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quarta-feira, 16 de março de 2022

Dia Mundial do Sono: saiba como a qualidade do sono influencia na saúde mental


No próximo dia 18 de maio é comemorado o Dia Mundial do Sono, iniciativa da World Sleep Foundation, representada no Brasil pela Associação Brasileira do Sono. Com tema “Sono de Qualidade, Mente Sã, Mundo Feliz”, a data pretende alertar para o aumento de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, e sua correlação com a qualidade do sono.  

De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%). “O sono está intimamente ligado com a saúde mental. Ele faz parte do tripé para mais qualidade de vida e uma rotina adequada, junto com alimentação saudável e exercício físico.” diz Josué Alencar, fundador e diretor do Persono, unidade de negócios da Coteminas que promove iniciativas para melhorar a qualidade de vida das pessoas através do sono.  

Confira abaixo 4 pontos para entender como a qualidade do sono influencia na saúde mental:
 

1. Relação que começa bem cedo

Um estudo de pesquisadores britânicos e finlandeses encontrou uma associação entre a irregularidade das rotinas de sono em crianças a partir dos seis meses de idade com o surgimento de experiências psicóticas no início da pré-adolescência, mais precisamente aos 12 e 13 anos de idade.  

Esse mesmo grupo de estudiosos também foi capaz de relacionar a falta de sono em crianças de 3 anos e meio com sintomas de Transtorno Borderline (Transtorno de Personalidade Limítrofe) aos 10 e 11 anos de idade. 

“Ao nascer, a qualidade do sono já deveria ser prioridade dos pais com relação a criança, mas a natureza particular do sono infantil, muito mais longo que o adulto, faz com que isso acabe passando batido. Sendo comum pais acreditarem que como a criança está dormindo mais do que 7h, ela está dormindo bem. O que não é uma verdade”, explica Alencar.

 

2. Fator de risco para apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio do sono cuja principal característica são as alterações respiratórias enquanto a pessoa dorme, com períodos de respiração pouco profunda e até micro paradas respiratórias. 

Entre os fatores de risco para a apneia estão a obesidade, amígdalas, língua e úvula grandes, grande circunferência do pescoço e síndromes genéticas com deformidades craniofaciais evidentes. O sexo biológico masculino também é fator de risco, assim como a presença de distúrbios psiquiátricos. 

“Sim, a saúde mental afetada pode facilitar a aparição da apneia do sono, assim como o uso de algumas medicações psicotrópicas usadas no seu tratamento. Reforçando a bilateralidade do sono-saúde mental, também sabemos que a apneia pode prejudicar a saúde emocional devido a ela diminuir a qualidade do sono”, complementa Alencar.

 

3. O estresse diminui o sono profundo

Um grupo de pesquisadores na Suíça testou um grupo de pessoas e encontrou evidências de que estresse é capaz de reduzir a quantidade de sono profundo, também conhecido como sono de ondas lentas. 

Alencar esclarece que “o sono profundo é a etapa da noite na qual efetivamente descansamos. Esse descanso permite o melhor funcionamento de diversas funções do corpo, da musculatura ao sistema imunológico. Também ocorrem nessa fase a reparação e a reconstrução de tecidos, ossos e músculos. Por isso ele é especialmente importante para atletas antes e depois de uma competição.” 

O estresse deixa você sem tudo isso.

 

4. Hiperexcitação mental ansiosa dificulta o início do sono

A hiperexcitação mental é característica clássica de pacientes com ansiedade, que não conseguem "desacelerar" os pensamentos, bastante intrusivos, seja como um repasse do que aconteceu no dia ou com a agenda do dia seguinte.  

Essa mente acelerada é um dos fatores chave da dificuldade para dormir e ainda aumenta a frequência dos despertares noturnos.  

Também falando de ansiedade, tanto ela causa problemas para dormir quanto dormir mal pode causá-la. 

“Disrupções do sono estão presentes em quase todos os distúrbios psiquiátricos, assim como pessoas com insônia crônica têm mais chances de desenvolverem distúrbios de ansiedade“, explica a Associação Americana de Ansiedade e Depressão.

 

Persono - unidade de negócios do grupo Coteminas, que é líder no segmento de produtos têxteis para o lar.

 

Por que os bebês trocam a noite pelo dia?

Especialista em sono parceira de Philips Avent explica os principais tabus e dá dicas para alcançar qualidade na rotina de sono


Os primeiros meses de vida de um bebê são repletos de descobrimentos, tanto para a criança quanto para os familiares. A hora da amamentação, do banho e das trocas de fraldas, por exemplo, são momentos que podem gerar muitas dúvidas e medos. Entretanto, a rotina de sono da criança é um dos comportamentos que mais intrigam os pais. 

Segundo a especialista em sono parceira da Philips Avent, Danielle Cogo, o sono é fundamental para o bebê. “Durante o sono secretamos muitos hormônios importantes, como a Leptina, responsável pela saciedade, e a Grelina, pela fome. Em alguns casos, a não sincronização desses hormônios pode causar obesidade infantil. Durante o sono, também consolidamos memórias, ação que é muito importante para as crianças que estão em fase de desenvolvimento constante”, ressalta. 

A falta de uma boa higiene de sono e rotina pode desencadear, principalmente, distúrbios de sono na vida adulta. “O sono não é luxo, é uma necessidade vital muito importante para regeneração das células do nosso corpo, além de ser responsável por auxiliar em nossa saúde mental”, acrescenta a especialista. 

A melatonina é o neuro-hormônio ligado à regulação do sono. Ela é produzida pela glândula pineal, localizada no centro do cérebro atrás dos olhos, onde participa da organização dos ritmos biológicos, atuando na resposta do organismo em relação às mudanças do ambiente, como o ciclo dia e noite ou claro e escuro. Nos bebês, essa glândula pineal não é bem desenvolvida e, por isso, sua melatonina é produzida de forma muito irregular, o que acaba tornando o seu sono imprevisível”, complementa Danielle. 

O fato do bebê nascer com essa melatonina de forma irregular faz com que ele passe a trocar a noite pelo dia com mais facilidade, porém esse não é o único fator. Danielle Cogo destaca que o ambiente de sono atrelado a hábitos inadequados podem também contribuir para que esse cenário aconteça. “Mostrar ao bebê por meio do ambiente, hábitos e rotina o que é dia e o que é noite, contribui para que o relógio biológico da criança entenda a diferença e fique sincronizado com o horário correto”, pontua. 

