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sexta-feira, 1 de julho de 2022

27% das brasileiras já sofreram aborto, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 41% das participantes.

 

Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano, em média 15% do total; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. E conforme observou a Famivita em seu mais recente estudo, 27% das brasileiras já sofreram aborto. Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 41% das participantes. E dos 30 aos 34 anos, com 36% delas.

Os dados por estado demonstram que o Amapá é o estado com o maior número de mulheres que já sofreram aborto, com 45% das respondetes. No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, pelo menos 29% já tiveram alguma perda. Em São Paulo e Minas Gerais, 28% e 26%, respectivamente, já sofreram aborto. O estado com o menor percentual de abortos é o Paraná com 21% das participantes.

Após sofrer tão grande perda, a mulher precisa entender que não está sozinha. Porém, nem sempre o seu entorno consegue proporcionar este tipo de ajuda. Por isso, o atendimento psicológico pode ser de grande ajuda. Assim, ela terá o acompanhamento e direcionamento adequados para conseguir superar a sua perda, e continuar suas tentativas, se assim o desejar.

Porém, nem todas as brasileiras têm condições financeiras para buscar ajuda psicológica após sofrer um aborto. Afinal, não é assim fácil e rápido encontrá-lo no sistema de saúde pública. E é por isso que os atendimentos online podem ser uma ótima opção. Com a consulta psicológica para tentantes, a mulher pode fazer todas as sessões em casa, basta ter um dispositivo com acesso à internet. Além disso, o custo das sessões é acessível e abaixo dos preços no mercado.


TPM e Mau Hálito? Entenda a Relação.

Dor de cabeça, mudanças repentinas de humor, inchaço, cólicas e irritação. Além de todos os sintomas da tensão pré-menstrual, as mulheres também podem sofrer com alteração de hálito quando são atingidas pela TPM. A fase é marcada por grandes alterações hormonais que podem levar a inúmeros sintomas e também influenciar a sua saúde bucal.

A tensão pré-menstrual está diretamente relacionada ao estresse, portanto a TPM provoca alterações dos hormônios e modificações orgânicas que incluem a diminuição da saliva, conhecida como hipossalivação causando mau hálito. 

A cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde explica que essa diminuição se relaciona ao desequilíbrio do sistema nervoso central: pouca saliva aumenta a possibilidade de formação de placa bacteriana na superfície dos dentes e no dorso da língua, conhecida como saburra lingual, que provoca a liberação de gases, principalmente o enxofre, quando decompostas, responsável pelo mau cheiro na boca. 

A saburra contém bactérias que fazem a metabolização dos restos alimentares e das proteínas das células.

Além disso, a TPM pode causar o aumento da descamação do epitélio bucal, o que também pode levar a uma produção acentuada da saburra, intensificando o processo mencionado acima. 

Outro ponto relacionado entre a TPM e o mau hálito está na alimentação. Nesse período, muitas mulheres sofrem com a diminuição da produção da oxitocina e da endorfina, que são hormônios ligados ao bem-estar, por isso é comum nos sentirmos meio “para baixo”, desanimadas, com crises de choro e outros sintomas emocionais. 

Uma maneira de compensar essa baixa de hormônios é aumentando o consumo de doces, principalmente o chocolate, responsável pela liberação de endorfina e levando a um balanço hormonal. “Mas vale alertar que o consumo em excesso acaba sendo um elemento prejudicial a mais para a saúde bucal e que pode evoluir para outros problemas. O consumo de doces sem a correta escovação aumenta a produção de placa bacteriana e, consequentemente, pode levar aos problemas bucais e também alteração do hálito.” esclarece a especialista Bruna Conde,

Como evitar esse problema? 

Não quer dizer que você irá sofrer de mau hálito por causa da TPM para sempre. Embora essas sejam alterações comuns em muitas mulheres, a TPM é algo que pode ser tratado e trazer uma qualidade de vida muito melhor. 

Se você sofre com esses sintomas todos os meses, converse com o seu ginecologista. O tratamento para a TPM costuma aliviar todos os problemas relacionados ao período. 

Além disso, existem outras dicas que a Dra. Bruna Conde traz que podem ajudar:
 

1. Aumentar a ingestão de água, no mínimo 2 litros diários;

2. Consumir mais alimentos fibrosos, frutas, legumes e legumes que ajudam a diminuir a produção de placa bacteriana e também melhoram a imunidade e reestabelece o sistema orgânico;

3. Evitar jejum prolongado pois a mastigação frequente ajuda a aumentar a salivação;

4. Manter em dia a escovação e os cuidados com a saúde bucal, priorizando a escovação da língua, na qual existe maior propensão à formação da saburra;

5. Fazer exercícios físicos regularmente, que também ajudam a aumentar a produção de serotonina e diminuir a vontade de comer doces nesse período;

É importante ressaltar que a higiene bucal nunca deve parar. Não importa o humor do dia. “Manter e preservar hábitos constantes de higiene bucal que incluem a escovação de dentes e dorso da língua para facilitar a remoção da saburra lingual, uso do fio dental diariamente e utilização de soluções enxaguantes através de gargarejos que facilitem a limpeza, inclusive da garganta.” finaliza a cirurgiã dentista Dra. Bruna Conde.

 

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


HÉRNIA DE DISCO: A DOENÇA QUE TODO MUNDO ACHA QUE TEM

Falta de entendimento, diagnóstico errado e iatrogenia, está criando uma geração “adoentada”. 

 

O discurso é bastante comum. Basta sentir dores na região lombar que o paciente já se caracteriza como mais um portador de hérnia de disco, limitando sua vida com base nisso. O indício de dores em determinadas regiões faz com que o paciente acredite ser uma doença específica, e que na verdade e na maioria dos casos, pode ser decorrente de diversos outros problemas, as vezes mais simples, as vezes mais graves. Por essa razão, é imprescindível a avaliação correta de uma profissional, somada a exames mais específicos. 

De acordo com o fisioterapeuta e diretor do ITC Vertebral Guarulhos, Dr. Bernardo Sampaio, é comum receber pessoas que se autodiagnosticam com a hérnia. “Diariamente chegam pacientes que afirmam ter hérnia de disco por conta de fortes dores na região, parecidas com a que um amigo que tem a patologia sente. Mas logo após uma avaliação, percebe-se que não existem sinais da doença, apenas dores lombares causadas por atividades cotidianas feitas de forma inadequada e a solução está em um tratamento simples” – afirma o fisioterapeuta. 

Isso não quer dizer que uma dor na coluna deva ser ignorada, pelo contrário, dores na coluna precisam de atenção e cuidados para que não evoluam para condições mais limitantes e de diferentes gravidades. 

