No
Brasil, em média, 73 milhões de pessoas não conseguem dormir bem e quase 50%
delas apresentam algum problema relacionado ao sono. Cansaço excessivo,
sonolência diurna, dores de cabeça matinais e roncos são alguns indicadores de
que que as noites de sono não estão sendo reparadoras.
De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Resende, do hospital Santa Casa
de Mauá, antes de sair usando medicamentos ou outras substâncias para dormir, é
preciso avaliar os motivos que estão comprometendo a noite de sono, seja por
estresse mais agudo ou distúrbios, como o ronco e a apneia do sono. “Um adulto
precisa em média de 8 horas por noite de sono para se manter ativo e produtivo.
Caso contrário, pode ocorrer o surgimento de doenças graves como a hipertensão
arterial e até um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infarto”, explica o médico.
O ronco é a vibração das vias aéreas - nariz e garganta - e acontece pela
dificuldade da passagem de ar na respiração. Ele pode ser considerado normal
conforme a posição em que a pessoa dorme, mas quando há grandes vibrações e
ruído intenso passa a ser patológico. E também pode estar ligado a
problemas nas amígdalas e adenoides, desvio de septo, rinite, sinusite,
obstruções nasais, palato mole ou em formato de ogiva, úvula aumentada, queixo
retraído e envelhecimento. Em algumas situações está ligado à obesidade, ao
consumo de bebidas alcoólicas, ao cansaço ou, ainda, pela posição de dormir de
barriga para cima.
A apneia do sono é uma doença crônica, caracterizada pelas obstruções
repetitivas e temporárias das vias aéreas - cerca de 10 segundos - que causam
dificuldade para respirar e limitam a passagem do ar até os pulmões.
Além do ronco, outros sinais da apneia envolvem acordar com sensação de
sufocamento e com dor de garganta, desconforto no peito, boca seca, entre
outros. Para confirmar o diagnóstico, o médico recomenda uma polissonografia,
que monitora as ondas cerebrais, os movimentos dos olhos, a taxa de oxigênio no
sangue, a frequência cardíaca e respiratória.
O tratamento dependerá da gravidade da patologia. Nos casos mais leves basta
controlar os fatores de risco, a posição de dormir e o uso de um retrator de
língua. Em situações mais graves, a melhor indicação é o aparelho CPAP nasal,
que ajuda a melhorar as crises de ronco, afasta o risco de problemas
cardiovasculares e de hipertensão. A indicação de cirurgia no tratamento do
ronco e da apneia do sono precisa ser muito bem avaliada.
“Em todos os casos, para amenizar os sintomas é aconselhável evitar a ingestão
de álcool antes de dormir e dar preferência aos alimentos mais leves, manter o
peso em níveis ideais, praticar exercícios físicos e não fumar”, recomenda o
otorrinolaringologista Thiago Resende.
Hospital
Santa Casa de Mauá
https://santacasamaua.org.br/
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