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sexta-feira, 18 de março de 2022

LGPD: decisão inédita ressalta importância da segurança no tratamento de dados sensíveis

A LGPD foi um verdadeiro divisor de águas para o mundo corporativo. Desde sua vigência, o armazenamento, tratamento e proteção dos dados, se tornaram ações imprescindíveis em empresas dos mais diversos portes e segmentos, evitando irregularidades que acarretem sanções e multas elevadas. Em uma nova decisão proferida pelo TST, um novo alerta soou no mercado, trazendo à tona penalidades rigorosas para aquelas que infringirem tais normas.

Em fevereiro deste ano, foi publicada uma decisão do TST que condenou uma empresa que atua no ramo de gerenciamento de risco do setor de transporte rodoviário, pela coleta e fornecimento a terceiros de dados sobre restrição ao crédito (SPC ou Serasa) para avaliação de riscos em processos seletivos de trabalhadores a serem contratados por seguradoras e transportadoras - aplicando a LGPD retroativamente a um processo que tramita desde 2012.

A empresa reclamada, no caso, não era a empregadora, mas realizava pesquisa e fornecia dados creditícios de motoristas de cargas para clientes que usavam o seu banco de dados em processos seletivos. Mesmo sendo lícita a atividade da empresa condenada, o entendimento final foi justificado pela manipulação de forma irregular das informações sensíveis – as quais, segundo a própria LGPD, merecem maior proteção por abrangerem questões altamente pessoais suscetíveis a discriminação, tais como origem racial, convicção religiosa, etnia, opção sexual etc.

Anteriormente à vigência da LGPD, já era pacífico na Justiça do Trabalho o entendimento de que a pesquisa em cadastros de entidades de proteção de créditos, com a finalidade de auxiliar o processo de seleção e contratação de seus empregados, além de ser abusiva, configura conduta discriminatória e viola o direito à privacidade do trabalhador. Mesmo tratando-se as informações de domínio público utilizadas, inclusive, por RHs, no caso específico da atividade empresarial, a pesquisa a tais dados não importa prática de ato ofensivo, violação de imagem, honra, intimidade ou dignidade do homem, desde que não usadas como critério para processos seletivos – fato que despertou a surpresa geral com a decisão proferida pelo TST.

Fora a defesa da privacidade, o caso trouxe à tona a importância do tratamento e armazenamento de dados creditícios dos trabalhadores e, até mesmo, daqueles não admitidos em determinado processo seletivo – cujas informações costumam integrar o banco de dados de inúmeras companhias.

Sua necessidade é indiscutível – mas, muitas ainda estão longe de estarem preparadas nesta adequação. Segundo pesquisa realizada pela RD Station, 93% das empresas dizem conhecer ou, pelo menos, já ter ouvido falar da LGPD, mas apenas 15% estão prontas ou na reta final de preparação. A não definição de protocolos explícitos para esta segurança pode acarretar multas de até 2% sobre a receita da empresa, com limite firmado de até R$ 50 milhões.

Um novo entendimento deverá ser posto em prática sobre tal necessidade e, caso realmente seja considerado importante para a empresa, deverá ser repensado como resguardá-los devidamente com riscos reduzidos de roubos, vazamentos e uso indevido. Em ambos os casos, o termo de consentimento é uma das ações fundamentais para a adequação à LGPD.

Todos os profissionais, sejam aqueles em exercício ou os não aprovados em processos seletivos, devem autorizar o armazenamento de seus dados, sendo informados claramente sobre a forma pela qual serão guardados e tratados com segurança. Para isso, a política interna sobre a manipulação dos documentos também deve ser elaborada cuidadosamente, explicitando todas as ações que serão tomadas neste objetivo.

As aplicações das multas e sanções pelo não cumprimento da lei já estão valendo. Com a decisão exemplificada, agora temos um entendimento mais claro sobre a possível linha de julgamento a ser aplicada em casos de uso de dados sensíveis – ressaltando princípios importantes da proteção à individualidade e, direito fundamental à proteção de dados pessoais.

Aquelas que ainda não se adequaram devem, urgentemente, se enquadrar nas normas previstas para que não sofram as sanções definidas. O apoio jurídico nessa missão é completamente válido, visando a adequação das regras para o segmento de atuação da empresa e, acima de tudo, desenvolvimento assertivo da política de privacidade.

Com reflexos sentidos globalmente e, em todas as operações corporativas, garantir a segurança dos dados dos profissionais exige uma visão crítica pelo departamento responsável por essa aplicação. Apenas assim, a empresa estará segura em sua conformidade legal e evitará, dessa forma, sofrer severas penalidades pela não proteção dos dados de seus trabalhadores.

 

 

Sibele Pimenta - coordenadora da área trabalhista do escritório Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br


quinta-feira, 17 de março de 2022

Projeto Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade é lançado no Brasil

Com o panorama de 15 milhões de brasileiros com diabetes no país* e com 21,5% de pessoas com obesidade no Brasil, índice este que chega quase a dobrar quando comparado com os últimos 14 anos**, 21 associações e 2 institutos de diabetes criaram o Projeto Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade.

A iniciativa tem o intuito de dar voz a todas as associações integrantes, para que possam participar ativamente na conquista pelo tratamento adequado no país nas esferas municipal, estadual e federal.

Para isso, a Coalizão promoverá o diálogo com as sociedades médicas e sociedades de outras especialidades da saúde, o Governo, os meios de comunicação, os influenciadores digitais e as empresas parceiras de diversos segmentos para que possam, juntos, realizar iniciativas, que sensibilizem e mostrem à sociedade a importância do diagnóstico e tratamento precoce do diabetes, da obesidade e das complicações de ambas as doenças.

