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sábado, 17 de dezembro de 2022

Cansada(o) de lutar pelo seu relacionamento? 5 dicas para começar bem 2023

É muito difícil empurrar um relacionamento com a barriga (Créditos: Unsplash)
Especialista em relacionamentos explica a importância da conversa e de entender o melhor momento para mudar

  

Em dezembro, com os votos de mudança e desejos para um ano novinho que vai chegar, muitas pessoas acabam refletindo sobre como estão mantendo a relação. Por conta da rotina, estresses ou até mesmo pela união não fazer mais sentido, muitos casais, “entra ano e sai ano”, continuam empurrando suas relações com a barriga, evitando tocar em feridas que, talvez, possam até melhorar o convívio. 

Só no primeiro semestre de 2022, foram registrados cerca de 17 mil divórcios, de acordo com o Colégio Notarial do Brasil. Os principais motivos para esse grande número de separações são: falta de planejamento financeiro em conjunto, reclamações, controles excessivos e desrespeitos. Na busca por evitar fazer parte desses dados, muitos casais, através da espiritualidade, buscam alinhar e harmonizar suas relações, sobretudo agora, na véspera de um ano novo. 

“Em um relacionamento, precisamos entender uma série de questões, principalmente sobre companheirismo, empatia e outros tantos comportamentos que ajudam na harmonia e reciprocidade de uma relação. Diante de tantos relacionamentos tóxicos, se faz cada vez mais necessário a busca pelo autocuidado, principalmente quando a sua relação te deixa triste, desmotivada e com outros sentimentos ruins. A maioria dos casais que ajudo, mesmo sentindo amor um pelo outro, não conseguem se reconectar” afirma Maicon Paiva, especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espaço recomeçar. 

Na espiritualidade, casais conseguem restabelecer a harmonia, principalmente com o serviço de Casamento Espiritual que, por sua vez, proporciona boas vibrações, energias positivas e bloqueia tudo que possa interferir negativamente na união de um casal. Para que a relação dê certo, é preciso ter sensibilidade na escuta e ser honesto(a) e gentil com os anseios da pessoa amada, pois o que parece ser bobagem nem sempre deve ser tratado como algo fútil, e a resistência de entendimento dessa situação pode ser justamente um ponto de necessidade do outro. 

Pensando nisso, Maicon Paiva, fundador do Espaço Recomeçar, separou 5 dicas para quem está cansado de lutar pelo seu relacionamento e começar 2023 com o pé direito:


01. Conversem
 

O seu cônjuge não possui uma bola de cristal para saber o que se passa na sua cabeça. Se algo te incomoda, explique a situação e como se sente diante dela. Quanto mais cedo isso for exposto, mais rápido será resolvido. Existem duas vertentes: a de tentar consertar o relacionamento ou de, talvez, ambos seguirem caminhos diferentes, mas empurrar um relacionamento com a barriga não é saudável para nenhum dos dois;



02. Fuja da rotina
 

Ter tempo de qualidade é essencial para o seu relacionamento continuar funcionando. Isso não significa, necessariamente, apenas sair, mas também ficar em casa e preparar, juntos, um jantar romântico. Para as saídas, existem inúmeras possibilidades baratas como ir ao cinema, teatro, provar comidas diferentes e conhecer restaurantes novos. Ou sair do clichê e ir a algum lugar para jogar, por exemplo, boliche. O importante é priorizar a companhia do outro;



03. Realize o Casamento Espiritual
 

O Casamento Espiritual é um ritual que proporciona ao casal boas vibrações, energias positivas, bloqueando toda negatividade e atraindo uma relação mais harmoniosa, amorosa e leve. Faça o procedimento com um profissional de confiança para espantar do relacionamento toda inveja, baixas vibrações e mau olhado. O Maicon Paiva, do Espaço Recomeçar, já atendeu mais de 35 mil pessoas, é confiável e pode ajudar!



04. Adote um Pet
 

Ao adotar um pet, o casal passa a ter um novo tipo de laço e mais uma situação em comum: cuidar do novo membro familiar. O animal, da sua maneira, começa a ter contato com os donos e a relação passa ter o vínculo parental amoroso. O casal, que antes estava acostumado a ser impactado pelo peso da rotina, agora pode chegar em casa e ser recebido com todo o amor do seu pet. E o bichinho, por sua vez, se torna a ponte de ligação para o casal que se ama e que está passando por um momento delicado.



05. Entenda seu valor
 

Dica extremamente importante, pois muitas pessoas esquecem de si e colocam o outro(a) em um pedestal, anulando-se e priorizando somente as vontades do outro. É sempre bom lembrar que se choramos mais do que sorrimos em um relacionamento, pode ser um ótimo sinal para quebrar o ciclo e iniciar o ano se amando mais e buscando seus sonhos. Se a relação não fizer mais sentido, não tenha medo de conversar e finalizar tudo de forma madura.


 Espaço Recomeçar

 

A busca pelo reconhecimento no trabalho

Para o psicólogo Ricardo Chaves, o sucesso no ambiente corporativo depende da conexão entre propósito de vida e aquilo que se está exercendo no trabalho


Levando em consideração que uma equipe desmotivada impacta diretamente na produtividade, é possível dizer que o sucesso de uma empresa depende de profissionais engajados e comprometidos.

