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sábado, 10 de dezembro de 2022

5 dicas para viver melhor com endometriose

O ginecologista Alexandre Amaral explica a importância do tratamento multidisciplinar da doença, com a adoção de hábitos saudáveis e apoio psicológico


Presente em 10% das brasileiras, de acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a endometriose é uma doença que causa cólicas menstruais intensas e dores incapacitantes que afetam diretamente a qualidade de vida das mulheres, impactando sua vida social, profissional e afetiva. Considerada uma das doenças da mulher contemporânea e também um problema de saúde pública mundial, a endometriose ocorre quando as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar, causando os sintomas inflamatórios.

A endometriose não tem cura, mas pode ser tratada e controlada ao longo da vida. O ginecologista e especialista no tratamento da endometriose Alexandre Amaral explica que, para aliviar os sintomas, a adoção de hábitos mais saudáveis é tão importante quanto o tratamento medicamentoso e/ou cirúrgico. “Muitos fatores podem influenciar os sintomas e a evolução da doença, desde a alimentação até os níveis de estresse, por isso, é preciso sempre individualizar a paciente e entender como a endometriose afeta a sua vida”.

Alexandre reuniu 5 dicas fundamentais para viver melhor com a endometriose:

1.    Pratique atividade física: Hábitos saudáveis, como a prática de atividade física pelo menos três vezes por semana, são fundamentais para reduzir a inflamação e também prevenir a doença em mulheres saudáveis. O exercício estimula a liberação de endorfina, que ajuda a regular o estresse e tem efeito analgésico, além de fortalecer o sistema imunológico. “As práticas mais indicadas para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida são as aeróbicas e modalidades que trabalham a respiração, como pilates e yoga”, explica Alexandre.

 

2.    Controle a ingestão de carboidratos: A alimentação adequada tem um papel fundamental no controle da dor, na manutenção da imunidade e no controle do peso, já que o aumento de tecido adiposo produz excesso de hormônios que agravam a doença. O ginecologista destaca que uma dieta rica em nutrientes, acompanhada da hidratação adequada, pode ajudar na regulação dos níveis de inflamação. “Além de evitar carboidratos refinados, como açúcar e farinha branca, refrigerantes, doces e sorvetes, é importante passar longe de alimentos industrializados e ultraprocessados, ricos em sal e gordura, pois provocam retenção de líquidos, fazendo o corpo inchar e ficar mais suscetível às dores”.

 

3.    Aposte em práticas para reduzir o estresse: Para enfrentar a endometriose, melhorar os sintomas dolorosos e viver com mais qualidade, regular o estresse e dormir bem são estratégias essenciais. “Além da própria atividade física, que ajuda a regular o sono e o humor, vale apostar em práticas como a meditação e também em estratégias de autocuidado, investir um tempo pra si, ouvir música, estar perto da natureza. Contar com uma rede de apoio e a compreensão das pessoas ao redor também é muito importante para essas mulheres”, avalia o médico.

 

4.    Faça o acompanhamento ginecológico regularmente: Por ser uma doença inflamatória, a endometriose necessita de alguns cuidados específicos e atendimento individualizado pelo ginecologista para verificar a resposta ao tratamento. Alexandre conta que “o tratamento mais frequente é o hormonal, suspendendo a menstruação através de anticoncepcionais como o DIU, a pílula, implantes e adesivos transdérmicos ou anéis vaginais. A opção cirúrgica é indicada quando há aumento dos focos após o bloqueio da menstruação, se a paciente não apresentou melhora da dor ou se deseja engravidar. Por isso é tão importante fazer uma avaliação global”.

 

5.    Busque apoio psicológico: A dor pélvica é um dos sintomas da endometriose mais comuns e difíceis de lidar, pois chega a ser crônica e incapacitante, comprometendo profundamente a vida dessas mulheres. Tanto que cerca de 60% das mulheres com endometriose tendem a desenvolver depressão e ansiedade. “O fator mais importante no tratamento da doença é proporcionar a qualidade de vida da mulher, por isso, o acompanhamento deve ser integral e multidisciplinar, com controle da doença, atenção aos hábitos de vida saudáveis e apoio psicológico”, finaliza Alexandre.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Distúrbios Respiratórios do Sono: O impacto no dia a dia dos portadores

Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em Pneumologia e Medicina do Sono, revela estudos que comprovam os malefícios das noites mal dormidas


Muitas pessoas não levam em consideração o papel fundamental de uma boa noite de sono no desempenho profissional. Isso porque atenção, coordenação motora, ritmo mental e principalmente o alerta são influenciados diretamente pelo estado de fadiga de um sono não reparador.

De acordo com Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e em Medicina do Sono pela ABMS, esta necessidade de repouso varia de pessoa para pessoa e pode levar a consequências tanto na saúde física, quanto mental. “Distúrbios neurais, cansaço, sonolência, irritabilidade, ansiedade, depressão, problemas sexuais e estresse são sintomas comuns de noites mal dormidas ou a falta de um sono adequado, que aumenta o risco de erros e acidentes nos mais diversos locais de trabalho”, alerta.

Um estudo realizado pelo Departamento de Medicina Respiratória da University of British Columbia, publicado pela Sleep Medicine em dezembro de 2007, mostra que pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) podem ter impacto negativo sobre sua performance no trabalho. Neste documento, foram usados métodos para avaliar a sonolência diurna e a limitação para atividade no trabalho. Em determinado grupo de trabalhadores, evidenciou-se diferença entre portadores de apneia leve e grave em relação ao tempo de capacidade administrativa e interações mentais e pessoais.

A pesquisa seguiu em busca de evolução nos pacientes. “Aproximadamente 50 pessoas foram avaliadas novamente e 33 usaram o aparelho de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), mostrando uma melhora significativa entre a primeira avaliação com relação ao tempo de capacidade administrativa, mental, relação interpessoal e produtividade. A conclusão deste estudo revelou que existe forte relação entre sonolência excessiva e redução da capacidade laborativa em uma população propícia a ter apneia do sono”, pontua Guimarães.

