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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Imunoterapia traz novas possibilidades para tratamento do câncer do colo do útero, afirma oncologista

O médico Ramon Andrade de Mello diz que essa opção terapêutica tem sido promissora

 

Estudos recentes apontam que a imunoterapia tem trazido resultados promissores para o tratamento do câncer do colo do útero. “Menos agressiva que a quimioterapia e a radioterapia, o tratamento imunoterápico com o medicamento cemiplimabe abre possibilidades de sobrevida de pacientes com metástase”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, desconsiderando-se o câncer de pele não melanoma. A doença ocupa a quarta posição de casos de morte da população feminina por câncer no país. “As pesquisas recentes trazem um novo horizonte no tratamento desse tumor”, aponta o pesquisador. 

Os estudos com 608 mulheres mostraram que a média de sobrevida foi maior no grupo do medicamento imunoterápico em comparação com o grupo de quimioterapia. “A imunoterapia é um tratamento que estimula o sistema imunológico do organismo ou ajuda esse sistema a atacar apenas as células cancerígenas”, esclarece Ramon de Mello. Segundo ele, o tratamento imunoterápico tem sido cada vez mais aplicado com sucesso, por exemplo, contra o câncer renal e câncer de pulmão. 

O câncer do colo do útero tem como uma das principais causas as infecções persistentes por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano). O início precoce da vida sexual com múltiplos parceiros, bem como o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, também podem colaborar para o surgimento desse tumor. 

“A prevenção sempre é a melhor medida para qualquer tumor. Nesse caso, o exame Papanicolau ajuda a detectar lesões e o diagnóstico precoce do câncer do colo do útero. O procedimento é recomendado às mulheres entre 25 e 64 anos de idade, que já tiveram ou têm vida sexual ativa, e deve ser realizado a cada três anos”, orienta Ramon de Mello. 

Esse tumor oncológico pode não apresentar sintomas na sua fase inicial e o exame preventivo é de grande importância para o diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, a paciente pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual. O tumor pode ainda provocar secreção vaginal anormal e dor abdominal relacionada a queixas urinárias ou intestinais. 

 

Ramon Andrade de Mello - Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). Dr. Ramon de Mello é oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP.

https://ramondemello.com.br/ 


Prevalência de distúrbios vocais em professores varia entre 50% e 80%, afirma especialista


Shutterstock
Hospital Paulista alerta para cuidados com saúde da voz que os profissionais da educação devem ter em sala de aula

 

O ano letivo teve início em fevereiro para ao menos 17 capitais do Brasil. Apesar de a maioria dos professores ter mantido seus trabalhos de forma virtual durante o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, o retorno às salas de aulas exige muito mais da voz, já que ela é uma das principais ferramentas de trabalho destes profissionais.

Conforme a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dra. Luciana Fernandes Costa, os professores são considerados grupo vulnerável aos distúrbios vocais, devido ao seu uso intenso no dia a dia. A especialista destaca que a estimativa de prevalência dos distúrbios vocais na população geral encontra-se entre 6% e 15%, enquanto, em professores, esses índices podem variar entre 50% e 80%, com gravidade para cerca de 12%.

“Entre as lesões mais presentes estão as denominadas fonotraumáticas -- que se desenvolvem a partir de padrões vocais inadequados, secundários à sobrecarga fonatória. Há também uma ampla probabilidade de nódulos vocais, seguidos por pólipos e alterações estruturais mínimas”, alerta Dra. Luciana.

Os professores também têm grandes chances de desenvolver disfonia, alteração de algumas das qualidades acústicas da voz, tais como intensidade ou volume da voz. “As consequências da disfonia persistente podem ser devastadoras para o desempenho profissional, por vezes resultando em afastamentos e/ou remanejamento para tarefas administrativas”, complementa a especialista.

A prevenção é a principal forma de combater os distúrbios vocais. Segundo a médica, os fatores de risco à disfonia incluem extensa jornada de trabalho, frequentemente superior a 40 horas semanais; número excessivo de alunos por sala de aula, já que demandam mais atenção e desgaste vocal; e instalações inadequadas, incluindo elevado ruído ambiental e lousa com pó de giz.

“Esses fatores fazem com que os professores aumentem a intensidade da voz para manter a atenção dos estudantes, sendo essa a essência do fonotrauma, podendo levar ao desenvolvimento de lesões laríngeas.”

A idade e o tempo de profissão também são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de lesões na laringe. Por conta da correria diária, grande parte dos professores substitui as refeições convencionais por lanches e fast-foods, favorecendo os distúrbios gastrointestinais, principalmente o refluxo gastroesofágico, importantes causadores da laringite.

“Doenças neurológicas ou endócrinas, hábitos tabágicos ou alcoólicos e problemas respiratórios superiores recorrentes também podem comprometer a qualidade vocal”, reitera a especialista.



Uso de máscaras

Mesmo com as crianças voltando às aulas e a vacinação em estágio avançado, é importante manter as medidas sanitárias que ajudam a evitar a disseminação do vírus. Nesse sentido, é fundamental manter o distanciamento, a higienização das mãos e o uso correto das máscaras, que devem sempre cobrir nariz e boca.

Dra. Luciana ressalta que é possível e necessário lecionar utilizando o item.

"Busque algum modelo de máscara que seja seguro e que permita a livre mobilidade da mandíbula, realizando pausas vocais para descanso e hidratação, em ambiente seguro.”



Equipe multidisciplinar

Uma boa hidratação vocal e a escolha de alimentos que não ressequem a garganta e causem pigarro, além de intervalos entre o uso da voz, são de extrema importância para a manutenção da saúde vocal, mas nem sempre são suficientes.

A fonoaudióloga Bruna Rainho Rocha destaca ser importante ainda o apoio de um fonoaudiólogo, que pode auxiliar em situações de desconforto, cansaço vocal, rouquidão e falhas e mudanças na voz ao longo do dia ou da semana.