Um levantamento realizado pela Gallup, apontou que pessoas engajadas contribuem no aumento de satisfação dos clientes, possibilitando um volume até 20% maior nas vendas. Além disso, o desempenho individual desses colaboradores pode chegar a um índice 147% superior. A pesquisa aponta que os trabalhadores satisfeitos têm maior facilidade em desempenhar suas tarefas, contribuindo para um clima saudável dentro das empresas.

De acordo com Ricardo Chaves, psicólogo e especialista no desenvolvimento de líderes e profissionais de alta performance, é preciso ter honestidade consigo mesmo e analisar se o trabalho exercido realmente merece um destaque. “Muitas vezes nós estamos, apenas, cumprindo com aquilo para que fomos contratados e criamos uma expectativa muito alta sobre o reconhecimento. Essa expectativa sobre uma ascensão que existe nas gerações mais emergentes no mercado de trabalho gera, também, uma grande frustração por conta de não serem realistas do ponto de vista das empresas. É necessário que se busque esse reconhecimento, mas não podemos ser reféns dessa necessidade emocional de sermos reconhecidos”, relata.

Para o psicólogo, o sucesso depende da conexão entre propósito de vida e aquilo que se está exercendo no trabalho. “O trabalho é onde acontece a grande realização existencial do ser humano. Investimos muito tempo e dinheiro na nossa formação e qualificação para que possamos ser cada vez melhores naquilo o que fazemos. Enquanto as pessoas estão buscando apenas a realização de metas, devemos nos importar com quem estamos nos tornando, se isso está alinhado com os seus valores e com quem eu quero ser reconhecido como pessoa, seja dentro do trabalho, seja pela família ou pelos amigos”, pontua.

Como ser notado no ambiente de trabalho:

  • Se exponha, oferecendo ideias e opiniões sobre os mais diversos assuntos na empresa;
  • Desenvolva a coragem, pois a falta de bravura pode limitar os colaboradores;
  • Desenvolva uma visão sistêmica, entendendo o porquê de estar realizando aquelas tarefas;
  • Tenha empatia pelas pessoas ao seu redor, articulando ideias com pessoas que não possuem um pensamento compatível ao seu;
  • Tenha resiliência para lidar com frustrações e superar os desafios que ainda estão por vir.

Ricardo acredita que a alta produtividade apresenta uma melhor percepção sobre o trabalho executado. “Quando entendemos o porquê de fazermos o que fazemos, temos mais conexão, mais pertencimento sobre o que construímos com o trabalho, aumentando a nossa produtividade e engajamento. Para que a produtividade seja sustentável, é necessário uma conexão mais ampliada sobre aquilo que se produz”, finaliza.

 

Ricardo Chaves - Formado em Psicologia pela Puc Campinas, Certificação Internacional - Inteligência Emocional, Comunicação e Dinâmicas Humanas. Pós-graduado em Trabalho e Saúde Mental; Intervenção e prevenção em comportamentos auto destrutivos - UNICAMP. Atua como Palestrante e Consultor Corporativo em projetos de desenvolvimento de Líderes e equipes. É sócio fundador da RICK CHA EDUCAÇÃO CORPORATIVA.

 

Como traçar metas e objetivos para o próximo ano

Para terapeuta e escritor William Sanches, construir novos hábitos e manter motivação são atitudes fundamentais para a mudança


Um ano novo está próximo e com ele chega o desejo de traçar novas metas e objetivos para que mudanças positivas aconteçam. Mas como fazer para os planos realmente darem certo e a motivação não se perder?

De acordo com William Sanches, terapeuta, escritor e especialista em comportamento humano, é preciso considerar que não basta uma mudança no calendário para que as coisas mudem na vida. “Se estou há 30 anos fazendo a mesma coisa, não é uma mudança pontual que vai fazer com que tudo mude. O cérebro está acostumado com seus hábitos”, explica.

Para o especialista, é preciso construir novos hábitos para determinar o ano que se quer ter. “É muito comum, por exemplo, as pessoas pensarem em iniciar um regime, mas para isso é preciso construir novos hábitos e o cérebro precisa de 21 dias, pelo menos, para conseguir assimilar”. 

Ele afirma que, atualmente, muitas pessoas vêm repetindo seus hábitos ao longo dos anos sem perceber. “Entra ano e sai ano e elas fazem as mesmas coisas. O fato é que posso comer lentilha, colocar uma folha de louro na carteira e pular sete ondas, mas se não trabalhar meus pensamentos e atitudes, não vou mudar minha vida”, atesta. 

Além da mudança de pensamentos e atitudes, o terapeuta explica que é preciso determinar objetivos reais, alcançáveis e mensuráveis para o ano. “As pessoas confundem objetivos com metas. O objetivo é onde quero chegar. Por exemplo, fazer uma viagem internacional. Para realizar esse objetivo, é preciso estabelecer as metas a seguir, como conseguir uma renda extra todo mês para poupar para a viagem”, explica.

