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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Os desafios da Educação formal para as gerações Z e Alpha

É necessário focar na autonomia do estudante e em conteúdos envolventes


De acordo com a consultoria McCrindle - cujo fundador, o sociólogo australiano Mark McCrindle, cunhou o termo “geração Alpha” - as crianças de hoje não se engajam com os antigos métodos focados em aprendizado estrutural e auditivo. Afinal, como têm contato com tecnologias interativas e mídias sociais desde cedo, a atenção delas é mantida se houver metodologias mais envolventes, visuais, práticas e multimodais. O mesmo vale para os adolescentes da geração Z, que estão cada vez mais envolvidos com conteúdos ágeis e podem ficar entediados facilmente com aulas expositivas de baixa interação.

Junto com o surgimento da geração Z, em 1996, um grupo de educadores do Brasil e do mundo concebeu a metodologia de ensino Lumiar. A ideia seria criar uma escola para os 100 anos seguintes, focada na autonomia do estudante e no desenvolvimento de uma ampla gama de competências humanas. A metodologia Lumiar passou a ser aplicada na primeira escola em 2003 e, desde então, foi vivenciada em diversas instituições públicas e privadas do Brasil e de países como Inglaterra, Holanda, Nigéria, Estados Unidos, Índia e Portugal.

Atualmente, o corpo discente do Ensino Fundamental e Médio é representado, quase que em sua totalidade, por crianças e adolescentes que nasceram após a popularização da Internet e de tecnologias digitais. No entanto, boa parte das instituições de ensino ainda está se adaptando às necessidades da geração Alpha (nascidos a partir de 2010) e dos adolescentes mais novos da geração Z (nascidos entre 1996 e 2010). Mas afinal, quais seriam essas necessidades?

A Lumiar é a única instituição latino-americana na lista de iniciativas transformadoras efetivas, de acordo com as classificações da Unesco, da Universidade de Stanford e da Microsoft, além de ser reconhecida pela OCDE como uma das metodologias mais inovadoras do mundo.

O ensino é em período integral, das 8h às 15h30, e bilíngue, o que permite que os estudantes tenham vivência com a língua inglesa desde a primeira infância e adquiram proficiência avançada. Ao longo da formação do estudante, são desenvolvidas habilidades e competências divididas nas seguintes áreas: pensar, pesquisar e criar; sentir, expressar e conectar; observar, mover e agir.

A metodologia da Lumiar se baseia na criação de autonomia pelo estudante de maneira personalizada com a ferramenta própria Mosaico, que permite um acompanhamento diário da evolução do estudante nas mais diversas habilidades. Além disso, o Mosaico registra as aulas, projetos e oficinas, suas evidências de aprendizagem e feedbacks 360º sobre o desenvolvimento de cada criança nas atividades propostas. A grade inclui todos os conteúdos estipulados pelo MEC através das normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, os estudantes egressos podem se adaptar a diferentes escolas e modelos, ao mesmo tempo em que estudantes vindos de outras instituições se adaptam facilmente à metodologia, tendo um ótimo desempenho futuro em suas escolhas após o fim da escola, como ingressar em universidades de ponta e empreender projetos pessoais diversos.

“O estudante tem a chance de trabalhar os conteúdos tradicionais através dos seus interesses e medimos em tempo real o desenvolvimento de habilidades que serão fundamentais para sua vida acadêmica, pessoal e sua carreira no futuro. Uma prova vira uma oportunidade de treinar a gestão de tempo, a aula de educação física um momento para trabalhar empatia, fatores que acompanhamos além da nota na prova ou capacidade atlética”, aponta Lucas Mendes, CEO da Lumiar.  

Trata-se de um ensino com o conteúdo abordado através de contexto, de acordo com os interesses de cada turma. A cada trimestre os próprios estudantes definem um projeto – como construir uma bicicleta, por exemplo –, e, enquanto o desenvolvem na prática, aprendem as matérias do conteúdo programático estabelecido pelo MEC e as mais de cem habilidades e competências envolvidas na metodologia da Lumiar. Esse foco nos interesses dos estudantes aumenta o engajamento nas matérias, e, consequentemente, o desempenho de cada um. Todos os envolvidos no aprendizado, entre tutores, professores, estudantes e família, podem acompanhar e avaliar esse desenvolvimento através da ferramenta Mosaico.

O aprendizado é acompanhado por tutores, que devem entender o contexto de cada discente para auxiliar no desenvolvimento de cada um, e por professores com diversas formações profissionais que associam temas de suas próprias paixões ou a matérias do conteúdo programático. Por exemplo, quando há um projeto ligado à música, o professor pode ser um violinista, se é focado em edificação, chama-se um construtor, ou esporte, um campeão olímpico.

 


Lumiar
https://lumiaredu.com/

Débora Isis Acioly - Head do Instituto Lumiar - formada em Relações Públicas e pós-graduada em Sustentabilidade e Governança Corporativa.

Graziela Miê Peres Lopes - Diretora Geral das Escolas Lumiar - formada em Ciências Biológicas, bacharel e licenciada pela USP e em Pedagogia, pela Universidade Metropolitana de Santos. Fez mestrado em História, Filosofia e Didática de Ciências na Universidade Claude Bernard, em Lyon, na França.

Lucas Mendes de Freitas Teixeira - CEO da Lumiar - Graduado pela Faculdade de Direito da UFMG, Mendes fez uma parte do curso na Sorbonne Université, França, e tem mestrado pela Universidade da Califórnia, Berkeley.

 

SUPREMO INVALIDA SUMULA 450 DO TST QUE PREVÊ O PAGAMENTO EM DOBRO DAS FÉRIAS

O tema é polêmico. Melhor deixar claro do que se trata a discussão.  


O art. 134 da CLT prevê que após 12 (dozes) meses de prestação de serviços o funcionário adquire direito às férias. Se ultrapassado o período de concessão das férias, e a empresa não cumprir com sua obrigação de fazer, é devido o pagamento dobro. 

Durante anos a Jurisprudências dos Tribunais Regionais do Trabalho foram categorias ao condenar as empresas no pagamento em dobro, sempre que houvesse qualquer espécie de atraso no pagamento do terço constitucional, a não concessão, ou a concessão a destempo das férias. 

Tanto que esse era o entendimento sumula 450 do TST que assim previa: “É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.” 

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF 501, entendeu pela inconstitucionalidade da Súmula. No fundamento de sua decisão, o Ministro relator Alexandre de Moraes entendeu que tal entendimento ofende os preceitos fundamentais e a separação dos Poderes, haja vista a impossibilidade de o Poder Judiciário atuar como legislador. 