“Os profissionais também trabalham com estratégias de comunicação em geral, como o correto uso do microfone, escolha de vocabulário, uso de gestos e até adequação da postura para falar”, explica.

Segundo Bruna, a própria fonoaudiologia pode ser um método preventivo aos problemas vocais. “Mesmo que não apresentem alterações, tanto professores como os demais profissionais que fazem uso intenso da voz podem procurar um fonoaudiólogo. Nestes casos, para fazer condicionamento vocal e aprender estratégias para o seu uso correto, podendo, assim, evitar eventuais problemas na voz e na comunicação.”

De acordo com a Dra. Luciana, ao perceber sintomas como rouquidão, fadiga, cansaço vocal, instabilidade na voz, dor ou desconforto na garganta e esforço para falar, principalmente de forma recorrente, é necessária uma avaliação médica.

“Os problemas vocais podem não ser transitórios, e muitos casos exigirão tratamento e acompanhamento multidisciplinar do médico e do fonoaudiólogo, podendo, inclusive, envolver opções medicamentosas ou cirúrgicas”, finaliza a especialista. 



Centro de Diagnóstico em Otorrino

O Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino do Hospital Paulista conta com equipamentos modernos e de alta tecnologia, além de profissionais especializados que garantem o máximo de segurança e precisão na realização dos exames.

Entre os destaques do Centro de Diagnóstico está o Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz, que realiza exames para diagnósticos de distúrbios da voz, deglutição e refluxo faringo-laríngeo. Recentemente, ele foi ampliado para oferecer também tratamentos específicos de laringe, com uma abordagem completa.

Com a expansão dos serviços, o centro passou a realizar procedimentos cirúrgicos delicados que incluem, entre outros, microcirurgias de laringe convencional ou com laser, tireoplastias e injeções de botox para disfonia espasmódica.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia




Mama tuberosa: entenda essa alteração do desenvolvimento mamário

Dra. Larissa Sumodjo, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica o que ocasiona a mama tuberosa e como é corrigida em uma cirurgia plástica


As mamas de algumas mulheres não possuem o formato cônico, mais comum e conhecido, mas, uma forma semelhante a um tubo. "As mamas tuberosas são aquelas que se apresentam com uma forma alongada bem característica, parecendo-se com um tubo. Além disso, as aréolas costumam ser desproporcionalmente grandes", explica a cirurgiã plástica Larissa Sumodjo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Esse formato diferenciado não se trata, no entanto, de uma patologia. O que não significa que não traga sofrimento, desconforto e prejuízo social e psicológico às mulheres que as apresentam. "Não se sabe qual a real incidência da mama tuberosa, pois, principalmente em graus mais leves, muitas mulheres provavelmente não procuram um cirurgião plástico e, portanto, não há registros consideráveis em números, já que não se trata de uma doença, mas de uma característica", explica Dra Larissa.

De acordo com a médica, a única forma de mudar essa conformação da mama é por meio de cirurgia plástica. Quando uma paciente se sente incomodada e tem dúvida sobre o formato de sua mama, a única maneira de descobrir se é uma mama tuberosa é por meio de um exame clínico com cirurgião plástico para confirmar os traços típicos. "A queixa que escuto no meu consultório, das mulheres com mamas tuberosas, normalmente, é: 'meus seios são bicudos'", conta a médica.


Por que a mama pode ter esse formato de tubo?

A causa desse formato alongado da mama é a formação de um anel fibroso no tecido mamário ao redor da aréola. "Com o crescimento desse anel fibroso, a mama desenvolve-se de maneira anormal durante a puberdade. Este anel restringe o crescimento da parte inferior da mama e faz com que o tecido se projete para frente pela aréola. Por conta disso, a mama passa a se parecer com um 'tubinho'", detalha a cirurgiã.

A maneira de "tratar" essa condição, é com procedimento cirúrgico a fim de liberar esse anel de constrição na tentativa de que o tecido mamário se distribua de uma forma mais uniforme, chegando ao formato de cone. "Muitas vezes, é indicada a utilização de implantes mamários tanto para dar volume, como para melhorar a forma da mama. E, dependendo do caso, pode haver a necessidade de realizar a cirurgia em etapas". Num primeiro momento, remodela-se a mama, e, num segundo procedimento depois de cerca de três meses, coloca-se a prótese mamária". 

A notícia boa é que alguns convênios médicos autorizam o procedimento já que há muito prejuízo psicológico para adolescentes e mulheres adultas que desenvolvem a mama com este formato mais alongado.

 


Dra. Larissa Sumodjo - Cirurgiã Plástica, pela SBCP

@dralarissasumodjo


Protocolo para tratamento de doença rara é aprovado pelo Ministério da Saúde


Pacientes com XLH, doença rara e progressiva, passam a contar com protocolo clínico e diretrizes terapêuticas (PCDT) para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicado no Diário da União, o documento define orientações para profissionais de saúde, gestores do sistema público e pacientes sobre o diagnóstico e tratamento da doença. De acordo com o PCDT, serão elegíveis ao tratamento pacientes pediátricos com diagnóstico genético de XLH a partir de um ano de idade e adolescentes até 18 anos incompletos -- e, uma vez que for comprovado a obtenção de benefícios com a terapia, esses pacientes poderão continuar recebendo o tratamento na fase adulta. “É uma conquista sem precedentes para a comunidade XLH. Agora, os pacientes elegíveis para o tratamento terão acesso ao cuidado integral, possibilitando uma mudança no curso natural da doença, e consequentemente, uma melhor qualidade de vida”, declara Antoine Daher, fundador e presidente da Casa Hunter. 

XLH: é uma doença progressiva, que pode trazer graves consequências para os pacientes e comprometer a qualidade de vida. Assim como acontece com 80% das doenças raras, o XLH tem origem genética, sendo geralmente herdado. Neste caso, devido à sua relação com o cromossomo X, o pai afetado pelo XLH transmitirá a condição a todas as suas filhas, mas nenhum de seus filhos será acometido. Já a mãe afetada pelo XLH tem 50% de chance de ter um filho ou uma filha com a doença. Entre os sintomas da doença estão deficiência de crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, alterações dentárias, fraqueza muscular, limitação funcional e pernas arqueadas.