Houve uma explosão na busca por tecnologias para rastrear a duração e outras métricas quantitativas de sono. De acordo com uma pesquisa, 25% dos americanos adultos usaram um smartphone ou dispositivo para rastrear sua duração do sono. Embora o interesse em rastrear o sono entre a população sugira maior interesse e conscientização sobre o sono, as avaliações quantitativas não capturam uma avaliação holística e qualitativa do sono, não oferecendo caracteres de um sono restaurador. Segundo uma pesquisa publicada pelo Frontiers in Sleep, em julho deste ano, apenas um terço dos adultos dos EUA relataram sono restaurador, o que é alarmante.

Para confirmar que a presença de distúrbios respiratórios durante sono causa impactos negativos nos gastos em saúde, uma pesquisa publicada pelo Journal of the American Geriatrics Society, em fevereiro de 2008, revelou que gastos em saúde dois anos após diagnóstico de apneia foram quase duas vezes maiores que no grupo de controle. “A conclusão desse estudo mostra que pacientes com o distúrbio possuem uma alta taxa de utilização dos serviços de saúde por comorbidade cardiovascular e uso de medicações com propriedades psicoativas”, relata o especialista em Medicina do Sono.

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é altamente prevalente e é um fator de risco reconhecido para acidentes automobilísticos. Assim, regulamentos europeus oficiais relativos à aptidão para dirigir levou a Sociedade Respiratória Europeia a estabelecer uma força-tarefa para abordar o tema da apneia do sono, sonolência e direção, com o objetivo de fornecer uma visão geral aos médicos envolvidos no tratamento de pacientes com o distúrbio, além de estabelecer regulamentos que restringem a capacidade dos pacientes com AOS de dirigir até serem tratados, mesmo reconhecendo  o difícil acesso ao diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono.

Essa publicação da European Respiratory Society sobre apneia do sono, sonolência e risco de condução foi publicada em 2021 no European Respiratory Journal e avalia a epidemiologia dos pacientes com AOS, os mecanismos envolvidos nesta associação, o papel de questionários de triagem, uso de simuladores de direção e outras técnicas para avaliar sonolência e comprometimento da vigilância; o impacto do tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas no risco de acidentes nos motoristas afetados; e ainda destaca as dificuldades na identificação de pacientes com apneia do sono.

De acordo com o pneumologista, o impacto econômico provocado pelo distúrbio não se limita aos gastos na área da saúde. “A apneia do sono quando não tratada está associada à baixa performance laborativa, doenças ocupacionais e o impacto econômico desse quadro envolve bilhões de dólares por ano. É importante que os órgãos governamentais divulguem os grandes benefícios da terapia adequada com CPAP, por exemplo, melhorando a vida e o dia a dia de pessoas portadores da apneia do sono”, finaliza.  



Gleison Marinho Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.
https://drgleisonguimaraes.com.br/
Instagram @dr.gleisonguimaraes
Twitter @drgleisonpneumo.


Comerciantes se preparam para o final de ano

Dicas para aumentar as vendas

 96% dos brasileiros disseram que pretendem fazer compras na Black Friday, isso mostra um crescimento de 8% na intenção de compras em comparação com o ano de 2021. 

 

Faltando dois meses para o ano acabar, lojas de todo lugar já começam a enfeitar as vitrines com papai noel, kits de produtos com árvores e laços dourado e vermelho. Um dos períodos mais aguardados pelos empreendedores é o final de ano. Principalmente para aqueles que tem algum comércio, loja de calçados, roupas, agência de viagens e setores de beleza. 

O retorno das festas e eventos sem as restrições impostas pela pandemia,  está sendo um período muito importante para os lojistas, que apostam nas tendências. Uma época em que os consumidores estão planejando os presentes para familiares e amigos e estão mais dispostos a comprar. 

E para aumentar essas vendas é preciso de algumas ações, divulgações em redes sociais e empenho dos funcionários para que os resultados serem melhores ainda. 

Conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), só na copa do mundo estão estimadas em R$ 1,48 bilhão de vendas, trata-se de um valor 7,9% acima do registrado na competição de 2018. 

Além disso, uma pesquisa realizada pela Conversion, 96% dos brasileiros disseram que pretendem fazer compras na Black Friday, isso mostra um crescimento de 8% na intenção de compras em comparação com o ano de 2021 

Para André Minucci, Mentor de Empresários da empresa Minucci RP, considera que a expectativa são positivas, a Black Friday e a copa, por exemplo, servirão como incentivo para o comércio e também as compras on-line. 

O e-commerce representou R$ 118,6 bilhões de vendas, só no primeiro trimestre de 2022 de acordo com o relatório Webshoppers, muitas empresas conciliarão as vendas presenciais e online para aumentar as vendas. “Porém, para isso, deverão utilizar estratégias de estoque e demanda eficientes”. 

Confira algumas dicas do especialista para alavancar a suas vendas:

 

Mantenha seu negócio atraente 

Para vender é necessário um bom marketing. Invista em campanhas, brindes, setor especial, produtos temáticos para atrair o cliente até a sua loja.

Oferecer brindes, como um bloco de notas, caneta, canecas, são ótimas opções para conquistar o cliente.

 

Treine os funcionários 

Garantir um bom atendimento é essencial, e no final de ano onde a movimentação só aumenta, é preciso ainda mais dedicação e atenção de todo o time.

 

Faça promoções 

Além de acompanhar de perto o que os concorrentes estão preparando, o empreendedor deve criar promoções para atrair o consumidor. Mas, é preciso conhecer a margem de erro, para não tem prejuízo. 

 

Aproveite as datas 

Black Friday, Copa, Natal e Ano Novo. Essas são as principais datas para os próximos meses. “São excelentes oportunidades para conseguir boas vendas” diz André. Use ações e campanhas diferenciadas para chamar atenção do seu cliente. Black Friday, por exemplo, é uma boa opção para atrair consumidor e antecipar as compras de Final de ano por um valor  justo.

