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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Aumento de 12% nos preços faz brasileiro racionalizar compras e buscar praticidade

Embalagens econômicas ganham mais espaço no carrinho de compras para equilibrar gastos 

 

O brasileiro vem fazendo escolhas mais inteligentes para driblar a inflação dos preços de alimentos, bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza. Entre janeiro e setembro de 2021 o preço médio da cesta de consumo massivo cresceu 11,8% em comparação ao mesmo período de 2020. É o que mostra o relatório trimestral Consumer Insights, da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. 

A análise da Kantar mostra que, por conta do aumento dos preços, os consumidores diminuíram frequência de idas aos canais de venda (-2,1%) e também as unidades por viagem realizada, com uma queda de 1,8% na comparação do período de janeiro a setembro 2021 com o mesmo período de 2020, e um aumento no valor menor do que o dos preços, da ordem de 9,7% nesse mesmo intervalo. 

Para as compras caberem no bolso, os brasileiros tiveram que fazer escolhas em 2021. Optaram por embalagens maiores em categorias de limpeza, principalmente em amaciantes, água sanitária e alvejante sem cloro. A cesta de limpeza cresceu 2% em toneladas e se manteve estável (-1%) em unidades. A racionalização está no preço médio. Para embalagens grandes o preço aumentou 6%, mas em unidades aumentou ainda mais (9%) no ano móvel, que são os últimos 12 meses terminados em setembro de 2021 versus o mesmo período de 2020. 

Para manter o consumo de perecíveis e mercearia doce, a saída encontrada pelos consumidores foi buscar embalagens menores. A cesta de perecíveis caiu 2% em toneladas e cresceu 2% em unidades, movimento contrário ao da cesta de limpeza doméstica. A cesta de perecíveis teve um aumento de preço de 19% tanto em embalagens maiores como menores. 

A racionalização também acontece muito forte na cesta de mercearia doce, com o consumo de embalagens grandes caindo 4% por conta de um repasse de preço de 14%, enquanto as embalagens menores tiveram aumento de preço de 9%. Os destaques positivos nestas cestas foram frango, leite fermentado, pães industrializados e empanados. Já biscoitos e leite condensado registraram desempenho negativo. 

Cestas de commodities, mercearia salgada e higiene e beleza tiveram desempenhos negativos, tanto em toneladas quanto unidades, o que revela que o consumidor priorizou categorias mais indulgentes e práticas, mesmo com a alta da inflação. 

Promoções tiveram papel relevante em 2021, principalmente na cesta de higiene e beleza, que conquistou 1,7% de share entre janeiro e setembro de 2021 versus o mesmo período do ano passado entre a classe AB, o que indica que até mesmo os consumidores de maior poder aquisitivo sentiram o impacto da inflação e tiveram que racionalizar na hora da compra. Promoções de higiene e beleza também foram importantes nas classes C e DE e ganharam 1,3% e 0,8% de share promocionado respectivamente. Mas mesmo as promoções não foram suficientes para o desempenho da cesta, que caiu 2,9% em unidades. 

Soma-se ao preço e orçamento familiar a consciência do consumidor, que vem cada vez mais optando por embalagens que causem menos impacto ao meio ambiente e que sejam sustentáveis. Atualmente, os Eco Actives, consumidores que se preocupam muito com o assunto e estão tomando as medidas necessárias para reduzir o desperdício, representam apenas 8% da população brasileira, mas têm um impacto na cesta de consumo massivo de R$ 7,9 bilhões. 

O grupo vem crescendo desde 2019, e as projeções indicam que ele representará mais da metade (56%) da população mundial nos próximos 10 anos. No Brasil, um em cada cinco consumidores terá esse perfil. Para as marcas, além dos desafios do bolso, há um desafio junto a um consumidor cada vez mais informado e engajado.

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Ano de 2021 bate recorde com mais de 4 milhões de tentativas de fraude, revela Serasa Experian

Segmento de Bancos e Cartões também tem número destaque sendo o mais afetado, com 2,3 milhões de ataques

 

O ano de 2021 chegou ao fim registrando 4,1 milhões de movimentações suspeitas no Brasil. De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, esse número mostra um aumento de 16,8% em relação ao acumulado de 2020, quando o índice registrou 3,5 milhões de ataques. Os dados do ano passado ganham destaque por serem os mais expressivos de toda a série histórica, iniciada em 2011.

Além disso, o segmento de Bancos e Cartões foi o principal foco dos golpistas, marcando 2,3 milhões de tentativas de fraude, outro número recorde que representa um crescimento de 33,3% na comparação com o acumulado anual do ano anterior. Ainda no comparativo desse período, apenas os setores de Serviços e Telefonia tiveram baixas com -3,8% e -44,0%, respectivamente. Confira no gráfico e tabela a seguir os números completos:


De acordo com o Diretor de Soluções de Identidade e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, Jaison Reis, os avanços tecnológicos impulsionados pela pandemia são em sua maioria positivos, mas também trazem consequências para os consumidores. “o aumento das transações online em 2021 e os diversos novos serviços que passaram a ser oferecidos digitalmente são um prato cheio para os golpistas. Por isso, uma tentativa de fraude acontece no país a cada 7 segundos. Dessa forma, é preciso que a população tenha cada vez mais atenção aos dados que compartilham, aos sites que acessam e nas novas modalidades de golpes que surgem todos os dias. A prevenção e o cuidado com as informações pessoais ainda são as formas mais eficazes para evitar fraudes”.

O recorte por idade mostra que, ainda no acumulado anual de 2021, os consumidores que possuem entre 36 e 50 anos foram os que mais sofreram ataques, registrando 1,5 milhão. Aqueles de 26 a 35 anos marcaram 1,1 milhão. Na sequência temos as pessoas de 51 a 60 anos (587.791), os mais jovens de até 25 anos (477.512) e a parte da população com mais de 60 anos (461.737).  