“Botox pirata”: cirurgiã alerta pacientes para consultar substâncias no site da Anvisa

Cirurgiã dentista Talita Dantas reforça cuidados na hora de escolher o profissional, orienta desconfiar de valores muito abaixo do mercado e ensina como consultar produtos no site da Anvisa

 

 

Na última semana, o Fantástico, programa da TV Globo, trouxe uma matéria sobre uma profissional que foi presa por utilizar em pacientes uma substância chamada Israderm, uma suposta toxina botulínica fabricada em Israel, cuja comercialização, fabricação e propaganda é proibida no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde junho do ano passado. Uma investigação internacional feita pelo Fantástico mostrou que, na verdade a verdadeira origem do produto não é conhecida. 

A cirurgiã dentista Talita Dantas, que atua na área de harmonização orofacial há seis anos, alerta para os perigos que os pacientes correm, principalmente quando negligenciam a escolha do profissional que está realizando o procedimento, e que é preciso estar atento ao que está sendo vendido e aplicado. “A primeira coisa que o paciente precisa estar atento é saber se o profissional é habilitado e autorizado para esses procedimentos. Nós, cirurgiões dentistas, médicos e biomédicos temos essa autorização”, ressalta. 

A segunda orientação é desconfiar de valores muito abaixo do mercado, que podem ser um sinal de origem de produtos duvidosa e que atraía profissionais e pacientes por custar menos da metade do valor de produtos regulamentados. “Quando passar pela consulta com o profissional, é importante saber quais são os produtos que o profissional utiliza, se ele preza pela qualidade e, claro, é direito do paciente pedir mais informações sobre as substâncias que serão usadas, inclusive para pesquisar no site da Anvisa se elas são regulamentadas”, diz. 

A consulta pode ser feita diretamente no link https://consultas.anvisa.gov.br/, selecionando o Consulta Genérica no menu de Produtos. Basta digitar o nome do produto e consultar se está registrado e aprovado para uso no Brasil. Produtos com a situação regularizada aparecem com a marcação “Publicado Deferimento”, o que significa que é um produto registrado na Anvisa e liberado para uso comercial. 

“No Brasil, são 7 marcas de toxinas botulínicas aprovadas para comercialização pela Anvisa. São elas Botox®, Botulift®, Dysport®, Nabota®, Botulim®, Xeomin® e Prosigne®. O paciente precisa exercer seu direito à informação porque é isso que vai minimizar todos os riscos relacionados à injeção de produtos na pele que também colocam em risco a sua saúde”, pontua a cirurgiã.

 

Toxina botulínica é aliada reconhecida para gerenciar o envelhecimento 

A substância pode tratar a aparência das linhas de expressão, arquear as sobrancelhas e levantar o canto dos lábios são algumas das várias aplicações na estética. “Mais popularmente conhecido como botox, por causa da marca pioneira, a toxina botulínica é o primeiro passo no que chamamos de ‘gerenciamento do envelhecimento’ e pode ser feito a partir dos 25 ou 30 anos, justamente porque sua aplicação é tranquila quando feita de maneira correta”, afirma Talita. 

A duração média do efeito da toxina botulínica no organismo é de quatro a seis meses, mas existem alguns fatores que podem acelerar a anulação do efeito da aplicação. Se a pessoa for muito expressiva, se praticar atividade física intensa ou se tiver um metabolismo muito ativo, o processo será acelerado. Além disso, a diluição feita pelo profissional, a quantidade de produto aplicado e as técnicas dessa aplicação também influenciam no tempo de duração do tratamento.

 

Como fazer o botox durar mais? 

A cirurgiã dentista afirma que não existem truques, mas um conhecimento científico que mostra que a prescrição de alguns complexos à base de zinco pode contribuir para melhorar a duração dos efeitos do procedimento. “Orientamos a posologia adequada para cada caso e o paciente faz uso do suplemento antes da aplicação. O zinco contribui para que as ligações químicas aconteçam de maneira favorável à duração da toxina botulínica”, explica Talita. 

Depois de algum tempo, é possível perceber que as rugas ativas (linhas de expressão), voltam a aparecer quando movimentamos o rosto. “É necessário respeitar o intervalo mínimo de aplicação de quatro a seis meses para não gerar o “efeito vacina”, que é o mesmo causado pelo uso de medicamento sem prescrição e que faz o organismo criar resistência a ele. Esse tempo precisa ser respeitado mesmo que antes dele as rugas voltem a aparecer”, finaliza a cirurgiã dentista.


5 dicas para estimular a produção do leite materno

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Obstetra da Criogênesis aponta práticas que são prejudiciais à amamentação 

 

Aumento da imunidade, redução do risco infecções e menos tendência à obesidade são alguns dos benefícios assegurados pelo leite materno ao bebê. Mas o aleitamento não é somente vantajoso para o feto, como também para a mãe. Pesquisas apontam que o ato de amamentar pode afastar doenças como câncer nas mamas e nos ovários, diabetes, hipertensão, osteoporose e até Alzheimer. 

Amamentar é um processo que envolve diversos fatores, entre eles a posição da criança e a sua pega à mama, que costumam influenciar diretamente no fluxo e em sua produção. Mediante a isso, é comum que as mães, em especial as de primeira viagem, tenham dúvidas quanto ao processo. Abaixo, Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, traz 5 dicas para estimular a produção do leite materno. Confira:


  1. Amamente logo após o parto

Durante as primeiras horas de vida, o bebê está mais atento. Sendo assim, as chances dele pegar o seio é maior e mesmo se a quantidade de leite ainda for reduzida, as tentativas precisam continuar. “Será o processo de sucção que incentivará o aumento da produção”, destaca o médico.

