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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

MESMO COM NOVA VARIANTE, 42% DOS BRASILEIROS JÁ SE SENTEM CONFORTÁVEIS EM FICAR SEM MÁSCARA

É o que aponta o levantamento feito pela plataforma de monitoramento v-tracker, sobre o uso de máscaras em ambientes públicos

 

A confirmação de três casos da variante ômicron no dia 30 de novembro fez o comitê científico que orienta a gestão de João Dória (PSDB) adiar a flexibilização do uso de máscaras no Estado de São Paulo, desistindo de liberar o uso em ambientes ao ar livre, medida que estava prevista para entrar em vigor no dia 11 de dezembro.

Mas, não é todo mundo que ficou feliz com a decisão de manter as máscaras, inclusive em outros estados. É o que aponta os dados coletados na primeira semana de dezembro, com a ajuda de mil respostas para a seguinte pergunta:

"Imagine que não é mais obrigatório o uso de máscara em locais públicos a partir de hoje em todo o país: como você se sentiria ao sair de casa sem máscara? Se já tiver liberado na sua cidade, fale como você se sente hoje. Coloque 1 para NADA CONFORTÁVEL e 5 para SUPER CONFORTÁVEL."

Mesmo com o surgimento da variante ômicron, é maior o número de respondentes que responderam se sentir entre confortável e super confortável. De cada três brasileiros, um já se sente muito confortável para não utilizar as máscaras em ambientes públicos. Já os contrários a deixar de usar a máscara são a minoria: 25% dos entrevistados responderam que ficam "nada confortáveis" sem utilizar a medida não farmacológica.

Os dados também apontam que são as mulheres (41,9%) que se sentem mais desconfortáveis que os homens (32,1%) quando o assunto é sair sem máscara. Mas, mesmo com a diferença no desconforto, o número de mulheres e homens que já se sentem confortáveis para sair sem máscara é maior. Para os homens, chega a quase 50%.

Se olharmos os dados à partir da idade dos respondentes, enquantos mais da metade (55,2%) com 46 anos ou mais afirmam não estar confortáveis para sair sem máscara, o número de jovens desconfortáveis com em usar a máscara hoje, entre 18 e 25 anos, cai quase pela metade.


Agora, com um olhar por regiões do Brasil, a diferença de comportamento dos brasileiros quanto a máscara, mesmo sabendo da nova variante, é ainda maior.

Encontramos na Região Sudeste (principalmente São Paulo) a concentração de pessoas menos confortáveis para sair de casa sem a máscara. Já é na Região Sul que está a maioria que fica confortável sem as máscaras em ambientes públicos.


Segundo Gabriel Viragine, Diretor da plataforma v-tracker -
"O debate sobre o uso de máscaras em locais públicos evidencia a polarização da população brasileira em tópicos sociais e políticos ao mesmo tempo que consegue aflorar sentimentos conflitantes dentro das pessoas. Por um lado, a população está cansada da tensão que a pandemia trouxe sobre nossas vidas e a máscara passou a ser vista como uma alegoria dos anseios que as pessoas passaram e ainda estão passando."

É o que confirma a análise dos sentimentos nas falas dos respondentes. Com a ajuda de inteligência artificial e neurociência, foi possível visualizar nos dados o que o brasileiro sente ao falar do uso de máscara. Gabriel nos explica - "Os dois sentimentos mais citados foram relaxamento e medo, apontando uma dualidade e polarização muito clara nas opiniões".


CLASSES SOCIAIS: DIFERENÇA SÚTIL, MESMO ASSIM CONSIDERÁVEL

De um lado, os respondentes das classes A e B estão mais equilibrados em suas opiniões. Enquanto 42% não querem tirar as máscaras, 39% já se sentem confortáveis sem ela.

Já para as classes C, D e E a diferença é mais acentuada. 44% da população está confortável em não utilizar máscaras e apenas 1 em cada 3 respondentes destas classes não se sente confortável em sair de casa sem a sua máscara.


LOCAIS MAIS TEMIDOS PARA FICAR SEM MÁSCARA

De forma espontânea, os respondentes nos contaram quais são os principais locais que eles se sentem desconfortáveis em não utilizar máscaras.

Nossa ferramenta gerou uma nuvem de palavras que evidencia quais são esses lugares. Quanto maior estiver o nome, mais vezes este local foi citado pelos brasileiros.



Lugares fechados, em geral, são os que mais preocupam as pessoas neste momento. Hospitais aparecem em segundo lugar. Depois disso, diversos locais são citados com a mesma intensidade como transporte público, ônibus e shopping. Importante destacar que quase houve um volume pequeno de menções sobre o local de trabalho.

 

Lançamento das Diretrizes da European Society of Cardiology sobre covid-19

Diretrizes da European Society of Cardiology (ESC) para o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares durante a pandemia de covid-19 foram publicadas no European Heart Journal.