Uma sugestão que ele dá é fazer uma lista por escrito para ir acompanhando. “Pode ser anual ou mensal e a pessoa vai olhando o que já cumpriu e apontando o que conseguiu fazer. É importante lembrar que prazos longos e objetivos inatingíveis podem se perder no meio do caminho”, orienta.

Outro ponto importante é considerar que os objetivos podem mudar ao longo do ano e está tudo bem. “É preciso entender que não há nada de errado em ressignificar quando necessário. E quando percebo que a mudança está fazendo bem para mim, me sinto uma pessoa melhor. Não somos os mesmos o tempo todo”, conclui.

 

William Sanches - Terapeuta e autor de mais de 25 livros no Brasil, Europa e em toda América Latina. É especialista em Comportamento Humano e Reprogramação Neurolinguística. É pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. 
www.williamsanches.com
@williamsanchesoficial.

Desacelere já: 10 dicas para viver bem o último mês do ano


Este foi um ano de muitas e fortes emoções com direito a eleições e Copa do Mundo. O ano em que começamos a nos despedir do uso constante de máscaras – o que ainda exige atenção.

 

Dezembro chegou e com o último mês do ano vem a vontade de recomeçar e aderir a bons propósitos. Podemos partir do princípio que estamos vindo não apenas de um ano “comum”. Este foi praticamente o primeiro ano com a pandemia mais amena, depois de dois anos de muitas mudanças.

 

Por que estamos exaustos?

 

A neurocientista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, Livia Ciacci explica que precisamos considerar este cenário porque é ele que explica a sensação coletiva de cansaço mesmo para fazer coisas simples.

 

“A partir daí, precisamos entender que o modo básico de funcionamento do cérebro usa condutas memorizadas para garantir a sobrevivência e economizar energia, então mudar qualquer conduta vai gerar desconforto, exigir autocontrole e esforço”, lembrou.

 

Todos os dias recarregamos nossa capacidade de autocontrole, desde que tenhamos entre sete e oito horas de sono de qualidade, não consumindo drogas ou álcool, com nutrição adequada e atividade física em dia.

 

“Então, para usar o autocontrole na mudança de comportamento, é preciso estar com essa capacidade “carregada ao máximo”. Por isso o processo não será igual para todas as pessoas e por isso também devemos buscar dar um passo de cada vez, não adianta tentar mudar 5 ou 10 comportamentos de uma vez só!”, alertou.

 

Confira 10 dicas para viver bem este período de mudanças!

 

1.     Saindo do piloto automático

O primeiro passo é reconhecer que estamos no piloto automático. Um passo muito importante neste processo de virada de chave é investir em autoconhecimento e daí vale a leitura, a incorporação de novos hábitos, a escuta ativa de si mesmo, o respeito aos seus limites e o cultivo diário do autocuidado.

 

2.     Abrir espaço para o novo


O filósofo Heráclito é autor da frase “Nada é permanente, exceto a mudança”. Estar aberto ao novo e ao aprendizado é uma habilidade considerada decisiva para quem quer ter uma mentalidade de crescimento.


3.     Transformando pensamentos negativos em atitudes positivas


Só é possível abrir a mente para uma nova ideia fazendo um esforço intencional para se desapegar do conforto e estando disposto a pensar mais um pouco sobre isso. Por essa razão, só conseguimos abandonar esses pensamentos e comportamentos, nos abrindo para o novo.

 

4.     Relacionamentos mais verdadeiros e saudáveis em 2023


O autoconhecimento é o primeiro passo para trilhar um caminho de relacionamentos saudáveis e mais leves. O que é realmente importante para a saúde da mente é estar em diálogo com pessoas com as quais nos sentimos à vontade para conversar. O importante é se colocar em espaços onde essa conversa seja possível e acolhedora.


5.     Espiritualidade on


São vários os estudos que mostram que a espiritualidade é muito positiva para o cérebro. O mais importante neste assunto é preservar um respeito absoluto pela crença de cada pessoa, respeitando a diversidade.


6.     Rir de si mesmo – e levar a vida mais leve


Não é necessariamente uma atividade específica ou o ato de brincar em si, mas uma mentalidade e postura interna aberta ao bom humor.

Se manter próximo de pessoas que são naturalmente bem-humoradas é uma boa dica para se acostumar a manter esse estado!


7.     Se conectando com o mundo real


Em um mundo cada vez mais conectado, é cada vez mais importante fortalecer os relacionamentos e a confiança com as pessoas é provocar encontros presenciais, de um café a um passeio, um almoço ou noite de jogos!


8.     Dizendo não (sim, você precisa dizer não)


Ter clareza sobre quais são suas prioridades é o primeiro passo para aprender a dizer não. Comece definindo quais objetivos quer atingir ao longo do ano, entenda os passos que precisará seguir e organize seu tempo para que pelo menos 60% da sua agenda esteja dedicada a esses passos. A partir daí, diga não para tudo que for não essencial e desviar você dos seus objetivos!