 

  1. Dê leite sempre que o bebê estiver com fome

Para assegurar uma maior produção de leite materno, o fato de amamentar sempre que o bebê estiver com fome é essencial. Isto porque, segundo Dr. Renato, enquanto o pequeno mama são liberados hormônios responsáveis pela produção do leite, que substituirá aquele que está sendo retirado. “É importante manter a amamentação até mesmo em casos de mastite ou de bico do seio machucado, porque a sucção do bebê também ajuda a tratar essas condições”, aponta.


2. Troque de peito no tempo certo

Ao longo do aleitamento, os dois seios devem ser oferecidos à criança, sempre respeitando o ritmo natural da amamentação. O obstetra explica que interromper a alimentação antes da hora pode fazer com que o organismo entenda que aquela quantidade que restou não é mais necessária. “Além disso, o leite do final da mamada é mais rico em gordura e nutrientes importantes para a criança”, complementa.

 

3. Mantenha-se hidratada

A produção de leite materno demanda bastante do nível de hidratação da mãe. Então, a ingestão de 3 a 4 litros de água por dia é essencial para manter uma boa produção de leite. “É fundamental que se reponha o líquido perdido durante a amamentação para que o corpo seja capaz de produz mais leite”, indica.

 

4. Alimentação balanceada

Uma dieta equilibrada, com todos os nutrientes necessários, é importante para o bom funcionamento do organismo como um todo, o que inclui o aleitamento. De acordo com o ginecologista, a produção de leite materno pode ser estimulada pela ingestão de alguns alimentos como alho, aveia, gengibre e alfafa.

 

5. Descanse sempre que possível

Falar para uma mãe de um recém-nascido que precisa descansar pode soar como algo impossível, mas como já é sabido, o estresse influencia muito no corpo, e com a amamentação não seria diferente. “Principalmente durante os primeiros meses, a mulher precisa repousar entre as mamadas, porque o cansaço atrapalha na saída do leite”, conclui.

 

Criogênesis


O perigo dos remédios naturais


Se você usa medicação fitoterápica sem orientação médica, cuidado! Remédios fitoterápicos têm efeito terapêutico e, inclusive, têm plantas medicinais que são tóxicas e podem levar à morte. O alerta é da endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato; “Por vir das plantas, é comum acharem que não faz mal, mas a verdade não é bem essa. Geralmente, nas medicações fitoterápicas não se sabe exatamente a dose da composição. Não vamos condenar todos, pois conhecemos vários que são muitos usados, como é o caso da camomila, e que são seguros. Por isso, é importante também não generalizar”, explica a especialista.

 

Ela explica que os chás emagrecedores, muito difundidos, só levam a alguma percepção na balança quando têm efeito diurético, já que a pessoa acaba perdendo água rapidamente e, consequentemente, acontece a perda de peso na balança em curto prazo. “Mas isso é um engano, porque perder líquido não é o mesmo que perder gordura, ou seja, não é perder peso efetivo no emagrecimento”, alerta. Por outro lado, o chá pode contribuir para o processo de emagrecimento por manter a pessoa hidratada e ajudar um pouco na saciedade.

 

Sistema endócrino – Alguns fitoterápicos podem atrapalhar o funcionamento da glândula adrenal, por exemplo, responsável por produzir o cortisol e a aldosterona. Outras plantas podem afetar a função tireoidiana e pancreática, por exemplo, dependendo da erva utilizada.

 

“Chás e demais fitoterápicos não são fórmulas mágicas, não levam ao emagrecimento. Na obesidade, por exemplo, a pessoa acredita que pode ser um caminho curto, rápido para a perda de peso, mas não é. Não existe fórmula mágica para emagrecer. É preciso mudar o estilo de vida e modificar hábitos é muito difícil, mas não impossível e, por isso, a importância de ser bem orientado por especialistas de educação física, endocrinologistas e nutricionistas. É um tratamento de longo prazo, feito com sustentabilidade”, comenta Dra. Lorena.

 

A médica ressalta ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve garantir à população que um medicamento, seja ele fitoterápico ou alopático seja, além de seguro, eficaz.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Dia Mundial das Doenças Raras: Apenas 5% das enfermidades têm tratamento disponível

No mês da conscientização das doenças raras, é necessário entender

e ter sensibilidade sobre os cuidados com as enfermidades  

 

28 de fevereiro marca o Dia Mundial das Doenças Raras, condições em geral genéticas, progressivas e degenerativas, que causam grande impacto para os pacientes e suas famílias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 6 mil tipos dessas enfermidades já foram identificadas. Segundo pesquisas da Interfarma, atualmente no Brasil existem cerca de 13 milhões de pessoas diagnosticadas com algum tipo de doença rara, sendo que 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80% têm origem genética. Algumas dessas doenças também se manifestam por meio de infecções bacterianas ou causas virais, alérgicas e ambientais, ou são degenerativas e proliferativas.

Por se tratar de doenças pouco conhecidas, muitos diagnósticos são tardios e o acesso aos tratamentos é um grande desafio. Em muitos casos, os primeiros sinais e sintomas aparecem na primeira infância, e podem ser identificados no atraso do desenvolvimento da criança. Infelizmente, até hoje, apenas 5% das doenças raras identificadas têm um tratamento disponível, que poderia contribuir para evitar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.1

Em dezembro de 2021, em uma decisão histórica, a ONU (Organização das Nações Unidas), adotou formalmente uma resolução intitulada “Enfrentando os desafios das pessoas que vivem com uma doença rara e de suas famílias”. O Brasil, na figura do Ministério das Relações Exteriores, o Catar e a Espanha tiveram papel fundamental na proposição inicial desta resolução. O objetivo da campanha era “o reconhecimento de que as pessoas que vivem com doenças raras são uma população mal atendida, exigindo atenção urgente e imediata, bem como políticas nacionais e globais que levem em conta suas necessidades e contribuam para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, com o apelo de ‘não deixar ninguém para trás”.