De acordo com a especialista, o ápice da produção da melatonina ocorre no início da adolescência. Já entre os trinta e quarenta anos os níveis vão diminuindo. Ao chegar à terceira idade, por exemplo, a melatonina é encontrada em seu nível mais baixo no organismo, o que pode estar relacionado a dificuldade em adormecer aferida por grande parte deste grupo. 

Nos bebês, a produção de melatonina passa a ser mais regular após os 3 meses completos. Caso a criança continue trocando a noite pelo dia após essa fase é preciso fazer uma avaliação no ambiente de sono, rever os hábitos e a rotina antes do descanso, para avaliar se é necessário ou não realizar alguns ajustes neste processo”, alerta Danielle. 

A especialista destaca, ainda, que as famílias precisam entender que o bebê não deve entrar na rotina do adulto, assim como o adulto não deve entrar na rotina do bebê. Cada um tem necessidades diferenciadas e isso precisa ser respeitado. 

Para que se tenha o desenvolvimento do sono diurno de qualidade, um bebê de 2 ou 3 meses deve tirar entre 3 e 4 sonecas diárias. Já um adulto não precisa dessa quantidade de repouso. São ciclos completamente diferentes. Com as crianças, é preciso manter uma rotina de sono diário, com horário para dormir, acordar e se alimentar. Os adultos também devem fazer o possível para ter horários fixos para essas necessidades, que são vitais no dia a dia”, comenta.

 

Trocar a noite pelo dia pode prejudicar a saúde do bebê? 

Danielle Cogo destaca que a troca da noite pelo dia pode ser prejudicial para a mãe e bebê. “Nada substitui o sono noturno. Há quem se engane achando que tudo bem não dormir a noite e que de dia irá dormir e recuperar o sono perdido. Porém, mesmo dormindo boas horas de sono, existem descargas hormonais que acontecem de forma mais efetiva durante o descanso noturno. Desta forma, trocar a noite pelo dia não é uma prática saudável”, alerta.  

Existem maneiras eficientes de conseguir ajustar a rotina de sono do bebê. Porém não existe um manual de instrução, e nem mesmo uma receita, para seguir o passo a passo já que cada bebê é único. “É preciso respeitar as necessidades de sono de cada pessoa de forma individualizada. O que funciona para uma criança pode não funcionar para outra. Por isso, é necessário avaliar o cenário por inteiro e entender as necessidades individuais. Só assim, é possível ajustar a rotina de sono da criança”, explica Danielle.

 

A especialista dá dicas de como garantir uma boa qualidade de sono para o bebê e os pais:

  • Respeite a necessidade individual de cada indivíduo. Engana-se quem acha que todos devem dormir e acordar no mesmo horário só porque vivem na mesma casa;
  • Podemos ajustar algumas coisas na rotina de sono do bebê, porém é importante que seja respeitado as diferenças e necessidades de cada criança;
  • Há bebês recém-nascidos que precisam de 18 horas de sono por dia para descansarem, outros que precisam de 15 horas. E tudo bem. Cada criança é única. Para saber a necessidade do seu bebê, analise os sinais que ele te passa;
  • Garanta um bom ambiente de sono para a criança, com bons hábitos noturnos e uma rotina que se adeque às necessidades do bebê. Lembre-se, que a criança também precisa mamar e se alimentar de forma correta, para que não fique com fome ou empanturrado de leite/comida ao ponto de sentir incômodo ao deitar;
  • Na dúvida, consulte sempre um profissional especialista em sono infantil para que se faça uma análise completa da criança.

 

Danielle Cogo - especialista em sono e parceria da Philips Avent. Com Certificação Internacional pelo Instituto Internacional de Maternidade de San Francisco - Califórnia; Danielle é certificada pela Universidade de São Paulo (USP) em "Medicina do Sono"; com curso de aperfeiçoamento em "Sono e Obesidade" pela Learncafe, em "Apneia Obstrutiva do Sono" pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e como "Educadora de Envolvimento Familiar" pela Universidade de Harvard. Danielle é técnica em polissonografia pela NiCs, além de pós-graduada em Transtorno do Espectro Autista. Há mais de cinco anos, a especialista atua na área de pesquisa clínica com estudos pediátricos e é proprietária do Instituto Assessoria Mamãe.


Dia mundial do sono: 7 dicas para fazer crianças dormirem melhor

Confira como criar uma rotina saudável para a hora de dormir


Na sexta-feira, 18 de março é celebrado o Dia Mundial do Sono. A data acontece sempre antes da mudança de estação - começo da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul - quando o dia e a noite terão exatas 12 horas cada. O objetivo é celebrar os benefícios de uma boa noite de sono e sua importância para a saúde, o que é especialmente importante para crianças e adolescentes. 

Diversas pesquisas científicas já comprovaram que o sono é importante para o desenvolvimento e manutenção da saúde da mente e do corpo. Cientistas da Universidade de Tübingen, na Alemanha, comprovaram que dormir consolida o que foi aprendido durante o dia, transformando informações em conhecimento ativo.

 

Rotina é amiga do sono

Apesar dos muitos benefícios conhecidos - melhora o desempenho intelectual, a memória, a imunidade, controle de peso e da pressão arterial - os desafios para conseguir horas suficientes de sono também são muitos. 

De acordo com a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Maringá, Eliana Claudia Graciliano, estabelecer uma rotina para dormir desde os primeiros anos de vida é algo que traz benefícios para toda a vida. “Estabelecer horários para desacelerar e criar rotinas de sono traz segurança para as crianças, pois sabem o que esperar durante o seu dia”, explica. 

 

Confira algumas dicas para estabelecer a higiene do sono em casa: 

 

1. Relaxar antes de dormir

Incentive seu filho a relaxar antes de dormir. No caso das crianças mais velhas, pode

ser lendo um livro, ouvindo uma música suave ou praticando uma respiração. Para os

menores, pode ser uma contação de história relaxante.

 

2. Estabeleça uma rotina

Uma rotina regular, começando os preparos para dormir na mesma hora todas as noites, incentiva bons hábitos de sono. Um horário para tomar banho, para jantar e ir para a cama ajuda pequenos a compreenderem o cotidiano e se adaptarem mais facilmente. Para as crianças mais velhas, é possível incluir uma conversa tranquila sobre o dia e, em seguida, algum tempo relaxando sozinhas antes de as luzes se apagarem.