9.     Perdoe  


O ato de perdoar ajuda a diminuir o cortisol e aumenta a produção de serotonina e esse é por si só um grande motivo para dar um passo nesta direção. Perdoar não é sentimento. Perdoar é uma decisão diária de não carregar uma pessoa, situação ou sentimento com você.


10. Libere caminho para o que te faz feliz 

A experiência de conseguir completar uma fase de algo maior que se almeja vai desencadear a liberação de dopamina no sistema, alimentando a vontade de fazer, que será, automaticamente, reforçada no momento de iniciar a próxima missão. É por isso que quanto mais conseguimos coisas que desejamos, mais queremos continuar realizando.


Conflitos entre pais e filhos: médico explica como acontecimentos da infância podem refletir na vida adulta

Você já parou para pensar sobre como os acontecimentos da infância no relacionamento com os pais podem refletir na vida do adulto? De acordo com o Médico especializado em Homeopatia e terapeuta de constelação familiar, Andrei Moreira, todos trazemos dentro de nós uma criança ferida pelas circunstâncias que vivemos no ambiente familiar, pelas posturas de falta ou de excesso dos pais e responsáveis diretos; pelos abusos sofridos ou negligências experimentadas, bem como pelos contextos familiares a que fomos submetidos.


“Para sobreviver a esse contexto potencialmente lesivo, ameaçador ou traumático desenvolvemos defesas psicológicas, reatividades emocionais e padrões de comportamento que vão sendo automatizados e definirão a maneira de nos relacionarmos na vida adulta, conosco mesmos, com os amigos, na relação a dois, em todos as áreas. Essas defesas ficam ativas e atuantes durante toda a vida e podem ser amenizadas a partir do momento em que a pessoa mergulha em sua história e começa um processo gradual, sequenciado, de autoconhecimento, integração das experiências, ressignificação e liberação emocional, permitindo a consciência das necessidades pessoais, o desenvolvimento da autonomia da vida adulta e a construção de novos modelos relacionais. Nesse processo, é fundamental que a parte adulta que existe em nós assuma o comando, acolha a parte infantil, vulnerável e fragilizada, ofertando-a carinhosamente o que ela necessita e se tornando o seu próprio pai e a sua própria mãe, o que também libera a pessoa para olhar para os pais com mais leveza e liberdade de amar”, disse.

Um exemplo dado pelo médico: “alguém sofre com um sentimento de abandono por ter vivido a ausência dos pais; a falta da presença e do cuidado ou qualquer outra circunstância que foi interpretada emocionalmente como abandono. Essa dor é real e é justa, independentemente das circunstâncias pois é assim que a pessoa experimentou a realidade. No entanto, hoje, o sofrimento não vem tanto do abandono sofrido lá atrás, mas do fato de o adulto que a pessoa é deixar a sua criança abandonada e submetida à falta, no agora, negando-a o que necessita, nutrindo a expectativa de que os pais - ou quem os representa - virão compensar aquela falta ou suprir aquela ausência. Se ela acolhe essa parte vulnerável, pode retirar a si mesma do abandono através da sua própria disponibilidade, presença e afeto, preenchendo o coração um pouco mais - inclusive da presença dos pais - se dando o autocuidado e evitando a projeção intensa dessa falta nas relações afetivas”, disse.

Sobre pais e filhos poderem ser amigos e os riscos ou benefícios disso, o especialista contou que pais e filhos são muito mais que amigos, pois os pais são referências e modelos no processo do desenvolvimento dos filhos.

“A ordem familiar ocupa um papel fundamental que não deve ser invertido. A inversão de ordem tem graves consequências, conforme demonstra a constelação familiar. Quando os filhos veem os pais no mesmo nível de igualdade tendem a não respeitá-los como autoridade e a se atribuírem papéis que não lhes competem, por amor cego.
Frequentemente vemos filhos no meio da relação de casal dos pais, tomando partido nas questões e temas que só dizem respeito ao homem e à mulher ou se comportando como pais dos pais, na fantasia de “salvação”, cura ou educação dos pais. Isso leva os filhos a perderem a referência de segurança, a se sobrecarregarem com posturas de cuidado, o que os deixa indisponíveis para a própria vida, muitas vezes”, disse.

No entanto, conforme Andrei, quando os pais ocupam o seu lugar na ordem familiar e liberam os filhos para suas próprias vidas, conectados com afetividade, orientação, suporte e estímulos adequados a cada fase da vida, os filhos fluem com mais leveza, dinamismo e segurança para seus próprios destinos, conquistas e realizações na vida.

“Para que os pais façam isso, precisam estar no seu lugar na ordem com os seus próprios pais, o que requer, na maioria das vezes, cuidar das suas raizes - conexão com a força dos seus pais e sistemas -, através da honra e da gratidão, e acolher a sua própria criança interior ferida.”

No caso dos filhos e pais que precisam passar por um processo de perdão, o especialista falou que isso é possível ressignificando o olhar para as circunstâncias e vivências.

“Perdão é libertação pessoal quando deixamos o lugar de vítimas e passamos ao de autores da nossa própria história. Não temos poder sobre os acontecimentos mas podemos mudar a narrativa e seus efeitos, pela mudança da interpretação e da postura interior.
Isso não significa negar as dores e feridas interiores, mas sim assumir a autonomia do autocuidado e se ofertar, agora, aquilo que se necessita, o que tem um forte efeito liberador.”

