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sábado, 5 de fevereiro de 2022

O impacto positivo dos biossimilares nas terapias oncológicas

O desenvolvimento de medicamentos biossimilares tem sido uma solução inovadora na área da saúde, uma vez que vêm oferecendo novas opções de tratamento para os pacientes. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro biossimilar em junho de 2015. Atualmente, essa terapia pode ser utilizada para diversas doenças, inclusive para o tratamento de diferentes tipos de câncer, e traz perspectivas positivas para esses pacientes, ainda mais quando falamos do Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado em 4 de fevereiro. 

A data representa grande importância, considerando que o câncer é a segunda causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as prospecções não são muitos positivas e a estimativa para 2022 é de 625 mil novos casos. Além disso, um estudo da The Economist Intelligence Unit (EIU), publicado em 2020, prevê que nos próximos dez anos, o País registre um crescimento de 42% nos casos de câncer. 

Exatamente por estes motivos, os biossimilares se fazem tão importantes neste momento. São produtos biológicos com custo menor do que os fármacos “tradicionais” (ditos referência), e com segurança e eficácia cientificamente comprovadas. Para seu desenvolvimento e liberação, são considerados dois pontos fundamentais: a qualidade do medicamento, que tem de ser rigorosamente atestada por meio de extensivos estudos de comparação avaliando aspectos clínicos e não clínicos, e a questão econômica. 

Desta forma, esses medicamentos ampliam as opções para os clínicos, financiadores e sistemas de saúde de modo geral, mas mantendo a qualidade do tratamento. Sendo assim, os biossimilares contribuem para ampliar o acesso aos tratamentos oncológicos no Brasil, aportando novas e avançadas tecnologias para as terapias. 

Um exemplo é o tratamento de câncer de mama no Brasil, que vem utilizando biossimilares em combinação com a quimioterapia. O câncer de mama HER2 positivo é responsável por até 20% dos casos deste tipo de neoplasia no País, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Este subtipo de câncer de mama, tem por característica crescer e se disseminar muito rapidamente. Portanto, as terapias com fármacos contra a proteína HER2 (terapias-alvo) para este tipo de tumor revolucionaram o combate à doença, tanto no estágio inicial quanto nos metastáticos. 

O medicamento biológico trastuzumabe tem sido a base deste tratamento nas chamadas terapias conjugadas. No entanto, associá-lo a um segundo anticorpo monoclonal -- ou seja, remédios precisos, de origem biológica e criados para combater de câncer a doenças autoimunes -- numa estratégia conhecida como duplo bloqueio, melhora significativamente os resultados, conforme comprovam os estudos científicos. Como é o caso do Herzuma, droga aprovada pela Anvisa em 2019, e que pode ser indicada em diferentes fases da doença, inclusive após cirurgia, quimioterapia e radioterapia, ou em conjunto com esses tratamentos. 

Da mesma forma, o anticorpo monoclonal Bevacizumabe chegou ao mercado brasileiro em 2020 para o tratamento tanto do câncer de mama, quanto de diversas outras neoplasias, como pulmão, colorretal, células renais, ovários e colo de útero, sempre em terapias conjugadas, que inibem a multiplicação das células tumorais e “poupam” os tecidos saudáveis -- fatores essenciais para o sucesso do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes. 

Assim, oferecer tratamentos com custos menores, sem comprometer a segurança e a eficácia, é uma forma de aprimorar o uso de recursos financeiros na saúde, ampliando a disponibilidade dos medicamentos à população. Dessa forma, todos saem ganhando. As perspectivas são otimistas não somente na oncologia, mas em diferentes áreas da saúde, e considero os biossimilares o futuro-presente da indústria farmacêutica, que só tende a crescer. 

Além disso, vale ressaltar que os medicamentos acessíveis são essenciais, mas mais importante do que isso, é o olhar para si, sempre atento a prevenção. Por este motivo, neste Dia Mundial de Combate ao Câncer, não deixe de se questionar sobre os cuidados com si mesmo e, se ainda não o tiver feito, realize o “check-up” anual e a respectiva visita médica para mostrar seus exames e programar o seguimento de sua saúde. Cuide-se!


  
Dra. Maria Cristina Figueroa Magalhães - oncologista, professora da disciplina de Oncologia Clínica da PUC-PR e diretora científica da Associação Amigas da Mama (AAMA).


Especialista do CEJAM alerta para importância da mamografia na prevenção ao câncer de mama

Shutterstock
Dados do INCA estimam que, em 2021, cerca de 67 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença no Brasil 


Anualmente, durante o Outubro Rosa, há um grande engajamento acerca da prevenção ao câncer de mama. Apesar disso, a doença continua sendo a principal causa de morte específica por câncer entre as mulheres e a segunda dentre todas as causas de mortalidade feminina, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Dia Nacional da Mamografia, lembrado em 5 de fevereiro, o CEJAM -- Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” destaca a importância do exame para detectar, de forma precoce, possíveis alterações na mama. A mamografia tem a função de visualizar a região interna das mamas, ou seja, o tecido mamário.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que, no Brasil, cerca de 67 mil mulheres foram diagnosticadas coma doença em 2021. Conforme a mastologista Monique Valois, da Unidade Hospitalar Campo Limpo, administrada pelo CEJAM, a taxa de cura do câncer de mama pode chegar a 95%, quando a doença é diagnosticada precocemente. 

A mamografia é indicada a partir dos 40 anos para todas as mulheres, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) como exame de rotina.“Apesar de causar certa dor ou desconforto, já que a mama é colocada em um equipamento que promove sua compressão, o procedimento é simples e rápido”, explica a especialista. 

Existem ainda outros exames capazes de diagnosticar possíveis alterações mamárias, como ultrassonografia e ressonância magnética. Entretanto, a mamografia continua sendo o melhor método para a detecção precoce de um câncer, por exemplo.