Dependendo do estágio da ruptura do material fibrocartilaginoso, a hérnia de disco pode ser considerada grave, por isso, antes de se auto intitular “portador” é preciso conhecer os seus sintomas, como: persistência da dor por um tempo prolongado;  piora considerável da dor em atividades simples do dia a dia; formigamentos e dormências nos membros inferiores ou superiores; perda de controle da bexiga ou do intestino; sensação  de pernas ou os braços pesados e sem força, além de dores de cabeça associadas a dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros. Salvo as exceções de pacientes assintomáticos. 

A classificação didática para os estágios da evolução ou regressão. Sim; regressão das hérnias de disco pode não estar associada aos sintomas apresentados para o paciente. De forma que, em casos em que o tamanho da hérnia é significativo, pode haver menos sintomas do que em uma pessoa que apresente uma hérnia maior (em exames de imagem). Inclusive, existem muitos casos onde a pessoa apresenta uma herniação na imagem e não tem sintomas, portanto, associar os sintomas somente com a presença de hérnia de disco pode ser um diagnóstico equivocado. 

Outros falsos diagnósticos também podem surgir por overdiagnosis (excesso de diagnósticos) e pela má interpretação de exames laboratoriais. O ideal é que o paciente procure um fisioterapeuta para uma avaliação funcional completa, com uma avaliação clínica criteriosa, onde o profissional examina a região e faz perguntas cruciais, além de ressonância magnética que é capaz de dizer se o estágio da ruptura do material fibrocartilaginoso tem relação com os sintomas atuais e somada a outros sintomas de ordem neurológica, é detectada ou não, verdadeiramente a hérnia. 

“O fato é, muita gente afirma ter, mas não tem. E isso é ótimo! Sofrer com a hérnia de disco não é tão fácil quanto parece e requer tratamento e dedicação para uma boa recuperação. A melhor forma de se livrar dessa desconfiança é procurar profissionais que avaliem de forma correta e tomem as providências necessárias” - resume. 

É importante salientar que existe tratamento e que apesar de ocasionar limitação funcional (por um período), isso não é o fim do mundo, pois a hérnia de disco não é uma patologia grave, mas sim, uma condição. 

 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br


Dia do Hospital: o primeiro lugar para garantir a saúde do bebê

  

Médico do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros

Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho faz alerta sobre a importância

da realização do exame nos recém-nascidos logo após o parto dentro do hospital



No próximo dia 2 de julho comemora-se o Dia do Hospital. A data tem como objetivo celebrar a criação dos hospitais no Brasil, homenageando a instituição e os profissionais que trabalham na área da saúde. Além disso, é uma forma de conscientizar as pessoas sobre a relevância dessa estrutura, já que o hospital, geralmente, é o primeiro lugar que o ser humano frequenta logo após o nascimento. 

As mães costumam optar pelos partos realizados em um hospital e este vai ser o local em que o bebê vai ter o primeiro contato com o mundo externo. Com o intuito de ajudar a proteger os recém-nascidos da exposição que sofrem, já que são vulneráveis, muitas maternidades oferecem exames antes mesmo da alta hospitalar, este é o caso do teste do pezinho. 

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que o teste do pezinho é feito em crianças recém-nascidas e realizado a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, permitindo identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. 

De acordo com Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, as primeiras horas de vida de um recém-nascido são determinantes para a descoberta de enfermidades, em especial, doenças relacionadas à imunodeficiência primária. “Por esse motivo, eu acredito que é fundamental que as mães verifiquem se o hospital em que farão o parto oferece o teste do pezinho, pois quanto antes a realização do exame, melhor”, afirma. 

Entretanto, o médico tranquiliza sobre não haver problemas sérios caso o hospital não ofereça o exame e não exista a possibilidade de fazê-lo logo após o parto, mas ressalta que os pais não podem deixar de submeter os bebês ao procedimento. O teste do pezinho deve ser realizado entre o 3º e 5º dia após o nascimento do bebê, sendo possível ir até os postos de saúde do município ou em laboratórios privados. “A triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho é muito necessária”, reforça Condino-Neto. 

Atualmente, o teste do pezinho foi ampliado e passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências. Antes, o exame englobava apenas seis doenças. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

 

  Immunogenic 

 https://www.immunogenic.com.br/

 

Entorse de tornozelo pode evoluir para lesões mais severas quando não tratado

Até um terço dos pacientes podem sentir dor depois de 12 meses da lesão


Quase todo mundo, pelo menos uma vez ao longo da vida, já torceu o tornozelo, articulação que liga o pé à parte inferior da perna. A dor e o inchaço podem ser os primeiros sintomas a se manifestarem logo após a lesão.

Segundo Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em RPG e Pilates, entorses têm diferentes níveis de gravidade. Os casos leves são àqueles que não afetam os ligamentos ou ossos.

“A dor pode ser bastante intensa e pode ocorrer um leve inchaço. Contudo, nas torções mais graves, a dor é praticamente insuportável, o inchaço é bem importante e a pessoa, na maioria dos casos, não consegue colocar o pé no chão”.



Lesões nas ruas são comuns

Uma das principais causas da torção de tornozelo são as pisadas em falso ou ainda em buracos ou superfícies irregulares nas calçadas e ruas das cidades. A lesão pode acontecer também quando a pessoa posiciona a planta do pé de uma maneira inadequada ao correr, subir ou descer escadas e levantar-se da cama, por exemplo”, comenta Walkíria.

A torção do tornozelo pode ocorrer ainda durante a prática de esportes como tênis, basquete, corrida de rua, vôlei e futebol. No caso das mulheres, as entorses essas lesões têm ligação com uso de saltos altos e calçados inadequados, de uma maneira geral.



Além da dor

Apesar de a dor ser o sintoma mais comum da torção, a pessoa pode apresentar inchaço, hematomas e incapacidade de colocar o pé no chão.

"Os sintomas mais severos quase sempre estão ligados a lesões nos ligamentos ou ainda às fraturas. Como temos muitos ossos pequenos na região, fraturas e luxações podem não ser tão evidentes e ficarem mascaradas num exame clínico”, explica Walkíria

O ideal é que quando os sintomas são mais intensos, a pessoa procure um serviço de emergência para descartar um quadro mais grave por meio de exames de imagem.



Instabilidade

O grande problema de não tratar adequadamente uma torção é que ela pode evoluir para a instabilidade no tornozelo. “A pessoa começa a sentir dor na região durante as atividades físicas, caminhada e até mesmo quando fica parada em pé. O local pode inchar, ficar mais quente devido à inflamação e doer bastante, principalmente no final do dia”, comenta a especialista.  

