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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Meningite meningocócica: conheça mitos e verdades sobre a doença


Causada pela bactéria Neisseria meningitidis, a meningite meningocócica é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, sendo considerada uma doença potencialmente grave, que pode deixar sequelas no paciente e até mesmo levar a óbito em até 24 horas. 1,2,3,5 

Devido à sua gravidade e rápido poder de evolução no quadro clínico, é importante que a população conheça mais sobre a meningite meningocócica. 1,2 Confira, abaixo, alguns mitos e verdades sobre a doença.

 

Só existe um tipo de meningite.

MITO. A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. 2,5 Em geral, as meningites bacterianas são preocupantes e, dentre elas, destacamos a meningite meningocócica, que é causada quando a bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo) atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. 2,3,5,7

O meningococo possui 12 tipos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns: A, B, C, W e Y. 2, 3 Quando observamos todas as faixas etárias, o sorogrupo de maior incidência no Brasil é o C. 18 Já em bebês no primeiro ano de vida e crianças menores de 10 anos, o sorogrupo B é o principal causador da doença. 9

 

A meningite meningocócica não é uma doença tão comum, mas é grave.

VERDADE. A meningite meningocócica pode causar sequelas graves como amputações e até mesmo levar a óbito. 1,2 Em 24 horas, a doença pode mudar o rumo da vida do paciente: a evolução rápida e a alta letalidade da meningite meningocócica são algumas das características mais preocupantes da infecção. 1,2,5,7

 

Assim como a COVID-19, a meningite meningocócica pode ser transmitida por gotículas respiratórias.

VERDADE. O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra, por contato com gotículas ou secreções respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. 2, 4

 

A meningite meningocócica acomete apenas bebês e crianças.

MITO. Apesar de acometer as crianças, principalmente as menores de 5 anos, a meningite meningocócica pode acometer todas as faixas etárias. 5 Além disso, até 23% dos adolescentes e adultos jovens podem ser portadores do meningococo e podem transmitir a doença mesmo sem adoecer, sendo chamados de portadores assintomáticos. 6 

 

Os sintomas iniciais da meningite meningocócica podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.

VERDADE. Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas. 5,7 Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. 7 Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, choque, infecção generalizada, falência múltipla de órgãos e risco de óbito. 5,8 

 

A meningite meningocócica não tem cura.

MITO. Se a doença for diagnosticada rapidamente e o tratamento adequado for iniciado, a maior parte dos pacientes podem se curar completamente. 5 Entretanto, mesmo com esses passos, a meningite meningocócica tem alta letalidade e pode deixar sequelas. 2,5 Se não for tratada, a doença é fatal em 20% a 30% dos casos e, dentre os sobreviventes, 10% a 20% apresentam alguma sequela como dano cerebral, perda auditiva ou amputação de membros. 2,7

 

A vacinação é a principal forma de prevenção contra a meningite meningocócica.

VERDADE. A vacinação é a principal forma de prevenção contra a doença. 5 Atualmente, existem vacinas para a prevenção dos cinco sorogrupos ou tipos mais comuns no Brasil: A, B, C, W e Y. 9,10 

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para bebês, com doses administradas aos 3 e 5 meses de idade, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado em crianças menores de 5 anos de idade. 11 Além disso, visando aumentar a proteção contra a doença meningocócica, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, ampliou, até julho de 2022, a vacinação gratuita contra o meningococo C para todas as crianças menores de 11 anos (de até 10 anos, 11 meses e 29 dias) que ainda não tenham recebido o imunizante. 17

A vacina contra os sorogrupos A, C, W e Y também está disponível no PNI para adolescentes entre 11 e 12 anos. 12 

Nas clínicas privadas de vacinação está disponível a vacina contra o sorogrupo B. A recomendação de doses são previstas para os 3 e 5 meses, e mais uma entre 12 e 15 meses. Porém, estão disponíveis na faixa etária de 2 meses de idade a 50 anos. 13,14 As clínicas privadas ainda oferecem a vacina ACWY, disponível a partir de 2 meses de idade. 3, 13, 14

 

Também há vacinas disponíveis para os outros tipos de meningite.