Com este objetivo, as associações serão capacitadas periodicamente para que possam ser agentes transformadores no engajamento da sociedade, impactando positivamente na qualidade de vida dos brasileiros.

A coordenadora da Coalizão, Vanessa Pirolo, que tem diabetes tipo 1 há mais de 20 anos e trabalha em advocacy há mais de sete anos, relata: “com a cooperação mútua dos vários atores, que trabalham em prol da saúde, conseguiremos trocar conhecimento e experiência necessários para implementar políticas públicas, que aprimorarão o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento do diabetes e da obesidade e de suas complicações no país, além de transmitir as informações necessárias para que a sociedade tenha mais consciência destas patologias e da interferência de seus estilos de vida em sua saúde”.

“Também temos a intenção de contribuir para que o Governo e as operadoras de saúde gastem menos com internação e com hospitalização devido ao mau controle do diabetes e com o mau acesso ao tratamento de obesidade do país”, complementa Vanessa.

Gastos relacionados com diabetes no Brasil chegaram a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos***.

Com a união de todos na Coalizão, as 23 organizações esperam reverter o aumento substancial de incidência e de prevalência de diabetes e de obesidade e ajudar a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.  

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 21 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.


Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2020: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/relatorio-vigitel-2020-original.pdf

*** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

 

Saiba quais remédios e exames aumentam riscos de acidentes de trânsito

Alguns tratamentos e medicações podem provocar sonolência, desatenção e redução de reflexos, médicos explicam as recomendações para dirigir em segurança


Na tarde da terça-feira (15/3), uma mulher capotou o carro na Rodovia Rio-Santos, em São Paulo, depois de sofrer um mal súbito enquanto dirigia para casa após passar por uma endoscopia. Segundo médicos, a realização desse exame exige o uso de anestésicos que podem causar efeitos sedativos prolongados, exigindo um tempo de recuperação de, pelo menos, oito horas. “Estas drogas podem, mesmo após o despertar ao fim do exame, levar a graus variáveis de sedação residual e provocar amnésia anterógrada (para fatos recentes). É possível, assim como o paciente sob efeito do álcool, perder a consciência, reflexos e memória”, afirma o cirurgião e médico do tráfego Rui Lafaiete Brasil Júnior.

Segundo Brasil Júnior, por um período variável entre 8 e 12 horas, pacientes que recebem sedação devem evitar dirigir, manusear máquinas ou realizar outras atividades que exijam atenção. “Por isso o paciente que faz uma endoscopia deve, obrigatoriamente, estar acompanhado por outra pessoa legalmente capaz, que será responsável pela condução do paciente de volta a seu lar em segurança”, completa.

O médico especialista em Medicina do Tráfego, e diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra, diz que outros procedimentos e medicamentos também podem afetar diretamente a capacidade do motorista dirigir em segurança e aumentam as chances de ocorrência de acidentes de trânsito. “O uso de antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, antialérgicos, anticonvulsivantes, analgésicos opioides e medicamentos que reduzem a glicose no sangue podem provocar efeitos como sonolência, alteração da atenção, redução dos reflexos e aumento do tempo de reação”, explica.

Alguns medicamentos podem provocar sintomas que
diminuem a atenção no trânsito (Foto: Freepik)


Segundo o especialista em Medicina do Tráfego, os efeitos variam entre indivíduos e dependem da dose. “Não é incomum a ocorrência de efeitos colaterais após o início de uso de algumas medicações orais e subcutâneas, então costumamos contraindicar a direção veicular por até duas semanas, em média, para permitir a adaptação do paciente ao tratamento, zelando assim por sua integridade física e da coletividade”, completa.

Coimbra reforça a importância de seguir as recomendações médicas sempre que o motorista iniciar algum tratamento e aguardar a reavaliação com o profissional que prescreveu a medicação para voltar a dirigir em segurança. “Da mesma forma, pacientes que fazem hemodiálise não devem dirigir antes e imediatamente após serem submetidos ao tratamento”, afirma Coimbra, que foi um dos autores da diretriz da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) sobre doença renal crônica dialítica e condução veicular.


Fator humano


Segundo entidades que atuam na segurança viária, fatores humanos, como sonolência, desatenção e comportamentos imprudentes, são responsáveis por cerca de 90% dos sinistros de trânsito. “O cuidado com a saúde física e mental é fundamental para garantir a segurança de todos no trânsito, por isso existem avaliações médicas e psicológicas regulares, previstas em Lei, durante o processo para obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além de avaliar a aptidão para dirigir, esses exames ajudam a detectar precocemente muitas doenças e agravos, sendo para muitos brasileiros, a única oportunidade de contato com um profissional da saúde”, completa Coimbra.


A importância da limpeza nasal para a prática de exercícios físicos e manutenção do sono

A lavagem nasal promove a depuração mucociliar, hidratando a cavidade nasal, removendo impurezas de forma segura


Engana-se quem acredita que fazer lavagem nasal somente quando o nariz se encontra obstruído. O nariz é uma porta aberta no organismo para a entrada de bactérias, afinal, é o primeiro lugar por onde o ar passa até chegar aos pulmões. 

Uma das funções mais básicas do nariz é a de levar o ar em condições apropriadas para que o pulmão realize as trocas gasosas adequadamente. Assim, o nariz é uma estrutura respiratória fundamental, já que não atua somente como passagem de ar, mas aquece, umidifica, filtra e modula o fluxo aéreo¹.  

A respiração nasal também é mais lenta e profunda quando comparada à respiração pela boca, logo, as trocas gasosas dentro dos pulmões acontecem por mais tempo permitindo uma melhor difusão dos gases¹. 

“A fisiologia nasal é extremamente dinâmica, variando de acordo com mecanismos autônomos e em resposta a vários estímulos externos. As estruturas nasais geram uma resistência ao fluxo aéreo nasal que pode representar de 50 a 60% da resistência respiratória total”, explica a Dra. Halana Figueiras, Otorrinolaringologista pela UNIFESP e especialista em Rinoplastia.  

Inúmeros estudos mostraram que 80% das pessoas apresentam respiração nasal durante o exercício físico, e a mudança para a respiração pela boca acontece quando é atingido um aumento do consumo do oxigênio de cerca de 35L/minuto. Apesar disso, cerca de 40% da ventilação durante o exercício físico é resultante do nariz. Portanto, mesmo que a grande parte da respiração durante a atividade física seja pela boca, a respiração pelo nariz tem um papel fundamental³.  

Para quem sofre de rinite alérgica, por exemplo, o impacto negativo da inflamação da mucosa nasal são ainda mais responsáveis por diminuir o desempenho de atletas, quando comparado à uma pessoa normal. Quando associado aos efeitos danosos da obstrução nasal durante o sono, uma das principais consequências é a diminuição da qualidade e efetividade do sono, gerando um impacto maior sobre a qualidade de vida¹.  

Para um melhor desempenho durante a atividade física e também uma boa noite de sono, a irrigação nasal, comumente conhecida como lavagem nasal entra como aliada, tanto para atletas amadores, quanto para os de alto desempenho. Pacientes que sofrem de rinite alérgica, em tratamento de rinossinusites e em pós operatório de cirurgia nasal também podem utilizar desta prática⁴.  

A lavagem nasal age através da remoção suave de bactérias, alérgenos e do muco que costuma ser a causa da congestão nasal e na diminuição do inchaço e inflamação, que podem ser um dos causadores da restrição do fluxo de ar⁴. “Esse procedimento promove a depuração mucociliar, hidratando a cavidade nasal, removendo impurezas de forma segura não só para adultos, mas também para crianças e sem efeitos adversos graves. Estudos indicaram que pacientes que realizaram a lavagem nasal dependem menos de outros medicamentos e precisam fazer menos visitas aos médicos e prontos socorros”, esclarece a Dra.  

Para isso a P&G desenvolveu Vick VapoSpray, um descongestionante nasal que limpa profundamente e ajuda a respirar melhor. 

Ele pode ser usado em casos de respiração dificultada, nariz entupido ou ressecado pela poluição do ar, ou em casos de não conseguir dormir devido a congestão nasal. Vick VapoSpray não contém conservantes e age fluidificando a secreção da mucosa nasal, resultando na sua eliminação. 

 

Referências

1. Tratado de Otorrinolaringologia e Cirurgia CervicoFacial ABORL-CCF, 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 

1. Efeito do exercício físico sobre o volume nasal. Marconi Teixeira FonsecaI; Juliana Altavilla van Petten MachadoII; Soraya Alves PereiraII; Kelerson Moura PintoIII; Richard Louis VoegelsIV 

1. Fresgosi RF, Lansing RW. Neural drive to nasal dilator muscles: influence of exercise intensity and oronasal flow partitioning. J Appl Physiol (1985). 1995 Oct;79(4):1330-7.

2. Irrigação nasal como tratamento no alívio dos sintomas nasossinusais: uma revisão de sua eficácia e aplicações clínicas. Indian J Otolaryngol Head Neck Surg. Novembro de 2019; 71 (Suplemento 3): 1718--1726.

 

VAPOSPRAY (cloreto de sódio 0,9%). Indicações: fluidificante e descongestionante nasal. Medicamento de notificação simplificada RDC ANVISA nº 199/2006. AFE nº 1.02142.2. MAT-BR-VICKS-22-000001. Janeiro 2022. Material destinado ao público em geral.


Como melhorar a imunidade por meio da alimentação?

Nutricionista dá dicas de como manter refeições com alto valor nutricional e saborosas


O fortalecimento da imunidade ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento de doenças. Hábitos saudáveis e estilo de vida contribuem com a defesa do corpo, principalmente com o consumo de alimentos ricos em nutrientes antioxidantes. Optar por refeições saudáveis favorece a saúde imunológica.  

Segundo o nutricionista e professor do curso de Nutrição da UNINASSAU Recife, André Nascimento, é possível melhorar a imunidade por meio da alimentação. “As frutas cítricas como abacaxi, laranja, limão e acerola são ricas em vitamina C, a principal vitamina antioxidante. As fibras que são encontradas em alimentos integrais e em raízes como a macaxeira, o alho para tempero, o gengibre e, para quem gosta, cogumelos auxiliam bastante na saúde imunológica, devido sua atividade antimicrobiana”, conta.  

Uma receita caseira muito conhecida é o chá de limão com alho, que é ingerido, muitas vezes, por pessoas que estão gripadas. “Essa bebida é boa e dá certo por causa das propriedades antioxidantes contidas nessa preparação, mas não é o suficiente”, comenta. Segundo o André, uma alimentação balanceada - rica em legumes, frutas, fibras e ômega 3 - é a mais ideal a ser adotada.  

Porém, é preciso levar em consideração o estresse oxidativo que acontece no corpo humano. Pois esse processo faz reduz a imunidade. Para diminuir a produção de radicais livres no corpo e esse impacto, é preciso ingerir alimentos que sejam ricos em antioxidantes e compostos bioativos, como as vitaminas C e E, muito presente em frutas e em alimentos com a gordura boa, como o abacate, o azeite e a castanha.  

Quando o assunto é imunidade também é preciso prestar atenção na saúde do intestino, porque 80% das células imunológicas são produzidas nele. “Então, para manter uma boa imunidade, precisamos dar nutrientes para esse órgão. Isso acontece por meio do aumento da diversidade de bactérias probióticas”, esclarece André. Para que elas sobrevivam, é necessário consumir alimentos ricos em fibras, presente em vegetais, cereais integrais e nas frutas. O zinco e o selênio também são importantes para o sistema imunológico e estão presentes na carne vermelha e na castanha.  