Na análise por região o destaque fica para o Sudeste, com 2,1 milhões de movimentações suspeitas sinalizadas. Em ordem decrescente estão: Nordeste (726.761), Sul (651,416), Centro-Oeste (375.005) e Norte (250.691). Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.
 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Aumenta procura dos pequenos negócios por soluções de inovação

 Dados obtidos a partir do volume de atendimentos feitos pelo Sebrae mostram que os empreendedores brasileiros estão atentos à necessidade de aumentar sua competitividade

 

Os donos de pequenos negócios estão cada vez mais procurando inovar nas suas empresas. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, com base nos atendimentos realizados pela instituição, meio milhão de empresas buscaram apoio para desenvolver ações inovadoras nos seus estabelecimentos, em 2021. Esse número é 75% superior ao detectado em 2019, quando foram atendidas 301,8 mil empresas com esse mesmo objetivo.

“A pandemia mostrou para os empreendedores que inovação não é um tema apenas para as médias e grandes corporações, ou algo restrito ao universo das empresas de base tecnológica. Os microempreendedores individuais e donos de micro e pequenas empresas também podem inovar”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele destaca ainda que inovar vai além da digitalização e que mudanças no processo produtivo ou na gestão, também são formas diferentes de inovação que podem aumentar a competitividade do negócio, reduzir custos e aumentar faturamento. Os serviços mais procurados pelos empreendedores junto ao Sebrae, no ano passado, confirmam a afirmação de Melles. Em 2021, 155,5 mil donos de pequenos negócios procuraram o Sebrae para realizar ações de inovação em marketing e vendas; 118,3 mil buscavam soluções para inovar a gestão da empresa;  67,7 mil para os processos; 55,6 mil para melhorar as finanças;  30,7 mil desejavam lançar novos produtos e serviços e outros 15 mil planejavam realizar a transformação nas suas empresas.

 

Atendimentos

Em 2021, o Sebrae realizou 17,4 milhões de atendimentos para pessoas físicas que pretendiam abrir um negócio ou donos de micro e pequenas empresas. Esse número representou um crescimento de 46% sobre o total de atendimentos feitos pela instituição em 2020. Já o número de clientes atendidos registrou um incremento de 24% no mesmo período. No ano passado o Sebrae alcançou a marca de 7,8 milhões de empresários ou potenciais empreendedores assistidos.

A intensificação do ambiente digital, verificada desde a chegada da pandemia de Covid-19, também se refletiu nos atendimentos feitos pelo Sebrae. Em 2019, 38% dos atendimentos realizados pela instituição aconteceram por meio de plataformas digitais. Em 2021, essa participação cresceu para aproximadamente 69%. “Além da pandemia ter forçado as empresas a se digitalizarem, ela também provocou uma mudança no sistema Sebrae para permitir que pudéssemos continuar atendendo os donos de pequenos negócios, mesmo com as medidas de lockdown. Digitalizamos os nossos processos, cursos, consultorias e procuramos atualizar semanalmente o nosso portal, seja com o lançamento de novas funcionalidades ou capacitações”, esclarece o presidente do Sebrae. Carlos Melles ressalta ainda que apesar do significativo crescimento do volume de atendimentos e de empreendedores atendidos, a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição continuou sendo bem avaliada pelos usuários. “A nossa avaliação positiva cresceu quase 20% entre o ano passado e 2020”, comentou.

 

9º Congresso de Inovação

O Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria realizam nos próximos dias 9 e 10 de março a 9ª edição do Congresso de Inovação da Indústria, um dos maiores eventos do gênero na América Latina. O evento tem o objetivo de promover debates sobre como criar um mundo mais sustentável, tendo a inovação e a educação como motores de transformação e fazer da agenda de inovação uma estratégia de país.

Esta edição do Congresso vai acontecer em formato híbrido, em São Paulo (SP), devido à pandemia da Covid-19. Com isso, haverá oportunidade para que pessoas em todo o mundo assistam à programação por meio de uma plataforma com capacidade para mais de 15 mil acessos simultâneos. Para participar, é preciso fazer a inscrição no site do evento.


As dúvidas mais comuns de locadores e locatários de imóveis

Ana Beatriz, advogada de direito civil e consumidor, revela como lidar e resolver alguns problemas que podem aparecer durante o aluguel de imóvel

 

O mercado imobiliário é importantíssimo para a economia do país, mas existem muitas dúvidas que, caso o locador ou locatário não saibam como responder ou agir, necessitam do auxílio de um advogado especializado no setor.

Ana Beatriz, advogada atuante na área de direito civil e consumidor, do escritório Duarte Moral, esclarece algumas dúvidas comuns a respeito de contratos de aluguéis e suas repercussões jurídicas. "O atraso no pagamento do valor estipulado para o aluguel é um dos problemas mais enfrentados pelos locadores, nesse cenário, caso o locatário permaneça inerte no que se refere ao pagamento dos valores em atraso, poderá responder por uma ação de despejo com cobrança de aluguéis e encargos que estão em atraso, tais como despesas de condomínio e IPTU, como contratualmente registrado”, revela.

O momento para reajustar o valor cobrado, assim como o cálculo do reajuste, são outras dúvidas muito frequentes e, segundo a advogada, o tempo e a forma do reajuste do aluguel dependerão do que está previsto no contrato firmado: “Em regra, o reajuste é feito a cada doze meses a partir da data de assinatura do contrato, aplicando o percentual do índice previsto. Nesse sentido, deve ser calculado o acumulado de 12 meses do índice e transformado em números decimais. O número obtido deve ser multiplicado pelo valor do último aluguel, chegando-se no novo valor da prestação mensal da locação”, explica.