 

Crie metas para os funcionários 

Um treinamento de vendas é essencial neste período para motivar o funcionário,  além de assumir uma responsabilidade e crescer no mercado de trabalho. “Quando o objetivo é vender mais no final de ano, o empreendedor deve criar metas”, comenta o especialista André.

 

Planejamento é a chave 

E por último, apesar de o período ser ótimo e, mesmo tempo, desafiador, o especialista garante que a organização é muito importante.

 

Instagram: @minuccirp e @andreminucci


Ceia de Natal está 15,61% mais cara em 2022

Itens cotados para presentear na data também tiveram crescimento de 9,02%, aponta FecomercioSP

 
Os produtos e ingredientes típicos da ceia de Natal estão 15,61% mais caros em 2022 do que um ano atrás. Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que o aumento médio, nos últimos 12 meses, de alimentos e bebidas representa crescimento de 8,05% acima da inflação oficial geral na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
 
Os dados têm como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os produtos alimentícios, os itens procurados para presentear na data também vão deixar o Natal mais salgado. Estes tiveram reajuste de 9,02% no período – crescimento real acima da inflação de 1,89%.
 
A cebola foi o item que mais subiu (137,74%), resultado dos problemas climáticos e da redução da oferta no País. A tradicional batata-inglesa e o ovo de galinha apresentaram variações de 22,75% e 19,79%, respectivamente. O azeite também pesará mais no bolso, com alta de 8,85%. O pescado, produto comum durante as festas, apontou incremento de 6,24% – índice próximo da inflação oficial, de 6,99%. O frango inteiro subiu, em média, 11,69%. As carnes tiveram leve aumento de 3,85% nos últimos 12 meses.
 
Por outro lado, o arroz, tradicional acompanhamento, está 1,89% mais barato, assim como o tomate, que caiu 27,41%. Ainda assim, alimentos que podem compor a entrada ou a sobremesa do cardápio natalino estão mais caros: as frutas aumentaram 35,21%, e o queijo, 13,92%. Para a receita da rabana, o consumidor também terá de desembolsar mais neste ano: o leite longa vida subiu 26,04%; o pão francês, 19,48%; e o ovo, 19,79% (já citado acima).
 
De acordo com a FecomercioSP, não há outra alternativa a não ser “bater perna” e pesquisar os valores em supermercados e feiras. Nestas últimas, a sugestão é aproveitar os descontos das “xepas”. Dar preferência a frutas da estação também é uma boa opção para economizar. Já nos supermercados, são comuns as ofertas diárias, o consumidor só precisa ficar atento aos canais de comunicação destes estabelecimentos.


 
Vestuários e brinquedos tiveram maior alta em 12 meses


Os dados da FecomercioSP também apontam que os itens de consumo mais procurados para presentear no Natal apresentaram alta de 9,02%.
 
Vestuários e calçados lideram os reajustes. Os vestidos encareceram 27,87%, ao passo que as calças femininas estão 27,42% mais caras. A calça infantil e o tênis registraram crescimentos de 24,84% e 23,54% respectivamente.
 
A demanda e a época não são as grandes responsáveis pela inflação no segmento, mas o encarecimento do custo produtivo, do algodão, do poliéster, dos tecidos e das malhas. Cenário este recorrente desde o início do ano.
 
Os brinquedos também subiram 20,06% em 12 meses. Além disso, quem optar por perfumes ou artigos de maquiagem deve pagar, em média, 11,54% e 9,31% a mais. Joias e bijuterias, assim como relógio de pulso, apontaram altas de 5,39% e 5,28%, respectivamente. No sentido contrário, o televisor teve queda no valor (-7,17%) – item bastante procurado durante a pandemia e agora, na Copa do Mundo.
 
Diante do aumento de preços acima da inflação média da RMSP, os consumidores – que estão em nível recorde de inadimplência – terão de gastar mais caso queiram os mesmos produtos de 2021.

 

FecomercioSP


A busca do lucro, mas não a qualquer custo: grandes corporações já consideram o desenvolvimento sustentável

Há algum tempo éramos ensinados, isso lá na 5ª série, que no nosso planeta existiam recursos de dois tipos, os renováveis e os não renováveis. Por isso, crescemos com uma mensagem no subconsciente que era importante fazer um uso racional dos recursos que temos à disposição.

A verdade é que nos acostumamos a utilizar os recursos disponíveis com tal velocidade que os que chamamos de renováveis também poderiam ser classificados como não-renováveis. É bastante provável que a maioria das pessoas nem tenha se dado conta disso.

E esse tipo de pensamento, incutido lá atrás, começa a dar efeito nos tempos de hoje, e também é alimentado pela discussão a respeito das mudanças climáticas e ambientais que o mundo sofre.  De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, 82% dos executivos brasileiros dizem que investir em práticas ambientalmente sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo.

Esse dado evidencia que a busca pelo crescimento ou pelo lucro deve considerar a preocupação com o desenvolvimento sustentável. Por muitos anos, ouvimos que era necessário que as corporações buscassem crescer a qualquer custo, e o meio ambiente passava à margem desta discussão.

Na atualidade, no entanto, o pensamento no meio executivo é quase que 100% contrário. No início, apostar em crescer sustentavelmente pode gerar mais despesas, como o uso  do papel sulfite, por exemplo. É claro que as empresas continuam e continuarão visando o lucro, essa é uma razão fundamental de sua existência, porém, se demonstram mais abertas a considerar outros elementos, como a saúde física e mental dos colaboradores. Essa demonstração de mudança de pensamento é importante para que possamos enxergar que, apesar de ainda estar longe do ideal, temos evoluído quando o assunto é a corrida do lucro empresarial.

Esse comprometimento com o meio ambiente deve fazer parte da estratégia da empresa, do seu dia a dia, portanto. Numa gestão por OKRs - Objectives and Keys Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, deve aparecer nos objetivos da companhia e assim ser entendido e praticado rotineiramente por todos, do CEO ao estagiário. Inclusive, toda decisão em prol do planeta pode e deve ser descrita nos OKRs, ferramenta de gestão ágil que tem em suas premissas a contribuição bottom up por parte dos colaboradores de uma empresa, independente de seu cargo, onde eles podem ser convidados a propor contribuições para esta agenda. Isso além de tornar mais fácil a prática de medidas sustentáveis, engajará mais pessoas.