“Muitas pessoas possuem uma alimentação muito desregulada, rica em açúcares simples, na qual esse excesso acarretará na transformação em gordura ruim (também conhecida como esteatose hepática) e, por isso, podem impulsionar o surgimento de diabetes, pressão alta, entre outras doenças. A alimentação saudável e com alto valor nutricional é uma prevenção, porque ajuda justamente no fortalecimento do sistema imunológico. Além de contribuir com a saúde e beleza física das unhas, cabelos e pele”, explica.  

Para melhorar a alimentação é necessário investir em alimentos saudáveis, naturais e minimamente processados, mas também no acompanhamento de um nutricionista.


Associação Médica Brasileira - Nota de esclarecimento aos médicos e a população

 A Associação Médica Brasileira – AMB, vem à presença dos médicos e à público esclarecer sobre o certificado de habilitação.

Nesse contexto, importa salientar que a PORTARIA AMB Nº 01/2022 trata sobre a emissão de certificação de habilitação, que tem por finalidade a capacitação do médico especialista na realização de procedimentos específicos, tal como, mas não apenas, as cirurgias por meio de robótica.


O que é o Certificado de Habilitação Profissional

Com a evolução técnica e científica na medicina, progressivamente foram incorporados novos e complexos procedimentos, que exigem conhecimento e treinamento específico para realizá-los, citando como exemplo a cirurgia robótica, que demanda treinamento para capacitar os médicos especialistas no manuseio de equipamentos de alta tecnologia, não estando enquadrada na grade curricular de formação de especialista em qualquer área cirúrgica.

Para essa finalidade, os médicos especialistas têm obtido certificação no exterior, sendo, portanto, necessários mecanismos nacionais de aferição de sua real habilitação que os credencie para executá-lo no País, e para oferecer segurança ao seu destinatário final, o paciente.


Qual sua importância para a sociedade

A realização de procedimentos de alta complexidade, mormente usando novos equipamentos de alta tecnologia, à exemplo de cirurgia através da utilização da técnica robótica por médico desabilitado para fazê-lo, colocará em risco a saúde ou mesmo a vida do paciente, isto porque, para determinados procedimentos, não basta o Título de Especialista, sendo necessária capacitação específica que ateste habilidades complementares para essa finalidade.


Quem emitirá o Certificado de Habilitação

O Título de Especialista pode ser emitido pela AMB, mediante prova realizada pelas Sociedades de Especialidades, e registrado pelos Conselhos de Medicina. O Certificado de Habilitação exige reconhecimento de que somente essas sociedades, pelo conhecimento técnico e científico, têm legitimidade para tanto, visando atestar que, nestes casos, o médico é possuidor de habilidades específicas para determinados procedimentos, inclusive os realizados pela via robótica.

Esclarece a AMB que referido assunto foi discutido em reunião da Câmara Técnica do CFM em 25 de setembro de 2019, sendo objeto de Portaria da Associação Médica Brasileira em 2019 (Portaria AMB nº 03/2019), que disciplinou a matéria. Referida Portaria é de conhecimento do CFM e dos Conselhos Regionais de Medicina, sem qualquer objeção, tanto assim que a Resolução do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro - Resolução CREMERJ Nº 299/2019, vigente, prevê no seu artigo 2º:

 

 Art. 2º Caberá às Sociedades de Especialidades filiadas à AMB definir os critérios de habilitação para o cirurgião ingressar na cirurgia robótica, observado o seguinte:

(...)

VII - a certificação de habilitação definitiva deverá ser emitida pelas sociedades de especialidades filiadas à AMB após treinamento completo, o que inclui todos os incisos anteriores.

 

Em 2019, o CREMERJ emitiu Resolução, definindo que às Sociedades de especialidades caberia estabelecer os critérios de capacitação e à AMB a emissão do Certificado de Habilitação, sendo posteriormente editada nova Resolução do CREMERJ 301/2019:

 

Art. 1º Alterar o art. 5º da Resolução CREMERJ n. 299/19, de 5 de novembro de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º- Estabelecer um prazo de 120 (cento e vinte dias) para que os cirurgiões que já completaram treinamento e já praticam a cirurgia robótica adquiram certificado perante as sociedades de especialidades afiliadas à AMB.

A Portaria emitida pela AMB não cria, somente aprimora a anterior (Portaria AMB nº 03/2019) não infringindo qualquer norma, tendo inclusive, sido apreciada pelo próprio CFM que, por sua vez, não se insurgiu, concordando assim a sua publicação.

Expendidas essas ponderações, frise-se, imprescindíveis para evitar distorções ou induzimento a avaliações despropositais, sobretudo, pelo preponderante aspecto de que a Portaria AMB 01/2022 visa assegurar que o profissional médico está devidamente capacitado, certificado como habilitado, para executar atividades de elevada complexidade que assim o exijam.

Ademais, cabe considerar ser um dever primordial de todas as entidades envolvidas com a profissão e o exercício da medicina zelar pela melhor prática médica, visando a segurança dos pacientes e a eficácia dos procedimentos executados. Assim reza o disposto no inciso V dos princípios fundamentais do Código de Ética Médica – “V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade.”

Pelo exposto, temos a firme convicção que a AMB, baseada em seus estatutos e cumprindo com o seu dever e a sua missão, mais uma vez, ao publicar a portaria 001/2022 vem ao encontro do interesse dos médicos e dos pacientes. Assim nos conduzimos e assim continuaremos, sempre dentro dos princípios éticos e jurídicos.