Ana Beatriz relata que, se o locatário desistir da locação, ou seja, devolver o imóvel antes do período estabelecido em contrato, o locador poderá exigir o pagamento de uma multa que é prevista contratualmente: “O valor da multa costuma ser de três aluguéis ou de um valor inversamente proporcional ao tempo de ocupação, ou seja, o valor é calculado de forma proporcional ao  período restante para o término da locação previsto contratualmente. Caso no contrato não haja previsão de multa, a multa poderá ser fixada judicialmente”, ressalta.

Além disso, importante pontuar que ao término da locação alguns procedimentos devem ser adotados para que seja feita a devolução do imóvel pelo locatário ao locador, sendo os principais: “Quando o locatário decide deixar o imóvel após ocupá-lo por prazo maior do que o estipulado no contrato de locação, deverá primeiramente notificar por escrito o locador ou a imobiliária 30 (trinta) dias antes de deixar o imóvel.”, não obstante acrescenta: “Ainda, é necessário verificar se as contas que estão sob responsabilidade do inquilino estão devidamente pagas, aproveitando para transferir a titularidade das contas de energia, água, internet, etc. para o nome do locador. No caso de desejar desocupar o imóvel antes do período determinado no contrato, também é necessário que o locatário verifique o valor da multa estipulada. Feito isso, já será possível tirar os móveis do ambiente e se preparar para a vistoria final antes de entregar as chaves ao proprietário”, finaliza a advogada. 

 

Ana Beatriz Moral Duarte - advogada formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atuante nas áreas de direito do consumidor e cível, com mais de cinco anos de experiência em diversos escritórios renomados no Brasil, conhecida pela sua transparência, produção de conteúdo, eficiência, criatividade e empatia. Ademais, prestou assistência para clientes internacionais em um dos principais escritórios responsáveis por processos da Lava Jato. Já durante a faculdade dedicou-se ao estudo do direito norte-americano contemporâneo.

 

Duarte Moral

https://duartemoral.com/

@duartemoraladv


Sebrae-SP abre seleção de startups para fazer negócios nos EUA

Até 15 empresas serão selecionadas para participar de rodadas de negócios durante a Miami Tech Week em abril; inscrições estão abertas

 

Startups paulistas que estão em busca de abrir mercado no exterior têm até o dia 21 de fevereiro para se inscrever no programa Miami for Startups, iniciativa inédita do Sebrae-SP que capacitará startups para fazer negócios nos Estados Unidos. O programa vai selecionar de dez a 15 startups para irem a Miami no período entre 16 e 23 de abril. Além da capacitação, os empreendedores selecionados receberão ingressos para rodadas de negócios com parceiros, visitas técnicas ao ecossistema de inovação local e participação nos eventos eMerge Americas e Miami Tech Week. Toda a programação técnica será subsidiada pelo Sebrae, cabendo aos selecionados os custos de passagem aérea e hospedagem. 

Para participar da seleção as startups devem estar em estágio avançado, com produto validado no Brasil, faturamento até R 4,8 milhões e sede no Estado de São Paulo. “Miami tem se tornado um dos principais destinos de startups brasileiras que querem crescer nos Estados Unidos e na América Latina. Vamos facilitar esse caminho gerando conexões relevantes”, afirma Michel Porcino, responsável pelo Sebrae for Startups, novo núcleo da instituição exclusivo para startups. 

O programa Miami for Startups está aberto para startups de todos os setores, mas haverá foco prioritário em dois segmentos: startups de saúde, ciências da vida e biotecnologia; e startups que atuam com fintechs, seguros, blockchain, crypto e correlatos. Para participar, os representantes também deverão ter fluência no inglês, além de estar com passaporte e visto americano válidos. 

O programa Miami for Startups abre uma nova agenda de atuação internacional do Sebrae, que implementará um conjunto de ações voltadas para promoção internacional do ecossistema de startups do Estado de São Paulo. A intenção é aumentar o grau de internacionalização das startups paulistas e promover conexões de longo prazo com outros ecossistemas. Ainda para este ano estão previstas missões de startups para Reino Unido, Portugal, México, Colômbia e Chile. 

Para inscrições e outras informações, basta acessar o link


BPO digital: por que a terceirização da gestão financeira é tão relevante para PMEs?

 

O departamento financeiro é um dos que requer maior atenção em todos os negócios – mas, nem sempre é possível dedicar a disciplina necessária para sua gestão. Felizmente, com os avanços tecnológicos e a crescente digitalização de diversas tarefas organizacionais, a terceirização das atividades administrativas e operacionais por meio do Business Process Outsourcing (BPO) é uma tendência que vem ganhando grande força no mercado para auxiliar essa missão – estratégia que, para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), se torna extremamente importante para que tenham um melhor controle e, assim, evitem riscos que possam impactar a operação.

Uma gestão financeira inadequada é fatal para qualquer empresa. Principalmente, diante de adversidades como vivenciamos na pandemia, que exigem um controle ainda maior para evitar o fechamento dos negócios. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 48% das companhias brasileiras não conseguem permanecer operando por mais de três anos, justamente pela falta de controle financeiro. Mesmo com diversos recursos tecnológicos disponíveis e acessíveis para pequenas empresas, muitas ainda não aproveitam essas vantagens a seu favor.

Felizmente, alguns passos já vêm sendo dados para mudar essa realidade. Uma pesquisa conduzida pela Dell Technologies e a Forrester Consulting, revela que cerca de 73% das empresas brasileiras já orientam seus negócios por dados. No entanto, apenas 28% os gerenciam de forma eficaz. Ou seja, há muitas oportunidades a serem exploradas.