Segundo Andrei, o amadurecimento emocional, o passar do tempo e as novas vivências - como se tornar pai e mãe, por exemplo - também permitem ampliar a consciência sobre o que foi vivido, perceber as exigências infantis que ainda estão ativas em nossos corações e ter uma noção mais adequada do que verdadeiramente necessitamos.

“Os pais também trazem uma criança interior ferida, com suas defesas, reatividades e, muitas vezes, não estão livres para ofertar aos filhos aquilo que estes queriam ou precisavam. Compreender e decidir dar a si mesmo o que se precisa é libertador. Mais importante que o perdão é a reconciliação. Essa representa uma percepção interior do essencial, uma postura de respeito e gratidão pela vida e uma profunda conexão de honra e força com os pais e tudo que eles representam”, finalizou.


Andrei Moreira - Médico especializado em Homeopatia e terapeuta de constelação familiar formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Andrei Moreira é diretor voluntário da ONG Fraternidade sem Fronteiras. Membro da diretoria da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AMEMG), da qual foi presidente de 2007 a 2019. Preceptor do Internato em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade de Alfenas, campus Belo Horizonte, no período de 2008 a 2012. Autor de livros como “Atitude – reflexões e posturas que trazem paz”; “Reconciliação: consigo mesmo, com a família, com Deus”; Cura e autocura: uma visão médico espírita” e “Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal”.

Época do ano aumenta em até 50% os casos de suicídio

Mesmo que para alguns seja um momento feliz para encerrar mais um ciclo, o final do ano é um agravante ao estresse para pessoas que já estão deprimidas. A sensação de que o ano vai acabar aumenta a cobrança de finalizar tudo, avaliar o que não deu certo, antecipar as metas para o próximo ano, comprar e consumir para as festas que estão chegando, se cobrar de estar com a família e rever alguns amigos...e por aí vai. A médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, comenta como o cérebro se comporta nessa fase do ano e porque os casos de suicídio também aumentam com a chegada do mês de dezembro.

“O ser humano tem uma ligação forte com datas, quer seja aniversários, Natal ou mesmo a virada do ano. Enquanto para a maioria das pessoas momentos como estes são motivos de alegria e felicidade, para pessoas que estão com o cérebro funcionando de maneira alterada como na depressão, tais momentos podem se tornar motivo de mais cobrança pela felicidade que não sentem e de culpa por estarem doentes e deprimidos. A maneira distorcida do deprimido enxergar a realidade faz com que ele piore os desfechos, pense de maneira pessimista e desesperanças e não veja saída para os problemas. Tudo isso pode aumentar o estresse emocional no final do ano e precipitar desfechos negativos como o suicídio".

E isso tem explicação. “Geralmente o indivíduo deprimido apresenta uma distorção das memórias, isto é, lembra mais de fatos passados negativos e do pensamento, pensa mais negativamente, quando está deprimido. Dessa maneira, parece que tudo que aconteceu e o que está para acontecer foi e será ruim. Não há saída. Tudo é mais difícil e tomar decisões se torna absurdamente difícil”, comenta a psiquiatra.

Nem toda pessoa deprimida apresentará ideias de se matar (ideação suicida), mas a presença de algumas características da pessoa ou da família aumentam o risco de suicídio para a pessoa que está deprimida, que são:

- Elevado grau de depressão, desesperança, desamparo e desespero (4 D`s do suicídio);

- Apresentar uma ideia ou um plano de suicídio bem estruturado;

- História de tentativas prévias de suicídio;

- Presença de um transtorno psiquiátrico grave já diagnosticado (esquizofrenia, bipolaridade, alcoolismo);

- Acesso a muitos meios e métodos de autoextermínio;

- Ausência de suporte familiar;

- Fatores de estresse que precipitem o suicídio como estar solteiro ou separado; estar desempregado; estar distante da família; estar sofrendo assédio moral em ambiente de trabalho;

- Doenças médicas graves: câncer, quadros dolorosos, doenças reumatológicas, doenças neurológicas, AIDS, doenças dermatológicas graves, etc.

- Impulsividade aumentada (por exemplo em alguma depressão do espectro bipolar);

- Ausência de fatores de proteção como autoestima elevada; bom suporte familiar; laços sociais bem estabelecidos com família e amigos; religiosidade independente da afiliação religiosa e razão para viver; ausência de doença mental; estar empregado; ter crianças em casa; senso de responsabilidade com a família; gravidez desejada e planejada; capacidade de adaptação positiva; capacidade de resolução de problemas e relação terapêutica positiva, além de acesso a serviços e cuidados de saúde mental.

"Por isso observe se alguma pessoa deprimida apresenta algum destes fatores de risco e principalmente, se aproxime dela neste final de ano impedindo que este momento de festas possa se transformar em um momento de maior sofrimento para ela", finaliza a médica.