 

3. Mantenha horários regulares para dormir e acordar

É importante que a rotina inclua também os horários de dormir e acordar. Isso ajuda a manter o relógio biológico de seu filho em um padrão regular, tornando o cotidiano mais fácil.

 

4. Certifique-se de que seu filho se sinta seguro à noite

Se seu filho tem medo de ir para a cama ou de ficar no escuro, você pode elogiar e recompensá-lo sempre que ele for corajoso. Evitar programas de TV, filmes e jogos de computador assustadores também pode ajudar. Algumas crianças com medo da hora de dormir sentem-se melhor com alguma luminosidade, como um abajur.

 

5. Verifique o ruído e a luz no quarto

Verifique se o quarto do seu filho é muito claro ou barulhento para dormir. A luz azul de televisores, telas de computador, telefones e tablets suprime os níveis de melatonina e retarda a sonolência. A luz forte uma hora antes de deitar pode ter o mesmo efeito em crianças pequenas.

 

6. Evite telas à noite

Até duas horas antes de ir pra cama, é importante evitar o uso de telas, seja televisão, celular ou tablet. É melhor investir em atividades mais calmas, como ler um livro, brincar de montar blocos ou conversar sobre o dia.

 

7. Receba bastante luz natural durante o dia Incentive seu filho a obter o máximo de luz natural possível durante o dia, especialmente de manhã. Isso ajuda seu filho a se sentir acordado e alerta durante o dia e com sono antes de dormir.


Ronco e apneia do sono estão entre os problemas das noites mal dormidas


No Brasil, em média, 73 milhões de pessoas não conseguem dormir bem e quase 50% delas apresentam algum problema relacionado ao sono.  Cansaço excessivo, sonolência diurna, dores de cabeça matinais e roncos são alguns indicadores de que que as noites de sono não estão sendo reparadoras.

De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Resende, do hospital Santa Casa de Mauá, antes de sair usando medicamentos ou outras substâncias para dormir, é preciso avaliar os motivos que estão comprometendo a noite de sono, seja por estresse mais agudo ou distúrbios, como o ronco e a apneia do sono. “Um adulto precisa em média de 8 horas por noite de sono para se manter ativo e produtivo. Caso contrário, pode ocorrer o surgimento de doenças graves como a hipertensão arterial e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infarto”, explica o médico. 

O ronco é a vibração das vias aéreas - nariz e garganta - e acontece pela dificuldade da passagem de ar na respiração. Ele pode ser considerado normal conforme a posição em que a pessoa dorme, mas quando há grandes vibrações e ruído intenso passa a ser patológico. E também pode estar ligado a problemas nas amígdalas e adenoides, desvio de septo, rinite, sinusite, obstruções nasais, palato mole ou em formato de ogiva, úvula aumentada, queixo retraído e envelhecimento. Em algumas situações está ligado à obesidade, ao consumo de bebidas alcoólicas, ao cansaço ou, ainda, pela posição de dormir de barriga para cima. 

A apneia do sono é uma doença crônica, caracterizada pelas obstruções repetitivas e temporárias das vias aéreas - cerca de 10 segundos - que causam dificuldade para respirar e limitam a passagem do ar até os pulmões. 

Além do ronco, outros sinais da apneia envolvem acordar com sensação de sufocamento e com dor de garganta, desconforto no peito, boca seca, entre outros. Para confirmar o diagnóstico, o médico recomenda uma polissonografia, que monitora as ondas cerebrais, os movimentos dos olhos, a taxa de oxigênio no sangue, a frequência cardíaca e respiratória.

O tratamento dependerá da gravidade da patologia. Nos casos mais leves basta controlar os fatores de risco, a posição de dormir e o uso de um retrator de língua. Em situações mais graves, a melhor indicação é o aparelho CPAP nasal, que ajuda a melhorar as crises de ronco, afasta o risco de problemas cardiovasculares e de hipertensão. A indicação de cirurgia no tratamento do ronco e da apneia do sono precisa ser muito bem avaliada.

“Em todos os casos, para amenizar os sintomas é aconselhável evitar a ingestão de álcool antes de dormir e dar preferência aos alimentos mais leves, manter o peso em níveis ideais, praticar exercícios físicos e não fumar”, recomenda o otorrinolaringologista Thiago Resende.



Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.

https://santacasamaua.org.br/


ABCVAC Setor privado de vacinas teme não conseguir atender a demanda da imunização contra gripe

 Após aumento expressivo no número de casos entre dezembro e janeiro de 2021, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina demonstra preocupação para a quantidade de doses de vacinas que será disponibilizada pela indústria para a campanha deste ano


Enquanto se preparam para o início da campanha de vacinação para a gripe, as clínicas privadas de vacina demonstram preocupação com relação a baixa quantidade de doses disponibilizada pela indústria para atender a esse mercado. Segundo a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), depois do surto no número de casos de influenza registrados no final de 2021 e no início de 2022, há uma expectativa de maior procura nas clínicas. Isso, somado ao fato de que o Ministério da Saúde excluiu as crianças com mais de cinco anos dos grupos prioritários da campanha de vacinação contra a gripe,  torna possível a falta de imunizantes suficientes para atender a possível demanda que haverá no mercado. 

Esse cenário leva a crer que a procura pela imunização ao longo desta campanha na rede privada seja maior. Em especial porque o vírus Influenza, causador da doença, tem uma característica sazonal: ele circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses de outono e inverno, período que antecede a campanha. 

Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, explica que a preocupação com a campanha contra a gripe é maior por se tratar do carro-chefe do mercado privado de vacinação, no entanto, esse cenário de escassez de imunizantes ocorre também com outras vacinas.  

“O setor privado de vacinas potencial é de 7% a 10% da população brasileira para todas as vacinas. No entanto, a indústria disponibiliza doses para atender aproximadamente 3% dessa população, deixando o mercado desassistido, em especial pela política de trabalhar a risco zero. Além disso, 90% do que é oferecido à rede privada fica concentrada em um grupo pequeno de grandes empresas”, ressalta Barbosa. 