Obviamente, administrar um empreendimento não é fácil e requer muita organização além de planejamento para prosperar e driblar qualquer empecilho que possa surgir. Sem o auxílio de ferramentas modernas que tragam praticidade e otimização neste controle, fazer com que o negócio tenha sucesso se torna uma missão difícil – especialmente para as de menor porte, que têm recursos escassos.

Com o BPO digital, todas essas tarefas podem ser conquistadas de maneira muito mais simples e eficaz. Seja de maneira integral ou parcial, a terceirização possibilita uma maior automação dos processos que, antes, demandavam grande interferência humana. A dispensa dos processos manuais reduz, significativamente, erros nos processos, o que diminui as chances de inadimplência, juros e multas resultantes de atrasos de pagamentos, além da interrupção das atividades pela incapacidade de entrega das demandas.

Este ganho de produtividade é fundamental para as PMEs para que possam redirecionar seus esforços e atenções para ações realmente estratégicas que permitam seu crescimento e destaque no mercado. Afinal, com uma visão clara e crítica sobre seu fluxo de caixa, é possível tomar decisões de maneira muito mais assertiva, sem que as equipes estejam focadas majoritariamente nas rotinas de pagamento, faturamento e gestão financeira.

E, ao contrário do que parece, o BPO não é um benefício exclusivo para grandes organizações. Qualquer empresa pode terceirizar suas atividades financeiras tendo a tecnologia como principal aliada. Um bom Enterprise Resource Planning (ERP), com soluções embarcadas, proporciona grande eficiência operacional, elevando até pequenos negócios ao patamar de empresas inteligentes.

Para isso, o apoio de uma consultoria especializada é fundamental. Afinal, de nada adianta implantar um sistema de gestão se a empresa não desenvolver cultura e processos para extrair seu potencial máximo. Profissionais experientes e qualificados são indispensáveis para o sucesso do BPO digital, permitindo que as PMEs tenham uma melhor gestão financeira e, consequentemente, muito mais sucesso em seus negócios.

  

André Melo - Head de Delivery and Solutions, responsável por estruturar e liderar as equipes de implantação, desenvolvimento e suporte do SAP Business One na b2finance.

   

b2finance

www.b2finance.com  


Direito de imagem: a decisão de Luana Piovani no BBB22

Especialista em direito, Gérlio Figueiredo, comenta recente polêmica da artista de não permitir que os filhos aparecessem em rede nacional 

 

O Big Brother Brasil 22 tem sido observado e comentado por espectadores em todo o país, porém, muitas vezes, o que acontece do lado de fora da casa ‘mais vigiada do Brasil’ chama tanta atenção quanto o que ocorre dentro do reality. Recentemente, Luana Piovani, ex-esposa e mãe dos três filhos do participante e surfista, Pedro Scooby, tornou-se um dos assuntos mais comentados da web por não permitir que os filhos gravassem um vídeo que seria exibido para o pai como forma de homenagem por ter ganho a prova do ‘anjo’. 

Após a revelação da decisão, Luana explicou-se em seu Instagram, afirmando que não autorizou as gravações por conta de cláusulas do contrato com a Rede Globo. De acordo com ela, as crianças teriam a possibilidade de ter suas imagens veiculadas de modo vitalício, mesmo que o pai fosse eliminado posteriormente. Por isso, ela julgou melhor não autorizar como forma de proteger os pequenos. 

De acordo com o especialista em direito, Gérlio Figueiredo, o artigo 5º da constituição federal determina que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Porém, por meio de contrato, é possível determinar os moldes no qual a liberação de imagem ocorre. “Atualmente, com a internet, é difícil ter controle de como a exposição ocorrerá. Um caso recente que ilustra isso, é o da bebê Alice, que atuou em uma propaganda de um grande banco e acabou viralizando nas redes sociais por meio de memes, inclusive políticos e religiosos, o que incomodou muito os pais da criança”, relembra o especialista. 

Nesse contexto, Gérlio acredita que os casos de direitos de imagem devem ser tratados com ainda mais cuidado quando se tratam de crianças. “A lei abrange a preservação da imagem, da identidade, dos espaços e objetos pessoais das crianças e adolescentes”, pontua. 

Por isso, é necessário considerar que Luana Piovani, ao não autorizar a participação dos filhos no programa, estava pensando na preservação dos direitos dos pequenos que ainda não podem se proteger sozinhos. “São crianças, não compreendem o cenário maior das coisas. Um contrato vitalício é algo muito grandioso a ser prometido em nome de uma criança que não pode ainda exercer suas vontades plenamente”, opina.

 

 

Gérlio Soares Figueiredo -  empresário, é o retrato da cena cultural baiana. Com apenas 33 anos de idade, o empreendedor já acumula vasta experiência em diferentes nichos de mercado, como transportes, construção civil, pecuária, factoring, indústria de vestuário e entretenimento. Conhecido por sempre atuar em eventos artísticos e musicais pelo Brasil, ele também já esteve à frente de uma reconhecida boate em Vitória da Conquista, na Bahia. Sob seu comando, a Casa dos Primos Entretenimento foi palco para inúmeros artistas consagrados do forró, sertanejo e outros ritmos. Empreendedor e dinâmico, Gérlio já possibilitou o emprego de aproximadamente 350 pessoas por todos os segmentos que passou. Atualmente, Gérlio é formado em direito e pretende se aprimorar mais nos estudos para expandir conhecimento e aumentar sua capacidade de gerir novos negócios.