Um exemplo de doença rara é a CLN2, também conhecida como Doença de Batten, que acontece em decorrência da deficiência da enzima lisossomal tripeptidil-peptidase 1 (TPP1), quando o gene que codifica a proteína está com um erro. É também considerada uma doença genética autossômica recessiva, isto é, em que há 25% de chance de acontecer novamente na mesma família a cada gestação.

Foi esta enfermidade que acometeu a pequena Isabella Cristina, que aos sete anos de idade teve sua primeira crise convulsiva se arrumando para ir à escola. Diante disso, sua mãe, Tuca, dirigiu-se com a filha para um pronto-socorro infantil, onde foi tratada como epilepsia, porém, começaram uma investigação mais profunda com a ajuda da Dra. Mara Lucia, neuropediatra do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba, e o diagnóstico de CLN2 foi confirmado. Com a doença identificada, cada dia que passava fazia diferença na vida da criança, assim começou a batalha da família para acessar o único tratamento aprovado para essa condição. Segundo Tuca, conseguir o medicamento encheu sua vida de esperança, pois ainda não é o fim e sim um começo diferente e especial.

Outro exemplo é a mucopolissacaridose (MPS), uma doença hereditária rara do metabolismo, de herança autossômica recessiva, causada pela formação irregular de enzimas. Dependendo de qual enzima o corpo não é capaz de produzir, a doença é classificada por um número diferente, como a MPS tipo IV ou a MPS VII, entre outras categorizações da enfermidade. O diagnóstico da MPS é feito por um exame de sangue para detectar a falta ou diminuição das enzimas, sendo essencial para proporcionar qualidade de vida aos pacientes, já que é outra doença que não tem cura, apenas tratamento para evitar a progressão da gravidade dos sintomas. 

Por meio de um exame de sangue que detecta a MPS, foi assim que os 3 irmãos chamados Claudiano, Claudiana e Carlinhos conseguiram o diagnóstico e o medicamento para ajudar a parar os sintomas. Porém, o início da descoberta aconteceu com o nascimento de Claudiana. Ela sempre ficava muito gripada e acabou sendo internada com começo de pneumonia. No hospital realizou diversos exames, como raio-x das pernas, coluna e o médico pediu que mandassem os resultados para o ortopedista e o neurologista. O ortopedista passou fisioterapia e o neuro uma tomografia e, depois de alguns meses, um exame de sangue para ser encaminhado para um geneticista. Foi assim que Valcirene, a mãe das crianças, conheceu a Dra. Erlane e teve o diagnóstico de que seus 3 filhos tinham mucopolissacaridose.

A PKU ou Fenilcetonúria é outra enfermidade rara importante de se destacar, sendo ela caracterizada por ausência ou falha da enzima responsável pelo processamento do aminoácido fenilalanina. Com isso, ocorre o acúmulo dessa substância, que é tóxica ao sistema nervoso e pode causar lesões permanentes, tais como deficiência intelectual, sintomas comportamentais ou convulsões. Pacientes com fenilcetonúria necessitam de significativa restrição dietética, devendo evitar o consumo de leite e derivados, carnes, peixes, ovos, aves e grãos com elevado teor proteico, dieta que nem sempre é fácil de se seguir tanto pela aderência como pelo valor de compra dos alimentos. Embora a fenilcetonúria esteja contemplada no teste do pezinho há mais de vinte anos, o tratamento aprovado no Brasil é o mesmo de três décadas atrás.

Para Maitê Moreira, mãe da pequena Catarina, de 4 anos e portadora da fenilcetonúria, a utilização da medicação, adquirida através de processo judicial, foi um divisor de águas e mudou totalmente a qualidade de vida da sua filha. Antes da medicação, toda alimentação era sempre minuciosamente calculada, principalmente para ela não se sentir diferente ou excluída socialmente. Maitê recebia o cardápio da escola e tentava fazer o uso de alimentos parecidos com os dos amigos, apesar do esforço, tinha momentos que não sabia o que seria oferecido, já que uma característica marcante da dieta desses pacientes é a monotonia. Quando Maitê conseguiu a medicação, a qualidade de vida da Catarina mudou totalmente. A tolerância à proteína de sua filha dobrou em 6 meses do uso da medicação, ela conseguiu introduzir farinha de trigo, ovos, leite, macarrão e pão e, principalmente, ainda mantendo o bom controle da fenilcetonúria, o que é importante para se evitar o dano neurológico ou manifestações psiquiátricas ao longo da vida. Todavia, Catarina é uma exceção, pois a maioria dos pacientes não consegue o acesso à esta medicação e nem mesmo a alimentação hipoproteica, a qual consiste em alimentos médicos específicos sem proteína, que são muito caros e precisam ser importados, pois não existe fabricação no Brasil.

Caso tenha algum familiar ou amigo diagnosticado ou com suspeita de alguma doença rara, procure ONGs espalhadas pelo Brasil que podem auxiliar com apoio psicológico ou indicação médica. Além disso, para mais informações sobre as doenças citadas no texto acesse:
CLN2: A Urgência do Hoje
MPS: MPS Day
PKU: Lembre de Mim PKU

 

 

A importância do networking e as novas conexões para o protagonismo feminino


Durante os mais de 30 anos da minha carreira, conheci muitos profissionais, das mais diversas áreas e segmentos do mercado.

E sem dúvida alguma, posso afirmar que construir relacionamentos baseados em confiança é uma das estratégias mais assertivas para o sucesso na trajetória profissional. Principalmente quando você está verdadeiramente disposto a colaborar e aberto para receber apoio.

A jornada começa quando conhecemos diversas pessoas que se tornam parceiros de trabalho, de projetos, nos inspiram, motivam e até, em determinado momento, passam a aprender conosco.

A maneira como construímos nossos relacionamentos faz toda a diferença. Afinal, estando no mundo corporativo ou não, estamos sempre falando de pessoas.

São as pessoas que dão alma às empresas e formam a sua cultura. São as pessoas que negociam umas com as outras e influenciam a tomada de decisão. Nada acontece de forma tranquila no mundo dos negócios, ou mesmo numa família, se não há um bom relacionamento entre os que convivem naquele ambiente.