A instabilidade costuma afetar, na maioria dos casos, a parte de fora do tornozelo, nas laterais dos pés. “Toda vez que a pessoa sofre uma torção, os ligamentos podem ser alongados ou rasgados, principalmente se não houve uma reabilitação adequada. Os ligamentos ficam enfraquecidos e esse aspecto aumenta, significativamente, o risco de novas torções”, reforça Walkíria.
 
Outro grupo de risco são as pessoas com uma musculatura muito enfraquecida na região ou com problemas de pisada, que naturalmente deixam a articulação mais instável.
 
“Em geral, a instabilidade crônica no tornozelo precisa ser tratada por meio da fisioterapia. O principal objetivo é fortalecer os músculos da perna e do pé, aumentar a amplitude de movimento, a flexibilidade e, por fim, restabelecer o equilíbrio para prevenir novas torções”, aponta Walkíria.  
 
 
Proteja seus tornozelos

Para prevenir entorses, Walkíria faz algumas recomendações. Veja abaixo.

  • Mantenha um programa de fortalecimento para a musculatura envolvida no bom funcionamento dos tornozelos
  • Alongue os pés durante o dia e isso pode ser feito até mesmo sentado (a)
  • As mulheres devem evitar saltos altos, principalmente para a caminhar em ruas ou locais com superfícies irregulares
  • Durante as práticas esportivas de alto impacto, como correr, jogar basquete etc., é preciso usar tênis com um bom sistema de amortecimento e com uma boa sustentação para o arco do pé e do tornozelo também. Para isso, o ideal são os tênis de cano alto, como àqueles usados no basquete, por exemplo.

Doenças respiratórias, cardíacas, agudas ou crônicas podem ser tratadas com fisioterapia respiratória

Especialista na área, professora da UniAvan conta que método diminui o número de internações e até o tempo de permanência na UTI

 

A chegada de dias mais frios, Inverno e a alta umidade geram um aumento nas doenças respiratórias. Em Santa Catarina, por exemplo, o Governo Estadual registrou, apenas no mês de maio, centenas de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, sendo que 28 evoluíram para óbito. Tal situação também aumentou a busca por tratamentos nos hospitais, ocupando quase 100% da capacidade. Uma das alternativas para ajudar os pacientes é a fisioterapia respiratória. Especialista e mestre no assunto, professora da UniAvan, Bianca Dana Horongozo, explica que a intervenção é indicada para quase todas as doenças que atingem o sistema respiratório, cardíaco, pós operatórios abdominais, e até doenças crônicas, como a asma e bronquite. “A fisioterapia respiratória ajuda a diminuir os casos de hospitalizações e, para os que acabam internados, diminui o tempo de permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, conta.

  O recurso é indicado desde os casos que podem parecer superficiais até pacientes com sintomas graves ou crônicos, sendo recomendado para situações de falta de ar, secreção pulmonar, fraqueza muscular, diminuição de mobilidade, dor torácica, diminuição de capacidade de exercício ou funcional, sequelas pós Covid-19, também como rotina de reabilitação de pacientes asmáticos, e até o cansaço ao realizar atividades cotidianas, como varrer a casa, levantar, entre outros. “Geralmente, a fisioterapia respiratória passa a ser adotada como um primeiro recurso dos tratamentos, seja com acompanhamento de paciente na clínica ou até atuação nos pacientes de UTI”, explica. “Outro caso importante é para o paciente asmático. Diferentemente do que muita gente pensa, ele precisa fazer uma atividade física controlada para prevenir momentos de crise”, acrescenta.

   A especialista conta que a fisioterapia respiratória é composta por recursos instrumentais, manuais e aeróbicos, e tem como base exercícios conforme a capacidade e tolerância de cada paciente. Utilizam recursos tecnológicos como o “Power Breathe”, um dispositivo como o “bafômetro” que funciona para fortalecimento muscular respiratório, ou o CPAP, um equipamento que conectado à uma máscara que fornece um fluxo contínuo de ar, expandindo os pulmões, entre outros.

O recurso é escolhido de acordo com a avaliação de cada paciente, onde é realizada a medição dos sinais vitais, capacidades respiratórias, físicas e outros detalhes importantes. E também com relação a idade de quem está sendo submetido à técnica, já que a fisioterapia respiratória pode ser aplicada desde em bebês até idosos. “Há diferenças nos recursos e técnicas conforme o desenvolvimento do sistema respiratório, pois o nosso sistema continua a maturar conforme vamos crescendo”.

Segundo a professora da UniAvan, os pacientes podem já sentir melhora na primeira sessão, mas é indicado que seja realizado um tratamento completo, de acordo com cada caso. Ela explica que os benefícios da fisioterapia respiratória são diversos, como a diminuição na falta de ar ou cansaço, aumento da força muscular respiratória, melhora na capacidade funcional e a tolerância no exercício, aumento dos volumes e capacidades pulmonares, entre outros. “Paciente terá mais disposição, melhora qualidade do sono, terá mais força e mais qualidade de vida”, acrescenta.


Cardiopatias na Isenção do IR: como funcionam e como obter?

A isenção do imposto de renda é garantida, dentre muitos fatores, a contribuintes que apresentem alguma das 17 doenças categorizadas através da Lei nº 7.713/88. Dentre elas, problemas de saúde enquadrados nas denominadas cardiopatias graves, são alguns dos diagnósticos mais comuns e solicitados para recuperação do IR. Mesmo sendo um pedido comum, certos desafios e entraves podem ser enfrentados por aqueles que desejam solicitá-lo – devendo, assim, se atentar aos fatores primordiais exigidos pelos órgãos reguladores para sua aprovação.

Para fins de restituição, nem todas as cardiopatias são elegíveis pela nossa legislação. Em uma definição direta, as doenças graves são apenas aquelas que gerem algum grau limitante ao paciente – ou seja, com repercussão clínica sentida pela pessoa ou, ao menos, diagnosticada através de exames, mesmo diante da ausência de sintomas. Ainda, sua classificação independe do tratamento realizado pelo contribuinte, podendo ser em objetivo curativo ou paliativo, visando prolongar a qualidade de vida trazendo o máximo conforto possível.

Dentre os exemplos mais comuns vistos nos laudos médicos enviados para os órgãos reguladores, é possível encontrar uma longa lista de cardiopatias graves recorrentes – abrangendo casos congênitos pela transposição de grandes vasos, uso de marca passo, miocardiopatias (as quais provocam perda progressiva das funções), insuficiências cardíacas, e determinadas categorias de arritmias.

Diante de tantos critérios de enquadramento de cardiopatias graves para fins de restituição e isenção, a definição do estado atual no qual o paciente se encontra é um dos principais entraves iniciais enfrentados. Afinal, mesmo para condições já clinicamente curadas via tratamentos curtos ou extensos, muitas cardiopatias demandarão de cuidados permanentes para o resto da vida – assim como é o caso do marca passo. Mesmo sendo um recurso eficaz via procedimento cirúrgico, o equipamento exige uma troca periódica de, normalmente dez anos, como forma de garantir seu funcionamento adequado.