A rede privada inicia por volta da última semana de março a campanha anual de vacinação contra a Influenza. Em 2021,  as clínicas foram responsáveis por aplicar cerca de 8,5 milhões de doses, ante mais de 7 milhões em 2020. Esse ano é que venham cerca de 8 milhões. 

A imunização contra a gripe diminui muito a chance de  contaminação e também o risco de complicações da infecção, de internações e da evolução para óbito. Na rede privada, todos a partir dos 6 meses de vida podem vacinar-se, se não tiverem contra-indicações médicas e confere uma proteção ainda maior, contendo dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B. A vacina da rede pública é a trivalente e contém dois subtipos de Influenza A e um subtipo da Influenza B. 

O valor das doses varia entre R$120 e R$160 em todo o Brasil. 

 

Pesquisa inédita encomendada por Always® indica que a pobreza menstrual gera 14 milhões de faltas entre as estudantes e impacta 5,5 milhões de brasileiras no mercado de trabalho por ano

Mais de cinco milhões de mulheres tiveram que se abster dos seus postos de trabalho por carência de absorventes, gerando prejuízo de 2,4 bilhões na economia brasileira  

Em busca de transformar esse cenário Always® lança a primeira Aceleradora Social focada em pobreza menstrual no mundo


Always®, marca da P&G de cuidado íntimo feminino, em sua missão de empoderar meninas e mulheres, lança campanha #MaisAbsorventesMenosFaltas potencializando o seu compromisso no combate à pobreza menstrual no Brasil, amplificando a discussão sobre a temática e buscando construir junto à sociedade um cenário em que as meninas, mulheres e todas as pessoas possam ser quem elas quiserem ser.  

Depois de trazer luz ao tema em 2021, com a campanha #MeninaAjudaMenina, que gerou a doação de mais de 3 milhões de absorventes e que partiu da pesquisa inicial criada pela Toluna em 2020, a marca dá mais passos em direção ao fim da problemática na sociedade brasileira e chama parceiros para fazer parte da mudança. 

Em pesquisa inédita¹ realizada com o Instituto Locomotiva para entender melhor o cenário da pobreza menstrual no nosso país, foi identificado que o problema afeta 2,9 milhões de estudantes atuais do ensino fundamental, médio ou superior com 16 anos ou mais, o que implica na média 14 milhões de faltas de mulheres estudantes por ano.  

E das mulheres que estão no mercado de trabalho, 5,5 milhões já faltaram aos seus postos por causa da pobreza menstrual, fator que gera prejuízo de R 2.4 bilhões na economia brasileira por ano. “Essa pesquisa é muito importante pois quantifica e nos mostra como a pobreza menstrual é um problema que está em nossas estruturas, causando lacunas na vida das meninas desde o período escolar e trazendo consequências até a vida adulta. Queremos fazer parte da solução e por isso estamos nos movimentado para ampliar o alcance dessa discussão, afinal essa é uma luta de todas nós”, diz Laura Vicentini, Vice-Presidente de cuidados femininos da P&G Brasil.

“Os dados revelados pelo estudo são preocupantes. Indicam diversas camadas de vulnerabilidade a que estão expostas as mulheres em relação à sua saúde menstrual: falta informação durante a primeira menstruação, falta acolhimento nos ambientes escolares e de trabalho, falta renda para aquisição de produtos necessários, e faltam políticas públicas para enfrentar o tamanho do problema”, diz Renato Meirelles, Presidente do Instituto Locomotiva.  

A pesquisa ainda mostra que mais da metade das brasileiras (52%) já sofreu alguma privação relacionada à pobreza menstrual, e os dados evidenciam os reflexos da desigualdade social e mostram que mulheres pobres e negras são as mais afetadas. Além disso:

  • 36% das brasileiras já tiveram que pedir absorvente emprestado ou dinheiro para comprar. Ao mesmo tempo, 79% das mulheres disseram já ter emprestado o produto ou dinheiro para alguém sem condições;
  • Mais de 35% das mulheres, cerca de 20 milhões, afirmam que os gastos com produtos de higiene pesam na renda mensal e precisam economizar com estes itens. Entre as mais pobres essa proporção chega a 59%;
  • Nesse cenário, 77% das mulheres já usaram outro item no lugar do absorvente, sendo que as mais ricas por esquecimento e as mais pobres por falta de recurso. Entre esses itens alternativos, o papel higiênico é o substituo mais comum, seguido por panos laváveis.

Always® em sua jornada de comprometimento no combate à pobreza menstrual no Brasil já doou 4 milhões de absorventes, distribuídos em diversos estados do país, e agora se une à Aceleradora P&G Social para expandir o esse trabalho criando a primeira Aceleradora Social focada em pobreza menstrual do mundo. 

A Aceleradora Social de Always® se junta a parceiros estratégicos para apoiar quatro instituições não-governamentais pelo Brasil, que receberão R 50.000,00 cada para o desenvolvimento de projetos que apoiam pessoas em vulnerabilidade menstrual. Cada uma das quatro ONGs selecionadas também receberá 100 mil absorventes Always® e mentoria do time de liderança da P&G para desenvolvimento durante o ano de 2022.  

Para viabilizar a criação da Aceleradora, Always conta com a importante contribuição dos parceiros Grupo Profarma, Panvel e Ibiapina. As empresas abraçaram a causa junto com a marca por identificar na pobreza menstrual um problema sensível à sociedade brasileira, importante para todas as pessoas que menstruam, e urgente para todo o país.  

“O pilar da responsabilidade social sempre foi muito importante para o Grupo Profarma. Sabemos dos impactos da pobreza menstrual na vida de tantas meninas, por isso, é uma alegria contribuir de forma positiva na vida delas. E temos certeza de que, com conexões fortes, conseguiremos colaborar em outros grandes projetos”, ressalta Deborah Birmarcker -- Diretora de ESG do Grupo Profarma. 

“Para nós, do Grupo Panvel, é motivo de orgulho fazer parte de uma iniciativa inédita a nível global e com impacto tão positivo na vida das pessoas. São ações como essa que contribuem para a transformação da sociedade”, diz Maria Schneider, Diretora de Pessoas, Cultura e Sustentabilidade. 

“Acreditamos como empresa que além do aspecto econômico, contribuir com o bem-estar social é vital para o desenvolvimento da nossa sociedade e do relacionamento geral com nossos clientes, fornecedores e stakeholders”, acrescenta Orlando Pontes Presidente, do Grupo Ibiapina. 