 

Dra. Jéssica Martani - Médica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque -- EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP. CRM 163249/ RQE 86127
  

Pandemia acelerou envelhecimento do cérebro de adolescentes, afirma estudo

De acordo com estudo, a pandemia causou um envelhecimento precoce do cérebro de jovens em cerca de três anos 

 

A pandemia e o consequente isolamento social foram extremamente prejudiciais para a saúde mental da sociedade como um todo, no entanto, esses impactos negativos podem ser mais intensos entre os adolescentes.

 

É o que indica a nova pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science, que afirma que o isolamento social causado pela pandemia estimulou o envelhecimento precoce de cerca de três anos nos jovens.

 

O estudo analisou dados de ressonâncias magnéticas de um grupo de 128 adolescentes durante o primeiro ano de pandemia, e identificou alterações no desenvolvimento de áreas importantes do cérebro como o hipocampo, amígdala e córtex cerebral, responsáveis por funções como memórias, sentimentos, linguagem e percepção social.

 

Essas alterações estão normalmente relacionadas a situações traumáticas como violência, dependência e disfunções familiares, causando geralmente doenças como depressão, ansiedade, doenças cardíacas e dificuldade em lidar com emoções.

 

Esse envelhecimento acelerado pode causar uma série de problemas durante a vida dos jovens, como alerta o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

 

"O envelhecimento precoce do cérebro de adolescentes é uma situação séria pois desenvolve de forma anormal áreas do cérebro responsáveis por importantes funções, como a formação de memórias e regulação de emoções, ter alterações nessas funções pode significar uma estimulação ainda maior ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre os jovens" Ressalta.

 

O estudo não indicou se as alterações são permanentes, no entanto, as mudanças não foram identificadas em grupos de outras faixas etárias, de acordo com os responsáveis pela pesquisa, após os participantes completarem 20 anos, serão reanalisados para identificar como os impactos se mantêm ao longo do tempo.

 



 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852

 


Dia Nacional do Bioma Pampa: lugares para conhece

Em 17 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Bioma Pampa, um dos ecossistemas de vegetação de campo mais importantes do mundo


Em 17 de dezembro é comemorado o Dia Nacional do Bioma Pampa, um dos ecossistemas de vegetação de áreas de campo em clima temperado mais importantes do mundo. Para celebrar o Pampa, o Conexão123 traz várias informações para quem tem interesse em conhecer toda a biodiversidade que ele abriga. 

 

O que é bioma pampa?

O Dia Nacional do Bioma Pampa é comemorado em 17 de dezembro, em homenagem ao nascimento do ambientalista, agrônomo e ativista José Antônio Lutzenberger. O termo pampa, que significa planície, tem origem na quíchua, importante família de línguas indígenas da América do Sul. Remete a uma das características desse bioma, o seu relevo pouco acidentado. 

Uma imensidade de campos limpos, com gramíneas, poucos arbustos e árvores, forma uma paisagem singela, mas que enche os olhos. Apesar de o pampa ser associado principalmente aos campos, ele é formado por vários ecossistemas, que abrigam cerca de 3 mil espécies de plantas. 

No que diz respeito à fauna, o bioma já foi abrigo de grandes herbívoros, como cavalos, lhamas e até preguiças-gigantes. Atualmente, conta com cerca de 480 espécies de aves, entre elas: ema, perdiz, quero-quero, joão-de-barro, beija-flor-de-barba-azul, pica-pau-chorão e caboclinho-de-barriga-verde. E mais de 100 espécies de mamíferos, como cervo-do-pantanal, tatu-mulita, graxaim e veado-campeiro.

Há também espécies exclusivas do bioma pampa, como o tuco-tuco | Foto: Divulgação

 

A região é predominantemente subtropical, e sua temperatura média varia entre 18 ºC e 20 ºC, mas há uma amplitude térmica acentuada durante o ano. Os verões são muito quentes, e os invernos tendem a ser muito frios, devido ao avanço das massas polares atlânticas. Ainda na estação fria, pode haver a ocorrência de geada e até mesmo neve em algumas localidades.

O solo do bioma pampa, fértil em sua maior parte, é bastante utilizado para a agropecuária: desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos é a principal atividade econômica da região.

Por sorte, em vez de prejudicar a vegetação, a presença do gado permite a conservação do bioma: a pastagem é benéfica para a manutenção das principais espécies de gramíneas e leguminosas. Parece um jeito perfeito de unir atividades humanas e conservação da natureza!

No Brasil, o pampa encontra-se no estado do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 176.496 km², correspondendo a cerca de 2% do território nacional. No entanto, ele não é restrito ao nosso país: estende-se por Uruguai, Paraguai e Argentina.

 

Importância e conservação do bioma pampa

Talvez quem olhe para o pampa não encontre uma fauna exuberante como a da Amazônia, ou uma floresta de tirar o fôlego como as da mata atlântica. À primeira vista, o bioma parece bem mais simples do que os outros, mas isso não quer dizer que ele seja menos importante.