 “Em respeito à Constituição Federal, os Tribunais não podem, mesmo a pretexto de concretizar o direito às férias do trabalhador, transmudar os preceitos sancionadores da CLT, dilatando a penalidade prevista em determinada hipótese de cabimento para situação que lhe é estranha”.  

Ainda, o Plenário do Supremo invalidou todas as decisões não transitadas em julgado que tratem do tema se amparadas pela referida Súmula.

 

Déborah Passarella Gaya - Coordenadora da área trabalhista do Vigna Advogados Associados. Formada em Direto pela Universidade Paulista em 2017.


Arquivos de celular como prova de assédio moral

 

Tem crescido os debates sobre as relações interpessoais dentro do ambiente de trabalho, a cada dia mais relevante, principalmente na internet e nas grandes redes sociais voltadas para área, como linkedin e perfis profissionais no Instagram. As novas redes permitem que os profissionais compartilhem as experiências positivas e negativas que vivenciam dentro deste ambiente.

Na mesma esteira os relatos de assédio moral no ambiente de trabalho tem se tornado cada vez mais frequentes, diversos os depoimentos das relações de trabalhos em que o colaborador se encontra em situação de coação moral por parte de seu superior, situação insalubre que dificulta não apenas o exercício da profissão como de significativo dano emocional ao colaborador.

Diante destes novos cenários e das novas frentes e espaços para “desabafar” e se identificar com os dilemas do cotidiano corporativo, novas decisões emergem destes conflitos dentro do ambiente de trabalho.

A exemplo, o entendimento de que o assédio como fator que autoriza a rescisão indireta do contrato de trabalho tem sido validado pela jurisprudência da justiça do trabalho, tal instituto compreende que o trabalhador que sofrer assédio moral no ambiente de trabalho pode pedir demissão com direito a receber todas as verbas, como se estivesse sido demitido, sem prejuízo da indenização pelo dano sofrido.

Tal hipótese se daria na rescisão ou a despedida indireta, uma forma de resilição unilateral do contrato individual de trabalho, por iniciativa do empregado, em virtude de uma Justa Causa ou falta praticada pelo empregador. Aqui a prática da coação moral caracteriza um grave descumprimento do contrato de trabalho. Neste caso a Justa Causa corresponde ao não cumprimento das obrigações contratuais estabelecidas entre empregador e empregado, mas causada pelo empregador.

Com o advento da internet e do home office, o contato entre gestores e equipe tem se diversificado, e principalmente pelo crescente uso de celulares e do aplicativo whatsapp como meio de contato tem criado um novo ambiente em que diálogos e arquivos compartilhados podem ficar gravados e consequentemente utilizados em possíveis ações judiciais.

Assim as provas produzidas com o uso da tecnologia, como gravações, fotos, conversas em aplicativos de mensagens instantâneas e e-mails podem ser utilizadas como meios de provas.

Inclusive o Ministério Público do trabalho, possui um aplicativo que mantém como canal de denúncias, o MTP pardal, onde o trabalhador pode baixar o aplicativo em seu smartphone, atualmente disponível para os sistemas IOS e Android, o app é gratuito.

Onde é possível direcionar tais informações coletadas pelo empregado, o aplicativo possui como objetivo facilitar a produção de provas relacionadas a denúncias e direitos dos trabalhadores, o aplicativo garante o sigilo da identidade do denunciante.

Os arquivos podem ser utilizados como provas em reclamações trabalhistas, ainda que o agressor não tenha conhecimento das gravações.

Importante observar que a regra prevista no art. 5° da Constituição a respeito da inviolabilidade das correspondências e dados das comunicações telefônicas, pode ser mitigada nestes casos em que há conduta abusiva do superior, seja pela relação de hipossuficiência do empregado na produção de provas, em que não há prova técnica, o registro em documento, as gravações ou mensagens são os poucos meios disponíveis ao alcance do empregado, além da prova testemunhal, que nem sempre é possível a depender do caso concreto.

A própria justiça do trabalho vem numa crescente sobre as hipóteses em que admite tais provas como úteis ou lícitas, os servidores a cada dia se deparam com novas espécies de provas digitais. Tais como geolocalização, fotos, vídeos, conversas de whatsapp.

Exemplo disso foi a decisão unanime dos Magistrados que compõem a 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região - TRT3 -MG, que consideraram válidas como provas as mensagens trocadas por meio do aplicativo WhatsApp, juntadas pelo trabalhador em ação ajuizada na Justiça do Trabalho contra a sua ex-empregadora.

Diante disso emerge a necessidade que a empresa crie um ambiente seguro para o contato entre os colaboradores a fim de resguardar a empresa e principalmente assegurar que as provas ainda que realizadas dentro do sistema da empresa possuam um histórico a fim de trazer maior transparência aos fatos.

Atualmente as grandes empresas de tecnologia e sistema possuem em seu catálogo aplicativos para viabilizar o contato interno entre os colaboradores proporcionando um ambiente seguro para a empresa e o colaborador, uma alternativa para a demanda que vem crescendo no mercado.


Ivana Santos - Advogada e coordenadora da equipe de encerramento no Vigna Advogados Associados.


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Setembro Amarelo - É preciso prevenir e tratar a depressão para reduzir casos de suicídio

Estar atento aos sintomas e procurar ajuda profissional é fundamental para que a doença não se agrave


No mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio (Setembro Amarelo), a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) faz um alerta sobre a importância de procurar tratamento para os casos de depressão, já que a doença, quando agravada, pode levar o paciente a cometer suicídio. Para ajudar o paciente ou pessoas próximas a ele a identificarem que o caso pode ser de depressão, a SMCC lançou um vídeo com os principais sintomas, que são um sinal de alerta e não podem ser ignorados. Confira o vídeo neste link: https://youtu.be/1e_PPqans-w.

“É importante frisar que a depressão é uma doença neuropsiquiátrica que afeta em torno de 300 milhões de pessoas no mundo. Só no Brasil, em 2021, foram diagnosticadas 27 mil pessoas com depressão”, destaca a psiquiatra Dra. Carmen Sylvia Ribeiro, secretária do Departamento Científico de Psiquiatria e do Comitê Permanente de Prevenção ao Suicídio da SMCC. “É uma doença de base multifatorial. Podemos ter fatores genéticos envolvidos, fatores ambientais, fatores estressores vivenciais e também relacionados a comportamentos, como, por exemplo, o uso de álcool ou substâncias ilícitas, que podem agravar os sintomas”, comenta.