E se um bom relacionamento é fundamental para que as coisas aconteçam de forma equilibrada, seja no trabalho, seja na vida pessoal, a mulher tem papel preponderante nesse equilíbrio, dado o protagonismo que ela vem assumindo no mundo ao longo dos anos.

Fazer networking serve para construir e estreitar relacionamentos com pessoas ou grupos que tenham algo em comum. Como a mesma área profissional, a mesma causa, projetos semelhantes, mesmos objetivos, contudo, estão em diferentes posições no mercado. 

E quanto maior e mais qualificada for a sua rede de contatos, mais networking e mais oportunidades. E a internet facilitou as coisas.

Já dizia a máxima: “Quem não é visto, não é lembrado”, então além de criar conexões é importante se manter presente na sua rede de relacionamentos.

Antes de ter à mão as redes sociais, era bem mais difícil e custoso manter o relacionamento constante com todas as pessoas da nossa rede. Hoje, esse processo é facilitado e ampliado com os benefícios que a tecnologia nos oferece, já que praticamente todas as pessoas estão conectadas à internet.

Trocar mensagens, felicitar pelo aniversário e conquistas, chamar para uma conversa rápida ou mesmo um bate-papo via vídeo, é muito mais simples e possível. Aliás, o que teria sido de nós nessa pandemia, sem esses recursos?

E mesmo que não haja nenhum contato como estes que acabei de mencionar, só de estar presente nas redes sociais compartilhando informação, já te mantém ativo e presente.

Para ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela The Adler Group revelou que 85% das oportunidades de trabalho são preenchidas por meio de indicações da rede de contatos.

Por isso sempre enfatizo que são inúmeros os benefícios de investir e cultivar uma rede profissional. Aumenta a chance de conhecer pessoas interessantes, oportunidades de crescimento profissional, expansão do conhecimento e visão de mundo, suporte para esclarecer dúvidas, construção de boa reputação no mercado, maior destaque na área de atuação, visibilidade diante de lideranças, potenciais clientes e parceiros, além de possibilitar benchmarking com profissionais experientes e ainda te mantém bem-informado sobre as tendências do mercado.

Esteja sempre ativo e presente demonstrando interesse genuíno pelas pessoas. Não vale procurar só quando precisa de algo, é sempre bom ter em mente aquela máxima que diz “seja interessante e não interesseiro”.

Mantenha sua rede sempre atualizada sobre o que está acontecendo com você, assim as pessoas poderão te acionar, para te oferecerem oportunidades que condizem com o momento que está vivendo. Se mostre sempre colaborativo e disposto a ajudar, isso é fundamental para que sua rede faça o mesmo por você.

Participar de eventos, dos mais variados, seja do seu mercado ou mesmo de algo diferente, para ampliar a visão de mundo e possibilitar novas conexões com redes diferentes das quais já faz parte. 

 

Edna Vasselo Goldoni - fundadora e presidente do Instituto Vasselo Goldoni, CEO da Vasselo Goldoni Desenvolvimento, HR Influencer 2021 – 1º lugar no Brasil; membro honorário e vitalício da All Ladies League Global Network (Soul Sister), única mulher indicada ao Prêmio TOP OF MIND Profissional de Vendas, sendo finalista em três Edições; representou o Brasil no Congresso Mundial da ONU Mulheres em 2016.


Empresas podem se beneficiar de dinheiro esquecido em contas bancárias

 Além do dinheiro que poderá ser resgatado, empreendedores também podem se beneficiar com gastos dos consumidores com valores a receber 

 

A falta de dinheiro aliada ao aumento de custos têm sido fatores que dificultam a recuperação do faturamento dos donos de pequenos negócios ao patamar registrado no período anterior à pandemia. Nesse contexto, os cerca de R$ 8 bilhões esquecidos pelos brasileiros nos bancos públicos e privados pode ser uma boa oportunidade para os empreendedores. Tanto empresas quanto pessoas físicas podem consultar o site https://valoresareceber.bcb.gov.br/, lançado nesta semana pelo Banco Central, para saber se têm valores a receber. 

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que, segundo a 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 50% dos empreendedores alegaram o aumento dos custos como a maior dificuldade para a retomada e outros 25%, reclamaram da falta de clientes. “É importante que esses empreendedores verifiquem se têm recursos disponíveis para receber. Esse dinheiro pode ser uma grande ajuda no atual momento que passamos”, observa. 

Melles chama a atenção para o fato de que mesmo as empresas que não tenham recursos para receber podem se beneficiar do dinheiro que irá circular na economia brasileira. “Muitas pessoas já estão fazendo planos para gastar o dinheiro, e essa pode ser uma boa oportunidade para movimentar o caixa dos pequenos negócios. Para isso, é interessante que os empreendedores se preparem e encontrem formas de atrair os clientes”, ressalta.  

O resgate do dinheiro esquecido nos bancos vale para pessoas físicas e jurídicas, incluindo pessoas que já faleceram e empresas já encerradas.  O processo de consulta é o mesmo. Para saber se há valores esquecidos basta entrar no site disponibilizado pelo Banco Central e inserir o CPF ou CNPJ e a data de nascimento ou criação da empresa. O saldo, entretanto, não é informado nesta primeira consulta. 

A disponibilização dos recursos será realizada em fases. A pesquisa aberta nesta segunda-feira consiste em apenas uma consulta simples. Caso o BC identifique que há dinheiro esquecido, irá notificar o consulente com data e horário para ele voltar ao sistema e solicitar o resgate do dinheiro. 