Por isso, um dos maiores requisitos para conquista da isenção do IR por cardiopatias graves, é um detalhamento sucinto e objetivo da condição de cada paciente em um laudo médico – o qual deve, obrigatoriamente, ser preenchido por um profissional que atue na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste documento, deverão constar, dentre muitos dados: a expressão clara da cardiopatia grave, seguida da especificidade da doença enquadrada na categoria; seu CID; a data do início da doença ou de seu diagnóstico; tratamento realizado ou o qual está sendo feito; resultados de todos os exames feitos; estado clínico atual e, ainda, perspectivas de cura ou melhora, mediante o tratamento finalizado ou em andamento.

Todos esses dados devem ser informados de forma mais clara possível, principalmente levando em consideração que a análise de requerimento de isenção será feita por um auditor fiscal que não será especialista na área médica. Qualquer erro, falta de informações ou desencontro, poderá entravar a solicitação de restituição – especialmente, diante de tantas declarações recebidas pelos órgãos reguladores. Neste ano, como exemplo, o número de documentos enviados para a Receita Federal bateu recorde, totalizando mais de 36,3 milhões.

Uma vez preenchido, o processo de restituição envolverá duas etapas. Na primeira, o laudo deverá ser encaminhado ao INSS ou órgãos complementares para avaliação. Aqui, é importante que o documento seja escrito com base no modelo padrão desenvolvido pela própria Receita, como forma de garantir que todos os dados exigidos sejam fornecidos, sem espaço para questionamentos. Quando aprovado, o contribuinte poderá seguir para a solicitação da restituição dos valores indevidos.

Em toda essa jornada, o laudo bem elaborado será a peça-chave de sucesso para a recuperação dos valores devidos graças à cardiopatia grave enfrentada. Principalmente, diante da possibilidade de ficar retida na malha fina – sendo o documento que servirá como comprovação de isenção.

Muitas dúvidas e questionamentos são enfrentados por inúmeros contribuintes que iniciam este processo de isenção e restituição. Diante de tantos critérios de avaliação e, obrigatoriedades burocráticas, é importante contar com o apoio de uma empresa especializada neste segmento. Apenas com esta expertise no ramo, será possível se certificar do cumprimento e adequação a todos os dados exigidos pelos órgãos reguladores e, a completa recuperação de todos os valores devidos.

 

 Dr. Tales Struecker - especialista em Clínica Médica e Cardiologia e médico assistente do Corpo Clínico do Acesso Saúde de Curitiba.

 Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/


Entrega voluntária para adoção é direito legítimo e pode ser adotada por qualquer mulher antes ou após o nascimento da criança

Processo ainda é considerado tabu e a divulgação de informações pode conscientizar mulheres e evitar situações de abandono, afirma Julia Spinardi, do Cescon Barrieu Advogados


O caso da atriz Klara Castanho, de 21 anos, que gerou muita repercussão na mídia nos últimos dias, trouxe à tona os debates e possibilidades da entrega voluntária para adoção. O procedimento é uma prerrogativa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e um direito da mãe ou da gestante, que, por razões particulares, não se sinta apta e/ou não deseje exercer a maternidade.

Julia Spinardi, advogada associada do Cescon Barrieu na área de Família e Sucessões e Planejamento Patrimonial e Sucessório, explica que esse é um direito garantido a qualquer mulher e não é restrito apenas a casos de estupro. Ela explica que o processo é conduzido pelo Poder Judiciário, por meio da Vara da Infância da Juventude.

“É garantido à mãe/gestante o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar (formada por assistentes sociais e psicólogos). Deve ser garantida, ainda, a proteção da mulher em relação a atos de constrangimento e o direito ao sigilo, para assegurar o direito à intimidade da criança entregue à adoção, assim como para que não haja o desestímulo à entrega voluntária”, explica.

As mulheres que decidem pela adoção voluntária devem procurar os órgãos da rede de proteção à infância, como o conselho tutelar e a rede de saúde. Na sequência, essas mulheres devem ser encaminhadas à Vara de Infância e Juventude, onde o processo será iniciado e acompanhado pelo Ministério Público.

Julia explica, ainda, que o processo pode ser iniciado antes ou após o nascimento da criança. “Quando ocorre após o nascimento, a vontade da mãe deverá ser manifestada em audiência judicial, na presença de representante do Ministério Público e, sendo confirmado o desejo, a criança deverá ser entregue e encaminhada aos centros de acolhimento ou aos adotantes. Além disso, a equipe multidisciplinar avalia o quadro materno de modo a assegurar que o estado puerperal (ou outra condição clínica) não afeta a tomada de decisão”, destaca a especialista.

A advogada explica que ainda há grande desconhecimento sobre o tema e ressalta que o assunto é um tabu por conta do machismo estrutural da sociedade. Por isso, ela reforça que a disseminação de informações sobre o tema contribui para a conscientização. “Ainda é muito latente a ideologia de que a maternidade é função compulsória e obrigatória, e assim grande parte de nossa sociedade enxerga – equivocadamente – a entrega à adoção como verdadeiro crime de abandono, fato que acaba desestimulando o exercício desse direito e, por consequência, propiciando atos de verdadeiro abandono (e de adoções ilegais)”, finaliza.

 

 

Cescon Barrieu

www.cesconbarrieu.com.br

 

Como reduzir o gap salarial entre as diferentes regiões do Brasil?


A Lei da Oferta e Demanda, criada Adam Smith, rege o mercado como um todo, impactando não apenas a economia, como também a operação de negócios dos mais diversos portes e segmentos, trazendo à tona um gap salarial inevitável entre as diversas regiões de um país. Mesmo diante de inúmeros fatores econômicos internos e externos que influenciam essa diferença, algumas mudanças no mercado de trabalho têm proporcionado uma maior igualdade salarial entre regiões, sendo a principal delas, o formato de trabalho remoto.

Diferenças salariais sempre existiram no mundo corporativo, por fatores variados. Dentre eles, a maior ou menor demanda e oferta de profissionais em cada região, é um dos principais motivos – afinal, enquanto grandes polos trabalhistas necessitam de mais talentos qualificados, com conhecimentos ou experiências específicos, regiões com um mercado mais escasso ou com incapacidade de formação dos profissionais na mesma velocidade que o mercado demanda, enfrentam uma baixa de talentos disponíveis.