VERDADE. Além do meningococo, a meningite também pode ser causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (ou pneumococo), agente infeccioso da doença pneumocócica. 5,15 O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza a imunização com a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) aos 2 e 4 meses, com uma dose de reforço aos 12 meses, que pode ser aplicada em crianças menores de 5 anos de idade. 11 E, nas redes privadas, são encontradas a vacina conjugada 13-valente (VPC13), com esquema semelhante de doses da VPC10, e a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23), que é indicada para crianças acimas de 2 anos que possuam algum problema de saúde que aumente o risco para doença pneumocócica. 19,20

Para as crianças com indicação clínica especial, a vacinação pneumocócica está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) -- unidades públicas com infraestrutura e logística para atender indivíduos com quadros clínicos especiais, tais como imunodeficiências, doenças crônicas, transplantados, entre outras condições. 14,16

Outro importante causador da meningite, além do meningococo e do pneumococo, é a bactéria Haemophilus influenzae tipo B, que também pode ser prevenido através da vacinação. 5,14

Além disso, outras formas para a prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. 5

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.


 

GSK

https://br.gsk.com/
 

Referências:

  1. THOMPSON, Matthew J. et al. Clinical recognition of meningococcal disease in children and adolescents. The lancet, v. 367, n. 9508, p. 397-403, 2006.
  2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal Meningitis. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coronavírus. Como é transmitido. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  6. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.
  7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  8. CASTIÑEIRAS, TMPP. et al. Doença meningocócica. In: CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  9. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "SOROGRUPO" para linha, "FAIXA ETÁRIA" para coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2019, 2020, 2021" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Vacinas. Perguntas e respostas. Perguntas e respostas sobre meningites. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  11. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da criança. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  12. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação dos adolescentes. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário vacinal SBIm 2021/2022: do nascimento à terceira idade (atualizado em 10/05/2021). Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2021. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  15. INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Doença pneumocócica: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  16. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. Disponível aqui. Acesso em: 14 fev. 2022.
  17. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Comunicado - Disponibilização da vacina meningocócica C (Conjugada) para as crianças e adolescentes não vacinados até 10 anos de idade. Disponível aqui. Acesso: 23 mar. 2022.
  18. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "SOROGRUPO" para linha, "ANO 1º SINTOMA" para coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2010-2021" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponível aqui. Acesso em: 8 dez. 2021.
  19. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente - VPP23. Disponível aqui. Acesso em: 20 mar. 2022.
  20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinas pneumocócicas conjugadas. Disponível aqui. Acesso em: 20 mar. 2022.

Ginecologista esclarece as principais dúvidas que ocorrem durante a gravidez

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Especialista da Criogênesis traz informações para sanar questionamentos comuns ao longo da gestação


Desde o momento da descoberta, a gravidez é motivo de alegria para a família. Independentemente se é uma mamãe de primeira viagem ou se já teve outro (s) filho (s) anteriormente, esse acontecimento é sempre muito especial e traz consigo inúmeras mudanças.

Ao longo dos próximos nove meses, tudo que ocorrer com o corpo da mãe pode afetar diretamente o bebê. Sendo assim, é comum que surjam muitas preocupações sobre realização de tarefas do dia a dia, para que o bebê não seja prejudicado. Com o intuito de auxiliar durante o período, Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , esclarece dúvidas mais comuns durante a gestação.

Confira:


• " Posso praticar exercícios físicos? "

Muitas mães se questionam sobre a prática de exercícios físicos, pois há o receio de prejudicar o bebê de alguma forma. Dr. Renato explica que algumas atividades são benéficas e ajudam a fortalecer a musculatura e o corpo da mulher para antes, durante e depois do parto. Porém, alguns não são muito indicados: "Não são todas as atividades físicas que são recomendadas durante a gravidez. As que demandam muito esforço ou que têm risco de acidentes, devem ser evitadas", indica.