Confira os principais sintomas da depressão:

A depressão se manifesta por sintomas:

- Ansiedade

- Tristeza imotivada

- Falta de interesse pelas atividades

- Insônia

- Irritabilidade

- Medo em relação à sua performance

- Diminuição de percepção cognitiva, ou seja, dificuldade para se concentrar, para focalizar a atenção em determinadas atividades e distúrbios de memória relacionados ao transtorno.

“Se você apresenta algum dos sintomas de depressão, é muito importante que procure ajuda profissional, de um psiquiatra ou psicólogo, ou até mesmo conversar com alguém de sua confiança pode ajudar”, orienta a médica. “É muito importante procurar ajuda porque os sintomas da depressão podem se agravar ou podem se cronificar ao longo do processo. O agravamento dos sintomas pode levar a um comprometimento progressivo no desempenho do indivíduo”, reforça. “Uma das complicações graves atreladas à depressão não tratada ou insuficientemente tratada é a ocorrência de suicídio ou tentativas de suicídio ”, alerta.

Segundo a médica, a depressão pode impactar a vida das pessoas, prejudicando as suas performances profissional, escolar, familiar e até mesmo os relacionamentos interpessoais. Embora seja mais predominante em mulheres, a depressão também é diagnosticada em homens. Nos dois sexos, ela pode ocorrer em qualquer fase da vida, inclusive na infância e na terceira idade.

“O cérebro de uma pessoa com depressão pode passar por algumas alterações em substâncias muito importantes que chamamos de neurotransmissores, que são os elementos responsáveis pela regulação do humor”, comenta. Os tratamentos variam conforme o caso. “Podem ser de base farmacológica, ou seja, medicamentos que são utilizados para reorganizar a química cerebral e as estruturas de neurotransmissão, resgatando o funcionamento cerebral. Também como base do tratamento é importante que haja o acompanhamento de um projeto de psicoterapia, que pode ser de base cognitivo-comportamental, para que sejam tratadas as questões psicológicas atreladas aos sintomas”, diz.


O que fazer quando você percebe esses sintomas em outra pessoa

“Se você convive com alguém com depressão, incentive-o a buscar ajuda profissional, dê um suporte emocional e também o incentive a viver a vida social, fazer atividades físicas leves, uma boa alimentação e o autocuidado”, orienta a médica.


Setembro Amarelo: teste genético identifica antidepressivo mais eficaz para cada paciente

Cerca de 50% dos pacientes diagnosticados com transtorno depressivo não se adequam ao primeiro medicamento, podendo resultar no abandono do tratamento


Existem mais de 200 opções de medicamentos que podem ser receitados para o tratamento da depressão, sendo que cerca de 50% das pessoas não se adaptam ao primeiro medicamento. Então, como é possível saber qual remédio é o mais adequado para cada indivíduo? A resposta pode estar na genética. 

A depressão está ligada à maioria dos casos de suicídio e a necessidade do debate sobre o tema é reforçada no Brasil durante o Setembro Amarelo. Entre aqueles que não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial, 15% têm ideação suicida, segundo estudo publicado na Frontiers in Pharmacology, em 2020. “Podemos dizer que metade dos pacientes que iniciam o tratamento precisam fazer reajustes na dosagem ou realizar a troca do remédio. É um número alto que está relacionado aos altos índices de suicídio”, afirma o Dr. Leandro Brust, Head de farmacogenômica da Dasa Genômica, braço genômico da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil. 

O fator genético pode ser um grande aliado na busca por alternativas de tratamentos mais eficazes e toleráveis, pois pode indicar os medicamentos ideais para cada pessoa e ajudar a minimizar o sofrimento causado pela depressão.

A velocidade que cada remédio é processado no organismo varia de acordo com o DNA de cada paciente. Além disso, alguns fatores como estilo de vida, hábitos alimentares e a interação entre os medicamentos podem interferir nessa velocidade, causando a redução de sua eficácia. Dr. Leandro explica que a falha terapêutica pode acarretar efeitos colaterais, desestimulando que o paciente siga o tratamento. 

Por meio de testes farmacogenômicos, a genética pode indicar se o medicamento prescrito será efetivo e bem tolerado pelo paciente, além de, muitas vezes, indicar uma dosagem mais individualizada. “O PharmOne, teste farmacogenômico da Dasa Genômica, também mede as interações medicamentosas capazes de influenciar na resposta aos fármacos, permitindo que o médico faça a prescrição do antidepressivo mais personalizado para cada pessoa, aumentando as chances de sucesso. Ao final, reduzimos os efeitos colaterais e melhoramos as respostas”, explica. 

O PharmOne relaciona fatores genéticos, pessoais e ambientais em uma plataforma tecnológica interativa, resultando em um perfil metabólico do paciente. Os resultados são apresentados como diferentes alternativas medicamentosas e com as características de cada uma: nome do medicamento, achado genético, recomendações e pontos de alerta, como reações adversas, interação com outros medicamentos e eficácia. 

Vale destacar que o exame também indica como os hábitos do paciente estão modificando seu metabolismo a cada medicação, para que ele possa fazer ajustes na rotina e, assim, aumentar a eficácia do seu tratamento. O teste, que avalia os mais de 27.000 medicamentos aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), é feito apenas uma vez na vida do paciente caso a intenção seja avaliar aquelas características genéticas, pois os dados pessoais e ambientais podem ser atualizados na plataforma, descartando a necessidade de um novo exame. 

“A farmacogenômica ajuda no combate ao suicídio, uma vez que, com a possibilidade de iniciar o tratamento de forma assertiva, as chances de abandono por falta de resultado ou devido aos efeitos colaterais causados são reduzidas. É uma forma de minimizar o sofrimento do paciente e garantir uma maior chance de resultados mais eficazes para os tratamentos das doenças, evitando uma das principais causas de morte no mundo”, finaliza o especialista.

 

Dasa Genômica


A importância da medicina preventiva para os recém-nascidos

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sem a Covid-19, a expectativa de vida dos brasileiros teria crescido de 76,6 anos, em 2019, para 76,8 anos, em 2020, sendo um aumento de 2 meses e 26 dias. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos. 

Um dos fatores responsáveis por essa longevidade é a medicina preventiva, que consiste em evitar o desenvolvimento de doenças, reduzindo os impactos de eventuais problemas na saúde dos pacientes e, consequentemente, proporcionando uma melhor qualidade de vida para pessoas que fazem algum tipo de tratamento.

O conceito de medicina preventiva surgiu no século XX, com o objetivo de mudar o foco da prática médica, que se concentrava apenas no tratamento das doenças, para uma visão mais voltada à promoção da saúde. Essa área da saúde possui técnicas e estratégias voltadas para prevenção e intervenção precoce de doenças.