Confira 5 dicas para aliviar as cólicas menstruais

 

 Especialista traz dicas de como aliviar o desconforto causado durante o ciclo 


 Não é difícil encontrar mulheres que sofram com as terríveis cólicas do período menstrual. Essas dores afetam diretamente a produtividade durante o ciclo e se tornam desgastante, fazendo com que o uso de medicamentos de farmácia, especialmente os anti-inflamatórios, sejam necessários para o alívio momentâneo. 

Porém, as cólicas podem estar atreladas a outras condições, como a endometriose, que atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva, impactando a qualidade de vida e a produtividade da mulher. Neste caso, segundo o ginecologista Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose, quando as dores acontecem fora do período, é um sinal para buscar acompanhamento médico e iniciar um tratamento. 

Confira abaixo, confira algumas dicas do especialista para aliviar as cólicas em casa:

 

1 - Compressas de água morna

Uma das técnicas mais antigas e mais reconfortantes no período de cólica, pode ser explicada pelo fato do calor ativar o fluxo sanguíneo e amenizar as dores. Para fazer, basta colocar uma bolsa de água morna ou compressa no local das cólicas e deixar por cerca de 15 minutos. É importante proteger a pele do contato direto, colocando um pano entre a bolsa e a pele para evitar queimaduras.

 

2 - Aposte em bebidas quentes

As bebidas quentes têm o mesmo efeito da bolsa de água quente, auxiliando no alívio das dores. Porém, evite bebidas com cafeína, que tem o potencial de agravar as dores em algumas mulheres. Aposte em chás, como de camomila, hortelã, alecrim, louro e lavanda, que possuem propriedades relaxantes, calmantes e anti-inflamatórias.

 

3 - Atenção com a alimentação

Alguns alimentos, como doces e comidas mais gordurosas, podem causar inchaço e retenção de líquido em alguns organismos, aumentando o aparecimento de cólicas menstruais. Por isso, durante o ciclo, é interessante manter uma dieta mais equilibrada, evitando o excesso de açúcares e gorduras, dando prioridade para legumes, verduras, frutas e carnes magras, além de ingerir bastante água.

 

4 - Mantenha hábitos saudáveis

Exercícios físicos ajudam muito na diminuição da dor durante o período menstrual. Novamente, as atividades físicas aumentam o fluxo sanguíneo, liberando endorfina, auxiliando no controle das dores. Em contrapartida, fumar pode ser ainda mais prejudicial nessa época, por conta da vasoconstrição que o tabaco causa. Dessa forma, evitar fumar também é a melhor opção para amenizar as cólicas. 


5 - Descanso

O estresse atrelado a um estilo de vida corrido, contribui bastante para o aumento das cólicas. Quando o corpo descansa durante um sono de qualidade, o equilíbrio é restabelecido. Então, o descanso aliado aos hábitos saudáveis, contribuem para um ciclo menstrual com menos desconforto.

 

Sobre a endometriose

A endometriose acontece quando células do endométrio, a camada interna do útero que é expelida na menstruação, acabam se depositando fora da cavidade uterina, causando reações inflamatórias e lesões. Elas podem se acumular nos ovários, na cavidade abdominal, na região da bexiga, intestinos, entre outros locais, podendo até mesmo formar nódulos que afetam o funcionamento de órgãos do corpo. 

Em março é comemorado o Março Amarelo, que busca diminuir os diagnósticos tardios para, assim, acelerar o tratamento das mulheres afetadas pela doença que teve início em 1993, com a ativista americana Mary Lou Ballweg.

 

PATRICK BELLELIS -- GINECOLOGISTA. Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intra uterinas e infertilidade. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia -- FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação.


Podemos evitar 30% dos cânceres, diz oncologista

O médico Ramon de Mello ressalta a importância de uma vida saudável 


A longevidade da população é um fator presente, que já podemos perceber inclusive no Brasil. Porém, alguns hábitos se tornam vilões no desenvolvimento de alguns tumores cancerígenos. “Pesquisas mundiais apontam que podemos reduzir em até 30% os riscos de câncer com a mudança de hábitos”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

O pesquisador esclarece que alguns fatores de risco são herdados, mas outros podem ser modificados como tabagismo, uso do álcool, obesidade, sedentarismo, exposição à radiação solar contínua ou radiações ionizantes. “Mudanças podem provocar significativa melhora na qualidade de vida”, incentiva o oncologista.

Levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que, em 2004, foram registradas mais de 7,4 milhões de pessoas com câncer. Uma estimativa da instituição revela que o envelhecimento da população, somada a hábitos nada saudáveis e o convívio em ambientes cada vez mais artificiais, deve fazer com que cerca de 11 milhões de pessoas no mundo todo terão de enfrentar a doença até 2030. 

“O crescimento dos casos de câncer tem assustado muitas pessoas, mas isso pode ser diferente com um estilo de vida mais saudável e evitar a exposição a substâncias ocasionais”, alerta o médico. Ele também aponta a importância para a prevenção secundária correlacionada à infecção por HPV ou cânceres assintomáticos iniciais. 

“Outro fator importante é o diagnóstico precoce. Sempre é importante procurar assistência especializada, caso note qualquer anomalia em seu corpo. Um check-up anual também vai bem”, sugere o médico.

 

Ramon Andrade de Mello - Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Confira mais informações sobre o tema no site.


Bruxismo e alterações no paladar são algumas das sequelas da pandemia na saúde bucal

Estudo mostra relação entre estresse e aumento de pessoas com apertamento dentário


O estresse relacionado à pandemia de covid-19 gerou aumento de problemas relacionados ao bruxismo. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre o impacto da pandemia no estresse, sono e saúde bucal em estudantes universitários. Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados se consideram muito estressados desde a chegada do coronavírus. Além do bruxismo, outra sequela desse período para a saúde bucal foi a alteração de paladar de pessoas que foram contaminadas, e que agora precisam buscar tratamento.