O BC informa que irá escalonar a data de solicitação dos resgates de acordo com a idade do cidadão ou empresa, com um sábado de repescagem para cada faixa. Para quem tem acima de 54 anos, as datas para retorno ao sistema caso seja identificado algum dinheiro perdido vão de 7 a 11 de março. Para quem tem de 39 a 54 anos, a funcionalidade fica disponível entre os dias 14 a 18. Para quem tem menos de 39 anos, o resgate pode ser solicitado entre os dias 21 a 25 do próximo mês. A partir de 28 de março, o sistema de resgate irá funcionar independentemente das datas informadas


Liderança colaborativa promove evolução e melhoria contínuas


A tarefa de liderar é complexa, afinal, requer um olhar integrado na equipe de colaboradores, no negócio em que atua e em suas muitas variáveis, e nos clientes, com foco especial em suas dores, necessidades e busca de cenários para a evolução de suas marcas e produtos.

Ainda que essa complexidade possa apresentar graus de dificuldades, a alta liderança pode trabalhar esse ecossistema a partir de parâmetros de atuação bem definidos nos seguintes pilares: manter uma comunicação clara e constante, ter transparência e coesão e, acima de tudo, estabelecer um passo a passo dos acontecimentos para que todos os envolvidos acompanhem e possam executar suas atividades.

Neste contexto, defendo a aplicação cada vez maior de uma liderança colaborativa, o que dá vigor e entendimento do que é e como atuar. É fundamental cocriar e definir estratégias claras e objetivas para empresas e pessoas.

Acredito que a colaboração seja a habilidade mais abrangente para conquistar resultados e caminhos futuros. Ela cabe em todas as esferas, pois não se constrói nada sozinho. Também destaco a resiliência, pela capacidade de se adaptar a diferentes situações. Na pandemia, ser resiliente ganhou uma dimensão bem maior nas empresas, pois as pessoas tiveram que migrar da noite para o dia para o home office, conciliando trabalho e vida pessoal em um mesmo ambiente. O temor do vírus, os desafios no trabalho e a insegurança pessoal e profissional exigiram mais resiliência para atravessar esse momento.

No ambiente corporativo, a resiliência consiste em entender o momento, mostrar mais flexibilidade para atuar em períodos altamente desafiadores, buscar conhecimento e resultados que sejam bons para a equipe e, consequentemente, para a empresa e seus clientes. A resiliência é algo que faz parte do autoconhecimento para encontrar maneiras de lidar com situações complexas, mantendo o equilíbrio e inteligência emocional.

Na posição de CEO, não abro mão, por exemplo, de estar sempre conectado às minhas equipes, conduzindo conversas com os colaboradores da base para entender a temperatura da empresa, para manter e aprimorar a cultura organizacional, rever os desafios e estimular a tomada de decisão em ações rápidas. Sem dúvida, isso dá a real dimensão de que precisamos cada vez mais estarmos preparados para movimentos ágeis, entendermos a falha quando ela se apresenta e, mais ainda, corrigir e redefinir rotas. Isso é uma constância tanto no mundo dos negócios como em nossa vida pessoal.

Mantenho minha mente voltada para uma reinvenção diária, em busca de desafios constantes que nos movem em direção à inovação, com a adoção de metodologias ágeis que elevam nosso olhar de líder e promovem o desenvolvimento e entrega focadas na ajuda ao nosso cliente. Não é um processo fácil, mas nos dá combustível para aprender o tempo inteiro. Aqui, a humildade precisa ser exercida em todas as etapas, uma vez que é um ingrediente importante para nos manter em evolução e melhoria contínuas.

 

 Marcelo Ciasca - CEO da Stefanini Brasil


Cinco dicas essenciais para organizar as finanças pessoais

Especialista em finanças da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP orienta sobre como melhorar o orçamento familiar para começar o ano com pé direito

 

Começo de ano é sempre um período para repensar metas e reorganizar a vida. Entre elas estão as finanças pessoais, item básico e fundamental para viver bem e evitar o endividamento.

“Muitas vezes, as pessoas não entendem por que as contas nunca ‘fecham’ ou por que vivem no ‘vermelho’. A explicação  é  muito simples: falta apenas planejamento financeiro. Hoje, é possível afirmar que a maioria dos brasileiros não têm controle do seu orçamento doméstico e poucos fazem investimentos por medo e até mesmo, por desconhecimento”, explica o consultor financeiro e gerente de agência da Sicredi Iguaçu PR|SC|SP, Carlos Liberato.

Para facilitar essa organização, o consultor preparou cinco dicas infalíveis e fáceis de serem cumpridas. Veja:


1.º Faça uma planilha e use a regra 50/30/20

Crie o hábito de anotar seus gastos sempre! Tenha uma planilha com sua renda fixa e planeje-os de forma inteligente. “Nessa hora, é necessário ser realista quanto ao valor da sua renda e o que você pode gastar, sempre estipulando um valor que corresponde à realidade da sua média de despesas atual, e não uma meta do que você gostaria de estar gastando”, orienta.

Atualmente, segundo estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais da metade dos brasileiros – aproximadamente seis em cada 10 – não têm controle de suas finanças. A falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos de endividamento das famílias brasileiras. “O que é essencial e o que é supérfluo no meu dia a dia? Investir ou quitar dívidas antes? Esses são questionamentos que sempre aparecem na hora de fazer um planejamento de gastos e despesas”, diz.

Por isso existem algumas regras básicas que podem ajudar muito nessa organização, como a regra 50/30/20, um modelo simples e eficaz que facilita o orçamento familiar. “Sempre que receber sua renda, tente dividir da seguinte forma: 50% devem sempre ser utilizados para bancar os chamados gastos fixos e essenciais para a sobrevivência.  Entre elas, podemos citar moradia (aluguel, condomínio, IPTU); contas de luz, água, internet, telefone; alimentação; e transporte. Os outros 30% devem ser usados para despesas pessoais (beleza, roupas); viagens; cinema e teatro; restaurantes; TV a cabo; e outras assinaturas. E por fim, 20% para investimentos e dívidas. Aqui está uma das mais importantes, porém, a mais esquecida na hora de controlar os gastos. Esse valor deve ser destinado primeiro para quitar dívidas e só depois para investimentos a curto e longo prazo, para uma reserva de emergência”, destaca.