As inscrições começam no dia 15 de março e vão até o dia 28 de abril, e o resultado estará disponível no site e nas redes da marca em até 60 dias após o encerramento das inscrições. 

¹Pesquisa por Always® realizada pelo Instituto Locomotiva utilizou de metodologia quantitativa entrevistando online 1016 mulheres de 16 a 50 anos que menstruam, com abrangência nacional, margem de erro estimada: 3,1 p.p. Também foi realizada pesquisa qualitativa com grupos de discussão com um total de 24 mulheres de 16 a a 39 anos, das Classes CD. Dados coletados de 25 de janeiro a 02 de fevereiro de 2022.

 

https://www.alwaysbrasil.com.br/pt-br

https://br.pg.com/


Gases em excesso:Nutricionista lembra que mastigar bem os alimentos é essencial


Muitas pessoas sentem fortes dores abdominais devido ao acúmulo de gases intestinais. Geralmente essas dores são leves e moderadas mas podem ser fortes, como aconteceu recentemente com a ex-BBB Pocah, que foi parar no hospital, na última segunda-feira, com dores abdominais intensas devido ao excesso de gases.

Além de incômodas, as dores podem vir acompanhadas de arroto, azia, inchaço abdominal, cólicas e até mesmo náuseas.

Segundo o nutricionista e coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), Antônio Wanderson Lack muitas são as causas dos gases em excesso como: bebidas com gás, engolir ar durante as refeições, não mastigar direito os alimentos, consumir em demasia alimentos de difícil digestão como grãos, couve, ovo, repolho e brócolis, uso de antibióticos e antiácidos, não fazer atividades físicas, prisão de ventre entre outras são as causas mais comuns.

“Devido à intensidade da dor, muitas vezes os sintomas de gases se confundem até mesmo com ataque cardíaco pois os gases pressionam uma válvula que fica em cima do estômago e que fica exatamente atrás do coração. Então quando há uma fermentação muito forte, essa válvula fica sendo pressionada e causa dor a ponto de ser confundida por problemas cardíacos” explica. Segundo o nutricionista, os gases são parte natural do processo digestivo, porém quando em excesso podem ser o sinal de um problema mais grave como disbiose e intolerâncias ou até mesmo de digestão e o mais indicado nesses casos é procurar o gastroenterologista.


Com impacto no combate ao câncer, lei prevê novas regras para cobertura dos planos de saúde

Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética reitera a importância dos pacientes oncológicos ficarem atentos às mudanças e buscarem seus direitos


O governo federal sancionou, na última semana, a Lei 14.307/22, de origem na Medida Provisória (MP) 1067/21, que determina regras para a integração de novos tratamentos pelos planos de saúde. A principal mudança diz respeito aos medicamentos e procedimentos relacionados ao combate ao câncer. 

Com a sanção da MP 1067/21, alterada pelo Projeto de Lei de Conversão, o prazo de análise dos novos medicamentos, procedimentos e tecnologias passa a ser de até nove meses, o mesmo praticado no SUS. 

A lei determina que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde deve ser atualizado de forma contínua, e não mais em um intervalo de dois anos. No caso de quimioterapia, o prazo para ​​a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) analisar é mais curto, de 120 dias, sendo o período prorrogável por mais 60 dias. 

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) reforça a importância dos usuários dos planos de saúde e pacientes oncológicos ficarem atentos às mudanças e aos seus direitos para que possam reivindicá-los em situações de descumprimento de prazos e consequente prejuízo de tempo para o diagnóstico e tratamento. 

“Um passo importante foi dado, mas será preciso fiscalizar a atuação dos planos de saúde para garantir o cumprimento das medidas”, destaca Raul Canal, presidente da Anadem. O advogado lembra que cerca de 625 mil brasileiros são diagnosticados com câncer anualmente. Desse total, cerca de 280 mil, ou seja, 44%, acabam não resistindo à doença: "É um cenário ruim, agravado pela falta de acesso rápido ao diagnóstico e ao tratamento".

 

Novas Medidas 

Além do prazo de análise de medicamentos, a MP também prevê: conclusão da análise dos tratamentos e procedimentos da lista de fornecimento obrigatório em até nove meses; que quimioterapias orais e de uso domiciliar terão prioridade e a análise ocorrerá em, no máximo, seis meses; fornecimento, em até 10 dias, dos medicamentos já aprovados e incorporados ao Rol. 

A ANS terá 180 dias para adequar os processos, editar normas e cumprir tais responsabilidades. As discussões acerca das novas tecnologias a serem incorporadas devem visar, sobretudo, o paciente como ser principal e norteador dos debates. Encerrado o prazo do processo de análise e incorporação geral prorrogáveis por mais noventa, e sem manifestação conclusiva da ANS, a inclusão do medicamento em análise será automática.


Dia Mundial de Combate à Tuberculose destaca a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença

Exame inovador, já disponível no SUS, é capaz de identificar a infecção em sua fase latente, ainda sem sintomas, e dar início ao tratamento


Embora seja uma das doenças mais antigas da humanidade, a tuberculose é, ainda hoje, uma das que mais infectam e levam a população mundial a óbito. A infecção, causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) somente em 2019 contaminou e desencadeou sintomas em mais de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo, levando 1,2 milhões à morte, segundo dados do Relatório Global da Tuberculose. Em 2020, em virtude da pandemia da COVID-19, o número de notificações da doença apresentou redução, entretanto, o índice de óbitos saltou para 1,5 milhões de pessoas.   

Diante deste cenário preocupante e dos objetivos divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicar a doença até 2030, no Brasil, um dos 30 países que concentram 90% dos casos registrados, acontece a Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose, que tem início em 24 de março – Dia Mundial da Tuberculose – e se estende até o dia 31 do mês.

“Trata-se de um período de especial conscientização da população para os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção da tuberculose. Uma das maneiras mais efetivas de conter essa transmissão e erradicar suas ocorrências se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da tuberculose ativa e da prevenção reativa da patologia, através do tratamento da infecção latente (ILTB), quando ainda não apresenta sintomas”, destaca Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o teste IGRA QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado um exame referência e o mais utilizado no mundo, agora também disponível à população brasileira pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em todos os planos de saúde.