O estudo da UFRJ analisou a ocorrência de alterações orofaciais, ou seja, mudanças associadas à pele, aos dentes, às glândulas, aos ossos e músculos localizados na boca, pescoço, cabeça e face. Pelo resultado, na pandemia, houve um aumento estatisticamente significativo no apertamento dentário diurno, que faz com que o paciente passe a ranger os dentes ou a apertá-los. De acordo com a pesquisa, essa doença pode trazer consequências como lesão periodontal, distúrbios da articulação temporomandibular (DTM), dor muscular, lesões orofaciais e desgastes dentários.

Segundo o dentista especialista em saúde coletiva da Neodent, João Piscinini, a contração muscular pode ter relação com o comportamento de defesa do organismo a ações estressantes. “Ansiedade e estresse são alguns dos possíveis fatores do bruxismo. A pessoa acaba, inconscientemente, contraindo mais os músculos, tensionando a articulação da mandíbula em um momento em que ela deveria estar em repouso”, explica.

Uma das formas de prevenir esse problema é lembrar sempre de manter os dentes de cima um pouco afastados dos de baixo e com lábios entreabertos, em repouso, quando não se está usando a mandíbula para comer, ou falar, por exemplo. 


Paladar alterado

Uma alteração bem característica da covid-19 é a perda ou mudança de paladar. Normalmente, esse sentido retorna em dias ou semanas, entretanto, alguns pacientes relatam que essa situação persiste mesmo após a recuperação, como uma sequela da doença. O dentista João Piscinini explica que a falta do paladar interfere na alimentação. “Muitos pacientes sentem um sabor mais amargo na boca, ou diminuição do gosto de alguns tipos específicos de alimentos”, destaca.

O especialista alerta para a importância de se procurar ajuda de um profissional em casos de perda de paladar prolongada. “Muitas pessoas adiaram a ida ao dentista por conta da pandemia. Mas agora é o momento de fazer uma avaliação para conferir se não há algum problema ocorrido nesse período por conta do estresse ou por sequelas deixadas pela covid-19”, orienta.

 

Neodent®


Células tronco podem ser a última esperança para casos de graves lesões desportivas

Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, conta a história de sucesso no tratamento do jogador de futebol Rodrigo Dourado do Internacional.

 

Rodrigo Dourado é um conhecido volante do time do Internacional. Em 2019, durante um jogo, ocorreu uma leve torção no joelho esquerdo e, o que parecia simples, lhe custou cerca de 450 dias de tratamento e recuperação. Na verdade, Dourado sofreu com um um edema ósseo que o impedia de retornar aos gramados. Após duas artroscopias, o jogador seguia sentindo fortes dores e os médicos já não acreditavam que havia algo mais a ser feito.

 

Neste contexto, o Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, ofereceu uma última tentativa: a técnica de células tronco, que consiste em utilizar células do tutano do osso da bacia para promover a recuperação de uma área lesionada rapidamente. “Ele se interessou e aí fizemos seis aplicações com intervalo de 15 dias. Ele seguiu exatamente o que eu recomendei em termos de alimentação e recuperação”, relembra o Dr. Carvalho. Após o procedimento e 90 dias de recuperação, Rodrigo Dourado retornou em plena forma a defender a camisa do Internacional.

 

O caso do jogador é marcante, pois a ortopedia tradicional não tinha mais nenhum recurso a oferecer para ele. Sem a tecnologia apresentada pelo Dr. Felipe Carvalho, Rodrigo Dourado estaria fadado a conviver com as dores no joelho e o procedimento de medicina regenerativa com células tronco representou uma esperança de voltar aos dias de glória, “Os médicos já tinham recomendado que ele parasse de exercer a função atlética dele, imagina o que é isso para uma pessoa que faz o que ama”, explica o médico. 

 

A vida atlética de Dourado foi salva por um avanço tecnológico da medicina regenerativa e, outros casos ditos “sem solução” como o do jogador, podem ter suas respostas encontradas também nas modernas técnicas do Dr. Felipe Carvalho. “Eu tenho muito orgulho disso. Não é normal jogar com dor, se você tem dor, busque ajuda”, aconselha o especialista. Além disso, Carvalho alerta para a importância de descobrir e tratar as lesões ainda no começo, pois, quanto antes o tratamento for iniciado, o período de recuperação é menor e mais fácil. “Em uma lesão ósseo-muscular, se o atleta procurar ajuda no início da dor, a gente consegue equalizar e ter mais opções para tratar ele”, afirma.

  

Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o tenista uruguaio Pablo Cuevas, o jogador de futebol Rodrigo e Ferreirinha do Grêmio. O Gaúcho, possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e  pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente, o médico trabalha para o time ucraniano Ucsa, onde está montando um departamento médico de medicina regenerativa com biotecnologia de ponta.


Dia do Cuidador de Idosos: saiba o que é preciso para se tornar um bom profissional da área

Data é comemorada no próximo dia 20 de março 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento na expectativa de vida dos brasileiros vem crescendo, logo, medidas estão sendo tomadas para garantir uma melhor qualidade de vida para os idosos. A partir disso, a busca por cuidadores de idosos, profissionais que ajudam a proporcionar cuidados e assistências para os mais velhos e sua família, vêm crescendo.  

Durante a pandemia da Covid-19, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apontou que algumas empresas do segmento chegaram a registrar um crescimento de 50% na busca por esse serviço, devido a familiares buscando diminuir as possibilidades de contágio do vírus e para auxiliar os pacientes acima de 60 anos que ficaram com sequelas da doença e necessitavam de ajuda.  