Essa orientação reuniu um grande número de líderes de opinião importantes no início da pandemia.

O documento de duas partes fornece informações práticas para ajudar os médicos a diagnosticar e controlar doenças cardiovasculares em pacientes com a doença.

A primeira parte inclui:

• O impacto das comorbidades cardiovasculares na epidemiologia da covid-19, observando que:

• Condições cardiovasculares são comuns em pacientes com a doença.

• A presença de doença cardiovascular está associada a covid-19 grave e maior mortalidade.

• Os fatores de risco cardiovascular estão associados à covid-19 grave e maior mortalidade.

• Resumo das manifestações cardiovasculares de covid-19:

• Lesão miocárdica, arritmias, insuficiência cardíaca, disfunção vascular e doença tromboembólica são consequência de infecção grave.

• As manifestações cardiovasculares de longo prazo da doença não são claras, portanto, é necessário um acompanhamento cuidadoso.

• Como diagnosticar condições cardiovasculares em pacientes com a infecção:

• Cobrindo a apresentação clínica (por exemplo, dor no peito, falta de ar), eletrocardiograma (ECG), biomarcadores cardíacos relevantes e modalidades de imagem (quando realizar e como fazê-lo com segurança).

A segunda parte inclui:

• Manejo e vias de tratamento para doenças cardiovasculares comuns, como:

• Vias de diagnóstico e algoritmos de tratamento para pacientes com suspeita de síndromes coronárias agudas.

• Diagnóstico e gestão de pacientes com síndromes coronárias crônicas

• Manejo de pacientes com insuficiência cardíaca, valvopatia, hipertensão arterial, embolia pulmonar aguda e arritmias.

• Acompanhamento via telessaúde.

Tratamento da infecção por SARS-CoV-2 em pacientes com doenças cardiovasculares, incluindo:

• Manutenção de medicamentos cardiovasculares.

• Interações medicamentosas, particularmente em relação às propriedades pró-arrítmicas potenciais.

• Informações do paciente, como:

• Como reduzir o risco de transmissão, manter um estilo de vida saudável e controlar as doenças cardiovasculares.

• Os autores observam que os artigos resumem o conhecimento e as orientações atuais: "As recomendações são principalmente o resultado de observações e experiências pessoais de profissionais de saúde (na Europa).

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: European Heart Journal (2021). DOI: 10.1093/ eurheartj /ehab696

 

Sob um novo olhar: cirurgia de catarata tornou-se rápida e segura com ajuda da tecnologia

Mesmo cercado de mitos, o procedimento tem se popularizado, especialmente entre pessoas mais jovens. Segundo oftalmologista, o avanço da tecnologia garantiu maior agilidade, segurança e resultado imediato após a cirurgia


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo. No Brasil, a doença é responsável por 49% dos casos de perda de visão , segundo levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Relacionada principalmente ao envelhecimento natural dos olhos, a catarata possui como única forma de tratamento a cirurgia, a qual tem atraído, para além de idosos, pessoas cada vez mais jovens, devido a modernização do procedimento ao longo dos anos.

A doença afeta o cristalino, que normalmente perde a capacidade de focalizar objetos e leitura próximos por volta dos 49 anos. Alguns pacientes apresentam esta dificuldade, à qual damos o nome de presbiopia, um pouco mais tarde, próximo dos 50 anos. A presbiopia é o primeiro sinal de que o cristalino está perdendo suas funções. Na evolução deste processo, acontece a perda da transparência e a formação da catarata.


Uma nova visão

Segundo o oftalmologista Dr. Marcello Fonseca, à frente do Instituto da Visão de Curitiba (iVisão), a falta de compreensão de grande parte da população integra uma extensa lista de mitos e tabus relacionados à catarata e ao seu tratamento cirúrgico, que foi paulatinamente modificado ao longo dos anos pelos avanços da tecnologia e da medicina:

"Antigamente, quando o paciente ainda tinha uma visão funcional razoável, mesmo com certa perda de qualidade, a cirurgia não era realizada. Isso acontecia porque as técnicas utilizadas exigiam um corte muito extenso, o que ampliava as chances de infecção e tornava a recuperação mais delicada. Quando levamos em consideração que os olhos possuem cerca de 12 mm, e o cristalino, 10 mm, a incisão exigida pela cirurgia era próxima ao diâmetro total dos olhos, em torno de 8 a 9 mm", explica o médico e fundador do iVisão.

Neste contexto, a mudança do ambiente da operação também foi decisiva para que o procedimento fosse visto com outros olhos. Com a transferência da oftalmologia para clínicas especializadas, a cirurgia de catarata, que até então era realizada em hospitais gerais, passou para um local menos suscetível a infecções, contribuindo para torná-la uma das mais seguras da atualidade.