Mais de 60% das passagens aéreas para as férias de julho são para destinos internacionais, aponta ViajaNet


Os brasileiros já estão programando as viagens para as férias de julho. Planejando com antecedência, muitos procuram por destinos e alguns inclusive já compraram suas passagens para o meio do ano. Após quase dois anos de pandemia, a vacinação faz com que os brasileiros demonstrem estar mais entusiasmados e confiantes para viajar. 

 

Em um recente levantamento feito pela agência virtual de turismo, ViajaNet, apurada até o dia 15 de fevereiro, buscou analisar os destinos mais desejados pelos brasileiros que irão viajar de avião em julho. Em primeiro lugar, liderando com folga, apareceu São Paulo, com 14% de interesse, seguido por Rio de Janeiro, com 9% e Brasília com 8%. Porto Alegre (7,8%), Fortaleza (6%) e Salvador (6%) vieram na sequência e fecharam os seis lugares mais almejados pelos viajantes. 

 

Segundo o monitoramento, também entraram na lista Natal, no Rio Grande do Norte; Navegantes, em Santa Catarina, e Belém, no Pará, respectivamente. Todas as cidades citadas somam pouco mais de 62% dos bilhetes vendidos na plataforma para o meio do ano, época de alta temporada.

 

Viagens para as duas maiores capitais do país e Brasília ficaram na frente como uma tendência dos viajantes. “O ranking demonstra que os turistas brasileiros estão interessados em destinos com praia e natureza. No entanto, São Paulo e Brasília aparecem nas primeiras colocações, demonstrando também o desejo por cidades com grande oferecimento de atividades urbanas e turísticas. Vale reforçar, que é importante se ater às normas vigentes com relação ao coronavírus”, comenta Daniely Oliveira, Gerente de Comunicação do ViajaNet. 

 

Já dentre os destinos internacionais, se destacaram Santiago, no Chile, com 24%, e Paris, na França, com 16%. Na sequência, surgiu Lisboa, em Portugal, com 7% das compras de passagens. Os Estados Unidos assumiram quatro posições no ranking, com Orlando (5%), Nova Iorque (4%), Newark e Elizabeth (3%) e Miami (2,8%). Madrid, com pouco mais de 3%, e Grande Porto, em Portugal, com 2%, também apareceram e atingiram o interesse dos turistas. Juntos, todos esses destinos correspondem a pouco mais de 70% dos bilhetes emitidos para julho.

 

Outro dado que chama atenção e merece destaque é que o brasileiro se programa para as férias do meio do ano fora do país. A procura por passagens internacionais para o período (01/07 a 31/07) se sobressaiu e chegou a 62%, enquanto os voos domésticos ficaram com na casa de 38%. “A opção para Santiago demonstra o desejo de aproveitar o frio e a neve que faz no Chile nessa época do ano. Os outros destinos em alta já apontam para o desfrute do verão no hemisfério norte”, aponta Daniely. 

 

 

ViajaNet

www.viajanet.com.br

5G da inovação e da sustentabilidade: único caminho para as indústrias em 2022


OPINIÃO 

Sempre que alguém cita a palavra crise, lanço o desafio: tire o S da palavra e transforme crise em crie - temos o futuro em nossas mãos. É uma proposta para encarar momentos críticos como oportunidades. O mundo passa por um período de muitas mudanças e incertezas a respeito do cenário econômico. Mas, mesmo assim, é possível fazer uma aposta para o setor industrial brasileiro: será o ano da inovação aliada com a sustentabilidade. Ou seja, o ano de criar pensando nas consequências futuras.

A aposta não é apenas um desejo para o ano que começa, mas sim, fruto de um novo patamar que se abre com a instalação da tecnologia 5G no Brasil. O leilão foi realizado pelo governo federal em 2021, os contratos com as empresas vencedoras foram assinados em dezembro, e assim, já é possível iniciar a instalação da infraestrutura para a nova tecnologia. O prazo previsto pelo edital para que o serviço seja oferecido nas capitais vai até julho de 2022, e nas demais cidades, até 2029. Para toda a população, será a possibilidade de maior conectividade.

Para o setor industrial, de imediato, há benefícios como aumento de conectividade, transferência de arquivos e melhoria na qualidade de  reuniões por videoconferência. Mas, o grande avanço será na chamada Internet das Coisas (IoT), que significa uma revolução tecnológica ao permitir comunicação entre equipamentos, por meio de sensores, softwares e demais tecnologias, com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.

A cadeia produtiva, dos mais diversos setores, avançará muito com a IoT e os mecanismos de nuvens, inteligência de dados, utilizados no dia a dia das empresas. Sem falar das possibilidades de inovação dos novos produtos, o que vai gerar ganho de consumo. Não são consequências de curto prazo, mas a hora de planejar e investir é agora.

Sairá na frente quem já mantém no DNA a pesquisa para inovação. Porém, tal avanço será um salto para a reputação da empresa se estiver aliada às ações de sustentabilidade e demais pilares da agenda ESG – environmental, social and governance. De nada adiantará investir em inovação de procedimentos e produtos se as diretrizes para uma cadeia mais sustentável, social e que envolva um novo tipo de governança não estiverem no escopo.

Os avanços tecnológicos devem permitir a diminuição no desperdício de recursos naturais, uso de energias alternativas para a produção, melhoria da cadeia produtiva, diminuição de tempo nos processos, organização dos dados e melhor comunicação. Empresa, colaboradores, consumidores e toda rede de relacionamentos ganham se o avanço tecnológico e de processos estiver aliado com a sustentabilidade.

Não é possível ignorar as consequências da crise econômica, como a escassez de insumos e matérias-primas, e elevação dos preços no mercado mundial. Mas é razoável prever, apostando em um novo marco tecnológico e política industrial que incentive a inovação, que o ano de 2022 possa representar a retomada da indústria e de forma responsável.