 

Prevenção 

Dra. Monique afirma ser necessário que as mulheres tenham total conhecimento de seu corpo, para que percebam eventuais alterações nas mamas e procurem um especialista, se necessário. 

“Uma das melhores formas de verificar possíveis alterações é apalpando os seios, um gesto de autoconhecimento, que deve ser realizado de forma rotineira, durante o banho, a troca de roupa ou em frente ao espelho, independentemente da idade e sempre que a mulher se sentir confortável.”

A especialista explica que, ao contrário do que as pessoas imaginam, a finalidade principal da prática de apalpar os seios não é a detecção precoce do câncer de mama, até porque, quando a mulher nota uma lesão na mama, esta já está com uma dimensão aumentada. 

“Quando o nódulo chega a uma dimensão em que pode ser apalpado, é sinal de que poderia ter sido diagnosticado precocemente, através de uma mamografia ou de outros exames de rotina”, destaca. 

Entre as alterações consideradas suspeitas estão nódulos endurecidos na mama ou nas axilas, vermelhidão, retrações ou alterações na textura da pele e secreções sanguinolentas do mamilo.


Tratamento 

O tratamento da doença é realizado de acordo com o tipo de câncer de mama, podendo variar conforme o tamanho do tumor, a região no qual está localizado e suas características. 

“Os tipos mais agressivos são diagnosticados em estágios mais avançados, normalmente com metástases em pulmão, cérebro, fígado e ossos, podendo levar à morte”, alerta a mastologista. 

Cirurgias, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia são algumas das opções de tratamentos que também estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Dra. Monique afirma que as mulheres devem se colocar como prioridade e procurar o serviço de saúde anualmente para a realização dos exames de rotina, independentemente do histórico na família. 

“Caso surja alguma lesão na mama, não é necessário ter medo. Existe muita vida após o diagnóstico de câncer de mama, e os profissionais de saúde estão disponíveis para ajudar em todas as fases do tratamento”, finaliza a médica.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Mamografia: especialista alerta sobre importância de homens também realizarem o exame

Neste sábado, 5, se comemora o Dia Nacional da Mamografia, conscientizando sobre a importância da realização deste exame para detectar rapidamente o câncer de mama. Apesar de mais comuns em mulheres, cerca de 1% dos casos de morte por esta doença acomete os homens. 

Conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registrados naquele ano 18.295 mortes por câncer de mama, com 18.068 casos em mulheres e 227 em homens. 

A mastologista Flávia França aponta que, apesar de não existir protocolo de rastreamento de câncer de mama pela mamografia para os homens, é importante que estes procurem um profissional caso percebam alguns sintomas na região da mama. 

“Os homens podem e devem realizar a mamografia caso tenha algum sintoma mamário, como nódulos palpáveis, saída de secreção pela papila mamária ou lesões na pele da mama, papila ou aréola”, alerta Flávia, que também é professora da Medicina UniFTC. 

Além da mamografia, a especialista também destaca outros exames que tanto homens quanto mulheres devem realizar junto a mamografia, para uma maior eficiência na detecção do câncer, principalmente se alguma alteração for identificada. “Pode ser necessário complementar o exame com ultrassonografia mamária ou com biópsias de mama. É importante a avaliação do exame pelo mastologista”. 

Além disso, a mastologista Flávia França acrescenta a importância da mamografia no diagnóstico precoce da doença, ajudando que o paciente passe por cirurgias menos invasivas e com maior possibilidade de cura.

 

Causadores do câncer de mama 

Diversos fatores podem aumentar o risco do aparecimento do câncer de mama, sendo eles externos, hormonais ou genéticos. Segundo levantamento realizado pelo Inca, os fatores externos mais comuns são obesidade e sobrepeso, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc) e tabagismo. 

Já os fatores hormonais capazes de aumentar o risco da doença são ter a primeira menstruação antes de 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona), ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos. 

Por último, o Inca lista fatores genéticos capazes de causar ou agravar o câncer de mama, sendo eles: história familiar de câncer de ovário, casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos e história familiar de câncer de mama em homens.


Reflexos das brincadeiras e atividades ao ar livre na aprendizagem


Sabemos que a criança brinca desde cedo e o brincar envolve múltiplas aprendizagens. O tempo integral de brincar é na educação infantil; à medida que as crianças crescem, as brincadeiras neste teor de ludicidade se modificam e diminuem. 

Brincar é uma atividade humana criadora, na qual a imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de ação, assim como de novas formas de construir relações sociais com outras crianças e adultos. Desta forma, a criança reinterpreta o mundo e produz novos significados, saberes e práticas. 

Brincar fora da sala de aula desenvolve habilidades de correr, pular, subir, expressar-se e comunicar-se com o outro, interagindo, participando, cooperando, representando, argumentando, negociando e apropriando-se de muitas descobertas, como: bichinhos do jardim, diferentes tipos de folhas, pintura, piquenique, cuidados com a horta, contação de histórias, caminhada, pendurar roupas, abrindo lugar para curiosidade. 

Tanto Piaget como Vygotsky nos mostram a importância do jogo simbólico e das brincadeiras na infância, na construção da personalidade e na interação do cognitivo e afetivo. 

Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa e Vygotsky (1978) define o brinquedo como algo que preenche as necessidades da criança, o que significa entendê-lo como algo que motiva para a ação. 

O professor estabelece pontes de oportunidades de observar, falar, analisar expressões e gestos, registrar as hipóteses com anotações significativas, escuta e vê capas que representam super-heróis, bonecas como filhinhas, conduzindo o grupo com estratégias que estimulem atividades criativas e psicomotoras. 

Antes mesmo da pandemia, a Educação Infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré sempre primou por atividades fora da sala de aula. Somos privilegiados pelo espaço e área verde do nosso Colégio, o que possibilita a interação e vivências com a natureza de forma direta. 

Desenvolvemos um currículo apropriado para Educação Infantil, pautado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) com fundamentos nos campos de experiências e princípios que compreende que a criança seja atendida nos seus direitos de aprendizagem: participar, explorar, brincar, expressar, conhecer-se e conviver. 

É importante que a escola e a família estejam sempre estimulando as crianças com brincadeiras ao ar livre, oferecendo propostas de atividades como: plantar, correr, caminhar, andar de bicicleta, pular corda, caça aos bichinhos com lupa, criando desafios, respeitando o tempo da criança e estimulando o contato e zelo pelo meio ambiente, auxiliando na saúde mental, emocional e física, além de favorecer na relação pais e filhos.


 Ivoneide Ribeiro Martin - Orientadora Pedagógica e Educacional do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré.


Petróleo a US$ 90 é apenas o começo


O petróleo Brent tocou US$ 90 por barril esta semana pela primeira vez em anos.

 

Este último salto foi atribuído às tensões em torno da Ucrânia, mas esta é a razão mais transitória para os aumentos do preço do petróleo. As razões maiores têm a ver com fundamentos. E US$ 90 por barril de Brent pode ser apenas o começo. Muito tem sido escrito recentemente sobre a capacidade ociosa da OPEP e as perspectivas não muito otimistas para ela. Essa capacidade ociosa está em declínio por vários motivos, mas o principal deles parece ser o subinvestimento. Como resultado, o JP Morgan no início deste mês alertou que o Brent poderia subir para US$ 125 por barril, já que a capacidade de produção sobressalente da Opep cai para 4% da capacidade total até o quarto trimestre de 2022.

A Agência Internacional de Energia foi ainda mais longe, alertando que a capacidade ociosa da Opep pode cair pela metade para apenas 2,6 milhões de bpd no segundo semestre do ano. A agência continuou dizendo que "se a demanda continuar crescendo fortemente ou a oferta decepcionar, o baixo nível de estoques e a redução da capacidade ociosa significam que os mercados de petróleo podem enfrentar outro ano volátil em 2022".

Não é apenas a OPEP, no entanto. O maior produtor de petróleo não-OPEP – e maior produtor de petróleo globalmente, os EUA – está bombeando menos do que pode. A pressão dos acionistas sobre as principais empresas petrolíferas nos Estados Unidos aumentou, assim como a insistência de que as empresas se concentrem em tornar suas operações mais verdes em vez de buscar mais petróleo e gás para extrair. Como resultado, os EUA estão bombeando menos petróleo do que poderiam e, muitos argumentariam, deveriam.

Como resultado, o cenário parece pronto para outro ano caro no petróleo, que coincide com um ano caro no geral, à medida que os bancos centrais começam a apertar as políticas monetárias em resposta à inflação teimosa que, como as previsões de demanda de petróleo da AIE desde os primeiros dias do pandemia, provou estar longe da falha transitória que o Fed disse que era no ano passado.

"O mercado de petróleo está caminhando para estoques simultaneamente baixos, baixa capacidade ociosa e ainda baixo investimento", escreveram analistas do Morgan Stanley em nota citada pelo Wall Street Journal nesta semana, resumindo a situação muito bem. Nesse cenário, US$ 90 por barril de Brent pode ser apenas o começo.

De fato, o consenso de Wall Street parece ser que o Brent chegará a US$ 100 até o verão por causa de todas as razões listadas pelo Morgan Stanley e também porque os custos de equilíbrio também estão aumentando, graças às tendências de inflação e escassez de mão de obra, pelo menos nos Estados Unidos. No entanto, o maior impulsionador dos preços continuará sendo a demanda física.

A Agência Internacional de Energia admitiu que a demanda física de petróleo provou ser mais forte do que o esperado anteriormente em seu último Relatório do Mercado de Petróleo. Com base nessa surpreendente reviravolta, a AIE revisou sua previsão de demanda de petróleo para 2022 em 200.000 bpd. E com base em seu histórico, pode muito bem acontecer que mais uma vez subestimou a robustez da demanda. Mesmo com essa estimativa, a demanda por petróleo não apenas retornará aos níveis pré-pandemia, mas os ultrapassará, atingindo 99,7 milhões de bpd até o final do ano.

Em tal situação, os preços mais altos do petróleo são quase certos, pois há muito pouco – exceto outra rodada de bloqueios que é altamente improvável. A questão, então, é quão alto o petróleo pode subir antes de começar a cair?

A resposta é complicada. As empresas petrolíferas dos EUA ainda estão em dívida com seus acionistas, que parecem estar levando a sério as previsões de que o petróleo não tem futuro a longo prazo. Elas têm espaço limitado para fazer o que querem. As empresas estarão perfurando à medida que o WTI continua subindo. E a OPEP também estará perfurando, mas pode optar por manter os controles sobre a produção em vez de mudar para "bombear à vontade", principalmente porque apenas alguns membros da OPEP realmente têm a capacidade de bombear à vontade.

Preços excessivamente altos tendem a desestimular o consumo, independentemente da mercadoria cujos preços estão ficando excessivamente altos. No entanto, há uma ressalva, e é que a commodity deve ter uma alternativa viável para desestimular o consumo quando os preços sobem muito. A julgar pelo pesadelo do outono e inverno da Europa deste ano, as alternativas aos combustíveis fósseis ainda não estão à altura. Isso basicamente significa que o impacto dos altos preços do petróleo na demanda será lento para se manifestar e lento para empurrar os preços para baixo.

Onde isso deixa o mundo? A resposta curta é "Não em um bom lugar." Os preços mais altos do petróleo elevarão os preços de todo o resto, e essa é a última coisa que você deseja - se você é um governo - quando já está lutando contra a inflação. Pode muito bem ser que a pandemia termine definitivamente este ano, mas as consequências reais dela podem estar apenas começando a aparecer.


Irina SlavLido 

https://aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/7413-petroleo-a-us-90-e-apenas-o-comeco

 

Fonte: https://oilprice.com/Energy/Oil-Prices/90-Oil-Is-Only-The-Beginning.html


Justiça Federal suspende consulta pública marcada para o dia 7 de fevereiro sobre desestatização do Porto de São Sebastião

 Para magistrado, é necessária atuação diligente de órgãos federais, estudos ambientais, bem como oferta dos dados ao público interessado 

 

O juiz federal Gustavo Catunda Mendes, da 1ª Vara Federal de Caraguatatuba/SP, suspendeu a consulta pública que estava prevista para ocorrer na próxima segunda-feira, dia 7 de fevereiro, acerca do projeto de desestatização do Porto de São Sebastião/SP. A decisão foi proferida hoje (4/2) em ação movida por entidades que representam a mão de obra portuária. 

Os autores apontaram precariedade e inércia do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no cumprimento das condições mínimas e atendimento às cautelas necessárias para a realização da consulta. Além disso, alegaram reflexos importantes na comunidade local, o que justifica as preocupações dos trabalhadores portuários e seu órgão de representação, notadamente o Sindicato dos Estivadores de São Sebastião. 

Também destacaram que houve irregularidade no procedimento administrativo adotado pelo Poder Executivo e descumprimento da decisão proferida pela Antaq que, em resumo, determinou ajustes na documentação da “conta vinculada” existente para percepção de valores destinados à modernização do Porto de São Sebastião, imprescindível para a comunidade local, para que posteriormente fosse agendada a consulta pública. 

Em sua decisão, Gustavo Catunda Mendes lembrou que o deferimento da tutela de urgência está condicionado ao preenchimento de dois requisitos: a probabilidade do direito invocado (fumus boni iuris) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). “No presente caso, neste juízo de cognição sumária, está consubstanciada a probabilidade do direito invocado”. 

O juiz ressaltou que, conforme alegado pelos autores, é necessária uma atuação diligente dos órgãos federais envolvidos no processo para que haja uma consulta pública satisfatória, com as devidas cautelas e informações técnicas, inclusive acerca da mencionada conta vinculada, planos de carga e estudos ambientais, bem como oferta dos dados ao público interessado. 

“A segurança jurídica, bem como a prudência e a cautela necessárias recomendam que, previamente à efetiva realização da consulta pública, seja oportunizado o exercício do contraditório e ampla defesa através da prestação de informações técnicas pelo Ministério da Infraestrutura e Antaq, sobretudo acerca do pleno atendimento às ressalvas e prévios ajustes nas documentações referentes à exclusão da denominada conta vinculada e demais requisitos suscitados pelos autores”, afirmou Gustavo Catunda Mendes. 

Quanto ao requisito de dano irreparável ou de difícil reparação, o juiz entendeu que também restou demonstrado no processo. “Os trâmites de ordem administrativa e técnica, seja o pleno acesso pelo público em geral, mão de obra portuária e entes interessados às minutas e documentos técnicos, bem como participação através de contribuições, subsídios e sugestões, devem ocorrer com antecedência segura e razoável perante os órgãos do Poder Executivo Federal”. 

Para o magistrado, as cautelas de ajustes prévios na documentação e observância de prazo razoável para a realização da consulta pública, bem como sua devida publicidade, não ocorreram. “Houve publicação do acórdão da Antaq e aviso de audiência em 16 e 17/12/2021, ou seja, às vésperas do início do recesso e férias coletivas de instituições e entidades públicas e privadas, ao apagar das luzes da virada de ano em plena pandemia da Covid-19 e há pouco mais de 30 dias antecedentes à realização da consulta pública definida para ocorrer em 7/2/2022”. 

Além disso, ao analisar a Deliberação Antaq nº 18, de 28/1/22, Gustavo Catunda Mendes concluiu que houve “grave limitação de tempo” para a realização da audiência (apenas 3 horas), bem como para inscrições de interessados em fazer manifestação (das 9 às 14 horas do dia 7 de fevereiro de 2022), “o que gera sérios riscos de se atender muito mais à formalidade de sua realização, do que ao cumprimento efetivo de seu propósito de ser um ambiente aberto de debates, esclarecimento de dúvidas e apresentação de proposições relacionadas à relevante desestatização do Porto de São Sebastião”. 

Por fim, o magistrado acolheu o pedido dos autores e suspendeu a consulta pública. Determinou, ainda, que a União Federal dê continuidade “de forma efetiva, pública e aberta a todos interessados dos objetivos de obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento dos documentos técnicos e jurídicos, bem como dar acesso às minutas jurídicas e documentos técnicos, através dos canais eletrônicos disponibilizados pelo Ministério da Infraestrutura e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), por prazo indeterminado e até ulterior ordem deste juízo federal, sob devida advertência dos ônus legais em caso de eventual descumprimento, inclusive improbidade administrativa e crime de desobediência dos agentes responsáveis”. (RAN) 


Ação nº 5000016-97.2022.4.03.6135 - acesse a íntegra da decisão aqui 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3 


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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

No Dia Mundial do Câncer, saiba o que fazer para evitá-lo e conheça as terapias que estão revolucionando o combate à doença

O câncer ainda é uma doença marcada pelo preconceito, e boa parte disso acontece por conta da desinformação. Mas, hoje, além das abordagens tradicionais, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, já há existem tratamentos inovadores, como a terapia-alvo e a imunoterapia. Ambas são capazes de oferecer muita eficácia e menos efeitos colaterais. Com as novas tecnologias, a sobrevida cresceu significativamente. E as chances de cura total, principalmente quando há diagnósticos precoces, não param de aumentar. Isso não quer dizer, no entanto, que devemos nos descuidar. “Os hábitos têm um papel importante no surgimento de diversos tipos de câncer. É preciso ter uma alimentação saudável, com ingestão de legumes, frutas e verduras, pouca carne e zero embutidos. Não fumar, evitar a obesidade e bebidas alcóolicas em excesso são atitudes que também ajudam na prevenção”, diz o médico Frederico Muller, chefe do Setor de Oncologia do Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. 

Ao contrário do que muita gente pensa, diz ele, a hereditariedade não é responsável pela maior parte dos cânceres. “Ela provoca apenas de 5 a 9% dos casos. O restante é decorrente do estilo de vida”, diz o oncologista, que, no Dia Mundial do Câncer, celebrado neste dia 4 de fevereiro, tira algumas das principais dúvidas sobre o assunto. Confira:
 

1) diagnóstico de câncer ainda assusta muitos pacientes. Há alguma forma de prevenção eficaz?

A boa alimentação e a prática de exercícios físicos com regularidade são fundamentais, mas muita gente ainda ignora a importância destes hábitos. Em 2017, uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostrou que 32,2% dos entrevistados em São Paulo não consideravam que a alimentação inadequada poderia causar câncer. Essa concepção precisa mudar.

O câncer de pele, que é muito prevalente, também pode ser evitado com algumas medidas simples, como uso de protetor solar e boné e a redução do tempo de exposição ao sol. Além disso, é necessário não descuidar dos exames regulares. Durante a pandemia, muitos pacientes deixaram de lado as visitas ao médico, e o resultado é que, no retorno aos consultórios, tumores que poderiam ter sido tratados precocemente, já estavam mais avançados.

Por isso, é fundamental fazer, entre outros, o PapaNicolau, que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de colo de útero. Outra providência para as mulheres é agendar mamografia e, no casos dos homens, não deixar de consultar o urologista.
 

2) Quais os tipos de câncer mais comuns no Brasil?

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2022 devem ser diagnosticados cerca de 625 mil novos casos da doença no Brasil. Os com maior incidência são os de pele, mama, próstata, cólon e reto e pulmão. 

O câncer de próstata, por exemplo, deve atingir 65.840 homens. O preconceito e a desinformação acabam afastando muitos pacientes do exame de toque, que é fundamental para o urologista identificar o tamanho do órgão, sua textura e até mesmo a presença de nódulos.  

No caso dos cânceres de pele e de mamas, o auto-exame é um aliado importante. Nódulos nos seios, secreção, aspecto de casca de laranja são alguns dos sinais de alerta.  

Nas doenças de pele, deve-se observar pintas que mudam de formato, que são assimétricas, que crescem de uma hora para outra. A “regra do ABCDE” pode ajudar a identificar lesões que precisem ser avaliadas por um médico: O ‘a' se refere à assimetria, o ‘b' mostra a importância de se observar as bordas, que não podem estar irregulares”, o 'c' é um indicativo de cor, quanto mais tonalidades numa mancha, pior. Já o 'd' é de diâmetro, e sugere que novas pintas com mais de 5 mm sejam examinadas. E, por último, a letra 'e' é de evolução. O paciente precisa saber se aquela pinta que sempre teve, mudou de aparência.  

Já o câncer de pulmão, que tem uma das mais altas taxas de letalidade, geralmente, não apresenta sintomas quando em estágio inicial. O maior cuidado que se pode ter para evitá-lo é não fumar, já que o tabagismo está associado a 85% dos casos.
 

 3) Quais as principais terapias hoje no combate ao câncer?  

Além da cirurgia, quimioterapia e radioterapia, hoje contamos com dois avanços importantes, a imunoterapia e a terapia-alvo. A primeira é um tratamento que induz o combate das células cancerígenas pelo próprio sistema imunológico do organismo. Os medicamentos estimulam a atuação dos linfócitos (nossos “soldados”), fazendo com que eles reconheçam o tumor como um corpo estranho e comecem a atacá-lo. Ela representa hoje uma revolução no tratamento porque, nos casos em que é eficaz, traz respostas duradouras do organismo no combate à doença. Além disso, apresenta menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Os pacientes tratados com o método em geral não apresentam queda de cabelo, náuseas, vômitos e a fraqueza característica após os tratamentos quimioterápicos. Mas podem evoluir para efeitos relacionados a autoimunidade, como hepatite ou hipotireoidismo. 

Já as terapias-alvo atuam em mutações genéticas específicas que ajudam um tumor a crescer e a se multiplicar. Elas podem agir de maneiras diferentes: bloqueando ou desligando os sinais que indicam para as células cancerosas que elas devem se dividir, impedindo sua sobrevivência ou até mesmo depositando substâncias letais dentro das células cancerosas. A terapia-alvo é desenvolvida de forma individual e tem dado respostas muito boas.


4 DE FEVEREIRO - DIA MUNDIAL DO CÂNCER

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional contra o Câncer - UICC - para conscientização sobre a doença, redução de mortes e diminuição do seu estigma.


"Antes da pandemia do COVID-19, câncer era a doença com o maior número de estudos publicados no mundo. Agora devemos alertar a população sobre a importância dos exames, cuidados e tratamentos. Isso porque quanto maior o estadiamento do câncer, menores são as chances de cura", diz Prof. Dr. José Carlos Sadalla, cirurgião especializado em câncer ginecológico.


Esse dia, que possui centenas de eventos ao redor do mundo, precisa ser lembrado no Brasil, devido ao aumento de pacientes com a nova variante da pandemia. "Os consultórios, hospitais e laboratórios seguem os protocolos de segurança. Não atrasem seus exames e consultas. Prestar atenção na sua saúde é fundamental!", finaliza o médico.

 

Clínica Sadalla

Av. Ibirapuera, 2907, Cj 720, tel. 11 9.4241.4896.  


Os 5 maiores mitos sobre amamentação

O processo e a experiência da amamentação é um mistério para muitos. Com mensagens confusas na Internet e na mídia, há muita informação disponível e muitas das informações podem ser confusas para as novas mamães. 

Por isso, seguir fontes confiáveis de informação, conversar com um ginecologista, obstetra ou pediatra, é sempre a melhor forma de fazer a amamentação de forma correta e benéfica para o bebê. 

Dra. Erica Mantelli, separou os 5 dos maiores mitos sobre a amamentação. Confira e tire suas dúvidas!

 

1. O leite é fraco em algumas mulheres.

Mito. Após o parto, a mulher começa a produzir um leite adequado para beneficiar o bebê. No primeiro momento, o leite é mais claro porque tem a função de hidratar e saciar a sede. 

Em seguida, torna-se mais encorpado, por conta da quantidade de gordura, que serve para alimentar o bebê. 

Para oferecer um leite nutritivo, basta se alimentar e se hidratar adequadamente, seguindo as orientações do médico.

 

2. Amamentação é um processo doloroso

Mito. Podem acontecer problemas como rachadura no mamilo e dor, porém, eles não aparecem se a pega for ideal. 

Ou seja, nos casos em que exista desconforto na hora da mamada, é importante procurar o ginecologista e verificar se não há sinais de mastite (infecção).

 

3. Silicone interfere no leite materno

Mito. O implante não atrapalha a produção de leite. É fundamental procurar um cirurgião plástico de confiança para que a cirurgia não afete a glândula mamária.

Mas quando a cirurgia é bem realizada, não há qualquer interferência na produção de leite e inclusive a amamentação pode ser feita de forma tranquila e natural.

 

4. O leite materno não pode ser congelado

Mito. Aliás, o leite pode ser conservado por até 12 horas na geladeira e congelado por 15 dias em recipiente esterilizado. 

Para isso, ele deve ser retirado e guardado imediatamente no congelador ou freezer.

 

5. Receitas para aumentar a produção de leite

Mito! Tomar chá de folha de alface para engrossar o leite, comer canjica, tomar canja de galinha, beber leite de vaca e cerveja preta aumenta a produção de leite. 

Então, tudo isso é mito, o que realmente aumenta a produção do leite é o ato de amamentar.

Agora o emocional da mãe e a dieta restritiva, podem atrapalhar a produção do leite materno. 

Então a mulher deve se atentar a esses problemas para não causar problemas maiores na amamentação. 

A saber, ao longo do processo das mamadas o leite mais rico em gorduras, proteínas e sais minerais vai chegar.

De acordo com a Dra. Erica Mantelli, beber água, manter atividades físicas regulares e uma boa alimentação também são hábitos favoráveis à produção de leite. Chás de erva-doce e funcho podem auxiliar nesse processo, enquanto bebidas ricas em cafeína e chás diuréticos afetam negativamente.

"Mas se as dúvidas persistirem, converse com seu médico. Assim, ele pode te passar a orientação necessária para seguir a amamentação o seu bebê com mais tranquilidade" finaliza a ginecologista e obstetra. 

 

Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Elsever Institute).


Associação promove ação sobre educação menstrual em SP

O Projeto T.P.M! – Transformando o Período Menstrual! vai promover neste sábado (5), a partir das 9h, a ação “Conversa sem Tabu”, no “Autonomia em Foco”, um programa de assistência e desenvolvimento social da Prefeitura de São Paulo, localizado no bairro da Liberdade, região central da cidade, que atende 150 pessoas, entre famílias, crianças e solteiros.

 
Serão distribuídos kits de higiene básica e menstrual em ecobags personalizadas, contendo absorventes, sabonetes, lenços umedecidos, rolos de papel higiênico, creme dental, escovas de dente, camisinha feminina, camisinha masculina, bloco de anotações, caneta, batom e bombom.

Gabriela Aguiar, uma das fundadoras do TPM!, explica que o objetivo da iniciativa é levar educação menstrual e sexual para mulheres em idade fértil. “A ‘Conversa sem Tabu’ é uma ação desenvolvida dentro do projeto T.P.M! que tem como objetivo levar informação e educação menstrual e sexual através de rodas de conversas com profissionais da área da saúde (estudantes de medicina, médicas e psicóloga). Atenderemos nesta ação em torno de 50 pessoas que menstruam em idade reprodutiva”, diz.

Além de Aguiar, a equipe T.P.M! também é formada por: Beatriz Garcia (co-fundadora), Victória Franco, Rafaella Almeida, Ellen Araujo, Claudia Garcia e Soraia Damião. A ação deste sábado também contará com a presença da médica convidada Larissa Bonvicini.



Sobre o Projeto TPM!

O Projeto T.P.M! – Transformando o Período Menstrual! é uma associação sem fins lucrativos, de natureza social e assistencial. Seu objetivo é levar dignidade, educação, carinho e saúde para quem menstrua e encontra-se em situação de vulnerabilidade. As ações consistem na entrega de produtos de higiene básica e menstrual, com o cuidado e atenção a cada necessidade apresentada.

Além das doações, o projeto também visa conscientizar sobre o tema aqueles que menstruam. Hoje, o projeto entende o perfil dos atendimentos e pensa especificamente no kit entregue. De modo geral, são distribuídos absorventes, sabonetes e papel higiênico – pensando em todas as necessidades que uma pessoa possui em seu período menstrual.


Câncer intraocular infantil: a importância do diagnóstico precoce

Conheça os principais sintomas do câncer em crianças e adolescentes

 

Raros, assintomáticos e perigosos são características dos quatro tipos de cânceres intraoculares mais frequentes em adultos e crianças. Nesta semana, o Brasil se solidarizou o caso de uma bebê de 1 anos e 3 meses, filha do apresentador Tiago Leifert e Diana Garbin, diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de tumor raro nos olhos. Mas você sabe quais são os cânceres mais comuns na infância? A oncologista pediátrica Dra, Carmem Fiori, membro da Comissão Médica do Instituto Ronald McDonald, listou os cânceres mais comuns e destaca a importância do diagnóstico precoce para o aumento das chances de cura da doença.

 “A cura do câncer infantojuvenil tem aumentado nos últimos 30 anos, e um dos fatores é o diagnóstico precoce. Vemos que o diagnóstico tem muito impacto no tratamento, basta pensar se a criança chega com uma fase avançada da doença ou inicial. Por isso o diagnóstico precoce é fundamental para o aumento das chances de cura”, alerta a Dra. Carmem Fiori, oncologista pediátrica e membro da Comissão Científica do Instituto Ronald McDonald.

Atualmente, no Brasil, segundo pesquisa do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, a chance média de cura de crianças e jovens com câncer é de 64%. Mas as chances de sobrevida variam de acordo com cada região. Os índices mais elevados, por exemplo, estão no sul e sudeste, com 75% e 70% respectivamente. Já no centro-oeste, nordeste e norte, as taxas são de 65%, 60% e 50%. Ainda segundo dados do Inca, o câncer é a doença que mais mata na faixa etária de 1 a 19 anos no país.


O impacto no cenário da oncologia pediátrica

O câncer é uma doença que não espera e o tratamento não pode parar. Dra. Carmem Fiori reforça a importância da atenção e contato pediátrico para análise e direcionamento para a avaliação especializada. “Esse é o fluxo, não precisa fugir. O medo do diagnóstico do câncer é muito sério, mas não podemos ter medo! Temos que ter o desejo pelo diagnóstico precoce. Precisamos divulgar as informações importantes para que esse reconhecimento seja feito de forma mais preventiva e que as chances de cura sejam maiores. ”, afirma a Dra. Carmem.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que anualmente surjam cerca de 403 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes, e que a cada três minutos uma criança morre vitimada pela doença.

“No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. Por isso, atuamos fortemente para levar conhecimentos sobre os sinais e sintomas da doença nos quatro cantos do país”, reforça Francisco Neves, Superintendente Institucional do Instituto Ronald McDonald, instituição sem fins lucrativos presente há mais de 22 anos no Brasil.

A organização, eleita pelo 5º ano consecutivo como uma das 100 Melhores ONGs do Brasil (Instituto Doar), investe em programas e projetos para promover a saúde e qualidade de vida de crianças e jovens e aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil, como o Programa Diagnóstico Precoce, de forma a ampliar a identificação precoce da doença em todo o país.


Diagnóstico precoce salva vidas

O Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil busca promover a identificação precoce da doença por meio de capacitações de profissionais, além de estudantes de medicina e enfermagem, disseminando conhecimento sobre os sinais e sintomas da doença. Em 14 anos de programa, mais de 27 mil profissionais de saúde e estudantes já foram capacitados, impactando mais de 10 milhões de crianças e adolescentes. Desde 2020, o Programa também conta com uma metodologia em um formato totalmente digital.

“Além de propiciar saúde e qualidade de vida para crianças e jovens, trabalhamos diariamente com foco em aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil aos mesmos patamares dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que podem chegar a 80% de chances de cura”, explica Francisco Neves. Para saber mais sobre o Programa Diagnóstico Precoce do Instituto, clique aqui!


Alguns sintomas de alerta:

A doença que mais atinge a criança é a leucemia (25%), o câncer do sangue -- então o alerta principal deve ser a palidez da criança. Muitas vezes a palidez vem acompanhada da fraqueza (sem energia para brincar, dores nas pernas, manchas roxas, entre outras). Além disso, a febre deve ser sempre um sintoma de alerta, sendo ela aquela que continue durante 3 ou 4 dias. O hemograma, exame presente em qualquer posto de saúde, deve ser sempre lembrado e pedido. O diagnóstico precoce nas leucemias vem através das alterações das crianças e do hemograma. O mais importante é tentar descobrir com essas pequenas alterações.

A segunda doença mais frequente é o tumor da cabeça, do sistema nervoso central (13%). Ele pode existir em qualquer faixa etária. A médica chama atenção para o acompanhamento do perímetro cefálico -- a medida da cabeça, o peso, entre outros -- para crianças pequenas. Crianças maiores devem sempre olhar as dores de cabeça, com atenção para as que pioram a noite. Outro ponto é que esses tumores acabam afetando o olhar da criança, como ficando vesgas, viradas de olhar - muitas vezes o diagnóstico vem como torcicolo.

Outro tumor são os linfomas -- as ínguas (13%) -- muito comum na criança. A íngua é considerada anormal quando continua crescendo acima de 2,5 cm, considerado um caroço. Essas ínguas se espalham muito rápido - metástase-, então o tumor, quanto mais cedo localizado, melhor.

Tumor ósseo (6%) -- mais frequente no adolescente (grupo infantojuvenil) -- o tumor pode surgir em qualquer osso, mas os mais frequentes são os do braço, perna e coxa - ossos longos. O início é uma dor leve, muito sutil, mas que começa a preocupar o adolescente. Dor localizada em qualquer parte do osso deve ser motivo de atenção -- a forma de detectar é o raio-x.

Existem tumores mais raros (renal, germinativo, retinoblastoma - caso filha do Tiago) -- cada um tem suas características para identificar. Aumento de bolinhas, por exemplo, precisam ser levados a sério e ao médico -- ecografia ajuda nesses casos.

Tumor renal -- aparecimento de caroço na barriga, xixi vermelho com sangue.

Neuroblastoma -- tumor é muito caracterizado por mancha roxa ao redor do olho.

De uma maneira geral, são essas as características simples dos principais tumores das crianças e adolescentes. Mas atenção, os sinais descritos não significam que a criança ou o adolescente tem câncer, mas que precisa ser consultado por um oncologista pediatra para análise e monitoramento.

 

Instituto Ronald McDonald

https://institutoronald.org.br/


COMO A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PODE AJUDAR NO TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER.

Alguns especialistas e médicos costumam denominar o câncer como a doença da alma. O corpo é um reflexo das emoções, pensamentos e crenças de cada um. Quando algo não vai bem, o organismo encontra um meio de sinalizar que há um problema. As enfermidades são manifestações do inconsciente, que utiliza as doenças para indicar a existência de questões internas mal resolvidas. 

Do ponto de vista da Inteligência Emocional, o câncer se manifesta em regiões do corpo que guardam mágoas. Emoções em deficiência ou excesso, resistência às mudanças e padrões limitantes são alguns fatores que levam ao desequilíbrio emocional e podem estar associados a doenças. Madalena Feliciano acostumada a trabalhar com o ser humano como um todo ressalta que é muito importante que o paciente em tratamento entenda que, além de possíveis cirurgias e tratamentos com quimioterapia e radioterapia, é fundamental cuidar das emoções para lidar com a situação da melhor maneira possível.

O diagnóstico de câncer sempre impacta. Medos, incertezas e desconfortos físicos passam a ocupar lugar central na vida da pessoa. O sofrimento pode ir desde a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo ante o desconhecido, sendo considerado uma resposta natural da pessoa que vivencia a doença e seu tratamento, até reações mais intensas levando a um doenças psicológicas. 

Primeiro passo, segundo Madalena Feliciano, é conectar consigo mesmo: “ pessoas que conseguem acessar suas reações emocionais e aprender a lidar com o estresse, o medo e ansiedade que aparecem ao longo do processo de tratamento geralmente apresentam uma capacidade maior de resiliência, pois sabem olhar para esse momento da vida como uma oportunidade de rever valores e comportamentos.” ressalta Madalena.

Vale lembrar que esta doença se desenvolve devido a diversos fatores, sendo que um deles é o desequilíbrio emocional. Por esse motivo é importante investir no desenvolvimento da Inteligência Emocional para estabilizar todos os sentimentos que são aflorados durante o tratamento e obter uma melhor qualidade de vida. Usando a inteligência emocional o paciente vai desenvolver (se já não tem) a autoconsciência que se perceber. Depois de perceber o que a pessoa sente ela vai gerenciar e aprender a se adaptar a realidade, seja ela qual for. Outro ponto muito importante e que pouca gente sabe é aprender a perceber as pessoas.

perceber pelo verbal, pelo não verbal. “Tem pessoas que têm baixa percepção. Tem gente que não percebe se é hora ou não de falar, não consegue sentir se há feedback, falta tato.” isso é falta de inteligência emocional, segundo Madalena. Por último é gerenciar relacionamentos, a pessoa saber transitar bem em diferentes perfis, conseguir influenciar, ser agradável, se adaptar, é a chamada inteligência social. Conseguir usar todos os pilares da inteligência emocional, num momento difícil como enfrentar o câncer, ajuda muito o paciente.
 

FATORES EMOCIONAIS PODEM CONTRIBUIR PARA SURGIMENTO DO CÂNCER

Estresse e ansiedade, por exemplo, geram reações fisiológicas do corpo, e podem afetar diversos órgãos. No caso das mamas, os seios proporcionam troca de energia e, por isso, precisam de equilíbrio psicológico.

O dia 4 de fevereiro, dia mundial do câncer, é um momento perfeito para refletirmos sobre o quanto as emoções e sentimentos, podem prejudicar o enfrentamento dessa doença, e até a possibilidade de nos prevenirmos.

Por mais que seja uma doença assustadora, o câncer tem deixado de ser visto como um problema incurável que leva à morte. Existe uma série de tratamentos eficazes que apresentam resultados bastante satisfatórios. Foco na saúde mental e no uso da inteligência emocional.



Madalena Feliciano - Empresária, CEO de duas empresas, Outliers Careers e IPCoaching, consultora executiva de carreira e master coach internacional. Atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou administração com ênfase em Recursos Humanos. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Mater Coach - Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Dia Mundial Do Combate Ao Câncer: Saiba Mais Sobre Câncer Na Boca.

O câncer bucal pode se desenvolver em qualquer parte da boca. Os fatores de risco incluem uso de tabaco, consumo excessivo de álcool e infecção por papilomavírus humano (HPV).

Os sintomas incluem uma ferida não cicatrizada, um nódulo ou uma mancha branca ou vermelha na parte interna da boca. 

A cirurgiã dentista Dra. Bruna Conde explica que o câncer da boca é um tumor maligno que pode se desenvover nos lábios, amígdala,glândulas salivares, gengivas, bochechas, céu da boca, partes da garganta, língua (principalmente as bordas) e a região em baixo da língua. 

“O câncer de boca pode se manifestar sob a forma de feridas que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. Nas fases mais evoluídas, o câncer de boca provoca mau hálito, dificuldade em falar e engolir, caroço no pescoço e perda de peso.” ressalta a Dentista Antenada. 

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca, segundo a Dra. Bruna Conde, são o fumo e o álcool. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas em excesso têm maiores riscos de desenvolver o problema e o risco aumenta quanto maior for o consumo de cigarros e bebidas consumidos. 

A Dentista Antenada aponta também, que a falta de higiene bucal e a alimentação fraca em vitaminas e minerais, principalmente a vitamina C. “A exposição excessiva ao sol também aumenta o risco de desenvolver câncer de lábio” completa a Dra. Bruna Conde. 

É possível descobrir o câncer de boca logo no início, explica a Dentista Antenada, consultas regulares feitas por um profissional da saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de evoluirem para um quadro de câncer. “Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem precisam ficar ainda mais antenadas em regularizar suas consultas a um especialista odontológico para examinarem sua saúde bucal” completa a Dra. Bruna Conde. 

A Dentista Antenada traz algumas dicas para diminuir os riscos de desenvolver o câncer de boca, algumas delas incluem: Reduzir o consumo de fumo e de álcool, manter uma boa higiene bucal, mantenha uma alimentação contínua rica em frutas, verduras e legumes. Qualquer sinal ou sintoma que desconfie procure imediatamente o dentista. O check up odontológico pelo menos 2x ao ano é fundamental para prevenção de diversas doenças.

 

 Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


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