• " Pode dormir de bruços? "

O especialista comenta que as grávidas podem dormir de bruços, desde que não haja nenhum incômodo na barriga ou na coluna. "O único problema é que o volume abdominal aumenta bastante a partir do 4º mês, o que torna mais difícil de dormir nessa posição. Deitar virada para o lado, com uma perna esticada e outra dobrada, pode ser mais confortável", ressalta.

Outra dica sugerida pelo médico é usar um travesseiro pequeno entre as pernas, e um grande para apoiar a barriga e tirar o peso, evitando dores musculares.


• " Pode tomar café durante a gravidez? "

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado é reduzir ao máximo a ingestão de bebidas com cafeína, incluindo chá preto, chá mate e refrigerantes durante a gestação. "Elas estão associadas às queixas frequentes entre grávidas, como a azia, e podem conter corantes artificiais e outras substâncias prejudiciais ao bebê", comenta.


• " Têm alimentos que devem ser evitados? "

Ao longo da gestão é necessário ter cuidados especiais com a alimentação. "Diversos alimentos podem prejudicar o desenvolvimento do bebê e a saúde da gestante, entre eles os com excesso de açúcar, peixes crus, frutas e legumes mal lavados e leites e queijos não pasteurizados, pois podem estar contaminados", comenta Dr. Renato. Para estabelecer um cardápio saudável, o ideal é buscar o acompanhamento de um nutricionista.


• " Quais dores são comuns? "

"Dor nas costas durante a gestação é bem comum entre as grávidas. Muitas mulheres também relatam incômodos nas pernas (dor e peso) principalmente na região inervada pelo nervo ciático, além, claro, dos pés inchados", informa.

O especialista afirma que também é normal uma dor no osso da virilha. "Com o crescimento do bebê e o aumento do peso, o desconforto cresce e pode piorar durante as estações quentes. Se sentir algo fora do usual, é necessário entrar em contato com obstetra", sugere.

 

Criogênesis

https://www.criogenesis.com.br


EVALI: saiba mais sobre a condição que pode surgir a partir do uso de cigarros eletrônicos


Mesmo sem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os cigarros eletrônicos vêm ganhando adeptos no país, em grande parte pela concepção de que o produto não é prejudicial à saúde. Mas, apesar das características físicas e sensoriais diferentes das do cigarro convencional, o produto traz sim riscos e pode até resultar no desenvolvimento de uma doença específica, a EVALI – lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico ou vaping.

Segundo a pneumologista do Centro de Medicina Torácica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Dornfeld Cunha Castro, a doença é caracterizada por uma lesão pulmonar que causa manifestações clínicas muitas vezes inespecíficas, porém potencialmente graves. “Os sintomas são diversos e vão desde manifestações gerais como febre, calafrio, fadiga e perda de peso até problemas gastrointestinais como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. E, pela inflamação pulmonar, o quadro pode vir acompanhado de falta de ar, dor torácica e tosse - por vezes com sangue”, comenta.

A médica conta que a evolução dos pacientes a partir do diagnóstico e do início do tratamento tende a ser satisfatória, porém não se deve descartar a possibilidade de agravo, com evolução para insuficiência respiratória e necessidade de tratamento em terapia intensiva, ou mesmo levar à morte. “A definição de caso de EVALI considera o uso do cigarro eletrônico nos 90 dias que antecedem o início do quadro clínico, de acordo com o que é preconizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA”, diz.

Para quem, ainda assim, avalia a hipótese do uso dos cigarros eletrônicos, a médica destaca que é importante considerar outros potenciais danos à saúde, além da EVALI. Isso se deve à composição do produto, que contém diversas substâncias nocivas e tóxicas para as células e genes, com efeitos irritantes e carcinogênicos. “A inalação destas substâncias leva a condições respiratórias agudas e potencialmente crônicas, como o enfisema, além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e câncer”, alerta a médica.

Dra. Marina reforça ainda os riscos do uso dos cigarros eletrônicos entre os jovens: “Os milhares de aromatizantes e saborizantes que podem ser adicionados ao líquido aumentam a taxa de experimentação e perpetuam o uso. Aliados às elevadas concentrações de nicotina, alguns dispositivos causam altíssimo potencial de instalação ultrarrápida de dependência”, conta. Tudo isso contribui para a manutenção do uso e leva à uma porta de entrada para o fumo de cigarros convencionais e ao uso duplo”.