 


Matthias Schupp - CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann da América Latina

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Atualização da legislação que trata da saúde e segurança dos trabalhadores movimenta o setor no Brasil

De Consulta Pública a medidas para prevenção, controle e mitigação da transmissão do coronavírus, passando por afastamentos de positivados e que tiveram contato com eles, até a vigência e aprovação de nova redação de NR. A legislação que rege a saúde e segurança do trabalhador brasileiro está em transformação

 

O ano começou, e com ele novas diretrizes que prometem atualizar as ações da saúde e segurança do trabalhador brasileiro. Dentre elas, a vigência a partir de 3 de janeiro das novas Normas Regulamentadoras (NRs) de Saúde e Segurança do Trabalho. As NRs de Medicina e Segurança do Trabalho estão passando por uma reestruturação completa desde o início de 2019 e, desde janeiro, uma grande mudança na legislação promete impactar, principalmente, na forma como as empresas em todo o País gerenciam seus riscos ocupacionais.

         A atualização normativa se faz necessário uma vez que o número de afastamentos do trabalho por conta da Covid-19 aumentou 166% em 2021 com relação a 2020, de acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência. Enquanto houve 37.045 benefícios por incapacidade (antigo auxílio-doença) entre abril e dezembro do ano em que a pandemia chegou ao Brasil, foram registradas 98.787 permissões no ano seguinte.

Durante o ano passado a Covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento do trabalho. Além de liderar o ranking, a doença é três vezes mais observada do que o segundo motivo. Segundo a pasta, os registros correspondem somente aos afastamentos superiores a 15 dias, cobertos pelo Regime Geral de Previdência Social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e CEO da OnCare Saúde, plataforma de saúde integral e integrada, algumas atualizações na legislação são necessárias e bem-vindas. “Vivenciamos uma fratura exposta, causada pela pandemia, em três aspectos: econômico, político e da saúde e, nesse sentido as mudanças são essenciais e precisam ter o foco na preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, estejam eles no regime presencial, home office ou híbrido”.


Consulta Pública para revisão da NR-4

Já em 13 de janeiro foi publicado pelo Ministério do Trabalho e Previdência o Aviso de Consulta Pública nº 1/2022 do relatório de Análise de Impacto Regulatório - AIR que trata da revisão da Norma Regulamentadora nº 04 - NR 04 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).

Foi dado um prazo de 30 dias para o envio das sugestões para serem analisadas pela Secretaria de Trabalho, porém, no mesmo dia foi publicada a prorrogação da Consulta Pública por mais 15 dias além do prazo inicial, por tanto até 28 de fevereiro. As contribuições deverão ser realizadas diretamente no endereço eletrônico https://www.gov.br/participamaisbrasil/regulamento-avaliacao-epi-certificacao .

 

Portaria interministerial flexibiliza regras sobre a quarentena de casos leves e moderados de Covid-19

            Em 25 de janeiro foi publicada a Portaria Interministerial MTP/MS/MAPA Nº 13, de 20 de janeiro, que altera o Anexo I da Portaria Conjunta nº 19, de 18 de junho de 2020. Nela os ministros do Trabalho e Previdência, da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tratam das medidas Medidas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão do coronavírus (Covid-19) em ambientes de trabalho no setor de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e de laticínios.


         Já a Portaria Interministerial MTP/MS nº 14/2022 flexibiliza regras sobre a quarentena, especialmente no que diz respeito aos prazos de isolamento de casos leves e moderados de Covid-19, com o argumento de que com a vacinação em massa, a imunização da população e o arrefecimento da pandemia, o isolamento pode ser menor.


Com a publicação, o período de afastamento dos trabalhadores considerados casos confirmados e contatantes (que tiveram contato com pessoa testou positivo, por exemplo) próximos de casos confirmados e casos suspeitos de Covid-19 das atividades laborais presenciais foi oficialmente reduzido, de 14 para 10 dias.

Esse prazo poderá ser diminuído para sete dias, no caso de trabalhadores considerados contatantes, desde que tenha sido realizado teste por método molecular (RT-PCR ou RT-LAMP) ou teste de antígeno a partir do quinto dia após o contato, se o resultado do teste for negativo; e no caso dos trabalhadores considerados casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, desde que esses trabalhadores estejam sem febre há 24 horas, sem o uso de medicamento antitérmicos, e com remissão dos sinais e sintomas respiratórios.

O médico Ricardo Pacheco é contra a diminuição do prazo de afastamento. “Não é hora de falar em diminuir o período de isolamento. O Brasil registrou a triste marca de mais de 1 milhão de casos de Covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), referente à última semana de janeiro. A quarta semana epidemiológica de 2022, referente ao período entre 23 e 29 de janeiro, foi marcada por 1.305.447 casos de Covid registrados, 39,8% a mais que a semana anterior, entre 16 e 22 de janeiro, quando os números apontavam 933.452 casos da doença. O País encerrou o mês de janeiro com um total de 25.426.744 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Em 24 horas, foram confirmados mais 77.947 diagnósticos positivos da doença. Os números mostram o quanto esta nova variante tem o poder de se espalhar rapidamente e contaminar muitas pessoas, por isso, além da medidas sanitárias, é preciso manter o trabalhador afastado até que ele não transmita mais o vírus”, ressalta o CEO da OnCare Saúde.

 

Revisão de NRs

         Em 25 de janeiro foram publicadas as Portarias STRAB/MTP Nº 539, Nº 541 e Nº 542, de 24 de janeiro. Nelas, o Ministério do Trabalho e Previdência instituiu, no âmbito das Comissões Tripartite Paritária Permanentes (CTPP), Grupos de Trabalho Tripartite (GTT) de revisão da NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados, e NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão, Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento.