Estão cobertos nos planos de saúde pacientes que vivem com o vírus HIV, usuários de biológicos e candidatos a imunossupressão. Já no SUS, o teste está disponível para crianças com contato de tuberculose ativa, candidatos ao transplante de medula óssea e pacientes que vivem com o vírus HIV.

O método IGRA, ou ensaio de liberação de Interferon-gama, está entre os mais precisos, analisados e recomendados pela OMS para identificar a tuberculose em sua fase latente. É um teste sensível, específico e objetivo, realizado com uma pequena amostra de sangue e que requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais.

Pelo fato de apresentar uma fase inicial assintomática, que pode se estender por um longo período até que o paciente tenha uma queda de imunidade, a testagem da infecção latente por tuberculose é indicada principalmente para pessoas que compõe o chamado grupo de risco da doença, como portadores de HIV positivo, pessoas que recebam tratamento anti-TNF-alfa (medicamentos que impedem a circulação do TNF-Alfa, uma proteína que quando produzida de forma desregulada pode agravar algumas doenças auto-imunes) ou imunossupressores, pessoas que tiveram contato com portadores da enfermidade, crianças abaixo de 5 anos, profissionais da área da saúde, imigrantes, população privada da liberdade e que vivam em ambiente comunitário, como idosos e militares.

Após sua fase latente, a tuberculose pode evoluir de forma grave e rápida. Entre os principais sintomas estão a tosse crônica e persistente, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. Aos primeiros sinais de suspeita de contato ou sintomas, é recomendada a busca por ajuda e orientação médica. A tuberculose é uma doença tratável e curável, mas o sucesso da cura depende da rapidez do diagnóstico e tratamento.

 

QIAGEN

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Câncer de intestino está entre os mais comuns entre brasileiros

Especialista do Hospital São Camilo SP destaca fatores como genética e envelhecimento para o desenvolvimento da doença


Dos vários tipos de cânceres, o de intestino, ou colorretal, ainda gera alguns questionamentos. A doença pode se desenvolver em todo o intestino grosso, inclusive no reto e vem se tornando uma das mais frequentes entre a população brasileira.

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor é o terceiro mais comum entre homens e mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele (1º), mama (2º em mulheres) e próstata (2º em homens). Só no ano de 2020 contatou-se mais de 40 mil casos, dos quais 50,6% correspondiam ao sexo masculino e 49,4% ao feminino.

Com estes números, é possível constatar que a doença é mais perigosa do que as pessoas imaginam. “O câncer de intestino é silencioso, o que faz com que o seu diagnóstico tome tempo para ser feito. Muitas vezes, o indivíduo só vai perceber a presença dele num grau mais avançado”, afirma Dr. Daniel Cubero, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Diferentemente de outros tumores, antes de se tornar propriamente um câncer, podem surgir lesões pré-malignas, chamadas pólipos. Esses pólipos podem demorar anos para se desenvolver, sendo formados a partir de diferentes fatores.

“Nenhuma das causas que contribuem para a formação destas lesões é controlada pelo indivíduo. Por mais que ele se alimente bem e faça atividades físicas, não vai conseguir minimizar em 100% o seu aparecimento. Existe uma grande ligação com fatores genéticos, envelhecimento e até causas ambientais”, complementa o médico. 

Há casos em que estas lesões são detectadas em estágio inicial e podem ser removidas. Com isso, o paciente acaba por não desenvolver o tumor. Mas em circunstâncias em que o pólipo é diagnosticado em um grau mais avançado, o intervalo para a realização de exames diminui e o acompanhamento precisa ser maior do que o habitual. 

Esse diagnóstico pode ser confirmado a partir da colonoscopia. “O ideal é que o exame seja realizado com uma periodicidade de 10 anos, a partir dos 50 anos, faixa etária em que a doença começa a ser mais comum. Como o pólipo demora para se transformar em câncer, esse intervalo é o suficiente para controle”, relata Dr. Daniel. 

Entretanto, pessoas que contam com histórico familiar, pré-disposição genética conhecida ou antecedentes pessoais de pólipos intestinais devem realizar o exame em intervalos menores do que o indicado.

A remoção do pólipo pode ser realizada no próprio processo de colonoscopia. Já em casos de câncer, é importante que o paciente siga com o tratamento adequado e indicado pelo médico para reverter o quadro o quanto antes. “De início, essa pessoa passará por uma cirurgia. E, em casos mais avançados, seguirá com quimioterapia para que a doença não retorne. Pacientes idosos e pessoas com histórico na família precisam de acompanhamento constante para evitar maiores consequências”, finaliza o oncologista.  



Hospital São Camilo 

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Março Verde: entenda a dificuldade por trás do diagnóstico da Neuromielite Óptica

No Brasil, estima-se que 3500 a 7000 pessoas convivam com esta condição[1]


A Neuromielite Óptica (NMO), também conhecida como doença de Devic, é um distúrbio imunológico e neurológico, que acomete, principalmente, os nervos ópticos e a medula espinhal. Devido à similaridade de sinais e sintomas com as doenças neurológicas autoimunes, não é incomum que a NMO seja confundida com a esclerose múltipla (EM), mas este não é o único grupo de doenças que deve ser considerado um ponto de atenção na hora do diagnóstico. E para dar visibilidade ao tema, o dia de 27 de março é marcado como o dia da conscientização da doença.

Para o neurologista Dr. Denis Bichuetti, professor associado da Disciplina de Neurologia e assistente do setor de neuroimunologia e doenças desmielinizantes da UNIFESP, existem três grupos de doenças que precisamos considerar durante a investigação. “Em primeiro lugar, as doenças neurológicas autoimunes, por também afetarem a medula espinhal e o nervo óptico. Em seguida, o grupo das doenças oncológicas, em razão da semelhança nas imagens de ressonância entre a lesão medular da NMO com alguns tumores intramedulares. E, por último, algumas doenças infecciosas e oftalmológicas, que podem causar inflamação do nervo óptico e da medula espinhal decorrentes de processos virais. Mas, neste caso, o paciente também apresenta febre, gânglios inchados, emagrecimento e, às vezes, é imunossuprimido”, explica o especialista.