Outras complicações são enfatizadas pela médica, que traz o alerta principalmente aos mais jovens. “Para este público, o consumo contínuo implica alterações no desenvolvimento cerebral, com danos a longo prazo na memória, capacidade de atenção e de execução de atividades. Pode ocorrer também intoxicação nicotínica por vaporização excessiva ou ingestão acidental ou intencional do líquido dos cigarros eletrônicos. Sem esquecer o risco de lesões potencialmente graves como queimaduras pela explosão da bateria do produto”, finaliza.

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

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Doenças cardiovasculares: por que não esperar o aparecimento de sintomas?

No Dia Mundial da Saúde, healthtech especializada na saúde do coração, explica a importância da sociedade manter uma conduta preventiva

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares representam 33% das mortes no mundo, matando mais do que câncer e doenças pulmonares, patologias que ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente, entre as mais letais. Diante deste cenário, o cardiologista Diandro Mota, diretor médico da Neomed, healthtech brasileira criada com o propósito de reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares, destaca que poucas pessoas sabem que não se deve esperar os sintomas para cuidar da saúde do coração. 

De cada 3 pessoas, 1 vai a óbito em decorrência de doenças cardiovasculares. Segundo dados da OMS, em 2019, cerca de 18 milhões de pessoas morreram no mundo, sendo o infarto a principal causa. O infarto é um evento cardiovascular agudo e os sintomas incluem dores no peito, falta de ar, suor frio, náusea, vômito e dores abdominais. Porém, o cardiologista aponta que algumas doenças cardiovasculares, como hipertensão, dislipidemia e acúmulo de placas de gordura, costumam ser silenciosas, o que dificulta a descoberta. 

Diandro Mota explica que a demora para procurar tratamento e receber o diagnóstico correto é um comportamento recorrente entre grande parte da população. “É comum vermos pessoas buscarem ajuda médica para doenças cardiovasculares apenas quando percebem algum sinal ou sintoma. Nesses casos, existem altas chances de já estarem vivenciando uma fase mais avançada da doença, na qual alterações já se instalaram pelo organismo a ponto de gerar sintomas. Em doenças cardiovasculares subclínicas, as pessoas têm alterações que não causam sintomatologia, mas são graves o suficiente para aumentar as chances de terem um infarto futuro”, ressalta. 

Esse cenário gera uma frustração entre os médicos, pois dados do estudo da InterHeart apontam que 90% dos casos de primeiro infarto poderiam ser evitados, já que estão relacionados a fatores que são potencialmente controláveis e fáceis de identificar. São fatores de risco: colesterol alterado (qualidade e quantidade), tabagismo, fatores psicossociais (ansiedade e estresse), pressão alta, diabetes, obesidade abdominal ou visceral, baixo consumo de frutas, verduras, legumes e pouca atividade física. 

Também existem fatores que não são controláveis, como idade e genética. No entanto, para o cardiologista, é essencial que as pessoas tenham consciência da importância de adotar um comportamento preventivo, que consiste na busca constante de condutas para garantir saúde, bem-estar e segurança. “Os pacientes devem marcar avaliações com cardiologistas para identificar todos os fatores que estão aumentando as chances de ter um derrame ou problema cardíaco no futuro, que pode levar ao óbito ou à incapacidade funcional”, afirma.

 

Tecnologia para acelerar o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares 

A tecnologia pode ajudar na integração de dados em saúde para estimativa de risco dos pacientes e, a partir disso, propor estratégias de intervenção. Porém, é fato que esse recurso está longe de ser realidade em todo o Brasil. Geralmente, pessoas com dificuldade de acesso à saúde, não têm oportunidade de passar por uma avaliação preventiva e o primeiro contato com os cardiologistas se dá no momento em que já estão em uma situação mais crítica. 