Os Grupos são compostos pela bancada de governo, bancada de empregadores e bancada de trabalhadores, e terão o prazo de até um ano para finalizarem os trabalhos, contado da data das primeiras reuniões, que ainda não foram definidas.

 

Nova redação da NR-37

         Em 26 de janeiro foi publicada a Portaria Nº 90 de 18 de janeiro de 2022, que aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo. Nela o ministro do Trabalho e Previdência estabelece os requisitos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB.

         Com essa nova redação ficam revogadas a Portaria MTb nº 1.186, de 20 de dezembro de 2018; e a Portaria SEPRT nº 8.873, de 23 de julho de 2021, que tinham o mesmo objeto.

         Estas foram as mudanças mais impactantes até o momento no mundo do trabalho. Em tempos de Covid-19 em 2022 ainda valem as recomendações sanitárias e higienizar constantemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel, manter o distanciamento físico e se isolar em caso de suspeita e confirmação de infecção.

 


Oncare Saúde

 

Difal: a polêmica jurídica da vez. Entenda.

Thinkstock
A cobrança da diferença de alíquotas do ICMS nas vendas on-line entre Estados tem movimentado o Poder Judiciário e os escritórios de advocacia

 

Empresas que vendem mercadorias a consumidores finais em outros Estados têm recorrido ao Judiciário para não pagar o diferencial de alíquota (Difal) do ICMS neste ano, previsto na Lei Complementar nº 190. Dezenas de contribuintes já obtiveram liminares, afastando a cobrança.

Difal é a diferença de alíquota do ICMS que visa tornar a arrecadação do imposto mais justa entre os Estados de origem e destino, instituída em 2015, impulsionada com o aumento das vendas on-line.

A cobrança, inicialmente, foi introduzida pela Emenda Constitucional (EC) 87/2015 e era regulamentada por um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Antes da exigência desse diferencial, o ICMS ficava dentro do Estado onde a empresa vendedora estava localizada.

Contribuintes de vários Estados, como São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Acre e Paraná têm obtido liminares na Justiça para adiar o pagamento do Difal do ICMS no comércio eletrônico para 2023. Com a discussão, estima-se uma perda de R$ 9,8 bilhões em arrecadação para os Estados.

Polêmico, o tema também já chegou ao STF, que deverá analisar a ADI 7066, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que contesta a cobrança da Difal em 2022.

“Espero que o STF cumpra com o exercício das suas funções, definindo as diretrizes gerais de forma célere, no sentido de respeitar os princípios gerais de direito tributário, pois quanto mais demorar, maior será o impacto político-econômico”, disse Augusto Brededores, advogado do Monteiro e Monteiro Advogados Associados.


IMBRÓGLIO

A discussão teve início em fevereiro de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é inconstitucional cobrar a diferença de alíquotas do ICMS nas vendas interestaduais por meio de ato administrativo, no caso um Convênio de ICMS.

Para regular a cobrança, foi aprovada no final de 2021, no Congresso Nacional, a Lei Complementar n° 190/2021, que só foi sancionada no dia 5 de janeiro de 2022.

A demora na aprovação e sanção da legislação, que ocorreu neste exercício, abriu brechas para a queda de braço entre as fazendas estaduais e as empresas de e-commerce.  

Pela interpretação dos Estados, não se trata de aumento de imposto ou novo tributo. Assim, não é necessário cumprir nem a noventena (90 dias para início da cobrança a partir da publicação da lei), nem a anterioridade anual (prazo de um ano).

“Além do Congresso, os Estados também têm uma certa culpa na demora da regulamentação porque não pressionaram os seus senadores para aprovar a lei o quanto antes”, analisa o tributarista Regis Trigo, do escritório Hondatar.


A COBRANÇA

Levantamento feito pelo Grupo Sevilha e o escritório Correa, Porto Sociedade de Advogados mostra a disparidade nas datas de início da cobrança do Difal pelos Estados.

Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, por exemplo, já estão cobrando o tributo. São Paulo, em princípio, cobraria a partir de 14 de março, mas decidiu estabelecer a cobrança a partir de 1º de abril.

Santa Catarina exige o Difal desde o início de fevereiro. Dentre todos, somente o Amazonas estabeleceu a exigência a partir de 5 de abril, sem violar o princípio da anterioridade de 90 dias.  

Todos os Estados, entretanto, ignoram a anterioridade geral ou anual, que veda a possibilidade da cobrança de impostos “no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”.

De acordo com Vicente Sevilha, CEO da Sevilha Contabilidade, a própria LC nº 190 não prevê a anterioridade geral, mas apenas a de 90 doas. “A não observância do princípio da anterioridade geral afeta o nível de segurança jurídica que, no Brasil, é baixo, afugentando investidores e, por consequência, afetando o nível de empregos”, observa.


CAMINHOS

O advogado Eduardo Correa da Silva, sócio do Correa, Porto Sociedade de Advogados, explica que os contribuintes podem ingressar com mandados de segurança para afastar o pagamento do imposto em 2022, mas a decisão deve ser baseada em números.

Na prática, é preciso analisar o volume de vendas realizadas para consumidores finais e os custos para ingressar com mandados de segurança nos Estados onde estão localizados os consumidores.

Outra opção é pagar o Difal cobrado pelos Estados e aguardar o posicionamento do STF no julgamento de ações sobre o tema. Em caso de vitória em favor dos contribuintes, é possível ingressar com ação judicial específica pedindo a restituição de valores que foram pagos.