Contudo, a ascensão dessa profissão não é recente, em 2018, a profissão de cuidadores de idosos foi a que mais cresceu no país, com um aumento de 500%, mostrou uma pesquisa no mesmo instituto.  

Dessa forma, o Grupo Said Rio, empresa de cuidadores de idosos, resolveu contar algumas das principais características para se tornar um bom profissional da área, em homenagem ao Dia do Cuidador de Idosos, que é comemorado no dia 20 de março. 

“Primeiro de tudo é preciso estar atento a cada detalhe, ter calma e paciência para lidar com desafios do dia a dia, tanto do profissional quanto do idoso, saber se comunicar de forma verbal e não verbal, para levar confiança ao se expressar com o paciente, da mesma forma que é muito importante ter uma escuta empática e humanizada, respeitando as emoções do idoso”, conta Danila Jones, fundadora do Grupo Said Rio.  

Além disso, ela complementa afirmando que, como o mundo está em constantes transformações e trazendo novidades e inovações no segmento da saúde, é importante estar sempre bem informado, realizando estudos e cursos constantes de aprimoramento, e sendo criativo ao levar novas formas de estimulação para os mais velhos, pois cada se adapta de maneiras diferentes. 

Por fim, ela deixa um recado e agradecimento. “O Grupo Said gostaria de parabenizar todos os cuidadores de idosos. A toda nossa equipe, obrigada pela parceria e dedicação. O ato de cuidar demanda muito além de habilidade e profissionalismo, é também um ato de amor, de empatia e de sensibilidade. Escolher ser cuidador é se comprometer com a vida e sua longevidade, seus desafios e limitações e buscar ao máximo promover qualidade de vida e bem estar.”


 
Said Rio


Dia Mundial da Saúde Bucal. Veja dicas de Especialista Para Cuidar da S ua Boca.


O que você sabe sobre saúde bucal? “Quando desenvolvemos hábitos de higiene com a intenção de melhorar nosso bem-estar bucal, nem sempre conhecemos os problemas que eles podem nos causar. Focamos muito em dentes e damos pouca prioridade para gengiva, língua, bochecha e lábios." explica a cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal, Bruna Conde.

Ainda que haja bastante informação disponível, existem muitas pessoas que não dispensam o cuidado necessário com a saúde bucal. Por outro lado, há quem se preocupe, mas na tentativa de acertar, acabam pecando pelo excesso. “Um dos erros mais comuns é escovar os dentes e esquecer de higienizar a língua." comenta a Dra. Bruna Conde. “Não adianta ter os dentes limpos e a língua suja. Além de contribuir para o mau hálito, as bactérias presentes na língua podem ir para os dentes e vice e versa prejudicando a saúde bucal completa do paciente." completa a dentista.

Bruna Conde listou algumas práticas que podem estar prejudicando seus dentes. Confira como impedir isso:
 

1- Escovar logo depois de comer
Sua rotina matinal inclui a escova de dentes logo após o café da manhã? Parabéns por escová-los regularmente, mas o horário precisa de ajustes.“
Quando puder, espere cerca de 20 minutos após alimentação para escovar os dentes. “A saliva é um agente protetor e precisa desse tempo para agir para auxiliar na prevenção e proteção dentária. Se utilizar imediatamente o creme dental e escova pode prejudicar a ação natural da saliva." esclarece Dra. Bruna Conde.
 

2- Mastigar gelo
O gelo não tem calorias nem açúcar, refresca nos dias quentes, costuma ter pH neutro e não gruda nos dentes. Mas também tem seu lado negativo. “O gelo é duríssimo”. “Mastigá-lo prejudica os dentes, porque provoca rachaduras e fraturas no esmalte e nas obturações. Além disso, a exposição constante a temperaturas baixas pode provocar hipersensibilidade da dentina. Às vezes o desgaste é tão grande que muda a mordida, provocando dor nos músculos do maxilar." explica Bruna.

3- Vinho em excesso
É verdade que o vinho tinto contém substâncias que aumentam o colesterol bom e promovem a saúde do coração. Mas bebericar, ou seja, fazer a taça de vinho durar duas horas, faz com que os dentes sejam constantemente comprometidos.
Segundo a dentista Bruna, beber vinho em pequenos goles significa uma exposição ao ácido a cada gole. Isso não quer dizer que você deva tomar tudo de uma vez, mas beba água junto com o vinho ou coma queijo para neutralizar o ácido.

4- Fumar
Você provavelmente já ouviu falar que o cigarro amarela os dentes. O que é de fato uma verdade, “a nicotina acaba se acumulando na superfície dos dentes, criando o aspecto manchado. Além disso, fumar traz uma série de outros riscos para sua saúde, incluindo o câncer bucal.” alerta a especialista em saúde bucal.

5- Morder balas e doces muito duros
Rapadura, pé-de-moleque, balinhas caramelizadas… docinhos deliciosos para adoçar o dia. Entretanto, é preciso ficar de olho nesses doces com a textura mais dura. Por ser necessário chupá-los, o açúcar presente nas balas fica em contato com nossos dentes durante muito mais tempo, o que aumenta o risco de cáries. Além disso, não é recomendado mordê-los, já que esse ato pode quebrar dentes, obturações e lentes de contato.
 

6- Escovar os dentes rapidamente e com força
Bruna Conde explica que a escovação diária é essencial para um sorriso bonito e saudável, mas isso também está relacionada à forma como você escova os dentes. “Nada de fazê-lo rapidamente e, muito menos, aplicando força demais. Além de não promover uma limpeza profunda, deixando restinhos escondidos entre os espacinhos da boca, você corre o risco de machucar as gengivas.” diz a dentista.
 