No fim, o mais importante é evoluírmos nossa consciência em torno desta agenda sustentável do ponto de vista da natureza (ESG) e do homem (saúde mental), em que o lucro ceda mais espaço para estes temas, e que eles

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/

 

Entenda como funciona o Certificado de Origem e qual é a sua importância para o mercado internacional

Documento faz parte do Regime de Origem, normas que abordam critérios, alcance, exigências e obrigações dos países participantes do acordo


Para manter as relações comerciais justas e com benefícios, países criam acordos e pactos que podem garantir incentivos para exportadores e importadores de produtos diversos. O Certificado de Origem é um documento fundamental na execução destes acordos, que atestam a origem das mercadorias e garantem que os privilégios serão concedidos. 

De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior, este documento precisa estar de acordo com o “Regras de Origem”, que rege cada acordo comercial internacional com critérios de fabricação e distribuição determinados pelos blocos econômicos e países envolvidos. “O Certificado de Origem faz parte do Regime de Origem, normas que abordam critérios, alcance, exigências e obrigações dos países participantes do acordo”, revela. 

Com o certificado é possível que os órgãos alfandegários e públicos atestem que os produtos importados ou exportados com benefícios tarifários são de fato dos países com acordos econômicos, assim como garantir que as duas partes tenham seus devidos ganhos internos a partir dessa negociação. “Esse recurso pode ajudar a reduzir e até mesmo eliminar impostos, por isso é importante entender quando os pactos econômicos podem ser estratégicos nas negociações internacionais”, aponta Helmuth.

Países como Egito, Chile, Equador, Peru e México são apenas alguns dos que fazem pactos de exportação e necessitam do certificado. Também é possível utilizar o Certificado de Origem Não Preferencial, no entanto, ele não garante nenhum benefício fiscal aos importadores e exportadores.

Todas as empresas habilitadas para operar no mercado internacional podem emitir o Certificado de Origem, sendo que o documento deve ser emitido por uma entidade autorizada pela Secex (Secretaria do Comércio Exterior). 



Logcomex
https://www.logcomex.com/


Helmuth Hofstatter - Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex,que desenvolveu soluções de tecnologia que oferecem visibilidade avançada, data analytics e automação para o comércio global. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.


Crédito: R$ 1 bilhão para financiar inovação em pequenos negócios

Além de financiamento, parceria entre Sebrae e Finep oferecerá consultoria gratuita para estruturar projeto e aplicar os recursos de forma eficiente


Os donos de microempresas e empresas de pequeno porte que desejam inovar em seus negócios podem contar com o apoio do Sebrae e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Por meio da parceria, está sendo disponibilizado R$ 1 bilhão para financiamento de projetos relacionados à inovação, tanto para pequenos negócios mais tradicionais quanto para aqueles que já nascem inovadores, como é o caso de startups e ou empresas de base tecnológica. A expectativa é beneficiar em torno de 6 mil pequenos negócios. 

Dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) realizada pelo IBGE em 2020 revelam que 66,3 mil pequenos negócios inovaram (ou buscaram inovar) no período 2015-2017. No entanto, apenas 489 receberam crédito público à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nesse período, o que representa 0,74%. Entre os principais motivos para o baixo percentual estão a falta de informação, dificuldade para o preenchimento das solicitações de financiamento e ausência de garantias. 

O analista de Inovação do Sebrae Nacional Thiago Soares destaca que a iniciativa, chamada de “Crédito Inovação Finep-Sebrae”, oferece todo o apoio ao empreendedor para conseguir os recursos e ainda aplicá-los de maneira eficiente. Além disso, possibilita a concessão de garantia para o crédito, via o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE).  “Além das condições mais vantajosas para a tomada do crédito, tem o Sebrae prestando uma consultoria gratuita que ajuda o dono do pequeno negócio a inscrever o projeto na Finep, de acordo com as especificações necessárias e também com base nas expectativas do agente financeiro credenciado. É uma grande oportunidade para o empreendedor”, ressaltou. 

Podem pleitear o crédito as micro e pequenas empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões ao ano, sendo que os microempreendedores individuais (MEI) não são elegíveis, tendo em vista que as operações de créditos são em média no valor de R$ 150 mil. Os financiamentos serão operacionalizados por uma rede de mais de 25 agentes financeiros parceiros e que operam em todas as regiões do país. 

Thiago explica que a iniciativa considera os projetos de inovação em diferentes áreas do negócio, como marketing, processo, produto, serviço em qualquer área organizacional. “Não precisa ser uma inovação do mercado com o lançamento de algo que ainda não existe.  Se a inovação já existe no mercado, mas é aplicável ao pequeno negócio, tornando-se um diferencial competitivo, isso já é suficiente”, esclarece. 


Linhas de financiamento e condições de pagamento 

A depender do projeto de inovação, os recursos incluem-se em diferentes linhas de crédito: Inovacred, Inovacred Expresso, Inovacred Conecta, Inovacred 4.0 ou Inovacred Telecom. As taxas de juros variam de TR + 4,2% a TR+4,5% a.a; prazo de carência de 12 a 24 meses e prazo de pagamento de 48 a 132 meses. 

Os recursos podem ser utilizados tanto para gastos relativos à aquisição de máquinas e equipamentos, aquisição de software e obras civis, como para compra de insumos para produção de um novo produto ou até mesmo pagamento de equipe especializada, como programadores, engenheiros, entre outros profissionais técnicos. 


Como pleitear os recursos

Apenas os donos de microempresas e empresas de pequeno porte podem pleitear os recursos desta iniciativa. Os MEI não podem participar. Não há restrições de tempo de idade da empresa nem de histórico de inovação, à exceção da linha Inovacred Expresso. 

O primeiro passo é preencher formulário de interesse na página do “Crédito para Inovar” disponível no link: https://www.sebrae.com.br/creditoparainovar. Depois disso, serão solicitadas informações mais específicas sobre a necessidade do crédito, condições da empresa, entre outras. 