Por essa razão, o tratamento pode começar a partir de qualquer idade. O teste do pezinho é uma forma de medicina preventiva, sendo feito em crianças recém-nascidas e realizado a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, permitindo identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.

Diante disso, as primeiras horas de vida de um recém-nascido são determinantes para a eventual descoberta de enfermidades, principalmente doenças relacionadas à imunodeficiência primária. Tratam-se de condições de difícil diagnóstico e que por vezes são assintomáticas ao nascimento. As melhores chances para quem sofre com essas doenças estão relacionadas ao diagnóstico precoce para que o melhor plano de tratamento e cuidado sejam iniciados o quanto antes.

Quando falamos sobre a importância da medicina preventiva para os recém-nascidos, fazer o teste do pezinho figura entre os fatores essenciais, visto que a realização do exame possibilita reduzir mortalidade, sequelas, sofrimento e custo social, causadas por doenças congênitas graves. Atualmente, o exame foi ampliado e envolve até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências. Antes, o teste do pezinho englobava apenas seis doenças. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

Além do teste do pezinho, outras formas de medicina preventiva para recém-nascidos são a realização de exames periódicos de rotina desde o nascimento. O Ministério da Saúde sugere um calendário mínimo de consultas, sendo o total de sete nos primeiros 18 meses de vida. Aliado a isso, está o calendário de vacinação, que deve ser cumprido com responsabilidade e rigor pelos pais.

A medicina preventiva é um processo que pode ser construído ao longo da vida de uma pessoa, começando quando bebê e se estendendo até a terceira idade. O principal objetivo é tentar garantir saúde e qualidade de vida, evitando o desenvolvimento e agravamento de possíveis doenças que podem nos acometer ao longo dos anos.

Os primeiros 1000 dias de vida são determinantes no desenvolvimento da criança e futuro adulto. Devemos zelar por todas medidas de medicina preventiva cabíveis para a proteção da criança. Destacamos o teste do pezinho, feito logo ao nascimento. A sociedade brasileira deve estar atenta e exigir dos governantes o cumprimento da lei de ampliação da triagem neonatal, que como mencionei, passou de 6 para 50 doenças detectadas, dentre as quais a triagem dos erros inatos da imunidade.

 

Antonio Condino-Neto -, médico e pesquisador, é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho. Condino-Neto fez pós-doutorado em Medicina molecular na Universidade de Massachusetts, é PhD em Farmacologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), no qual foi Professor Titular e coordenador do Laboratório de Imunologia Humana. O especialista é livre docente pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Com mais de 35 anos de experiência, Condino-Neto atua, ainda, como Diretor na Fundação Jeffrey Modell São Paulo, instituição americana voltada para o conhecimento das Imunodeficiências Primárias, e é membro do Comitê de Erros Inatos da Imunidade (EII) da Academia Americana de Asma Alergia e Imunologia.

 

Dietas ricas em cálcio e potássio podem ajudar a prevenir cálculos renais recorrentes, aponta estudo


Cálculos renais podem causar dores lancinantes e estão relacionados à doença renal crônica, osteoporose e doença cardiovascular. As pessoas que tiveram cálculo renal uma vez têm 30 por cento de chance de ter outra incidência dentro de cinco anos. Incluir alimentos ricos em cálcio e potássio pode prevenir cálculos renais recorrentes, conforme descoberto pelo estudo da Mayo Clinic

Mudanças na dieta frequentemente são prescritas para prevenir cálculos renais sintomáticos recorrentes. No entanto, há poucas pesquisas disponíveis sobre mudanças na dieta para aqueles que tiveram um incidente de formação de cálculos renais versus aqueles que têm incidentes recorrentes. 

Os pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram um estudo prospectivo para investigar o impacto das mudanças na dieta. Os resultados mostram que o enriquecimento de dietas com alimentos ricos em cálcio e potássio pode prevenir os cálculos renais sintomáticos recorrentes. Frutas ricas em potássio incluem banana, laranja, toranja, melão cantaloupe, melão honeydew e damasco, enquanto os legumes incluem batata, cogumelo, ervilha, pepino e abobrinha.

Os pesquisadores incluíram a dieta em um questionário aplicado a 411 pacientes que tiveram cálculos renais sintomáticos pela primeira vez e a um grupo de controle de 384 pessoas, todos tratados na Mayo Clinic em Rochester e na Flórida entre 2009 e 2018. Os resultados, publicados na revista médica revisada por pares Mayo Clinic Proceedings, mostram que dietas com pouco cálcio e potássio e pouca ingestão de líquidos, cafeína e fitato, estão associadas com maiores chances de incidência de cálculo renal sintomático pela primeira vez. 

Gerd Altmann


Dos pacientes que tiveram cálculos renais pela primeira vez, 73 apresentaram cálculos recorrentes em uma média de 4,1 anos de acompanhamento. Uma análise mais aprofundada descobriu que níveis mais baixos de cálcio e potássio na dieta previam a recorrência.

“Essas descobertas relacionadas à dieta podem ter uma importância especial porque as recomendações para prevenir cálculos renais têm sido baseadas principalmente em fatores dietéticos associados à incidência pela primeira vez e não na formação recorrente de cálculos”, diz o autor sênior Dr. Andrew Rule, M.D., nefrologista da Mayo Clinic. “Os pacientes podem não querer ajustar a dieta para evitar a incidência de cálculos renais, mas é mais provável que o façam se isso ajudar a prevenir a recorrência.”

Segundo o estudo, a ingestão de menos de 3.400 ml por dia (ou cerca de nove copos de 12 onças) de líquidos está associada à formação de cálculos pela primeira vez, juntamente com a ingestão de cafeína e fitato. A ingestão de líquidos diária inclui aqueles ingeridos de alimentos como frutas e legumes. 

A baixa ingestão de líquidos e o consumo de cafeína podem resultar em baixo volume de urina e aumentar a concentração da urina, contribuindo para a formação dos cálculos. O fitato é um composto antioxidante encontrado em grãos integrais, castanhas e outros alimentos que podem levar ao aumento da absorção e excreção de cálcio pela urina.

“Mudar a dieta para evitar pedras nos rins pode ser muito difícil”, diz o Dr. Rule. “Conhecer os fatores dietéticos mais importantes para prevenir a recorrência de cálculos renais pode ajudar os pacientes e os profissionais de saúde a saber o que priorizar.”

O estudo conclui que dietas com ingestão diária de 1.200 ml de cálcio podem ajudar a prevenir a incidência pela primeira vez e a recorrência de cálculos renais. A ingestão diária está alinhada com a nutrição diária recomendada pelo Departamento de Agricultura dos EUA.  