O custo de vida em cada local, ainda, é outro fator determinante nessa diferença salarial. Estar em uma cidade interiorana ou mais afastada dos grandes centros urbanos, muitas vezes, é consideravelmente mais barato de se viver do que em um centro econômico – característica que, consequentemente, contribui com tais diferenças salariais. No Brasil, um estudo feito pela Mercer identificou que o custo de vida no território nacional pode variar em até 14% entre os estados.

Esses fatores sempre desencadearam uma migração de profissionais para localidades que ofereçam melhores oportunidades de emprego, com remunerações mais altas. No entanto, essa realidade vem mudando. Com a ascensão do trabalho remoto, não raro, o movimento tem sido o oposto. Profissionais que trabalham em home-office estão optando por viver em cidades mais afastadas dos grandes centros, conciliando qualidade de vida com remuneração adequada.

A pandemia foi o grande fator responsável por quebrar barreiras geográficas em termos de empregabilidade e remuneração. Praticamente, proporcionou que diversas empresas pudessem contratar profissionais de qualquer parte do mundo, sem qualquer prejuízo para a entrega de resultados e prosperidade da companhia. Comprovadamente, um estudo feito pela Fundação Dom Cabral mostrou que cerca de 60% dos profissionais se sentem mais produtivos podendo trabalhar de suas casas. Favorecidos, ainda, pela redução de custos com escritórios físicos e outros gastos rotineiros, o trabalho remoto se tornou um modelo crescentemente, como forma de elevar a contratação de profissionais qualificados.

Uma faixa salarial adequada para cada cargo depende, primeiramente, de um entendimento claro e aprofundado do empregador sobre quais são os conhecimentos técnicos desejados necessários e perfil comportamental desejado. Posteriormente, a sugestão é “ir ao mercado”, buscando entrevistar profissionais dentro destes requisitos e, visando compreender quais são as suas expectativas salariais para um próximo passo de carreira, suas necessidades, quais os benefícios que mais valoriza e, principalmente, quais não abre mão.

Com esses dados reunidos, é importante compará-los com o que tem sido praticado pela empresa e, também, com as médias oferecidas no mercado. Com isso, estabelecer um valor coerente de acordo com a realidade da empresa e com as expectativas do candidato, assim, possibilitando a atração do mesmo para o seu projeto.

O conhecimento sobre as práticas do mercado é fundamental para que as empresas não fiquem defasadas em termos de remuneração e, para que não percam sua capacidade de retenção de talentos. Nessa missão, aquelas que apostarem no trabalho remoto como um dos possíveis modelos de contratação, certamente terão mais chances de colherem bons frutos tanto em atração, quanto para a satisfação interna e a prosperidade do seu de seu negócio. 

 

Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/


Experiências imersivas ao consumidor: tendência ou marketing estratégico?

Clayton Cunha, professor dos cursos de Marketing e Gestão Comercial da Unicid, aponta que as novas experiências imersivas vieram para ficar e são fundamentais para atrair o público nesta nova era 

 

Já há algum tempo que o mercado em diversos países, incluindo o Brasil, vive uma nova era: a que oferece ao consumidor uma experiência imersiva. Estabelecimentos como restaurantes e shoppings, além de diferentes marcas e suas lojas, estão aderindo a esse conceito que, por exemplo, traz comidas interativas, locais “instagramáveis” e temáticas alternativas para atrair antigos e novos clientes.

Para Clayton Cunha, professor dos cursos de Marketing e Gestão Comercial da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid), as experiências imersivas vieram para ficar. “O isolamento social nestes últimos dois anos fez com que as pessoas descobrissem os serviços de delivery e mesmo com a pandemia da Covid-19 de certa maneira controlada, muitos ainda optam por ficar em suas residências. Com isso, as experiências imersivas, que antes da pandemia já eram tendência no mundo todo, agora são fundamentais para fazer os clientes saírem de casa com algo que vai além do trivial, bem como proporciona com que o consumidor faça suas melhores experiências, o que pode definir o consumo futuro”, explica.

O cenário de experiência ao consumidor vem gerando algumas especulações do mercado e empresas, se de fato é uma tendência ou é somente um marketing estratégico momentâneo. Clayton, no entanto, diz que a fase de tendência já passou. “Hoje trata-se de uma das mais importantes estratégias de marketing. Desde que a Disney inaugurou esse conceito na década de 1950, as companhias descobriram que envolver o público em uma experiência faz com que o relacionamento e, como consequência, a fidelidade do cliente sejam maiores. Desde então, o conceito é utilizado por restaurantes, shopping centers, determinadas marcas de vestuário e equipes e ligas esportivas”.

Outro ponto fundamental para as experiências imersivas estarem se destacando como os principais atrativos ao consumidor na atualidade é devido o mercado estar cada vez mais competitivo. “Essa competitividade faz com que aquilo que é comum e esperado seja cada vez mais ignorado pelos clientes, ainda mais com o advento maior das empresas que atuam on-line. Em São Paulo, por exemplo, existem alguns estabelecimentos no meio do grande centro urbano que têm como principal atrativo fazer com seus clientes se sintam na Idade Média, outros que fazem os clientes se sentirem na Savana Africana, bem como não podemos deixar de destacar as barbearias com serviços mais exclusivos e os pubs com cervejas artesanais, entre outros tipos”, ressalta o professor.

Esses novos atrativos ao consumidor têm o intuito de fazer com que os estabelecimentos sejam diferentes, com conceitos e experiências únicas e atinjam aquele público-alvo esperado, além de gerarem a diferenciação necessária para competir no mercado.

Cunha acredita que as empresas e marcas que não forem se inovando e propondo experiências diferentes ao consumidor terão cada vez mais dificuldades no mercado. “A inovação é o grande combustível para competitividade no século XXI, principalmente agora que temos tecnologias e empresas cada vez mais disruptivas. Vale lembrar que já existem supermercados autônomos espalhados pelo mundo, empresas que fazem suas compras on-line, modelos preditivos que fazem análises de consumo através de algoritmos de inteligência artificial, entre outras metodologias que serão cada vez mais utilizadas pelas companhias, independente do seu porte. E quem não se adequar a esse novo mundo, provavelmente perecerá”.

Como dica para acompanhar as novas mudanças e necessidades de mercado, o professor aponta que as empresas devem ficar atentas a tudo que pode fazer o consumidor a considerar única no mercado. Sendo assim, promover pesquisas de mercado constantes para conhecimento ou mensuração da satisfação dos clientes é de suma importância para a devida apuração de tendências e possíveis inovações, assim como para a própria sobrevivência da empresa.