Se a proposta atender aos critérios de elegibilidade, como ser microempresa ou empresa de pequeno porte, o empreendedor será contactado por um dos consultores do Sebrae.


Confira profissões que possibilitam a solicitação de Green Card nos EUA

De acordo com a advogada americana Kris Lee, alguns setores demandam mais trabalhadores para manter o crescimento


Obter o visto EB-3, que concede o conhecido Green Card, é o sonho de muitos brasileiros que querem sair do País e tentar uma vida nova em solo norte-americano. Mas como conseguir o visto? De acordo com a advogada americana Kris Lee, sócia-gerente da LEETOLEDO PLLC e YOUJIN LAW GROUP PLLC, com mais de 30 anos de experiência, existem setores que vêm requisitando mais trabalhadores e podem abrir as portas para um Green Card. “É o caso de tecnologia, agricultura, logística, pecuária e indústria”, explica.

O visto EB-3 é uma autorização de residência permanente nos Estados Unidos destinada a profissionais que já tenham uma proposta de emprego estabelecida no País. A modalidade se divide em três categorias: skilled, para trabalhadores que já possuem experiência na área de atuação; professional, para aqueles que têm nível superior ou equivalente em determinada área; e unskilled, para quem não possui experiência de no mínimo dois anos em determinado setor. De acordo com a advogada, é importante fazer a aplicação para a categoria correta para ter sucesso na solicitação do visto EB-3.

A área de tecnologia é uma das que mais vem oferecendo emprego para essa modalidade de visto, especialmente nas categorias professional e skilled. Outra área que também possui alta demanda é a aviação, com vagas para pilotos de aeronaves.

Outros setores carentes de mão de obra qualificada que podem levar a um Green Card são os de agricultura e pecuária. “Com o aumento na aquisição de propriedades rurais por parte de investidores, veterinários e engenheiros agrônomos se tornaram profissionais muito procurados para atuar nessas áreas”, conta Kris Lee.

Além disso, os Estados Unidos, assim como outros países desenvolvidos, precisam cada vez mais de mão de obra que envolva todo o segmento logístico, como manutenção de navios, trens, ferrovias e hidrovias. “O mercado está aquecido e existe muita dificuldade para encontrar profissionais qualificados que queiram trabalhar nos Estados Unidos de maneira legal”, explica a advogada.


Kris Lee - Sócia-gerente e Advogada americana da LEETOLEDO PLLC e YOUJIN LAW GROUP PLLC, licenciada nos Estados Unidos, no Distrito de Columbia e no Estado de New York. Com mais de 30 anos de prática do direito, Kris se especializou em aconselhar e representar peticionários perante o USCIS e tratar de questões jurídicas de clientes perante outras agências governamentais ou tribunais federais.


Lee Toledo Law
https://leetoledolaw.com/


Marco das criptomoedas: uma luz para as vítimas de fraudes financeiras?


Um grande passo para o mercado das criptomoedas e seu crescimento exponencial foi dado no Brasil. O projeto de lei 4.401/2021, conhecido como Marco Legal das Criptomoedas, foi aprovado e a nova regulamentação reflete um amadurecimento sobre o tema, o que pode trazer uma maior segurança para novos investimentos no país. Entretanto, a nova norma também deixou algumas lacunas e pontos a serem aperfeiçoados. E também não podemos esquecer que já existe um grande passivo de investidores espalhados por todo território brasileiro que foram vítimas de diversas empresas clandestinas, que aproveitaram um mar de oportunidades em um oceano sem regulamentação.

Sem dúvidas, a nova regulamentação será uma diretriz importante para novos negócios que surgirão. E deve diminuir as "janelas" para os golpistas que aproveitam esse mercado de criptos em todo mundo para "fisgar" vítimas com a promessa de retorno expressivo de dinheiro em um curto espaço de tempo. 

O novo marco estabelece um caminho geral de funcionamento do mercado. Um ponto positivo é a segregação patrimonial, que estabelece a definição clara de quais recursos financeiros são da empresa e quais são do investidor. Trata-se de um tema que tem sido evidenciada com os casos das exchanges internacionais que estão falindo e sumindo com o dinheiro dos clientes, como a FTX. Assim como as empresas que no Brasil, estão pedindo recuperação judicial para criar mais um obstáculo para que os investidores tenham acesso ou recuperem seu dinheiro. 

Entretanto, o novo marco não significa que a regulamentação do setor não precise avançar. Parece ser apenas mais um capítulo de um livro, que até então estava recheado de histórias trágicas para os investidores, vítimas de grandes vilões que parecem ter saído das histórias de ficção de grandes filmes. O texto atual do marco deixa lacunas como a necessidade de segregação patrimonial e de cadastro perante o CNPJ, por exemplo. 

É preciso fechar o cerco contra novas fraudes. Pois, atualmente temos um grande passivo. Não é de hoje que casos de golpes e fraudes financeiras praticadas na formação de pirâmides, envolvendo milhões de vítimas dentro e fora do país, e que tem uma velocidade maior daquela que se deseja no âmbito da Justiça. São casos, como o da Atlas Quantum e o da GAS Consultoria, por exemplo, que têm à frente mentores ardilosos e que movimentaram bilhões de reais e afetaram milhares de pessoas em mais de 50 países. 

Por isso, apesar do marco representar uma luz no caminho, não podemos nos esquecer que existe também uma longa e desafiadora estrada a se percorrer para os investidores vítimas de fraudes financeiras no país. Isso porque, na esfera criminal federal, onde tramita o processo de investigação, o crime pesa contra o sistema financeiro e precisa seguir um grande rito para que somente ao final, dentro dos efeitos da condenação, o juiz defina e assegure os direitos dos lesados. Trata-se de uma jornada extensa demais para quem confiou uma boa parte — em alguns casos, uma vida toda de economias. 