7- Abrir embalagens com os dentes
Apesar de muito comum, o hábito de abrir embalagens ou mesmo a garrafinha de água com os dentes não é nada saudável para a saúde bucal.
De acordo com a especialista, a força excessiva utilizada no gesto pode estressar a estrutura dos dentes, causando fraturas e trincas. Além disso, a embalagem pode permanecer intacta, às custas de um dente dolorido. Melhor poupar o estresse e ter o alcance das mãos qualquer outra ferramenta, como uma tesoura.

8- Morder tampas e pontas de canetas
Muitas pessoas que têm esse hábito nem sequer se dão conta disso. Em momentos de estresse ou concentração, leva-se a caneta à boca quase que por instinto, triturando o plástico com os dentes sem se dar conta do estrago. Esse ato parece aliviar a tensão emocional na hora, claro, mas o prejuízo realmente não vale a pena.


 “Assim como abrir embalagens com a boca, forças excessivas e hábitos parafuncionais (involuntários) frequentes acabam causando um estresse excessivo e anormal na estrutura do dente e do periodonto, podendo causar trincas ou fraturas.” fala a Dra. Bruna Conde, especialista em periodontia.

Além disso, o hábito força a musculatura da mastigação com movimentos repetitivos, o que pode gerar dores e disfunções musculares e articulares.


Dra Bruna Conde – CRO SP 102038

Cirurgiã Dentista


Março Azul Marinho: Seis fatos importantes que você deve saber sobre câncer colorretal

No mês de conscientização e prevenção deste tipo de câncer, oncologista responde dúvidas a respeito da doença que ocupa a segunda posição no ranking dos tumores malignos mais frequentes no Brasil

O câncer colorretal compreende todos os tumores que acometem o intestino grosso e o reto. Atualmente, ocupa a segunda posição entre os tumores mais frequentes nos homens e também nas mulheres no Brasil. É também, a terceira causa de morte no país! São aproximadamente 40 mil casos por ano, com uma estimativa de aumento significativo até 2030, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Diante da sua importância, no mês de conscientização sobre a doença, o oncologista David Pinheiro Cunha, sócio do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia, responde seis perguntas importantes sobre esse tipo de câncer que todos devem saber. Confira:


1) É possível reduzir o risco de desenvolver o câncer colorretal?

A predisposição genética individual para se desenvolver um câncer ainda não pode ser modificada, porém a minoria dos cânceres tem origem hereditária. Sabemos que evitar a exposição aos fatores risco pode reduzir de forma significativa as chances de ter um câncer de intestino. Por isso, é importante um estilo de vida saudável, com atividade física regulares, manter o peso adequado, realizar dieta rica em fibras, evitar o tabagismo, etilismo, o excesso de carne vermelha e embutidos.


2) A idade avançada é o principal fator de risco para o câncer colorretal?

A maioria dos tumores de intestino ocorre após os 50 anos. Outros fatores de risco importantes são a história familiar de câncer colorretal, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de carne vermelha (acima de 500 gramas por semana) ou alimentos processados, dieta pobre em frutas ou fibras. Outras condições como a pólipos e adenomatosa familiar, câncer hereditário sem pólipos e, doença de Crohn e retocolite ulcerativa, também aumentam de forma expressiva o risco.


3) Na fase inicial, o câncer colorretal é uma doença silenciosa, não causa sintomas. Como diagnosticar cedo?

Na fase inicial o câncer de intestino pode ser assintomático. Com o aumento do tamanho da lesão os sintomas podem se desenvolver. As principais queixas são: alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor ou desconforto abdominal, fraqueza ou anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes, massa abdominal ou sangue nas fezes. É importante salientar que muitas vezes esses sintomas também estão relacionados a doenças benignas, por isso a importância de sempre passar por uma avaliação médica.


4) A colonoscopia pode prevenir o câncer colorretal?

O câncer de cólon na maioria das vezes tem origem a partir de um pólipo no intestino. Essas lesões são inicialmente benignas, mas podem sofrer atipias durantes os anos e desenvolver o câncer. Durante o exame de colonoscopia pode ser realizada a retirada dos pólipos ainda nos estágios iniciais, evitando a formação do câncer. No Brasil,esse exame é recomendado para homens e mulheres entre 50 a 74 anos. Em casos de história familiar para câncer de intestino, o exame deve ser realizado 10 anos antes da idade que o familiar apresentou o diagnóstico.


5) A maioria dos casos é curada com o tratamento?

Quando o diagnóstico é realizado em fases iniciais a chance de cura é acima de 80%. Por isso a importância de realizar o exame de rastreamento como a colonoscopia e sempre investigar precocemente os sintomas relacionados à alteração do hábito intestinal ou sangramento. O tratamento depende de diversos fatores como localização tumor, tamanho e se ocorreu a disseminação para outros órgãos (metástase). Na doença localizada, a cirurgia é o tratamento, podendo ser associada a quimioterapia no pós-operatório. Já na presença de metástase, o tratamento geralmente se inicia com quimioterapia associada a anticorpos.


6) O fígado é o local mais frequente de metástase?

Metástase é quando o câncer dissemina do local de origem para outros órgãos. Quando isso ocorre as chances de cura reduzem de forma significativa. O principal local de metástase do câncer de intestino é o fígado, seguido pelo pulmão. Nestes casos, os tratamentos mais empregados são as quimioterapias, associadas ou não aos anticorpos monoclonais. Recentemente foi aprovado no Brasil o uso da imunoterapia para pacientes com metástase com deficiência em genes relacionados ao reparo do DNA, com excelentes resultados!

 


David Pinheiro Cunha - graduado em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Fez residência em Clínica Médica pela PUC Campinas. Possui residência em Oncologia Clínica pela Unicamp, e título de especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira – AMB/SBOC. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). David é sócio do Grupo SOnHe –Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Santa Teresa, do Hospital Madre Theodora e na Santa Casa de Valinhos.

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe


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