O professor de Marketing e Gestão Comercial da Unicid reforça que a informação é o motor da inovação. “Quanto mais conhecimento as empresas terem sobre os clientes (atuais e possíveis), maior será a chance de competir no mercado. Sem o devido conhecimento a respeito dos consumidores, as companhias acabam por ‘chutar’ suas estratégias. Também é comum que muitos empresários baseiem suas táticas de marketing somente em sua experiência. Ter experiência é longe de ser ruim, porém, faz-se muito necessário que empresas e empresários (as) abram a cabeça para o novo e aceitem informações que os tirem de seu status quo”, finaliza.

 

Universidade Cidade de São Paulo – Unicid 

 www.unicid.edu.br 

Nosso Jeito de Ensinar

 

O livro não está apenas sobre a mesa


Opinião

The book is on the table, mas muito mais do que isso. Hoje, a língua é uma commodity vital no mundo globalizado. A economia baseada em serviços e informações faz exigências crescentes sobre as habilidades linguísticas dos envolvidos, novas tecnologias e mídias mudam o cenário cultural, a migração produz populações linguisticamente mais diversas em todo o mundo. Esses desenvolvimentos mudam as condições em que línguas são aprendidas e ensinadas. 

A globalização e o ensino de línguas devem levar em consideração as questões que esse processo traz para a jornada de aquisição de uma língua adicional. Reunindo várias vertentes no debate da globalização, há muito a ser explorado nos temas que vão da alfabetização ao bilinguismo e da identidade à internet. As escolas que incluem uma jornada bilíngue em seus currículos precisam olhar para bem além da sala de aula.  

Aprender cores e contar até dez não pode mais ser o objetivo de uma aula de inglês, por exemplo. Essa aula deve acomodar, também, discussões sobre contextos e habilidades que podem ser explorados na relação entre o aluno, seus pares e os outros, na vida de cada estudante, família e comunidade local e global, da multiculturalidade à transdisciplinaridade. 

Língua é o meio primário da interação social humana e a interação é o meio pelo qual as relações sociais são construídas e mantidas. E, embora ainda haja muita interação cotidiana dentro das redes locais, como tem ocorrido ao longo da história humana, bilhões de pessoas em todo o mundo também participam de redes que vão além do local. As novas tecnologias de comunicação permitem que os indivíduos tenham intercâmbios regulares com outros que nunca conhecerão pessoalmente. 

A distância, sabemos, não é um problema para essas redes não locais, mas a língua continua sendo uma questão de importância prática. A comunicação global requer não apenas um canal compartilhado (como a internet ou uma videoconferência), mas também um código linguístico compartilhado. Para muitos intercambistas, os códigos relevantes terão sido aprendidos em vez de adquiridos de forma nativa. Em muitos contextos, então, a intensificação das relações sociais mundiais também intensifica a necessidade de membros de redes globais desenvolverem competência em uma ou mais línguas adicionais, ou dominar novas formas de usar idiomas que já conhecem. Ao mesmo tempo, a globalização muda as condições em que ocorre o processo de ensino e aprendizagem de idiomas. 

Em escolas brasileiras que ofertam a possibilidade de os alunos conviverem com uma língua adicional ao português, que na imensa maioria é a inglesa, há uma oportunidade gigantesca para explorar dezenas de contextos a partir de cada tema a ser trabalhado no cronograma anual. Além dos tradicionais, muito bem compreendidos pela maioria dos professores, a criação de vínculos com outras áreas do conhecimento, da exposição artística e cultural de outros povos, do pensamento crítico com perguntas norteadoras e da colaboração ao escutar, falar, compreender, argumentar e mediar, construindo pontes entre indivíduos, núcleos sociais, comunidades e panoramas mundiais, são extremamente relevantes e possíveis. Principalmente porque o inglês propicia um infindável acesso para além do livro didático. 

O protagonismo do docente de Língua Inglesa, atualmente, não pode ficar somente no áudio e vídeo de um ponto gramatical ou de uma celebração específica oriunda de países anglófonos com alguma canção memorizada, por exemplo. É primordial aproveitar essa oportunidade para fazer a diferença na vida dos alunos porque eles precisam ultrapassar os limites do livro e da carteira, compreendendo o seu papel como cidadãos de um país portadores de ferramentas que ecoem a sua voz para além das fronteiras. 

Isso se faz com muita riqueza cultural e linguística, que vai auxiliar a promover ainda mais a compreensão e a análise crítica do que ocorre em outros lugares no planeta onde a vida se organiza de forma diferente. Afinal, há muitas mesas e muitos conteúdos no mundo que são trazidos até nós pelo inglês. Seize this time. The book is not only on this table

  

Luiz Fernando Schibelbain - gerente de conteúdo no PES English


Como o voicebot pode transformar o varejo?

Pressionados pela constante alta demanda, o setor varejista se tornou o mais preocupado em trazer investimentos tecnológicos para facilitar seu cotidiano. Em busca de garantir um atendimento próximo, personalizado e mais humanizado possível, o uso de voicebots tem se mostrado uma ferramenta poderosa nessa missão, capaz de criar uma verdadeira revolução na comunicação entre o varejo e seus clientes.

Desenvolvidos para atuar em diversos pontos ao longo da jornada de compra dos consumidores, o uso destes agentes virtuais de voz no atendimento ao cliente é capaz de solucionar um alto volume de dúvidas e demandas corriqueiras dos usuários, de forma simples, automatizada e a um baixo custo.

Seja para solicitar uma segunda via do boleto, consultar preços, rastrear pedidos ou cancelar uma aquisição, os voicebots trazem uma enorme agilidade na resolução de problemas no varejo, sem que os usuários tenham que aguardar em filas extensas, por longos períodos, até que sejam atendidos por telefone ou pessoalmente.


Quais os benefícios do voicebot para o varejo?

Ao entrar em contato, o cliente pode se deparar com uma série de opções personalizadas, de acordo com suas necessidades – trazendo, em sua essência, um equilíbrio entre a objetividade no atendimento e uma humanização fundamental para a satisfação com a marca.

Com a digitalização utilizada como base deste relacionamento, a escalabilidade no atendimento é extremamente beneficiada, uma vez que dispensa a necessidade de um profissional para sanar dúvidas comuns do dia a dia. Afinal, o voicebot é considerado como uma das ferramentas comunicacionais mais inclusivas do mercado, carregando um maior poder empático na conversação por voz.

Não à toa, frente a tamanhas vantagens, dados divulgados pelo estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro” mostram que 87% dos varejistas já incorporam as transformações tecnológicas em sua rotina – sendo considerado como uma prioridade de investimento para 50% das empresas.

Dentre todas as ferramentas disponíveis no mercado, o voicebot commerce se mostra como uma das mais poderosas tendências para o varejo. Voltados para facilitar e otimizar compras através de ligações, esses assistentes virtuais permitem que o setor ofereça produtos personalizados e complementares aos consumidores, com serviços que estejam alinhados a seus perfis e demandas.