Com o objetivo de reduzir esse trajeto, se faz necessário priorizar casos dessa natureza no âmbito das operações policiais. Hoje menos de 5% dos casos identificados de empresas fraudulentas foram convertidos em medidas cautelares patrimoniais e pessoais, gerando assim uma sensação de impunidade nos golpistas, em que pese grande parte das medidas terem ocorrido nos anos de 2021 e 2022, o que já gera um sentimento que o jogo está virando no combate às fraudes.

 Ademais, que novos caminhos, seja no Legislativo ou no Judiciário, sejam criados para reduzir o tempo para que os investidores consigam reaver seus ativos investidos e que os criminosos sejam exemplarmente punidos.

 

Jorge Calazans - advogado especialista na área criminal, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, com atuação na defesa de vítimas de fraudes financeiras.

 

FecomercioSP defende exigência do Difal-ICMS somente a partir de janeiro de 2023

STF retoma discussão sobre cobrança da alíquota, em plenário virtual, nesta sexta-feira

 

Após o ministro Gilmar Mendes pedir vista e adiar julgamento sobre a cobrança do Diferencial de Alíquota (Difal) do ICMS, no último dia 11 de novembro de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu, na pauta do plenário virtual, que acontece nesta sexta-feira (09/12), a retomada dos julgamentos envolvendo o diferencial de alíquota. O placar, atualmente, é favorável às empresas contribuintes – tendo obtido cinco votos a favor do início da cobrança em 2023. Falta apenas um voto para formar maioria em prol dos contribuintes.   

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segue atuando fortemente em relação ao tema, em prol das empresas e dos consumidores. No fim de outubro, o Conselho Superior de Direito (CSD) e o Conselho de Assuntos Tributários (CAT), ambos órgãos de trabalho da Federação, encaminharam memoriais aos ministros do STF, reforçando a necessidade de ser reconhecida a aplicação do princípio da anterioridade anual para cobrança do Difal do ICMS. A ação se repetiu no início de novembro, surtindo efeito imediatamente, com alteração do placar adverso e a virada em favor dos contribuintes.

 

A Entidade, que acompanha o assunto desde 2016, defende que cobrança só poderia ser exigida a partir de 1º de janeiro de 2023, tendo em vista que o artigo 3º da Lei 190 prevê a observância do princípio da anterioridade nonagesimal, cujo dispositivo constitucional remete ao princípio da anualidade (exercício seguinte) e, portanto, no caso, devem ser aplicados ambos os princípios – nonagesimal e anual. Esse princípio serve para que o contribuinte não seja “pego de surpresa” com novas onerações. 

 

Considerando que a FecomercioSP foi admitida como amicus curiae na ADI 7.066, os conselhos destacam ao STF a relevância da discussão não apenas para as grandes redes de comércio eletrônico, mas também às empresas de menor porte, uma vez que estas últimas ampliaram a atuação nas operações interestaduais a consumidores finais por meio de canais digitais – em decorrência da restruturação dos negócios diante das restrições impostas durante a pandemia.


 

Contexto 


O Difal-ICMS foi instituído pela Emenda Constitucional (EC) 87/2015, que criou uma repartição do produto da arrecadação das operações realizadas pelas empresas que efetuam vendas a consumidores finais não contribuintes do ICMS, relativa ao recolhimento deste imposto entre o Estado de origem e destino da mercadoria ou serviço. 

 

Antes da emenda, o produto do ICMS arrecadado ficava apenas para o Estado de origem, ainda que o efetivo consumo da mercadoria ocorresse apenas no destino – portanto, esta alteração objetivou dar tratamento isonômico entre os Estados. 

 

Com a criação desta repartição de receita do imposto, o Difal passou a ser cobrado de maneira indevida após a celebração do Convênio ICMS 93/2015. Mais recentemente, o STF reconheceu que a cobrança só poderia ocorrer após a regulamentação do tema via lei complementar, e não por convênio.

Contudo, como forma de proteger a arrecadação estadual, o órgão modulou os efeitos da decisão, dando tempo para que o Congresso aprovasse um projeto de lei que permitisse manter a cobrança em 2022. 

 

No caso do Difal, pelo menos dois aspectos importantes foram alterados à EC 87/2015: o critério pessoal, pois a sujeição ativa da relação jurídico-tributária passou a ser do Estado de destino, e não apenas do de origem; e o critério quantitativo, mediante a constituição de uma nova alíquota (diferença entre a interestadual e a interna).  

 

Esta é, inclusive, a compreensão do STF enunciada no voto do ministro Dias Toffoli em outra ADI (5.469), na qual ele esclareceu que “as inovações operadas pela EC 87/2015 importariam em ‘uma nova relação jurídico-tributária entre o remetente do bem ou serviço (contribuinte) e o Estado de destino nas operações’”, ressaltando que houve “substancial alteração na sujeição ativa da obrigação tributária, quando declarou inconstitucional a exigência desta cobrança por meio de convênio. 

 

Neste sentido, a FecomercioSP entende que já está reconhecido pela jurisprudência da Corte que o Difal incontestavelmente criou uma obrigação tributária, ou seja, instituiu novo tributo, devendo se sujeitar às regras relativas ao princípio da anterioridade em especial àquela que veda a cobrança do imposto no mesmo ano em que tenha sido publicada a sua lei instituidora. 



 

FecomercioSP


Dia Internacional contra a Corrupção

 

Dia 09 de dezembro é comemorado o dia internacional da luta contra a corrupção. A importância de ressaltar esse dia está diretamente relacionada a conscientização e combate à corrupção mundial.


Conforme o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a corrupção é um ato ou efeito de corromper, desvirtuar, alterar, adulterar, decompor, depravar, subornar. Corromper algo ou alguém é utilizar-se de uma posição ou situação para praticar atos indevidos, antiéticas e até mesmo ilegais. Infelizmente, a corrupção não é um conceito típico da modernidade, já sendo analisada pelos antigos filósofos. Para Nicolau Maquiavel, escritor da obra O príncipe, “a corrupção é uma doença que se espalha”, na vida política ou em qualquer outra instância, a corrupção é um mal que se alastra.  


