoa. A maior incidência ocorre nos homens e a doença é considerada crônica e silenciosa, atingindo a pele e os nervos. A transmissão ocorre a partir de uma pessoa infectada sem tratamento e por secreções das vias respiratórias. Vale ressaltar que os mais suscetíveis são as pessoas com baixa imunidade.   

“Um dos maiores problemas da hanseníase é a falta de informação, a dificuldade e a demora do diagnóstico. Por essa razão, na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante buscar ajuda médica”, alerta Antonio Lui. 

A doença se manifesta de forma espectral, com quadros leves e com discreta perda de pigmentação. Em casos moderados, surgem manchas avermelhadas e alterações de sensibilidade e, nos severos, inchaço em orelhas, face, múltiplos nódulos e dor. 

Após o diagnóstico, que pode ser confirmado com exames clínicos, teste de sensibilidade, biopsia de pele e baciloscopia, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e o paciente pode levar uma vida normal, sem impactos sociais e psicológicos.  

“Uma pessoa em tratamento não transmite a doença e embora ele seja longo, de seis meses a um ano, é muito importante não o interromper. Também é importante que toda a família do paciente se submeta aos exames diagnósticos. Mesmo com o tratamento adequado e completo, a doença pode deixar algumas sequelas e o paciente pode não recuperar a sensibilidade nos locais das manchas e a força muscular”, destaca o dermatologista Antonio Lui.

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
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Cirurgia vaginal pode garantir mais prazer às mulheres durante relação sexual

Dr. Josué Montedonio, cirurgião plástico referência no litoral de São Paulo explica que a técnica vai além de razões estéticas

 

Ao falarmos de sexualidade feminina é importante analisar o contexto histórico, que é composto por diversos registros onde a pressão por padrões estéticos e de beleza são muito maiores em mulheres. Apesar da variedade de modelos corporais ao longo da história, pessoas do sexo feminino sempre foram mais intimidadas e essa é uma pressão que existe até os dias atuais. Dr. Josué Montedonio, cirurgião plástico referência no litoral de São Paulo, aponta como os padrões de beleza impactam na vida sexual das mulheres e como a cirurgia plástica pode ajudar. 

“O grande desafio quando falamos da vida sexual feminina é a insegurança com o corpo, ainda mais quando associamos a pressão externa de redes sociais” pontua Dr. Josué. No Brasil, pelo menos 70% das mulheres entre 16 e 45 anos apresentam queixas quanto a sua aparência física, e isso acaba refletindo em muitos aspectos, entre eles a sexualidade. 

O cirurgião plástico aponta que existem diversos fatores que podem impactar na autoestima feminina e consequentemente na vida sexual, mas acredita que esse efeito é mais comum em mulheres adultas e com filhos, cuja demanda do dia a dia acaba privando a mulher de ter seu momento de autocuidado. “A mulher acaba ficando mais retraída por conta das inseguranças que vão surgindo e isso afeta o relacionamento com o parceiro", explica. 

A cirurgia plástica nesse sentido, entra como um aliado na recuperação da autoestima da mulher, que recorre a uma cirurgia plástica buscando extinguir os pontos de insegurança que vão desde lipoaspiração pós gravidez à cirurgia vaginal (perineoplastia). 

A perineoplastia também pode garantir mais prazer à mulher. “Existem mulheres que sentem certos desconfortos em momentos íntimos por conta dos pequenos lábios hipertrofiados que podem ser corrigidos através de procedimento cirúrgico que irá melhorar a estética da região e garantirá a mulher mais prazer” finaliza o cirurgião. 

 

Dr. Josué Montedonio Nascimento – graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (2004). É sócio da Associação Paulista de Medicina, da Sociedade Brasileira de Queimaduras, membro da Federación Latino Americana de Quemaduras, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da American Society of Plastic Surgeons. Atualmente é sócio na Clínica AudiMontedonio

 

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