O desfecho desse paciente vai depender de quanto tempo demorou para buscar ajuda e quanto tempo o médico levou para diagnosticar e tratar. Nesse contexto, a tecnologia pode ajudar de forma bastante significativa, pois a probabilidade de atendimento por cardiologistas na emergência de hospitais públicos é muito baixa. 

Além deste problema, existe outra grande dificuldade que vem sendo enfrentada na saúde brasileira: a desigual distribuição de médicos entre as regiões. De acordo com dados de uma pesquisa sobre Demografia Médica no Brasil em 2020, dos médicos com título de especialista no país, apenas 4,1% deles são cardiologistas, sendo que 71% se encontra nas regiões Sul e Sudeste. 

De acordo com a Jornada IAM QT - Interception 2020, cerca de 84% dos médicos que trabalham nas emergências se sentem inseguros em interpretar o eletrocardiograma. “Hoje com a telecardiologia, conseguimos oferecer recursos diagnósticos feitos por especialistas à distância para as regiões mais remotas do Brasil. Mesmo que o paciente esteja longe, se tiver uma solução como o Kardia - plataforma da Neomed que ajuda no diagnóstico e na conduta médica de pacientes agudos - por exemplo, em poucos minutos é possível obter o diagnóstico”, explica. 

Com o Kardia, a partir do momento em que o eletrocardiograma é feito e inserido na plataforma, em menos de 50 segundos a inteligência artificial interpreta se o exame está normal ou se há probabilidade de ter anormalidade. A partir disso, o cardiologista de plantão é acionado e libera o laudo em menos de 5 minutos. 

Além disso, a plataforma também oferece ChatBot para um tratamento D2D (doctor to doctor), no qual o cardiologista especialista pode auxiliar o médico que está com o paciente na definição do tratamento mais adequado. Em caso de infarto com supra de ST, a intervenção precisa ser imediata, já que o vaso está totalmente entupido e precisa ser aberto o quanto antes. Cada minuto de atraso corresponde a 11 dias a menos de vida para o paciente. 

"O tempo é crucial e nada melhor que a inovação tecnológica aliada a qualidade técnica de cardiologistas capacitados para entregar valor para os pacientes e reduzir os índices de mortalidade das doenças cardiovasculares”, finaliza o especialista.

 

Neomed - healthtech brasileira criada com o propósito de reduzir a distância entre os sintomas e o tratamento de pacientes.


No Dia Mundial da Saúde, ISM destaca que atividades físicas podem salvar vidas

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 5 milhões de pessoas no mundo morrem por ano por doenças relacionadas à falta de exercícios

 

O Brasil é o segundo país no mundo em quantidade de academias, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Contudo, 40,3% das pessoas não praticam nenhum exercício, segundo a pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Amanda Costa, diretora e idealizadora do Instituto Sempre Movimento (ISM) – ONG que tem como objetivo incentivar e promover a atividade física para a promoção da saúde de qualidade para os mais vulneráveis socialmente - se engana quem pensa que o sedentarismo não afeta a vida. “Os benefícios da prática de atividade física não se resumem apenas à ideia de um corpo sarado. Fazer atividade de forma regular é de suma importância para a saúde física e mental, pois pode melhorar a qualidade de vida, evitar doenças respiratórias, depressão e obesidade, e também melhora ansiedade.”

A história da dona Judith Santos 66 anos, destaca isso. A baixa mobilidade no ombro, que a impedia de mover o braço direito, a fez entrar em um quadro de obesidade e de problemas psicólogos, como ansiedade e baixa autoestima. Após entrar no programa “Envelhecer Sustentável” da ONG ISM, ela atualmente realiza qualquer tipo de atividade. “É muito gostoso poder olhar meu corpo e ver que ele está saudável, me sinto mais feliz. O programa me acolheu e me mostrou que posso realizar atividade física, apesar da idade, e que isso é muito importante para a minha saúde”.

Para Amanda Costa, "é um enorme prazer sentir que estamos atuando numa agenda que sustentável que proporciona saúde e autonomia de vida."