Embora uma maior ingestão de potássio também seja recomendada, o USDA não faz uma recomendação para a ingestão diária de potássio. O estudo também não recomenda um nível de ingestão.

 

Sandoz e Turma da Mônica fazem parceria inédita e lançam revista temática sobre Distúrbios do Crescimento

 

Iniciativa tem como objetivo alertar sobre o diagnóstico, causas associadas e tratamento para a condição que acomete dezenas de crianças no País

 

A Sandoz do Brasil, líder global em medicamentos genéricos e biossimilares, e a Turma da Mônica acabam de lançar uma revista especial sobre Distúrbios do Crescimento. A iniciativa tem o objetivo de auxiliar familiares e responsáveis na identificação de sinais relativos ao déficit de crescimento infantil. Em formato lúdico, Mônica protagoniza receios, questionamentos e dúvidas sobre o seu próprio crescimento, que são explicados no decorrer dos quadrinhos. O material está disponível no hub de conteúdo, “Além da Altura”, da farmacêutica, e, ainda este mês, exemplares serão distribuídos gratuitamente no Parque da Mônica, em São Paulo, e em estações da Turma da Mônica alocadas em outras capitais do Brasil.

O crescimento linear das crianças, ou seja, estatura, aumento de massa muscular e redução de gordura corporal depende principalmente de fatores genéticos, mas também do GH, sigla em inglês para hormônio do crescimento. Quando há falta desse elemento e a criança passa a apresentar peso e estatura abaixo do esperado para sua idade, temos um quadro de Distúrbio do Crescimento.

“Mais do que uma questão de altura, o Distúrbio do Crescimento é uma questão de saúde que deve ser observada com atenção. A criança que não atinge o tamanho esperado para a idade também tem dificuldades em desenvolver alguns órgãos. E, como nem sempre é algo fácil de ser diagnosticado, resolvemos unir forças com a Mauricio de Sousa Produções para alertar pais e responsáveis, compartilhando conhecimento sobre os melhores caminhos na jornada do paciente, para encurtar o tempo do tratamento e avaliar com cautela a saúde da criança”, afirma o diretor Médico da Sandoz do Brasil, Cleber Sato.


Possíveis causas

As causas para os quadros de Distúrbios do Crescimento são variadas e a estatura final da criança depende primordialmente de sua carga genética, mas também sofre interferência de fatores como alimentação, saúde, higiene, local de moradia e outros cuidados gerais. Segundo um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde), nos países da África, Ásia e América Latina 43% das crianças menores de 5 anos possuem déficit de altura devido à subnutrição.

Outros fatores também podem levar à alteração dos níveis de GH, como doenças inflamatórias ou infecciosas, problemas ósseos, traumas, entre outros. Ao notar que a criança não está crescendo dentro dos parâmetros adequados, o ideal é que pais ou responsáveis a levem a um médico pediatra ou endo pediatra (endocrinologista voltado ao público infantil) para a realização de exames clínicos e de identificação do possível déficit hormonal. Caso seja confirmado o diagnóstico, os profissionais de saúde buscarão a causa do distúrbio, ou seja, o motivo associado, para seguir com o melhor tratamento.

“Mais do que contar histórias, nós da Mauricio de Sousa Produções nos preocupamos com o desenvolvimento humano, com o futuro e saúde das crianças. Ficamos muito contentes em termos sido procurados pela Sandoz para ter a turma do Limoeiro como protagonista dessa história, que contribui para a conscientização e cuidado na infância. É algo que realmente vem ao encontro de nossa missão e valores como empresa”, comenta Rodrigo Paiva, Diretor de Licenciamento da Mauricio de Sousa Produções.

A revistinha especial da Turma da Mônica, ‘Quem é a Baixinha?’ pode ser lida no site: www.alemdaaltura.com.br. Também será possível encontrar a versão impressa em consultórios médicos.

 

Conheça alguns alimentos e bebidas que pioram as crises de enxaqueca

Especialista alerta que café e chocolate, por exemplo, são gatilhos para a dor

 

A enxaqueca é um dos tipos de dores de cabeça mais comuns entre os brasileiros. Ela possui características como a intensidade da dor ser de moderada a grave, a sua localização ser geralmente unilateral e a dor ser associada a náuseas e/ou fotofobia (aversão à luz) e fonofobia (aversão ao som). A enxaqueca, geralmente, possui quatro fases: pródromo, aura, dor e pósdromo, mas nem sempre o paciente passa por todas elas e às vezes a aura pode ocorrer junto com a dor.

A primeira é classificada como a fase que antecede a dor. Já a aura são sintomas focais neurológicos, de curta duração (até 60 minutos), como pontos brilhantes ou pretos na visão, dormência em alguma parte do corpo (ao redor da boca, mãos ou braços) e outros. A crise é marcada pela dor que acontece, geralmente, de forma unilateral e latejante. Passando a dor, o paciente entra na fase do pósdromo, comparada por algumas pessoas com a sensação de ressaca, marcada por sonolência, fraqueza e dificuldade de concentração.

Algumas situações podem desencadear a enxaqueca, como estresse, ansiedade, jejum prolongado e consumo de alguns alimentos e bebidas, como explica a Dra. Natália Longo, neurologista pela Santa Casa de São Paulo e neurofisiologista pelo HCFMUSP.

“A alimentação adequada exerce um papel importante no tratamento preventivo da enxaqueca, pois o jejum e alguns alimentos são desencadeadores das crises, como as frutas cítricas, conservas de coloração avermelhadas, bebidas que contém cafeína e alimentos ricos em gorduras. Alguns exemplos são frutas como o limão, linguiças, café, chocolate e alguns refrigerantes”, contou a especialista.

A ciência ainda não conseguiu descobrir o motivo desses alimentos causarem a enxaqueca, mas algumas hipóteses são aventadas, mostrando que estas substâncias servem de gatilho para desencadear as crises de dores de cabeça. A neurologista explica que o paciente só percebe que o alimento ou a bebida vão causar a dor, após consumi-lo, mas quando evidenciada esta correlação, estas pessoas devem evitar estes alimentos.

“Não existe uma dieta específica para diminuir a dor de cabeça. O que existe é evitar os alimentos que são um gatilho para dor. O chocolate, por exemplo, se for consumido de forma moderada, não vai fazer mal. Agora, se o paciente já está com enxaqueca, pode piorar o quadro”, completou a Dra. Natália Longo.