Um de seus maiores diferenciais está, justamente, na possibilidade de serem programados para realizarem ligações automáticas oferecendo cupons de descontos estrategicamente direcionados a seu histórico de compras, promoções, e muitas outras ações que contribuam para uma maior satisfação no atendimento, retenção com a marca e, ainda, menor abandono do carrinho.

Implementar o agente virtual de voz na rotina do setor varejista é uma estratégia fundamental para garantir uma comunicação mais otimizada e assertiva com os consumidores e, acima de tudo, promover uma maior satisfação, retenção e aumento de vendas frente aos concorrentes que dispensarem os benefícios deste recurso em suas operações. Mas, para alcançar tamanho êxito, certos pontos devem ser levados em consideração.


Como implementar o voicebot no varejo?

Para que consigam evoluir constantemente e acompanhar as demandas do público-alvo, os voicebots precisam ser desenvolvidos com base em um mapeamento minucioso acerca do perfil e desejos dos consumidores de cada companhia. É preciso compreender a fundo o tipo de atendimento esperado, seus desejos e como conciliar todas essas demandas com o objetivo desejado no uso do agente virtual.

Em um exemplo prático, caso a ferramenta seja destinada para elevar o volume de vendas do negócio, a voz utilizada no atendimento deve ser a mais empática possível – trazendo sentimento e entusiasmo para que o cliente não sinta grandes diferenças na qualidade da conversação quando feita por um profissional. Em objetivos de cobranças, pagamentos ou assuntos correlacionados, o agente deve ser programado com um tom mais conservador e formal, adequado para este fim.

A definição eficaz do drive de voz do voicebot é um fator determinante para sua assertividade no varejo. Quando desenvolvido com base nas necessidades do público-alvo e em um ritmo de cadência direcionado para tais perfis, os varejistas, certamente, conquistarão mais satisfação de seus consumidores e uma grande valorização da marca no mercado. 

 

Leonardo Coelho - Head de Customer Sucess e Product Manager do Voice Bot na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Perguntas obrigatórias do Brasil aos candidatos

 

Em pouco mais de três décadas, o Brasil mergulhou numa crise econômica profunda que transcende a questão político-partidária e continua a castigar a população, sobretudo a mais pobre. O crescimento econômico do País é pífio se comparado com outros períodos. Durante os cinco anos do governo de Juscelino Kubitschek (1956-61), o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 8,06% ao ano. No recorte histórico dos 32 anos que antecederam a nova Constituição Federal (de 1956 a 1988) o Brasil registrou crescimento médio de 6,39% ao ano, desempenho jamais alcançado depois disso. Nos 32 anos pós-Constituição de 88 (1989 a 2021) o crescimento médio despencou para 2,05% ao ano e, nos últimos 12 anos (2011 a 2022), sequer atingiu um dígito, ficando na média inferior a 0,80% ao ano.

Não raramente creditam esse raquítico desempenho às crises externas. Um argumento insustentável. Basta compararmos. Ainda que nesse período de fato o mundo tenha atravessado diversas crises, enquanto o Brasil crescia somente 2,05% ao ano, a China apresentava crescimento anual superior a 10%; a Índia crescia à ordem de 7,4% ao ano, a Coreia do Sul, 6,74%; o México, 5,71%; os Estados Unidos, 4,43%; o Reino Unido 3,72% e a Alemanha, 3,47%. Todas essas nações souberam enfrentar as oscilações externas enquanto o Brasil buscava culpados, somava seguidos planos econômicos de resultados medíocres e afundava na estagnação, culminando agora com a inflação atingindo novamente altos patamares e o fantasma da fome assombrando 33,1 milhões de brasileiros.

Em vez de trilhar o caminho mais fácil de colocar a culpa nas crises estrangeiras, o Brasil precisaria ter a coragem de admitir as verdadeiras razões que provocaram tal situação, a começar de alguns dispositivos inseridos na Constituição de 88 e de equívocos históricos, como a aprovação da emenda da reeleição para cargos executivos.

Se de um lado a Constituição Cidadã trouxe inegáveis avanços no campo social, de outro possibilitou fenômenos que se mostraram desastrosos à Nação. Um exemplo é a farra de criação de municípios: mais de 1.440 deles surgiram desde então, a maioria com população inferior a 8.000 habitantes e sem qualquer viabilidade econômica, dependendo exclusivamente dos repasses constitucionais do FPM, ICMS e FUNDEB para se manter.

Outra excrecência nacional é a amplitude garantida ao instituto do foro privilegiado, benefício que alcança 55.000 pessoas, número sem similar em qualquer outro país do mundo. Trata-se de verdadeiro escudo de impunidade, em contrariedade ao artigo 5º da Constituição, segundo o qual todos são iguais perante a lei.

Igualmente desastrosa se mostrou a admissão da reeleição para cargos executivos. Com ela, os prefeitos, governadores e presidentes eleitos tomam posse e no primeiro dia de governo já estão com o pensamento voltado para a conquista do próximo mandato. Para concretização do novo projeto político, rapidamente as gestões se transformam em governos de cooptação, com a concessão de privilégios injustificáveis e a instalação de verdadeiros feudos partidários. Correção que poderia ser feita com a fixação de mandatos mais extensos – garantindo tempo hábil para a consolidação de programas de governo -, sem possibilidade de reeleição.

Nada justifica também o gigantismo da máquina pública que compromete 42% das receitas dos três entes federativos (União, Estados e Municípios) enquanto, paradoxalmente, mantém-se remuneração indigna a professores e profissionais da saúde e da segurança pública.

De igual forma, a corrupção endêmica que drena os cofres públicos é estimulada pela impunidade decorrente na nociva massificação do foro privilegiado e do excesso de recursos judiciais e filigranas jurídicas que levam à prescrição dos crimes praticados contra os cofres públicos. Como lembrou o ministro do STF Luiz Fux em recente evento, ninguém pode esquecer de que houve corrupção na história recente do Brasil, apesar de anulações de sentenças da Operação Lava Jato, por “questões formais”.

Outra consequência nefasta desse período pós-Constituição de 88 é a farra dos gastos tributários, na verdade concessões de renúncias ou isenções fiscais injustificadas e contrárias aos artigos 3º, 43º, 151 e 165 da Constituição Federal. São recursos da ordem de R$ 380 bilhões/ano, o correspondente a 4,2% do PIB nacional, que seriam suficientes para dobrar o atendimento no SUS, aumentar em 100% o salário de professores e profissionais da saúde e da segurança pública, eliminar em seis ou sete anos o déficit habitacional, dobrar o contingente da Polícia Federal e gerar milhões de empregos todos os anos, garantindo renda e dignidade para significativa parcela da população brasileira.