O pampa é um bioma que contém grande biodiversidade, apresentando inúmeras espécies endêmicas, sendo assim importante fonte de variabilidade genética. Além disso, a biodiversidade é responsável por inúmeros serviços ecossistêmicos, como:

• Estocagem de carbono

• Purificação das águas

• Controle de pragas agrícolas

• Controle da erosão do solo

• Reposição de sua fertilidade 

 

Embora seja de muita importância para todos os seres vivos, biomas como o pampa são os mais ameaçados e menos protegidos do planeta. Isso se deve ao fato de serem os que apresentam características que lhes conferem uma boa produtividade e favorecem a ocupação humana.

O pampa é formado por regiões de relevo suave ondulado cobertas por uma vegetação de gramíneas

No Brasil, grande parte do pampa foi alterada, substituída por lavouras de milho, soja, arroz e trigo. Muitas áreas já foram afetadas de tal modo que não podem mais ser utilizadas, pois apresentam baixa produtividade, devido ao manejo insustentável, ou estão degradadas, por causa do sobrepastoreio.

O resultado é o desaparecimento de espécies nativas, o aumento do processo de arenização do solo, bem como a invasão de espécies que levam ao desequilíbrio do ecossistema. 

 

Lugares para conhecer o melhor do bioma pampa 

Não existe ainda um parque nacional totalmente dedicado a esse ecossistema. Por isso, hoje o Conexão123 apresenta algumas opções de unidades de conservação onde é possível encontrar o bioma e conhecer melhor a sua biodiversidade.  

 

Área de Proteção Ambiental de Ibirapuitã (RS)

A Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã situa-se no estado do Rio Grande do Sul, abrangendo quatro municípios: Alegrete, Quaraí, Rosário do Sul e Santana do Livramento. Ela é uma unidade de conservação que protege uma porção significativa do pampa, com seus 316 mil hectares.

Entre as principais atrações, estão o Cerro do Tarumã, com 308 metros de altitude; o Morro das Caveiras, com registros fósseis e artefatos de populações indígenas; e a Lagoa do Parové.

A área apresenta formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Não há portaria nem cobrança de ingressos.

Endereço: Rua Treze de Maio, 410 - Sala 702 - Centro, Sant’Ana do Livramento

 

Parque Estadual do Espinilho (RS)

Localizado na Barra do Quaraí, o Parque Estadual do Espinilho engloba áreas importantes para a conservação do ecossistema, incluindo parte do curso do arroio Quaraí-Chico, até a sua foz com o rio Uruguai. A fauna, associada à flora, destaca-se como atração. Para admirá-las, atividades como a observação de aves são amplamente praticadas no local.

O Parque Estadual do Espinilho está aberto à visitação com agendamento

O Parque Estadual do Espinilho é uma importante reserva ecológica do espinilho, uma árvore de pequeno porte e tronco com espinhos. Caracterizada por ser vegetação arbórea baixa, permitindo o crescimento de gramíneas, ela se enquadra na classificação do IBGE como savana estépica. 

Endereço: Barra do Quaraí

 

Parque Estadual de Itapuã (RS)

Localizado no município de Viamão, próximo a Porto Alegre, o Parque Estadual de Itapuã abriga a biodiversidade e os sítios arqueológicos da região. Entre as atrações principais estão o Farol de Itapuã, o lago Guaíba e a laguna dos Patos. O local é muito utilizado para trilhas e descanso. 

Farol de Itapuã – Parque Estadual de Itapuã – Rio Grande do Sul

O parque, administrado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, tem como principal característica a preservação da flora e da fauna do bioma pampa em seus 5.566 hectares. Itapuã é repleto de histórias, a começar pelo Farol de Itapuã, cuja construção é datada de 1860.

Há, ainda, marcas da Revolução Farroupilha em pontos como o Morro da Fortaleza, a Ferraria dos Farrapos e a Ilha do Junco. A geografia recortada da costa e as águas doces, calmas e limpas são mais alguns atrativos que enchem os olhos dos frequentadores.

O acesso dos visitantes está limitado à Praia das Pombas. Animais domésticos, esportes com bola e náuticos, além do ciclismo na praia, estão vetados. 

São três trilhas abertas ao público: a da Onça, saindo da Praia das Pombas, costeando o Guaíba pela mata ciliar, a da Visão, que sobe o Morro do Campista até a Pedra da Visão, e a da Fortaleza, com pontos históricos, a exemplo da Vila dos Pescadores e as trincheiras da Revolução Farroupilha. 

Endereço: Estrada Dona Maria Leopoldina Cirne, s/n, Viamão. Visitantes: limitados a 210 pessoas por dia ou 60% da capacidade total. Ingresso: R$ 20,45 por pessoa, somente em dinheiro. As entradas são vendidas das 9h às 12h e das 13h às 17h. Não há venda antecipada.

Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 9h às 19h.

 

Argentina

Quem pensa na Patagônia argentina imagina logo os glaciares de El Calafate ou os lagos de azul profundo nos arredores de Bariloche. Mas bem no centro do país e nem tão distante de Buenos Aires está La Pampa, também parte da região.

São extensas planícies com reservas naturais povoadas por animais selvagens. Há fazendas históricas, vilarejos peculiares, lugares famosos por suas águas termais e até, quem diria, uma cidade-fantasma em ruínas que, ainda que localizada na província de Buenos Aires, pode muito bem ser visitada a partir de Santa Rosa, a capital de La Pampa. 