Envelhecer Sustentável 

O programa Envelhecer Sustentável contempla ações de promoção à saúde voltadas a criar soluções de impacto e autonomia de um envelhecer bem sucedido, além de favorecer a reflexão sobre uma vida ativa e funcional. Atualmente todos passam por planejamento de acordo com as demandas dos idosos, monitoramento constante do programa, palestra com médicos, programa de atividade física e oficina cultural. 

Instituto Sempre Movimento (ISM) - é uma ONG (Organização Não Governamental) que tem como objetivo promoção da saúde e combate de forma e promover atividades físicas gratuitas com oferta de saúde de qualidade para os mais vulneráveis socialmente.


Covid pode infectar aparelho reprodutor masculino

 

Vários tecidos do trato genital masculino podem ser infectados com SARS-CoV-2, relata um novo estudo da Northwestern Medicine em grandes modelos animais. O estudo em macacos rhesus infectados com SARS-CoV-2 revelou que a próstata, a vascularização dos testículos e o pênis estavam todos infectados com o vírus. 

A surpreendente descoberta foi feita utilizando uma varredura PET (tomografia por emissão de pósitrons) especialmente projetada para revelar locais de infecção que se espalham ao longo do tempo em uma varredura de corpo inteiro. Os cientistas não sabiam o que encontrariam, mas esperavam ver o vírus nos pulmões e no nariz, perto do cérebro, porque as pessoas estavam experimentando perda de paladar e olfato. 

"O sinal que saltou para nós foi a disseminação completa através do trato genital masculino", diz o investigador principal Thomas Hope, professor de biologia celular e do desenvolvimento da Northwestern University Feinberg School of Medicine. "Não tínhamos ideia de que encontraríamos lá". 

De acordo com Hope, esses resultados indicam que a dor testicular, disfunção erétil, hipogonadismo, redução da contagem e qualidade de espermatozoides e diminuição da fertilidade associada à infecção por SARS-CoV-2 são uma consequência direta da infecção das células do trato reprodutivo masculino e não mecanismos indiretos, como febre e inflamação. 

A evidência de que a infecção com SARS-CoV-2 pode afetar negativamente a saúde sexual masculina e a fertilidade estão aumentando a cada dia, mas os cientistas não sabiam o motivo e se perguntavam se a causa era febre e inflamação. 

“Nós simplesmente não entendemos por que isso teve esse impacto negativo até este estudo”, destaca Hope. Ele observou que vírus como Caxumba, Ebola, Zika, SARS-COV-1 e outros vírus também podem infectar tecidos do trato genital masculino e afetar negativamente a fertilidade. A infecção por Caxumba é bem conhecida por causar esterilidade masculina. 

O novo estudo mostra como o vírus pode causar patologia na próstata, pênis, testículos e vascularização testicular. “Mesmo que seja apenas uma pequena porcentagem dos infectados, representa milhões de homens que podem sofrer um impacto negativo em sua saúde sexual e fertilidade”, completa Hope.

Estudos clínicos sugerem que 10% a 20% dos homens infectados por SARS-CoV-2 apresentam sintomas relacionados à disfunção do trato genital masculino. Isso sugere que dezenas de milhões de homens que foram infectados com SARS-CoV-2, especialmente aqueles que tiveram Covid-19 grave, devem avaliar sua saúde sexual e fertilidade para determinar se terapias adicionais podem prevenir ou diminuir problemas futuros. 

Esta é a primeira sonda PET capaz de identificar os locais de infecção por SARS-CoV-2 em um animal vivo, relatam os autores do estudo. 

Uma pesquisa futura do laboratório de Hope irá:

  • Examinar a infecção do trato genital masculino em momentos posteriores;
  • Determinar se os testículos são um reservatório para infecção por SARS-CoV-2, conforme sugerido na literatura;
  • Investigar se o SARS-CoV-2 infecta tecidos do sistema reprodutor feminino;
  • Ajudar no desenvolvimento de terapias e intervenções para mitigar o impacto da pandemia de Covid-19 na fertilidade masculina;
  • Objetivo de eventualmente fazer PET scan em pacientes para determinar a localização do vírus e o melhor curso de atendimento.