A especialista lembra que a enxaqueca é uma dor muito comum e que as pessoas acabam não dando a devida importância, porém existem tratamentos preventivos muito eficazes para que as pessoas que convivem com esta doença tenham uma qualidade de vida melhor e até mesmo sem dor. Em caso de crises frequentes, é importante que o paciente procure um especialista que vai indicar o melhor tratamento. Cuidado com o uso excessivo de analgésicos, pois pode mascarar e agravar as crises. 



Dra. Natália Longo – médica neurologista e neurofisiologista graduada em medicina pela Universidade Federal do Pará. Residência médica de neurologia clínica na Santa Casa de São Paulo. Título de especialista em Neurofisiologia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC). Fellowship no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) em neurofisiologia com ênfase em epilepsia, eletroencefalograma e videoeletroencefalograma.
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Dores na infância podem impactar o neurodesenvolvimento infantil

 Estudos sugerem que os momentos de estresse ao bebê ou à criança podem sobrecarregar o sistema cardiovascular e suprarrenal, além de prejudicar a formação da arquitetura cerebral

 

Com o avanço da ciência e estudo sobre Mecanismos Neurobiológicos, surgem cada vez mais pesquisas sobre dor fetal na vida intrauterina e em crianças recém nascidas. Mas, se desde pequenos a dor fizer parte da rotina, qual seria o impacto dela no neurodesenvolvimento infantil, se experienciada em excesso?

De acordo com o Dr. Tadeu Fernando Fernandes, PhD em Pediatria e Presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), se não tratada precocemente, ainda no início, a dor vai se cronificando e se tornando mais forte e persistente, fazendo com que seja mais difícil o tratamento. Esse quadro evolui e gera redução do limiar da dor e outras consequências que poderão se perpetuar por toda vida.

Por isso, segundo o médico, reconhecer, identificar e cessar a dor em sua fase inicial, seja em bebês ou em crianças, pode evitar consequências a médio e longo prazo.

Alguns estudos, como o de Ravi R. Bhatt1, publicado no Pediatric Research, mostram o real impacto da questão. “De forma genérica, a dor libera níveis altos de cortisol e adrenalina, gerando momentos de estresse ao bebê ou criança, que são responsáveis por sobrecarregar o sistema cardiovascular e suprarrenal, além de prejudicar a formação da arquitetura cerebral”, enfatiza.

Durante o Congresso Brasileiro de Pediatria, realizado em Natal em maio deste ano, diversos profissionais do setor debateram sobre questões importantes, como a produção de centenas de sinapses por segundo - responsáveis pela comunicação neural - que ocorrem ao longo dos primeiros dias de vida do bebê. “A dor é uma experiência que define a formação de sinapses relacionadas a experiências dolorosas. Assim, se essa criança passa por muitos momentos de dor, as sinapses relacionadas às dores serão acionadas diversas vezes, tornando-as mais frequentes e duradouras a longo prazo”, resume Dr. Tadeu.

Para Leila Carvalho, diretora de Medical Affairs da Johnson & Johnson Consumer Health, é importante educar sobre o tema e desfazer algumas crenças, quanto ao diagnóstico e manejo adequado. “O uso apropriado de analgésicos indicados para essa faixa etária, como o paracetamol, está entre as opções para manejo do estímulo doloroso”, diz.

Além disso, dados de bebês em UTIs que passaram por muitos procedimentos dolorosos apresentaram um Quociente de Inteligência (QI) mais baixo do que aqueles que não tiveram tantas vivências do tipo. Segundo o estudo de Ravi R. Bhatt1, publicado no Pediatric Research, 68% desses mesmos bebês podem desenvolver dor crônica, como enxaqueca e outras, a partir dos 10 anos, com impacto no bem-estar provavelmente pela vida inteira. Estudos também apontam que a dor na infância provoca a redução do volume cerebral, o que está relacionado à depressão e ansiedade, perda ou aumento de apetite e distúrbios do sono.2,3

“Com tantas consequências causadas pela exposição excessiva à dor, entendemos que o papel essencial dos pais é transformar a experiência de dor em acolhimento e cuidado. E nós, como profissionais da saúde, devemos prevenir o estresse que impacta diretamente no neurodesenvolvimento, com base em comportamentos e feições de dor dos bebês e crianças, além de, claro, prescrever o melhor medicamento para conter eventuais dores”, reforça Dr. Tadeu.

 

 

1 Bhatt, R.R., Gupta, A., Mayer, E.A. et al. Chronic pain in children: structural and resting-state functional brain imaging within a developmental perspective (2020). Link 

2 Morag I1, et alCumulative pain-related stress and developmental outcomes among low-risk preterm infants at one year corrected ageEarly Hum Dev. 2017

3 Shimodera S1, Kawamura A, Furukawa TA Physical pain associated with depression: results of a survey in Japanese patients and physicians. 2012

TYLENOL® PARACETAMOL. INDICADO PARA O TRATAMENTO DE DOR E FEBRE. ADVERTÊNCIAS: NÃO USE TYLENOL ® JUNTO COM OUTROS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM PARACETAMOL, COM ÁLCOOL OU EM CASO DE DOENÇA GRAVE DO FÍGADO. MS- 1.1236.3326. SAC 0800 701 1851 OU SERVIÇO AO PROFISSIONAL 0800 702 3522. DATA DE VEICULAÇÃO: JULHO/22. © Johnson & Johnson do Brasil Indústria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda - 2022. "SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO".


A utilização de gestrinona no tratamento da endometriose

Implante hormonal pode ser uma segunda via para pacientes que não querem ou não podem realizar a cirurgia


Recentemente a cantora brasileira Anitta foi diagnosticada com endometriose, o que trouxe atenção para o assunto que atinge milhões de mulheres no mundo todo. A artista destacou em suas redes sociais que sempre sentia dores constantes pós-sexo, mas que elas se tornaram pertinentes nos útimos meses. Ela já havia passado por diversos médicos e relatou que após anos, teve seu diagnóstico dado recentemente. Após a fase da turnê pela Europa, a cantora voltou ao Brasil para a realização da cirurgia.

A endometriose consiste em uma condição inflamatória causada pelo crescimento anômalo de células de endométrio fora do útero. O tecido pode atingir os ovários, as vias urinárias e até mesmo o intestino. Seus sintomas podem variar, no entanto, os mais comuns são cólica intensa, menstruação abundante e cansaço excessivo, que pioram durante a fase menstrual do ciclo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que no Brasil, 15% das mulheres, ou sete milhões, sofrem com a patologia. A doença – que atinge uma a cada dez em idade reprodutiva, com idades entre 15 e 45 anos – afeta 176 milhões de mulheres no mundo, sendo responsável pela metade dos casos de pacientes que não conseguem engravidar.