“Nesse caso, é preciso aguardar a tramitação da ação e, caso prevaleça a tese dos contribuintes, receber por meio de precatório. E sabemos que os Estados não pagam em dia”, analisa

 

 

Silvia Pimentel 

Jornalista especializada em legislação e tributação

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/difal-a-polemica-juridica-da-vez-entenda


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Mundo pet: preferência por gatos aumenta no Brasil

Em comemoração ao Dia Mundial do Gato, professor de Medicina Veterinária do UniCuritiba dá dicas de como cuidar da saúde, alimentação e bem-estar desses felinos


Eles têm um lugar privilegiado nos lares e corações dos brasileiros e movimentam uma fatia importante da economia. Em 2022, segundo projeções do Instituto Pet Brasil, o setor pet deve faturar cerca de R$ 46,5 bilhões. A região Sul está em terceiro lugar na concentração de animais de estimação, atrás do Sudeste e Nordeste.

Terceiro colocado no ranking mundial, o Brasil tem mais de 144,3 milhões de pets, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Os cães ainda são a maioria, mas há um crescimento acentuado na preferência por gatos nos últimos anos.

O coordenador do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba, professor Uriel Vinicius Cotarelli de Andrade, diz que alguns fatores podem influenciar na preferência pelos felinos. “Além de companheiros e dóceis, eles não fazem barulho, cuidam da própria limpeza, são mais independentes do que os cães e ficam melhor sozinhos em casa enquanto os tutores trabalham”, comenta.

Apesar da independência, os gatos precisam de carinho e atenção com a alimentação e a saúde. Para ajudar os gateiros – experientes ou de primeira viagem -, o médico veterinário preparou algumas dicas alusivas ao Dia Mundial do Gato, comemorado em 17 de fevereiro.

 

Cuidados com os felinos

1.     Escolha uma ração de boa qualidade para o seu gato, conforme a idade. A alimentação tem relação direta com a saúde do animal.

2.     Mantenha água fresca em abundância, em recipientes limpos.

3.     Cuide da higiene, limpando sempre a caixa de areia usada por seu gato para fazer as necessidades.

4.     Estimule seu pet com brincadeiras que desenvolvam a cognição e outras habilidades. Para se manter saudáveis, gatos precisam de estímulos físicos e mentais.

5.     Converse com o veterinário a respeito da castração, tanto de fêmeas quanto dos machos. O procedimento reduz alguns tipos de câncer.

6.     Ofereça locais limpos, confortáveis e aconchegantes para seu gato descansar.

7.     Escove os pelos do gato regularmente. Como eles costumam se lamber com frequência (o chamado “banho de gato”) é possível que ocorra a formação de bolas de pelo no estômago, o que pode causar sérios problemas.

8.     Mantenha as vacinas e consultas veterinárias em dia.

9.     Esteja atento ao comportamento do seu pet. Qualquer coisa fora do normal requer uma visita ao veterinário.

10. Assim como os cães, os gatos também podem e devem ser treinados para a convivência em casa.

11. Disponibilize arranhadores ou outros objetos para que o gato afie as unhas, que devem ser cortadas com frequência.

12. Extremamente limpos, os gatos não precisam de banhos semanais ou mensais como os cães. Se for o caso, use toalhinhas úmidas para eliminar a sujeira ou xampu seco específico para felinos. Os banhos, quando necessários, devem ser com água morna, em local tranquilo.

13. Gatos são caçadores. Fique de olho para que seu pet não coma algo indesejável.

 

História antiga e responsabilidades

Os primeiros registros históricos de domesticação de gatos vêm do Antigo Egito, mas foi no século 19 que os ingleses tiveram a iniciativa de criar gatos profissionalmente, desenvolvendo novas raças.

Hoje, os felinos são queridos e encontrados com muita frequência em lares dos Estados Unidos, Canadá, Europa (exceto Portugal, Espanha e Irlanda), Rússia e Oriente Médio.

O professor Uriel Andrade, do UniCuritiba, lembra que existem muitas raças de gatos com características distintas, com tipos de pelo variados e portes diferentes. Nas raças pequenas, os adultos pesam cerca de dois quilos e são ideais para apartamentos, mas há raças grandes em que um exemplar adulto chega a 80 centímetros de comprimento e 12 quilos.

“Ter um pet exige responsabilidade. Por isso, antes de levá-lo para casa, avalie a sua rotina, o tempo que terá para se dedicar a ele, o comportamento característico de cada raça, o tamanho do animal quando adulto e planeje no orçamento as despesas com consultas, vacinas e ração. Depois, é só aproveitar esse amor incondicional”, ensina o coordenador do curso de Medicina Veterinária.

 

Paixão de infância

Apaixonada por gatos desde criança, a estudante de Medicina Veterinária do UniCuritiba, Pauline Machado, garante que é possível estabelecer uma conexão com os felinos. “É amor, identificação e admiração”, explica a voluntária na ONG Beco da Esperança, que abriga cerca de 500 gatinhos à espera de adoção.

“Sou muito feliz e agradecida por ter a oportunidade de conviver com eles 24 horas por dia, em casa e na ONG. Este é o meu propósito de vida: dedicar meu tempo a eles e proporcionar a cada um uma vida melhor, mais feliz e com amor, como todos os gatos merecem.”

Segundo Pauline, os gatos têm um lugar prioritário em sua vida. “No Dia Mundial do Gato, só tenho a agradecer por confiarem em mim e me deixarem cuidar deles com tanto amor, respeito e responsabilidade. Pensando bem, são eles que cuidam de mim.”

  

UniCuritiba - instituição de referência para os paranaenses e reconhecido pelo MEC como uma das melhores instituições de ensino superior de Curitiba (PR).


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