Um dos exames para se chegar ao diagnóstico de neuromielite óptica é a ressonância magnética. “Em uma pessoa com NMO, a ressonância magnética pode mostrar uma lesão extensa e inchada na medula espinhal”. Mas, ainda segundo o especialista, a principal causa de confusão pode estar atrelada a essas imagens. “A pessoa que lauda o exame nem sempre tem acesso ao histórico clínico do paciente. A esclerose múltipla também pode causar lesão na medula espinhal. Tumores costumam provocar inchaços e alguns processos infecciosos necrosam. Então, a melhor forma de evitar erros é fazer a investigação baseada nos critérios diagnósticos, ou seja, histórico clínico, tempo de evolução, exames clínicos e apoio laboratorial”, comenta.

A história da palestrante motivacional e coach de saúde integral, Dani Americano, reflete as consequências dessa confusão. “Por causa de um diagnóstico errado, perdi todos os movimentos do peito para baixo, me tornando tetraplégica funcional. Me tornei cadeirante e completamente dependente das pessoas para tudo. Não era capaz de me virar na cama sozinha”, relata.

O que pode auxiliar nessa jornada é a realização do exame de sangue conhecido como anticorpo anti-aquaporina 4. “Esse exame reconhece uma característica que está presente em quase 90% dos casos de pacientes com NMO, não se aplicando a outras doenças. Na existência de uma lesão medular extensa, de uma perda visual temporária, sensações alteradas e membros fracos e pesados, um exame de anticorpo anti-aquaporina 4 positivo confirma o diagnóstico para NMO. Vale lembrar que 10% das pessoas podem ter NMO ou síndromes semelhantes e o anticorpo não ser detectado. Nesses casos, cabe o melhor raciocínio clínico possível para definir o diagnóstico. Em geral, este teste se tornou um importante marcador para a NMO e ajudou a melhorar a nossa compreensão do espectro desta doença”, finaliza o professor adjunto de neurologia da UNIFESP.

Para Dani, a mudança de hábito alimentar e o exercício do pensamento positivo contribuíram para uma melhor qualidade de vida. “Optei pela mudança no meu estilo de vida dando início a uma alimentação anti-inflamatória. Eu retirei do cardápio leite e seus derivados, glúten, açúcar, embutidos e ultraprocessados, que são considerados altamente inflamatórios, e foquei em alimentos com ação anti-inflamatória, como legumes, frutas e verduras. Aliado a isso, tenho exercitado a gratidão. Procuro pensar naquilo que me faz feliz. E, hoje, contrariando todos os prognósticos médicos, deixei de ser tetraplégica funcional e sou capaz de ficar 60 segundos em pé sem apoios”, exalta.

Dani é uma das fundadoras do grupo NMO Brasil, que organiza o movimento “Março Verde” junto com as Organizações Não-Governamentais Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) e a Crônicos do Dia a Dia (CDD). A iniciativa visa chamar a atenção para a Neuromielite Óptica e ampliar a discussão sobre a doença por meio de ações de conscientização. Em alusão à sigla NMO e aos sintomas da doença, a campanha de Março Verde deste ano traz a hashtag #NãoMenosprezeOsSinais

 

[1] PEBMED. Uma nova alternativa para a Neuromielite Óptica? [AAN 2019]. Disponível em: site


Sedentarismo e alimentação inadequada avançam na pandemia

 Especialistas da Estácio dão orientações de como adotar um estilo de vida saudável com a prática de atividades físicas e um cardápio balanceado.

 

A pandemia acentuou o sedentarismo entre os brasileiros, que passaram a beber mais, se exercitar menos e consumir mais alimentos ultraprocessados. As informações são da nota técnica, “Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel”, publicada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), que analisou os dados recolhidos pelo Ministério da Saúde na sua Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel): a falta de atividade física cresceu 15%; o consumo de álcool, 21%; a ingestão de ultraprocessados, 12,2%. 

O Instituto também identificou uma incidência 20% maior de obesidade em 16 capitais, bem como o aumento do diabetes tipo 2 e da hipertensão, associados ao sobrepeso. A boa notícia é que sempre há tempo de mudar o estilo de vida, de olho na saúde e no bem-estar, e o mais importante, fazendo aquilo que gosta, conforme orienta o professor do curso de Educação Física da Estácio, Ronaldo Angelo:  

“O exercício físico deve ser aquele que a pessoa sinta prazer em realizar, pois assim a adesão tende a ser maior. Quanto à frequência, de acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2020) e da Sociedade Brasileira de Hipertensão (2020) deve ser de três a cinco vezes por semana, com duração de 30 a 60 minutos por dia. Mas nada impede começar com um tempo menor, de 10 minutos por dia, por exemplo”, propõe. 

Para quem ainda não se sente seguro em frequentar academias de ginástica, Ronaldo Angelo frisa que são diversas as possibilidades de atividades físicas ao ar livre. “Caminhada em ritmo acelerado, corrida e andar de bicicleta são boas alternativas. Além disso, é possível se exercitar em praças realizando agachamentos, flexões de braço, abdominais e barra fixa com e sem apoio dos pés. Quanto ao gasto calórico, ele depende de três fatores: da massa corporal, da duração e intensidade do exercício. Quanto maior um desses, maior o gasto”, esclarece.  

O professor de Educação Física aproveita para esclarecer um mito sobre os alongamentos de curta duração antes e depois de uma prática esportiva. “Alongamentos são necessários apenas quando o objetivo é aumentar a flexibilidade. Mas caso o praticante opte por fazê-los, pode ser interessante realizá-los ao final do exercício principal. Então, se o exercício foi uma caminhada, alongue os membros inferiores; se o exercício principal foi flexão de braços, alongue os membros superiores”, orienta.  

Outro importante aliado para combater o sedentarismo é adotar uma alimentação equilibrada e colorida. O professor do curso de Nutrição da Estácio, Felipe Shang, revela que a rotina é imprescindível para seguir um padrão alimentar adequado. “Com a falta de rotina na alimentação, comemos o que é mais conveniente e/ou fácil, que normalmente são as opções menos saudáveis. Procure estabelecer horários para as suas refeições. Ademais, faça uma lista de compras com alimentos saudáveis para que você possa consumir ao longo do dia e da semana”, indica. 