Além do procedimento cirúrgico, existem outras formas para realizar o tratamento da endometriose. Segundo a médica ginecologista e obstetra Loreta Canivilo, a implementação da gestrinona é uma das melhores opções para o tratamento da doença. “Ela tem uma ação muito importante sobre o endométrio e apesar de não ser a única alternativa, o seu uso pode melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes”, afirma a médica.

A gestrinona é um implante hormonal semelhante à testosterona. Ela é um hormônio esteróide sintético com propriedades androgênicas, antiprogestogênicas e antiestrogênicas, que muitas vezes é utilizado para fins estéticos. “Usar a substância de forma ética é maravilhoso, enquanto tivermos profissionais que estiverem fazendo o uso incorreto do hormônio, o tratamento clínico da endometriose fica em risco”, ressalta a Dra. Loreta. 

O tratamento pode proporcionar uma boa regressão das lesões, principalmente para as mulheres que não querem ou não têm condições de operar.

A gestrinona em forma de implante tem um resultado muito favorável na melhora da dor e não podemos desprezar esse uso. “Isso é uma  indicação médica, e um profissional não faria caso colocasse em risco o tratamento das pessoas que realmente precisam usar a gestrinona”, conclui a especialista.

As consequências da endometriose são muito sérias e prejudicam a qualidade de vida da mulher em âmbito geral. 


Cardiologista dá 6 dicas para manter a pressão arterial sob controle

“Pressão alta” é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, doença renal crônica, insuficiência cardíaca e morte prematura

 

Segundo dados da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), estima-se que 33% da população brasileira adulta seja hipertensa. Considerando quem tem mais de 60 anos, este percentual gira em torno de 65%; entre 30 e 50% dos brasileiros desconhecem o diagnóstico e, dos que sabem, apenas 20% estão com o quadro controlado. 

“A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma das doenças que mais mata na atualidade”, afirma Dr. Marco Mota, cardiologista e consultor da Omron Healthcare Brasil. Por se tratar de uma condição muitas vezes assintomática, ela costuma evoluir com alterações estruturais e funcionais em órgãos como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. “Por isso, é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, doença renal crônica, insuficiência cardíaca e morte prematura. 

Dr. Mota ressalta que, embora seja perigosa e traiçoeira, a hipertensão arterial é uma doença evitável. “Para mantê-la sob controle é preciso cuidar do entorno do indivíduo, levando-o a tomar algumas precauções ligadas à qualidade de vida”, explica o cardiologista. O especialista preparou uma lista com cinco dicas para evitar a evolução do quadro de hipertensão. Confira:

 

1 - Menos sódio e mais potássio na alimentação 

Consumir muito sal faz mal para o organismo, uma vez que o tempero é rico em sódio. Seu excesso pode causar sérios problemas de saúde, entre eles o aumento da pressão arterial. O grande problema é que o sódio está presente em produtos industrializados (mesmo os de sabor doce) e integra a formulação de conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico). 

No Brasil, recomenda-se a ingestão de 2 gramas de sódio por dia, mas de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o brasileiro consome em média 4,5 g de sódio diariamente. Portanto, é fundamental reduzir o sal e evitar alimentos industrializados. “Leia sempre o rótulo dos alimentos para ter certeza do que está consumindo”, alerta o médico. 

Já o potássio é um nutriente importante para a função celular no corpo. Mas, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, a maioria das pessoas o consome pouco por dia. Alimentos como abacate, banana, batata-doce e folhas de coloração verde-escura podem ser grandes aliados para fornecerem este nutriente.

 

2 - Fique atento ao sobrepeso 

O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para a elevação da pressão arterial. Segundo um estudo publicado pela instituição norte-americana National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK), a prevalência da hipertensão arterial cresce de acordo com o aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC), cálculo utilizado para avaliar se o peso de um indivíduo está dentro de limites saudáveis. Portanto, fique atento aos sinais de sobrepeso.

 

3 - Exercite-se 

Fazer exercícios físicos diminui o percentual de gordura corpórea, auxilia nos níveis de colesterol e glicemia, fortalece a estrutura óssea e muscular e melhora a condição cardiovascular do indivíduo. “A prática regular de atividades físicas pode ajudar no tratamento para hipertensão a base de remédio ou até mesmo reduzí-lo. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, como caminhadas de sete dias na semanas por 60 minutos de duração”, recomenda Dr. Mota.

 

4 - Não exagere na bebida alcoólica 

O álcool prejudica o controle da pressão arterial. Segundo o cardiologista, o maior problema são as quantidades ingeridas. “O consumo excessivo de bebida alcoólica eleva a pressão sanguínea e está associado a maior risco de morte por doenças cardíacas”, diz. Ele recomenda que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas o façam de maneira moderada, o que corresponde ao limite de uma dose diária para mulheres e duas para homens, considerando-se como dose uma garrafa pequena (long neck) ou lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de 50 ml de bebida destilada, sendo desaconselhado o consumo rotineiro.

 

5 - Pare de fumar 

Embora não seja determinante, quando somado a um quadro de hipertensão, o cigarro duplica a intensidade da doença. “A hipertensão ocorre quando a força com que o sangue é bombeado pelo coração bate na parede do vaso sanguíneo. O tabagismo endurece essa parede. E sendo assim, se a parede é ‘dura’, a pressão arterial aumenta“, afirma o cardiologista. Portanto, se você é hipertenso, fuja do cigarro.

 

6 - Tenha um medidor de pressão em casa 

Com os avanços tecnológicos, hoje em dia é possível aferir a pressão em casa, a partir de um dispositivo confiável e com alta taxa de precisão, como os da Omron, que são referência em qualidade. “Recomendo sempre que toda família tenha um medidor de pressão em casa para conferir a pressão sempre que haja necessidade. Esta é uma medida que pode ajudar muito no controle da hipertensão”, finaliza o médico.

Zinco: Um nutriente chave para nossa saúde

 

A deficiência de zinco em plantas leva a implicações na qualidade nutricional dos alimentos. Em diversas regiões do mundo o nutriente é considerado como um dos fatores mais limitantes para a produção agrícola. Os solos brasileiros apresentam generalizada deficiência, principalmente sob o cerrado e em solos mais arenosos. Consequentemente, essa condição influencia também na nutrição humana. Atualmente, cerca de 30% da população mundial é afetada pela falta desse nutriente no organismo.