Simultaneamente, a chamada facoemulsificação surge como uma das técnicas mais utilizadas para a solução do problema até os dias de hoje; nela, a partir de uma incisão mínima, de cerca de 1.8mm, é introduzida uma sonda vibratória que, com uma mecânica similar a de uma britadeira utilizada em construções, fragmenta o cristalino - quando este já se encontra mais rígido, em um estágio avançado de catarata -, em pequenos pedaços, os quais são aspirados mais facilmente. Posteriormente, ele é substituído por uma lente intraocular transparente dobrável, sem a necessidade de pontos, o que permite a recuperação imediata da visão.

O Dr. Marcello ressalta, contudo, que a correção de catarata e a eliminação do uso de óculos podem acontecer simultaneamente, mas tratam-se de procedimentos distintos. "A cirurgia de catarata consiste na remoção do cristalino, o que por si só já é suficiente para eliminar a opacidade da visão ocasionada pela doença. Já a eliminação do grau, com a substituição por uma lente que busca corrigir outros problemas oculares, é uma alternativa que varia de acordo com a expectativa de cada paciente em relação ao procedimento e o desejo ou não de eliminar o uso dos óculos.", esclarece.


Quanto antes, melhor

O envelhecimento natural dos olhos ainda é o principal responsável pela catarata, mas existem outras causas para o seu surgimento, como no caso da catarata congênita, na qual uma criança já nasce com a condição; e a relacionada a outras doenças pré-existentes, como a diabetes, por exemplo. Além disso, possíveis traumas oculares e o uso contínuo de determinados medicamentos, como corticoides, também podem ocasionar o aparecimento precoce da doença.

A percepção nebulosa e até mesmo assustadora que muitos ainda têm do procedimento está em vistas de ser substituída pela nitidez da precisão e da segurança de como ele é realizado atualmente. "Da anestesia geral, o procedimento passou a ser local, com a utilização de colírios anestésicos. O paciente permanece consciente e não sente nenhum desconforto durante o ato cirúrgico, que dura apenas alguns minutos. Com isso, eliminamos, inclusive, o uso do tampão no pós operatório. O paciente já sai da clínica enxergando.", conclui o oftalmologista.

Não por acaso, a busca pelo procedimento tem aumentado cada vez mais: no próprio Instituto da Visão de Curitiba, mesmo durante a pandemia, foram realizadas uma média de 200 cirurgias de catarata mensalmente ao longo de 2021.

Hoje, já não há mais motivos para tanto sofrimento e espera para conseguir um novo olhar sobre a vida. Assim que a catarata é diagnosticada, a cirurgia já pode ser realizada, sem que seja necessário aguardar pelo seu "amadurecimento", o comprometimento das nossas funções diárias e, no pior dos casos, a perda completa da visão.

Diante de tantos aprimoramentos, o procedimento abandonou o posto de uma cirurgia complexa, antes realizada somente em últimos casos, quando não havia mais nenhuma outra opção, para ocupar o local de uma cirurgia segura, rápida e com altas chances de uma recuperação bem-sucedida.

 

Pelé é internado para tratar tumor de cólon: entenda mais sobre a doença

O ex-jogador descobriu a doença há alguns meses e já passou por uma cirurgia para a retirada do tumor. Especialista comenta quais são os principais sinais e importância do diagnóstico precoce


Nesta quarta-feira, 8 de dezembro, Edson Arantes Nascimento, o Pelé, foi internado para continuar o tratamento do câncer de cólon (parte final do intestino), descoberto há cerca de quatro meses durante uma bateria de exames de rotina. Em setembro deste ano, quando descobriu a doença, o ex-jogador chegou a passar por uma cirurgia para retirada do tumor.

Em todo o mundo, o câncer de intestino - que abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino) e ânus - é o terceiro tipo mais comum, sendo responsável por cerca de 10% de todos os diagnósticos de câncer.

O tumor colorretal se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto. O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma e, em 90% dos casos, o tumor se origina a partir de pólipos na região que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, podendo se tornar cancerígenos. A principal forma de diagnóstico e prevenção é através do exame de colonoscopia, em que um tubinho flexível com uma câmera na ponta é introduzido no intestino e faz imagens que revelam se há presença de possíveis alterações, permitindo, inclusive, remoção de pólipos e biópsias de lesões suspeitas.

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda iniciar o rastreio do câncer de cólon e reto da população adulta de risco habitual na faixa etária de 50 anos - mas muitos países já reduziram para 45 anos de idade.

"Grande parte dos tumores de intestino aparece a partir dos chamados pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede interna do órgão, mas que se não identificadas preventivamente podem evoluir e se tornarem malignas com o passar do tempo. Após os 50 anos de idade, a chance de apresentar pólipos aumenta, ficando entre 18% e 36%, o que consequentemente representa um aumento no risco de tumores malignos decorrentes da condição a partir dessa fase da vida e por isso ela foi estabelecida como critério para início do rastreio ativo. Além de detectar esses pólipos, a colonoscopia permite que eles sejam retirados, o que funciona como mais uma forma de prevenir o câncer", explica a oncologista Renata D’Alpino, do Grupo Oncoclínicas.

Ela lembra que pessoas com histórico pessoal de pólipos ou de doença inflamatória intestinal, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, bem como registros familiares de câncer colorretal em um ou mais parentes de primeiro grau, principalmente se diagnosticado antes de 45 anos, devem ter atenção redobrada e realizar controles periódicos antes da idade base indicada para a população em geral.


De olho nos sinais

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, logo após do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Estimam-se que neste ano tenhamos 40.990 casos novos de câncer de cólon e reto, afetando em proporção quase igual ambos os gêneros. Já o número de mortes chega a 18.867, sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres, de acordo com os dados mais recentes disponíveis.

Ainda assim, a médica afirma que há muitos tabus que cercam o rastreio preventivo do câncer colorretal, o que contribui para a baixa adesão ao controle precoce da doença mesmo entre pessoas que fazem parte do grupo com risco aumentado. "Muitas vezes, o tumor só é descoberto tardiamente, diante de sintomas mais severos, como anemia; constipação ou diarreia sem causas aparentes; fraqueza; gases e cólicas abdominais; e emagrecimento. Apesar do sangue nas fezes ser um indício inicial de que algo não vai bem na saúde, muitas pessoas costumam creditar essa ocorrência a outras causas convencionais, como hemorróidas, e acabam postergando a busca por aconselhamento médico e a realização de exames específicos. Isso faz com que muitas pessoas só descubram o câncer em estágios avançados", diz.


Como o câncer colorretal pode ser descoberto?

É muito importante traçar o histórico médico do paciente, justamente para a identificação de possíveis fatores de risco. O exame físico, como palpação do abdômen, pode ajudar na busca de possíveis anormalidades como órgãos aumentados ou massas.

Além disso, o médico pode realizar o exame digital retal, onde é inserido um dedo (protegido por luva lubrificada) no reto para avaliação. Outros exames que podem ser solicitados são:

• Exame de fezes;

• Exames de sangue;

• Colonoscopia;

• Biópsia; e

• Exames de imagem (raio X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan).


Incidência cresce entre jovens adultos

Para Renata, outro ponto de grande relevância no combate ao câncer colorretal é o estabelecimento de uma recomendação mais clara para triagem de casos assintomáticos, quando não há sinais de sintomas clássicos que podem levantar suspeitas - caso de sangramentos corriqueiros visíveis nas fezes - entre a porção da população com menos de 50 anos. Entre as ações possíveis, ela destaca uma iniciativa liderada pela US Preventive Services Task Force que considera que testes menos invasivos poderiam ser iniciados precocemente e repetidos com intervalos menores em comparação à colonoscopia. Além disso, prevê mudar a idade de rastreamento para os 45 anos, devendo ser repetido a cada 5 anos em caso de resultados normais, como já vem sendo sugerido desde 2019 pela American Cancer Society (ACS).

"Nos EUA o debate sobre uma possível mudança de protocolo, passando a adotar a idade de 45 anos como remendada para o início do rastreio periódico, está sendo baseada na avaliação de centenas de levantamentos e ensaios clínicos que levam em conta o perfil de pessoas assintomáticas na faixa etária acima dos 40 anos. Uma forma possível de ampliar as chances de prevenção seria a indicação de pesquisa das fezes, por meio de testes imunoquímicos e testes de sangue oculto fecais em pessoas mais jovens e que não apresentam mudanças de saúde perceptíveis. De acordo com os resultados, havendo achados suspeitos, a colonoscopia seria então realizada", ressalta a especialista da Oncoclínicas.

Um dos estudos científicos que embasam a argumentação foi publicado no Journal of the National Cancer Institute e realizado nos Estados Unidos de 1974 até 2014. A análise mostrou que nas pessoas entre 20 a 39 anos de idade, por exemplo, o número de casos novos de câncer de intestino vem crescendo anualmente, entre 1% e 2,4%, desde a década de 1980. Já os casos de câncer de reto, nas pessoas entre 20 e 29 anos de idade, tiveram um aumento anual médio de aproximadamente 3,2%, desde 1974.

"Em grande parte, esses resultados apontam para uma consequência de hábitos de vida menos saudáveis, com maior taxa de sedentarismo e consumo de alimentos ultraprocessados como refrigerantes, salgadinhos e enlatados. A predisposição genética conta como risco, mas não podemos esquecer que há outros fatores que podem contribuir para o surgimento da doença, tais como obesidade, sedentarismo, dieta rica em carnes vermelhas, tabagismo e alcoolismo. E esses são fatores que fazem parte da ‘vida moderna’ e ajudam a desvendar as razões pelas quais devemos reforçar a conscientização sobre os impactos das nossas decisões pessoais no crescimento de casos de câncer - e não apenas do colorretal", finaliza Renata D’Alpino.

 

Dermatologista alerta para o alongamento de unhas com acrigel

Apesar de parecer simples, o procedimento tem contraindicações. Médica indica passar por uma avaliação da saúde das unhas, a fim de evitar a piora de doenças, infecções e até reações alérgicas

 

Unhas bonitas e bem-feitas são um dos principais pontos da vaidade feminina. Além disso, nos últimos anos, unhas maiores - e com formatos diferentes dos tradicionais - passaram a ser um desejo das mulheres. Disso, surgiu o alongamento das unhas feitos com acrigel, uma mistura de gel com pó acrílico que cobre as unhas. Porém, apesar de parecer simples, o procedimento pode camuflar doenças ou até deficiência de nutrientes. O procedimento é contraindicado para peles sensíveis, pessoas com alergias, psoríase, infecções, micoses ou diabetes, gestantes, pacientes oncológicos e menores de 16 anos. 

“É importante procurar um dermatologista antes de fazer o procedimento para avaliar os motivos da unha frágil, se tem alguma doença ou infecção associada para que seja tratada antes de aplicar qualquer produto nas unhas. Pacientes com alergias, psoríase e infecções por fungos ou bactérias, podem ter piora do quadro ou até mesmo originar uma infecção mais grave que comprometa a matriz da unha, com o risco de perder definitivamente essa unha”, alerta a médica dermatologista Julyanna do Valle. 

No caso de unhas frágeis que não possuem nenhuma alteração aparente ou doença, a médica orienta que devem ser feitos exames laboratoriais para identificar possíveis deficiências de vitaminas, nutrientes ou até mesmo distúrbios hormonais ou da tireoide, alguns fatores que podem causar a fragilidade da unha. “Se os exames estiverem normais, é preciso buscar um profissional com formação adequada para fazer o procedimento e é direito do paciente saber qual o tipo de material que será utilizado para descartar o risco de reações alérgicas e consultar se esses produtos são liberados pela Anvisa”, diz Julyanna. 

Mas se engana quem pensa que os cuidados terminam com a aplicação das unhas. Segundo a médica dermatologista, é fundamental respeitar as orientações e prazos para a manutenção adequada e retirada, sem tentar fazer em casa. “A unha pode ser danificada quando elas quebram ou lascam e isso pode ser uma porta de entrada para fungos e bactérias ou aumentar riscos de infecção. Por isso, é preciso fazer a manutenção no tempo certo e em locais apropriados. Quem tem esse tipo de unhas, quando for mexer com água, sabão ou produtos químicos, deve se proteger usando luvas para evitar contato direto que pode danificar ou irritar as unhas”, explica. 

Outra orientação fundamental, segundo Julyanna do Valle, é proteger as mãos com filtro solar antes da exposição às cabines que utilizam radiação ultravioleta para ajudar na secagem do produto. “Isso pode contribuir com o envelhecimento das mãos. Outra coisa muito importante é que indico ficar um período sem esses materiais nas unhas e utilizar apenas em casos específicos de eventos especiais ou viagens mais longas. No intervalo do uso, oriento manter as unhas limpas, sem esmaltação e hidratadas, junto com as mãos e cutículas, com hidratantes específicos para evitar alterações, infecções e alergias”, finaliza a dermatologista.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia criou um guia de cuidados que pode ser baixado aqui

 

Cesáreas eletivas podem trazer riscos ao bebê

ONG Prematuridade.com alerta para a questão; situação é comum no fim do ano


Os bebês chamados “termo precoce”, nascidos entre a 37ª e a 38ª semanas gestacionais, muitos deles de cesáreas eletivas - quando não há indicação técnica para esse tipo de parto, podem apresentar resultados de saúde mais semelhantes aos nascidos prematuros.

 

De acordo com os dados analisados pela plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil®️ e que constam no Observatório da Prematuridade - documento produzido pela ONG Prematuridade.com -, dos recém-nascidos “termo precoce”, 29% necessitaram de internação hospitalar para tratamento de complicações perinatais, sendo que 21% foram admitidos em UTI, com tempo médio de permanência na unidade de 8,2 dias. O levantamento foi feito com base nas altas hospitalares codificadas pela plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil® no período de 1º de janeiro de 2019 a 30 de setembro de 2021. A análise constituiu uma população de aproximadamente 300.000 partos ocorridos em regime de internação hospitalar, tanto em instituições vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) quanto à Saúde Suplementar, distribuídas nas 5 regiões brasileiras, com concentração nas regiões sudeste, sul e centro-oeste.

 

“Altas taxas de cesáreas eletivas acabam ocasionando o nascimento não apenas de bebês prematuros, mas também dos chamados de termo precoce. Para essas crianças, trata-se de uma perda média de 10 dias de gestação em relação ao ciclo esperado de 280 dias. Isso impacta nas taxas de internação neonatal e ocorre também em locais onde há déficit de leitos”, fala a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

 

Os dados levantados pelo Observatório da Prematuridade indicam que o Brasil tem 9.560 leitos de UTI neonatal, divididos entre tipo I, II e III, porém, nem todas as localidades possuem essa última (para bebês que necessitam de nível de atenção muito alto), como os estados do Acre, Amapá, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.

 

Ainda no estudo do DRG Brasil®️, que consta no Observatório da Prematuridade, foi apontado que, dos bebês “termo precoce” que necessitaram de cuidados da Unidade de Terapia Intensiva, 49% precisaram ser entubados e colocados em ventilação mecânica (VM) e, 20% destes, demandaram tempo de suporte ventilatório maior que 4 dias.

 

As informações mostram que esses bebês utilizaram 12% do total de dias das internações registradas por toda população neonatal nas UTIs. A taxa de mortalidade intrahospitalar foi de 3% e, dos que internaram em UTI neonatal, 6%.

 


Outras evidências

Um estudo liderado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e publicado em outubro deste ano na revista científica PLOS Medicine (EUA), apontou que a cesárea sem indicação é associada a risco 25% maior de mortalidade na infância. Pesquisadores brasileiros e do Reino Unido analisaram17 milhões de nascimentos ocorridos no Brasil entre 2012 e 2018. Já quando analisado os nascimentos de crianças com indicação médica, a cesárea foi associada com redução dos óbitos, “evidenciando a importância do procedimento quando devidamente indicada por um médico", ressaltou a Fiocruz.

 

Em 2018, a ANS (Agência Nacional de Saúde) chegou a fazer campanha, no início do mês de dezembro, após verificar que, sobre os partos realizados por beneficiárias de plano de saúde, há redução de cesarianas no final de dezembro e aumento no período anterior ao Natal, mostrando haver antecipação dos nascimentos que ocorreriam na época das festas de fim de ano. Os últimos dados mais atuais da ANS, referentes à 2019 e divulgados em outubro deste ano, apontam que, dos 287.166 partos realizados através de planos de saúde privados, 56,71% das cesáreas foram realizadas antes do início do trabalho de parto.

 

A diretora executiva da ONG Prematuridade.com lembra que o impacto do nascimento de um bebê prematuro vai muito além das sequelas de saúde que a situação pode causar para essa criança e do trauma psicológico que ela deixa para as famílias. “O parto que acontece antes das 37 semanas de gestação desencadeia um ciclo de eventos que afeta tanto o individual quanto o coletivo de uma sociedade, incluindo desde o vínculo afetivo entre mãe e filho, até os setores da Economia, da Saúde, da Cidadania e o mercado de trabalho.”


 

Sobre a ONG Prematuridade.com

A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com, é a única organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção da prematuridade, à educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas aos interesses das famílias de bebês prematuros.

 

A ONG é referência para ações voltadas à prematuridade e representa o Brasil em iniciativas e redes globais que visam o cuidado à saúde materna e neonatal. A organização desenvolve ações políticas e sociais, bem como projetos em parceria com a iniciativa privada, tais como campanhas de conscientização, ações beneficentes, capacitação de profissionais de saúde, colaboração em pesquisas, aconselhamento jurídico e acolhimento às famílias, entre outras.

 

Atualmente, são cerca de 5 mil famílias cadastradas, mais de 180 voluntários em 22 estados brasileiros e um Conselho Científico Interdisciplinar de excelência. Mais informações: https://www.prematuridade.com/.


 

Observatório da Prematuridade - A ONG também produziu o Observatório da Prematuridade, documento desenvolvido com base nos dados coletados pela Numb3rs Analytics e nas altas hospitalares codificadas pela plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil® no período de 1º de janeiro de 2019 a 30 de setembro de 2021. O material reúne diversos cenários de todo o país, como números de partos por tipo (vaginal ou cesareana); quantidade de leitos de UTI neonatal; número de consultas de pré-natal realizadas; quantidade de pediatras por estado; faixa etária das mães (uma vez que complicações gestacionais e no parto representam a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos mundialmente, pois existe maior risco de problemas – entre os quais a prematuridade -, segundo a Organização Mundial da Saúde), entre outros.

O conteúdo completo está disponível no link https://prematuridade.com/_files/view.php/download/pasta/9/618d55b6235f1.pdf

 

Doutor Tontura lista de 10 mitos sobre “labirintite”

Tontura não é frescura e está longe de ser apenas um problema apenas dos idosos, pois os sintomas estão por trás de 40 outras doenças sérias que podem ocorrer no labirinto, no nervo do labirinto e até mesmo no cérebro.  Dessa forma, o neurologista Dr. Saulo Nader (apelidado carinhosamente pelos pacientes de” Doutor Tontura”) , responde os 10 mitos desse tema:


  • É mito ou verdade que toda tontura é labirintite?

Dr. Saulo: É um grande mito. A tontura é uma palavra geral e nós temos mais de 40 doenças que geram a doença, a labirintite é um termo que esconde diversos problemas. Trata-se de um termo que pegou, sendo muitas vezes utilizado até pelos próprios médicos. A principal questão é: Qual a real causa da sua labirintite? Uma vez que faz muita diferença saber a causa exata, pois para cada uma há abordagem de tratamento totalmente diferente.

Porém, existe sim uma doença chamada labirintite (a “real” labirintite), a qual diz respeito à uma infecção do labirinto, podendo ser ocasionada por uma meningite ou uma infecção de ouvido muito complicada, por exemplo, mas é uma das tonturas que menos acontece, por incrível que pareça.

 

  • É mito ou verdade que o estresse e o emocional podem ser gatilhos para labirintite?

Dr. Saulo: Verdade, o emocional da gente acaba influenciando em toda nossa saúde, sendo um eixo bastante importante. Muitas doenças que geram a tontura podem ser diretamente influenciadas pelo emocional, ou seja, uma pessoa que geralmente vive tranquila, ao passar por um período de estresse, conturbação, tristeza, alguma coisa emocional, pode desencadear a tontura. Uma das doenças que pode ter uma relação muito estreita com o emocional é a Vertigem Fóbica ou TPPP, caracterizada por uma tontura estranha, a qual a pessoa tem dificuldade de contar para o médico, de encontrar palavras para explicar o que estão sentindo. Tem também uma dificuldade para caminhar, piora dos sintomas em ambientes com muitas informações visuais como frequentar shoppings e mercados e acaba tendo um link muito forte com o emocional, gerando muita ansiedade, medo, receio, insegurança e tristeza nas pessoas, as quais acabam virando refém da tontura delas. Então embora aconteça muito, é uma doença pouco reconhecida.


  • É mito ou verdade que o nosso labirinto não tem função no corpo?

Dr. Saulo: Mito! O labirinto serve para captar aceleração (e logo, movimento) e por meio dele o cérebro sabe quais os movimentos que o corpo está reproduzindo, como o exemplo de saber se o elevador está subindo ou descendo, se o carro está virando ou andando em linha reta.


  • É mito ou verdade que existem alimentos que podem piorar as crises de tontura?

Dr. Saulo: Mito, salvo exceções! Vou explicar. Uma coisa não pode ocorre:  que a qualquer tontura seja totalmente proibido o café, chocolate e doce, bem como outros alimentos. Isso não tem muito sentido, uma vez que são mais de 40 doenças que geram tontura, então, seria muito irracional achar que todas piorariam com esses alimentos. Assim, além do super incômodo da tontura, estaríamos muitas vezes gerando outro incômodo na vida da pessoa, que é proibir ela de comer coisas que ela gosta. Dessa forma,  o mais indicado é avaliarmos qual a causa da tontura, com o que de fato estamos lidando. Algumas doenças sim vão ser necessárias evitar alguns alimentos, mas varia muito de cada caso. No geral, na maior parte das doenças, não há uma limitação tão grande na parte alimentar.


  • É mito ou verdade que os hormônios femininos podem influenciar o funcionamento do labirinto?

Dr. Saulo: Verdade! Embora a gente não entenda muito bem como. Porém, é comprovado estatisticamente que é mais fácil as mulheres terem tonturas do que os homens e em especial mulheres na idade fértil, ou seja, antes da menopausa, mostrando que sim, tanto no labirinto quanto no próprio cérebro os hormônios femininos teriam alguma influência. Muitas mulheres também relatam que apresentam uma piora nos quadros de tontura no período pré-menstrual e menstrual, mostrando que existe uma relação entre o ciclo menstrual com seus picos hormonais conturbados, dependendo da fase do ciclo que a mulher está. Outras também comentam sobre uma piora no climatério, que é a fase da transição entre a idade fértil e a menopausa em que a mulher para de menstruar, então nesse período de transição pode ser visto como turbulento no ponto de vista hormonal, e muitas mulheres acabam piorando a tontura nesse período.

 

  • A labirintite tem relação com a pressão alta?

Dr. Saulo: Pode sim, pois a tontura funciona como um sinal de alarme para o seu corpo, mostrando que algo não está bem e essa coisa que não está bem pode ser no sistema circulatório, na pressão, chamada e tontura de origem cardiológica, caracterizada por um mal estar, um peso, uma pressão na cabeça e sensação de corpo ruim. Isso pode ocorrer na pressão alta, bem como a queda de pressão também pode ocasionar um tipo de tontura, chamada de lipotimia, que é caracterizada pela sensação de quase desmaio – essa por exemplo muita gente sente ao se levantar muito rápido, por exemplo.

 

  • Crianças podem ter labirintite?

Dr. Saulo: Muitas vezes, a gente associa a tontura como um problema de idosos, mas isso está errado, pois o pico de incidência das doenças que causam tontura é entre 40 e 60 anos, mas pode acontecer em qualquer idade, inclusive sim, em adolescentes e crianças. Por sorte, em crianças é bem mais raro que no adulto.

 

  • Qual atividade física é recomendada para quem tem tontura?

Dr. Saulo: Todas podem ser feitas, desde que dentro da zona de conforto e segurança das pessoas. Existem casos em que a vertigem é desencadeada por esforço físico ou por algum movimento específico da cabeça. De forma a dificultar e restringir muito a atividade física. Mas até mesmo essas pessoas, quando bem tratadas e controladas da doença por trás da tontura, costumam conseguir retomar os exercícios físicos sem grandes restrições.

 

  • Quem tem sofre de ansiedade e vertigem fóbica (TPPP) tem o mesmo tratamento?

Dr. Saulo: O tratamento não é exatamente o mesmo. Para a Vertigem Fóbica, o tratamento engloba medicamentos, fisioterapia vestibular e terapia cognitiva comportamental. Embora alguns medicamentos usados pra TPPP também sejam pra ansiedade, o tratamento para TPP tem suas particularidades em relação ao manejo do medicamento, doses e outros fatores.

 

  • Os problemas de estômago podem causar tontura? Isso tem alguma relação?

Dr. Saulo:  Em algumas pessoas, problemas gastrointestinais podem ser o gerador de tontura. Por exemplo, em pessoas que sofrem com gastrite ou refluxo e não sabem, elas podem sentir tontura. Claro que outras causas devem que ser descartadas para afirmar que a origem é um problema no estômago, mas sim, isso poderia ocorrer.


Rinite afeta cerca de 30% da população brasileira


Rinite é uma inflamação da mucosa nasal causada pela ação de agentes infecciosos, alergênicos ou de hiper-reatividade. Infelizmente, as temperaturas baixas aumentam os sintomas.

A rinite pode ser classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa. Rinite alérgica é a mais comum, caracterizada por um processo inflamatório crônico da mucosa nasal causada por alérgenos.

O otorrinolaringologista Dr. Alexandre Colombini explica mais sobre tratamentos e dicas de prevenção sobre essa doença, que atinge certa de 30% da população brasileira. 

“Acredita-se que um em cada três indivíduos apresentem processo alérgico ativo e que três em cada quatro indivíduos desenvolvem reação alérgica pelo menos uma vez na vida”, explica Colombini, que acaba de lançar um e-Book gratuito (https://www.dralexandrecolombini.com/ebooks),com  participação especial do Dr. Bactéria, o biomédico Roberto Martins Figueiredo.

No livreto online, Dr. Alexandre ressalta os sintomas característicos de rinite alérgica, entre os quais rinorreia (secreção nasal excessiva), prurido, congestão nasal e espirros. E ressalta que pode ocorrer: edema periorbitário, tosse seca, dispneia e disfonia. 

“Em alguns pacientes, pode desencadear sinusite, otite média, conjuntivite, faringite, laringite e asma. Os pacientes também podem descobrir reações cruzadas, por exemplo, os alérgicos a pólen da bétula podem descobrir que também são alérgicos à casca de maçã. Um sinal claro dessa ocorrência é a presença de prurido na garganta após ingerir uma maçã, ou mesmo espirros após descascar esta fruta. Isso ocorre devido às semelhanças das proteínas do pólen e dos alimentos. Há muitas substâncias com reações cruzadas” ressalta o médico.

Segundo o otorrino, para o diagnóstico, é preciso fazer uma boa consulta e realizar exame físico cuidadoso. O tratamento da rinite alérgica consiste em quatro estratégias principais:



1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos

Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.



2. Farmacoterapia: Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos descongestionantes, outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos nasais e antileucotrienos. Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os anti-histamínicos de segunda geração são preferíveis aos de primeira geração. 



3. Imunoterapia: Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de difícil controle, quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento e na presença de comorbidades ou complicações. Frequentemente, a imunoterapia é combinada com a farmacoterapia e o controle do ambiente.



4. Cirurgia: Embora não haja um tratamento cirúrgico para a rinite alérgica, a cirurgia pode ser indicada no tratamento de comorbidades, como obstrução nasal por desvio do septo importante ou hipertrofia do corneto nasal inferior, hipertrofia de tonsilas faríngeas ou sinusite refratária e suas complicações. 

“A melhor prevenção da reação alérgica é evitar os alérgenos que a causa, além do controle ambiental, protegendo-se de ácaros e fungos. Em algumas situações pode ser útil evitar também o contato com animais de estimação. A educação dos pacientes, familiares e outros indivíduos próximos a ele é um elemento fundamental para promover aderência terapêutica e melhorar os resultados do tratamento da rinite alérgica”, finaliza Dr. Alexandre Colombini. 

 

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