Agora, com a proximidade das eleições, o eleitor precisa saber o que pensam os candidatos a respeito dessas questões cujo enfrentamento é crucial para os rumos do País. Até o momento, os pré-candidatos apresentaram mais do mesmo, fazendo abordagens apenas superficiais dos principais problemas nacionais e prometendo soluções pontuais e espasmódicas.

Jornalistas, radialistas, debatedores e influenciadores precisam questionar os précandidatos e, depois, os candidatos homologados, para que eles se posicionem com firmeza em relação a esses problemas que emperram a nação. É necessário que o eleitor saiba com clareza quem é favor e quem é contra a reeleição e qual candidato assume publicamente o compromisso de propor a revisão desse instituto. 

“O senhor (ou a senhora) se compromete a combater a corrupção desde o primeiro dia de seu governo?”. Esta é outra pergunta obrigatória. A seguinte é se irá propor alteração na Constituição para tornar imprescritíveis os crimes praticados contra a administração pública, para o restabelecimento da prisão em segunda instância e para proibir que réus na Justiça – mesmo sem condenação definitiva – sejam impedidos de concorrer a cargos públicos.

É a hora de os candidatos responderem se concordam com o foro privilegiado da forma como vigora hoje o instituto e se irão propor mudanças. Os profissionais da imprensa, cujo trabalho é essencial a democracia, precisam perguntar clara e objetivamente aos postulantes a governador e a presidente da República se eles são a favor da redução dos tributos estaduais e federais sobre a cesta básica, medicamentos, energia elétrica, óleo diesel e gás de cozinha, e o que pretendem fazer sobre o tema. Da mesma forma, a população quer saber quem está compromissado com a redução do gigantismo da máquina pública e quais dos candidatos apresentarão propostas coerentes, concretas, dimensionando os custos das realizações prometidas e as fontes de recursos para sua viabilização.

Somente tais questionamentos poderão buscar transparência e fazer frente ao festival de promessas vazias que costumam ser despejadas no horário eleitoral gratuito. É preciso quebrar a plasticidade que emoldura os candidatos na campanha, dissecando seus projetos para o país e revelando o que é promessa caça-voto e o que efetivamente ataca o necessário e factível. Sem isso, o voto – obrigatório – nunca será verdadeiramente consciente.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor do livro “Brasil, um país à deriva”.

 

Inner skills: como elas podem combater a Síndrome de Burnout?


O sucesso profissional já deixou de ser pautado apenas pelas hard skills. De nada adianta ter competências técnicas, sem a capacidade de saber lidar com colegas de diferentes personalidades e, acima de tudo, ter um autoconhecimento sobre suas emoções e limites. Neste novo cenário, as inner skills, como são denominadas este conjunto de habilidades intrapessoais, precisam receber seu devido destaque como chaves essenciais para um crescimento próspero nas empresas, inclusive, combatendo a chamada Síndrome de Burnout.

Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, o Burnout, se tornou uma doença ocupacional em 01 de janeiro desse ano, pela OMS - Organização Mundial da Saúde, devido aos índices alarmantes atingidos durante a pandemia. Em dados divulgados pelo Índice de Bem-estar Corporativo do Zenklub, cerca de 58% dos profissionais defendem que o Burnout é o maior inimigo do bem-estar. Quem sofre com o problema, sente cansaço físico e mental aliado ao trabalho. Sintomas que podem ser superados pelo desenvolvimento das inner skills.  

Ao invés de valorizar apenas as habilidades técnicas ou as sociocomportamentais – pertencentes às chamadas soft skills – as inner skills se referem ao conhecimento intrínseco do emocional de cada indivíduo. Ou seja, a capacidade em desenvolver suas próprias emoções em prol do maior equilíbrio possível, de forma que consiga ter mais controle sobre seus sentimentos e como agir nas mais diversas situações do dia a dia, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Mesmo sendo um termo ainda pouco explorado no mercado, seus benefícios se mostram claramente perceptíveis por aqueles que buscam desenvolvê-las ao máximo. Ao compreender melhor sua própria mente e pensamentos, o convívio entre os profissionais de uma mesma empresa se torna muito mais harmonioso, evitando conflitos desnecessários pela falta de comunicação ou capacidade de resolução de problemas que possam acontecer durante a rotina de trabalho.

Relacionamentos mais efetivos e estruturados são essenciais para times bem equilibrados, uma vez que o autodomínio reflete diretamente em nossas ações cotidianas. Quando potencializados, as companhias tendem a ter ganhos crescentes de desempenho e produtividade, pela melhor gestão interna individual e o consequente dinamismo aperfeiçoado entre todos os membros da empresa.

Muito além de tais vantagens, as inner skills são habilidades essenciais para uma melhor saúde mental. Ao contrário do que muitos acreditam, o Burnout não é ocasionado meramente pela sobrecarga de trabalho. Mas, sim, pelo baixo autoconhecimento e capacidade de identificar seus limites, perpetuando rotinas exaustivas que visam apenas da satisfação dos líderes.

A falta de atenção a essas questões, traz danos severos para todos os envolvidos, evidenciando a importância de aprimorar o entendimento próprio como habilidade essencial para um desenvolvimento individual e corporativo.

O autoconhecimento depende de um processo de observação intenso por ambas as partes. Em um primeiro momento, o profissional precisa iniciar uma jornada de observação mais minuciosa, compreendendo quais situações desencadeiam sentimentos incômodos e diferentes que tenha mais dificuldade para lidar e quais os recursos utilizados para agir com tais adversidades.

De forma conjunta, o feedback de colegas, superiores e, especialmente, dos líderes, também são extremamente importantes de serem concedidos a todo o momento. Seja pelo mapeamento de perfis ou atividades corporativas através de mentorias, meditação, terapias individuais e coletivas, consultorias ou coaching, esse olhar de fora pode trazer pontos essenciais para uma avaliação pessoal, acerca dos comportamentos costumeiros e sobre como melhorá-los.

Diante de tantas mudanças no mercado, se tornou clara a incapacidade de contratar e reter profissionais, apenas buscando aqueles que tenham habilidades técnicas excepcionais. Muito além de desenvolver as inner skills individualmente, é importante que os líderes e gestores compreendam a importância dessas habilidades para a vida pessoal e o ambiente de trabalho de cada um.

É preciso entender essas demandas, estar antenado às necessidades e exigências do mercado e, principalmente, promover práticas positivas que incentivem esse autoconhecimento entre todos. Assim, não apenas os profissionais se sentirão melhores consigo mesmos, como todo o ambiente e colegas com quem convivem, criarão um relacionamento muito mais saudável e próspero para o crescimento da empresa no mercado, longe do Burnout. 

 

Pollyana Guimarães - idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.

 

Evoluzi

https://evoluzi.com.br/


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