 

O zinco é um micronutriente presente em pequenas proporções em nosso corpo, representando de 2 a 4 gramas, das quais 60% está presente nos músculos e 20% nos ossos. Além disso, ele tem um papel essencial no estímulo da nossa imunidade, na proteção contra o envelhecimento celular e na manutenção da qualidade da pele, unhas e cabelos. Como qualquer nutriente, nosso organismo não pode fabricá-lo, por isso será fornecido pelos alimentos. Desta forma, uma alimentação saudável e variada permite compensar sua necessidade diária. 

 

De fato, uma dieta equilibrada e variada normalmente fornece uma quantidade suficiente de zinco ao nosso corpo. Entretanto, o alimento só terá quantidades suficientes do nutriente quando ele estiver presente em quantidade e formas assimiláveis nas plantas. Nesse sentido, como os solos brasileiros apresentam deficiência desse nutriente, o caminho mais adequado é fornecer pela aplicação de fertilizantes, seja pela adubação via solo e/ou via foliar. Solos fertilizados com zinco tendem a produzir plantas com maior teor do nutriente em suas porções comestíveis. Dessa forma, a fertilização pode ser uma importante estratégia para a prevenção das deficiências na população.

 

Como o zinco é fornecido pela alimentação, indivíduos desnutridos, anoréxicos ou pacientes que sofrem de síndromes de má absorção (doença celíaca, por exemplo) também podem apresentar níveis insuficientes desse nutriente. Os efeitos de uma deficiência no corpo são variáveis: enfraquecimento do sistema imunológico, atrasos no crescimento em crianças, aumento do risco de complicações em mulheres grávidas, queda de cabelo e unhas quebradiças, problemas de pele como acne, retardo na cicatrização ou psoríase, fadiga, distúrbios do paladar e do olfato, bem como distúrbios sexuais, em particular, uma diminuição da fertilidade nos homens.

 

As necessidades diárias dependem de fatores que podem interferir na absorção de zinco. As ingestões Dietéticas Recomendadas (ANC) estão em: 12 mg/dia para homem adulto; 10 mg/dia para mulher adulta;  e entre 15 e 23 mg/dia para gestantes, lactantes e idosos. 

 

O zinco ainda está concentrado em proporção significativa na pele, pois participa da produção de colágeno, uma proteína abundante na estrutura da pele, que mantém sua rigidez e elasticidade, bem como colabora para o processo de cicatrização de feridas. A ingestão do micronutriente também ajuda no tratamento da acne moderada, devido às suas propriedades anti-inflamatórias a nível cutâneo e a sua ação reguladora sobre as glândulas sebáceas. Além disso, também pode ser eficaz no tratamento de pacientes com psoríase. 

 

Entretanto, as condições de excesso de zinco não têm efeito tóxico importante conhecido, mas pode ser acompanhada por uma deficiência de cobre. É por isso que o consumo da substância, a longo prazo, deve ser acompanhado pela ingestão de cobre. Em alguns casos de uso excessivo de zinco, os sintomas como dificuldade para falar, andar, tremores e distúrbios digestivos (náuseas e vômitos) podem estar presentes. Um outro ponto importante a se destacar, é que essa sobrecarga no organismo reduz o nível de colesterol bom (HDL) no sangue.

 

Portanto, nosso corpo assimila menos da metade do zinco contido em nossa dieta, no entanto, muitos alimentos possuem esse nutriente, mas é a ostra que apresenta em abundância. As principais fontes animais em que é encontrado de zinco são: fígado, queijo, carne, ovos, peixe e leite de vaca. E as principais fontes vegetais de zinco são: grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, vegetais frescos e batatas. Nesse contexto, é importante tomar cuidado com os alimentos com alto teor de ácido fítico (alimentos integrais ou leguminosas) que podem formar complexos com o zinco, que reduzirão sua absorção e, portanto, sua eficácia. 

 

De uma maneira geral, o zinco tem um papel importante em nosso organismo, mas é sempre recomendado consultar um médico ou nutricionista antes de tomar qualquer tipo de suplemento.

 

 Valter Casarin - Coordenador Científico da NPV

 

NPV - Nutrientes para a Vida

 https://www.nutrientesparaavida.org.br/

Saúde dental e alimentação: confira quais são os alimentos que mais estragam os dentes

Uma alimentação saudável é fundamental para garantir a saúde de todo o corpo. No entanto, existem alguns alimentos que estragam os dentes e devem ser eliminados ou amenizados na dieta. O açúcar, presente neste tipo de comida, promove o desenvolvimento de cárie que, quando não tratada a tempo, pode provocar até a perda dentária. Por isso, saber dosar o consumo de açúcar é fundamental para garantir a saúde dos dentes.

O cirurgião dentista, fundador e presidente da OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do mundo, Paulo Zahr, aponta como o açúcar age e compromete a saúde dentária. “Esse é um componente presente em vários alimentos e bebidas, como bolos, tortas e sucos. Porém, é um dos principais causadores da cárie, sobretudo quando a higienização é insuficiente. Isso acontece porque as bactérias cariogênicas acabam se alimentando dos açúcares que se depositaram na superfície dos dentes. Ao encontrar essa substância, elas se alimentam e produzem um ácido, que atua na degradação do esmalte dentário”, explica o dentista, que recomenda o uso moderado de açúcar na dieta e atenção redobrada na escovação, que deve ser feita com creme dental com flúor.

Alimentos ácidos também precisam de mais atenção. Hábitos como ingerir suco de limão diariamente ou refrigerante durante as refeições precisam ser avaliados e ter cuidado redobrado. “Suco de limão e refrigerantes, por exemplo, estragam os dentes, pois são frutas e bebidas ácidas, que desmineralizam o esmalte dentário, deixando a superfície exposta. Com o passar dos anos, essa ação contínua faz com que o dente desenvolva a sensibilidade dentária e amarelamento”, afirma o Dr. Paulo. 

Outro cuidado necessário é com os alimentos duros, pois o desgaste do esmalte pode ocorrer também pela força ao mastigá-los. Amêndoas e castanhas torradas são alguns exemplos que prejudicam o esmalte do dente quando são triturados. “Além disso, se tiverem açúcar e aspecto grudento, é pior o resultado, já que o alimento tende a ficar preso no dente ou entre eles e a gengiva. Dessa forma, a limpeza se torna mais difícil, o que aumenta a possibilidade de surgimento de cárie. O consumo também pode atrapalhar os tratamentos ortodônticos, pois quem faz uso de aparelhos fixos pode quebrá-los ao triturar caso os bráquetes não conseguirem aguentar o impacto da mastigação”, completa o cirurgião dentista.

 

OdontoCompany

https://odontocompany.com/

 

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