Em um esforço coletivo, para se combater a corrupção, a ONU, no dia 09 de dezembro de 2003 realizou a convenção de Mérida, no México, o intuito era organizar, demonstrar e incentivar diversos países, a combater internacionalmente delitos e atos de corrupção, oficializando um documento que teve a assinatura de 43 países, o acordo internacional na luta contra a corrupção. Na época, o presidente Mexicano, Vicente Fox, e o até então, secretário de justiça dos EUA, John Ashcroft, foram os primeiros a assinar o acordo.


Atualmente, somos enxurrados, por noticiários que revelam os mais diversos escândalos e denúncias que ocorrem diariamente, independente do viés político, pois existe uma máxima no imaginário popular que ser corrupto não é algo tão grave.


De acordo com a ONU, anualmente o montante desviado em subornos e desvios, equivale a 5% do PIB global.  A falta de ações efetivas para combater atitudes irregulares e ilegais, normaliza tais ações e se afasta cada vez mais dos princípios de transparência e ética.


Por esse motivo, é de suma importância, lembrarmos e enfatizarmos o dia internacional da luta a corrupção, um dia que se volta ao princípio básico, da não corrupção, da conformidade, da importância da transparência e responsabilidade em todas as instâncias, políticas e empresariais. A corrupção é um crime que prejudica o desenvolvimento econômico, empresarial, social.


O objetivo da data é consciencializar sobre a corrupção mundial e como realizar o seu combate, incentivando a denúncia, divulgando a data nas redes sociais e criando ações e eventos de conscientização e combate a corrupção.

O Brasil que também participou da assinatura do acordo, em Mérida, apesar de ter graves problemas com corrupção, toma medidas na intenção de combatê-las, por exemplo com a Lei nº 12.846/2013, denominada Lei Anticorrupção empresarial ou Lei da Empresa Limpa, que busca combater os desvios, fraudes e lavagem de dinheiro. Além de outras normativas, que buscam a implantação de um programa de integridade e Compliance nas esferas públicas e privadas buscando mitigar riscos, garantir conformidade, regulamentos e padrões éticos.

 

Fernanda Farias- consultora de vendas do Legal Control

 

LUA EM 2023: COMO CADA FASE PODE TE INFLUENCIAR


Estamos na contagem regressiva para o próximo ano, como será que as fases da Lua irá influenciar? A astróloga, Yara Vieira, do Astrocentro, explica.

 

As fases da Lua possuem uma energia muito específica, pois saber em que Lua estamos 2023 pode te ajudar a planejar seu sucesso. Por ser o satélite natural da Terra, as fases da Lua influenciam desde as plantações, até o nosso humor. 

“Certamente, uma vez que reconhecemos em que fase da Lua estamos, e o que fazer em cada uma delas, não há obstáculo que nos impeça de brilhar. Cada fase da Lua é importante para uma conquista diferente dos nossos objetivos”, comenta a astróloga do Astrocentro. 

Quer saber como utilizar essas informações a seu favor nesse próximo ano? Então, confira abaixo:

Um exemplo é a Lua Nova que é perfeita para se ter ideias e investir nelas. Ou quem sabe a Lua Cheia que pode te ajudar a conseguir a tão esperada gravidez. Desta forma, saber em que Lua estamos 2023 pode auxiliar você a encontrar as mudanças que busca em diferentes áreas, como: Vida Profissional; Casamento; Relacionamento familiar; Visual.

 

Lua Nova e seus poderes de renovação: “A Lua Nova é o início do ciclo lunar, ou seja, sua energia é propícia para novos começos. Portanto, é ela que vai nos dar a energia e sabedoria para traçar o rumo de nossos passos. ”, comenta Yara Vieira.

Além disso, é o momento em que as pessoas tendem a se recolher mais, pois é extremamente propício a mudanças, principalmente no visual. Contudo, aproveite para tirar aquele projeto antigo do armário, quem sabe essa Lua não dá uma forcinha para ele? E caso você queira começar uma hortinha, ou plantar ervas medicinais, seja como for, essa é a hora.

 

Lua Crescente e a evolução dos planos: “É  o momento de ir à luta, pois você terá ajuda da Lua Crescente, ou seja, pegue seus planos e coloque-os em prática. Dê um passo de cada vez e fique atento a todas as mudanças ao seu redor, pois são elas que vão ditar o rumo de seus projetos. Certamente, se for propício, esse também é um bom momento para aprofundar relacionamentos. ”, aponta a astróloga. 

Portanto, se você quer que seu cabelo cresça, essa é a hora de dar aquele corte inicial, pois a Lua Crescente pode ajudar a acelerar esse processo. Da mesma forma, regue bem de suas plantinhas, pois a influência dessa Lua nas plantações ajuda muito com a nutrição delas.

 

Lua Cheia e o tempo de celebrar: “A Lua Cheia é o momento em que colhemos os frutos dos nossos esforços. Contudo, é nela que finalizamos projetos e curtimos os resultados. Pois, essa Lua também favorece muito os relacionamentos, além disso, ela dá uma ajudinha para a fertilidade. Do mesmo modo, ela ajuda também no plantio, principalmente de flores. ”, conta Yara Vieira. 

Entretanto, tome um pouco de cuidado, pois as pessoas tendem a se irritar mais facilmente.  Embora isso acontece porque durante a Lua Cheia nosso sono não é tão revigorante, e tende a ser um pouco mais agitado. 

 

Lua Minguante e a reflexão: “A Lua Minguante é o fim do ciclo. Pois é nela que vamos refletir sobre todos os aspectos do caminho e quais mudanças devem ser tomadas no nosso próximo planejamento.  Ademais, aproveite esse tempo para meditar, e pensar não só nas mudanças de seus planos, mas nas suas metas. ”, aponta a astróloga.  

Pense em como você reagiu a cada passo, e o que pode ser deixado para trás. Aliás, este é um momento onde as pessoas estão mais tranquilas, e por ser tempo de finalização de projetos, já não estão tão ansiosas. Tire um tempo para recarregar as energias e se preparar para os próximos capítulos de sua vida. Tenha sempre em mente, que, mesmo se seus planos não saíram todos como estavam escritos, você é capaz de mudar e crescer. Enfim, não importa o terreno.