 

 Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Patrick J Madden et al, An immunoPET probe to SARS-CoV-2 reveals early infection of the male genital tract in rhesus macaques (2022). DOI: 10.1101/2022.02.25.481974


Descubra os principais sintomas e como tratar a candidíase oral, popularmente conhecida como ‘sapinho’

Crédito da imagem:  wavebreakmedia_micro/ freepik
Certamente a maioria das pessoas, em algum momento, já ouviu falar sobre a candidíase. De origem fúngica, a doença pode ser transmitida por meio do contato sexual e, normalmente, atinge a região genital, da virilha ou de áreas adjacentes. Mas, afinal, como ela pode atingir a boca? Quais são as implicações desse problema para a saúde bucal e do organismo? O cirurgião dentista e fundador da OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do mundo, Paulo Zahr, esclarece estas e outras dúvidas sobre o tema. 


 O que é

“Sapinho”, como é popularmente conhecida a candidíase oral, é responsável pelo surgimento de uma série de sinais que afetam as mais variadas regiões da boca, embora sejam muito mais recorrentes na área da língua. Além disso, pode trazer malefícios para outras regiões, espalhando para os órgãos do sistema respiratório e até mesmo para a pele.

 

Como ocorre o contágio 


A candidíase é um problema originado pela presença exacerbada de um fungo em nosso organismo, conhecido pelo nome científico de Candida albicans. Esse fungo é normalmente passado de pessoa para pessoa por meio do contato direto. Exemplos de práticas que favorecem o contágio são: beijo, ato sexual e o compartilhamento de utensílios e objetos, que são levados à boca -inclusive este é um dos motivos mais comuns para o contágio em bebês e crianças pequenas.

 

Quais são as causas mais comuns


A queda na imunidade é a principal razão do problema, já que o fungo causador da cândida pode estar presente no organismo de forma quase natural, sem ser um problema para pessoas que estejam saudáveis. Bebês, crianças pequenas, idosos ou pessoas portadoras de doenças crônicas apresentam maior chance de desenvolver a doença. Além destes, indivíduos que estão constantemente expostos a situações estressantes ou que façam uso frequente de antibióticos também fazem parte dos grupos de risco para a candidíase oral.

 

Quais são os sintomas

  • sensação de secura na boca;
  • rachaduras em toda a cavidade oral;
  • surgimento de lesões avermelhadas;
  • aparecimento de lesões brancas por toda a boca;
  • desenvolvimento de uma secreção de cor branca, com aspecto de queijo;
  • dor para engolir;
  • redução do apetite;
  • náuseas e vômitos;
  • sensação de inchaço na garganta.

Vale ressaltar que nem todas as pessoas terão todos os sintomas mencionados. No entanto, o surgimento de apenas um destes sinais basta para que seja necessário o agendamento de uma consulta com um dentista.


 

Como é feito o diagnóstico 


O profissional vai observar o histórico e queixas do paciente e assim dará seguimento à investigação. Na maioria das vezes, o exame visual das lesões é o suficiente para o diagnóstico. No entanto, o especialista também pode colher uma amostra celular e examinar as suas células em um microscópio, fazendo uma análise mais aprofundada do caso.

 

Como tratar 


O tratamento normalmente envolve a aplicação tópica ou administração por via oral de medicamentos que combatem o fungo. Outros medicamentos também podem ser utilizados para reduzir sintomas simultâneos, como a dor ou o desconforto. Vale ressaltar, que apenas um profissional qualificado pode fazer a prescrição correta para cada caso.

 

Como é feita a prevenção

Nem sempre prevenir esse problema é possível. No entanto, algumas boas práticas podem fazer com que as chances de contrair a doença sejam reduzidas. A primeira é evitar o contato direto com pessoas estranhas, especialmente sem proteção, como no caso de relações sexuais. Em seguida, podemos citar a adoção de bons hábitos e um estilo de vida mais saudável, tais como evitar o cigarro, álcool, fazer o tratamento adequado para eventuais doenças crônicas e cuidar da higiene bucal.

  

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