A poucos quilômetros de Santa Rosa está localizada a reserva Provincial Parque Luro, que protege uma das poucas florestas de Prosopis caldenia do país, a árvore emblema dos pampas. É conhecida por sua população de veados-vermelhos, uma espécie introduzida em várias regiões do mundo e que faz parte do patrimônio cultural de La Pampa.

O Parque Luro foi declarado como área protegida sem uso produtivo e patrimônio natural, histórico e cultural, em 30 de maio de 1996 e em 25 de julho de 1997, respectivamente. 

Lar de uma mistura de espécies nativas e introduzidas, bem como de mais de 150 espécies de pássaros, essa reserva de 76 km² é um local agradável para passar algumas horas. Uma das maiores atrações do parque, no entanto, é durante a temporada de acasalamento do veado-vermelho. Em março e abril, os machos bramam para atrair as fêmeas, enquanto competem entre si. 

Endereço: Toay, La Pampa 

 

Conexão123

 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Exposição na estação João Dias destaca o poder do carinho na recuperação da saúd

ViaMobilidade e ONG ImageMagica trazem a mostra Conexões de Cuidar, com fotografias de videochamadas realizadas durante internações da Covid 19

Painel que faz parte da mostra na estação João Dias (Divulgação)


A exposição fotográfica Conexões de Cuidar revela como pode ser simples romper a solidão de pessoas internadas, com destaque para os que enfrentam a recuperação da Covid 19. A mostra que a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, traz à estação João Dias da Linha 9 é realizada em parceria com a ONG ImageMagica.

 

Até o dia 6 de janeiro, 20 painéis trazem fotos reais de pacientes se conectando com pessoas que amam por meio de videochamadas. A iniciativa também humaniza a relação entre pacientes e profissionais de saúde, que apoiam os internados no momento de conexão com os familiares.

 

O objetivo da mostra é incentivar os passageiros da ViaMobilidade a refletir sobre o quanto cuidados e carinho são importantes para a superação de momentos difíceis.

 

Serviço

Exposição Conexões de Cuidar

Onde: Estação João Dias, linha 9-Esmeralda

Quando: até 06 de janeiro de 2023


Alto consumo de refrigerantes entre adolescentes brasileiros é fator de risco cardiovascular


Adolescentes brasileiros que consomem em média 450 ml de refrigerantes por dia apresentam risco cardiovascular associado, aponta novo estudo publicado na última edição do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), periódico da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A pesquisa avaliou informações de quase 37 mil jovens brasileiros com idades entre 12 e 17 anos. Os dados são da base do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) e o recorte temporal da análise abrange entre 2013 e 2014.

A pesquisa percebeu que o alto consumo está associado ao risco de hipertensão, sobrepeso e obesidade no público analisado. Com recorte transversal, um destaque da pesquisa foi a conclusão de que possivelmente os adolescentes que já possuíam essas condições consumiam menos refrigerantes tradicionais, substituindo por outras bebidas industrializadas, como as versões diet e light.

Ana Flávia Gomes de Britto Neves, da Universidade Federal da Paraíba e principal autora do artigo, diz que mesmo essas opções devem ser consideradas fatores de riscos cardiovasculares em adolescentes, incluindo também outras bebidas açucaradas. “Surgem oportunidades de bebidas açucaradas industrializadas substitutivas dos refrigerantes que parecem saudáveis, mas o que vemos é que fogem dessa proposta. O estudo levanta este questionamento: os adolescentes já estão percebendo a necessidade de reduzir o consumo dos refrigerantes tradicionais, mas a informação sobre as outras opções ainda não estão bem difundidas”, afirma.

Em alguns países já existem políticas públicas que funcionam como inibidoras do consumo excessivo das bebidas açucaradas. No Reino Unido, o chamado sugar tax tem reduzido a ingestão de 6.500 calorias advindas de refrigerantes por pessoa a cada ano desde sua implementação em 2018. Ana Flávia diz que esse é um dos grandes desafios da Saúde Pública no Brasil, mas ressalta que, mesmo em países cujas ações já foram efetivadas, ainda existe o problema de substituição por bebidas consideradas mais saudáveis. “Os sucos industrializados também apresentam quantidade elevada de açúcar em sua composição, enquanto as bebidas dietéticas contêm muito sódio. Ainda há um longo trabalho de conscientização a ser realizado acerca da temática”.

A pesquisa também levanta pistas para estudos futuros. Ana Flávia destaca, em especial, a necessidade de realizar análises prospectivas que sejam representativas do cenário nacional. “Sabemos que alimentação não é o único fator que predispõe os riscos cardiovasculares. Por isso, estudos que levem em consideração outros fatores, como tempo em tela, arbitrariedade e estilo de vida seriam interessantes”, afirma Ana Flávia.

 

Referências

ARTHUR, R. Association between Cardiovascular Risk in Adolescents and Daily Consumption of Soft Drinks: a Brazilian National Study [online]. Beverage Industry. 2021 [viewed 21 October 2022].


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