O nutricionista lembra que cardápio saudável não é sinônimo de ingredientes caros. “Ainda hoje existe um mito de que para comer é necessário gastar muito dinheiro. É possível alimentar-se bem, dispondo de uma grande variedade de frutas, verduras e legumes, principalmente aqueles que são da estação. Apesar do aumento do preço das carnes, alimentos como ovos e frango são muito bem-vindos”, descreve. 

A dica, segundo Felipe Shang, é buscar por ingredientes mais naturais, que são mais salutares e econômicos. “Verduras, legumes e frutas são extremamente importantes porque são fontes naturais de vitaminas e minerais. Alimentos industrializados, como bolachas, biscoitos, chips, devem ser evitados pois, além de serem pouco nutritivos (ricos em açúcares e gorduras), são alimentos que, em geral, não conseguimos comer em poucas quantidades. É o famoso: abriu, comeu tudo”, ilustra. 

O professor de Nutrição da Estácio acrescenta: “O maior problema não está em comer “gulodices”, e sim na frequência e na quantidade com que estes alimentos são consumidos. Quando consumidos em grandes quantidades, podem trazer prejuízos à saúde devido à alta concentração de açúcares e gorduras que contêm”, conclui.


Da FIV ao congelamento de óvulos: as tendências da reprodução humana para 2022


A procura por métodos de reprodução assistida cresceu em 50% no país após a diminuição de casos covid-19 e restrições de atendimento nas clínicas, de acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo. O número é muito maior do que era visto antes deste período e foi afetado por diversos fatores, entre eles, a carreira feminina, já que muitas mulheres adiaram o desejo de ser mãe, a mudança de pensamentos durante a pandemia, o fator idade e outros. 

Com isso, o ano de 2022 traz a tendência de um ano muito promissor no setor reprodutivo, mesmo após um ano que contou com grandes mudanças na área feitas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como as limitações de número de óvulos que podem ser fertilizados, a proibição da revelação do sexo do embrião após a biopsia e a permissão de doações de óvulos e espermatozoides por parentes de casais inférteis. 

Muitos casais que antes não pensavam na possibilidade de ter filhos, passaram a avaliar a ideia da expansão familiar, enquanto outros adiaram esse sonho pelo cenário pandêmico que vivenciamos nos últimos anos. Com o avanço da vacinação, esses casais decidiram que o ano de 2022 pode ser o momento ideal para isso. Mas muitos poderão descobrir problemas de fertilidade e recorrerem a reprodução assistida para alcançar esse objetivo de constituir uma família. 

Atualmente, a média de idade em que as mulheres engravidam chegou aos 30 anos. A idade limite para o congelamento de óvulos antes era de 35 anos e foi alterada na metade do ano passado para 37. Vale lembrar, que a menopausa e a idade interferem muito no processo reprodutivo da mulher, enquanto elas podem engravidar até determinada idade, homens podem ser férteis durante toda a vida. 

As técnicas não invasivas de biópsia e análise de embriões por meio da inteligência artificial são grandes novidades dos últimos anos no setor. Ao mesmo tempo, em alguns países do mundo, os casos de transplantes de útero tiveram um aumento significativo, trazendo a esperança de que em breve seja realizado em grandes centros especializados. 

Neste ano, a Fertilização In Vitro (FIV) com análise genética do embrião e o congelamento de óvulos para quem busca ter filhos no futuro, devem continuar sendo os procedimentos mais procurados no geral. Além disso, outro procedimento que muitos não conhecem e pode haver uma alta em 2022, é a preservação da fertilidade para pacientes que enfrentarão o processo de quimioterapia, radioterapia ou FIV com o intuito de prevenir transmissões de doenças genéticas graves. 

Já para os pacientes que buscam respostas sobre as possíveis causas de sua infertilidade, um tratamento mais personalizado e individualizado será realizado trazendo o melhor da tecnologia com a análise de um especialista direcionando o paciente ao melhor caminho a seguir.

 

Dani Ejzenberg - médico especialista em reprodução humana da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva.


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Março amarelo: tratamento precoce da endometriose permite maior controle sobre a doença

 

No mês mundial de conscientização, é preciso ressaltar que o tratamento precoce pode evitar agravamento dos sintomas e complicações

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 180 milhões das mulheres sofrem de endometriose, uma doença que quando não tratada pode provocar infertilidade e comprometer órgãos como ovários, útero, bexiga e intestinos. No Brasil, a doença atinge aproximadamente 15% da população feminina, correspondendo a 7 milhões de casos. Por isso, o março amarelo ressalta a importância da conscientização e do tratamento precoce. 

 

Os principais sintomas da endometriose são as cólicas menstruais de forte intensidade, dor e sangramento intestinais mais comumente relacionados ao período menstrual e dores durante as relações sexuais, comprometendo o bem-estar e a vida da mulher. Infelizmente ainda não é possível garantir a cura, mas em muitos casos, nos quais a cirurgia foi bem-sucedida e capaz de remover todas as lesões, o tratamento é muito eficiente em relação aos sintomas, permitindo que estes pacientes tenham sua qualidade de vida de volta.

 

Outra consequência da endometriose não tratada é a infertilidade. Quando a doença é tratada precocemente, é possível remover as lesões e restaurar a anatomia de modo que essas pacientes venham até a engravidar naturalmente, sem a necessidade de procedimentos de fertilização. Além disso, alguns estudos mais recentes sugerem que mulheres com endometriose têm maior risco de alguns subtipos de câncer de ovário, como o carcinoma de células claras, por exemplo. Portanto, o tratamento precoce e a conscientização são fundamentais para impedir o agravamento dos sintomas e complicações. 

 

Embora as dores intensas durante o período menstrual sejam um dos sintomas mais recorrentes da endometriose, há pacientes onde a doença é assintomática. Portanto, o acompanhamento com o médico ginecologista é essencial para diagnosticar possíveis casos. O autoconhecimento e percepção dos sintomas é o que frequentemente leva a mulher a levantar suspeita de que algo não está bem e procurar ajuda. 

 

A principal forma de detectar a patologia é através de um exame de ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal realizado por um médico especialista em radiologia com foco no diagnóstico da doença. Os exames ultrassonográficos de rotina somente serão capazes de diagnosticar lesões maiores e nem sempre serão tão elucidativos em relação a endometriose.

 

 

 

Dr. Alexandre Silva e Silva - formado em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998. E dá aulas de vídeo cirurgia desde então. Referência em videolaparoscopia e cirurgia robótica.


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