No mês mundial de conscientização, é preciso ressaltar que o tratamento precoce pode evitar agravamento dos sintomas e complicações
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 180 milhões das mulheres sofrem de endometriose, uma doença que quando não tratada pode provocar infertilidade e comprometer órgãos como ovários, útero, bexiga e intestinos. No Brasil, a doença atinge aproximadamente 15% da população feminina, correspondendo a 7 milhões de casos. Por isso, o março amarelo ressalta a importância da conscientização e do tratamento precoce.
Os principais sintomas da endometriose são as cólicas menstruais de forte intensidade, dor e sangramento intestinais mais comumente relacionados ao período menstrual e dores durante as relações sexuais, comprometendo o bem-estar e a vida da mulher. Infelizmente ainda não é possível garantir a cura, mas em muitos casos, nos quais a cirurgia foi bem-sucedida e capaz de remover todas as lesões, o tratamento é muito eficiente em relação aos sintomas, permitindo que estes pacientes tenham sua qualidade de vida de volta.
Outra consequência da endometriose não tratada é a infertilidade. Quando a doença é tratada precocemente, é possível remover as lesões e restaurar a anatomia de modo que essas pacientes venham até a engravidar naturalmente, sem a necessidade de procedimentos de fertilização. Além disso, alguns estudos mais recentes sugerem que mulheres com endometriose têm maior risco de alguns subtipos de câncer de ovário, como o carcinoma de células claras, por exemplo. Portanto, o tratamento precoce e a conscientização são fundamentais para impedir o agravamento dos sintomas e complicações.
Embora as dores intensas durante o período menstrual sejam um dos sintomas mais recorrentes da endometriose, há pacientes onde a doença é assintomática. Portanto, o acompanhamento com o médico ginecologista é essencial para diagnosticar possíveis casos. O autoconhecimento e percepção dos sintomas é o que frequentemente leva a mulher a levantar suspeita de que algo não está bem e procurar ajuda.
A principal forma de detectar a
patologia é através de um exame de ultrassonografia transvaginal com preparo
intestinal realizado por um médico especialista em radiologia com foco no
diagnóstico da doença. Os exames ultrassonográficos de rotina somente serão
capazes de diagnosticar lesões maiores e nem sempre serão tão elucidativos em
relação a endometriose.
Dr. Alexandre Silva e Silva - formado em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998. E dá aulas de vídeo cirurgia desde então. Referência em videolaparoscopia e cirurgia robótica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário