Certamente
a maioria das pessoas, em algum momento, já ouviu falar sobre a candidíase. De
origem fúngica, a doença pode ser transmitida por meio do contato sexual e,
normalmente, atinge a região genital, da virilha ou de áreas adjacentes. Mas,
afinal, como ela pode atingir a boca? Quais são as implicações desse problema
para a saúde bucal e do organismo? O cirurgião dentista e fundador da
OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do mundo, Paulo Zahr,
esclarece estas e outras dúvidas sobre o tema. Crédito da imagem: wavebreakmedia_micro/ freepik
“Sapinho”,
como é popularmente conhecida a candidíase oral, é responsável pelo surgimento
de uma série de sinais que afetam as mais variadas regiões da boca, embora
sejam muito mais recorrentes na área da língua. Além disso, pode trazer
malefícios para outras regiões, espalhando para os órgãos do sistema
respiratório e até mesmo para a pele.
Como
ocorre o contágio
A candidíase é um problema originado pela presença exacerbada de um fungo em nosso organismo, conhecido pelo nome científico de Candida albicans. Esse fungo é normalmente passado de pessoa para pessoa por meio do contato direto. Exemplos de práticas que favorecem o contágio são: beijo, ato sexual e o compartilhamento de utensílios e objetos, que são levados à boca -inclusive este é um dos motivos mais comuns para o contágio em bebês e crianças pequenas.
Quais
são as causas mais comuns
A
queda na imunidade é a principal razão do problema, já que o fungo causador da
cândida pode estar presente no organismo de forma quase natural, sem ser um
problema para pessoas que estejam saudáveis. Bebês, crianças pequenas, idosos
ou pessoas portadoras de doenças crônicas apresentam maior chance de
desenvolver a doença. Além destes, indivíduos que estão constantemente expostos
a situações estressantes ou que façam uso frequente de antibióticos também
fazem parte dos grupos de risco para a candidíase oral.
Quais
são os sintomas
- sensação de secura na boca;
- rachaduras em toda a cavidade oral;
- surgimento de lesões avermelhadas;
- aparecimento de lesões brancas por toda a
boca;
- desenvolvimento de uma secreção de cor branca,
com aspecto de queijo;
- dor para engolir;
- redução do apetite;
- náuseas e vômitos;
- sensação de inchaço na garganta.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas terão todos os sintomas mencionados. No entanto, o surgimento de apenas um destes sinais basta para que seja necessário o agendamento de uma consulta com um dentista.
Como
é feito o diagnóstico
O
profissional vai observar o histórico e queixas do paciente e assim dará
seguimento à investigação. Na maioria das vezes, o exame visual das lesões é o
suficiente para o diagnóstico. No entanto, o especialista também pode colher
uma amostra celular e examinar as suas células em um microscópio, fazendo uma
análise mais aprofundada do caso.
Como
tratar
O
tratamento normalmente envolve a aplicação tópica ou administração por via oral
de medicamentos que combatem o fungo. Outros medicamentos também podem ser
utilizados para reduzir sintomas simultâneos, como a dor ou o desconforto. Vale
ressaltar, que apenas um profissional qualificado pode fazer a prescrição
correta para cada caso.
Como
é feita a prevenção
Nem sempre prevenir esse problema é
possível. No entanto, algumas boas práticas podem fazer com que as chances de
contrair a doença sejam reduzidas. A primeira é evitar o contato direto com
pessoas estranhas, especialmente sem proteção, como no caso de relações
sexuais. Em seguida, podemos citar a adoção de bons hábitos e um estilo de vida
mais saudável, tais como evitar o cigarro, álcool, fazer o tratamento adequado
para eventuais doenças crônicas e cuidar da higiene bucal.
OdontoCompany
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