2.º Renegocie dívidas

Hoje, a maioria dos brasileiros vive no limite do orçamento e isso acarreta inúmeros problemas, como o endividamento. “Lidar com dinheiro exige, além de disciplina, muita organização, equilíbrio e controle, então, se você está endividado, o ideal é que se pague primeiro. Procure quitar todas as dívidas antes de investir ou fazer novas dívidas. Se a sua renda não cobre todas as pendências, tente negociá-las de forma inteligente, sem comprometer seus gastos essenciais. Por exemplo, se existem muitas dívidas, o ideal é reduzir os gastos que têm com o estilo de vida e aumentar as economias aqui. Corte os supérfluos até se pagar”, ressalta.


3.º Economize sempre!

“Sabe aquela TV por assinatura que você nunca assiste? Ou a revista que nunca lê? A academia que deixou de ir? Reflita sobre a real necessidade de manter esses serviços. Cancelados, poderiam estar gerando economia. Evitar o desperdício de dinheiro é um passo importante para ter um planejamento financeiro de verdade”, aconselha.

A dica é ficar atento em tudo aquilo que você paga mas não usa, ou então, naqueles gastos que poderiam ser revistos e que teriam opções mais baratas. Por exemplo: fazer pesquisas de preços, escolher promoções nos supermercados, rever assinaturas de telefonia e outras. São dicas simples e que fazem diferença no final do mês.


4.º Escolha cooperativas de crédito

Hoje existem diversas opções mais inteligentes, acessíveis e baratas para você abrir sua conta bancária. “Boas práticas em finanças pessoais passam por escolhas de parceiros que lhe oferecem também melhores oportunidades e custos menores. Cooperativas de crédito como a Sicredi Iguaçu possibilitam juros e taxas mais baixos, atendimentos personalizados e você ainda tem participação nos lucros. Então, repense essas escolhas e se informe melhor para economizar também nos serviços financeiros”, destaca.


5.º Se sobrar dinheiro, invista!

Tenha sempre uma reserva de emergência! Para isso, basta organização. “Hoje, existem diversas formas de investir seu dinheiro; se você nunca investiu, procure investimentos com menos risco envolvido. Existem alternativas que vão desde produtos financeiros de renda fixa, passando pelos fundos de renda fixa e variável, como o fundo de inflação e os fundos multimercado, até opções para perfis mais arrojados, com os quais é necessário possuir uma visão de médio e longo prazos”, explica.

O especialista ainda lembra que o mais importante para quem está começando a investir é buscar informações adequadas para evitar ilusões e alguns mitos. “Os investimentos ainda são uma novidade para muitas pessoas. Por isso, é comum a gente ouvir dúvidas que refletem alguns mitos que ainda cercam o tema. Buscar uma instituição financeira confiável e a ajuda de um especialista são medidas essenciais para fazer as escolhas certas e alcançar a melhor rentabilidade”, conclui.

 

Sicredi

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Liberdade de expressão na internet e por que você não pode falar de partido nazista

 

Recentemente, durante um programa pelo YouTube, o entrevistador defendeu a possiblidade de um partido nazista no Brasil. Em seguida à sua demissão, houve uma saudação nazista em outro programa, como forma de apoio. Essas gravíssimas situações renovam a importância desta reflexão. A liberdade de expressão representa um direito fundamental de grande importância e que deve ser tomado a sério, mesmo no contexto de humor. Estabelecer critérios para seu exercício é uma tarefa bastante complexa, sobretudo porque a censura também é perigosa, porém, não se pode admitir que sob a capa da liberdade de expressão se procure proteger o discurso de ódio.

No Brasil, adota-se a premissa de que as diferentes formas de expressão – texto, imagem, peça de teatro, filme, post em rede social, vídeo no YouTube etc. – devem ser protegidas mesmo quando possam desagradar ou ofender. A regra é a liberdade de expressão, e sua rara restrição, é a exceção. Como diz a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), o discurso “não pode estar sujeito à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores”. A Constituição brasileira, ao valorizar a liberdade de expressão, a equilibra com a possibilidade de reparação por danos e o direito de resposta.

Com os desafios impostos pela velocidade da internet, a violação de direitos humanos e fundamentais exige um direito atento aos desafios no mundo digital, afinal, a proteção se estende para as redes sociais, canais de internet e o metaverso.

A regra é a liberdade, mas não irrestrita. As raras ocasiões em que a liberdade de expressão é abusada, no entanto, exigem atenção redobrada. Nos tribunais brasileiros e na Corte Europeia de Direitos Humanos, entre as situações em que a manifestação não é admitida estão a divulgação de informações falsas - as famosas fake news, o discurso de ódio dirigido a certo grupos, o qual se desdobra em xenofobia, racismo e intolerância religiosa, e o ataque a instituições que comprometa a democracia.

Vale lembrar que o direito à crítica, e até mesmo à sátira, é valorizado, porém, observa-se as intenções e finalidades da mensagem, que mesmo embalada como humor, deve respeitar direitos fundamentais. A Corte Europeia de Direitos Humanos, ao julgar o Caso Dieudonné, ressaltou que a apresentação desse suposto artista “desviava a finalidade da liberdade de expressão, para fazer prevalecer fins contrários ao texto e ao espírito da Convenção e que, se admitidos, contribuiriam para a destruição dos direitos e liberdades garantidos pela Convenção”. É isso que se constata no discurso de Monark ao defender a viabilidade de um partido nazista.

A fala no programa do YouTube, em que se levantou a possibilidade de um partido nazista no Brasil, ofende não apenas a memória de cerca de milhões de vítimas do Holocausto, dos sobreviventes, mas também a essência da Constituição brasileira e dos direitos fundamentais. A crítica é da essência da democracia, mas não o discurso em prol de sua destruição, da discriminação ou da morte de pessoas. Liberdade de opinião não é, e nunca pode ser, apologia à crueldade, à dor e à morte.

 

 

Gabriel Schulman - doutor em Direito pela UERJ e professor do mestrado em Direito da Universidade Positivo (UP).

 

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