Para saber mais sobre o assunto, acesse: www.astrocentro.com.br


Astrocentro
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Vale a pena sediar uma Copa do Mundo?

Entenda como sob ponto de vista econômico, sediar uma Copa do Mundo não é tão vantajoso

 

Sob o ponto de vista econômico, não vale a pena um país sediar uma Copa do Mundo. Então, por que ainda existem nações dispostas a participarem de um leilão onde quem der mais vantagens financeiras à Fifa (geralmente sob a forma de isenções fiscais) acaba sendo a anfitriã da festa?

Para João Victorino, administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, se quisermos nos aprofundar na análise desse fenômeno, temos que buscar conhecer as principais fontes de receitas de um país e, em seguida, as despesas. 

Quais são as principais receitas com o evento? O especialista separou os ingredientes que fazem parte desta celebração:

  • Acomodação e hospitalidade - a principal fonte é o dinheiro obtido com o turismo, proveniente de viajantes estrangeiros, no entanto, depois do evento o número de novos visitantes costuma retornar às métricas observadas nos períodos anteriores ao torneio. Além disso, pode ocorrer o chamado “turismo negativo”, que é um menor fluxo de turistas que o normalmente registrado para certo período do ano. “Podemos observar o exemplo durante a Copa do Mundo na França em 1998, que obteve uma queda de 13% nas estadias de não residentes na região. Os motivos para essa baixa no turismo tradicional podem ser: maior trânsito, barulho, preços mais altos e segurança pública em alta demanda. Entendemos que só é benéfico economicamente para o setor durante o evento em si”, explica o especialista.
  • Direitos sobre os ingressos - a entidade tutora do futebol possui 100% dos direitos de propriedade dos bilhetes, ou seja, o país sede não recebe nada com essa venda. 
  • Direitos de transmissão e de imagens - da mesma forma, o país sede não recebe nenhuma parcela do faturamento sobre a venda dos direitos de imagem do torneio. "Para termos uma ideia, os direitos de transmissão corresponderam a 55% do total de receitas da Fifa com a Copa de 2018 na Rússia, foram da ordem de US$ 4,6 bilhões", explica João
  • Patrocínios e licenças - todo o valor obtido por estes meios é também controlado totalmente pela entidade de futebol. Em 2018, 35% da receita da Fifa veio com o dinheiro de patrocínios. 

Para sediar grandes eventos como a Copa do Mundo, a Infraestrutura e a logística, são essenciais, assim, investimentos em estradas, transporte ferroviário e aeroviário, além de aportes necessários para o setor de turismo e hotelaria e, naturalmente, em construção civil e engenharia, com construção e reforma de estádios, são necessários. 

O especialista explica que o impacto socioeconômico resultante dos pesados investimentos em infraestrutura e turismo, claramente, promovem um bem-estar na sociedade que recebe o evento, com renovação de cidades e uma malha de transporte público mais adequada.

“A infraestrutura logística permite maior fluxo de cargas e pessoas, o que, em última instância, possibilita maior eficiência nos deslocamentos e, por consequência, maior produtividade (palavra chave para toda economia que deseja ter crescimento) para empresas e pessoas”.

Em relação a novos empregos, alguns dados do relatório fornecido pelo comitê da última Copa, na Rússia em 2018, nos mostram que mais de 315 mil empregos foram criados durante o ano no país para receber o evento, podendo trazer impacto ainda nos 5 anos seguintes ao torneio. Ainda assim, mesmo com todos os benefícios econômicos e sociais acima listados, João afirma que os custos acabam sempre sendo maiores que as receitas dos países sede, por uma série de razões. 

 


O especialista explica que muitos dos investimentos em infraestrutura acabam não sendo bem utilizados, o que consiste em um uso não eficiente do dinheiro público, que  poderia ter sido destinado a alguma outra finalidade mais interessante para a sociedade. Dessa forma, com menos arrecadação e criação de dívidas, sobre as quais incorrem a cobrança de juros periódicos, não vale a pena, economicamente, que um país seja sede do maior torneio de futebol do planeta.


Sob outros aspectos, vale a pena?

“Ao retornarmos à pergunta inicial, por que uma nação, então, decide candidatar-se a receber esse evento? Essa resposta passa por questões que vão além do olhar econômico e financeiro, tem a ver com a imagem que o país sede deseja transmitir ao mundo”, explica Victorino. 

Esse fenômeno, também conhecido como sportswashing, representa o sequestro da popularidade do esporte para benefício de um país, que deseja ser visto com outros olhos pela população do mundo. “A escolha do Catar como sede também passa pela tentativa de melhorar sua imagem desse país perante o mundo, mesmo que ainda tenha graves questionamentos relacionados aos direitos de mulheres, estrangeiros e minorias", explica João. 

Afinal de contas, não há evento no planeta que possa se comparar a Copa do Mundo em termos de audiência. O especialista explica que para termos uma dimensão do tamanho do palco mundial, a média de telespectadores por jogo na Copa em 2018 foi quase igual a audiência do superbowl (a final do futebol americano). Além disso, na final de 2018, o número de pessoas que acompanharam a partida foi de 1,1 bilhão ao redor do globo. 

“Assim, conseguimos explicar o porquê de tantos países lutarem entre si para sediar o torneio”, conclui João Victorino.

*Observações: O especialista destaca que este é um tema complexo, com vários ângulos possíveis de análise. Dessa forma, nossa intenção é fornecer um resumo crítico das principais informações disponíveis em veículos de renome (nacionais e estrangeiros) para contribuirmos ao debate. Assim, reforçamos nosso objetivo principal, que é levar mais educação financeira às pessoas

 


João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir duas vezes e se endividar, a experiência lhe trouxe  aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje como uma carreira bem-sucedida, João busca ajudar as pessoas a melhorarem suas finanças e a prosperarem em seus projetos ou carreiras. Para isso, o especialista idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

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